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Análise Térmica de Edificação com BIM

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ANÁLISE E MODELAGEM DO 
DESEMPENHO TÉRMICO DE 
EDIFICAÇÃO, COM ESTUDO DE CASO 
COM ATENDIMENTO DE REQUISITOS 
NORMATIVOS DO BRASIL E PORTUGAL 
 
 
Marcus Vinicius Arruda Plaisant Mariz Filho 
 
Projeto de Graduação apresentado ao curso 
de Engenharia Civil da Escola Politécnica, 
Universidade Federal do Rio de Janeiro, 
como parte dos requisitos necessários à 
obtenção do título de Engenheiro. 
 
Orientador: Assed Naked Haddad 
 
Rio de Janeiro 
Março de 2018 
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ANÁLISE E MODELAGEM DO 
DESEMPENHO TÉRMICO DE 
EDIFICAÇÃO, COM ESTUDO DE CASO 
COM ATENDIMENTO DE REQUISITOS 
NORMATIVOS DO BRASIL E PORTUGAL 
 
 
Marcus Vinicius Arruda Plaisant Mariz Filho 
 
 
Projeto de Graduação apresentado ao curso 
de Engenharia Civil da Escola Politécnica, 
Universidade Federal do Rio de Janeiro, 
como parte dos requisitos necessários à 
obtenção do título de Engenheiro. 
 
Orientador: Assed Naked Haddad 
 
Rio de Janeiro 
Março de 2018 
 ii 
 
 
 
ANÁLISE E MODELAGEM DO DESEMPENHO TÉRMICO DE EDIFICAÇÃO, 
COM ESTUDO DE CASO COM ATENDIMENTO DE REQUISITOS 
NORMATIVOS DO BRASIL E PORTUGAL 
 
Marcus Vinicius Arruda Plaisant Mariz Filho 
 
PROJETO DE GRADUAÇÃO SUBMETIDO AO CORPO DOCENTE DO CURSO DE 
ENGENHARIA CIVIL DA ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE 
FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS 
NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE ENGENHEIRO CIVIL. 
 
Examinado por: 
 
 
 
_________________________________ 
Prof. Assed N. Haddad, D.Sc., 
Orientador 
 
 
 
 
_________________________________ 
 
Prof. Eduardo L. Qualharini, D. Sc. 
 
 
 
 
_________________________________ 
 Prof. João Carlos G. Lanzinha, D.Sc. 
 
 
 
_________________________________ 
 Prof. 
 
 
 
 iii 
 
RIO DE JANEIRO, RJ – BRASIL 
 
 Mariz Filho, Marcus Vincius Arruda Plaisant 
 Análise e Modelagem do Desempenho Térmico de Edificação, 
com Estudo de Caso com Atendimento de Requisitos Normativos do 
Brasil e Portugal/ Marcus Vinicius Arruda Plaisant Mariz Filho. – Rio 
de Janeiro: UFRJ/ 
 Escola Politécnica,2018. 
xiii, 77 p.: 29,7 cm. 
Orientador: Assed Naked Haddad 
Projeto de Graduação – UFRJ / Escola Politécnica / 
Curso de Engenharia Civil, 2018. 
Referências Bibliográficas: p. 55-58 
1. Introdução 2. BIM ( Building Information Modeling) 
3. Desempenho Térmico em Edificações 4. Estudo de Caso 5. 
Considerações Finais 
I. Naked Haddad, Assed; II. Universidade Federal do Rio 
de Janeiro, Escola Politécnica, Curso de Engenharia Civil. III. 
Título 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Dedico este trabalho aos meu pais Marcus e Elizabeth. 
 
 
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AGRADECIMENTOS 
 
Aos meus pais, Elizabeth e Marcus por todo amor e carinho desde o meu primeiro 
minuto de vida. Não existem palavras para agradecer todo o esforço que vocês 
desempenharam para sempre me proporcionar o melhor que o mundo tem a oferecer. 
Vocês são os melhores pais que eu poderia desejar. 
A minha namorada Manoela, por ser minha inspiração em busca de ser sempre o 
melhor em tudo o que faço. Obrigado por estar sempre ao me lado e sempre acreditar em 
mim. Eu sou apaixonado por você. 
A todas as amizades que cultivo por todos esses anos, desde o Colégio Santo 
Agostinho, Ciclo Básico e Civil. Foi um imenso prazer conhecê-los e espero que essa 
amizade permaneça por muitos e muitos anos. 
Ao Professor Qualharini e a todos do Núcleo de Pesquisa em Planejamento e Gestão 
por me receberem de forma calorosa desde o início. Muito obrigado por todas as 
oportunidades de crescimento pessoal e profissional, vocês são uma equipe incrível. 
Ao meu orientador Assed, a quem admiro pela incrível jornada acadêmica e os 
conhecimento quase inesgotáveis em engenharia. Foi uma experiência única ser monitor 
da sua disciplina e aprender o que é de fato ser um engenheiro. 
 
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Resumo do Projeto de Graduação apresentado à Escola Politécnica - UFRJ como parte 
dos requisitos necessários para a obtenção do grau de Engenheiro Civil. 
 
ANÁLISE E MODELAGEM DO DESEMPENHO TÉRMICO DE EDIFICAÇÃO, 
COM ESTUDO DE CASO COM ATENDIMENTO DE REQUISITOS 
NORMATIVOS DO BRASIL E PORTUGAL 
 
Marcus Vinicius Arruda Plaisant Mariz Filho 
 
Março de 2018 
 
Orientador: Assed Naked Haddad 
Curso: Engenharia Civil 
 
Este trabalha abordará o tema do desempenho térmico de edificações, como principal 
objetivo realizar uma análise térmica de um edifício existente através do uso de softwares 
com aplicação da metodologia BIM (Building Modeling Information). Desta forma, serão 
simuladas análises térmicas da edificação, respeitando os requisitos normativos da NBR 
15.575/2013 - Norma de Desempenho e a Certificação Energética adotada em Portugal. 
De forma a estudar os conceitos apresentados, serão analisadas as consequencias obtidas 
pela simulação energética, interpretando os principais parâmetros que influenciaram os 
resultados obtidos. 
 
Palavras-chave: BIM, Construção civil , Building Modeling Information, Desempenho Térmico, 
Análise Térmica. 
 
 
 
 
 
 
 vii 
 
Abstract of Undergraduate Project presented to POLI/UFRJ as a partial fulfillment of 
the requirements for the degree of Engineer. 
 
ANALYSIS AND MODELING OF THE THERMAL PERFORMANCE OF 
BUILDING, CASE STUDY WITH NORMATIVE REQUIREMENTS OF 
BRAZIL AND PORTUGAL. 
 
Marcus Vinicius Arruda Plaisant Mariz Filho 
 
March/2018 
 
Advisor: Assed N. Haddad 
Course: Civil Engineering 
 
This work will address the theme of the thermal performance of buildings, as main 
objective to perform a thermal analysis of an existing building through the use of software 
with application of the BIM (Building Information Modeling) methodology. It will be 
simulated a thermal analyze of an existing building, respecting the regulatory 
requirements of the NBR 15.575/2013 – Brazilian Standard of Performance and the 
Energy Certification adopted in Portugal. In order to study the concepts presented, will 
be analyzed the consequences obtained by the simulation efficiency, interpreting the main 
parameters that influenced the results obtained. 
 
Keywords: BIM, Civil Construction, Building Modeling Information, Thermal performance, 
Thermal Analysis. 
 
 viii 
 
SUMÁRIO 
 
 
1. Introdução ............................................................................................................................. 1 
1.1. Motivação do Estudo .................................................................................................... 1 
1.2. Objetivo ......................................................................................................................... 1 
1.3. Abordagem e Metodologia ........................................................................................... 2 
1.4. Estrutura da Monografia ............................................................................................... 2 
2. BIM (Building Information Modeling) ................................................................................... 4 
2.1. O Conceito de Modelagem BIM .................................................................................... 4 
2.2. O Histórico da ModelagemBIM .................................................................................... 7 
2.3. Vantagens da Metodologia BIM .................................................................................... 8 
2.4. Principais Ferramentas Auxiliares ................................................................................. 9 
2.4.1. A Utilização do Software Revit ............................................................................ 10 
3. DESEMPENHO TÉRMICO EM EDIFICAÇÕES ......................................................................... 11 
3.1. Introdução ................................................................................................................... 11 
3.2. Eficiência Energética ................................................................................................... 12 
3.3. Norma NBR 15.575/13: A Norma de Desempenho Brasileira .................................... 14 
3.3.1. Aplicabilidade da Norma de Desempenho .......................................................... 14 
3.3.2. Origem da NBR 15.575/13 .................................................................................. 15 
3.2.3 Desempenho Térmico ......................................................................................... 19 
3.2.4 Desempenho Térmico das Vedações Verticais ................................................... 22 
3.2.5 Desempenho Térmico das Coberturas ................................................................ 24 
3.3 Certificação Energética – Norma de Portugal ............................................................. 25 
3.3.1 Pilares Normativos .............................................................................................. 25 
3.3.2 Processo de Certificação ..................................................................................... 28 
3.3.3 Desempenho das Vedações e Cobertura ............................................................ 30 
3.4 Software Energy Plus ................................................................................................... 31 
 ix 
 
3.4.1 Simulação Energética no REVIT ........................................................................... 33 
4. ESTUDO DE CASO ................................................................................................................ 35 
4.1 Localização e Caracterísiticas do Edifício .................................................................... 35 
4.2 Modelo para Análise Energética ................................................................................. 37 
4.3 Simulação .................................................................................................................... 40 
4.3.1 Simulação Básica ................................................................................................. 41 
4.3.2 Simulação NBR 15.575 ........................................................................................ 43 
4.3.3 Simulação da Certificação Portuguesa ................................................................ 46 
4.3.4 Resultado das Simulações Iniciais ....................................................................... 48 
4.4 Projetos de Otimização do Desempenho Energético ................................................. 49 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................................... 53 
5.1 Conclusões................................................................................................................... 53 
5.2 Limitações observadas ................................................................................................ 53 
REFERÊNCIAS ............................................................................................................................... 55 
APÊNDICE A ................................................................................................................................. 59 
APÊNDICE B ................................................................................................................................. 65 
APÊNDICE C ................................................................................................................................. 67 
APÊNDICE D ................................................................................................................................. 69 
APÊNDICE E ................................................................................................................................. 71 
APÊNDICE F .................................................................................................................................. 73 
APÊNDICE G ................................................................................................................................. 75 
APÊNDICE H ................................................................................................................................. 77 
 
 
 
 
 x 
 
Lista de Figuras 
 
FIGURA 1: Fluxo de Trabalho em Projetos de Construção............................................06 
FIGURA 2: Gráfico do Esforço e Efeito no Ciclo de Vida de um Projeto. ......................09 
FIGURA 3: Interface do REVIT 2017............................................................................10 
FIGURA 4: Gráfico do esforço e efeito no ciclo de vida de um projeto..........................13 
FIGURA 5: Cronologia da Norma de Desempenho........................................................18 
FIGURA 6: Estruturação da Norma de Desempenho em capítulos................................18 
FIGURA 7: Distribuição das Zonas Bioclimáticas no Território Brasileiro...................19 
FIGURA 8: Legislação Portuguesa sobre Eficiência Energética.....................................25 
FIGURA 9: Modelo do Certificado Energético e da Qualidade do Ar Interior................29 
FIGURA 10: Logo do Software EnergyPlus...................................................................31 
FIGURA 11: Linha do Tempo de atualizações do REVIT..............................................34 
FIGURA 12: Localização do Edifício Universitário.......................................................35 
FIGURA 13: Foto do Centro de Tecnologia (1960 x 2018)............................................36 
FIGURA 14: Modelagem de uma parede no REVIT 2017.............................................38 
FIGURA 15: Ambas Vistas em Perspectiva da Fachada do Edifício Universitário, 
Modelado no Software REVIT 2017................................................................................39 
FIGURA 16: Posicionamento das Coordenadas Geográficas no REVIT 2017..............39 
FIGURA 17: Simulação do Caminho Solar e Sombreamento da Edificação (dia 
28/01/2018 as 10:00)........................................................................................................40 
 xi 
 
FIGURA 18: Caracterização da Parede Externa em Alvenaria e Pintura / Caracterização 
do Telhado de Fibrocimento.............................................................................................41 
FIGURA 19: Menu Analyze do REVIT 2017.................................................................42 
FIGURA 20: Resultados da Análise Térmica Modelo Simples.......................................43 
FIGURA 21: Caracterização da Vedação Externa Segundo NBR 
15.575..............................................................................................................................44 
FIGURA 22: Caracterização da Cobertura Segundo NBR 15.575..................................45 
FIGURA 23: Resultados da Análise Térmica segundo NBR 15.575.............................46 
FIGURA 24: Caracterização das Paredes em Alvenaria Segundo a Certificação de 
Portugal............................................................................................................................46FIGURA 25: Caracterização da Cobertura Segundo a Certificação de Portugal...........47 
FIGURA 26: Resultados da Análise Térmica Segundo a Certificação Energética de 
Portugal............................................................................................................................47 
FIGURA 27: Mudança de Material da Cobertura da Edificação.....................................47 
FIGURA 28: Resultados da Simulação com o Novo Material da Cobertura...................50 
FIGURA 29: Nova Modelagem do Bloco D com Substituição do Telhado 
Original............................................................................................................................50 
FIGURA 30: Resultados da Simulação com Modificação Estrutural do Telhado..........51 
FIGURA 31: Resultados da Simulação com Modificação Estrutural do Telhado e com 
Cobertura em Telha Cerâmica..........................................................................................51 
 
 xii 
 
Lista de Tabelas 
 
TABELA 1: Adaptação dos Critérios da ISO 6241:1984...................................................16 
TABELA 2: Critério de Temperatura Máxima do Ambiente Interno de Acordo com a Zona 
Bioclimática....................................................................................................................21 
TABELA 3: Critério de Temperatura Mínima do Ambiente Interno de Acordo com a Zona 
Bioclimática....................................................................................................................22 
TABELA 4: Critério de Transmitância Térmica para Vedações Externas de Acordo com a 
Zona Bioclimática............................................................................................................22 
TABELA 5: Absortância () para radiação solar e emissividade ()..................................23 
TABELA 6: Critério de Capacidade Térmica de Paredes Externas em Edificações de 
Acordo com a Zona Bioclimática.....................................................................................24 
TABELA 7: Critério de Transmitância Térmica para Coberturas de Acordo com a Zona 
Bioclimática....................................................................................................................24 
TABELA 8: Disciplinas Abordadas no Cálculo do EPC.....................................................30 
TABELA 9: Valores de Transmitância Térmica Adotados pela Certificação Energética..31 
TABELA 10: Características do Bloco D............................................................................37 
TABELA 11: Resumo dos Resultados das Análises Térmicas...........................................46 
TABELA 12: Resumo dos Resultados das Análises Térmicas............................................52 
 
 xiii 
 
Lista de Siglas 
 
ADENE - Agência Nacional de Energia 
BDS – Building Description System 
BIM – Building Information Modeling 
CAD – Computer Aided Design 
CT - Capacidade Térmica 
EPC – Energy Performance Certificate 
EPE – Empresa de Pesquisa Energética 
GBS – Green Building Studio 
HVAC - Heating, ventilation, and air conditioning 
ISO – International Standart Organization 
RCCTE – Regulamento das Características do Comportamento Térmco dos Edifícios 
RECS – Regulamento do Desempenho Energético dos Edifícios de Comércio e 
Serviços 
REH – Regulamento do Desempenho Energético dos Edifícios de Habitação 
RSECE – Regulamento dos Sistemas Energéticos de Climatização em Edifícios 
SCE – Sistema Nacional de Certificação Energética e da Qualidade do Ar interiror nos 
Edifícios 
U - Transmitância Térmica 
 1 
 
1. Introdução 
 
1.1. Motivação do Estudo 
O estabelecimento de exigências funcionais para os edifícios e suas partes advém 
assim da premissa óbvia de que os edifícios, sendo indispensáveis à vida e à atividade do 
homem, devem possuir características que correspondem e satisfaçam as necessidades 
humanas (GOMES, RUY J., 1982). 
Baseado nesta premissa, esta obra se propõe a criar parâmetros entre as normas de 
desempenho térmico em uma edificação real. Será trabalhado exclusivamente o caso na 
norma NBR 15.575/13 e a legislação portuguesa. 
Tal comparação será feita através da metodologia de modetagem BIM. Seu 
surgimento revolucionário permitiu parametrizar elementos de projeto, possibilitando a 
compatibilização das diversas áreas da construção civil, tais como: estruturas, instalções 
prediais e arquitetura. 
A principal motivação deste estudo é através da aplicabidade prática deste projeto ter 
um melhor conhecimento da resposta térmica da edificação e seus materiais, a fim de 
provar a possibilidade de gerar uma economia significativa de consumo energético, 
proporcionando uma hipótese de desenvolvimento sustentável da construção civil. 
1.2. Objetivo 
No presente trabalho, busca-se traçar uma análise comparativa de um edifício real 
entre a avaliação de desempenho térmico de uma edificação utilizando padrões nacionais, 
através da norma de desempenho brasileira (NBR 15.575/13), e padrões internacionais, 
em especial a legislação portuguesa. 
 2 
 
1.3. Abordagem e Metodologia 
A fim de alcançar o objetivo estipulado na presente obra será desenvolvido um 
projeto, especificando a arquitetura de uma real edificação, através do uso da metodologia 
BIM. A partir destes dados, serão analisadas e avaliadas as principais conformidades e 
desconformidades do padrão da norma vigente da construção civil. 
Além disso, o trabalho cumprirá com um papel de abordagem teórica, que visa 
conceituar e contextualizar as principais características da tecnologia BIM, assim como 
o Software Revit e o Energy Plus. Esta parte tem como propósito a familiarização com o 
tema da parte operacional no cenário de modelagem de edificação a que se está inserido. 
 
1.4. Estrutura da Monografia 
Esta monografia está dividida em 5 capítulos, sendo este dedicado a sua introdução. 
No segundo capítulo será apresentado o conceito da modelagem BIM, suas 
características, vantagens e as principais ferramentas auxiliares que se utilizam desta 
tecnologia. 
No terceiro capítulo serão apresentados os conceitos que acercam o tema do 
desemepnho térmico das edificações, a norma brasileira que regulamenta os requisitos 
mínimos que uma edificação deve constar, os pilares normativos da certificação 
portuguesa e o software EnergyPlus. 
No quarto capítulo será realizado o estudo de caso com as simulações energéticas da 
edificação estudada, o atendimento das normativas e propostas de melhoria do 
desempenho do edifício. 
 3 
 
No quinto capítulo será estruturada as considerações finais, abordando as conclusões 
do estudo, as limitações encontradas no processo de execução deste trabalho. 
A seguir serão apresentadas as referências, os apêndices A ao G apresentando 
resultados da simulação energética de 2 Rooms e por último o apêndice H com a planta 
baixa da edificação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 4 
 
2. BIM (Building Information Modeling) 
 
2.1. O Conceito de Modelagem BIM 
O Building Information Modeling (BIM), em português, Modelagem da Informação 
da Construção trata-se de um sistema de modelagem de edificações, que usa como base 
um modelo digital integrado de informações, englobando plantas, geometrias, materiais 
e componentes, quantitativos de custo, além de outros dados necessários para a execução 
e acompanhamento de um projeto de engenharia. 
Em suma, pode se dizer que é o novo conceito quando se trata de projetos para 
construções. Ao invés de um desenho em 2D, isto é, uma representação planificada do 
que será construído, a modelagem com o conceito BIM trabalhacom modelos 3D, ou 
seja, espaço trimensional, e outros planos que forem necessários para assimilar da melhor 
forma o produto final, como tempo, custo, entre outros. 
A modelagem 3D em sistemas de tecnologia BIM é realizada de forma paramétrica, 
isto é, os elementos são representados por parâmetros associados a dados (geométricos e 
não geométricos). Em exemplo prático, ao se modelar uma parede usando o BIM, é 
possível especificar parâmetros não apenas de comprimento, espessura e altura, mas 
também, o material constituído, fabricantes, custos, propriedades térmicas e acústicas, 
dentre outras. 
Eastman et al. (2011) caracteriza os modelos gerados numa metodologia BIM como 
um conjunto de objetos que formam a edificação representados digitalmente, 
apresentando ao mesmo tempo informações geométricas e semânticas sobre o seu 
desempenho, custo, origem, entre outras. Define ainda que os objetos devem seguir regras 
paramétricas, possibilitando a sua manipulação geométrica de forma inteligente. 
 5 
 
A grande vantagem da parametrização do sistema BIM consiste na garantia de que a 
alteração em determinada parcela ou detalhe do projeto automaticamente ocasionou a 
modificação no projeto como um todo, permitindo a compatibilização de todos os 
elementos contrutivos presentes na modelagem, fenômeno este denominado 
interoperabilidade. 
Além disso, outro benefício deste sistema, consequente da interoperabilidade, é a 
facilidade de colaboração de informações, assim os setores de planejamento e projeto 
consequem realizar um intercâmbio dados, a fim de exercer suas funções de forma 
integrada e alinhada ao objetivo do projeto. 
Todas essas peculiaridades fazem com que os elementos construtivos representados 
digitalmente pertençam a uma família, que deve se relacionar de maneira distinta com 
outros objetos (MANZIONE, 2013). 
Exemplificando, em um software de metodologia CAD, pode-se desenhar uma 
parede, porém o programa a interpretará apenas por um conjunto de linhas 
perpendiculares que fecham um cubo. Porém, um modelo BIM uma parede é designada 
por uma família “parede”, onde é possível determinar características como as camadas do 
revestimento, suas respectivas espessuras, custo de cada material, entre outras. Inclusive, 
o BIM consegue criar relações entre famílias, tais como, para inserir uma esquadria no 
seu projeto, é necessário ter uma parede capaz de recebê-la, e de forma análoga, ao excluir 
uma parede de um projeto, todos os seus hospedeiros também serão apagados. 
Desta forma, engenheiros, arquitetos, construtores e stakeholders podem extrair 
informações conforme suas necessidades, com intuito de tomarem decisões mais 
assertivas. Pois toda e qualquer mudança que os profissionais executarem no modelo será 
 6 
 
processada em tempo real e atualizada. Essa automação dos processos ajuda bastante na 
economia de tempo e na redução dos custos. 
A figura 1 mostra a mudança causada pela substituição da metodologia CAD e BIM. 
Quanto mais cedo forem tomadas as decisões de um projeto de construção, maior será o 
seu impacto ao final do projeto, representado pela curva 1. 
Já na curva 3, a utilização de programas em CAD se desenvolve principalmente nas 
etapas de projeto executivo e contrução, onde possíveis mudanças no projeto necessitam 
de um maior despêndio de recursos, demostrado pela curva 2. 
Ao observar a curva 4, onde se é aplicada a metodologia BIM, seu esforço tem início 
na etapa de projeto básico e segue até o projeto executivo, onde ocorre uma queda brusca. 
Nesta fase, gerenciar mudanças, realizar simulações e alterações na arquitetura de uma 
contrução não demandam tantos recursos, quanto nas fases posteriores, possuindo maior 
impacto no produto final. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FIGURA 1: Fluxo de Trabalho em Projetos de Construção. 
FONTE: BIM COMMUNITY,2018. 
 7 
 
Segundo Azhar, 2011 a utilização das ferramentas em BIM podem ser utilizadas para 
os seguintes propósitos: 
 Visualização de modelos em 3D, com renerização dos elementos da edificação; 
 Fabricação de Desenhos Industrais, concluída a modelagem de uma edificação, 
os fornecedores poderão retirar as informações dos elementos construtivos a fim 
de criar peças personalizadas para o edifício em questão; 
 Revisão de Projeto: os órgãos governamentais poderão avaliar e revisar os 
parâmetros da edificação. 
 Estimativa de Custo: os softwares em BIM permitem a partir do quantitativo de 
material utilizado no projeto, calcular o custo dos materiais empregados na 
cosntrução. 
 Sequenciamento da Construção: um modelo em BIM pode ser utilizado para 
gerenciar o andamento de uma construção, auxiliando na coordenação de 
chegada de materiais ao canteiro, ordem de fabricação e etapas do canteiro. 
 Conflitos, Interferências e Incompatibilidade de Projeto: o desenho em 3D da 
edificação permite ao programa verificar automaticamente a incompatibilidade 
entre os diversos subsistemas da edificação. 
 
2.2. O Histórico da Modelagem BIM 
O conceito de modelagem de informação foi criado em 1974 pelo professor Charles 
M. Eastman do Instituto de Tecnologia da Georgia, juntamente com sua equipe de 
estudiosos. A denominação inicial era: BDS (Building Description System), em português 
Sistema de Descrição da Construção. 
 
 8 
 
 O objetivo de Eastman era: 
o sistema BDS foi iniciado para mostrar que uma descrição 
baseada em computador de um edifício poderia replicar ou 
melhorar todos os pontos fortes de desenhos como um meio para 
a elaboração de projeto, construção e operação, bem como 
eliminar a maioria de suas fraquezas. (Eastman, 2011) 
 
Em 1992, G.A. van Nederveen e F.P. Tolman publicaram um artigo abordando as 
múltiplas visões de modelagem da construção, que deu a origem ao termo Modeling 
Building Information, que mais tarde abriu espaço para o termo Building Information 
Modeling (BIM). 
Abria-se o caminho para a utilização do conceito de um sistema computacional coeso 
que permitisse o gerenciamento e controle das interações políticas, processos e 
tecnologias envolvidas nos projetos de construção, ou seja, a utilização de um banco de 
dados integrado. 
 
2.3. Vantagens da Metodologia BIM 
 
A evolução dos projetos em engenharia da plataforma CAD para os novos softwares 
com processo BIM trouxeram benefícios no ganho de tempo de modelagem e na 
diminuição de erros e incompatibilidades entre projetos. De acordo com Eastman et al. 
2011, a automatização dos padrões de detalhamento diminui o tempo necessário para 
documentar os projetos da edificação, e desta maneira mais tempo possa ser investido na 
fase de concepção e tomada de decisões, figura 2. 
 
 
 9 
 
 
 
 
 
 
 
 
FIGURA 2: Gráfico do esforço e efeito no ciclo de vida de um projeto. 
FONTE: EASTMAN et al. 2011. 
 
O resultado de um modelo em BIM possui uma riqueza de dados, orientado por 
objetos, através de uma representação digital paramétrica, no qual os envolvidos no 
projeto podem extrair e analisar as informações a fim de tomar decisões mais acertivas e 
melhorar o processo de construção (AZHAR et al.,2008). 
 
2.4. Principais Ferramentas Auxiliares 
Depois de analisar o BIM a fundo, é preciso ressaltar que o BIM não passa de uma 
metodologia, presente única e exclusivamente no plano das idéias. Sendo necessário um 
software auxiliar para realizar a materialização do conceito. 
Pode-se citar entre estes softwares, que funcionam como ferramenta auxiliar: 
ArchiCAD, Revit, VectorWorks, NavisWorks, entre outros. O software que será utilizado 
na parte prática deste estudo será o Revit, desta maneira, será dada maior atenção paraa 
conceituação do mesmo, para fins de introsamento com a matéria. 
 10 
 
2.4.1. A Utilização do Software Revit 
O Revit é um software criado dentro do conceito de Modelagem BIM, que oferece 
completa associatividade multi-dimencional. É atualmente o líder de mercado na 
utilização de projetos de arquitetura, e foi adquirido pela Autodesk em 2002, mesma 
fabricante do software de metodologia CAD: o AutoCAD. 
Uma das vantagens desde programa, é que ele possui um banco de dados próprio 
incorporado pela Autodesk, a partir de pesquisas realizadas em conjunto de fabricantes de 
materiais de construção de diversas nacionalidades, assim, o usuário não tem dificuldade 
em adaptar o seu projeto aos padrões do local que está sendo realizado. 
Também é possível citar a usabilidade da plataforma, que divide os elementos 
construtívos em sistemas (arquitetura, estrutura e instalações ) e famílias (parede, portas, 
vigas lajes, etc.) favorecendo na clareza e facilidade de uso. A figura 3 apresenta a 
interface do programa, onde se é possível criar diversas vistas do projeto representada 
pelo Project Browser, as propriedades dos elementos selecionados pelo projetista na 
janela Properties e nas abas de criação e modificação de projetos. 
 
 
 
 
 
 
FIGURA 3: Interface do REVIT 2017 
FONTE: Foto do Autor. 
 11 
 
3. DESEMPENHO TÉRMICO EM EDIFICAÇÕES 
 
3.1. Introdução 
De uma maneira geral, desempenho pode ser definido como o comportamento em 
uso, e para o caso de uma edificação entende-se como as condições mínimas de 
habitabilidade necessárias para que se possa utilizar a edificação durante um período de 
tempo. Dentre estas condições estão: conforto térmico, conforto acústico, segurança e 
luminosidade (SACHS e NAKAMURA, 2013). 
No âmbito da construção civil, o desempenho das edificações pode ser compreendido 
como as condições mínimas necessárias de habitabilidade (conforto, térmico, acústico, 
etc.) para que um ou mais indivíduos possam utilizar a edificação durante um período de 
tempo. 
O adequado desempenho térmico repercute no conforto das 
pessoas e em condições adequadas para o sono e atividades 
normais em uma habitação, contribuindo ainda para a economia 
de energia. A avaliação de desempenho pode ser feita de forma 
simplificada, com base em propriedades térmicas das fachadas e 
das coberturas, ou por simulação computacional, onde são 
cotejados simultaneamente todos os elementos e todos os 
fenômenos intervenientes. (CBIC,2013) 
 
O desempenho térmico será o objeto de destaque neste estudo. Ele está interligado a 
diversos fatores que envolvem o ambiente da obra e edificação, tais como: topografia, 
temperatura, umidade do ar, direção e velocidade dos ventos, orientação das fachadas, 
materiais de construção, dimensão das edificações, número de pavimentos, entre outros. 
O nível de satisfação depende da coerência da tipologia do edifício com as atividades 
realizadas no interior do imóvel, que serão caracterizadas de acordo com a quantidade e 
 12 
 
tipo de mobília e vestimentas utilizadas pelos indíviduos que o frequentam, número de 
ocupantes, faixa etária, condições fisiológicas e psicológicas dos usuários. 
A insatisfação com o ambiente térmico pode ser causada pela sensação de desconforto 
por calor ou frio quando o balanço térmico não é estável, isto é, quando há diferenças 
entre o calor produzido pelo corpo e o calor perdido para o ambiente. 
Desta forma, as normas de desempenho são prescritivas pois definem requisitos com 
base no uso exclusivo de produtos ou procedimentos, procurando atender às exigências 
para o conforto dos usuários de forma indireta. 
3.2. Eficiência Energética 
 
Desde a década de 90, o conceito de sustentabilidade da construção tem expandido os 
seus horizontes. Atualmente, não pode-se afirmar que um edifício sustentável é aquele 
que utiliza materiais recicláveis, pois há todo um ciclo de vida da edificação a ser 
estudado além dos materiais empregados, tais como os métodos construtivos, a eficiência 
dos subsistemas, sua fase de operação e manutenção (O&M), demolição ou reforma 
(KRYGIEL & NIES, 2008). 
O desenvolvimento de novas tecnologias de aquecimento, ventilação, iluminação e 
resfriamento permitiu uma melhor adaptação dos projetos arquitetônicos ao clima local, 
gerando uma uniformização da arquitetura em escala global (KRYGIEL & KIES, 2008). 
Estes sistemas artificiais de HVAC também proporcionam soluções para falhas de 
projeto, melhorando as condições de uso para o usuário. Em escala urbana, o uso 
constante destes aparelhos eletromecânicos colaboraram com a demanda energética das 
residencias, que desde 1995 até 2016 foi constatado pela Empresa de Pesquisa Energética 
 13 
 
(EPE) um aumento de 63,6 GWh para 132.9 GWh, ou seja, 109% de aumento no consumo 
Naciona de Energia, figura 4. 
 
 
FIGURA 4: Gráfico do esforço e efeito no ciclo de vida de um projeto. 
FONTE: EPE – Empresa de Pesquisa Energética (http://www.epe.gov.br/pt/publicacoes-dados-
abertos/publicacoes/balanco-energetico-nacional-ben) 
Desto modo, a eficiência energética deve ser interpretada como um dos atributos da 
edificação, possibilitando os usuários uma permanência no ambiente construído com 
conforto térmico, acústico e visual exigindo o menor consumo energético possível 
(LAMBERTS, DUTRA e PEIREIRA, 2014). 
A otimização da eficiência energética de um edifício passa essencialmente pelo 
processo de modelagem e estudo de concepção do projeto arquitetônico, pois cada decisão 
tem influência direta com o seu desempenho térmico e luminoso (KRYGIEL & KIES, 
2008). 
 14 
 
Desta maneira, a simulação energética é uma ferramenta de apoio a decisão do 
projetista, no qual é possível, de acordo com mapa bioclimático, comparar soluções de 
maneira iterativa. Os impactos desta análise são maiores quando esta é verificada no 
início do planejamento de uma construção (LAMBERTS; DUTRA; PEIREIRA, 2014). 
Deve-se ressaltar que os modelos gerados são aproximações da realidade. A 
confiabilidade dos resultados recai sobre os parâmetros utilizados pelo projetista durante 
a simulação, desta forma, é possível ter uma semelhança do real desempenho da 
edificação, validando a simulação (AUTODESK SUSTAINABILITY WORKSHOP, 
2017). 
 
3.3. Norma NBR 15.575/13: A Norma de Desempenho Brasileira 
3.3.1. Aplicabilidade da Norma de Desempenho 
 
A entrega final de um projeto na construção civil é a edificação. Este produto deve 
possuir as características necessárias para cumprir as funções que foi projetado na sua 
fase de uso e operação (BORGES, 2010). 
A perda de desempenho de uma edificação é uma situação natural do ciclo de vida, 
iniciada na fase de uso e operação. Porém, o uso de materiais de baixa qualidade, erros 
de projeto, problemas de execução e a falta de manutenção dos usuários promovem uma 
degradação acelerada do edifício. 
Por muitos anos no Brasil, a indústria da construção permaneceu com um predomínio 
da informalidade da mão de obra e a despreparo dos fornecedores de materiais, que devido 
a falta de uma norma que estabelecesse um padrão mínimo de desempenho, entregavam 
produtos de qualidade questionável (CORDOVIL, 2013). 
 15 
 
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) publicou a Norma de 
Desempenho NBR 15.575, no dia 19 de fevereiro de 2013, com o objetivo de aumentar a 
vida útil da fase de uso e operação e a qualidade das construções, foram estabelecidos 
critérios mínimos de desempenho a partir de estudos compatíveis com o clima, cultura do 
país e metodologias construtivas para os diversos sistemas de uma edificação. 
No entanto, este Norma não abrange os edifíciosjá construídos antes da data de sua 
exigibilidade1, obras já em fase de construção na data de sua publicação, obras de reforma 
ou retrofit e em edificações provisórias. 
 
3.3.2. Origem da NBR 15.575/13 
 
O conceito de desempenho na construção civil surgiu a partir do fim da Segunda 
Guerra Mundial, onde as principais capitais européias se encontravam devastadas e 
demandavam uma reestruturação rápida e eficaz de suas cidades (MACHADO, 2015). 
Neste contexto, a Organização americana, ISO (International Standart Organization) 
deu início a pesquisa sobre o desempenho esperado em edificações, criando em 1984 a 
primeira norma de desempenho (ISO 6240). A tabela 1 mostra os primeiros requisitos e 
verificações resultados da pesquisa coordenada pela ISO, que posteriormente se 
tornariam base para o aprimoramento de outras normas, dentre elas a NBR 15.575. 
 
 
 
 
1 A NBR 15.575 teve sua publicação em 19/02/2013 e exigibilidade em 19/07/2013 
 16 
 
TABELA 1: Adaptação dos Critérios da ISO 6241:1984 
REQUISITOS EXEMPLOS DE VERIFICAÇÕES 
Estabilidade estrutural 
Resistência mecânica a ações estáticas e dinâmicas; Efeitos 
climáticos. 
Segurança ao fogo 
Risco de propagação de chamas; Efeitos fisiológicos (controle de 
fumaça e ventilação. 
Segurança ao uso 
Proteção contra movimentos mecânicos; Proteção contra 
choques elétricos; Segurança durante circulação; Segurança 
contra intrusão humana ou animal. 
Estanqueidade 
Estanqueidade à água; Estanqueidade ao ar; controle de intrusão 
de poeira. 
Conforto higrotérmico Controle da temperatura do ar e radiação térmica. 
Pureza do ar 
Controle da velocidade e umidade do ar; Controle de gases 
tóxicos. 
Conforto acústico Controle de ruídos. 
Conforto visual 
Controle da iluminação natural e artificial; Insolação; Nível de 
iluminância contraste de luminância. 
Conforto tátil 
Aspereza e flexibilidade das superfícies; Umidade e temperatura 
nas superfícies. 
Higiene 
Instalações para o cuidado do corpo humano; Suprimento de 
água limpa; Evacuação das águas servidas. 
Adequabilidade à usos específicos 
Número; Tamanho; geometria e inter-relações dos espaços; 
Provisão de serviços e equipamentos. 
Durabilidade 
Conservação do desempenho durante toda vida útil; 
Possibilidade de manutenção e reposição. 
Economia 
Custos de implantação; Custos financeiros; Custos de operação e 
manutenção. 
 
FONTE: Adaptado de MACHADO, 2015. 
 
No Brasil, o conceito de desempenho foi introduzido na década de 70, com a importação 
dos novos sistemas construtivos desenvolvidos na Europa, com o mesmo objetivo de suprir o 
déficit de habitações. Porém os produtos industrializados nacionais ainda careciam de 
qualidade, apresentando problemas patológicos, de segurança e habitabilidade (MITIDIERI 
FILHO, 1998). 
No ano de 1997 a Caixa Econômica Federal realizou um programa junto ao Instituto de 
Pesquisas Tecnológicas (IPT) para atualizar as tecnologias construtivas da década de 70, porém 
 17 
 
com foco em edificações habitacionais de baixa renda. Este programa deu início a outros 
trabalhos desenvolvidos pelo o Comitê Brasileiro de Construção Civil (CB 2) da ABNT e a 
Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), que se comprometeram a elaborar uma norma 
técnica para a avaliação de edifícios habitacionais, utilizando como princípio fundamental o 
conceito de desempenho (BORGES,2008). 
No final da década de 90, a Caixa Econômica Federal (CEF) juntamente com o Programa 
Bƌasileiƌo da Qualidade e Pƌodutividade do Haďitat ;PBPQHͿ apƌeseŶtaƌaŵ os ͞ Cƌitéƌios MíŶiŵos 
de DeseŵpeŶho paƌa Haďitações Téƌƌeas de IŶteƌesse SoĐial͟ e eŵ 2000 a CEF fiŶaŶĐiou o 
pƌojeto de pesƋuisa ͞Noƌŵas TéĐŶiĐas paƌa Avaliação de Sisteŵas CoŶstƌutivos IŶovadoƌes paƌa 
Haďitações͟, Ƌue foi o pƌeĐuƌsoƌ paƌa o deseŶvolviŵeŶto da atual Noƌŵa de Desempenho de 
Edificações, finalmente publicada em maio de 2008 (MACHADO, 2015). 
Entretanto, com a sua exigibilidade em novembro de 2010, as incorporadoras, construtoras 
e projetistas ganharam novas responsabilidades na obtenção de um desempenho mínimo na 
edificação e em seus sistemas. Além disso, a norma tem força de lei o que pressiona as empresas 
a se mobilizarem para se adaptarem aos requisitos apresentados pela norma de desempenho. 
Para permitir a correta adaptação do setor da construção civil, a norma sofreu uma 
suspensão de 2 anos, recebendo uma nova revisão publicada em fevereiro de 2013 com 
exigibilidade em julho até a presente data, figura 5. 
 
 
 
 
 
 18 
 
 
 
 
 
 
 
 
FIGURA 5: Cronologia da Norma de Desempenho 
FONTE: Autor. 
 
Atualmente em vigência, a Norma de Desempenho de divide em seis capítulos classificados 
de acordo com um substema da edificação, figura 6. Em cada capítulo, são abordados aspectos 
de estabilidade e resistência estrutural,estanqueidade, desempenho térmico, acústico e contra 
incêndio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FIGURA 6: Estruturação da Norma de Desempenho em capítulos. 
FONTE: Autor. 
 19 
 
3.2.3 Desempenho Térmico 
A norma NBR 15.575 não trata o desempenho como um condicionamento artificial, 
para isso ela utiliza parâmetros regionais, com base nas condições climáticas naturais, 
divididas em 8 zonas em todo o território brasileiro, denominadas zonas bioclimáticas 
brasileiras, figura 7. A cidade do Rio de Janeiro, por exemplo, está situada na zona 
bioclimática 8. 
 
 
 
 
 
 
 
FIGURA 7: Distribuição das Zonas Bioclimáticas no Território Brasileiro. 
FONTE: NBR 15.220-3 (2003). 
 
No estudo do desempenho térmico das edificações, a norma se subdivide em dois 
principais sistemas: vedações verticais e cobertura. 
 O sistema de vedações verticais pode ser entendido como sendo um subsistema do 
edifício constituído por elementos que compartimentam e definem os ambientes internos 
e externos, cujos principais elementos são: paredes, esquadrias e revestimentos. 
O sistema de coberturas é o conjunto de componentes , dispostos no topo da 
construção, com as funções de assegurar estanqueidade às águas pluviais e salubridade, 
 20 
 
protegendo demais sistemas da edificação e contribuindo positivamente para o conforto 
termoacústico. Este sistema é composto de telhado, subcobertura, forro, estrutura 
principal e secundária. 
De acordo com a NBR 15.575-1, ambos os sistemas poderão ser avaliados por 3 
procedimentos: simplificado, simulação e medição. No procedimento simplificado, 
verifica-se o atendimento aos requisitos e critérios para fachadas e coberturas de acordo 
com duas tabelas, transmitância térmica e capacidade térmica. 
O procedimento simplificado da norma, apesar de ser uma ferramenta de aplicação 
rápida, pode apresentar incertezas consideráveis em seus resultados. Embora a NBR 
15.575 tenha sido um passo importante para a melhoria do desempenho térmico das 
construções no Brasil, o procedimento simplificado detém-se apenas em paredes e 
coberturas, e não na edificação como um todo (Grigoletti e Sattler 2010). Sendo assim, 
essa análise isolada pode não expressar o comportamento térmico real de edificação. Caso 
a edificação não atinja os requisitos estabelecidos por esse primeiro procedimento, 
recorre-se ao procedimento de simulação ou medição. 
No procedimento de simulação, verifica-se o atendimento aos requisitos e critérios 
estabelecidos na Norma, através do uso de softwares de modelagem e simulação 
computacional. 
Para realizar este procedimento, primeiro deve-se identificar a zona bioclimática do 
local apresentado ou adequá-lo a uma zona cujos dados climáticos sejam similares. A 
norma recomendaa utilização do software EnergyPlus para o estudo das cargas térmicas 
de resfriamento e aquecimento dos ambientes. A modelagem dos componentes e as 
propriedades térmicas dos materiais podem ser definidos de duas formas: ensaios 
 21 
 
normalizados realizados em laboratório ou na ausência e impossibilidade de obtê-los 
junto aos fabricantes, utilizar as referências da NBR 15.220-2. 
No procedimento de medição, ocorre a verificação do atendimento aos requisitos e 
critérios estabelecidos na Norma, mas por meio da realização de avaliações in loco (na 
própria edificação ou em protótipos). 
O princial critério utilizado no desempenho é o valor máximo de temperatura (verão) 
e mínimo (inverno). Para o verão, a NBR15.575 cita que o valor máximo diário da 
temperatura do ar interior de recintos de permanência prolongada, como, por exemplo, 
salas e dormitórios, sem a presença de fontes internas de calor (ocupantes, lâmpadas, 
outros equipamentos em geral), deve ser sempre menor ou igual ao valor máximo diário 
da temperatura do ar exterior, tabela 2. 
TABELA 2: Critério de Temperatura Máxima do Ambiente Interno de Acordo com a Zona 
Bioclimática. 
 
 
 
 
FONTE: Tabela 11.2 / NBR 15.575-1. 
 
De modo similar, para o inverno, as condições térmicas no interior do edifício 
habitacional devem ser mais agradáveis que o ambiente externo, ou seja, os valores 
mínimos diários da temperatura do ar interior de recintos de permanência prolongada, 
como por exemplo salas e dormitórios, no dia típico de inverno, devem ser sempre 
 22 
 
maiores ou iguais à temperatura mínima externa acrescida de 3 °C. Neste caso, as zonas 
6, 7 e 8 não necessitam realizar este tipo de avaliação, tabela 3. 
TABELA 3: Critério de Temperatura Mínima do Ambiente Interno de Acordo com a Zona 
Bioclimática. 
 
 
 
 
FONTE: Tabela 11.3 / NBR 15.575-1. 
 
3.2.4 Desempenho Térmico das Vedações Verticais 
O primeiro conceito a ser entendido dentro da avaliação de desempenho térmico é a 
transmitância térmica (U), ou seja, a transmissão de calor através de uma área unitária de 
um elemento ou componente construtivo, tais como vidros, e vedações internas e 
externas, induzida pela diferença de temperatura entre dois ambientes (NBR 15.575-1). 
De acordo com a tabela da NBR 15575-4, temos os seguintes valores de U separados 
por zona bioclimática, tabela 4. 
TABELA 4: Critério de Transmitância Térmica para Vedações Externas de Acordo com a Zona 
Bioclimática. 
 
 
 
 
FONTE: Tabela 13 da NBR 15.575-4 . 
 
 23 
 
De acordo com a NBR 15.220-2, quando não é possível obter o valor calculado pelo 
fabricante, a norma estipula valores para a absortância de acordo com o tipo de superfície 
que está sendo estudada, tabela 5. 
TABELA 5: Absortância () para radiação solar e emissividade (). 
 
FONTE: Tabela B.2 - NBR 15.220-2 . 
 
Além da transmitância, outro conceito importante no estudo térmico de edificações é 
a capacidade térmica (CT), ou seja, a quantidade de calor necessária para variar em uma 
unidade a temperatura de um sistema em kJ/(m².K). A tabela 6 da Norma nos mostra os 
valores mínimos admissíveis para a CT de paredes externas em edificações. 
 24 
 
TABELA 6: Critério de Capacidade Térmica de Paredes Externas em Edificações de Acordo com a 
Zona Bioclimática. 
 
 
FONTE: Tabela 14 da NBR 15.575-4 . 
Estes dois critérios são fundamentais para a aprovação da metodologia simplificada 
da norma. 
 
3.2.5 Desempenho Térmico das Coberturas 
De forma análoga a avaliação das vedações verticais, o desempenho simplificado das 
coberturas deve apresentar uma transmitância térmica e absortância à radiação solar que 
proporcionem um desempenho térmico apropriado para cada zona bioclimática. A tabela 
7 apresenta os critérios mínimos de desempenho térmico das coberturas quanto à 
transmitância térmica. 
TABELA 7: Critério de Transmitância Térmica para Coberturas de Acordo com a Zona 
Bioclimática. 
 
FONTE: Tabela 5 da NBR 15.575-5/2013 . 
 25 
 
3.3 Certificação Energética – Norma de Portugal 
3.3.1 Pilares Normativos 
 
Em Portugal, o conceito de desempenho térmico em edificações teve início em 2006, 
onde foram adotados Decretos-Lei e regulamentos para avaliar a capacidade de 
desempenho energético de cada edificação. Dentre as normativas, pode-se destacar os três 
pilares principais adotados pela legislação portuguesa, figura 8: o Regulamento das 
Características de Comportamento Térmico dos Edifícios (RCCTE), Regulamento dos 
Sistemas Energéticos de Climatização em Edifícios (RSECE) e Sistema Nacional de 
Certificação Energética e da Qualidade do Ar Interior nos Edifícios (SCE). 
 
FIGURA 8: Legislação Portuguesa sobre Eficiência Energética. 
FONTE: Freitas, 2007. 
 
O RCCTE é o Decreto-Lei 80/2006, de 4 de Abril, que estabelece requisitos de 
qualidade para os novos edifícios de habitação e de serviços de pequeno porte sem 
sistemas de climatização, limitando as perdas térmicas e controlando os ganhos solares 
 26 
 
excessivos. Este regulamento impõe limites aos consumos energéticos para climatização 
e aquecimento da água, incentivando à utilização de sistemas eficientes e de fontes 
energéticas de menor impacto. Esta legislação impõe a instalação de painéis solares e 
valoriza a utilização de outras fontes de energia renovável (CERTIFICAÇÃO 
ENERGÉTICA,2018). 
O RSECE define um conjunto de requisitos aplicáveis a edifícios de serviços e 
habitação dotados sistemas de climatização, sob aspectos relacionados a limitação dos 
consumos energéticos e, também, a eficiência e manutenção dos sistemas de climatização 
dos edifício, impondo a realização de vistorias periódicas aos edifícios de serviços. Neste 
regulamento, a qualidade do ar interior e as concentrações máximas dos principais 
poluentes surgem também com requisitos mínimos de exigência (CERTIFICAÇÃO 
ENERGÉTICA,2018). 
O SCE surgiu a partir do Decreto-lei nº 78/2006 de 4 de Abril, que em conjunto com 
os regulamentos técnicos aplicáveis aos edifícios de habitação (RCCTE, DL 80/2006) e 
aos edifícios de serviços (RSECE, DL 79/2006), define regras e métodos para verificação 
da aplicação efetiva destes regulamentos às novas edificações, bem como, numa fase 
posterior aos imóveis já construídos (CERTIFICAÇÃO ENERGÉTICA,2018). 
No ano de 2013, a Lei Portuguesa 118/2013 criou novas resoluções no âmbito do 
desempenho térmico das edificações. Uma nova designação, o Regulamento do 
Desempenho Energético dos Edifícios de Habitação (REH) substituiu o antigo RCCTE e 
o novo Regulamento do Desempenho Energético dos Edifícios de Comércio e Serviços 
(RECS) que atualizou o antigo RSECE. 
No REH e RECS são abordados os valores máximos para as necessidades anuais de 
energia útil de aquecimento e resfriamento dos ambientes de uma edificação. Também 
 27 
 
são definidas as metodologia de determinação da classe de desempenho energético, além 
dos pré-certificados e certificados SCE, bem como os requisitos de comportamento 
técnico e de eficiência dos sistemas técnicos dos edifícios novos e edifícios sujeitos a 
grande intervenção (DECRETO - LEI n.º 118/2013). 
A realização da Certificação Energética SCE é de responsabilidade do proprietário do 
imóvel, se tornando obrigatória nos seguintes casos, (ADENE,2018): 
 Edifícios novos; 
 Edificações existentes cujo processo de reabilitação ultrapassa 25% do valor do 
edifício; 
 Edificações comerciais e de serviços com área útil de pavimento superior a 1000 
m2 , ou para centros comerciais, supermercados e piscinas cobertas de 500 m2. 
 Edifícios de entidade pública com área útil de pavimento superiora 500 m2; 
 Todos os edifícios existentes, em processo de venda, locação e arrendamento no 
qual o proprietário deve apresentar ao potencial cliente o certificado emitido pela 
SCE. 
As edificações sem obrigatoriedade da SCE são: 
 Instalações industriais, agrícolas ou pecuárias; 
 Edifícios para atividades religiosas; 
 Edifícios exclusivamente destinados a armazéns, estacionamento, oficinas e 
similares; 
 Edifícios unifamiliares com área útil igual ou inferior a 50 m2 ; 
 Edifícios em ruínas; 
 Infraestruturas militares; 
 28 
 
 Monumentos e os edifícios classificados ou em vias de ser, património cultural; 
 Edifícios de comércio e serviços inseridos em instalações sujeitas ao Sistema de 
Gestão dos Consumos Intensivos de Energia (SGCIE). 
E o prazo de validade deste Certificado varia de acordo com a natureza do edifício e 
seu contexto. Segundo o Decreto-Lei 118/2013 de 20 de agosto, são definidos os 
seguintes prazos de validade: 
 Edificações residenciais – 10 anos; 
 Edifícios comerciais e de serviço de pequeno porte - 10 anos; 
 Edifícios comerciais e de serviço de grande porte - 6 anos, para certificados 
emitidos até 30 de abril de 2015; 
 Edifícios comerciais e de serviço de grande porte - 8 anos, para certificados 
emitidos após 30 de abril de 2015; 
A certificação energética tem o objetivo de comprovar a correta aplicação da 
regulamentação energética e informar o cidadão sobre o potencial de consumo do produto 
que está sendo adquirido. De maneira sucinta, ele informa: o desempenho energético 
atestado em 9 classes (A+ a G), a emissão de CO2 e para edifícios existentes há incluso 
um Plano de Racionalização Energética (PRE). 
 
3.3.2 Processo de Certificação 
O processo de certificação é realizado por um perito qualificado da ADENE, que 
verificará a conformidade do edifício no âmbito dos regulamentos aplicáveis, classificá-
lo de acordo com o seu desempenho energético, com base numa escala de A+ (melhor 
desempenho) a G (pior desempenho) e eventualmente propor medidas de melhoria. Em 
resultado da sua análise o perito pododerá emitir: 
 29 
 
 Declaração de Conformidade Regulamentar (DCR) necessária para a obtenção do 
pedido de Licença de Construção; 
 Certificado Energético e da Qualidade do Ar Interior (CE) necessário para a 
obtenção do pedido de Licença de Utilização ou, no caso de edifícios existentes, 
para venda ou aluguer do imóvel; 
 Declaração de Conformidade Regulamentar e Certificado Energético e da 
Qualidade do Ar Interior. 
Este último certificado,figura 9, é a face visível da aplicação dos regulamentos 
(RCCTE e RSECE). O CE/DCR inclui a classificação do imóvel em termos do seu 
desempenho energético, determinada com base em pressupostos nominais (condições 
típicas ou convencionadas de funcionamento). 
Nos edifícios novos (com pedido de licença de construção após entrada em vigor do 
SCE) as classes energéticas variam apenas entre as classes A+ e B-. Os edifícios 
existentes podem ter qualquer classe. 
 
FIGURA 9: Modelo do Certificado Energético e da Qualidade do Ar Interior 
FONTE: ADENE, 2018 . 
 30 
 
 
3.3.3 Desempenho das Vedações e Cobertura 
Em 2013, a legislação foi revisada recebendo a contribuição de aproximadamente 100 
instituições portuguesas, em busca de melhorar o processso de implantação e certificação 
para instalar a Diretiva Nacional da Performance Energética de Edifícios. Assim como a 
Norma de Desempenho brasileira, o mercado português adotou um período de 2 anos para 
adaptação do setor da contrução as alterações da Normativa, onde as novas edificações 
exigem o Energy Performance Certificate (EPC). A tabela 8 mostra os parâmetros de 
cálculo abordados para edifícios residenciais e não residencias . 
TABELA 8: Disciplinas Abordadas no Cálculo do EPC. 
 
FONTE: FALLIS A., 2013. 
A tabela 9 a seguir mostra a evolução dos requisitos mínimos adotados para os 
elementos de vedação e cobertura em relação a transmitância Térmica (U), adotados pela 
certificação. 
 31 
 
 
TABELA 9: Valores de Transmitância Térmica Adotados pela Certificação Energética. 
 
FONTE: FALLIS A.,2013. 
 
3.4 Software Energy Plus 
O EnergyPlus é um software open-source, que utiliza a tecnologia Building Energy 
Modeling (BEM), desenvolvido e distribuído pelo Departamento de Energia dos Estados 
Unidos para a simulação de carga térmica e análise energética de edificações e seus 
subsistemas (ENEEGYPLUS,2017). 
 
FIGURA 10: Logo do Software EnergyPlus 
FONTE: EnergyPlus,2017. 
 
 Este software simula detalhadamente a física para os fenômenos de transferência de 
calor, umidade, radiação e convecção, cálculo de métricas de conforto térmico, 
 32 
 
iluminação e sombreamento, suportando a confirguração flexível de componentes HVAC 
(ENERGYPLUS,2017). 
O programa EnergyPlus apresenta algumas características que o diferencia dos 
demais programas de simulações termoenergéticas, tais como: 
a) Solução simultânea e integrada em que a resposta do prédio e o sistema primário e 
secundário estão acoplados; 
b) Intervalos de tempos definidos pelo usuário, com fração de hora, para interação 
entre as zonas térmicas e o ambiente, e intervalos de tempo variável para interação entre 
a zona térmica e o sistema HVAC; 
c) Arquivos de entrada, saída e climática que incluem condições ambientais horárias 
ou sub-horárias (até um quarto de hora) e relatórios padrões reajustáveis pelo usuário; 
d) Técnica de solução baseada no balanço de energia para as cargas térmicas prediais, 
que permite o cálculo simultâneo dos efeitos radiante e convectivo na superfície interior 
e exterior, durante cada intervalo de tempo; 
e) Condução de calor transiente através dos elementos do prédio como paredes, tetos, 
pisos, etc, usando funções de transferência e modelo de conforto térmico; 
f) Modelo de céu anisotrópico para cálculos mais complexos da radiação difusa sobre 
superfícies inclinadas; 
g) Cálculo de balanço de calor de janelas que permite o controle eletrônico de 
persianas, balanço térmico camada por camada, o que permite a identificação do 
comprimento de onda da energia solar absorvida pelo vidro da janela; 
 33 
 
h) Possui uma biblioteca versátil com diversos modelos comerciais de janela; controle 
da luz do dia, incluindo cálculos da iluminância interior, controle dos brilhos das 
luminárias e do efeito da iluminação artificial; 
i) Sistemas de condicionamento de ar configuráveis, que permitem ao usuário simular 
sistemas típicos comuns e sistemas poucos modificados, sem ter que recompilar o código 
fonte do programa;entre outras. 
Além disso, o software integra vários módulos que trabalham juntos para calcular a 
energia requerida para aquecer ou resfriar um edifício usando uma variedade de sistemas 
e fontes de energia. Ele faz isso simulando o edifício e os sistemas associados em 
diferentes condições ambientais e operacionais. A essência da simulação está no modelo 
do edifício que utiliza princípios fundamentais de balanço energético. 
Apesar de todas as suas vantagens e também ser adotado pela Norma 15.575 como 
software principal de modelagem energética, os dados de entrada para o uso desta 
ferramento são complexos e demandam uma habilidade em programação e operação com 
banco de dados. Consequentemente, os projetistas consideram esta análise um processo 
com alto despêndio de tempo sendo deixado para as etapas finais de projeto (STUMPF; 
KIM; JENICEK, 2009). 
 
3.4.1 Simulação Energética no REVIT 
Com objetivo de expandir a aplicação da modelagem BIM e permitir a possibilidade 
de realizar simulações para obter melhores resultados de desempenho e sustentabilidade,a Autodesk desenvolveu uma plataforma na nuvem integrada ao Revit 2016, denominada 
Green Building Studio (GBS). 
 34 
 
Esta ferramenta permite ao usuário realizar simulações em servidores remotos, 
utilizando os dados da modelagem como input para a simulação energética com base na 
ferrmenta do EnergyPlus (AUTODESK,2017). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FIGURA 11: Linha do Tempo de atualizações do REVIT. 
FONTE: Autodesk. 
 
Segundo Azhar et al, [s.d] o Green Building Studio, gera uma análise energética 
baseada na web que permite ao usuário avaliar o impacto ambiental da construção de 
componentes individuais na etapa de planejamento da construção. As capacidades de 
análise primária do software incluem energia e análise térmica, análise de iluminação e 
sombra, e análises de custo. 
Em 2016, uma nova ferramenta foi adicionada ao GBS, o Insight360 que permite o 
usuário analisar as diferenças de performance energéticas com as alterações da orientação 
espacial da construção, mudança de materiais, proporção entre esquadrias e alvenarias 
externas e explorar os impactos no aproveitamento energético do edifício através de 
variações no projeto arquitetônico. A inclusão do EnergyPlus permitiu o cálculo de carga 
térmica de aquecimento e resfriamento (heating and cooling loads) para identificar os 
impactos energéticos anuais gerados pelo edifício em modelo (INSIGHT 360, 2017). 
 35 
 
4. ESTUDO DE CASO 
 
4.1 Localização e Caracterísiticas do Edifício 
Este trabalho realizará uma simulação energética através do Revit / EnergyPlus 
buscando soluções de melhoria na eficiência energética do bloco D, edifício da UFRJ que 
abriga as aulas da engenharia civil, petróleo e ambiental, localizado na Av. Athos da 
Silveira Ramos 149, figura 12. 
A escolha desta edificação para estudo ocorreu devido a sua importância para os 
alunos de engenharia civil, a facilidade de visitação, obtenção dos dados para a sua 
modelagem e a busca por melhorias no conforto dos seus usuários. 
 
FIGURA 12: Localização do Edifício Universitário. 
FONTE: Google Maps. 
 
 36 
 
Projetado em 1956 pelo arquiteto Jorge Moreira, o Centro de Tecnologia teve sua 
concepção dividindo as diversas especialidades de engenharia em seis blocos de dois 
pavimentos, dispostos paralelamente, saparados por pátios e jardins, sobre pilotis duplos. 
Porém, desde sua construção, inúmeras modificações foram realizadas, tais como 
reformas, restaurações e até alterações arquitetônicas. 
A adaptação mais relevante nesta edificação ocorreu devido à necessidade de 
ampliação do número das salas de aula, com a crescente demanda de estudantes da escola 
politécnica. Portanto, os pilotis foram cercados por alvenaria confiando o pavimento 
térreo, figura 13. Esta transformação se evidencia pela existência de pilares dentro das 
salas de aula, situação que não constava no projeto de Jorge Moreira. 
 
 
 
 
 
 
FIGURA 13: Foto do Centro de Tecnologia (1960 x 2018) 
FONTE: Banco de Imagens (UFRJ) / Foto do autor. 
 
Após tais modificações, atualmente, a edificação do bloco D possui as seguintes 
características: 
 
 
 37 
 
TABELA 10: Características do Bloco D 
Área dos Pavimentos 115 m x 21 m = 2.415 m2 
Pé Direito 4,0 m 
Altura da Edificação 12,0 m 
Área Total Construída 4.830 m2 
Salas de Aula 22 
Banheiros 10 
Salas de Departamento 5 
Salas de estudo, pesquisa e outros 7 
 
FONTE: Autor. 
 
4.2 Modelo para Análise Energética 
 
Para a modelagem da volumetria da edificação proposta foi utilizado o software 
REVIT 2017 da Autodesk. Esta ferramenta permite um ganho de tempo em sua rapidez 
de modelagem através da parametrização dos elementos construtivos. Assim, tem-se 
como resultado um volume automaticamente parametrizado, tornando simples a 
modificação das suas dimensões, figura 14. 
 
 
 
 38 
 
 
FIGURA 14: Modelagem de uma parede no REVIT 2017. 
FONTE: REVIT 2017. 
 
As alterações realizadas na volumetria são automaticamente representadas em outras 
vistas, facilitando a visualização em diferentes perspectivas durante o processo de 
modelagem da edificação. 
A modelagem passa pelo processo de duas etapas: a transferência das medidas da 
edificação para o programa, gerando um modelo arquitetônico, e o posicionamento 
espacial do edifício no mapa geográfico onde se encontra. 
 A primeira etapa foi realizada após as medições em campo, no qual resultou em 
um modelo 3D da arquitetura da edificação, representado pela figura 15. As demais 
dependências da do edifício constam no anexo A deste trabalho. 
 
 
 
 39 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FIGURA 15: Ambas vistas em perspectiva da fachada do edifício universitário, modelado no Software 
REVIT 2017. 
FONTE: Autor. 
 
A etapa seguinte consta do posicionamento geográfico do edifício. No mesmo 
software é possível definir suas coordanadas geográficas, figura 16, onde será importado 
características como a intensidade solar, o caminho do sol (figura 17) e os efeitos de 
sombramento da edificação no decorrer dos dias do ano. 
 
 
 
 
 
 
 
 
FIGURA 16: Posicionamento das Coordenadas Geográficas no REVIT 2017. 
FONTE: Autor. 
 40 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FIGURA 17: Simulação do Caminho Solar e Sombreamento da Edificação (dia 28/01/2018 as 10:00). 
FONTE: Autor. 
 
Concluídas ambas as etapas, é preciso definir a dimensão dos materiais e suas 
caracterísitcas térmicas associadas, que em seguida serão utilizadas no INSIGHT 360, ua 
extensão do REVIT 2017 onde se é possível avaliar o desempenho térmico da edificação. 
 
4.3 Simulação 
Na plataforma BIM, cada elemento construtivo denota de propriedades físicas, 
gráficas e térmicas. Para uma simulação energética, os principais parâmetros a serem 
estudados são as propriedades analíticas térmicas, tais como transmitânca térmica (U) e 
absortância (). 
Ambas normativas brasileira e portuguesa possuem intervalos específicos para tais 
parâmetros, buscando um melhor conforto para os usuários da edificação. Com base 
nestes parâmetros, foram realizadas três simulações energéticas a fim de se estudar o atual 
 41 
 
desempenho da edificação. As simulações foram denominadas: simulação básica, 
simulação NBR15.575 e Simulação da Certificação Portuguesa. 
 
4.3.1 Simulação Básica 
Para a primeira simulção energética, foram utilizados os materiais básicos cadastrados 
na biblioteca do REVIT 2017 sem a alteração de suas características , dando assim nome 
a esta simulação. 
Os principais elementos abordados tanto pela certificação portuguesa, quanto a 
Norma de Desempenho são as vedações externas e o sistema de cobertura da edificação, 
que representam o elemento construtivo de influência direta no desempenho térmico da 
edificação. Logo, foram adotados os seguintes dados da parede externa e cobertura as 
segunites informações da figura 18. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FIGURA 18: Caracterização da parede externa em alvenaria e pintura / Caracterização do telhado de 
fibrocimento. 
FONTE: Autor. 
 42 
 
 
Definidas as propriedades dos materiais, o software poderá simular as cargas térmicas 
que inflenciam no desempenho final da edificação. Esta simulação se dá início na aba 
Analyze,figura 19, onde será criado um modelo térmico 3D da edificação (Generate 
Insight). 
 
 
 
FIGURA 19: Menu Analyze do REVIT 2017. 
FONTE: Autor. 
 
O programa de análise térmica gera os resultados de cada espaço individual do interior 
da edificação,denominado Room (apêndice B), além do resumo dos principais resultados 
em relação a edificação como um todo demonstrados na figura 20. O Building Summary, 
explica características do edifício como um todo, tais como a área dos pavimentos (SF) e 
volumetria (CF), além das cargas térmicas de aquecimento e arrefecimento. 
O primeiro resultado a ser estudado é Cooling Total Load (CTL), referente a carga 
total de resfriamento do ambiente, ou seja, a energia em BTU/h necessária para resfriar a 
edificação. 
Outro resultado da análise é o Cooling Latent Load (CLL), ou seja, a medida de 
energia necessária para desumidificar o ar do edifício independente da humidade externa. 
Este fator sofre influência principalmente da ocupação do ambiente com pessoas e 
equipamentos, e a humidade do ar que circula na edificação. 
 43 
 
Também será avalidad a Cooling Load Density (CLD), que consiste na carga total de 
resfriamento dividido pela soma das áreas dos pavimentos do edifício, segundo a fórmula: 
CLD = 
𝐶𝑇𝐿Σ Á୰ୣaୱ ୢ୭ୱ Pavi୫ୣ୬୲୭ୱ 
Neste trabalho, não serão avaliados fatores de heating, ou seja, aquecimento do 
ambiente estudado pois a edificação está localizada em uma região tropical, não 
possuindo nenhum sistema de aquecimento dentro de suas dependências. 
Por último, o software é capaz de estimar os gastos energéticos do edifício em 
kWh/m2/yr. Desta maneira, a primeira simulação obteve os seguintes resultados: 
 
 
 
 
 
 
 
 
FIGURA 20: Resultados da Análise Térmica Modelo Simples. 
FONTE: Autor. 
 
4.3.2 Simulação NBR 15.575 
A segunda base de simulação será rodada com a adaptação dos elementos de vedação 
de acordo com a norma de desempenho 15.575 apresentadas no capítulo 3.3 deste 
 44 
 
trabalho. A firgura 21 apresenta as caracterísitcas adotadas para as vedações externas da 
edificação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Autor. 
 
FIGURA 21: Caracterização da Vedação Externa Segundo NBR 15.575. 
FONTE: Autor. 
De maneira análoga, foram modificadas as características térmicas adotadas para o 
elemento da cobertura em fibrocimento, demonstrado através da figura 22. Também foi 
disponibilizado o resultado de duas Rooms no apêndice C deste trabalho. 
 45 
 
 
 
 
FIGURA 22: Caracterização da Cobertura Segundo NBR 15.575. 
FONTE: Autor. 
 
Logo, o novo modelo adapatado as propriedades adotadas na Norma de Desempenho 
gerou os seguintes resultados apresentados na figura 23. 
 46 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FIGURA 23: Resultados da Análise Térmica segundo NBR 15.575. 
FONTE: Autor. 
 
4.3.3 Simulação da Certificação Portuguesa 
Por último, será utilizado os dados fornecidos pela legislação portuguesa que abrange 
o desempenho térmico das edificações. Desta forma, as características adotadas para as 
paredes de alvenaria externa e o sistema de coberturas são representados respectivamente 
pelas figuras 24 e 25. 
 
 
 
 
FIGURA 24: Caracterização das Paredes em Alvenaria Segundo a Certificação de Portugal. 
FONTE: Autor. 
 47 
 
 
FIGURA 25: Caracterização da Cobertura Segundo a Certificação de Portugal. 
FONTE: Autor. 
Logo, o INSIGHT 360 gerou um novo modelo térmico, gerando os seguintes 
resultados de cargas térmicas para a edificação, figura 26, além dos resultados dos Rooms 
30 e 77 apresentados no apêndice D. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 FIGURA 26: Resultados da Análise Térmica Segundo a Certificação Energética de Portugal. 
FONTE: Autor. 
 48 
 
 
4.3.4 Resultado das Simulações Iniciais 
 
A partir do resultado das simulações, é possível comparar os resultados gerados pelo 
software. 
TABELA 11: Resumo dos Resultados das Análises Térmicas. 
 
Cooling Total 
Load (Btu/h) 
Cooling Latent 
Load (Btu/h) 
Cooling Load 
Density 
(Btu/h.ft2) 
kWh/m2/yr 
Simulação Simples 539.616,69 25.025,32 21,20 176,0 
Simulação Norma de 
Desempenho 
537.673,31 24.947,00 21,18 175,0 
Simulação Norma de 
Portugal 
531.055,62 24.515,84 21,20 174,0 
 
FONTE: Autor. 
Através da tabela de resultados, é possível comparar as cargas térmicas de 
arrefecimento e a energia consumida pela edificação em cada uma das simulações. Apesar 
da Certificação Portuguesa estar adaptada ao clima europeu, sua legislação possui um 
maior rigor comparado a Norma de Desempenho, sendo necessário parede de menor 
transmitância térmica, ou seja, com maior isolamento entre o ambiente intero e externo 
do edifício, o resultado gerado pelo EnergyPlus permitiu identificar um variação pouco 
significante entre os modelos. 
A maior variação ocorre na coluna de Cooling Total Load, entre a simulação simples 
e a com parâmetros de Portugal, sendo uma variação de 1,6%. Já de acordo com a carga 
energética consumida pelo edifício, esta variação é reduzida para 1,1%. 
Através destes resultados é possível criar duas hipóteses. A primeira é que o Bloco D 
se encontra dentro dos parâmetos da NBR 15.575, mesmo tendo sido construído mais de 
 49 
 
50 anos antes da Norma entrar em viagor. A segunda é que os parâmetros adotados pelo 
Norma Portuguesa não se demonstraram tão eficientes quando aplicados ao edifício, não 
trazendo resultados significativos no ganho de desempenho térmico da edificação. 
 
4.4 Projetos de Otimização do Desempenho Energético 
 
Além da busca de adaptação do Bloco D às Normativas nacionais e internacionais, 
foram realizadas simulações modificando a estrutura da cobertura, a fim de buscar 
melhorias de desempenho. Desta forma foram realizadas três novas simulações: 
substtuindo o telhado de fibrocimento pela convencional telha cerâmica, remodelando o 
telhado para um novo telhado simples de 4 águas mantendo o material original e uma 
combinação utilizando o novo telhado de telha cerâmica. 
O primerio modelo gerado foi a substituição do telhado de fibrocimento pela telha 
cerâmica, figura 27. 
 
FIGURA 27: Mudança de Material da Cobertura da Edificação. 
FONTE: Autor. 
 
A mudança de material gerou uma nova simulação térmica da edificação que obteve 
os seguintes resultados, figura 28 e apêndice E. 
 50 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FIGURA 28: Resultados da Simulação com o Novo Material da Cobertura. 
FONTE: Autor. 
A segunda modificação desejado era a nova modelagem da estrutura do telhado. O 
telhado real da edificação foi susbtituído por um telhado convencional de 4 águas, com 
uma inclinação de 8% . Na figura 29 é possível ver em perspectiva a nova modelagem de 
telhado utilizada para simular as mudanças de desempenho térmico da edificação. 
 
FIGURA 29: Nova Modelagem do Bloco D com Substituição do Telhado Original. 
FONTE: Autor. 
Nesta simulação foi mantido o material original do telhado em fibrocimento, sendo 
verificado apenas a influência da arquitetura do telhado no seu desempenho térmico. 
Logo, a simulação térmica gerada obteve os seguintes resultados, figura 30 e apêndice F. 
 51 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FIGURA 30: Resultados da Simulação com Modificação Estrutural do Telhado. 
FONTE: Autor. 
Por último, foi realizada uma nova simulação aproveitando o novo modelo de telhado 
de 4 águas, porém com a cobertura de telhas cerâmicas. Esta nova simulação obteve os 
seguintes resultados apresentados na figura 31 e no apêndice G. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FIGURA 31: Resultados da Simulação com Modificação Estrutural do Telhado e com Cobertura em 
Telha Cerâmica. 
FONTE: Autor. 
 
 52 
 
A tabela 14, a seguir, apresenta um resumo dos resultados gerados pela segunda 
rodada de simulações

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