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A ciência divina- Alberto Magno

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A ciência divina
Alberto irá buscar enquadrar a metafisica entre as ciências teóricas, uma ciência sublime. Mas para isso terá que descartar uma visão platônica dessa distribuição, visto que para Platão, o ser é fundado primeiramente no ser matemático e este no ser divino. Já para Alberto, o ser matemático é dependente de um caráter continuo que o corpo físico tem em virtude da matéria, que para ele estaria configurada com uma certa quantidade já determinada.
Dessa forma ele colocar uma ordem do ser para enquadrar as ciências, partindo assim do divino e depois para as coisas físicas e assim acabar no ser matemático.
 
 ORDEM DO SER: DIVINO > FÍSICO > MATEMÁTICO
 CIÊNCIAS: METAFÍSICA > FÍSICA > MATEMÁTICA
Para Alberto, a filosofia primeira se caracterizará por levar afundo uma inspeção que outras ciências teóricas não alcançam, que em sua visam se apoiam em valores já determinados pelos parâmetros de quantidade e movimento, a matemática e a física. Essa ciência primeira irá além em sua própria especulação e irá se perguntar por si mesma. Esse ir mais além merecerá o mérito para ser chamada de transfísica e até o nome de ciência divina, visto que todas essa coisas são divinas e proporciona o acabamento do ser. Alberto colocou assim essa filosofia primeira como responsável pelo estudo das coisas divinas, porém ele irá dar um limite, dizendo que ela só é divina enquanto estuda o ser.
	Alberto coloca dois pontos em que podemos caracteriza-la como divina, primeiro por seu objeto de estudo que é o próprio ser, recorrendo a definição da forma de Aristóteles, onde o mesmo diz que em todas as coisas há algo por natureza divino, bom e desejável.
	Seu segundo ponto é que pelo estudo do ser, descobrimos a origem última de sua existência, que em seu saber é o próprio Deus. Alberto irá dizer “é divina enquanto que, sem ser fundada por nada, funda os sujeitos de todas as demais e suas paixões e princípios.” A metafisica está relacionada as demais ciências como Deus está relacionado com seus entes, proporcionado seu fundamento e sustentação.
Alberto a descreve como a perfeição do entendimento divino em nós, sendo não só causa do ser coisas mas d também e si mesma, sendo que só ela pode permitir compartilhar a notícia original que possui dos seres com tal entendimento que o saber é derivado.
O método da ciência divina 
Para Alberto há dois caminhos de compreensão cientifica para a verdade. Em primeiro lugar pode ser reine no investigador a ignorância e assim pela maravilha de um fenômeno busque conhecer as causas que provocam os mesmos. Porém ele irá advertir que esse é o caminho para os não sabem, já que esse não aspira certamente o saber mas apenas a causa do fenômeno.
Para ele o caminho correto para dominar a metafisica é preciso conhecer a ciências que ele chamará de doutrinais, como a lógica e a matemática. Dizendo que o conhecimento começa pelos sentidos e o conhecimento das causas primeiras só poderá ser alcançado depois de ter recorrido as ciências particulares, as ciências doutrinais, que para ele são de fáceis apreensão. 
> aprender as ciências propedêuticas: lógica e matemática
> especular as coisas divinas a partir da experiência adquirida
 Só depois de recorrer a todas a essas ciências poderá encontrar o ser simples e assim fazer o caminho inverso, partindo da especulação do divino para o a multiplicidade dos seres, buscando recompor a coerência da realidade desde a causa última.

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