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LESÕES CORPORAIS Ofender a integridade corporal ou saúde de outrem. O dano dever ser objeto e mensurável, tem de haver prejuízo e nexo causal. A autolesão não se enquadra. São classificados sob aspecto quantitativo e qualitativo. Causa: Evento que leva ao resultado. Concausa: Fator que modifica o curso natural do resultado, desconhecido pelo agente ou que não poderia ser evitado. Pré-existente: Anatômica: Localização anômala de órgãos. Fisiológica: Órgãos ocos (bexiga) que quando cheios rompem facilmente. Patológica: Órgãos maciços, (fígado, baço) que quando doentes ficam maiores e friáveis rompendo-se facilmente. Superveniente: Pequeno ferimentos adquirem gravidade que leva à infecção generalizada. Lesões Leves: Superficiais de fácil cicatrização. Lesões graves I - Incapacidade para ocupações habituais comprometida. (Banho, comer, não se restringindo ao trabalho remunerado). Diagnóstico: no 30º dia, inferior é imprestável. II – Perigo de vida (diagnóstico): Probabilidade real e objetiva de dano à vida, isto é, de morte. Evento que surgiu até 30 dias concreto e diagnosticado. As concausas e a inexistência de sequelas não afastam o perigo de vida, pois independe do resultado. O diagnóstico é um conjunto de sinais e sintomas que demonstra condição concreta de morte. Risco de vida: Possibilidade de dano à vida, não configurando lesão grave. Evento futuro e incerto. Perigo: Probabilidade de morte. Risco: Possibilidade de morte. Obs.: Diferentes expressões são utilizadas para indicar perigo de vida e o risco. III – Debilidade permanente de membro, sentido ou função. Debilidade: Redução parcial da força. Enfraquecimento em relação anteriormente mesmo que continue acima da média. Lesão de um dos órgãos duplos, apenas debilidade o outro realiza toda a função (rins). Obs.: Órgão único também gera debilidade. Ex: baço. IV – Aceleração de parto Grávida de feto vivo entra em parto por consequência da lesão corporal e o feto deve nascer vivo e manter-se vivo. Lesões Gravíssima I – Incapacidade permanente para o trabalho. Apenas atividade econômica. II – Enfermidade incurável: Alteração permanente da saúde resultante da lesão. III – Perda ou inutilização de membro, sentido ou função. A perda é anatômica. Ex: Membro (amputação da perna); Sentido (ficou sem olho); Função (arrancamento do pênis). IV – Deformidade Permanente. Dano estético, não precisa ser visível. STJ 2015: “a realização de cirurgia estética não afasta a qualificadora de deformidade permanente”. V – Aborto. Interrupção da gestação, em qualquer período, com a morte fetal em consequência da lesão corporal. Obs.: Se causa da morte for anomalia fetal incompatível com a vida, não se configura a agravante. Lesão corporal seguida de morte Prevalece análise dos meios utilizados com finalidade de auxiliar na identificação do animus do agressor (matar ou apenas lesar). – LESÃO CORPORAL DE NATUREZA GRAVE: Art. 129, § 1º do CP: Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem: Lesão corporal de natureza grave § 1º Se resulta: I - Incapacidade para as ocupações habituais, por mais de trinta dias; II - perigo de vida; III - debilidade permanente de membro, sentido ou função; IV - aceleração de parto: Pena - reclusão, de um a cinco anos. – LESÃO CORPORAL DE NATUREZA GRAVÍSSIMA: art. 129, § 2º do CP. Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem: Pena - detenção, de três meses a um ano. § 2° Se resulta: I - Incapacidade permanente para o trabalho; II - enfermidade incurável; III - perda ou inutilização do membro, sentido ou função; IV - deformidade permanente; V - aborto; Pena - reclusão, de dois a oito anos. – LESÃO CORPORAL GRAVE: LESÃO CORPORAL GRAVISSIMA P perigo de vida; P perda ou inutilização do membro, sentido ou função; I Incapacidade p/ ocupações habituais, + 30 dias; E enfermidade incurável; D debilidade permanente membro, sentido ou função; I Incapacidade permanente para o trabalho; A aceleração de parto: D deformidade permanente; A aborto: PIDA (GRAVE) PEIDA(GRAVÍSSIMA) Lesão corporal seguida de morte § 3° Se resulta morte e as circunstâncias evidenciam que o agente não quís o resultado, nem assumiu o risco de produzí-lo: Pena - reclusão, de quatro a doze anos. Diminuição: por motivo de relevante valor social ou moral, domínio de violenta emoção, logo em seguida, injusta provocação, 1/6 a 1/3. Substituição da pena § 5° O juiz, não sendo graves as lesões, pode ainda substituir a pena de detenção pela de multa nas hipótese do § anterior ou lesões recíprocas. Lesão corporal culposa § 6° Se a lesão é culposa: (Vide Lei nº 4.611, de 1965) Pena - detenção, de dois meses a um ano. Aumento de Pena Prevalecendo- se o agente das relações domésticas. Pena - detenção, de 3 (três) meses a 3 (três) anos. Deficiente: 1/3 Autoridade: 1 a 2/3 Culposa: lesão corporal culposa. O juiz poderá deixar de aplicar a pena, se as consequên- cias da infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária. Art. 121, § 4o CP No homicídio culposo, a pena é aumentada de 1/3 (um terço), se o crime resulta de inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima, não procura diminuir as consequências do seu ato, ou foge para evitar prisão em flagrante. Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada de 1/3 (um terço) se o crime é praticado contra pessoa menor de 14 (quatorze) ou maior de 60 (sessenta) anos. Art. 88 Lei 9099/95. Além das hipóteses do Código Penal e da legislação especial, dependerá de representação a ação penal relativa aos crimes de lesões corporais leves e lesões culposas.
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