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UNIP LETRAS 2018 - RESUMO LINGUÍSTICA GERAL UNIDADE II

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14/09/2018
UNIP LETRAS 2018
RESUMO LINGUÍSTICA GERAL UNIDADE II
O ESTRUTURALISMO E O GERATIVISMO: CONCEITOS BÁSICOS
Estruturalismo - Ferdinand de Saussure
Gerativismo - Noam Chomsky 
O Estruturalismo - No Brasil, o impacto do Estruturalismo foi muito grande. Ocorreu nos anos 1960, coincidindo com o momento em que a linguística passava a ser reconhecida como uma ciência autônoma. 
Gerativismo: “O gerativismo teve uma influência enorme, não apenas em linguística, mas também em filosofia, psicologia e outras disciplinas preocupadas com a linguagem” (LYONS, 1982, p. 211).
Gerativismo nasceu com o nome de gramática gerativo-transformacional
A gramática gerativa, de acordo com o pensamento de Chomsky, estava interessada, entre outras questões, em mostrar que, ao se analisar um enunciado, era preciso levar em conta os diferentes níveis da estrutura gramatical, denominados superficial e profundo.
O ESTRUTURALISMO – CONCEITOS BÁSICOS
Saussure afirmava que “o ponto de vista cria o objeto”. Portanto, prossiga a leitura considerando tratar-se aqui de “um ponto de vista” sobre o objeto. Um ponto de vista que analisa e interpreta seu objeto de estudo a partir de considerações científicas. Afirma Martinet (1978, p.3), ao contrapor a ciência linguística à gramática normativa:
A linguística é o estudo científico da linguagem humana. Diz-se que um estudo é científico quando se baseia na observação dos fatos e se abstém de propor qualquer escolha entre tais fatos, em nome de certos princípios estéticos ou morais. “Científico” opõe-se, portanto, a “prescritivo”. 
Com isso em mente, é importante reconhecer que a principal característica do estruturalismo, ou abordagem estrutural da língua, é a definição de língua como um “sistema de relações”.
 Isso significa que todas as línguas são constituídas por elementos linguísticos, (fonemas e morfemas).
 Esses elementos constituem subsistemas da língua, ou seja, são conjuntos organizados de elementos linguísticos. 
O que regula o funcionamento das unidades que compõem o sistema linguístico são normas que internalizamos na fase de aquisição da linguagem. 
Trata-se de um conhecimento adquirido no social. 
O sistema fonológico de uma língua pode ser expresso não a partir de uma substância sonora, mas, por exemplo, a partir de sensações visuais (movimento dos lábios). 
A substância não determina de modo algum as regras do jogo linguístico.
A abordagem estruturalista entende que a língua é forma (estrutura) e não substância (a matéria a partir da qual ela se manifesta)
OS CONCEITOS DICOTÔMICOS EM SAUSSURE
Conceitos dicotômicos:
São os conceitos linguísticos que podem ser definidos de forma independente, porém são complementares ou interdependentes entre si.
Há quatro dicotomias na teoria Saussureana: 
Significado x significante
Língua x fala
Sincronia x diacronia 
 Paradigma x sintagma.
O SIGNO LINGUÍSTICO 
Para Saussure, a língua é um sistema de signos. 
Signo linguístico: 
• um objeto linguístico dotado de forma e sentido 
• essencialmente psíquicos, não são abstrações união de um conceito a uma imagem acústica.
Signo não é palavra. 
Distinção entre dois tipos de signos: os denominados naturais e os denominados convencionais.
Signo natural: pode ser, por exemplo, a fumaça de uma fogueira, ou o cheiro de um churrasco, as passadas de alguém na neve etc. O que caracteriza um signo natural é o indício de que existe uma determinada coisa conhecida em um dado contexto. 
Signos convencionais: estão relacionados à cultura de um povo. Esses signos têm características relacionadas ao contexto antropológico e são, a um só tempo, produto e instrumento da ação do homem no contexto.
SIGNIFICADO E SIGNIFICANTE/ARBITRARIEDADE E LINEARIDADE DO SIGNO LINGUÍSTICO 
Considerando a noção de signo: a imagem acústica em um dado signo foi denominada significante e o conceito, significado.
Importante saber, ainda, que Saussure enfatiza que a imagem acústica não pode ser confundida com o som; ela é psíquica e não física. Ela é a imagem que fazemos do som em nosso cérebro.
Lembre-se ainda: o significado e o significante estão em nosso cérebro, onde um se une ao outro. Dessa união resulta o signo linguístico. 
O signo linguístico é da língua, é da coletividade, e será transformado em som quando tiver início o processo de produção vocal.
Significado e significante são interdependentes e complementares. Interdependentes, pois um está associado ao outro para a constituição do signo linguístico. Complementares, pois a definição do signo depende da definição de cada um deles – significado e significante. Logo, significado e significante são conceitos dicotômicos. 
No entanto, é importante salientar que a dicotomia estabelecida é diferente em cada caso: 
•Sincronia x Diacronia: a interdependência e a complementaridade referem-se ao fato de que a diacronia da língua é constituída de diferentes estados sincrônicos que se sucedem no tempo; a sincronia, por sua vez, é o resultado das transformações diacrônicas;
 •Língua x Fala: a interdependência e a complementaridade dizem da possibilidade de realização de cada um desses elementos; 
•Significado x Significante: a interdependência e a complementaridade dizem da constituição do signo linguístico.
Desse modo, pode-se afirmar que é a partir de uma língua que se vêem as coisas do mundo e não o contrário. Enquanto na concepção da língua como uma nomenclatura são as coisas do mundo que determinam as “coisas” da língua, na concepção da língua como um princípio de classificação é a língua que determina as coisas do mundo. 
O conceito ou o significado deve associar-se ao significante.
Isso explica e justifica porque cada língua tem seu próprio sistema de signos: a “maneira de ver o mundo varia de língua para língua”.
O mundo físico está ali. O que muda é a maneira de interpretá-lo, que se faz por meio da língua.
Arbitrariedade caracteriza o signo lingüístico, não há uma relação natural e necessária entre o significante – a imagem acústica – e o significado – o conceito – atribuídos a um dado signo linguístico. 
O signo linguístico não existe de uma determinada forma por motivação de um falante ou porque esse falante assim o escolheu, mas existe em função de uma dada cultura e de um grupo linguístico. 
Linearidade: diz respeito ao seu desenvolvimento no tempo.
Essa é uma característica relevante na distinção entre os signos linguísticos e os signos visuais. Os signos visuais co-ocorrem no espaço. Um quadro, por exemplo, apresenta vários signos visuais ao mesmo tempo.
LÍNGUA/FALA E LINGUAGEM 
A linguagem é constituída de duas partes: a língua e a fala. Na abordagem estrutural, a linguagem é vista comobuma atividade mental complexa, que envolve múltiplos fatores. Isso tudo ocorre considerando-se o falante e não o processo de decodificação da mensagem que envolve o ouvinte.
Pode-se dizer que: o ponto de partida do circuito de comunicação situa-se no cérebro. Ou seja, o cérebro transmite aos órgãos da fonação um comando para que eles se preparem para a emissão da mensagem, a articulação. 
A mensagem articulada (falada) vai da boca da moça até o ouvido do rapaz por meio de ondas sonoras (processo físico). 
A mensagem, ao ser captada pelo ouvido do rapaz (ouvinte), é encaminhada para seu sistema nervoso central – cérebro do ouvinte (transmissão fisiológica), onde será decodificada (processo psíquico). 
Se o rapaz responder, o circuito todo se repete.
A língua é o resultado da transformação da mensagem em um código. Codificar a mensagem significa transformar a mensagem em um código que seja comum aos dois, falante e ouvinte.
O ouvinte vai decodificar a mensagem, ou seja, compreendê-la se, e somente se, tiver conhecimento desse código usado pelo falante. 
Logo, o código é comum aos dois. Em outras palavras, “a língua é uma convenção” 
A fala é a execução do processo psíquico. O processo fisiológico diz respeito aos comandos emitidos pelo cérebro que fazem com que a mensagem seja articulada, produzida. A execuçãodo processo psíquico e do processo fisiológico é particular de cada indivíduo. A fala é individual.
A língua, ou o código, não sofre interferência de fatores não linguísticos. 
A comunicação é a função principal da língua.
Língua e fala são conceitos dicotômicos, pois esses dois objetos, embora apresentem características diferentes, estão estreitamente ligados e se implicam mutuamente, são interdependentes.
De acordo com Saussure, podemos depreender três concepções para língua:
• Língua como acervo linguístico: “é o conjunto de hábitos linguísticos que permitem a uma pessoa compreender e fazer-se compreender” e que “as associações ratificadas pelo consentimento coletivo, e cujo conjunto constitui a língua, são realidades que têm sua sede no cérebro” 
• Língua como instituição social: para Saussure a língua é, ao mesmo tempo, uma realidade psíquica e uma instituição social. 
•Língua como realidade sistemática e funcional: para Saussure, a língua é um sistema de signos que correspondem a ideias distintas, e a única coisa essencial que existe nesse sistema é o fato de haver sempre um sentido unido a uma imagem acústica, para exprimir uma ideia.
SINCRONIA E DIACRONIA
Para Saussure, a explicação sincrônica é estrutural e não causal. Ou seja, ao descreverse um sistema linguístico em determinado ponto do tempo podemos encontrar explicações para o funcionamento desse sistema.
A língua se apresenta sempre como sincronia e diacronia. O estudo linguístico é que poderá ser sincrônico – a descrição de um estado – ou diacrônico – o estudo de suas evoluções.
 RELAÇÕES SINTAGMÁTICAS E PARADIGMÁTICAS
Paradigmático: O eixo que permite selecionar um entre vários elementos linguísticos.
Sintagmático: o eixo que permite combinar vários elementos linguísticos 
O eixo sintagmático nos mostra relações que destacam o caráter linear dos signos linguísticos, ou seja, os elementos se sucedem um após outro, linearmente, na cadeia da fala.
O sintagma se compõe de duas ou mais unidades consecutivas.
O que importa nas relações sintagmáticas é entender que elas obedecem a uma composição linear e que uma vez trocada essa ordem, o sintagma pode mudar de significado ou até mesmo não corresponder a nenhum significado convencional. É só pensarmos, por exemplo, no sintagma replanejamento. O que seria dele se, na composição, mudássemos a ordem dos elementos: “rementoplaneja”?
Nas relações sintagmáticas o valor de cada elemento se dá pelo contraste que estabelece com aquele elemento que o precede ou sucede, ou ambos.
Já em relação ao eixo das seleções, denominado eixo paradigmático, e para Saussure, o eixo das associações, sabemos que uma vez escolhido um signo linguístico, outros são desprezados.
Quando queremos dizer, por exemplo, que um cachorro mordeu um menino, podemos, dependendo do contexto onde está ocorrendo o discurso, afirmar que: “um cão mordeu um guri” O que nos permite essa diferentes possibilidades é o eixo paradigmático, ou seja, o eixo das oposições, substituições e seleções de elementos linguísticos.
Saussure afirma que as palavras disponíveis aos falantes se encontram em sua memória e é na memória mesmo que elas se associam para formar grupos e representar o que o falante deseja. 
Há diferentes maneiras de um signo linguístico associar-se a outros:
Por meio de seu significado: é possível escolher entre dois signos linguísticos sinônimos ou antônimos (que seria a relação de oposição). 
Associação é por meio do significante. É o caso, por exemplo, de uma rima em um poema: passa ponte, passa poste.
Por meio de outros signos, a partir de processos morfológicos comuns. Como exemplo, podemos citar a escolha de um substantivo e outras palavras com o mesmo radical.
O ESTRUTURALISMO E O MÉTODO DESCRITIVO DE ANÁLISE
Diferença entre a gramática normativa e a descrição da abordagem estruturalista: objeto de análise.
Para a gramática normativa os bons textos escritos;
 Para a descrição da abordagem estruturalista, a linguagem como ela é efetivamente falada, sem apreciação de valor, a língua natural como é falada pelas pessoas.
Outra diferença está na finalidade dessa descrição: para gramática normativa, estabelecer as regras de como as pessoas devem falar; prescrever regras do bom uso da língua.
 Para a linguística, descrever a gramática natural das línguas naturais, para entender o funcionamento das línguas. Para o estruturalismo, a descrição dos fatos da língua é uma explicação de seu funcionamento, já que envolve descrever os elementos do sistema e as relações estabelecidas entre eles.
 OS LIMITES DA ANÁLISE ESTRUTURALISTA: A FRASE (A EXCLUSÃO DA FALA – SUJEITO – E DO CONTEXTO SÓCIO-HISTÓRICO) 
“A linguística tem por único e verdadeiro objeto a língua considerada em si mesma e por si mesma” (SAUSSURE, 1973, p.271). 
 O fato de a linguística ter por objetivo a língua gerou equívocos por parte de outras abordagens. Isso ocorreu, por exemplo, com os adeptos das chamadas teorias do texto, dentre as quais pode-se citar a linguística textual, a sociolinguística, a análise do discurso e a pragmática. 
Para essas abordagens, a abordagem estruturalista implica: 
• analisar a língua em si mesma e por si mesma, excluindo dessa análise todo e qualquer fator não linguístico; 
• analisar a língua, e não a fala; 
• excluir a fala da análise linguística;
 • atribuir ao falante um status passivo no circuito da comunicação; 
• tomar as produções linguísticas como produtos acabados excluídos de suas condições de produção.
Os problemas decorrem da dificuldade acerca de questões semânticas, das significações e dos sentidos sem recorrer a outros elementos que não estão presentes no linguístico propriamente dito. 
Por exemplo, a frase “que moça bonita” pode ser um elogio ou uma ironia, dependendo do tom da voz do falante (lembrando que o tom de voz não é um elemento linguístico!).
Outro problema, diretamente relacionado ao que foi dito agora, refere-se à unidade linguística tomada por análise em uma abordagem estrutural: a frase, como é produzida por seus falantes, sem levar em conta suas condições de produção.
O ESTRUTURALISMO AMERICANO E A PSICOLOGIA BEHAVIORISTA NA EXPLICAÇÃO SOBRE A AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM
O estruturalismo americano, também chamado de distribucionalismo ou linguística distribucional, teve o linguista Leonard Bloomfield como seu maior expoente. 
O foco dos trabalhos de Bloomfield sempre esteve na elaboração de um sistema de conceitos que permitisse a descrição sincrônica de qualquer língua. 
Para isso, o autor adotou um enfoque behaviorista, definindo a linguagem em termos de respostas a estímulos.
De acordo com a concepção da linguística distribucional, para que possamos estudar uma língua, faz-se necessário: 
• constituição de um corpus, isto é, a reunião de um conjunto, de enunciados efetivamente emitidos por usuários de uma determinada língua. 
• a elaboração de um inventário, a partir desse corpus, que permita determinar as unidades elementares em cada nível de análise. 
• a verificação das leis de combinação de elementos de diferentes classes; 
• a exclusão de qualquer indagação sobre o significado dos enunciados que compõem o corpus. 
O estruturalismo de Bloomfield era analítico e descritivo, centrando-se no estudo da morfologia e da sintaxe, partindo sempre da frase, para decompô-la em unidades menores, analisáveis.
IMPLICAÇÕES PARA O ENSINO DE LÍNGUA MATERNA E LÍNGUA ESTRANGEIRA 
O estruturalismo europeu e o americano tomam a língua por um sistema virtual de elementos linguísticos que pode ser considerado/descrito fora do sujeito.
 As razões para o estruturalismo americano afastar os fatores não linguísticos de sua análise deve-se ao fato de terem adotado a visão behaviorista de ciência. 
Bloomfield assumiu os princípios do behaviorismo.
O behaviorismo nega qualquer explicação sobre os comportamentos humanos que faça uso da interioridade do homem.
Para os adeptos do behaviorismo, todos os comportamentos do homem podem ser descritos e explicados com base no esquemaestímulo/ resposta 
A aprendizagem da linguagem, do ponto de vista do behaviorismo, foi proposta por Skinner, Comportamento verbal (Verbal Behavior), publicada pela primeira vez em 1957, nos Estados Unidos. 
Ao nascer, o bebê é uma “tabula rasa”, ou seja, como um quadro em branco. Os comportamentos reflexos apresentados pelo recém-nascido, se reforçados pelo meio ambiente externo à criança, se transformarão em comportamentos aprendidos preenchendo esse quadro em branco. 
O preenchimento desse quadro aproxima o recém-nascido do adulto. Trata-se, assim, de uma mudança quantitativa: quanto mais comportamentos socialmente aceitos aprendidos, mais próximo do ser humano adulto. 
A modelagem dos comportamentos faz-se pelo reforço positivo dos comportamentos que devem ser aprendidos ou mantidos, e pelo reforço negativo ou punição dos comportamentos indesejáveis.
Podemos ver, assim, a ação do meio ambiente externo inteiramente responsável pela aprendizagem (“aumento quantitativo”) de comportamentos por uma criança inteiramente passiva.
A contra-argumentação linguística a essa abordagem sobre a aquisição de linguagem veio, principalmente, de Chomsky, outro linguista norte-americano que será estudado a seguir. 
A abordagem behaviorista surtiu um grande impacto, pois resultou em um ensino em que o professor é o principal responsável pela aprendizagem de um aluno passivo no processo. 
O professor deve estar atento para reforçar as respostas desejadas e punir as indesejadas (mediante atribuição de notas, por exemplo). 
Além disso, ao considerar a língua como um conjunto de hábitos adquiridos, o ensino de línguas tornou-se fortemente apoiado em exercícios de repetição até a automatização da resposta desejada. 
 O GERATIVISMO: VISÃO INATISTA DE AQUISIÇÃO DE LINGUAGEM
Gerativismo - teoria da linguagem por Noam Chomsky no final da década de 1950. Essa teoria nasceu com o nome de gramática gerativo-transformacional. 
A gramática gerativa estava interessada, entre outras questões, em mostrar que, ao se analisar um enunciado, era preciso levar em conta os diferentes níveis da estrutura gramatical, denominados superficial e profundo. 
Há dois níveis de análise: um superficial (que parece relacionar-se à própria estrutura do sistema linguístico) e outro profundo (relacionado à funcionalidade da estrutura gramatical). 
Todo o trabalho de Chomsky se desenvolveu para oferecer meios para se analisar enunciados considerando-se o nível subjacente à estrutura gramatical. 
A teoria foi sofrendo modificações e adaptações e, atualmente, é conhecida como a Teoria de Princípios e Parâmetros. 
O objetivo do gerativismo é construir uma gramática que dê conta dos chamados universais linguísticos, ou daquilo que é comum a todas as línguas, ou da gramática universal (GU). 
Essa gramática, construída pelo linguista, deve dar conta de descrever as línguas humanas, ou mais especificamente, ela deve dar conta do conhecimento linguístico inato que é da espécie humana e é universal, pois é comum a todos os membros dessa espécie. 
Em outras palavras, trata-se de uma gramática por meio da qual é possível “gerar” todos os enunciados possíveis em qualquer língua natural e apenas os enunciados possíveis. 
É possível construir, assim, um conjunto de regras que dê conta de todas as línguas do mundo, ou um conjunto de princípios que dê conta da GU. 
De acordo com o gerativismo, as línguas não podem ser interpretadas como um comportamento socialmente condicionado. 
CONTRA-ARGUMENTOS DO GERATIVISMO (CHOMSKY) À VISÃO BEHAVIORISTA DE APRENDIZAGEM DA LINGUAGEM 
O gerativismo desenvolveu-se em grande parte como reação ao behaviorismo, que prevalecia na psicologia, e ao estruturalismo americano, que prevalecia na linguística dos Estados Unidos da América. 
Em 1959, em uma revista chamada Language, Chomsky publicou uma resenha intitulada Resenha do comportamento verbal de B. F. Skinner (Review of B.F. Skinner´s Verbal Behavior). 
Nesta publicação foi apresentanda uma série de contra-argumentos à proposta behaviorista de aquisição de linguagem, obtendo uma enorme repercussão em todas as áreas de estudos da linguagem. 
Destacaremos neste tópico aquilo que diz respeito à aquisição da linguagem ou à natureza da linguagem. 
5.1.1 Capacidade inata: meio ambiente fornece modelos linguísticos para um sujeito competente
Para Chomsky, a linguagem é adquirida a partir de um dispositivo inato inscrito na mente humana.
A linguagem, assim, é uma dotação genética, específica da espécie. Essa abordagem é conhecida como “inatismo”. 
5.1.2 Capacidade específica da espécie
Uma criança é sempre dotada de um conhecimento linguístico, ou competência linguística, inato (genético, biológico). 
Este é um forte contraponto à criança considerada tábula rasa na corrente behaviorista, ou seja, enquanto para esta última todos os comportamentos são aprendidos após o contato com o meio, para aquele a criança já nasce com os conhecimentos lingüísticos.
5.1.3 Criatividade linguística 
Para Chomsky, a criatividade é a principal característica do comportamento linguístico humano. É ela que mais distingue a linguagem humana do sistema de comunicação animal. 
A linguagem, ao contrário do que se tem no behaviorismo, é independente do estímulo. Isso se relaciona à chamada “criatividade” linguística, ou à liberdade do falante em produzir enunciados imprevisíveis.
Uma vez considerada a criatividade como principal característica da linguagem humana, então é preciso abandonar o modelo teórico do behaviorismo, pois nele não há espaço para eventos criativos.
5.1.4 Complexidade x tempo de aquisição 
De 18 a 24 meses, aproximadamente, é o que leva uma criança, a partir do nascimento, em condições normais, para apresentar domínio da linguagem
Este é também chamado de “problema lógico da aquisição de linguagem”: como, logicamente, as crianças adquirem uma língua se não têm informação suficiente para a tarefa? A resposta lógica é que trazem uma enorme quantidade de informações a que Chomsky chama de Gramática Universal Outra questão diz respeito ao período crítico de aquisição de linguagem. 
Esse conjunto de frases que a criança ouve constitui o chamado input linguístico. A criança aplica seu dispositivo inato sobre essas frases e descobre como é a gramática de sua língua nativa. Essa gramática construída pela criança constitui sua gramática internalizada. A partir daí, a criança pode começar a apresentar suas próprias manifestações/produções linguísticas, que constituem seu output linguístico (SCARPA, 2001).
5.1.5 Capacidade linguística inata, específica da espécie e universal 
Numa versão mais recente do gerativismo, Chomsky mantém sua visão inatista, mas o dispositivo inato é dotado de princípios e parâmetros. Os princípios são os universais linguísticos, aquilo que constitui a gramática universal – GU, aquilo que é comum a todas as línguas. 
A criança nasce também dotada de um conjunto de parâmetros que permitirá a ela constatar aquilo que é específico da língua de sua comunidade, aquilo que é particular dessa língua.
Nestas duas versões, é mantida a ideia de um componente inato, específico para a linguagem, que depende apenas de a criança ser exposta a modelos linguísticos. Não depende, diretamente, de outros conhecimentos cognitivos ou comportamentais.
A relação entre a língua e outros sistemas cognitivos, como a percepção, a memória e a inteligência, é indireta, e a aquisição de linguagem – ou o desencadeamento da Gramática Universal junto com a fixação de parâmetros – não depende, necessariamente, de outros módulos cognitivos, muito menos de interação social.
Ao contrário do que foi visto com relação ao behaviorismo, na hipótese chomskiana a criança é a principal responsável por seu desenvolvimento linguístico, pois traz em sua composição genética, biológica, aquilo que a torna ativa nesse processo. 
Ao meio ambiente externo, cabe à criança apenas apresentar modelos de frases da língua.
5.1.6 OS CONCEITOS DE AQUISIÇÃO X APRENDIZAGEM DE LINGUAGEM
Aprendizagem- hipótese behaviorista
Aquisição - hipótese inatista
O termo aquisição da linguagem é normalmente usado sem ressalvas para o processo que resulta no conhecimento da língua nativa. 
O termo aprendizagem é em geral usado para o processo que resulta no conhecimento de uma língua, via ambiente não natural, como é o ambiente escolar.
 CONCEITOS BÁSICOS DO GERATIVISMO E ANÁLISE GERATIVISTA
Na primeira apresentação de sua teoria, Chomsky definiu a linguagem como um conjunto de sentenças formadas por elementos linguísticos. 
A quantidade de sentenças possíveis em uma língua é infinita. 
Para Chomsky, o linguista deve ser capaz de construir uma gramática por meio da qual seja possível gerar todas as sentenças possíveis de uma língua e apenas as possíveis.
Ou seja, o linguista deve ser capaz de, por meio de sua gramática, dizer o que pertence àquela língua e o que não pertence; o que pode ser dito e o que não pode ser dito naquela língua; quais das “sequências finitas são sentenças e quais não são” 
Sendo a linguagem uma capacidade inata e específica da espécie humana (já que transmitida geneticamente), devem existir propriedades universais da linguagem.
Cabe aos linguistas, portanto, encontrar essas propriedades universais de modo a ser capaz de descrever uma teoria geral da linguagem.
COMPETÊNCIA E DESEMPENHO
O desempenho pressupõe a competência, ao passo que a competência não pressupõe o desempenho. 
A teoria geral da linguagem em seu momento inicial, de acordo com Chomsky, apoiava-se numa distinção fundamental entre o “conhecimento que uma pessoa tem das regras de uma língua e o uso efetivo dessa língua.’’
Competência: O conhecimento que um falante tem de um dado sistema linguístico (e de suas regras), que permite a ele produzir um conjunto infinitamente grande de sentenças, constituindo, assim, a língua. 
Desempenho: a maneira como o falante faz uso de sua competência linguística com base, por um lado, em tudo o que é convencionado socialmente, em fatores emocionais, e por outro, no “funcionamento dos mecanismos psicológicos e fisiológicos envolvidos na produção de enunciados” 
A separação estrita entre conhecimento e uso é decorrência direta da postulação de conhecimento tácito, biológico, de cunho linguístico, independente dos fatores ambientais, culturais, psicológicos ou históricosociais determinantes da aquisição da língua materna. 
O uso da linguagem foge à alçada da teoria lingüística. O linguista deixa de lado, deliberadamente, todos os fatores que não são linguísticos e que constituem o desempenho: motivação, interesse, limitações de atenção e de memória, crenças, atitudes emocionais, mecanismos de ordem fisiológica e psicológica, entre outros.
Mesmo sendo pertinentes ao desempenho, esses fatores não são importantes para a formulação de declarações gerais sobre a linguagem. 
A língua – sistema linguístico socializado – de Saussure aproxima a linguística da sociologia ou da psicologia social;
 A competência – conhecimento linguístico internalizado – aproxima a linguística da psicologia cognitiva ou da biologia. 
Em síntese, tanto Chomsky quanto Saussure tinham em mente a necessidade de separar o que é linguístico do que não é linguístico. 
Saussure procura fazer essa distinção ao apresentar langue e parole como uma dicotomia, enfatizando os estudos da língua e não da fala. 
Chomsky faz a distinção ao apresentar os conceitos de competência e de desempenho para enfatizar os estudos sobre a competência. 
A competência linguística é o conhecimento do sistema linguístico que o falante possui e que lhe permite produzir o conjunto de sentenças de sua língua. 
É o resultado da aplicação de sua capacidade, ou dispositivo inato, sobre as sentenças que ouviu desde bebê. 
“A tarefa do linguista é descrever a competência, que é puramente linguística, subjacente ao desempenho” 
Assim, cabe ao linguista debruçar-se sobre as questões da língua para descrever a competência, que é algo puramente linguístico e que subjaz ao desempenho, ou seja, que dá condições ao falante para que use a língua.
GRAMATICALIDADE E ACEITABILIDADE
Considerando que todos os falantes possuem uma gramática internalizada, pode-se concluir que todas as sentenças produzidas pelos falantes de uma língua são sentenças gramaticais.
Quando falamos em gramaticalidade, estamos considerando um “conhecimento implícito, inconsciente e natural acerca da língua que todos os falantes nativos possuem, e não das regras da gramática normativa que aprendemos na escola”
O conceito de gramaticalidade não pode ser confundido com o conceito de aceitabilidade nem com o conceito de significação
A INTUIÇÃO LINGUÍSTICA
A intuição linguística é o julgamento que o falante de uma língua faz sobre a aceitabilidade ou não de uma sentença. O linguista deve excluir de sua análise as sentenças não aceitáveis. Podemos notar, assim, que “a aceitabilidade é um fenômeno essencialmente intuitivo: algo que o falante “sente” com relação à sentença ouvida” 
PRODUTIVIDADE DOS SISTEMAS LINGUÍSTICOS X CRIATIVIDADE LINGUÍSTICA DOS SUJEITOS FALANTES
Ao produzirem e compreenderem uma quantidade indefinida de sentenças, os falantes estão fazendo uso de uma propriedade das línguas naturais que é a produtividade. 
Essa propriedade dos sistemas linguísticos possibilita aos falantes fazerem uso da criatividade: a capacidade que o falante tem de compreender e produzir um número indefinido de sentenças; uma capacidade que independe do estímulo, um dos contra-argumentos à proposta behaviorista de aquisição da linguagem.
O ser humano pode e faz uso de sua criatividade linguística. E, para tanto, utiliza-se da propriedade dos sistemas linguísticos, que é a produtividade. Essa criatividade é dependente e vigiada pela produtividade no sentido de que o falante pode dar vazão a toda sua criatividade, desde que obedeça às regras impostas pelos sistemas gramaticais e obedeça às regras da gramática de sua língua.
PRINCÍPIOS E PARÂMETROS
A teoria da linguagem de Chomsky passou por uma série de reformulações, resultando no atual programa de princípios e parâmetros. 
Na fase inicial da teoria, o conhecimento linguístico consistia em um conjunto de regras de diferentes naturezas. No programa de princípios e parâmetros, as regras são efeitos de princípios universais e parâmetros de variação, os quais também formam a base para uma teoria da aquisição.
Para Chomsky, sem uma estrutura interna, um organismo não interage com o ambiente. A estrutura interna na espécie humana é invariante e é responsável não só pelas propriedades invariantes das línguas, mas também pelas variações possíveis. As línguas variam, mas a variação é restrita, porque depende de um número limitado de parâmetros já programados geneticamente 
Ao ter contato com o input, a criança acionará o parâmetro que está de acordo com a língua que está ouvindo. Os parâmetros são, portanto, particulares de cada língua. 
Os princípios são universais. Cabe ao linguista descobrir quais são os princípios universais – a GU ou gramática universal – e os parâmetros particulares de cada língua. Quando concluir essa tarefa, o linguista terá conhecido a capacidade linguística inata do falante, devidamente registrada em sua genética.
O MODELO DE ANÁLISE GERATIVISTA: EXPLICATIVO
A linguística foi definida como uma ciência descritiva e explicativa. 
O estruturalismo foi visto como um modelo de análise descritivo, pois entendia que da descrição do sistema linguístico – a língua – chega-se à compreensão de seu funcionamento – uma explicação de seu funcionamento. 
Para Chomsky e para os adeptos do gerativismo, esse modelo de análise preenche uma das condições da teoria da linguagem humana, a adequação descritiva. 
A gramática construída pelo linguista, ao descrever uma língua particular e ao constituir uma descrição das propriedades da língua, descreve aquilo que o falante sabe.
É necessário preencher outra condição: a adequação explicativa. “Um fenômeno só pode ser explicado quando pode ser deduzido de leis maisgerais”. 
A adequação explicativa, na forma como a gramática gerativa foi apresentada inicialmente, consistia de uma gramática descrita pelo linguista que desse conta das frases produzidas e potencialmente produzidas. 
Na teoria dos princípios e parâmetros, trata-se de construir uma teoria da linguagem que mostre “como cada língua particular pode ser derivada de um estado inicial uniforme”. 
Esse estado inicial uniforme refere-se aos princípios (universais), ao passo que os parâmetros são as configurações assumidas pelas línguas a partir daquele estado inicial. 
A estrutura das línguas é uniforme e invariante – dada pelos princípios. Por parâmetros entende-se tudo que as torna sistemas particulares.
OS LIMITES DE ANÁLISE NO GERATIVISMO
O gerativismo é um modelo teórico bastante influente que transcendeu as fronteiras da linguística, surtindo efeitos em outras ciências. 
Apesar disso, está sujeito a críticas, assim como ocorre em outras teorias linguísticas e em outras ciências. 
São de crítica, revisão e contestação de conceitos e trabalhos anteriores que as ciências se desenvolvem. 
As chamadas teorias do texto fundamentam muitas de suas teses em contra-argumentos à teoria gerativista. 
Uma das questões que se destacam diz respeito ao fato de o gerativismo tratar de um falante-ouvinte ideal pertencente a uma comunidade linguística homogênea.
 Isso porque tem por objetivo descrever a capacidade linguística, deixando de lado, deliberadamente, o desempenho, pois este último está sujeito à interferência de fatores não linguísticos. 
Em consequência, o falante e, obviamente, o ouvinte, estão fora da análise. Um falante e um ouvinte jamais são vistos como interlocutores.
 A sociolinguística, por exemplo, rompe com o gerativismo ao observar os falantes em situações de uso real, constatando e salientando não só a imensa heterogeneidade dos sistemas linguísticos, como a imensa variação decorrente dos interlocutores e das situações em que estão inseridos. 
No que diz respeito à aquisição de linguagem, os estudos fundamentados no gerativismo sofreram críticas de outras teorias, como o chamado cognitivismo, apoiado na teoria do desenvolvimento cognitivo de Piaget; o sociointeracionismo, apoiado em Vygotsky; e, mais recentemente, as hipóteses formuladas por Cláudia de Lemos.
Estruturalismo 
Tem origem nos estudos saussureanos e vê a língua como um sistema e seus subsistemas. Tende a ler um texto conforme um molde organizador (uma estrutura, uma forma, um modelo); estuda estruturas e não causas. Preocupa-se com as relações de interdependência entre os elementos constitutivos da língua. Procura a objetividade da língua, minimizando as manifestações do falante. Vê a língua como uma estrutura, ou seja, um sistema no qual qualquer modificação em uma das partes afeta o todo; cada elemento linguístico só tem valor em virtude de opor-se a outros (relação paradigmática) e em virtude de poder combinar-se com outros (relação sintagmática). Privilegia o aspecto sincrônico da língua. 
Sincronia: caracteriza-se pela relação de simultaneidade; é o estudo dos fatos linguísticos quanto ao funcionamento num dado momento. 
Diacronia: caracteriza-se pela relação de sucessividade; é o estudo dos fatos linguísticos ao longo do tempo; destaca o caráter histórico das transformações sofridas pela língua.
Gerativismo: Teoria da linguagem desenvolvida por Noam Chomsky e, inicialmente, denominada Gramática gerativo-transformacional. Atualmente, é denominada Teoria de Princípios e Parâmetros. O objetivo é construir uma gramática com foco nos universais linguísticos ou na gramática universal (o que é comum a todas as línguas). A Linguagem é a capacidade inata inscrita na mente do sujeito; a criatividade independe do estímulo, é característica do comportamento linguístico humano. 
Dicotomia: competência linguística, conhecimento do falante em relação ao sistema linguístico; 
Desempenho linguístico: maneira como o falante faz uso do sistema linguístico. 
Intuição linguística: julgamento do falante sobre a aceitabilidade ou não de enunciados da língua. 
Análise gerativista 
Descritiva: explicita, enumera e classifica a estrutura das frases (palavras e sua formação) e das regras de combinação dessas diferentes unidades; envolve trabalho de definição e classificação. 
Explicativa: analisa corpus (conjunto de dados coletados por meio de pesquisas, para fins de investigação) em busca de compreender e interpretar como se formam as frases, como são utilizados os morfemas e fonemas de uma língua e como é possível explicar a derivação lógica das descrições observadas. 
Explicação dos fatos lingüísticos: Busca de propriedades universais da língua; regras são mais importantes do que relações entre linguagem e mundo.
Crítica ao Estruturalismo: A corrente gerativista alega que o estruturalismo permanece no nível empírico e descritivo, não sendo capaz de explicar a criatividade humana na produção linguística.

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