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Eustrongylides sp. Breno luiz sucupira 1337/16 Daniela Duarte lima 1105/16 Leonardo barreto marques 0893/16 O parasita Provocado por nematoides do gênero Eustrongylides spp. E. tubifex e o E. ignotus possuem maior incidência Endoparasita Eurixeno Heteroxeno Baixa especificidade parasitária Eustrongilidíase Doença extremamente rara – cinco casos registrados nos Estados Unidos Quando adultos, parasitam a mucosa do esôfago, pro-ventrículo e no intestino de aves aquáticas piscívoras, e o homem pode ser infectado acidentalmente ao se alimentar de peixe cru ou mal passado Estágios larvares ocorrem nos tecidos de peixe, anfíbios e répteis. CONTÁGIO A infecção em humanos pode ocorrer após consumo de peixe cru ou mal cozido, sendo o peixe um dos hospedeiros intermediários no desenvolvimento do ciclo de vida do parasita As larvas de Eustrongylides ssp. podem ser encontradas encistadas no interior da cavidade abdominal de muitas espécies de peixes, conferindo aspecto repugnante a sua carne em função do tamanho da larva. As larvas migram através da mucosa do peixe e músculos, causando extensiva inflamação e necrose ciclo Primeiro estágio larval desenvolve-se dentro dos ovos que são eliminados nas fezes das aves ictiófagas Oligoquetos (anelídeos) de água doce, hospedeiros intermediários, ingerem esses ovos, que eclodem dentro dos oligoquetos, originando larvas de segundo e terceiro estágios. Peixes pequenos, segundos hospedeiros intermediários, alimentam-se de oligoquetos infectados. As larvas do terceiro estágio encistam nas superfícies internas dos peixes. Desenvolvem-se em larvas do quarto estágio, que é a fase infectante e aguardam serem ingeridos pelas aves. Peixes maiores, anfíbios e répteis que consomem peixes infectados, podem servir como hospedeiros paratênicos ou hospedeiros de transporte quando são ingeridos pelas aves. As larvas infectantes podem penetrar no ventrículo das aves dentro de 3 a 5 horas depois da ingestão do pescado infectado. A larva rapidamente se transforma em vermes sexualmente maduro, iniciando a postura de ovos 10 a 17 dias após a infecção Homem alimenta-se do peixe contendo o parasita (3° estágio) Apresentação clínica As larvas consumidas podem se fixar no trato digestivo humano, com penetração na parede intestinal, o que gera dor intensa A perfuração do trato digestório pode ocasionar septicemia Geralmente não há sintomas, sendo a patologia descoberta durante procedimentos cirúrgicos CASOS E. tubifex em aves: Estados Unidos, Canadá, Brasil, Europa e Rússia Larvas de Eustrongylides spp. foram encontradas em surubim pintado, surubim cachara e 19 traíra, parasitando o mesentério, musculatura esquelética e na serosa que reveste o fígado, no estado de Mato Gross. Na literatura, não há casos diagnosticados em humanos no Brasil CASo RELATADO - 1 Há relatos do caso de um jovem paciente, com queixa de dor abdominal intensa no quadrante inferior direito, com histórico de engolir pequenos peixes vivos enquanto pescava. Dois nematoides foram removidos da cavidade peritoneal, sendo identificados como larvas de quarto estágio de Eustrongylides spp. Caso relatado - 2 Outro caso de um paciente com histórico de dor no quadrante inferior direito. Diagnóstico de apendicite cirurgia Um parasita avermelhado de 4,2 cm de comprimento surgiu movendo-se nos panos cirúrgicos. O tamanho e a morfologia do parasita indicaram larva de quarto estágio do gênero Eustrongylides spp., de espécie indeterminada. O paciente consumiu "sushi" e "sashimi" um mês antes de apresentar sintomatologia clínica. profilaxia É recomendado abster-se consumo de peixe cru ou insuficientemente cozido. A manutenção do pescado em refrigeração ou eviscerado após o embarque do mesmo elimina a ativação das larvas e como consequência, impede a migração da larva para a musculatura do peixe, o que facilitaria a infecção humana pós consumo MORFOLOGIA As larvas de Eustrongylides spp. são redondas, vermelhas, grandes e brilhantes, com cerca de 25 a 150 mm de comprimento e 2 mm de diâmetro Trichostrongylus sp. Breno luiz sucupira 1337/16 Daniela Duarte lima 1105/16 Leonardo barreto marques 0893/16 O parasita Nematódeos do gênero Trichostrongylus sp. T. colubriformis*, T. axei Endoparasita Eurixeno Baixa especificidade parasitária *Frequente resistência aos anti-helmínticos O PARASITA Parasitam ovinos Os vermes adultos são pequenos (4mm a 12 mm) Se localizam no terço inicial do intestino delgado – vivem em túneis nas vilosidades Não visível ao olho nu CONTÁGIO Sob condições favoráveis (umidade, calor e sombra) as larvas eclodem dentro de dias Larvas rabditóides são liberadas e crescem no solo ou vegetação Após 5 a 10 dias tornam-se filarióides – infecciosas A infecção do hospedeiro humano ocorre após a ingestão dessas larvas filarióides As larvas atingem o intestino delgado, onde residem e amadurecem em adultos A infecção acidental em humanos pode ocorrer, e os vermes adultos habitam o trato digestivo de seus hospedeiros. CICLO de vida *Imagem adaptada do CDC Ovos de Trichostrongylus sp. Trichostrongylus sp. adulto São compridos e finos. Fêmeas tem 3-10 mm de comprimento por 55-80 de largura. Machos tem de 2-8 de comprimento por 50-60 de largura e possuem uma bolsa. Adultos residem no intestino delgado do hospedeiro definitivo Trichostrongyle sp. adulto CASOS No Brasil, existem poucos relatos da frequência de Trichostrongylus spp., especialmente na região nordeste do país. Tal fato deve-se, provavelmente, pela dificuldade de distinguir os ovos de Trichostrongylus spp. dos ovos de ancilostomídeos e mesmo de outros nematoides, contribuindo para a subestimação da prevalência Apresentação clínica Geralmente assintomático Casos mais graves podem causar inflamação na mucosa do intestino e dano tecidual Causam problemas gastrointestinais (dor abdominal, diarreia e anorexia), cefaleia, fadiga, anemia e eosinofilia. Ao formar túneis, os vermes causam necrose do epitélio e alimentam-se do conteúdo das células epiteliais necrosadas Danos principais: atrofia das vilosidades, espessamento da mucosa, erosão do epitélio e perda dos líquidos tissulares DIAGNÓSTICO Identificação microscópica de ovos nas fezes – difícil de diferenciar de outros nematoides. Nas infecções leves os ovos são de difícil detecção PROFILAXIA Saneamento básico Tratar os doentes – pois as fezes dos doentes contem ovos que se transformam em larvas infectantes. Lavar os alimentos Oesophagostomum sp. Breno luiz sucupira 1337/16 Daniela Duarte lima 1105/16 Leonardo barreto marques 0893/16 O parasita Nematóides do gênero Oesophagostomum sp. São parasitas intestinais que frequentemente infectam ruminantes, suínos e primatas, incluindo os seres humanos Endoparasita Eurixeno Baixa especificidade parasitária Esofagostomíase Oesophagostomum bifurcum é a espécie mais comum que infecta humanos na África. Os ovos são eliminados juntamente com as fezes dos hospedeiros infectados, sendo indistinguíveis dos ovos de ancilostomídeos. A forma clínica mais comum é a esofagostomíase uninodular, que corresponde à formação de um nódulo individual, porém muito grande, no cólon ascendente ou transversal Esofagostomíase uninodular e multinodular ciclo Hospedeiros: ovelhas, cabras, suínos. Usualmente são os primatas não humanos. Outros animais, incluindo humanos e bovinos. Os ovos são eliminados nas fezes dos hospedeiros infectados Eclodem em larvas rabditiformes no ambiente Em temperatura e umidade adequada se transformam em filariformes A contaminação dos hospedeiros ocorre através da ingestão de água e alimentos contaminados com larvas infectantes (L3). Após a ingestão de larvas entram na submucosa do intestino grosso ou delgado e induzem cistos Dentro desses cistos, as larvas L3 transformam-se em larvas L4 e migram para o lúmen do intestino grosso, tornando-se vermes adultos. Um mês após a infecção, os ovos são eliminadosnas fezes dos hospedeiros infectados, reiniciando o ciclo Apresentação clínica Abdome agudo é a manifestação mais comum em humanos, imitando uma apendicite. Febre baixa e sensibilidade no quadrante inferior direito são os sintomas mais comuns. Vômitos, anorexia e diarréia são menos comuns. Obstrução intestinal também pode ocorrer, imitando uma hérnia. Pode apresentar massas cutâneas grandes e indolores na região abdominal inferior. Raramente o Oesophagostomum spp. vai perfurar a parede do intestino, causando peritonite purulenta ou migrar para a pele, produzindo nódulos cutâneos. DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA Comum nos trópicos e subtrópicos O primeiro incidente com humanos foi notificado na região norte do Togo e da Gana Tem sido relatadas em focos endêmicos na África Ocidental – 250.000 pessoas infectadas Casos esporádicos foram notificados no Brasil, Malásia, Indonésia, Guiana Francesa e oeste da África. morfologia Adultos: fêmeas medem 1-3 cm de comprimento e os machos são menores visíveis a olho nu Possuem uma abertura bucal protegidas por coroas externas e internas Possuem cutícula anelada com estrias transversais Fêmea possui uma extremidade posterior pontuda e curta, já o macho possui uma bolsa copuladora diagnóstico Difícil diagnóstico durante exame das fezes para a detecção dos ovos do parasita, pois microscopicamente é impossível distinguir ovos de Oesophagostomum spp. dos ovos de ancilostomídeos, e mesmo de outros nematóides. profilaxia Lavar bem as mãos Lavar bem os alimentos Tratar os doentes – pois as fezes dos doentes contem ovos que se transformam em larvas infectantes. Gongylonema sp. Breno luiz sucupira 1337/16 Daniela Duarte lima 1105/16 Leonardo barreto marques 0893/16 O parasita Endoparasita Eurixeno Baixa especificidade parasitaria Heteroxeno gongilonemíase Gongylonema pulchrum é a espécie que foi identificada como a causa da infecção por Gongylonema sp. em humanos. localiza-se principalmente na cavidade oral. Cerca de 40-50 casos de gongilonemíase em humanos foram relatados A infecção causada por esta espécie tem sido relatada em ovinos, bovinos, suínos e outros ungulados, e em ursos e macacos. Todos os casos relatados a ingestão de insetos não foi intencional Ciclo de vida Requer um hospedeiro intermediário: o inseto( barata, escaravelho) Ovos completamente embrionados são passados nas fezes de ovinos, bovinos, suínos e outros ungulados. O HI, ingere os ovos contidos nas fezes O parasita passa por um desenvolvimento obrigatório no estágio infeccioso dentro do inseto (20 a 30 dias após a ingestão) O vertebrado ingere o inseto contaminado. Os vermes adultos precisam de cerca de 60 a 80 dias para se desenvolverem no hospedeiro definitivo após a ingestão de um inseto infectado. Sinais e sintomas É uma doença assintomática. Os pacientes que descobrem a doença quando há presença do parasita na boca. Os pacientes frequentemente descrevem a sensação de um objeto se movendo na boca e, com frequência, eles mesmos os removeram. diagnostico O diagnostico ocorre com a retirada do parasita e sua analise: Comprimento dos espiculos e sua relação. Comprimento do gubernaculo Situação da vulva em relação a extremidade posterior do corpo, e em, plano secundário. Aspecto da extremidade posterior do macho com sua disposição papilar Comprimento total do corpo Comprimento relativo das porções do esôfago. Aumento 200 x profilaxia Saneamento básico. Não ingerir insetos crus. Ingerir apenas água tratada. Evitar consumo de vegetais crus e não lavados. Referências bibliográficas Centers for Diesease Control and Prevention. CDC.gov. disponível em https://www.cdc.gov/. Acessado em 3 de Setembro de 2018. DO AMARANTE, Alessandro Francisco Talamini; RAGOZO, Alessandra MA; DA SILVA, Bruna Fernanda. Os parasitas de ovinos. SciELO-Editora UNESP, 2014. DE MAGALHÃES, Ângela Muniz Souza et al. Zoonoses parasitárias associadas ao consumo de carne de peixe cru. PUBVET, v. 6, p. Art. 1411-1416, 2016. FREITAS, J. F.; LENT, Herman. Notas sobre Gongyloneminae Hall, 1916:(Nematoda: Spiruroidea). Memorias do Instituto Oswaldo Cruz, v. 32, n. 2, p. 299-304, 1937. FONSECA, A. H. Helmintoses gastro-intestinais dos ruminantes, 2006. LUQUE, José Luis. Biologia, epidemiologia e controle de parasitos de peixes. Revista Brasileira de Parasitologia Veterinária, v. 13, n. Supl 1, p. 161-165, 2004. WILSON, Mary E. et al. Gongylonema infection of the mouth in a resident of Cambridge, Massachusetts. Clinical Infectious Diseases, v. 32, n. 9, p. 1378-1380, 2001. TAIRA, Katia Kaori. 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