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Apostila de fundamentos de enfermagemPronta2017

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FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM
 Por Solange Neves
AULA 1 – UNIDADE DO PACIENTE
	É o conjunto de espaços e móveis destinados a cada cliente.
- Componentes:
	Diferem de hospital para hospital, basicamente constam de:
* Uma cama com colchão;
* Uma mesa de cabeceira equipada com material de uso do cliente;
* Uma cadeira;
* Uma campainha;
* Um ponto de oxigênio.
	Em alguns hospitais é acrescentado uma mesa de refeição, uma escadinha, um ponto de ar comprimido, um sofá, telefone, televisão, frigobar e armário.
LIMPEZA DE UNIDADE
- Tipos de Limpeza:
* Limpeza concorrente: é feita diariamente e consiste na limpeza de parte do mobiliário da unidade do cliente;
* Limpeza terminal ou limpeza de unidade: é a limpeza de todo o mobiliário da unidade do cliente. É feita por ocasião da alta, óbito ou transferência do cliente e por permanência prolongada no leito.
- Finalidades:
* Manter a unidade limpa e com o aspecto agradável a fim de favorecer o ajustamento do paciente no hospital;
* Remover microorganismos e sujidades para prevenir infecções.
OBS.: Em alguns hospitais a limpeza da unidade do cliente está a cargo da supervisora da firma de limpeza que obedece a orientação do Serviço de Enfermagem.
ARRUMAÇÃO DA CAMA
 O leito é um fator importante na obtenção do repouso e conforto adequados, essenciais à manutenção e recuperação da saúde. Ao optar por uma arrumação técnica da cama, a enfermagem visa proporcionar conforto e segurança ao cliente como também tornar mais rápido e menos fatigante o seu trabalho.
- Tipos de cama :
	Em nosso hospital o Serviço de Enfermagem definiu trabalhar com três tipos de cama:
* Cama simples fechada: feita após a limpeza terminal e assim permanece até que o novo paciente a ocupe.
* Cama simples aberta: ocupada pelo cliente que pode locomover-se ou pelo cliente acamado.
* Cama de operado: a ser preparada após o cliente ser encaminhado para cirurgia ou exames sob anestesia.
( CAMA SIMPLES FECHADA
- Material:
* 2 lençóis; * 1 traçado; 
* 1 colcha; * 1 fronha;
* 1 toalha de rosto; * 1 toalha de banho.
- Optativos:
* 1 cobertor de lã; * 1 oleado.
- Finalidades :
* Preparar um leito seguro e confortável;
* Manter a unidade com aspecto agradável.
- São Procedimentos de Enfermagem :
* Lavar as mãos;
* Separar todas as roupas e levá-las para o quarto;
* Colocar a roupa em cima do sofá;
* Forrar a cama com o lençol, prendendo-o;
* Vestir o travesseiro e colocá-lo na cabeceira da cama; 
* Estender sobre a cama forrada, o lençol e a seguir a colcha, deixando o barrado rente ao colchão da cabeceira da cama, e prender as duas peças juntas no canto dos pés da cama, e deixando os lados soltos;
* Deixar a toalha de banho e a de rosto dobrada ao pé da cama
* Verificar se a unidade está em ordem e providenciar o material necessário.
( CAMA SIMPLES ABERTA
- Material:
* 2 lençóis; * 1 traçado;
* 1 colcha; * 1 fronha;
* 1 toalha de rosto; * 1 toalha de banho.
Optativos:* 1 cobertor de lã ; * 1 oleado.
- Finalidades:
* Preparar um leito seguro e confortável;
* Manter a unidade com aspecto agradável.
- São Procedimentos de Enfermagem:
	No caso de cama ocupada por cliente que pode locomover-se, solicitar ao cliente para permanecer fora do leito para troco de roupa e arrumação, procedendo da mesma forma que na cama simples fechada, mas deixando o lençol de cima virado sobre a colcha na parte da cabeceira e feita uma dobra em diagonal do lado em que o paciente usa para deitar-se.
( NO CASO DE CAMA OCUPADA POR PACIENTE ACAMADO
1) Se possível e para maior segurança, deve ser feita por duas pessoas : uma para segurar o cliente e outra para arrumar a cama.
2) Soltar a roupa da cama e deixar o cliente coberto apenas com o lençol de cima, exceto se ele apresentar frio
3) Pedir a colaboração do cliente, orientando-o e virá-lo par o lado.
4) Dobrar o lençol de baixo e traçado até o meio da cama de tal forma a deixar exposta a metade do colchão.
5) Estender as roupas limpas (lençol de baixo e traçado na metade do colchão) e prendê-las.
6) Passar para o outro lado e virar o cliente para o lado limpo, retirando o lençol de baixo e o traçado sujos. Completar a arrumação da cama.
7) Deixar a unidade em ordem.
( CAMA DE OPERADO
- Material :
* 2 lençóis; * 2 oleados;
* 2 traçados; * 1 colcha;
* 1 cobertor * 1 fronha;
* 1 toalha de rosto ; * 1 toalha de banho;
* 1 cuba rim.
- Finalidades:
* Proporcionar conforto e segurança ao cliente no pós operatório
* Facilitar o manuseio com o cliente.
- São Procedimentos de Enfermagem :
* Lavar as mãos e preparar a roupa;
* Levar as roupas e cuba rim para o quarto;
* Colocar a roupa de cama na seguinte ordem :
1 - lençol de baixo;
2- um oleado na parte central do colchão e outro na cabeceira;
3 - colocar um traçado em cima do oleado central;
4 - lençol e cobertor : dobrar os dois juntos na parte da cabeceira e dos pés e depois enrolar lateralmente de modo que fiquem na lateral da cama do lado contrário ao que o paciente entrará;
* Colocar a cuba rim na cabeceira da cama ou na mesinha
* Colocar as toalhas de banho e de rosto na cabeceira da cama
* Ao receber o cliente, desenrolar o lençol e o cobertor, deixando-o confortável
AULA 2 - ROTINAS BÁSICAS DE SERVIÇO
( ADMISSÃO DO CLIENTE
- Material:
* Bandeja com material para verificação de sinais vitais;
* Aparelho de pressão; * Termômetro;
* Prontuário com relatório de Enfermagem;
* Relógio; * Canetas.
- Descrição:
* Receber o cliente cordialmente;
* Informar sobre a rotina do hospital, atendimento médico, de enfermagem, alimentação e colocar-se à sua disposição para os esclarecimentos que se fizerem necessários;
* Ajudar o cliente a se trocar, colocando o camisolão do hospital ou sua própria roupa;
* Ajudá-lo a se acomodar confortavelmente;
* Verificar os sinais vitais;
* Observar: higiene, próteses, condições da pele, estado emocional e outros;
* Conversar com o cliente a fim de obter história anterior de doenças e problemas atuais;
* Deixá-lo confortável, mostrando como comunicar-se com o posto de enfermagem quando necessitar;
* Retirar o material do quarto;
* Fazer as anotações na Evolução de Enfermagem
Observação:
* Caso o cliente não queira entregar seus objetos de valor para arrolamento (Folha própria) avisar de que o hospital não se responsabilizará pela perda dos mesmos, reprisando a observação
* Orientar familiares sobre a rotina do hospital.
( ALTA
- Material :
* Prontuário do cliente.
- Descrição
* Após o médico liberar o cliente e assinar a alta do prontuário, comunicar ao cliente e auxiliá-lo no preparo para saída caso necessite de ajuda;
* Orientar cliente e familiares para se dirigirem ao posto de enfermagem após saírem do quarto.
* Preencher o prontuário com o horário de saída, o modo de locomoção, se está acompanhado ou não e as condições de alta;
* Organizar o prontuário;
* Descer junto com o cliente levando o prontuário até a recepção, comunicando a alta e entregando o prontuário a um dos funcionários do setor;
* Observar se não ficou algum pertence do cliente no quarto e somente após liberá-lo para limpeza, deixando o leito arrumado para a próxima internação.
( ÓBITO
- Material:
* Algodão 
* Pacote de curativo
* Luva
* Atadura
* Prontuário do cliente.
- Descrição:
* Após ser confirmado o óbito pelo médico, retirar todo o material, medicamentos e equipamentos de perto do leito;
* Preparar o corpo fazendo tamponamento nasal, oral, anal e vaginal (sexo feminino), prendendo a mandíbula com atadura e também os braços, evitando que o corpo após apresentar a rigidez, não fique deformado;
* Comunicar a recepção o óbito e o horário em que o mesmo ocorreu
* Solicitar o médico do cliente ou plantonistapara que os familiares sejam comunicados;
* Fazer ultimas anotações na Evolução de Enfermagem, não esquecendo de anotar o material e medicamentos utilizados para ressuscitarão;
* Após a saída do corpo do leito, solicitar aos funcionário da limpeza que faça a desinfeção do mesmo, deixando pronto e arrumado.
( TRANSFERÊNCIA
- Material:
* Prontuário do cliente
- Descrição:
* Após ser confirmada a transferência pelo médico responsável, comunicar ao cliente.
* Comunicar a recepção para que seja providenciado um meio de transporte (ambulância ou pelo responsável do paciente)
* Preparar o cliente, vestindo a sua própria roupa ou caso queira ir com a do hospital, solicitar ao responsável que assine o termo de responsabilidade para que a roupa seja devolvida
* Auxiliar o cliente até a sua saída, verificando se não ficou nenhum pertence no quarto ou leito
* Após avisar a recepção que o cliente já saiu, providenciar para que o quarto seja e novamente preparado para outra internação
* Anotar no prontuário o horário da transferência, e as observações que se fazem necessárias encaminhando-o e organizando a recepção.
AULA 3 - PRONTUÁRIO
	É o conjunto de documentos padronizados, destinados ao registro da assistência prestada ao cliente desde a sua internação até a sua alta.
	Constitui um documento legal e serve como evidência diante do tribunal.
- Objetivos:
	Proporcionar uma anotação escrita de todos os dados a cerca do paciente.
- Finalidades:
* Fonte de informações sobre o cliente 
* Documento legal com validade jurídica
* Material para investigação (pesquisa)
* Material complementar n educação do pessoal de saúde
* Fonte de informações estatísticas
* Fornecer uma constância do tratamento administrativo ao enfermo
NOTA : O prontuário é de interesse da equipe multiprofissional, cliente e da família
( Impressos Básicos
* Ficha de identificação
* Guia de internação
* Folha de enfermagem
* Relatório de enfermagem
* Prescrição médica
* Evolução de Enfermagem
* Fixa para resultados de exames
ANOTAÇÕES DE ENFERMAGEM
	Anotação é um documento escrito, uma simples nota sobre um assunto. Registro é o ato de registrar, geralmente num livro especial designado para isso. As anotações de enfermagem devem ser corretas, objetivas, descritivas e completas, evitando qualquer afirmação diagnóstica ou interpretação de seus achados.
As anotações de enfermagem fazem parte do prontuário, e o mesmo tem valor tanto cientifico (para estudo) como legal, constituindo inclusive um documento que protege legalmente o hospital, o médico, a enfermeira, o técnico de enfermagem e os demais profissionais.
Em relação aos aspectos éticos e legais, o registro é uma forma de consignar por escrito às ações dos profissionais de enfermagem junto ao cliente, família e comunidade. O registro contribui muito para:
- a continuidade da assistência prestada;
- o diagnostico de enfermagem e de outros profissionais da equipe de saúde;
- o fornecimento de dados para auditoria de enfermagem;
- o processo de formação profissional dos discentes (alunos) nos diversos níveis da enfermagem;
- a pesquisa;
- a avaliação da qualidade da assistência prestada;
- auxiliar no processo decisório da equipe multiprofissional;
- informações para o setor de administração no controle de custos, aquisição de materiais e contratar mais profissionais para o desenvolvimento da assistência;
- a manutenção do respaldo legal.
 Deve-se registrar pela enfermagem:
* Medidas terapêuticas aplicadas por médicos
* Medidas terapêuticas prescritas por médicos e aplicadas pela enfermagem
* Conduta do cliente e outras observações relacionadas com seu estado de saúde
* Cuidados de enfermagem para satisfazer necessidades dos clientes
* Respostas específicas do cliente à medicação e cuidados de enfermagem
* Incoerências com o cliente
(ORIENTAÇÃO PARA AS ANOTAÇÕES:
* Percepção dos dados
* Objetividade
* Legalidade
* Evitar abreviaturas 
* Escrita com tinta
* Assinatura legível
* Data e hora
* Evitar rasuras
AULA 4 - COLETA DE MATERIAL PARA EXAMES
	É função da equipe de enfermagem colaborar na obtenção dos diferentes tipos de material para exames complementares de diagnóstico e tratamento.
( Materiais :
* Sangue ;	* Fezes
* Escarro;	* Líquor
* Secreções purulentas
( Sangue
	Normalmente, segue-se a rotina do laboratório, onde o sangue é colhido pelo funcionário próprio.
( Urina
* Colher de preferência a primeira urina da manhã(a mais concentrada)
EAS=> não são necessários cuidados com higiene e o frasco não necessita ser estéril
Cultura> lavar absurdamente a região genital. O frasco é estéril, deve-se tomar todos os cuidados para não contaminar o mesmo. Desprezar o 1º jato.
	Cliente com sonda vesical, colher com técnica asséptica, no local próprio da bolsa coletora, sistema fechado, retirando-a com a seringa.
	Poderá ser utilizada uma cuba rim estéril para colher a urina, e logo após, ser passada para o frasco.
( Escarro
	O material deve ser escarrado e não cuspido. Deve ser colhido pela manhã. O volume não é importante
( Líquor
	A punção é feita pelo médico e deve se colher no mínimo 1ml num tubo ou frasco estéril
( OBS.: Deve-se lembrar que o material para cultura microbiológica é um material nobre, e que muitas vezes de difícil obtenção ou até amostra única. Sendo assim, o mesmo é de extrema importância par o auxílio de um diagnóstico, por isso deve ser coletado e transportado dentro de padrões rígidos de controle.
( Colheita de Sangue
	São procedimentos de enfermagem:
* Orientar sobre o exame a ser feito sempre que possível
* Providenciar o material caso o laboratório não possa comparecer ao local
* Colher o sangue pela técnica apropriada e colocá-la em frasco adequado
* Rotular o frasco e encaminhá-lo ao laboratório com requisição, ficando com a cópia no setor para anotação do resultado.
( OBS.:
* Em geral, as colheitas de sangue devem ser feitas com o cliente em jejum
* A quantidade a se colhida e o número de amostras varia de acordo com o tipo de exame.
( Colheita de Urina
Tipo de exame:
* Urina simples 
* Parcial
* Cultural
* 24 horas
	São procedimentos de enfermagem
* Instruir o cliente 
* Oferecer o recipiente próprio para cada tipo de exame. O ideal é colher sempre a primeira urina da manhã, desprezando o primeiro jato.
* O material deve ser enviado diretamente ao laboratório, caso isso não seja possível, guardá-lo em geladeira.
* Rotular o frasco com o nome do cliente e leito
* O material deve ser enviado acompanhado da requisição médica, ficando a cópia no setor, para anotação do resultado.
( OBS.:
* Urina para cultura: orientar o paciente para fazer lavagem externa e colher a urina em recipiente estéril
* Urina de 24 horas: orientar o cliente a desprezar a primeira micção da manhã, colher todas as outras inclusive a primeira da manhã seguinte, completando 24 horas.
( Colheita de Fezes
Tipos de Exame 
* Parasitológico
* Oxiúros
* Coprocultura
* Sangue oculto
	São procedimentos de Enfermagem:
* Instruir o cliente sobre o exame 
* Orientar o cliente para evacuar em comadre limpa
* Colher pequena quantidade de fezes do centro e das laterais em pote limpo para parasitológico e para coprocultura em pote estéril ou placa de Petri também estéril
* Rotular os potes com o material para exame, com nome e leito do paciente
* Enviar ao laboratório com requisição, ficando com a cópia no setor para anotação do resultado.
( OBS.:
* Pesquisa de oxiúros: é realizado o método de Graham ou fita durex que consiste, em fazer uma compressão anal com durex e estender na lâmina.
* Pesquisa de sangue oculto: Observar a dieta sem carne e colher o terceiro dia.( Colheita de Escarro
Tipo de exame:
* Simples
* Cultura
	São procedimentos de Enfermagem:
* Instruir o cliente, na véspera, sobre o exame a ser feito
* Rotular o recipiente com o nome e leito do paciente
* Colher a amostra em jejum (o paciente deverá tossir ou escarrar a não apenas cuspir no recipiente). Para cultura, o frasco deve ser estéril.
* Enviar o material ao laboratório com a requisição, sendo que a cópia deve ficar no setor para anotação do resultado.
AULA 5 - CUIDADO DO CORPO PÓS-MORTE
	Conceito: São os cuidados dispensados ao corpo após a constatação médica do óbito. A ocorrência de morte tem sido em todas as sociedades, para todos os grupos sociais e para todos os indivíduos, uma situação que é enfrentada de maneiras diversas. Em geral, e apesar de ”morrer” fazer parte da própria existência, há rejeição de quem está prestes a morrer, e de tudo o que se relaciona com a morte. 
O pessoal de enfermagem é um elemento básico da equipe de saúde no momento de acompanhar o cliente nos últimos instantes de sua vida, e também para ajudar a aliviar os sentimentos dolorosos, o medo e a angustia com que se defrontam, com frequência, os clientes e seus familiares.
Depois que o cliente falecer, o cuidado inclui preparar o corpo para ser visto pela família, solicitar transporte para o necrotério e determinar a disposição dos pertences do cliente. Além disso, o cuidado pós-morte abrange dar conforto e apoio aos familiares e amigos do cliente e proporcionar-lhes privacidade
( Objetivos:
* Deixar o corpo limpo.
* Preservar a aparência natural do corpo;
* Evitar a saída de gases, odores fétidos, sangue e secreções.
( Material:
* Bandeja; * Impresso plastificado ou similar para identificação, 
* Barbantes; * Algodão 
* Esparadrapo; * Éter
* Ataduras de crepe; * Pinça.
* Dois lençóis; * Cuba rim. 
* Se necessário: material para curativo, material para banho, solução desinfetante, seringa, balde com solução desinfetante diluída, um par de luvas.
AULA 6 - PROCEDIMENTOS PARA O DIAGNÓSTICO
( Posição para exames
* Favorecer a realização do exame, sendo menos traumático para o paciente 
* Expor o cliente o menos possível, durante o exame
( Decúbito Dorsal
	Deitar o paciente de costas, com as pernas estendidas ou ligeiramente flexionadas para provocar o relaxamento dos músculos abdominais. Os braços devem estar estendidos ao longo do corpo. O lençol que cobre o paciente deve estar solto na cama. O uso do travesseiro é opcional. Usado para realização de exame físico
( Posição de Sims
	Colocar o cliente em decúbito lateral( esquerdo ou direito),mantendo a cabeça apoiada no travesseiro. Os membros inferiores devem estar flexionados, o de cima mais que o de baixo. Cobrir o cliente, expondo apenas a área necessária. Indicada para exames retais, clister e lavagem intestinal. 
( Posição Ginecológica
	Colocar o cliente em decúbito dorsal, com as pernas flexionadas sobre as coxas, a planta dos pés sobre o colchão e manter os joelhos bem afastados um do outro. Manter o paciente coberto até o momento do exame. Indicada nos exames e tratamentos vaginal e reto
( Posição Litotômica
	Colocar o cliente em decúbito dorsal, com as coxas flexionadas sobre o abdome, afastadas uma da outra e as pernas sobre as coxas, as quais são presas por um lençol dobrado; Pode-se também adotar suportes para os joelhos (perneiras). Manter o cliente coberto, expondo a área necessária. Indicada na cirurgia ou exame períneo, reto, vagina e bexiga.
( Posição Genupeitoral
	Manter o cliente ajoelhado e com o peito descansando na cama. Voltar à cabeça par um dos lados, repousando sobre o travesseiro, apoiada nos braços, flexionados nos cotovelos.
	Para que o peso do corpo recaia sobre o peito e joelhos, estes devem ficar ligeiramente afastados um do outro; as pernas estendidas sobre a cama, formando angulo reto com as coxas. Manter o cliente coberto até o momento do exame. 
( Posição de Jackniff
	Colocar o cliente em decúbito ventral com a cabeça e os pés mais baixos que o tronco.
Estas duas últimas posições são utilizadas não só para exames como também para tratamentos retais.
AULA 7 - SINAIS VITAIS
Os sinais vitais são sinais clínicos da vida, que refletem o equilíbrio ou o desequilíbrio resultante das interações entre os sistemas do organismo e uma determinada doença.
	Os sinais vitais evidenciam alterações da função corporal e geralmente se retratam na temperatura corporal, no pulso, no nível respiratório e na pressão sanguínea. Quando se desviam do normal, isto significa que o paciente precisa ser observado para se demonstrar a relação causa e efeito.
- Material :
Bandeja contendo:
	* Aparelho de pressão (Esfignomanômetro)
	* Estetoscópio
	* Termômetro
	* Bolas de algodão
	* Papel para anotação
	* Relógio com ponteiros de segundos
	* Caneta
	* Recipiente de lixo
- Procedimento:
	Preparar todo o material e limpar estetoscópio.
 TEMPERATURA
	A temperatura é o nível de calor a que chega um determinado corpo. Febre é a modificação patológica de temperatura, sendo uma reação do organismo geralmente quando o indivíduo sofre uma agressão qualquer.
	São tipos de febre: contínua, eminente, intermitente, recorrente e ondulante.
- São procedimentos de enfermagem:
	* Limpar o termômetro
	* Verificar a coluna de mercúrio que deve descer à 35ºC.
	* Colocar termômetro na axila em contato com a pele, e posicionar o braço sobre o peito com a mão direcionada para o ombro oposto.
	* Manter o termômetro por 3 à 5 minutos.
	* Retirar segurando-o pelo lado oposto ao barulho e proceder a leitura.
	* Limpar com o algodão, voltar à coluna de mercúrio.
	* Anotar a temperatura.
Os valores normais de temperatura são os seguintes:
a) Temperatura axilar: 36,5ºC a 37,0ºC;
b) Temperatura oral: 36,3ºC a 37,4°C;
c) Temperatura retal: 36,4°C a 37,2°C.
Alterações da temperatura:
- Hipotermia: é a temperatura abaixo do normal, temperatura abaixo de 35,5°C.
- Pirexia: é a elevação da temperatura normal do corpo. Conhecida também como febre. Temperatura corporal acima de 37,8°C.
	A hiperpirexia é a febre muito alta, geralmente acima de 41°C.
PULSO
	Pulso é a ondulação exercida pela expansão das artérias, seguida a contração do coração.
	São tipos de pulso: bradisfígmico (pulso fraco), traquisfígmico (acelerado) e dicrótico (dá a impressão de dois batimentos).
	São procedimentos de enfermagem:
	* Fazer, de rotina, a verificação do pulso durante a verificação da temperatura.
	* Pressionar o dedo médio e indicador na artéria da face interna do punho, contra a parte óssea.
	* Contar os batimentos durante 1 minuto (60 segundos) observando as características do pulso quanto à amplitude ou intensidade, regularidade ou ritmo, rigidez da parede arterial.
	* Anotar e comunicar anormalidades.
A freqüência em média no recém-nascido é, em média, de 120 batimentos por minuto (bpm), podendo chegar aos limites de 70 a 170 bpm. Aos 4 anos, a média aproxima-se de 100 bpm, variando entre e 120 bpm, assim se mantendo até os 6 anos. Dessa idade até os 12 anos, a média fica em torno de 90 bpm, com variação de 70 a 110 bpm. Aos 18 anos, atinge 75 bpm nas mulheres e 70 bpm nos homens. A partir da adolescência observamos nítida diferenciação entre o crescimento físico de mulheres e homens, o que influencia a frequência do pulso: na fase adulta, de 65 a 80 bpm nas mulheres e de 60 a 70 bpm, nos homens.
	A frequência é a maneira indireta ao número de batimentos cardíacos por minuto. Os valores normais são:
- Recém-nascido: 120 a 140 bpm
- Lactente: 100 a 120 bpm
- Segunda infância e adolescência: 80 a 100 bpm
- Adulto: 60 a 80 bpm
Quanto ao volume distingue-se pulso cheio ou pulso fino. E quanto ao ritmo pode ser regular ou rítmico e irregular ou arrítmico.
Alterações relacionadasao pulso
- Normocardia: frequência cardíaca normal.
- Bradicardia: frequência cardíaca abaixo do normal.
- Taquicardia: frequência cardíaca acima do normal.
- Taquisfigmia: pulso fino e taquicárdico.
- Bradisfigmia: pulso fino e bradicárdico.
RESPIRAÇÃO
	A respiração consiste na inspiração ou entrada de ar nos pulmões e na expiração ou saída de ar dos pulmões. É a troca de gases entre o organismo e o meio exterior e consiste na absorção do oxigênio e eliminação do gás carbônico.
	Verificar, de rotina, durante a verificação de temperatura, apenas visualmente, contando-se o número da respiração por um minuto.
A aferição da respiração consiste na observação dos movimentos respiratórios (inspiração e expiração) durante 60 segundos (1 minuto), obtendo assim a freqüência respiratória (FR) por minuto.
A freqüência normal da respiração no adulto varia de 16 a 20 vezes por minuto. Em crianças, de 20 a 25 por minuto e em lactentes de 30 a 40 por minuto.
Alterações relacionadas à respiração
- Dispnéia: consiste na alteração do ato de respirar, que é introduzida pela queixa subjetiva de “falta de ar” pelo cliente, ou pela observação de desconforto respiratório, por parte do examinador, incluindo o aumento da freqüência e aumento da amplitude da movimentação do tórax.
- Eupnéia: presente no indivíduo que respira normalmente (eupnéico).
- Taquipnéia: aumento da freqüência respiratória.
- Bradipnéia: redução na freqüência respiratória.
- Apnéia: ausência de movimentos respiratórios.
- Ortopnéia: dispnéia em decúbito, aliviada pelo menos parcialmente ao sentar, ou pela elevação parcial do tronco.
- Hiperpnéia: presente quando há respirações profundas, rápidas e anormais.
- Hiperventilação: respiração excessiva com ou sem a presença de dispnéia, muitas vezes presente em quadros de ansiedade.
- Respiração de Cheyne Stokes: caracteriza-se por aumento gradual na profundidade das respirações, seguido de decréscimo gradual dessa profundidade, com período de apnéia subseqüente.
- Respiração estertorosa: respiração ruidosa, presente no edema pulmonar e nos clientes com retenção de grande quantidade de secreções.
PRESSÃO ARTERIAL
	Tensão arterial é o fluxo sangüíneo vindo do coração através de um elaborado sistema de vasos, encontra uma resistência a qual requer determinada tensão para vencer.
A pressão arterial do sangue é aferida em milímetros de mercúrio (mmHg). Os valores normais de pressão arterial em um indivíduo adulto, é de 120 mmHg para a pressão sistólica e 80 mmHg para a diastólica. Em idosos podem ser considerados valores normais até 140 x 90 mmHg . 
	Consideram-se variações da pressão arterial as seguintes:
Hipertensão: é a elevação anormal da pressão arterial. Como por exemplo: acima de 140 x 90 mmHg.
Hipotensão: é a queda da pressão arterial. Como por exemplo, abaixo de 90 x 60 mmHg.
Pressão convergente: é quando as pressões máxima e a mínima se aproximam. Como por exemplo: 120 x 90 mmHg.
Pressão divergente: é quando as pressões máxima e mínima se distanciam. Como por exemplo: 120 x 50 mmHg.
	- São procedimentos de enfermagem: 
	* Colocar o esfignomanômetro no braço do paciente, logo acima da dobra do cotovelo.
	* Localizar a artéria e colocar o diagrama do estetoscópio sobre a artéria e outra extremidade nos ouvidos.
	* Fechar a válvula para inflar rapidamente o manguito (geralmente até 200mmHg).
* Colocar o esfignomanômetro no braço do paciente, logo acima da dobra do cotovelo.
	* Localizar a artéria e colocar o diagrama do estetoscópio sobre a artéria e outra extremidade nos ouvidos.
	* Fechar a válvula para inflar rapidamente o manguito (geralmente até 200mmHg).
	* Abrir a válvula da pêra lentamente. O primeiro batimento que se ouve é a pressão máxima ou sistólica, observando-se a sua correspondência no manômetro.
	* Continuar a descompressão, considerando-se a pressão mínima quando houver um abafamento do som ou desaparecimento.
	* Abrir toda a válvula e após a saída de todo o ar, retirar o manguito.
	* Deixar o cliente confortável.
	* Anotar e comunicar qualquer anormalidade	* Abrir a válvula da pêra lentamente. O primeiro batimento que se ouve é a pressão máxima ou sistólica, observando-se a sua correspondência no manômetro.
	* Continuar a descompressão, considerando-se a pressão mínima quando houver um abafamento do som ou desaparecimento.
	* Abrir toda a válvula e após a saída de todo o ar, retirar o manguito.
	* Deixar o cliente confortável.
	* Anotar e comunicar qualquer anormalidade.
AULA 8 - ALGUNS CUIDADOS DE HIGIENE, CONFORTO E SEGURANÇA AO PACIENTE
HIGIENE ORAL
A higiene oral é o ato de escovar os dentes, para se evitar a proliferação de bactérias. Compreende também a limpeza das gengivas, a língua saburrosa e de toda a mucosa oral. Tem como finalidade: evitar o mau hálito; proporcionar conforto e bem-estar ao paciente; evitar cárie dentária; prevenir estomatites e outras infecções; estimular a circulação da gengiva; e auxiliar no tratamento de infecções da cavidade oral. 
- Material : 
* Bandeja
* Cuba rim
* Escova de dente ou abaixador de língua (espátula)
* Solução líquida ou creme dental
* Algodão ou gaze
* Toalha de rosto
- São procedimentos de enfermagem :
* Explicar ao paciente, se possível, o que vai ser feito e a finalidade.
* Preparar o material, adaptando-o as necessidades do cliente.
* Colocar o cliente em posição confortável
* Colocar a toalha cobrindo o pescoço e o tórax para proteger o cliente.
* Se o paciente puder, ele mesmo escova os dentes, caso não possa, lavar os dentes com o abaixador de língua com algodão ou gaze enrolado e molhado em solução líquida.
* Oferecer água para o cliente, fazer bochecho e aproximar a cuba rim para escoar o líquido da boca.
* Secar os lábios e o queixo com a toalha.
* Lavar a escova do cliente e guardá-la.
* Caso o cliente não possa escovar os dentes, após a solução, limpar os dentes com bolas de algodão.
* Limpar a língua e por último os lábios.
* Lubrificar os lábios, se houver indicação.
* Colocar o cliente em posição confortável.
* Anotar na Evolução de Enfermagem o procedimento e anormalidades.
 BANHO NO LEITO
O banho tem como finalidades proporcionar limpeza da pele, bem-estar, estimular a circulação, confortar através de relaxamento muscular, aliviando a fadiga e o cansaço. O banho de aspersão é o conhecido banho de chuveiro. O paciente é encaminhado ao chuveiro e o profissional de enfermagem deve acompanhá-lo e supervisioná-lo, não só orientando-o numa boa higienização, como também identificando anormalidades, como dispnéia, lipotimia, cansaço, tonturas e calafrios. 
O banho pode ser dividido em banho de aspersão e banho no leito. 
- Material:
* Bacia estéril
* Jarro estéril
* Algodão
* Lençóis 
* Fronhas
* Camisola
* Toalha de banho
* Toalha de rosto
* Oleado
* Traçado
* Saco plástico de lixo
* Luva
- São procedimentos de enfermagem:
* Explicar ao cliente o que vai ser feito e a finalidade do procedimento.
* Preparar todo o material e levá-lo para perto do cliente.
* Calçar luva
* Abaixar a cabeceira da cama, se não houver contra indicação.
* Soltar a roupa de cama, retirar a colcha e o cobertor
* Retirar a camisola ou pijama, mantendo o cliente coberto com o lençol.
* Elevar a cabeça do cliente apoiando-a com a mão e estender a toalha sobre o travesseiro.
* Lavar o rosto com algodão ensaboado, molhando-o com água do jarro dentro da bacia.
* Retirar o sabão com algodão úmido, secando com a toalha.
* Proteger com a toalha de banho o tórax e o abdome do cliente.
* Lavar com algodão ensaboado o braço e a axila mais distante e após os mais próximos.
* Lavar as mãos do cliente, enxaguando-as a seguir.
* Lavar o tórax e o abdome do cliente com algodão ensaboado, retirando o sabão com algodão molhado em água limpa, enxugando a seguircom a toalha.
* Lavar membros inferiores, um de cada vez com algodão ensaboado.
* Umedecer o algodão limpo e retirar o sabão enxugando a seguir com a toalha.
* Colocar a comadre, mantendo os membros inferiores fletidos e irrigar os órgãos genitais externos com água, lavando-os com algodão ensaboado, ou oferecer algodão ensaboado para proceder a higiene, caso não possa fazê-lo.
* Irrigar mais uma vez, retirando todo o sabão, enxugando com a toalha.
* Retirar a comadre.
* Colocar o cliente em decúbito lateral.
* Colocar a toalha sob suas costas e região glútea.
* Lavar as costas e as pregas inter glúteas, enxugando-as com a toalha.
* Retirar a toalha de banho
* Trocar o lençol do cliente e vesti-lo
* Deixar o cliente confortável e com a campainha ao seu alcance.
* Retirar todo o material, conservando a unidade do cliente em ordem.
* Retirar a roupa suja num saco plástico lacrado.
* Anotar na Evolução de Enfermagem o cuidado prestado e as anormalidades na pele.
AULA 9 - ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS
A administração de medicamentos é uma das atividades mais executadas pelos profissionais de enfermagem
Os técnicos e os auxiliares de enfermagem são os profissionais diretamente envolvidos no preparo e administração de medicamentos que, na prática cotidiana, encontram-se sob a supervisão do enfermeiro.
A administração de medicamentos é o processo de preparo e introdução de medicamentos no organismo humano, visando obter efeitos terapêuticos. Para administrar medicamentos de maneira segura, a enfermagem deve utilizar a regra dos 10 certos: paciente certo, medicamento certo, dose certa, via certa, hora certa, tempo certo, validade certa, diluição certa, abordagem certa e registro certo, evitando assim os erros na administração de medicamentos.
Uma falha pode ter consequências irreparáveis, pois uma vida que foi perdida, naturalmente é irrecuperável.
Erro de medicamento é qualquer evento evitável que possa causar ou induzir ao uso inapropriado de medicamentos ou prejudicar o paciente enquanto o medicamento está sob controle do profissional de saúde, paciente ou consumidor.
Fatores que diminuem a segurança no manejo de medicamentos
- Fatores Individuais (falta de atenção; lapsos de memória; inexperiência e deficiência de formação acadêmica);
- Falhas Sistêmicas (problemas no ambiente: iluminação, barulho, interrupções frequentes; falta ou falha no treinamento; falta de profissionais; falha na comunicação; problemas nos procedimentos e produtos inadequados utilizados na medicação dos pacientes. 
Cuidados e observações:
* A prescrição médica deve ser escrita e assinada.
* Em caso de emergência, a enfermagem pode atender a prescrição verbal, que deverá ser escrita pelo médico logo que possível, devendo também ser anotado.
* Os medicamentos administrados devem ser anotados no prontuário do paciente, bem como observação sobre intolerância a droga, intoxicação medicamentosa e resultados obtidos.
* Não conversar durante o preparo da medicação.
* Ter sempre próxima a prescrição, do medicamento sobre o qual haja dúvida referente a dosagens, procurando certificar-se antes. 
* Ler o rótulo do medicamento três vezes, no mínimo, comparando-o com a prescrição médica.
* Nunca administrar medicamentos prestados por outros.
* Verificar a data de validade do medicamento.
* Não administrar medicamentos sem rótulos.
* Não tocar a mão em comprimidos, cápsulas, etc.
* Chamar o paciente pelo nome completo, antes de administrar a medicação certificando-se da exatidão do mesmo.
( VIA ORAL
Os medicamentos são absorvidos no trato intestinal, atingindo assim a circulação sistêmica. Os medicamentos por via oral apresentam-se na forma de comprimidos, drágeas, cápsulas, xaropes e emulsão.
Alguns pacientes podem estar utilizando sondas gástricas ou intestinais, como a sonda de nelaton ou de Dobb hoff, onde serão utilizadas seringas para a administração do medicamento.
Atenção!
	Antes de administrar qualquer medicamento na sonda, devemos elevar a cabeceira e certificar a localização exata da sonda.
Cuidados: 
( Os comprimidos deverão ser macerados;
( Dissolvidos num copinho com água;
( A sonda deverá ser lavada com no mínimo 20ml de água filtrada (adulto) para auxiliar na descida do fármaco presente na sonda e para evitar obstrução; nas apresentações líquidas devemos administrar e depois lavar a sonda.
(Após a administração do medicamento, manter a sonda fechada por 30 minutos, caso esteja em sifonagem, ou dar continuidade a infusão nos casos de dietoterapia.
- Material:
* Copo plástico descartável pequeno;
* Gaze;
* Bandeja pequena ou cuba rim;
- Procedimentos:
* Lavar as mãos antes e depois do procedimento.
* Ler o rótulo do medicamento, no mínimo três vezes. Medicamentos sem rótulo não devem ser administrado.
* Colocar os medicamentos (comprimidos, drágea ou capsulas) envolvidos em gaze dentro do copo;
* Retirar comprimidos com o auxílio de gazes ou da própria tampa do frasco;
* Agitar os frascos de suspensões, xaropes, etc.
* Medir a quantidade das soluções apuradamente;
* Voltar o rótulo do frasco a palma da mão, a fim de não sujá-lo (no caso de soluções);
* Tampar o frasco assim que retirar o medicamento;
* Chamar o paciente pelo nome antes da administração;
* Permanecer próximo ao paciente até certificar-se de que ingeriu o medicamento;
* Não deixar o medicamento com o paciente;
* Anotar logo que for administrado o medicamento e checar;
* Lavar e guardar o material.
( VIA SUBLIGUAL 
O medicamento é colocado embaixo da língua e deve- se pedir ao paciente que o medicamento se mantenha até que seja dissolvido.
( VIA NASAL
Medicamentos nasais podem ser instilados em forma de conta-gotas, spray (atomatizador) ou aerossol (nebulizador).
A maioria dos medicamentos por via nasal produz efeito local.
( Ocular 
Os medicamentos de uso oftálmico são gotas, pomadas, discos, servem para propósitos tanto diagnóstico como terapêuticos. Durante o exame oftálmico utilizam-se gotas oftálmicas para anestesiar o olho, dilatar a pupila, colorir a córnea em busca de anormalidades. Medicamentos oftálmicos também servem para lubrificar o olho, tratar glaucoma e infecções, proteger a visão de recém-nascidos e lubrificar a órbita ocular para inserção de uma prótese.
( VIA INTRAMUSCULAR 
- Material:
* Agulha; * Seringa;
* Álcool à 70%; * Éter;
* Bandeja ou cuba Rim
- Procedimentos:
* Lavar as mãos antes e depois do procedimento;
* Ler o rótulo do medicamento no mínimo três vezes;
* Avisar o paciente sobre o procedimento que será realizado;
* Medicamento sem rótulo não deve ser administrado;
* “Expor” a região (quadrante superior externo da região glútea, face externa da coxa, parte externa do braço - quatro dedos abaixo do ombro);
* Fazer antissepsia do local com álcool (caso o paciente seja alérgico utilizar álcool);
* Verificar o calibre da agulha e usar de acordo com a idade do paciente;
* Aspirar e verificar se atingiu algum vaso, caso não pegue nenhum, injetar a solução lentamente;
* Retirar a agulha com o auxílio de algodão fazer uma pequena massagem no local para absorver melhor o medicamento;
* Anotar e checar o horário na prescrição;
* Lavar e guardar o material utilizado.
( VIA NASAL
- Material :
* Frasco do medicamento;
* Gaze;
* Cuba Rim;
- Procedimento :
* Avisar ao cliente sobre o procedimento que ira ser realizado;
* Lavar as mãos (antes e após o procedimento);
* Colocar o paciente sentado com a cabeça inclinada para trás;
* Segurar o nariz com o auxílio de gaze pingando o medicamento nas narinas com cuidado conforme a prescrição;
* Lavar e guardar o material;
* Anotar e checar horário;
( VIAS PARENTERAIS
VIA ENDOVENOSA
	É a administração de medicamento diretamente navia, a fim de obter uma ação imediata.
- Material :
* Seringa; * Agulha;
* Garrote; * Algodão;
* Éter; * Álcool à 70%;
* Bandeja ou cuba Rim; * Gaze;
* Esparadrapo (micropore); * Luvas
- Procedimento:
* Lavar as mãos antes e após o procedimento;
* Preparar o material na sala de enfermagem;
* Ler o rótulo do medicamento, no mínimo três vezes. Medicamentos sem rótulo não deverão ser administrados;
* Limpar a ampola com algodão embebido em éter, quebra-la com gaze seca, para poder aspirar o líquido. No caso de frasco (pó): retirar a tampa metálica e limpar a borracha com algodão embebido em éter, limpando a ampola diluente, aspirando o líquido na seringa agulha de grande calibre, introduzindo no frasco, aspirando no frasco, aspirando em seguida todo o conteúdo. 
Trocar a agulha para a administração do medicamento. Quebrar a ampola com gaze.
* Avisar o paciente sobre o procedimento que vai ser realizado - pelo nome completo;
* Colocá-lo em posição confortável;
* Expor o local verificando as condições das veias. Proteger o lençol com impermeável. Prender o garrote acima do local (sem comprimir exageradamente);
* Pedir ao paciente para abrir e fechar as mãos várias vezes e depois permanecer com a mesma fechada, com o braço sem mexer até o término do processo;
* Fazer antissepsia ampla do local com álcool à 70% (caso o paciente seja alérgico a essa solução, senão utilizar álcool);
* Fixar a veia com o polegar, bisel voltado para cima formando um ângulo de 15º e aspirar;
* Se vier sangue, soltar o garrote, pedindo ao paciente para abrir mão e administra o medicamento lentamente;
* Retirar a agulha e fazer pressão no local da punção com algodão seco;
* Suspender a operação caso o paciente apresente qualquer anormalidade chamar o médico.
* Anotar e checar o horário;
* Lavar e guardar o material utilizado.
VIA SUBCUTÂNEA
- Material:
* Seringa; * Agulha;
* Algodão à 70%; * Éter;
* Bandeja ou cuba Rim.
- Procedimento:
* Lavar as mãos antes e depois do procedimento;
* Avisar o paciente sobre o procedimento que será realizado;
* Preparar o material no posto de enfermagem;
* Ler o rótulo no mínimo três vezes;
* “Expor” a região escolhida para a aplicação (face externa superior do braço, face interna do antebraço, parte externa do abdome, ao redor da cicatriz umbilical);
* Limpar a ampola ou frasco com algodão embebido em éter;
* Quebrar a ampola, com gaze;
* Fazer antissepsia ampla do local com álcool iodado, caso o paciente seja alérgico, utilizar álcool;
* Fixar o local de aplicação, formando uma prega na pele;
* Inserir agulha no ângulo de 45º no caso de agulhas 20, 25 e 30 e no caso de agulhas de 10, 13, e 15, o ângulo será de 90º;
* Aspirar e verificar se não veio sangue. Caso não venha, injetar o líquido lentamente;
* A quantidade máxima para administração por via é de 3ml (deltóide) e 5ml (glúteo);
* Anotar e checar o horário;
* Lavar e guardar o material utilizado.
VIA INTRADÉRMICA
- Material:
* Agulha; * Seringa;
* Algodão; * Álcool à 70%;
* Éter; * Bandeja ou cuba Rim.
- Procedimento:
* Lavar as mãos antes e depois do procedimento;
* Avisar o paciente o procedimento que será realizado;
* Ler o rótulo no mínimo três vezes;
* Limpar a ampola com algodão embebido em éter e quebrar a ampola com gaze seca;
* Colocar o paciente em posição confortável;
* “Expor” o local escolhido para aplicação (face interna do antebraço, região escapular);
* Prender a pele e inserir a agulha formando um ângulo de 15º;
* Injetar o líquido lentamente;
* Retirar a agulha;
* Anotar e checar o horário da medicação;
* Lavar e guardar o material utilizado.
Nota:
	
Nas vias ID, IM, SC no caso de aspirar o medicamento para verificar se não atingiu nenhum vaso, se surgir sangue na seringa desprezar todo o material e preparar tudo novamente.
VIA RETAL
- Material: * Gaze; * Bandeja pequena ou cuba Rim;
- Procedimento:
* Avisar o paciente o procedimento que será realizado;
* Lavar as mãos antes e depois do procedimento;
* colocar o medicamento sobre uma gaze e colocá-lo na cuba Rim ou bandeja;
* Colocar o paciente em decúbito lateral, com membro inferior estendido e membro superior flexionado;
* Calçar luvas;
* Proteger o polegar e o indicador da mão com gaze e introduzir o supositório no reto, com cuidado e pedir o paciente que o retenha;
* Deixar o paciente confortável;
* Lavar e guardar o material utilizado;
* Anotar e checar o horário.
VIA VAGINAL
- Material:
* Solução prescrita (pomada ou óvulos);
* Gaze;
* Luva;
* Bandeja pequena ou cuba Rim;
- Procedimento:
* Avisar o paciente o procedimento que será realizado;
* Lavar as mãos antes e depois do procedimento;
* Instruir a paciente para que urine e faça higiene, se não for possível fazer higiene externa;
* Colocar a paciente em posição ginecológica, cobrindo-a com o lençol;
* Introduzir o medicamento no canal vaginal ( se for pomada coloca-la no aplicador, se for óvulo calçar luva e pegar o mesmo com o auxílio de gaze);
* Pedir a paciente que retenha a medicação; 
* Deixar a paciente confortável;
* Lavar e guardar o material utilizado;
* Anotar e checar o horário.
VENÓCLISE
	É a administração de medicamentos diretamente e permanentemente na veia.
- Material:
* Scalp;
* Soro conforme prescrição;
* Equipo de soro; 
* Polifix de soro;
* Álcool à 70%;
* Garrote;
* Suporte para soro;
* Bandeja.
- Procedimentos:
* Lavar as mãos antes e depois do procedimento;
* Avisar o paciente o procedimento que será realizado;
* Preparar o material e levar para o quarto;
* Colocar o soro no suporte já montado;
* Tirar todo o ar do equipo de soro;
* Observar os membros superiores para melhor puncionar a veia (exceto em dobras);
* Prender o garrote no membro escolhido e pedir ao paciente para abrir e fechar algumas vezes e fechar a mão até o término;
* Fazer anti-sepsia do local;
* Introduzir o scalp (jelco), e após cortar o garrote, caso haja refluxo;
* Prender o scalp (jelco) com microgaze ou jelco;
* Deixar o paciente confortável;
* Anotar e checar o horário;
* Lavar e guardar o material utilizado.
VIA OTOLÓGICA
- Material:
* Solução Otológica;
* Algodão;
* Cuba Rim.
- Procedimento:
* Avisar o paciente o procedimento que será realizado;
* Lavar as mãos (antes e depois do procedimento);
* Preparar a medicação e colocá-la em cuba Rim;
* Colocar o paciente em decúbito lateral ( do lado do ouvido afetado virado para cima);
* Colocar o medicamento no conduto auditivo, conforme prescrição;
* Proteger a região com algodão;
* Anotar e checar o horário;
* Lavar e guardar o material.
VIA SUBLINGUAL
- Material :
*Copo plástico descartável pequeno;
* Gaze;
* Bandeja pequena ou cuba Rim;
- Procedimento :
* Avisar o paciente o procedimento que será realizado;
* Lavar as mãos antes e depois do procedimento;
* Colocar os medicamentos envolvidos em gaze dentro do copo;
* Oferecer água ao paciente para enxaguar a boca;
* Colocar o medicamento sob a língua do paciente e pedir a colaboração de não engolir a saliva até que o medicamento seja absorvido;
* Anotar a checar o horário;
* Lavar e guardar o material.
Nota :
	Vantagens dessa via: evitar a ação destrutiva do suco gástrico sobre certos medicamentos; ação mais rápida que via oral (a medicação passa diretamente para a circulação geral).
( MEDICAÇÃO TÓPICA
	É a aplicação do medicamento diretamente sobre o corpo : pele e mucosas.
VIA OCULAR
- Material :
* Solução (colírio) ou pomada;
* Gaze;
* Cuba Rim.
- Procedimento :
* Avisar o paciente o procedimento que será realizado;
* Lavar as mãos antes e depois do procedimento;
* Prepareo paciente mantendo a cabeceira inclinada para trás;
* Colocar somente a quantidade prescrita pelo médico;
* Afastar a pálpebra inferior com o auxílio de gaze e solicitar ao paciente que olhe para cima;
* Colocar o medicamento na conjuntiva (no caso de pomada começar pelo canto interno, movendo em direção ao campo externo; no caso de colírio afastar a pálpebra inferior para baixo com o auxílio de uma gaze);
* Pedir ao paciente para fechar os olhos;
* Anotar a checar o horário do medicamento;
CÁLCULO PARA MEDICAÇÃO
Fórmula de Insulina
Prescrição x Seringa	=	P x S
Frasco F
Exemplo : Foram prescritos 10 u.i. de insulina, tenho um frasco de 80 u.i., a seringa é de 40 u.i.. Quanto tenho que aspirar ?
fr = 80
s = 40
10 x 40 = 400 = 5 u.i.
80 80
Fórmula de Heparina
Prescrição x Diluição	=	P x D 
Frasco ML.F
Exemplo: Foram prescritas 2.000 u.i.. O frasco é de 5.000 u.i. para ser diluído em 
10 ml. Quanto devo aspirar?
2.000 x 10	=	20.000	=	4ml
 5.000	 5.000
Fórmula de Penicilina Cristalina
Prescrição x Diluição	=	P X S
 Frasco F
Exemplo : Foram prescritos 400.000 u.i. de penicilina, o frasco tem 5.000.000 u.i. diluído em 10 ml. Quanto devo aspirar ?
400.000 x 10	= 4.000.000	=4 
 5.000.000	 5.000.000 5
=	0,8ML
AULA 10 - APLICAÇÃO DE CALOR E FRIO
( APLICAÇÃO DE CALOR: ÁGUA QUENTE E COMPRESSA QUENTE
- Indicações:
* Aumentar a circulação do local onde é aplicado;
* Facilitar a supuração, a circulação e a absorção de exsudatos;
* Promover o relaxamento muscular, causar alívio e elevar a temperatura;
* Aquecer e dar conforto ao paciente.
BOLSA DE ÁGUA QUENTE
- Material:
* Bolsa de água quente;
* Jarro com água quente;
* Toalha.
- São procedimentos de enfermagem:
* Preparar o cliente, explicando o procedimento a ser realizado;
* Preparar todo o material, enchendo com água quente 2/3 da bolsa.
* Retirar o ar da bolsa, colocando-a sobre uma superfície plana e expandir pelo gargalo o excesso de ar e água.
* Fechá-la bem e virá-la para baixo, para escorrer a água do gargalo, secar, se necessário e testar o vazamento;
* Levar o material para o quarto,
* Envolver a bolsa na toalha;
* Expor o local, observando a pele;
* Colocar a bolsa protegida, com a toalha e abertura para cima;
* Aguardar o tempo prescrito para retirar a bolsa.
* Deixar o paciente em posição confortável;
* Retirar todo o material do quarto;
* Esvaziar bolsa, encher de ar e guardá-la;
* Anotar o tratamento feito na Evolução de Enfermagem.
COMPRESSAS QUENTES
- Material:
* Recipiente com água quente;
* 2 compressas;
* Toalhas.
- São procedimentos de Enfermagem:
* Preparar o cliente, explicando o procedimento a ser realizado;
* Preparar todo o material, e levá-lo para o quarto junto ao paciente;
* Expor o local e observar a pele;
* Imergir a compressa na água quente e espremer o excesso;
* Colocar a compressa no local, renovando-a de 5 em 5 minutos até completar o tempo de aplicação;
* Observar a reação local da pele por ocasião da mudança das compressas e a aplicação, enxugando-a;
* Deixar o paciente em posição confortável;
* Retirar todo o material do quarto, lavando-o e guardando;
* Anotar o tratamento na Evolução de Enfermagem.
OBS:
* Procurar mudar as compressas sem expor o local;
* Espremer muito bem as compressas para não molhar o cliente e a cama
( APLICAÇÕES FRIAS: BOLSA DE GELO E COMPRESSAS FRIAS
Indicações:
* Diminuir inflamação, congestão e diminuir a temperatura do corpo;
* Combater hemorragia;
* Diminuir a dor por analgesia.
BOLSA DE GELO
- Material:
* Bolsa de gelo;
* Cuba redonda de gelo picado,
* Toalha.
- São procedimentos de Enfermagem:
* Preparar o cliente, explicando o procedimento a ser realizado;
* Preparar todo o material, colocando gelo na bolsa até 2/3 da sua capacidade, retirando o ar e fechando bem;
* Levar todo o material para o quarto;
* Proteger a bolsa com uma toalha;
* Expor o local, observar a pele e colocá-la na região indicada;
* Deixar permanecer o tempo indicado, inclusive renovando o gelo, se necessário,
* Secar a região retirando a bolsa;
* Deixar o cliente em posição confortável, retirando todo o material do quarto;
* Esvaziar a bolsa, lavá-la, enxugá-la e guardá-la;
* Anotar o tratamento na Evolução de Enfermagem.
OBS:
Atender estritamente o tempo de aplicação.
COMPRESSAS FRIAS
- Material:
* Duas ou mais compressas;
* Recipiente com água gelada ou gelo picado;
* Toalha.
- São procedimentos de Enfermagem:
* Preparar o cliente, explicando o procedimento a ser realizado;
* Preparar todo o material, e levando-o para o quarto do cliente;
* Expor o local e observar a pele;
* Imergir a compressa no recipiente com água gelada ou gelo retirando o excesso da água.
* Aplicar a compressa no recipiente, renovando de 5 em 5 minutos até completar o tempo de aplicação;
* Observar a reação local da pele enxugado-a;
* Deixar o cliente em posição confortável;
* Retirar todo o material do quarto, lavá-lo e guardá-lo;
* Registrar o tratamento na Evolução de Enfermagem.
OBS.:
* Atender estritamente o tempo indicado de aplicação
AULA 11: OXIGENOTERAPIA: CATETER NASAL E NEBULIZAÇÃO
	É administração de oxigênio a uma concentração e pressão maiores que as encontradas no meio ambiente.
CATETER NASAL
- Material:
* Saída de oxigênio;
* Fluxômetro;
* Umidificador;
* Tubo de látex;
* Cateter Nasal;
* Soro fisiológico ou água esterilizada se necessário;
* Xilocaína geleia (se necessário);
* Esparadrapo ou micropore.
- Finalidade:
* Administrar oxigênio em estados hipoxêmicos que resultam de transportes inadequados de oxigênio pelo sangue.
- São Procedimentos de Enfermagem:
* Preparar psicologicamente o cliente sempre que possível sobre o procedimento a ser realizado;
* Preparar todo o material e levar para o quarto e colocá-lo em local firme;
* Lavar as mãos e iniciar o procedimento;
* Colocar o fluxômetro no bico de oxigênio;
* Colocar o soro fisiológico ou água esterilizada no umidificador na marca correta e fixá-la no fluxômetro;
* Instalar o tubo de látex no umidificador;
* Medir o cateter nasal da narina externa até a ponta do lobo da orelha e marcar o limite com esparadrapo;
* Lubrificar o cateter nasal e introduzir do nariz até a orofaringe, até mais ou menos 2 cm da marca do esparadrapo;
* Prender o cateter na testa com esparadrapo ou micropore, observando se há tração na asa do nariz;
* Conectar o tubo de látex que deverá estar preso no umidificador; 
* Ligar o oxigênio e colocar a quantidade de litros/hora necessário;
* Deixar o paciente tranqüilo e confortável;
* Retirar todo o material e guardá-lo, fazendo as devidas anotações de enfermagem.
NEBULIZAÇÃO
- Material:
* Fluxômetro;
* Umidificador;
* Nebulizador;
* Solução para nebulização.
- Indicação:
* Afecções das vias aéreas superiores;
* Complicações pós-operatórias;
* Abcessos de pulmão;
* Asma e bronquites;
* Blastomicose pulmonar;
* Em geral, facilitar a expectoração, diminui os processos inflamatórios das vias respiratórias.
- São Procedimentos de Enfermagem:
* Preparar todo o material e medicação;
* Orientar o cliente sobre o procedimento a ser realizado;
* Instalar o fluxômetro e o umidificador na fonte de oxigênio ou ar comprimido se indicado;
* Instalar o nebulizador com a solução indicada junto ao fluxômetro, regulando o fluxo de oxigênio;
* Solicitar a colaboração do cliente para regular o máscara (nebulizador), caso sejapossível;
* Manter a nebulização durante o tempo indicado e observar o cliente,
* Após o término da mesma, retirar o nebulizador e, levá-lo e colocá-lo em solução;
* Retirar o fluxômetro e o umificador e guardá-los;
* Deixar o cliente confortável;
* Anotar o procedimento realizado.
OBS.: No momento de usar o nebulizador, passá-lo em água corrente para remover o desinfetante, ou seja, a solução.
( CATETERISMO VESICAL
	Introdução de uma sonda vesical estéril pelo meato uretral até atingir a bexiga.
( Finalidade:
* Possibilitar o controle hídrico adequado;
* Tratamento de retenção de urina;
* Monitorização do débito urinário no trans e pós-operatório;
* Em diversas patologias
( Procedimento:
* Preparo emocional, avisar o que vai ser feito;
* Preparar o material e o ambiente;
* Lavar as mãos e trazer o material;
* Retirar o lençol e ou colcha do cliente;
* Colocar o cliente em posição ginecológica;
* Colocar um oleado ou compressa sobre o cliente;
* Colocar a bandeja sobre uma mesa de mayo ou outra que sirva se suporte;
* Colocar o coletor de urina preso no leito com tubo de conexão perto do cliente;
* Abrir a bandeja sem contaminar;
* Colocar solução anti-séptica na cuba;
* Colocar a sonda de Folley dentro da bandeja;
* Colocar a seringa e a agulha dentro da bandeja;
* Colocar xilocaína sobre uma gaze estéril que deve estar dentro da bandeja desprezando a primeira porção;
* Colocar luvas;
* Fazer anti-sepsia no local, afastando os grandes lábios com os dedos indicador e polegar da mão esquerda com uma gaze;
* Fazer a limpeza de cima para baixo num único movimento, de um lado e depois o outro;
* Colocar o campo fenestrado sobre a região;
* Colocar a cuba rim próximo a região vulvar;
* Retirar a sonda com uma das mãos e lubrificá-la;
* Afastar os pequenos lábios;
* Introduzir o cateter no meato urinário, deixando a extremidade do mesmo solta na cuba;
* Verificar se está saindo urina;
* Quebrar a ampola e aspirar o líquido;
* Pinçar a sonda na via de saída de urina e na outra via inflar o balão da sonda com 5 cm de água destilada ou ar;
* Puxar a sonda suavemente para verificar se está fixa;
* Retirar o campo frenestado pinçando a sonda com os dedos;
* Conectar a sonda ao coletor;
* Retirar as luvas;
* Fixar a sonda com esparadrapo na coxa;
* Retirar o oleado pela frente do cliente;
* Posicionar o cliente;
* Levar a bandeja para o posto, lavar as mãos e fazer anotações.
( Retirada da sonda:
* Comunicar ao cliente o que será feito;
* Preparar o material para a retirada;
* Lavar as mãos;
* Calçar luvas;
* Desinsuflar o balonete, observando se o volume retirado eqüivale ao introduzido;
* Tracionar vagarosamente a sonda com a mão;
* Desprezar no lixo;
* Limpar a região com gaze;
* Colocar o cliente em posição confortável;
* Levar o material e fazer as anotações.
AULA 12 – BANDAGEM
	Faixa aplicada de modo cômodo e conveniente para envolver, prender e proteger partes lesadas, ou manter curativos e talas no lugar adequado. Ou atadura aplicada tecnicamente sobre determinadas partes do corpo.
Finalidades:
- Impedir movimentos;
- aquecer uma articulação e membros;
- exercer pressão, com o objetivo de controlar hemorragia;
- promover a absorção de líquidos dos tecidos;
- proporcionar conforto, ajudando a circulação venosa nos casos de edema ou varizes dos membros inferiores;
- fixar curativos;
Regras para aplicação:
- Use material de atadura que melhor se adapte a seu propósito;
- inicie a aplicação nos membros a partir da extremidade para a raiz do membro, facilitando a circulação de retorno;
- use atadura que apresente um aspecto agradável, para evitar pregas e rugas;
- impedir, por meio de gazes ou de algodão, que duas superfícies corporais fiquem em contato direto, para evitar irritação ou mesmo ferimentos;
- deixar descoberta uma parte da extremidade do membro enfaixado, para observar a circulação;
- começar, segurando o rolo da atadura para cima, sobrepondo ás voltas seguintes;
Tipos de Bandagens:
 - Recorrente: È a do tipo capacete, aplicada na cabeça, nas pontas dos dedos e nos cotos de amputação.
 - Espiral lenta: É aquela em que cada volta recobre 2/3 da largura da volta anterior;
 - Espiral apressada ou oblíqua: É a aquela em que às voltas não tocam-se entre si;
 - Cruzada ou em oito: Conhecida como espiga, consiste em cruzar a atadura em forma de “8”; usada nas articulações: cotovelo, joelho, punho e tornozelo, nas ligações da mão e do pulso, na cabeça e no pescoço.
 - Espiral reversa: A cada passagem, ela é invertida, ou seja, a parte interna torna-se a externa, e assim sucessivamente; Aplica-se no antebraço, coxa e perna.
 
AULA 13 - SONDAGEM GÁSTRICA E ENTERAL
( SONDAGEM GÁSTRICA
Material:
* Sonda de levine;
* 1 seringa de 10 ml ou 20 ml;
* Gaze estéril;
* Luvas;
* Esparadrapo;
* Água;
* Xilocaína.
Indicações:
* Retirar fluidos e os gases do trato intestinal (descompressão)
* Prevenir ou aliviar náuseas e vômitos;
* Determinar a quantidade de pressão e de atividade motora no trato gastrintestinal (estudos diagnósticos);
* Cliente com obstrução mecânica e sangramento dentro do trato gastrintestinal superior;
* Administrar medicamentos e alimentos (gavage) diretamente do trato gastrintestinal;
* Obter amostra de conteúdo gástrico para estudos laboratoriais.
São procedimentos de Enfermagem:
* Preparar todo o material
* Preparar psicologicamente o paciente sempre que possível;
* Trazer o material e colocá-lo em lugar firme e perto do paciente. Colocar o biombo sempre que necessário;
* Colocar o cliente na melhor posição permitida;
* Calçar as luvas.
* Pegar sonda e medir da ponta do nariz até o lobo da orelha e do apêndice xifóide, marcando-a;
* Lubrificar e introduzir a sonda, pelo nariz, solicitando o auxílio do cliente quando possível e mantendo-o com a cabeça fletida;
* Cliente se lúcido, fazer movimentos de deglutição e respirar;
* Aspirar com a seringa, para saber se há retorno de secreção do estômago;
* Colocar o estetoscópio e ouvir se há entrada de ar no estômago, sendo o mesmo injetado pela seringa
* Após a confirmação do local exato da sonda, fixá-la na testa;
* Retirar todo o material do quarto e organizá-lo;
* Procurar deixar o cliente o mais confortável possível;
* Anotar na Evolução de Enfermagem o procedimento realizado.
( ALIMENTAÇÃO PELA GASTROSTOMIA
	Consiste na introdução de alimentos líquidos no estômago por meio de um tubo de borracha inserido na parede abdominal.
Material:
* Seringa 50 ml;
* Equipo de soro e frasco;
* Pacote de curativo;
* Soluções para curativo;
* Luva;
* Esparadrapo; Cuba rim.
Indicação:
	Administração de alimentos. Em alguns casos, ela pode ser utilizada para nutrição prolongada, como por exemplo: no paciente idoso ou debilitado.
São Procedimentos de Enfermagem:
* Assegurar a privacidade do cliente e explicar o procedimento antes que a sonda da gastrostomia seja descoberta por ele;
* Levar todo o material necessário para perto do paciente;
* Administrar lentamente a alimentação através da seringa ou frasco de soro com equipo, conectado a extremidade da sonda, mantendo-a elevada;
* Após terminar, despejar um pouco de água para lavar a sonda e fechá-la com a pinça ou ponta de borracha para evitar vazamento.
( SONDAGEM ENTERAL
Material:
* Sonda enteral (Doob Hoff);
* Guia;
* Esparadrapo;
* Luvas;
* Gaze;
* Xilocaína geleia;
* Água.
Indicação:
	Em pacientes com disfagia (dificuldade de engolir), períodos prolongados de inconsciência ou anorexia;
	Em obstrução ou traumatismo bucal ou esofágico;Em pessoas debilitadas ou submetidas a cirurgia do trato gastrintestinal e que, por isso, não podem ingerir os alimentos normalmente.
São procedimentos de Enfermagem:
* Preparar todo o material;
* Preparar psicologicamente o cliente sempre que possível;
* Trazer o material e colocá-lo em local firme e perto do paciente, colocando um biombo sempre que necessário;
* Colocar o paciente na melhor posição permitida;
* Lavar as mãos;
* Calçar luvas;
* Pegar a sonda e medir da ponta do lóbulo da orelha até nariz e da ponta do nariz até o apêndice xifóide;
* Lubrificar a sonda com xilocaína geleia, solicitando o auxílio do cliente sempre que possível. Se necessário, colocar um pouco de xilocaína geleia na narina onde será introduzida a sonda;
* Introduzir a sonda, mantendo a cabeça do paciente fletida;
* Colocar o estetoscópio na altura do estômago e injetar ar através de uma seringa pela sonda para ter certeza de sua localização;
* Aguardar a solicitação do médico par que seja feito raio x para confirmação da localização da sonda;
* Fixar a sonda;
* Retirar todo o material do quarto e limpa-lo;
* Deixar o paciente confortável;
* Fazer as anotações na Evolução de Enfermagem.
( NUTRIÇÃO ENTERAL
	É a alimentação por sonda entérica, fornecida ao duodeno distal ou jejuno proximal. A sonda é passada pelo nariz para dentro do estômago, ultrapassando o piloro. É um método seguro e eficaz de fornecer nutrientes por longos períodos. A sonda comumente usada é a Dobb Hoff.
Material:
* Frasco de soro vazio ou frasco próprio
* Equipo soro;
* Bandeja ou cuba rim
Indicações:
* Desnutrição;
* Cirurgia gastrointestinal;
* Fístulas do aparelho digestivo;
* Traumatismos; 
* Queimaduras;
* Má digestão e má absorção de alimento;
* Síndrome do intestino curto;
* Coma ou semiconsciência;
* Cirurgia maxilo facial.
São Procedimentos de Enfermagem:
* Lavar as mãos;
* Pegar o frasco de nutrição enteral em temperatura ambiente;
* Colocar o equipo no frasco e pôr na bandeja;
* Identificar o frasco e rotular;
* Levar o material para o quarto e preparar o paciente, sempre que possível;
* Controlar o gotejamento, pois se a administração for rápida pode ocorrer diarréia;
* Observar constantemente a administração da alimentação para detectar qualquer anormalidade;
* Retirar o material do quarto, limpá-lo e guardá-lo;
* Após o término, lavar a sonda;
* Deixar o paciente confortável;
* Anotar na Evolução de Enfermagem.
AULA 14 - ASPIRAÇÃO
Material :
* Sonda de Aspiração;
* Gaze;
* Luvas;
* Aspirador;
* Tubo de látex;
* Água esterilizada;
* Seringa de 10 ml.
Indicações:
	Manter vias aéreas superiores desobstruídas em cliente impossibilitados de eliminar as secreções.
	Clientes entubados e traqueostomizados.
São Procedimentos de Enfermagem:
* Preparar o cliente explicando o procedimento a ser realizado, sempre que possível;
* Levar o material para o quarto do cliente;
* Preparar o aspirador, conectar o tubo de látex, calçar a luva e conectar a sonda de aspiração;
* Introduzir a sonda pinçada no TOT ou cânula de traqueostomia ou cavidade oral, soltando-a em movimentos circulares, evitando traumatismos ou lesões nas mucosas; 
* Umidificar a sonda para fluidificar secreções, com solução fisiológica ou água destilada, introduzindo pequenas quantidades (5 a 10ml) de cada vez e aspirando em seguida;
* Aspirar várias vezes, se necessário, mantendo-se um pequeno intervalo entre cada aspiração, para que o cliente possa ventilar (espontaneamente ou com respirador)
* Terminada a aspiração, mergulhar a sonda e promover a sucção, para lavar toda a extensão do aspirador.
AULA 15 - CURATIVOS 
	Consiste na limpeza e proteção das soluções de continuidade da pele ou mucosa, de causas espontâneas ou induzidas. 
( ASPECTOS ÉTICOS
Todas as atividades profissionais são ditadas por princípios éticos e morais. Existem “leis” genéricas e específicas que os determinam de modo a evitar erros ético-profissionais. 
Imperícia é execução de uma função sem a plena capacidade para tal. É cometer um erro por falta de conhecimento ou habilidade. Como exemplo, um acadêmico ou profissional não habilitado que realiza o procedimento do curativo de forma inadequada. Para evitá-la deve-se procurar uma boa formação acadêmica, onde serão ensinados preceitos que deverão aumentar o interesse, estimulando o raciocínio. 
Imprudência é o erro acometido com conhecimento das regras e não executado a perfeição. Tomando o exemplo anterior é como se o profissional preparado insistisse em realizar um curativo de forma inadequada. Ou ainda, caso fosse um estudante, desacompanhado de seu instrutor, executasse o curativo equivocadamente. O erro aqui está em não ter solicitado auxílio, já que ele está em treinamento. O bom senso é preponderante. 
Negligência é considerado o mais grave dos três. É o erro acometido conscientemente. É o equivalente de saber como deve ser feito e, sem a existência de nenhum fator de impedimento, não fazê-lo. Seria como se alguém habilitado tratasse o paciente de forma incorreta. 
Uma forma de evitar ou minimizar os erros de conduta é o trabalho em equipe. Dividir as tarefas e responsabilidades é uma conduta a ser tomada. É bom salientar os excelentes resultados do trabalho multidisciplinar e interdisciplinar, principalmente no tratamento das feridas. 
( ASPECTOS PSICOLÓGICOS
Mantendo a conduta metodológica ideal de que o atendimento do cliente deva ser de forma holística, não pensando somente na lesão, mas sim nele como um todo... Integrando corpo e alma!
Sabemos que a manifestação da ferida pode ter várias origens, podendo inclusive denotar o nível de desenvolvimento de uma população. A ferida é um problema sócio-econômico e educacional, pois para a cicatrização das lesões são importantes a boa nutrição, assiduidade e higiene da área afetada, ainda mais perante a eventual necessidade de aquisição de antibióticos. Na condição de miséria e fome, que grande parte da população mundial esta sujeita, o “viver da doença” passa a ser um aspecto comum. 
Devemos aprender a valorizar os aspectos psicológicos do portador de feridas, isto vem salientar mais uma vez a importância da abordagem interdisciplinar, necessitando em muitos casos da intervenção do psicólogo.
- CLASSIFICAÇÃO DAS FERIDAS
De acordo com a maneira como foram produzidas
incisas ou cirúrgicas – são aquelas produzidas por um instrumento cortante. As feridas limpas geralmente são fechadas por suturas.
feridas contusas – são produzidas por objeto rombo e são caracterizadas por traumatismo das partes moles, hemorragia e edema.
Laceradas – são aquelas com margens irregulares como as produzidas por vidro ou arame farpado.
Perfurantes – são caracterizadas por pequenas aberturas na pele. Ex.: feridas por PAF ou por arma branca
De acordo com o grau de contaminação
Limpas – são aquelas que não apresentam inflamação e em que não são atingidos os tratos respiratório, digestivo, genital ou urinário.
Limpas-contaminadas – são aquelas nas quais os tratos respiratório, digestivo ou urinário são atingidos, porém em condições controladas.
Contaminadas – incluem feridas acidentais, recentes e abertas e cirurgias em que a técnica asséptica não foi respeitada devidamente.
Infectadas ou sujas – são aquelas nas quais os microorganismos já estavam presentes antes da lesão.
De acordo com o comprometimento tecidual
Estágio I – caracteriza-se pelo comprometimento da epiderme apenas, com formação de eritema em pele íntegra e sem perda tecidual;
Estágio II – caracteriza-se por abrasão ou úlcera, ocorre perda tecidual e comprometimento da epiderme, derme ou ambas.
Estágio III – caracteriza-se por presença de úlcera profunda, com comprometimento total da pele e necrose de tecido subcutâneo, entretanto a lesãonão se estende até a fáscia muscular.
Estágio IV – caracteriza-se por extensa destruição de tecido, chegando a ocorrer lesão óssea ou muscular ou necrose tissular.
- FATORES QUE INFLUENCIAM A CICATRIZAÇÃO DAS FERIDAS
FATORES LOCAIS:
 São aqueles ligados a ferida.
Localização da ferida – feridas em áreas mais vascularizadas e em áreas de menor mobilidade e tensão cicatrizam mais rapidamente do que aquelas em áreas menos irrigadas ou áreas de tensão ou mobilidade (como cotovelos, nádegas, joelhos)
Grau de contaminação
Presença de secreção e hematomas - o acúmulo de sangue propicia o acúmulo de células mortas que precisam ser removidas, bem como o surgimento de hematomas e isquemia. Isso provoca dor e lentifica o processo de cicatrização
Infecção – colonização da ferida não deve ser confundida com infecção. A colonização ocorre quando a ferida é mantida livre de tecido necrótico e/ou material estranho e é controlada pela ação de neutrófilos e macrófagos. Já a infecção ocorre quando há uma alta concentração bacteriana, tecido local comprometido (escara, necrose ou corpo estranho) e comprometimento generalizado do cliente.
Corpo estranho na ferida – implantes de silicone, válvulas cardíacas artificiais, material de curativo ou qualquer outro corpo estranho podem retardar o processo de cicatrização, por serem inertes.
Necrose tecidual
FATORES SISTÊMICOS: 
São ligados ao paciente.
Idade do cliente – o envelhecimento torna os tecidos menos elásticos e menos resistentes o que dificulta a cura da ferida.
Perfusão de tecidos e oxigenação – Doenças que afetam o fluxo sangüíneo normal podem afetar a distribuição dos nutrientes das células, assim como os componentes do sistema imune do corpo. Essas condições prejudicam a capacidade do organismo em transportar células de defesa e antibióticos administrados, o que dificulta o processo de cicatrização. O fumo reduz a hemoglobina funcional e leva à disfunção pulmonar o que reduz o aporte de oxigênio para as células e dificulta a cura da ferida.
Nutrição – uma deficiência nutricional pode dificultar a cicatrização, pois deprime o sistema imune e diminui a qualidade e a síntese de tecido de reparação. As carências de proteína e de vitamina C são as mais importantes pois afetam diretamente a síntese do colágeno.
Edema e Obstrução linfática – dificultam a cicatrização pois diminuem o fluxo sangüíneo e o metabolismo do tecido, facilitam o acúmulo de catabólitos produzindo a inflamação
Medicamentos – os antiinflamatórios, antibióticos, corticosteróides, os quimioterápicos, e os radioterápicos podem reduzir a cicatrização de feridas, pois diminuem a resposta imune normal à lesão. Eles podem interferir na síntese proteíca ou divisão celular, agindo , diretamente na produção de colágeno. Além disso podem tornar a cicatriz mais frágil, aumentando a atividade da colagenase. Deve-se também evitar o uso indiscriminado de antibióticos na ferida.
Diabetes – um alto nível de glicose dificulta a cicatrização, levando a problemas de vascularização e susceptibilidade a infecção.
Hiperatividade do cliente – a hiperatividade dificulta a aproximação de bordas da ferida. O repouso favorece a cicatrização.
TRATAMENTO TÓPICO INADEQUADO
	Sabões tensoativos – pode Ter ação citolítica afetando a permeabilidade da membrana.
	Soluções anti-sépticas – também tem ação citolítica. Quanto maior concentração do produto maior será a toxicidade afetando o processo cicatricial. Esta solução em contato com exsudato e sangue da ferida tem sua ação comprometida.
( ASPECTOS NUTRICIONAIS
A deficiência nutricional interfere em todas as fases da cicatrização. Num paciente caquético com feridas devemos fornecer substratos para melhorar a nutrição de paciente e, consequentemente, sua condição clínica facilitando a cicatrização de suas lesões.
Sabe-se que a hipoproteinemia diminui a resposta imunológica, a síntese de colágeno e a função fagocítica.
MATERIAL E TÉCNICA DE TRATAMENTO DE FERIDA
- Material:
* Curativo;
* Pacotes de gaze;
* Soluções prescritas;
* Esparadrapo;
* Tesoura.
- Técnica:
Antes de iniciar o trabalho, obter todas as informações sobre o curativo: local, tipo, soluções usadas;
Explicar ao cliente o que vai ser feito;
Providenciar o material necessário;
Levar a bandeja com o material e colocar sobre a mesa de cabeceira ou carrinho de curativo;
Lavar as mãos;
Pacotes de gaze;
Soluções prescritas;
Esparadrapo;
Tesoura;
Abrir todo o material necessário sem contaminar;
Descobrir a área a ser trabalhada e proteger a cama com um oleado ou impermeável;
Com uma das pinças (Kocher) desprender o esparadrapo, embebendo em éter uma compressa de gaze;
Retirar o curativo;
Uma pinça anatômica permanece no campo estéril, deixando o cabo para fora, esta pinça servirá para as gazes e ou ajudar a prepará-la;
Limpar e tratar a lesão, obedecendo ao princípio do menos contaminado para o mais contaminado, usando tantas gazes quanto forem necessárias;
Iniciar a limpeza da ferida da parte mais limpa para a menos limpa;
Efetuar a lavagem da ferida das bordas para o centro;
Efetuar a secagem da ferida do centro para as bordas;
Usar os antissépticos prescritos;
Cobrir o local com gaze, fixando com esparadrapos;
Colocar as pinças usadas enroladas em compressa ou em uma cuba rim;
Deixar o ambiente confortável;
Lavar as mãos;
Fazer as anotações.
OBS.:
 Ao retirarmos o curativo da ferida, devemos ter cautela ao manusear. O recipiente deve estar próximo para evitar disseminação;
Ao fazermos um curativo, devemos evitar corrente de ar no ambiente;
Ao fazermos um curativo, deve - se evitar falar, tossir ou respirar em cima da ferida ou do material do curativo.
Antissépticos 
Anti-sepsia com PVPI tópico (Povidine®) ou Clorexidina tópica: 
 Tem finalidade de prevenir a colonização. Podem ser neutralizados rapidamente na presença de matéria orgânica e necrose.
- é indicado na anti-sepsia da pele e mucosas, de peri-cateteres, peri-introdutores e fixadores externos
- contra-indicado em feridas abertas, pois é citolítico e retarda o processo de cicatrização. 
Anti-sepsia com a solução de clorexidina
 Tem ação bacteriana tanto para Gram positivas como Gram negativas, porém com maior 
 efeito nas Gram negativas. 
ANEXOS
Lavagem das mãos 
 É a medida individual mais simples e menos dispendiosa para prevenir a propagação das infecções relacionadas à assistência à saúde. Recentemente, o termo “lavagem das mãos” foi substituído por “higienização das mãos” devido à maior abrangência deste procedimento. O termo engloba a higienização simples, a higienização anti-séptica, a fricção anti-séptica e a anti-sepsia cirúrgica das mãos, que serão abordadas mais adiante
Como realizar?
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Obs: Cada aula prática desenvolvida em laboratório, todo aluno deverá estar sempre treinando com o auxílio da instrutora, e algumas delas poderão ser realizadas em casa com atenção e responsabilidade.
ANEXO: Calçamento de luvas
 O procedimento de calçar um par de luvas estéril requer técnica correta, para evitar a contaminação da luva, fato este que pode ocorrer com facilidade, por isso requer muita atenção.
As luvas estéreis devem ser utilizadas sempre que ocorrer a necessidade de manipulação de áreas estéreis. Existem vários procedimentos que exigem a utilização de luvas estéreis, entre eles os procedimentos cirúrgicos, aspiração endotraqueal, curativos extensos, que se tornam difíceis realizar somente com o material de curativo.
3.1 Tamanhos específicos:
 Podem ser encontradas nos tamanhos P, M ou G, ou até mesmo em tamanhos numerados como 6.0, 6.5, 7.0 até 9.0. E pode variar de acordo com o fabricante.
 Após realizar a lavagem correta das mãos, abra o pacote de luvas sobre uma superfície limpa, à altura confortável para sua manipulação.
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3.2. Realizando a técnica
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