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História da Arte

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lA arte tem um significado muito plural, a variedade de artistas que expõem suas obras com cada singularidade é a prova disso. Quando se olha para um quadro ou uma escultura se vem recordações e sempre tentamos criar um vínculo de aproximação com o tal, mas também existem momentos em que criamos uma antipatia com a arte, por conta do nosso próprio gosto ou por vir de uma má lembrança. O fato é que há fundamentos errados para não apreciar uma arte. Como já diz Gombrich (1981, pg.2) “A beleza de um quadro não reside realmente na beleza de seu tema”, gostos e padrões se alteram imensamente. O que se passa com a beleza também se passa com a expressão, normalmente olhamos a expressão de uma forma na pintura para julgar se gostamos ou não, o que na verdade o entendimento deste se leva tempo e atenção para entender a beleza essencial. 
Sobre os artistas modernos podemos garantir que tenham habilidades para produzir obras “corretas”, caso não produzam provavelmente suas razões se correspondem às de Walt Disney. 
Quando se faz uma análise de um quadro e encontramos falhas em seu esmero, devemos nos fazer duas perguntas. Uma se o artista teria alguma causa para modificar a feição daquilo que viu. A outra é que não se deve sentenciar uma obra afirmando que está incorreta ou incoerente, ao menos que tenha a plena segurança de que estamos exatos e o pintor enganado. Somos propensos a considerar formas e cores usuais como unicamente corretas, se deve tirar essa normatividade e encarar como se acabasse de chegar em outro planeta. 
Por vezes o artista sente como se estivesse tendo uma viagem de descoberta. Querem olhar pro mundo com novos olhos e desprezar qualquer ideia e cisma do padrão sobre as coisas. O maior obstáculo de poder desfrutar de grandes obras de artes é a nossa hesitação em excluir hábitos e preconceitos. 
Vale lembrar que o que chamamos de obra de arte não vem de algo sobrenatural e sim uma peça feita por humanos para humanos. Cada aspecto contido é de total decisão especialmente individual do artista. 
Normalmente artistas são pessoas tímidas que consideram constrangedor usar palavras requintadas como “beleza”. Se sentiriam muito vaidosos se tivessem que exprimir a “expressão de suas emoções” e usar discursos clichês similares. Tais fatos são considerados indubitáveis pelo artista, acham desnecessário falar sobre. Apenas quando entendemos a mensagem do artista, o que ele quer dizer com a sua definição de certo que vemos o que o artista realmente está buscando. Só podemos suprir a expectativa de compreender isso se nós corroboramos em nossa própria experiência. De fato não somos artistas mas não significa que não enfrentamos situações similares que somadas, consiste na vida do artista. 
Pessoas que se preocupam com o artificial, apenas com a aparência podemos chama-lás de meticulosas, porque tal coisa trivial não explica tanta atenção. Mas às vezes o que pode ser um mau costume na vida rotineira e, por conseguinte, é usualmente preenchido ou escondido, se tem independência e vida própria no âmbito da arte. Quando se entra em questão de harmonizar formas e combinar cores, o artista deve ser sempre “meticuloso” ou um extremo exigente. Ele tem capacidade de enxergar diferentes nuance e de contextura que improvavelmente notaríamos. E a complexidade que consiste a sua tarefa é imensamente maior do que as nossas na vida cotidiana.
 É cativante ver um artista se esforçando para efetivar o equilíbrio certo, mas se fomos questionar por que mudou tal coisa certamente ele não saberia nos explicar. O artista não segue uma regra fixa, ele simplesmente segue o caminho que deve seguir. A verdade é que não tem como estabelecer regras desse gênero porque não se sabe de antemão o que um artista pretende fazer. 
Quanto mais intensa a sensibilidade para esses equilíbrios, mais podemos desfrutar e no final das contas é isso que importa. A arte é constante, nunca se acaba o seu conhecimento. Para podermos usufruir com essas obras devemos ter um espírito fresco, pronto para absorver todo e qualquer indício sugestivo e a reagir às harmonias disfarçadas. Principalmente um espírito que não esteja equipados de frases feitas e palavras estrondosas. É imensamente melhor não saber de nada sobre a arte do que ter conhecimento pertinente ao esnobismo. Deve se aprender a abrir os olhos, não soltar a língua. Apreciar um quadro com olhos de singularidade e se ousar numa viagem de descoberta é um ofício de alta dificuldade mas também é gratificante. O que se traz de volta a semelhantes jornadas é imensurável.

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