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Resumo Política Internacional

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Resumo Política Internacional 
EQUILÍBRIO DE PODER 
Objetivo: manter a ordem internacional.
Situação definida por Vattel como aquela em que “nenhuma potência possui posição de preponderância absoluta e em condições de determinar a lei para as outras.”
Distinção entre equilíbrio de poder simples de um equilíbrio complexo
Equilíbrio simples – exemplificado pelo choque entre a França, de um lado, e a Espanha e a Áustria dos Habsburgos, nos séculos XVI e XVII; ou, no século XX, pelo choque entre os Estados Unidos da Ámerica e a União Soviética, durante a Guerra Fria.
Equilíbrio complexo – situação da Europa em meados do século XVIII, quando a França e a Áustria, desvinculada da Espanha, se juntaram a Inglaterra, a Rússia e a Prússia, todas grandes potências. É ilustrada também pela política mundial de hoje, quando a China junta-se aos Estados Unidos e à União Soviética, como grande potência, o Japão como uma possível quarta grande potência e com uma combinação de potências europeias ocidentais como uma quinta. 
OBS: Os equilíbrios simples sempre foram complicados pela existência de outras potências, cuja capacidade de influenciar o rumo dos acontecimentos era pequena, mas sempre maior do que zero. Situações de equilíbrio de poder complexo podem ser simplificadas por meio de combinações diplomáticas, como por exemplo, o equilíbrio entre seis potências do período que precedeu a Primeira Grande Guerra, que se envolvia na divisão mais simples entre a Tríplice Aliança e a Tríplice Entente. 
Enquanto um equilíbrio de poder do tipo simples exige necessariamente igualdade ou paridade de poder, o mesmo não acontece com um sistema complexo. Com três ou mais potências competitivas a ocorrência de grandes desigualdades de poder entre elas NÃO coloca necessariamente a mais poderosa em posição de preponderância, porque as outras têm a possibilidade de se unirem contra aquela que tem mais poder.
Em uma situação de equilíbrio de poder simples ou bipolar o único recurso disponível para a potência que está perdendo posição é aumentar a sua própria força, qual seja: no século XVIII, seu território e população; no século XIX, sua indústria e organização militar, no século XX, sua tecnologia militar. Como em uma situação de equilíbrio complexo há o recurso adicional de explorar a existência de outras potências, absorvendo-as, fragmentando-as ou aliando-se a elas, considera-se de modo geral que O EQUILÍBRIO DE PODER DO TIPO COMPLEXO É MAIS ESTÁVEL DO QUE O SIMPLES. 
EQUILÍBRIO DE PODER GERAL – inexistência de uma potência preponderante no sistema internacional.
 EQUILÍBRIO DE PODER GERAL E LOCAL- em uma região ou um segmento do sistema.
EQUILÍBRIO DOMINANTE (PARTICULAR) – não deve ser explicado como equilíbrio geral do sistema internacional como um todo.
EQUILÍBRIO DE PODER FORTUITO – o equilíbrio surge sem qualquer esforço consciente por parte dos estados que dele participam;
EQUILÍBRIO DE PODER ARQUITETADO - Está em jogo, pelo menos em parte, a política consciente de um ou dos dois lados. Podemos definir também como um momento de indefinição na luta de morte entre duas potências que competem, tendo ambas por objetivo o seu engrandecimento em termos absolutos. O elemento de construção pressupõe que pelo menos um dos lados, em vez de adotar como meta a expansão absoluta do seu poder, procura limitá-lo em relação ao poder do outro.
EQUILÍBRIO DE PODER PLANEJADO – a forma mais elementar do equilíbrio de poder planejado é o equilíbrio BIPOLAR, em que um de dois lados segue a política de impedir que o outro alcance uma situação de preponderância militar. (equilíbrio de 3 potências, por exemplo, em que cada uma delas procura impedir que um dos outros dois chegue à preponderância. Faz isso não só aumentando o seu próprio poder militar mas também aproximando-se do mais fraco dos dois outros estados: é a política conhecida como “sustentação do equilíbrio”.
POLÍTICA DE PRESERVAÇÃO DO PODER EM TODO O SISTEMA INTERNACIONAL – pressupõe a capacidade de perceber a pluralidade das potências que interagem como um único sistema ou campo de forças. Pressupõe também um sistema contínuo e universal de DIPLOMACIA, provendo às potências interessadas informações a respeito dos movimentos de todos os estados do sistema e sobre os meios de agir. 
CONCEPÇÃO DO EQUILÍBRIO DE PODER – Sendo não só uma situação criada pela política consciente de determinados estados que se opõem à preponderância de alguns deles em todo o sistema mas como objetivo consciente de todo o sistema. Essa última concepção implica a possibilidade de cooperação entre os estados para promover o objetivo comum de preservar o equilíbrio. Implica, também, ações de cada estado não só para impedir essa ameaça de preponderância, mas em reconhecer sua responsabilidade em não perturbar esse equilíbrio. 
FUNÇÕES HISTÓRICAS NO MODERNO SISTEMA DE ESTADOS:
A existência de um equilíbrio de poder geral abrangendo a totalidade do sistema internacional serviu para impedir que o sistema fosse transformado, pela conquista, em um império universal.
Em determinadas regiões, a existência de equilíbrio de poder localizado serviu para proteger a independência dos estados, impedindo que fossem absorvidos ou dominados por uma potência localmente preponderante.
Quando houve equilíbrio de poder geral ou local surgiram as condições para o funcionamento de outras instituições das quais dependem a ordem internacional (diplomacia, guerra, direito internacional, administração pelas grandes potências.)
PRINCIPAL FUNÇÃO DO EQUILÍBRIO DE PODER: não é preservar a paz, mas SIM preservar o próprio sistema de estados. A manutenção do poder exige a guerra, quando ela é o ÚNICO meio de deter a expansão de um estado potencialmente dominante. 
PARADOXO DO EQUILÍBRIO DO PODER – embora a existência desse equilíbrio seja uma condição essencial para o funcionamento do direito internacional, os passos necessários para mantê-lo implicam, muitas vezes, violação de normas do direito internacional. 
Questão do direito internacional – enquanto o direito internacional depende, para a sua própria existência do funcionamento de um sistema de regras sobre o equilíbrio de poder, a preservação de tal equilíbrio exige, frequentemente, que essas regras sejam violadas. Quando permitem o emprego ou a ameaça da força, as regras do direito internacional só o fazem para “remediar uma ofensa recebida”. Para que um estado possa recorrer legitimamente à força contra o outro é preciso que antes tenha havido uma violação de direitos, que podem então ser defendidos. 
O PODER SEGUNDO LORD ACTON – o poder corrompe; que qualquer que seja a ideologia, as instituições, a virtude e boas intenções de um estado preponderante, a sua posição representa por si mesma uma ameaça a outros estados; uma ameaça que não pode ser contida por acordos ou leis, mas unicamente pela presença de um poder capaz de se opor a esse estado.

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