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LUCRO REAL INTERMEDIÁRIO 1 Nota sobre a autora Maria Paula Boyadjian Fernandes é Bacharel em Ciências Contábeis, Pós Graduada em Planejamento Tributário e Administração Contábil e Financeira, MBA em Contabilidade e Controladoria e Mestranda em Contabilidade Financeira. Atua na área contábil há 25 anos. É sócia da Boyadjian & Fernandes Serviços Contábeis Ltda., onde presta serviços de consultoria contábil, fiscal e trabalhista. É professora universitária, e atua como docente em diversos cursos de aperfeiçoamento profissional há mais de 08 anos. Além disso, ministra palestras sobre temas relacionados as áreas contábil e tributária. Atuou ainda como professora voluntária por 4 anos. 2 1. Compensação de prejuízos fiscais 2. Incentivos Fiscais (Pat, Audiovisual, Estatuto do Idoso, etc.) 3. Planejamento entre Lucro Real Trimestral x Anual 4. Exercícios Conteúdo programático O objetivo principal deste curso, é despertar a necessidade de um planejamento tributário para as empresas de Lucro Real, fazendo uma análise entre Lucro Real Anual (estimativa) x Lucro Real Trimestral (definitivo), a fim de analisar os reflexos causados no fluxo de caixa, com a finalidade de diminuir legalmente a carga tributária. Objetivo 3 RESULTADO CONTÁBIL RESULTADO FISCAL # = HISTÓRICO 1. Prejuízo Líquido antes da CSLL (18.679,36) 2. (+) Ajustes do Regime Tributário de Transição - RTT 1.000,00 ( -) Ajustes do Regime Tributário de Transição - RTT 500,00 3. Prejuízo após os ajustes do Regime Tributário de Transição - RTT (18.179,36) 4. Adições - Doações em 15.04.2012, conf. Livro diário nº 06, pág 50. 9.861,00 - Provisões não dedutíveis em 10.10.2012, conf. Livro diário nº 06, págs. 54 5.600,00 - Provisões não dedutíveis em 15.10.2012, conf. Livro diário nº 06, págs. 58 1.500,00 - Multas de Trânsito em 24.04.2012, conf. Livro diário nº 06, pág. 55 4.000,00 Total das Adições 20.961,00 5. Exclusões - Resultado Positivo Equiv. Patrimonial em 31.12.2012, conf. Livro diário nº 06, pág. 85, 1.489,70 Total das Exclusões 1.489,70 6. Sub-total 1.291,94 (-) Compensação de prejuízo fiscal (30%) (387,58) 8. Lucro Real 904,36 Reconhecemos a exatidão do presente demonstrativo. São Paulo, 31 de Dezembro de 2.012 --------------------------------- ------------------------------- Representante Legal Contador (a) LIVRO DE APURAÇÃO DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL PARTE A - REGISTRO DOS AJUSTES DO LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO - 31/12/2012 7. 4 HISTÓRICO 1. Prejuízo Líquido antes do IRPJ (18.760,75) 2. (+) Ajustes do Regime Tributário de Transição - RTT 1.000,00 ( -) Ajustes do Regime Tributário de Transição - RTT 500,00 3. Prejuízo após os ajustes do Regime Tributário de Transição - RTT (18.260,75) 4. Adições - CSLL 81,39 - Doações em 15.04.2012, conf. Livro diário nº 06, pág 50. 9.861,00 - Provisões não dedutíveis em 10.10.2012, conf. Livro diário nº 06, págs. 54 5.600,00 - Provisões não dedutíveis em 15.10.2012, conf. Livro diário nº 06, págs. 58 1.500,00 - Multas de Trânsito em 24.04.2012, conf. Livro diário nº 06, pág. 55 4.000,00 Total das Adições 21.042,39 5. Exclusões - Resultado Positivo Equiv. Patrimonial em 31.12.2012, conf. Livro diário nº 06, pág. 85, 1.489,70 Total das Exclusões 1.489,70 6. Sub-total 1.291,94 (-) Compensação de prejuízo fiscal (30%) (387,58) 8. Lucro Real 904,36 Reconhecemos a exatidão do presente demonstrativo. São Paulo, 31 de Dezembro de 2.012 --------------------------------- ------------------------------- Representante Legal Contador (a) LIVRO DE APURAÇÃO DO IRPJ PARTE A - REGISTRO DOS AJUSTES DO LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO - 31/12/2012 7. DATA HISTÓRICO DÉBITO CRÉDITO SALDO DATA HISTÓRICO DÉBITO CRÉDITO SALDO 31.12.2009 Saldo anterior 150.000,00 31.12.2009 Saldo anterior 150.000,00 31.12.2010 Prejuizo Fiscal compensado 31.12.2010 Prejuizo Fiscal compensado no período no período 31.12.2010 Saldo no final do exercício 142.371,19 31.12.2010 Saldo no final do exercício 142.371,19 7.628,81 - PREJUIZOS FISCAIS PARTE B - IRPJ CONTROLE DE VALORES QUE CONSTITUIRÃO AJUSTE DO LUCRO LÍQUIDO DE EXERCÍCIOS FUTUROS PREJUIZOS FISCAIS 7.628,81 - PARTE B - CSLL CONTROLE DE VALORES QUE CONSTITUIRÃO AJUSTE DO LUCRO LÍQUIDO DE EXERCÍCIOS FUTUROS 5 Regime de Competência Regime de Caixa As receitas são computadas em função do momento em que nasce o direito de recebê-las e as despesas no momento em que nasce a obrigação de pagá-las. 1. Contratos de fornecimento à entidades governamentais; 2. Atividade imobiliária; 3. Venda a prazo de permanente; 4. Variação Cambial. (*) Reflexos no LALUR 6 Compensação de Prejuízos Fiscais Poderão ser compensados os prejuízos fiscais apurados em períodos de apuração encerrados a partir de 1995, bem como os saldos ainda não compensados, existentes em 31/12/94, de prejuízos fiscais apurados a partir do ano calendário de 1991. O prejuízo fiscal compensável é aquele apurado no Livro de Apuração do Lucro Real – LALUR. De acordo com RIR/99: Somente poderão compensar prejuízos fiscais as pessoas jurídicas que mantiverem em perfeita ordem os livros e registros que comprovem tais prejuízos. Somente poderão ser compensados os prejuízos fiscais apurados em períodos nos quais a empresa for tributada pelo lucro real, portanto não poderão ser compensados prejuízos apurados em empresas optantes pelo lucro presumido. A pessoa jurídica não poderá compensar seus prejuízos fiscais se entre a data de apuração da compensação do prejuízo houver ocorrido, cumulativamente mudança do seu controle societário e do ramo de atividade (art. 513 do RIR 99). 7 O limite de 30% não se aplica a empresas rurais e a titulares de Programas Especiais de Exportação aprovados até 03.06.1993 (arts. 470, I, 510 e 512 do RIR/99). Em relação aos prejuízos fiscais e às bases negativas da CSSL de anos- calendários anteriores não há diferença entre o lucro real trimestral e o balanço ou balancete de suspensão ou redução de pagamento. Ambas as formas de apuração terão que observar o limite de 30% na compensação. A diferença surge nos prejuízos fiscais do ano em curso. A pessoa jurídica que paga o imposto de renda com base no lucro real trimestral se apurou prejuízo fiscal no mês de março, a compensação com lucro real dos trimestres seguintes não poderá reduzir o lucro em mais de 30%. A pessoa jurídica que paga mensalmente o IRPJ pelo calculo estimado, no balanço ou balancete de suspensão ou no balanço anual em 31 de dezembro, poderá compensar integralmente os prejuízos fiscais e as bases negativas da CSLL de determinados meses do ano-calendário com os lucros de outros meses do mesmo ano. 8 COMPENSAÇÃO DE PREJUÍZOS NÃO OPERACIONAIS Para efeito de compensação dos prejuízos não operacionais em períodos- base futuros, a pessoa jurídica que apurar prejuízo fiscal em algum período- base iniciado a partir de 1996, deverá verificar se ele provém, no todo ou em parte, de resultados negativos não operacionais. Considera-se resultado não operacional a diferença, positiva ou negativa, entre o valor pelo qual o bem ou direito do ativo permanente houver sido alienado e o seu valor contábil. Caso sejam apurados, cumulativamente, resultados não operacionais negativos eprejuízo fiscal, proceder-se-á à seguinte segregação: a) se o prejuízo fiscal for maior, todo o resultado não operacional negativo será considerado prejuízo fiscal não operacional e a parcela excedente será considerada prejuízo fiscal das atividades operacionais; b) se todo o resultado não operacional negativo for maior ou igual ao prejuízo fiscal, todo o prejuízo fiscal será considerado não operacional. Nota: O disposto no inciso IV do caput do artigo 187 da Lei 6.404/76, com a redação dada pela Lei 11.638/09, não altera o tratamento dos resultados operacionais e não operacionais para fins de apuração e compensação de prejuízos fiscais. 9 CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO – NÃO APLICABILIDADE DA SEGREGAÇÃO DE PREJUÍZOS OPERACIONAIS E NÃO OPERACIONAIS Na apuração da base de cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro (CSLL) não se aplica a segregação dos prejuízos operacionais e não operacionais. 1- EXERCÍCIO - PREJUÍZO FISCAL Em 31.03.2014, uma empresa apurou o lucro real no trimestre de 210.320,00 Existem prejuízos fiscais compensáveis de exercícios anteriores conforme segue: PARTE B Base negativa do IRPJ – 65.000,00 Base negativa da CSLL – 320.500,00 Com base nestas informações apure o IRPJ e a CSLL do mês e demonstre a compensação dos prejuizos fiscais na parte B do lalur/lacs 10 RESOLUÇÃO RESOLUÇÃO 11 As empresas tributadas pelo lucro real poderão deduzir: a) Do imposto estimado mensal, se houver opção pelo pagamento mensal, os seguintes incentivos: Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT); Operações de Caráter Cultural e Artístico; Atividades Audiovisuais; e Doações aos Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente. a) Do imposto calculado com base no lucro real (trimestral ou anual) todos os incentivos poderão ser aplicados 12 Espécie de Incentivo Cálculo do Incentivo Limite de Dedução Isolada Limite de Dedução Cumulativa Fundamentação Legal Programa de Alimentação do Trabalhador - PAT 15% das despesas de custeio do Pat líquidas das parcelas cobradas dos empregados ou 15% de 1,99 x número de refeições fornecidas no período, o que for menor 4% do IRPJ normal 4% do IRPJ normal Arts. 526, 540, 543 e 581 a 588 do RIR/99 Projetos aprovados com base no art. 26 da Lei 8.313/91: até 40% das doações e 30% dos patrocínios Projetos aprovados com base no art. 18 da Lei 8.313/91, com alterações da Lei 9.874/99: até 100% do somatório de doações e patrocínios Produção de obras e projetos audiovisuais, inclusive operações nos termos do art. 39 da MP 2.228/2001, produzidos com os recursos de que trata i inciso X desse mesmo art. 39 3% do IRPJ normal Patrocínio a projetos audiovisuais 4% do IRPJ normal Doações aos fundos dos direitos das crianças e do adolescente Doações efetivamente realizadas 1% do IRPJ normal Arts. 543 e 591 do RIR/99, art. 1º do Decreto 794/93, IN SRF 86/94 e Lei 12.594/12 Incentivos fiscais - Fundo Nacional do Idoso Contribuições feitas aos Fundos Controlados pelos Conselhos Municipais , Federais 1% do IRPJ normal Lei 9.250/95 art. 12, alterado pela Lei 12.213/10 e 12.594/12 Patrocinios ou doações no apoio direto a projetos desportivos e paradesportivos Patrocinios e doações realizadas 1% do IRPJ normal não tem limite global Lei 11.438/06 e Lei 11.472/07 Pronon Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica 1% do IRPJ normal não tem limite global Lei 12.715/2012 alterada pela MP 582/2012 Pronas / PCD Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência 1% do IRPJ normal não tem limite global Lei 12.715/2012 alterada pela MP 582/2012 1% do IRPJ normal Operações de Caráter Cultural e Artístico Atividade Audiovisual 4% do IRPJ normal 4% do IRPJ normal, respeitando o limite específico para as atividades audiovisuais Art. 475 e 489 e 543 do RIR/99; Decretos 1.493 e 1494/95 e MP 2.228/01 Os gastos com o fornecimento de alimentação, por pessoa jurídica, indistintamente a todos os empregados são dedutíveis como custo ou despesa operacional para efeito de apuração do lucro real, e se a pessoa jurídica aderir ao Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) do Ministério do Trabalho poderá deduzir também, diretamente do Imposto de Renda devido com base no lucro real, o incentivo fiscal. Inscrição A inscrição no PAT está condicionada à efetivação de inscrição junto ao MTE. Tem validade imediata e por prazo indeterminado, podendo ser inativados por iniciativa do inscrito ou registrado, independentemente de motivo. PAT – PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO DO TRABALHADOR 13 Adesão Para gozar do direito de deduzir esse incentivo diretamente do imposto devido, a empresa precisa formalizar a adesão ao Programa mediante apresentação do formulário oficial pela internet. http://portal.mte.gov.br/pat/como-se-cadastrar-no-pat.htm PAT – PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO DO TRABALHADOR Adesão 1. Identificação da empresa; 2. Número de refeições; 3. Modalidade de serviços de alimentação e percentuais correspondentes (próprio, cesta básica, etc.) 4. Número de trabalhadores beneficiados por Unidade da Federação; 5. Número de trabalhadores beneficiados por faixas salariais; 6. Termo de responsabilidade e assinatura do responsável pela empresa. A adesão da empresa fica automaticamente aprovada mediante apresentação e registro do formulário de adesão na ECT ou via internet. PAT – PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO DO TRABALHADOR 14 PAT – PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO DO TRABALHADOR Dedução = 4% do imposto devido Despesa: É dedutível O valor do incentivo corresponde ao menor dos seguintes valores (RIR/99, arts. 581 e 582, Instrução Normativa DRF nº 16/1992 e Portaria MF nº 312/1995. deverá ser calculado pelo menor valor das seguintes opções (Art. 369 do RIR/1999) A. 15 % do valor total das despesas com gastos de alimentação, já incluído o desconto dos funcionários; B. O resultado da multiplicação de R$ 0,2985(*) pelo número de refeições fornecidas no período. 1,99 por refeição x 15% = R$ 0,2985 Exemplo prático: Calcule o valor do incentivo ao PAT, para uma empresa enquadrada no lucro real e que recolhe o seu imposto por estimativa, ou seja, pelo lucro real anual, diante dos dados que segue abaixo: IR por estimativa devida no mês: R$ 10.000,00 + R$ 4.666,67 (adicional) = R$ 14.666,67 Despesas realizadas no mês com o PAT: R$ 5.000,00 Número de refeições servidas no mês: 2.500 PAT – PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO DO TRABALHADOR 15 1ª situação: R$ 1,99 por refeição x 15% = R$ 0,2985 por refeição R$ 0,2985 x 2.500 refeições = R$ 746,25 ou R$ 1,99 x 2.500 refeições = R$ 4.975,00 Parcela dedutível a título de PAT: R$ 4.975,00 x 15% = R$ 746,25 2ª situação: Despesas realizadas no mês com o PAT: R$ 5.000,00 x 15% = R$ 750,00 PAT – PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO DO TRABALHADOR O valor que poderá ser deduzido do imposto é o da 1ª situação por se tratar do menor valor. Observar o limite permitido pela legislação, ou seja, 4% sobre o lucro sem considerar o adicional, portanto teremos: O Limite da dedução do PAT no mês: R$ 10.000,00 (IRPJ) x 4% = R$ 400,00 R$ 746,25 (1ª situação) R$ 400,00 (valor deduzido no mês) R$ 346,25 (Excesso a ser utilizado nos meses subseqüentes) PAT – PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO DO TRABALHADOR 16 De acordo com Art. 582 do RIR/99 a dedução está limitada a 4% do imposto devido em cada período de apuração. Eventuais excessos poderão ser aproveitados nos dois anos-calendário subsequentes, cujos valores deverão ser controlados na parte B do Lalur. As despesas ou custos por refeição são dedutíveis na apuração do lucro real e devem ser contabilizadas em contas destacadas.PAT – PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO DO TRABALHADOR PARTE B CONTROLE DE VALORES QUE CONSTITUIRÃO AJUSTE DO LUCRO LÍQUIDO DE EXERCÍCIOS FUTUROS CONTA INCENTIVO DO PAT DATA HISTÓRICO DÉBITO CRÉDITO SALDO 31/12/2012 Benefício do PAT apurado no ano conforme Livro diário, notas fiscais e cartão de ponto Saldo 346,25 PAT – PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO DO TRABALHADOR 746,25 400,00 746,25 17 A dedução está limitada a: • 40% do somatório das doações efetuadas; • 30% do somatório dos patrocínios realizados no período de apuração do imposto, em favor de projetos culturais previamente aprovados pelo Ministério da Cultura (Leis 8313/1991 e 9.784/1999). • 100% do valor das doações e patrocínios se atenderem aos seguintes seguimentos: a) arte cênicas; b) livros de valor artístico, literário ou humanístico; c) circulação de exposições de artes plásticas; d) doações de acervos para bibliotecas públicas e para museos DOAÇÕES E PATROCÍNIOS CULTURAIS Limite de dedução • Deve-se, todavia, observar o limite de 4% do valor do IRPJ devido, sem considerar a alíquota do adicional. • Não há permissão para aproveitamento de eventuais excessos em períodos subsequentes. • Não há controle dos valores na parte B do Lalur. • Esta operação poderá ser considerada como despesa dedutível ou indedutível. • Se considerada como indedutível deverá ser adicionada no LALUR. DOAÇÕES E PATROCÍNIOS CULTURAIS 18 Importante: Quanto a Lei Rouanet, se o projeto estiver enquadrado no Art. 18 da Lei 8.313/91, a pessoa jurídica não poderá deduzir o valor da doação como despesa operacional. Porém se a pessoa jurídica se enquadrar no Art. 26 da referida Lei, poderá deduzir ainda como despesa operacional. DOAÇÕES E PATROCÍNIOS CULTURAIS Exemplo prático A empresa ABC realizou dispêndios em favor de projetos culturais previamente aprovados pelo Ministério da Cultura conforme segue: Doação: 40.000,00 Patrocínios: 40.000,00 R: Determinação da parcela incentivada dos dispêndios pagos: Doação 40% = 40.000,00 x 40% = 16.000,00 Patrocínios 30% = 40.000,00 x 30% = 12.000,00 Total = 28.000,00 DOAÇÕES E PATROCÍNIOS CULTURAIS 19 Exemplo prático IRPJ devido 15% = 450.000,00 Adicional 10% = 298.000,00 Total = 748.000,00 Cálculo do incentivo 4% do IR devido = 450.000,00 * 4% = 18.000,00 IRPJ a recolher = 748.000,00 – 18.000,00 = 730.000,00. Obs: O incentivo aproveitável no mês é o menor valor entre 28.000,00 e 18.000,00 devido ao limite de 4%) DOAÇÕES E PATROCÍNIOS CULTURAIS AUDIOVISUAL Com o objetivo de incentivar a atividade audiovisual, o governo estabeleceu mecanismos de fomento para obras audiovisuais, obras cinematográficas e videofonográficas entre outros benefícios, por meio do Decreto nº 6.304/2007 Dedução do imposto de renda Até o exercício fiscal de 2016, as pessoas físicas e jurídicas poderão deduzir do imposto de renda devido as quantias referentes a investimentos em projetos previamente aprovados pela ANCINE para: 20 AUDIOVISUAL a) A produção de obra audiovisual cinematográfica brasileira de produção independente; b) Projetos específicos da área audiovisual, cinematográfica de exibição, distribuição e infraestrutura técnica cujo projeto tenha sido apresentado por empresas brasileiras. AUDIOVISUAL Dedução = 3% do imposto devido Despesa: É dedutível somente os valores investidos pela pessoa jurídica tributada pelo lucro real no respectivo período de apuração do imposto de renda Os investimentos devem ser aprovados pelo Ministério da Cultura e regulamentados pela CVM. 21 FUNDO NACIONAL, ESTADUAL OU MUNICIPAL DO IDOSO A partir de 1º de janeiro de 2011, a pessoa jurídica poderá deduzir do IRPJ devido, em cada período de apuração, o total das doações feitas ao Fundo Nacional do Idoso. (Lei nº 12.213/2010, art. 3º). Será adicionado no LALUR A dedução não poderá exceder em cada período de apuração a 1% (um por cento) do IRPJ devido com base: A dedução somada à dedução relativa às doações efetuadas aos Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente, não poderá exceder em cada período de apuração a 1% (um por cento) do IRPJ devido. O valor das doações excedente ao limite de dedução de 1% (um por cento) não poderá ser deduzido do IRPJ devido em períodos de apuração posteriores. As doações efetuadas em moeda devem ser depositadas em conta específica, aberta em instituição financeira pública, vinculada ao Fundo Nacional do Idoso. A pessoa jurídica poderá deduzir, até 1% do imposto devido, mas não são dedutíveis como despesa operacional. Portanto, o valor da doação, contabilizado como despesa, deve ser adicionado ao lucro líquido, para fins de determinação do lucro real e da base de cálculo da contribuição social sobre o lucro, por ser considerada uma despesa indedutível. Dedução = 1% do imposto devido Despesa: É Indedutível FUNDO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE 22 FUNDO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE DEMONSTRAÇÃO DO CÁLCULO Imposto de Renda Devido (15%) R$ 80.000,00 Doações ao Fundo R$ 1.300,00 Limite: 1% x R$ 80.000,00 R$ 800,00 Incentivo dedutível R$ 800,00 Excesso não dedutível em períodos posterior R$ 500,00 = Imposto a Pagar (R$ 80.000,00 - R$ 800,00) R$ 79.200,00 EXERCÍCIO 2 Com base nas informações abaixo, escriturar o livro LALUR E LACS: Lucro antes da contribuiçao social 618.548,00 Gasto com alimentaçao do trabalhador (valor da NF) 42.000,00 Refeiçoes servidas durante o mês 6200 Valor descontado dos funcionários 6.200,00 Doação ao fundo da criança e do adolescente 15.200,00 Multa de trânsito 3.500,00 Refeiçoes da diretoria 10.200,00 Base negativa da CSLL controlada na parte B do Lalur 55.360,00 Base negtiva do IRPJ controlada na parte B do Lalur 410.526,00 23 RESOLUÇÃO RESOLUÇÃO 24 RESOLUÇÃO Planejamento Tributário Tendo em vista, que a pessoa jurídica tributada com base no Lucro Real pode optar em apurar Lucro Real Anual ou Lucro Real Trimestral, gera dúvidas na hora da escolha, ou seja, é necessário analisar e avaliar qual é o melhor enquadramento, em virtude dessa polêmica, indaga-se: Qual o reflexo da apuração do Lucro Real Anual x Lucro Real Trimestral no fluxo de caixa? Essa tomada de decisão pode ser baseada em resultados passados ou estudo de mercado futuro (pesquisa de mercado). A seguir as principais vantagens e desvantagens existentes nas formas de apuração do Lucro Real. 25 Principais Vantagens e Desvantagens Apuração do Lucro Real Anual X Lucro Real Trimestral COMPARATIVO DE APURAÇÃO DESCRIÇÃO LUCRO REAL ANUAL LUCRO REAL TRIMESTRAL Adicional Vantagem Desvantagem do devido o adicional ser de devido o adicional ser de Imposto de Renda R$ 240.000,00 no ano. apenas R$ 60.000,00 Vantagem Desvantagem Compensação Permite compensação integral de A compensação de Prejuízos de de Prejuízos de mensais anteriores trimestres anteriores dentro do Prejuízos Fiscais dentro do mesmo ano calendário mesmo ano calendário, fica limitado a 30% do Lucro Real Desvantagem Vantagem Pagamento Pagamento mensal Pagamento trimestralmente, por estimativa forma definitiva 26 Calcule o IRPJ e CSLL considerando que a empresa é tributada pelo lucro real trimestral. Calcular também o PIS e COFINS cumulativo de acordo com os dados abaixo: EXERCÍCIO 3 MÊS Vendas Resultado JAN 500.000,00 120.000,00 FEV 510.250,00 140.528,00 MAR 380.250,00 155.310,00 ABR 100.250,00 130.580,00 MAI 101.850,00 450.000,00- JUN 120.500,00 52.000,00- JUL 410.548,00 152.352,00 AGO 410.580,00 320.548,00 SET 615.000,00 280.125,00 OUT 300.510,00 300.457,00 NOV 720.520,00 180.458,00 DEZ 865.000,00 310.500,00 RESOLUÇÃO 27 RESOLUÇÃORESOLUÇÃO 28 RESOLUÇÃO ComComComCom basebasebasebase nononono exercícioexercícioexercícioexercício anterior,anterior,anterior,anterior, considereconsidereconsidereconsidere agoraagoraagoraagora quequequeque aaaa empresaempresaempresaempresa éééé tributadatributadatributadatributada pelopelopelopelo lucrolucrolucrolucro realrealrealreal anualanualanualanual eeee oooo PISPISPISPIS eeee aaaa COFINSCOFINSCOFINSCOFINS sãosãosãosão calculadoscalculadoscalculadoscalculados nananana modalidademodalidademodalidademodalidade nãonãonãonão cumulativacumulativacumulativacumulativa.... UtilizarUtilizarUtilizarUtilizar osososos seguintesseguintesseguintesseguintes créditoscréditoscréditoscréditos mensalmentemensalmentemensalmentemensalmente:::: a)a)a)a) EnergiaEnergiaEnergiaEnergia elétricaelétricaelétricaelétrica –––– 6666....500500500500,,,,00000000 ((((janjanjanjan aaaa junjunjunjun)))) 8888....000000000000,,,,00000000 ((((juljuljuljul aaaa dez)dez)dez)dez) b)b)b)b) AluguelAluguelAluguelAluguel –––– 15151515....000000000000,,,,00000000 ((((janjanjanjan aaaa mar)mar)mar)mar) 18181818....000000000000,,,,00000000 ((((abrabrabrabr aaaa dez)dez)dez)dez) c)c)c)c) InsumosInsumosInsumosInsumos –––– 250250250250....000000000000,,,,00000000 ((((janjanjanjan aaaa junjunjunjun)))) eeee 310310310310....000000000000,,,,00000000 ((((juljuljuljul aaaa dez)dez)dez)dez) NãoNãoNãoNão esqueceresqueceresqueceresquecer dededede analisaranalisaranalisaranalisar mensalmentemensalmentemensalmentemensalmente sesesese éééé melhormelhormelhormelhor aaaa empresaempresaempresaempresa estimarestimarestimarestimar ouououou reduzir/suspenderreduzir/suspenderreduzir/suspenderreduzir/suspender oooo IRPJIRPJIRPJIRPJ eeee CSLLCSLLCSLLCSLL.... EXERCÍCIO 4 29 RESOLUÇÃO RESOLUÇÃO 30 RESOLUÇÃO RESOLUÇÃO 31
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