Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM Por Solange Neves AULA 1 – UNIDADE DO PACIENTE É o conjunto de espaços e móveis destinados a cada cliente. - Componentes: Diferem de hospital para hospital, basicamente constam de: * Uma cama com colchão; * Uma mesa de cabeceira equipada com material de uso do cliente; * Uma cadeira; * Uma campainha; * Um ponto de oxigênio. Em alguns hospitais é acrescentado uma mesa de refeição, uma escadinha, um ponto de ar comprimido, um sofá, telefone, televisão, frigobar e armário. LIMPEZA DE UNIDADE - Tipos de Limpeza: * Limpeza concorrente: é feita diariamente e consiste na limpeza de parte do mobiliário da unidade do cliente; * Limpeza terminal ou limpeza de unidade: é a limpeza de todo o mobiliário da unidade do cliente. É feita por ocasião da alta, óbito ou transferência do cliente e por permanência prolongada no leito. - Finalidades: * Manter a unidade limpa e com o aspecto agradável a fim de favorecer o ajustamento do paciente no hospital; * Remover microorganismos e sujidades para prevenir infecções. OBS.: Em alguns hospitais a limpeza da unidade do cliente está a cargo da supervisora da firma de limpeza que obedece a orientação do Serviço de Enfermagem. ARRUMAÇÃO DA CAMA O leito é um fator importante na obtenção do repouso e conforto adequados, essenciais à manutenção e recuperação da saúde. Ao optar por uma arrumação técnica da cama, a enfermagem visa proporcionar conforto e segurança ao cliente como também tornar mais rápido e menos fatigante o seu trabalho. - Tipos de cama : Em nosso hospital o Serviço de Enfermagem definiu trabalhar com três tipos de cama: * Cama simples fechada: feita após a limpeza terminal e assim permanece até que o novo paciente a ocupe. * Cama simples aberta: ocupada pelo cliente que pode locomover-se ou pelo cliente acamado. * Cama de operado: a ser preparada após o cliente ser encaminhado para cirurgia ou exames sob anestesia. ( CAMA SIMPLES FECHADA - Material: * 2 lençóis; * 1 traçado; * 1 colcha; * 1 fronha; * 1 toalha de rosto; * 1 toalha de banho. - Optativos: * 1 cobertor de lã; * 1 oleado. - Finalidades : * Preparar um leito seguro e confortável; * Manter a unidade com aspecto agradável. - São Procedimentos de Enfermagem : * Lavar as mãos; * Separar todas as roupas e levá-las para o quarto; * Colocar a roupa em cima do sofá; * Forrar a cama com o lençol, prendendo-o; * Vestir o travesseiro e colocá-lo na cabeceira da cama; * Estender sobre a cama forrada, o lençol e a seguir a colcha, deixando o barrado rente ao colchão da cabeceira da cama, e prender as duas peças juntas no canto dos pés da cama, e deixando os lados soltos; * Deixar a toalha de banho e a de rosto dobrada ao pé da cama * Verificar se a unidade está em ordem e providenciar o material necessário. ( CAMA SIMPLES ABERTA - Material: * 2 lençóis; * 1 traçado; * 1 colcha; * 1 fronha; * 1 toalha de rosto; * 1 toalha de banho. Optativos:* 1 cobertor de lã ; * 1 oleado. - Finalidades: * Preparar um leito seguro e confortável; * Manter a unidade com aspecto agradável. - São Procedimentos de Enfermagem: No caso de cama ocupada por cliente que pode locomover-se, solicitar ao cliente para permanecer fora do leito para troco de roupa e arrumação, procedendo da mesma forma que na cama simples fechada, mas deixando o lençol de cima virado sobre a colcha na parte da cabeceira e feita uma dobra em diagonal do lado em que o paciente usa para deitar-se. ( NO CASO DE CAMA OCUPADA POR PACIENTE ACAMADO 1) Se possível e para maior segurança, deve ser feita por duas pessoas : uma para segurar o cliente e outra para arrumar a cama. 2) Soltar a roupa da cama e deixar o cliente coberto apenas com o lençol de cima, exceto se ele apresentar frio 3) Pedir a colaboração do cliente, orientando-o e virá-lo par o lado. 4) Dobrar o lençol de baixo e traçado até o meio da cama de tal forma a deixar exposta a metade do colchão. 5) Estender as roupas limpas (lençol de baixo e traçado na metade do colchão) e prendê-las. 6) Passar para o outro lado e virar o cliente para o lado limpo, retirando o lençol de baixo e o traçado sujos. Completar a arrumação da cama. 7) Deixar a unidade em ordem. ( CAMA DE OPERADO - Material : * 2 lençóis; * 2 oleados; * 2 traçados; * 1 colcha; * 1 cobertor * 1 fronha; * 1 toalha de rosto ; * 1 toalha de banho; * 1 cuba rim. - Finalidades: * Proporcionar conforto e segurança ao cliente no pós operatório * Facilitar o manuseio com o cliente. - São Procedimentos de Enfermagem : * Lavar as mãos e preparar a roupa; * Levar as roupas e cuba rim para o quarto; * Colocar a roupa de cama na seguinte ordem : 1 - lençol de baixo; 2- um oleado na parte central do colchão e outro na cabeceira; 3 - colocar um traçado em cima do oleado central; 4 - lençol e cobertor : dobrar os dois juntos na parte da cabeceira e dos pés e depois enrolar lateralmente de modo que fiquem na lateral da cama do lado contrário ao que o paciente entrará; * Colocar a cuba rim na cabeceira da cama ou na mesinha * Colocar as toalhas de banho e de rosto na cabeceira da cama * Ao receber o cliente, desenrolar o lençol e o cobertor, deixando-o confortável AULA 2 - ROTINAS BÁSICAS DE SERVIÇO ( ADMISSÃO DO CLIENTE - Material: * Bandeja com material para verificação de sinais vitais; * Aparelho de pressão; * Termômetro; * Prontuário com relatório de Enfermagem; * Relógio; * Canetas. - Descrição: * Receber o cliente cordialmente; * Informar sobre a rotina do hospital, atendimento médico, de enfermagem, alimentação e colocar-se à sua disposição para os esclarecimentos que se fizerem necessários; * Ajudar o cliente a se trocar, colocando o camisolão do hospital ou sua própria roupa; * Ajudá-lo a se acomodar confortavelmente; * Verificar os sinais vitais; * Observar: higiene, próteses, condições da pele, estado emocional e outros; * Conversar com o cliente a fim de obter história anterior de doenças e problemas atuais; * Deixá-lo confortável, mostrando como comunicar-se com o posto de enfermagem quando necessitar; * Retirar o material do quarto; * Fazer as anotações na Evolução de Enfermagem Observação: * Caso o cliente não queira entregar seus objetos de valor para arrolamento (Folha própria) avisar de que o hospital não se responsabilizará pela perda dos mesmos, reprisando a observação * Orientar familiares sobre a rotina do hospital. ( ALTA - Material : * Prontuário do cliente. - Descrição * Após o médico liberar o cliente e assinar a alta do prontuário, comunicar ao cliente e auxiliá-lo no preparo para saída caso necessite de ajuda; * Orientar cliente e familiares para se dirigirem ao posto de enfermagem após saírem do quarto. * Preencher o prontuário com o horário de saída, o modo de locomoção, se está acompanhado ou não e as condições de alta; * Organizar o prontuário; * Descer junto com o cliente levando o prontuário até a recepção, comunicando a alta e entregando o prontuário a um dos funcionários do setor; * Observar se não ficou algum pertence do cliente no quarto e somente após liberá-lo para limpeza, deixando o leito arrumado para a próxima internação. ( ÓBITO - Material: * Algodão * Pacote de curativo * Luva * Atadura * Prontuário do cliente. - Descrição: * Após ser confirmado o óbito pelo médico, retirar todo o material, medicamentos e equipamentos de perto do leito; * Preparar o corpo fazendo tamponamento nasal, oral, anal e vaginal (sexo feminino), prendendo a mandíbula com atadura e também os braços, evitando que o corpo após apresentar a rigidez, não fique deformado; * Comunicar a recepção o óbito e o horário em que o mesmo ocorreu * Solicitar o médico do cliente ou plantonistapara que os familiares sejam comunicados; * Fazer ultimas anotações na Evolução de Enfermagem, não esquecendo de anotar o material e medicamentos utilizados para ressuscitarão; * Após a saída do corpo do leito, solicitar aos funcionário da limpeza que faça a desinfeção do mesmo, deixando pronto e arrumado. ( TRANSFERÊNCIA - Material: * Prontuário do cliente - Descrição: * Após ser confirmada a transferência pelo médico responsável, comunicar ao cliente. * Comunicar a recepção para que seja providenciado um meio de transporte (ambulância ou pelo responsável do paciente) * Preparar o cliente, vestindo a sua própria roupa ou caso queira ir com a do hospital, solicitar ao responsável que assine o termo de responsabilidade para que a roupa seja devolvida * Auxiliar o cliente até a sua saída, verificando se não ficou nenhum pertence no quarto ou leito * Após avisar a recepção que o cliente já saiu, providenciar para que o quarto seja e novamente preparado para outra internação * Anotar no prontuário o horário da transferência, e as observações que se fazem necessárias encaminhando-o e organizando a recepção. AULA 3 - PRONTUÁRIO É o conjunto de documentos padronizados, destinados ao registro da assistência prestada ao cliente desde a sua internação até a sua alta. Constitui um documento legal e serve como evidência diante do tribunal. - Objetivos: Proporcionar uma anotação escrita de todos os dados a cerca do paciente. - Finalidades: * Fonte de informações sobre o cliente * Documento legal com validade jurídica * Material para investigação (pesquisa) * Material complementar n educação do pessoal de saúde * Fonte de informações estatísticas * Fornecer uma constância do tratamento administrativo ao enfermo NOTA : O prontuário é de interesse da equipe multiprofissional, cliente e da família ( Impressos Básicos * Ficha de identificação * Guia de internação * Folha de enfermagem * Relatório de enfermagem * Prescrição médica * Evolução de Enfermagem * Fixa para resultados de exames ANOTAÇÕES DE ENFERMAGEM Anotação é um documento escrito, uma simples nota sobre um assunto. Registro é o ato de registrar, geralmente num livro especial designado para isso. As anotações de enfermagem devem ser corretas, objetivas, descritivas e completas, evitando qualquer afirmação diagnóstica ou interpretação de seus achados. As anotações de enfermagem fazem parte do prontuário, e o mesmo tem valor tanto cientifico (para estudo) como legal, constituindo inclusive um documento que protege legalmente o hospital, o médico, a enfermeira, o técnico de enfermagem e os demais profissionais. Em relação aos aspectos éticos e legais, o registro é uma forma de consignar por escrito às ações dos profissionais de enfermagem junto ao cliente, família e comunidade. O registro contribui muito para: - a continuidade da assistência prestada; - o diagnostico de enfermagem e de outros profissionais da equipe de saúde; - o fornecimento de dados para auditoria de enfermagem; - o processo de formação profissional dos discentes (alunos) nos diversos níveis da enfermagem; - a pesquisa; - a avaliação da qualidade da assistência prestada; - auxiliar no processo decisório da equipe multiprofissional; - informações para o setor de administração no controle de custos, aquisição de materiais e contratar mais profissionais para o desenvolvimento da assistência; - a manutenção do respaldo legal. Deve-se registrar pela enfermagem: * Medidas terapêuticas aplicadas por médicos * Medidas terapêuticas prescritas por médicos e aplicadas pela enfermagem * Conduta do cliente e outras observações relacionadas com seu estado de saúde * Cuidados de enfermagem para satisfazer necessidades dos clientes * Respostas específicas do cliente à medicação e cuidados de enfermagem * Incoerências com o cliente (ORIENTAÇÃO PARA AS ANOTAÇÕES: * Percepção dos dados * Objetividade * Legalidade * Evitar abreviaturas * Escrita com tinta * Assinatura legível * Data e hora * Evitar rasuras AULA 4 - COLETA DE MATERIAL PARA EXAMES É função da equipe de enfermagem colaborar na obtenção dos diferentes tipos de material para exames complementares de diagnóstico e tratamento. ( Materiais : * Sangue ; * Fezes * Escarro; * Líquor * Secreções purulentas ( Sangue Normalmente, segue-se a rotina do laboratório, onde o sangue é colhido pelo funcionário próprio. ( Urina * Colher de preferência a primeira urina da manhã(a mais concentrada) EAS=> não são necessários cuidados com higiene e o frasco não necessita ser estéril Cultura> lavar absurdamente a região genital. O frasco é estéril, deve-se tomar todos os cuidados para não contaminar o mesmo. Desprezar o 1º jato. Cliente com sonda vesical, colher com técnica asséptica, no local próprio da bolsa coletora, sistema fechado, retirando-a com a seringa. Poderá ser utilizada uma cuba rim estéril para colher a urina, e logo após, ser passada para o frasco. ( Escarro O material deve ser escarrado e não cuspido. Deve ser colhido pela manhã. O volume não é importante ( Líquor A punção é feita pelo médico e deve se colher no mínimo 1ml num tubo ou frasco estéril ( OBS.: Deve-se lembrar que o material para cultura microbiológica é um material nobre, e que muitas vezes de difícil obtenção ou até amostra única. Sendo assim, o mesmo é de extrema importância par o auxílio de um diagnóstico, por isso deve ser coletado e transportado dentro de padrões rígidos de controle. ( Colheita de Sangue São procedimentos de enfermagem: * Orientar sobre o exame a ser feito sempre que possível * Providenciar o material caso o laboratório não possa comparecer ao local * Colher o sangue pela técnica apropriada e colocá-la em frasco adequado * Rotular o frasco e encaminhá-lo ao laboratório com requisição, ficando com a cópia no setor para anotação do resultado. ( OBS.: * Em geral, as colheitas de sangue devem ser feitas com o cliente em jejum * A quantidade a se colhida e o número de amostras varia de acordo com o tipo de exame. ( Colheita de Urina Tipo de exame: * Urina simples * Parcial * Cultural * 24 horas São procedimentos de enfermagem * Instruir o cliente * Oferecer o recipiente próprio para cada tipo de exame. O ideal é colher sempre a primeira urina da manhã, desprezando o primeiro jato. * O material deve ser enviado diretamente ao laboratório, caso isso não seja possível, guardá-lo em geladeira. * Rotular o frasco com o nome do cliente e leito * O material deve ser enviado acompanhado da requisição médica, ficando a cópia no setor, para anotação do resultado. ( OBS.: * Urina para cultura: orientar o paciente para fazer lavagem externa e colher a urina em recipiente estéril * Urina de 24 horas: orientar o cliente a desprezar a primeira micção da manhã, colher todas as outras inclusive a primeira da manhã seguinte, completando 24 horas. ( Colheita de Fezes Tipos de Exame * Parasitológico * Oxiúros * Coprocultura * Sangue oculto São procedimentos de Enfermagem: * Instruir o cliente sobre o exame * Orientar o cliente para evacuar em comadre limpa * Colher pequena quantidade de fezes do centro e das laterais em pote limpo para parasitológico e para coprocultura em pote estéril ou placa de Petri também estéril * Rotular os potes com o material para exame, com nome e leito do paciente * Enviar ao laboratório com requisição, ficando com a cópia no setor para anotação do resultado. ( OBS.: * Pesquisa de oxiúros: é realizado o método de Graham ou fita durex que consiste, em fazer uma compressão anal com durex e estender na lâmina. * Pesquisa de sangue oculto: Observar a dieta sem carne e colher o terceiro dia.( Colheita de Escarro Tipo de exame: * Simples * Cultura São procedimentos de Enfermagem: * Instruir o cliente, na véspera, sobre o exame a ser feito * Rotular o recipiente com o nome e leito do paciente * Colher a amostra em jejum (o paciente deverá tossir ou escarrar a não apenas cuspir no recipiente). Para cultura, o frasco deve ser estéril. * Enviar o material ao laboratório com a requisição, sendo que a cópia deve ficar no setor para anotação do resultado. AULA 5 - CUIDADO DO CORPO PÓS-MORTE Conceito: São os cuidados dispensados ao corpo após a constatação médica do óbito. A ocorrência de morte tem sido em todas as sociedades, para todos os grupos sociais e para todos os indivíduos, uma situação que é enfrentada de maneiras diversas. Em geral, e apesar de ”morrer” fazer parte da própria existência, há rejeição de quem está prestes a morrer, e de tudo o que se relaciona com a morte. O pessoal de enfermagem é um elemento básico da equipe de saúde no momento de acompanhar o cliente nos últimos instantes de sua vida, e também para ajudar a aliviar os sentimentos dolorosos, o medo e a angustia com que se defrontam, com frequência, os clientes e seus familiares. Depois que o cliente falecer, o cuidado inclui preparar o corpo para ser visto pela família, solicitar transporte para o necrotério e determinar a disposição dos pertences do cliente. Além disso, o cuidado pós-morte abrange dar conforto e apoio aos familiares e amigos do cliente e proporcionar-lhes privacidade ( Objetivos: * Deixar o corpo limpo. * Preservar a aparência natural do corpo; * Evitar a saída de gases, odores fétidos, sangue e secreções. ( Material: * Bandeja; * Impresso plastificado ou similar para identificação, * Barbantes; * Algodão * Esparadrapo; * Éter * Ataduras de crepe; * Pinça. * Dois lençóis; * Cuba rim. * Se necessário: material para curativo, material para banho, solução desinfetante, seringa, balde com solução desinfetante diluída, um par de luvas. AULA 6 - PROCEDIMENTOS PARA O DIAGNÓSTICO ( Posição para exames * Favorecer a realização do exame, sendo menos traumático para o paciente * Expor o cliente o menos possível, durante o exame ( Decúbito Dorsal Deitar o paciente de costas, com as pernas estendidas ou ligeiramente flexionadas para provocar o relaxamento dos músculos abdominais. Os braços devem estar estendidos ao longo do corpo. O lençol que cobre o paciente deve estar solto na cama. O uso do travesseiro é opcional. Usado para realização de exame físico ( Posição de Sims Colocar o cliente em decúbito lateral( esquerdo ou direito),mantendo a cabeça apoiada no travesseiro. Os membros inferiores devem estar flexionados, o de cima mais que o de baixo. Cobrir o cliente, expondo apenas a área necessária. Indicada para exames retais, clister e lavagem intestinal. ( Posição Ginecológica Colocar o cliente em decúbito dorsal, com as pernas flexionadas sobre as coxas, a planta dos pés sobre o colchão e manter os joelhos bem afastados um do outro. Manter o paciente coberto até o momento do exame. Indicada nos exames e tratamentos vaginal e reto ( Posição Litotômica Colocar o cliente em decúbito dorsal, com as coxas flexionadas sobre o abdome, afastadas uma da outra e as pernas sobre as coxas, as quais são presas por um lençol dobrado; Pode-se também adotar suportes para os joelhos (perneiras). Manter o cliente coberto, expondo a área necessária. Indicada na cirurgia ou exame períneo, reto, vagina e bexiga. ( Posição Genupeitoral Manter o cliente ajoelhado e com o peito descansando na cama. Voltar à cabeça par um dos lados, repousando sobre o travesseiro, apoiada nos braços, flexionados nos cotovelos. Para que o peso do corpo recaia sobre o peito e joelhos, estes devem ficar ligeiramente afastados um do outro; as pernas estendidas sobre a cama, formando angulo reto com as coxas. Manter o cliente coberto até o momento do exame. ( Posição de Jackniff Colocar o cliente em decúbito ventral com a cabeça e os pés mais baixos que o tronco. Estas duas últimas posições são utilizadas não só para exames como também para tratamentos retais. AULA 7 - SINAIS VITAIS Os sinais vitais são sinais clínicos da vida, que refletem o equilíbrio ou o desequilíbrio resultante das interações entre os sistemas do organismo e uma determinada doença. Os sinais vitais evidenciam alterações da função corporal e geralmente se retratam na temperatura corporal, no pulso, no nível respiratório e na pressão sanguínea. Quando se desviam do normal, isto significa que o paciente precisa ser observado para se demonstrar a relação causa e efeito. - Material : Bandeja contendo: * Aparelho de pressão (Esfignomanômetro) * Estetoscópio * Termômetro * Bolas de algodão * Papel para anotação * Relógio com ponteiros de segundos * Caneta * Recipiente de lixo - Procedimento: Preparar todo o material e limpar estetoscópio. TEMPERATURA A temperatura é o nível de calor a que chega um determinado corpo. Febre é a modificação patológica de temperatura, sendo uma reação do organismo geralmente quando o indivíduo sofre uma agressão qualquer. São tipos de febre: contínua, eminente, intermitente, recorrente e ondulante. - São procedimentos de enfermagem: * Limpar o termômetro * Verificar a coluna de mercúrio que deve descer à 35ºC. * Colocar termômetro na axila em contato com a pele, e posicionar o braço sobre o peito com a mão direcionada para o ombro oposto. * Manter o termômetro por 3 à 5 minutos. * Retirar segurando-o pelo lado oposto ao barulho e proceder a leitura. * Limpar com o algodão, voltar à coluna de mercúrio. * Anotar a temperatura. Os valores normais de temperatura são os seguintes: a) Temperatura axilar: 36,5ºC a 37,0ºC; b) Temperatura oral: 36,3ºC a 37,4°C; c) Temperatura retal: 36,4°C a 37,2°C. Alterações da temperatura: - Hipotermia: é a temperatura abaixo do normal, temperatura abaixo de 35,5°C. - Pirexia: é a elevação da temperatura normal do corpo. Conhecida também como febre. Temperatura corporal acima de 37,8°C. A hiperpirexia é a febre muito alta, geralmente acima de 41°C. PULSO Pulso é a ondulação exercida pela expansão das artérias, seguida a contração do coração. São tipos de pulso: bradisfígmico (pulso fraco), traquisfígmico (acelerado) e dicrótico (dá a impressão de dois batimentos). São procedimentos de enfermagem: * Fazer, de rotina, a verificação do pulso durante a verificação da temperatura. * Pressionar o dedo médio e indicador na artéria da face interna do punho, contra a parte óssea. * Contar os batimentos durante 1 minuto (60 segundos) observando as características do pulso quanto à amplitude ou intensidade, regularidade ou ritmo, rigidez da parede arterial. * Anotar e comunicar anormalidades. A freqüência em média no recém-nascido é, em média, de 120 batimentos por minuto (bpm), podendo chegar aos limites de 70 a 170 bpm. Aos 4 anos, a média aproxima-se de 100 bpm, variando entre e 120 bpm, assim se mantendo até os 6 anos. Dessa idade até os 12 anos, a média fica em torno de 90 bpm, com variação de 70 a 110 bpm. Aos 18 anos, atinge 75 bpm nas mulheres e 70 bpm nos homens. A partir da adolescência observamos nítida diferenciação entre o crescimento físico de mulheres e homens, o que influencia a frequência do pulso: na fase adulta, de 65 a 80 bpm nas mulheres e de 60 a 70 bpm, nos homens. A frequência é a maneira indireta ao número de batimentos cardíacos por minuto. Os valores normais são: - Recém-nascido: 120 a 140 bpm - Lactente: 100 a 120 bpm - Segunda infância e adolescência: 80 a 100 bpm - Adulto: 60 a 80 bpm Quanto ao volume distingue-se pulso cheio ou pulso fino. E quanto ao ritmo pode ser regular ou rítmico e irregular ou arrítmico. Alterações relacionadasao pulso - Normocardia: frequência cardíaca normal. - Bradicardia: frequência cardíaca abaixo do normal. - Taquicardia: frequência cardíaca acima do normal. - Taquisfigmia: pulso fino e taquicárdico. - Bradisfigmia: pulso fino e bradicárdico. RESPIRAÇÃO A respiração consiste na inspiração ou entrada de ar nos pulmões e na expiração ou saída de ar dos pulmões. É a troca de gases entre o organismo e o meio exterior e consiste na absorção do oxigênio e eliminação do gás carbônico. Verificar, de rotina, durante a verificação de temperatura, apenas visualmente, contando-se o número da respiração por um minuto. A aferição da respiração consiste na observação dos movimentos respiratórios (inspiração e expiração) durante 60 segundos (1 minuto), obtendo assim a freqüência respiratória (FR) por minuto. A freqüência normal da respiração no adulto varia de 16 a 20 vezes por minuto. Em crianças, de 20 a 25 por minuto e em lactentes de 30 a 40 por minuto. Alterações relacionadas à respiração - Dispnéia: consiste na alteração do ato de respirar, que é introduzida pela queixa subjetiva de “falta de ar” pelo cliente, ou pela observação de desconforto respiratório, por parte do examinador, incluindo o aumento da freqüência e aumento da amplitude da movimentação do tórax. - Eupnéia: presente no indivíduo que respira normalmente (eupnéico). - Taquipnéia: aumento da freqüência respiratória. - Bradipnéia: redução na freqüência respiratória. - Apnéia: ausência de movimentos respiratórios. - Ortopnéia: dispnéia em decúbito, aliviada pelo menos parcialmente ao sentar, ou pela elevação parcial do tronco. - Hiperpnéia: presente quando há respirações profundas, rápidas e anormais. - Hiperventilação: respiração excessiva com ou sem a presença de dispnéia, muitas vezes presente em quadros de ansiedade. - Respiração de Cheyne Stokes: caracteriza-se por aumento gradual na profundidade das respirações, seguido de decréscimo gradual dessa profundidade, com período de apnéia subseqüente. - Respiração estertorosa: respiração ruidosa, presente no edema pulmonar e nos clientes com retenção de grande quantidade de secreções. PRESSÃO ARTERIAL Tensão arterial é o fluxo sangüíneo vindo do coração através de um elaborado sistema de vasos, encontra uma resistência a qual requer determinada tensão para vencer. A pressão arterial do sangue é aferida em milímetros de mercúrio (mmHg). Os valores normais de pressão arterial em um indivíduo adulto, é de 120 mmHg para a pressão sistólica e 80 mmHg para a diastólica. Em idosos podem ser considerados valores normais até 140 x 90 mmHg . Consideram-se variações da pressão arterial as seguintes: Hipertensão: é a elevação anormal da pressão arterial. Como por exemplo: acima de 140 x 90 mmHg. Hipotensão: é a queda da pressão arterial. Como por exemplo, abaixo de 90 x 60 mmHg. Pressão convergente: é quando as pressões máxima e a mínima se aproximam. Como por exemplo: 120 x 90 mmHg. Pressão divergente: é quando as pressões máxima e mínima se distanciam. Como por exemplo: 120 x 50 mmHg. - São procedimentos de enfermagem: * Colocar o esfignomanômetro no braço do paciente, logo acima da dobra do cotovelo. * Localizar a artéria e colocar o diagrama do estetoscópio sobre a artéria e outra extremidade nos ouvidos. * Fechar a válvula para inflar rapidamente o manguito (geralmente até 200mmHg). * Colocar o esfignomanômetro no braço do paciente, logo acima da dobra do cotovelo. * Localizar a artéria e colocar o diagrama do estetoscópio sobre a artéria e outra extremidade nos ouvidos. * Fechar a válvula para inflar rapidamente o manguito (geralmente até 200mmHg). * Abrir a válvula da pêra lentamente. O primeiro batimento que se ouve é a pressão máxima ou sistólica, observando-se a sua correspondência no manômetro. * Continuar a descompressão, considerando-se a pressão mínima quando houver um abafamento do som ou desaparecimento. * Abrir toda a válvula e após a saída de todo o ar, retirar o manguito. * Deixar o cliente confortável. * Anotar e comunicar qualquer anormalidade * Abrir a válvula da pêra lentamente. O primeiro batimento que se ouve é a pressão máxima ou sistólica, observando-se a sua correspondência no manômetro. * Continuar a descompressão, considerando-se a pressão mínima quando houver um abafamento do som ou desaparecimento. * Abrir toda a válvula e após a saída de todo o ar, retirar o manguito. * Deixar o cliente confortável. * Anotar e comunicar qualquer anormalidade. AULA 8 - ALGUNS CUIDADOS DE HIGIENE, CONFORTO E SEGURANÇA AO PACIENTE HIGIENE ORAL A higiene oral é o ato de escovar os dentes, para se evitar a proliferação de bactérias. Compreende também a limpeza das gengivas, a língua saburrosa e de toda a mucosa oral. Tem como finalidade: evitar o mau hálito; proporcionar conforto e bem-estar ao paciente; evitar cárie dentária; prevenir estomatites e outras infecções; estimular a circulação da gengiva; e auxiliar no tratamento de infecções da cavidade oral. - Material : * Bandeja * Cuba rim * Escova de dente ou abaixador de língua (espátula) * Solução líquida ou creme dental * Algodão ou gaze * Toalha de rosto - São procedimentos de enfermagem : * Explicar ao paciente, se possível, o que vai ser feito e a finalidade. * Preparar o material, adaptando-o as necessidades do cliente. * Colocar o cliente em posição confortável * Colocar a toalha cobrindo o pescoço e o tórax para proteger o cliente. * Se o paciente puder, ele mesmo escova os dentes, caso não possa, lavar os dentes com o abaixador de língua com algodão ou gaze enrolado e molhado em solução líquida. * Oferecer água para o cliente, fazer bochecho e aproximar a cuba rim para escoar o líquido da boca. * Secar os lábios e o queixo com a toalha. * Lavar a escova do cliente e guardá-la. * Caso o cliente não possa escovar os dentes, após a solução, limpar os dentes com bolas de algodão. * Limpar a língua e por último os lábios. * Lubrificar os lábios, se houver indicação. * Colocar o cliente em posição confortável. * Anotar na Evolução de Enfermagem o procedimento e anormalidades. BANHO NO LEITO O banho tem como finalidades proporcionar limpeza da pele, bem-estar, estimular a circulação, confortar através de relaxamento muscular, aliviando a fadiga e o cansaço. O banho de aspersão é o conhecido banho de chuveiro. O paciente é encaminhado ao chuveiro e o profissional de enfermagem deve acompanhá-lo e supervisioná-lo, não só orientando-o numa boa higienização, como também identificando anormalidades, como dispnéia, lipotimia, cansaço, tonturas e calafrios. O banho pode ser dividido em banho de aspersão e banho no leito. - Material: * Bacia estéril * Jarro estéril * Algodão * Lençóis * Fronhas * Camisola * Toalha de banho * Toalha de rosto * Oleado * Traçado * Saco plástico de lixo * Luva - São procedimentos de enfermagem: * Explicar ao cliente o que vai ser feito e a finalidade do procedimento. * Preparar todo o material e levá-lo para perto do cliente. * Calçar luva * Abaixar a cabeceira da cama, se não houver contra indicação. * Soltar a roupa de cama, retirar a colcha e o cobertor * Retirar a camisola ou pijama, mantendo o cliente coberto com o lençol. * Elevar a cabeça do cliente apoiando-a com a mão e estender a toalha sobre o travesseiro. * Lavar o rosto com algodão ensaboado, molhando-o com água do jarro dentro da bacia. * Retirar o sabão com algodão úmido, secando com a toalha. * Proteger com a toalha de banho o tórax e o abdome do cliente. * Lavar com algodão ensaboado o braço e a axila mais distante e após os mais próximos. * Lavar as mãos do cliente, enxaguando-as a seguir. * Lavar o tórax e o abdome do cliente com algodão ensaboado, retirando o sabão com algodão molhado em água limpa, enxugando a seguircom a toalha. * Lavar membros inferiores, um de cada vez com algodão ensaboado. * Umedecer o algodão limpo e retirar o sabão enxugando a seguir com a toalha. * Colocar a comadre, mantendo os membros inferiores fletidos e irrigar os órgãos genitais externos com água, lavando-os com algodão ensaboado, ou oferecer algodão ensaboado para proceder a higiene, caso não possa fazê-lo. * Irrigar mais uma vez, retirando todo o sabão, enxugando com a toalha. * Retirar a comadre. * Colocar o cliente em decúbito lateral. * Colocar a toalha sob suas costas e região glútea. * Lavar as costas e as pregas inter glúteas, enxugando-as com a toalha. * Retirar a toalha de banho * Trocar o lençol do cliente e vesti-lo * Deixar o cliente confortável e com a campainha ao seu alcance. * Retirar todo o material, conservando a unidade do cliente em ordem. * Retirar a roupa suja num saco plástico lacrado. * Anotar na Evolução de Enfermagem o cuidado prestado e as anormalidades na pele. AULA 9 - ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS A administração de medicamentos é uma das atividades mais executadas pelos profissionais de enfermagem Os técnicos e os auxiliares de enfermagem são os profissionais diretamente envolvidos no preparo e administração de medicamentos que, na prática cotidiana, encontram-se sob a supervisão do enfermeiro. A administração de medicamentos é o processo de preparo e introdução de medicamentos no organismo humano, visando obter efeitos terapêuticos. Para administrar medicamentos de maneira segura, a enfermagem deve utilizar a regra dos 10 certos: paciente certo, medicamento certo, dose certa, via certa, hora certa, tempo certo, validade certa, diluição certa, abordagem certa e registro certo, evitando assim os erros na administração de medicamentos. Uma falha pode ter consequências irreparáveis, pois uma vida que foi perdida, naturalmente é irrecuperável. Erro de medicamento é qualquer evento evitável que possa causar ou induzir ao uso inapropriado de medicamentos ou prejudicar o paciente enquanto o medicamento está sob controle do profissional de saúde, paciente ou consumidor. Fatores que diminuem a segurança no manejo de medicamentos - Fatores Individuais (falta de atenção; lapsos de memória; inexperiência e deficiência de formação acadêmica); - Falhas Sistêmicas (problemas no ambiente: iluminação, barulho, interrupções frequentes; falta ou falha no treinamento; falta de profissionais; falha na comunicação; problemas nos procedimentos e produtos inadequados utilizados na medicação dos pacientes. Cuidados e observações: * A prescrição médica deve ser escrita e assinada. * Em caso de emergência, a enfermagem pode atender a prescrição verbal, que deverá ser escrita pelo médico logo que possível, devendo também ser anotado. * Os medicamentos administrados devem ser anotados no prontuário do paciente, bem como observação sobre intolerância a droga, intoxicação medicamentosa e resultados obtidos. * Não conversar durante o preparo da medicação. * Ter sempre próxima a prescrição, do medicamento sobre o qual haja dúvida referente a dosagens, procurando certificar-se antes. * Ler o rótulo do medicamento três vezes, no mínimo, comparando-o com a prescrição médica. * Nunca administrar medicamentos prestados por outros. * Verificar a data de validade do medicamento. * Não administrar medicamentos sem rótulos. * Não tocar a mão em comprimidos, cápsulas, etc. * Chamar o paciente pelo nome completo, antes de administrar a medicação certificando-se da exatidão do mesmo. ( VIA ORAL Os medicamentos são absorvidos no trato intestinal, atingindo assim a circulação sistêmica. Os medicamentos por via oral apresentam-se na forma de comprimidos, drágeas, cápsulas, xaropes e emulsão. Alguns pacientes podem estar utilizando sondas gástricas ou intestinais, como a sonda de nelaton ou de Dobb hoff, onde serão utilizadas seringas para a administração do medicamento. Atenção! Antes de administrar qualquer medicamento na sonda, devemos elevar a cabeceira e certificar a localização exata da sonda. Cuidados: ( Os comprimidos deverão ser macerados; ( Dissolvidos num copinho com água; ( A sonda deverá ser lavada com no mínimo 20ml de água filtrada (adulto) para auxiliar na descida do fármaco presente na sonda e para evitar obstrução; nas apresentações líquidas devemos administrar e depois lavar a sonda. (Após a administração do medicamento, manter a sonda fechada por 30 minutos, caso esteja em sifonagem, ou dar continuidade a infusão nos casos de dietoterapia. - Material: * Copo plástico descartável pequeno; * Gaze; * Bandeja pequena ou cuba rim; - Procedimentos: * Lavar as mãos antes e depois do procedimento. * Ler o rótulo do medicamento, no mínimo três vezes. Medicamentos sem rótulo não devem ser administrado. * Colocar os medicamentos (comprimidos, drágea ou capsulas) envolvidos em gaze dentro do copo; * Retirar comprimidos com o auxílio de gazes ou da própria tampa do frasco; * Agitar os frascos de suspensões, xaropes, etc. * Medir a quantidade das soluções apuradamente; * Voltar o rótulo do frasco a palma da mão, a fim de não sujá-lo (no caso de soluções); * Tampar o frasco assim que retirar o medicamento; * Chamar o paciente pelo nome antes da administração; * Permanecer próximo ao paciente até certificar-se de que ingeriu o medicamento; * Não deixar o medicamento com o paciente; * Anotar logo que for administrado o medicamento e checar; * Lavar e guardar o material. ( VIA SUBLIGUAL O medicamento é colocado embaixo da língua e deve- se pedir ao paciente que o medicamento se mantenha até que seja dissolvido. ( VIA NASAL Medicamentos nasais podem ser instilados em forma de conta-gotas, spray (atomatizador) ou aerossol (nebulizador). A maioria dos medicamentos por via nasal produz efeito local. ( Ocular Os medicamentos de uso oftálmico são gotas, pomadas, discos, servem para propósitos tanto diagnóstico como terapêuticos. Durante o exame oftálmico utilizam-se gotas oftálmicas para anestesiar o olho, dilatar a pupila, colorir a córnea em busca de anormalidades. Medicamentos oftálmicos também servem para lubrificar o olho, tratar glaucoma e infecções, proteger a visão de recém-nascidos e lubrificar a órbita ocular para inserção de uma prótese. ( VIA INTRAMUSCULAR - Material: * Agulha; * Seringa; * Álcool à 70%; * Éter; * Bandeja ou cuba Rim - Procedimentos: * Lavar as mãos antes e depois do procedimento; * Ler o rótulo do medicamento no mínimo três vezes; * Avisar o paciente sobre o procedimento que será realizado; * Medicamento sem rótulo não deve ser administrado; * “Expor” a região (quadrante superior externo da região glútea, face externa da coxa, parte externa do braço - quatro dedos abaixo do ombro); * Fazer antissepsia do local com álcool (caso o paciente seja alérgico utilizar álcool); * Verificar o calibre da agulha e usar de acordo com a idade do paciente; * Aspirar e verificar se atingiu algum vaso, caso não pegue nenhum, injetar a solução lentamente; * Retirar a agulha com o auxílio de algodão fazer uma pequena massagem no local para absorver melhor o medicamento; * Anotar e checar o horário na prescrição; * Lavar e guardar o material utilizado. ( VIA NASAL - Material : * Frasco do medicamento; * Gaze; * Cuba Rim; - Procedimento : * Avisar ao cliente sobre o procedimento que ira ser realizado; * Lavar as mãos (antes e após o procedimento); * Colocar o paciente sentado com a cabeça inclinada para trás; * Segurar o nariz com o auxílio de gaze pingando o medicamento nas narinas com cuidado conforme a prescrição; * Lavar e guardar o material; * Anotar e checar horário; ( VIAS PARENTERAIS VIA ENDOVENOSA É a administração de medicamento diretamente navia, a fim de obter uma ação imediata. - Material : * Seringa; * Agulha; * Garrote; * Algodão; * Éter; * Álcool à 70%; * Bandeja ou cuba Rim; * Gaze; * Esparadrapo (micropore); * Luvas - Procedimento: * Lavar as mãos antes e após o procedimento; * Preparar o material na sala de enfermagem; * Ler o rótulo do medicamento, no mínimo três vezes. Medicamentos sem rótulo não deverão ser administrados; * Limpar a ampola com algodão embebido em éter, quebra-la com gaze seca, para poder aspirar o líquido. No caso de frasco (pó): retirar a tampa metálica e limpar a borracha com algodão embebido em éter, limpando a ampola diluente, aspirando o líquido na seringa agulha de grande calibre, introduzindo no frasco, aspirando no frasco, aspirando em seguida todo o conteúdo. Trocar a agulha para a administração do medicamento. Quebrar a ampola com gaze. * Avisar o paciente sobre o procedimento que vai ser realizado - pelo nome completo; * Colocá-lo em posição confortável; * Expor o local verificando as condições das veias. Proteger o lençol com impermeável. Prender o garrote acima do local (sem comprimir exageradamente); * Pedir ao paciente para abrir e fechar as mãos várias vezes e depois permanecer com a mesma fechada, com o braço sem mexer até o término do processo; * Fazer antissepsia ampla do local com álcool à 70% (caso o paciente seja alérgico a essa solução, senão utilizar álcool); * Fixar a veia com o polegar, bisel voltado para cima formando um ângulo de 15º e aspirar; * Se vier sangue, soltar o garrote, pedindo ao paciente para abrir mão e administra o medicamento lentamente; * Retirar a agulha e fazer pressão no local da punção com algodão seco; * Suspender a operação caso o paciente apresente qualquer anormalidade chamar o médico. * Anotar e checar o horário; * Lavar e guardar o material utilizado. VIA SUBCUTÂNEA - Material: * Seringa; * Agulha; * Algodão à 70%; * Éter; * Bandeja ou cuba Rim. - Procedimento: * Lavar as mãos antes e depois do procedimento; * Avisar o paciente sobre o procedimento que será realizado; * Preparar o material no posto de enfermagem; * Ler o rótulo no mínimo três vezes; * “Expor” a região escolhida para a aplicação (face externa superior do braço, face interna do antebraço, parte externa do abdome, ao redor da cicatriz umbilical); * Limpar a ampola ou frasco com algodão embebido em éter; * Quebrar a ampola, com gaze; * Fazer antissepsia ampla do local com álcool iodado, caso o paciente seja alérgico, utilizar álcool; * Fixar o local de aplicação, formando uma prega na pele; * Inserir agulha no ângulo de 45º no caso de agulhas 20, 25 e 30 e no caso de agulhas de 10, 13, e 15, o ângulo será de 90º; * Aspirar e verificar se não veio sangue. Caso não venha, injetar o líquido lentamente; * A quantidade máxima para administração por via é de 3ml (deltóide) e 5ml (glúteo); * Anotar e checar o horário; * Lavar e guardar o material utilizado. VIA INTRADÉRMICA - Material: * Agulha; * Seringa; * Algodão; * Álcool à 70%; * Éter; * Bandeja ou cuba Rim. - Procedimento: * Lavar as mãos antes e depois do procedimento; * Avisar o paciente o procedimento que será realizado; * Ler o rótulo no mínimo três vezes; * Limpar a ampola com algodão embebido em éter e quebrar a ampola com gaze seca; * Colocar o paciente em posição confortável; * “Expor” o local escolhido para aplicação (face interna do antebraço, região escapular); * Prender a pele e inserir a agulha formando um ângulo de 15º; * Injetar o líquido lentamente; * Retirar a agulha; * Anotar e checar o horário da medicação; * Lavar e guardar o material utilizado. Nota: Nas vias ID, IM, SC no caso de aspirar o medicamento para verificar se não atingiu nenhum vaso, se surgir sangue na seringa desprezar todo o material e preparar tudo novamente. VIA RETAL - Material: * Gaze; * Bandeja pequena ou cuba Rim; - Procedimento: * Avisar o paciente o procedimento que será realizado; * Lavar as mãos antes e depois do procedimento; * colocar o medicamento sobre uma gaze e colocá-lo na cuba Rim ou bandeja; * Colocar o paciente em decúbito lateral, com membro inferior estendido e membro superior flexionado; * Calçar luvas; * Proteger o polegar e o indicador da mão com gaze e introduzir o supositório no reto, com cuidado e pedir o paciente que o retenha; * Deixar o paciente confortável; * Lavar e guardar o material utilizado; * Anotar e checar o horário. VIA VAGINAL - Material: * Solução prescrita (pomada ou óvulos); * Gaze; * Luva; * Bandeja pequena ou cuba Rim; - Procedimento: * Avisar o paciente o procedimento que será realizado; * Lavar as mãos antes e depois do procedimento; * Instruir a paciente para que urine e faça higiene, se não for possível fazer higiene externa; * Colocar a paciente em posição ginecológica, cobrindo-a com o lençol; * Introduzir o medicamento no canal vaginal ( se for pomada coloca-la no aplicador, se for óvulo calçar luva e pegar o mesmo com o auxílio de gaze); * Pedir a paciente que retenha a medicação; * Deixar a paciente confortável; * Lavar e guardar o material utilizado; * Anotar e checar o horário. VENÓCLISE É a administração de medicamentos diretamente e permanentemente na veia. - Material: * Scalp; * Soro conforme prescrição; * Equipo de soro; * Polifix de soro; * Álcool à 70%; * Garrote; * Suporte para soro; * Bandeja. - Procedimentos: * Lavar as mãos antes e depois do procedimento; * Avisar o paciente o procedimento que será realizado; * Preparar o material e levar para o quarto; * Colocar o soro no suporte já montado; * Tirar todo o ar do equipo de soro; * Observar os membros superiores para melhor puncionar a veia (exceto em dobras); * Prender o garrote no membro escolhido e pedir ao paciente para abrir e fechar algumas vezes e fechar a mão até o término; * Fazer anti-sepsia do local; * Introduzir o scalp (jelco), e após cortar o garrote, caso haja refluxo; * Prender o scalp (jelco) com microgaze ou jelco; * Deixar o paciente confortável; * Anotar e checar o horário; * Lavar e guardar o material utilizado. VIA OTOLÓGICA - Material: * Solução Otológica; * Algodão; * Cuba Rim. - Procedimento: * Avisar o paciente o procedimento que será realizado; * Lavar as mãos (antes e depois do procedimento); * Preparar a medicação e colocá-la em cuba Rim; * Colocar o paciente em decúbito lateral ( do lado do ouvido afetado virado para cima); * Colocar o medicamento no conduto auditivo, conforme prescrição; * Proteger a região com algodão; * Anotar e checar o horário; * Lavar e guardar o material. VIA SUBLINGUAL - Material : *Copo plástico descartável pequeno; * Gaze; * Bandeja pequena ou cuba Rim; - Procedimento : * Avisar o paciente o procedimento que será realizado; * Lavar as mãos antes e depois do procedimento; * Colocar os medicamentos envolvidos em gaze dentro do copo; * Oferecer água ao paciente para enxaguar a boca; * Colocar o medicamento sob a língua do paciente e pedir a colaboração de não engolir a saliva até que o medicamento seja absorvido; * Anotar a checar o horário; * Lavar e guardar o material. Nota : Vantagens dessa via: evitar a ação destrutiva do suco gástrico sobre certos medicamentos; ação mais rápida que via oral (a medicação passa diretamente para a circulação geral). ( MEDICAÇÃO TÓPICA É a aplicação do medicamento diretamente sobre o corpo : pele e mucosas. VIA OCULAR - Material : * Solução (colírio) ou pomada; * Gaze; * Cuba Rim. - Procedimento : * Avisar o paciente o procedimento que será realizado; * Lavar as mãos antes e depois do procedimento; * Prepareo paciente mantendo a cabeceira inclinada para trás; * Colocar somente a quantidade prescrita pelo médico; * Afastar a pálpebra inferior com o auxílio de gaze e solicitar ao paciente que olhe para cima; * Colocar o medicamento na conjuntiva (no caso de pomada começar pelo canto interno, movendo em direção ao campo externo; no caso de colírio afastar a pálpebra inferior para baixo com o auxílio de uma gaze); * Pedir ao paciente para fechar os olhos; * Anotar a checar o horário do medicamento; CÁLCULO PARA MEDICAÇÃO Fórmula de Insulina Prescrição x Seringa = P x S Frasco F Exemplo : Foram prescritos 10 u.i. de insulina, tenho um frasco de 80 u.i., a seringa é de 40 u.i.. Quanto tenho que aspirar ? fr = 80 s = 40 10 x 40 = 400 = 5 u.i. 80 80 Fórmula de Heparina Prescrição x Diluição = P x D Frasco ML.F Exemplo: Foram prescritas 2.000 u.i.. O frasco é de 5.000 u.i. para ser diluído em 10 ml. Quanto devo aspirar? 2.000 x 10 = 20.000 = 4ml 5.000 5.000 Fórmula de Penicilina Cristalina Prescrição x Diluição = P X S Frasco F Exemplo : Foram prescritos 400.000 u.i. de penicilina, o frasco tem 5.000.000 u.i. diluído em 10 ml. Quanto devo aspirar ? 400.000 x 10 = 4.000.000 =4 5.000.000 5.000.000 5 = 0,8ML AULA 10 - APLICAÇÃO DE CALOR E FRIO ( APLICAÇÃO DE CALOR: ÁGUA QUENTE E COMPRESSA QUENTE - Indicações: * Aumentar a circulação do local onde é aplicado; * Facilitar a supuração, a circulação e a absorção de exsudatos; * Promover o relaxamento muscular, causar alívio e elevar a temperatura; * Aquecer e dar conforto ao paciente. BOLSA DE ÁGUA QUENTE - Material: * Bolsa de água quente; * Jarro com água quente; * Toalha. - São procedimentos de enfermagem: * Preparar o cliente, explicando o procedimento a ser realizado; * Preparar todo o material, enchendo com água quente 2/3 da bolsa. * Retirar o ar da bolsa, colocando-a sobre uma superfície plana e expandir pelo gargalo o excesso de ar e água. * Fechá-la bem e virá-la para baixo, para escorrer a água do gargalo, secar, se necessário e testar o vazamento; * Levar o material para o quarto, * Envolver a bolsa na toalha; * Expor o local, observando a pele; * Colocar a bolsa protegida, com a toalha e abertura para cima; * Aguardar o tempo prescrito para retirar a bolsa. * Deixar o paciente em posição confortável; * Retirar todo o material do quarto; * Esvaziar bolsa, encher de ar e guardá-la; * Anotar o tratamento feito na Evolução de Enfermagem. COMPRESSAS QUENTES - Material: * Recipiente com água quente; * 2 compressas; * Toalhas. - São procedimentos de Enfermagem: * Preparar o cliente, explicando o procedimento a ser realizado; * Preparar todo o material, e levá-lo para o quarto junto ao paciente; * Expor o local e observar a pele; * Imergir a compressa na água quente e espremer o excesso; * Colocar a compressa no local, renovando-a de 5 em 5 minutos até completar o tempo de aplicação; * Observar a reação local da pele por ocasião da mudança das compressas e a aplicação, enxugando-a; * Deixar o paciente em posição confortável; * Retirar todo o material do quarto, lavando-o e guardando; * Anotar o tratamento na Evolução de Enfermagem. OBS: * Procurar mudar as compressas sem expor o local; * Espremer muito bem as compressas para não molhar o cliente e a cama ( APLICAÇÕES FRIAS: BOLSA DE GELO E COMPRESSAS FRIAS Indicações: * Diminuir inflamação, congestão e diminuir a temperatura do corpo; * Combater hemorragia; * Diminuir a dor por analgesia. BOLSA DE GELO - Material: * Bolsa de gelo; * Cuba redonda de gelo picado, * Toalha. - São procedimentos de Enfermagem: * Preparar o cliente, explicando o procedimento a ser realizado; * Preparar todo o material, colocando gelo na bolsa até 2/3 da sua capacidade, retirando o ar e fechando bem; * Levar todo o material para o quarto; * Proteger a bolsa com uma toalha; * Expor o local, observar a pele e colocá-la na região indicada; * Deixar permanecer o tempo indicado, inclusive renovando o gelo, se necessário, * Secar a região retirando a bolsa; * Deixar o cliente em posição confortável, retirando todo o material do quarto; * Esvaziar a bolsa, lavá-la, enxugá-la e guardá-la; * Anotar o tratamento na Evolução de Enfermagem. OBS: Atender estritamente o tempo de aplicação. COMPRESSAS FRIAS - Material: * Duas ou mais compressas; * Recipiente com água gelada ou gelo picado; * Toalha. - São procedimentos de Enfermagem: * Preparar o cliente, explicando o procedimento a ser realizado; * Preparar todo o material, e levando-o para o quarto do cliente; * Expor o local e observar a pele; * Imergir a compressa no recipiente com água gelada ou gelo retirando o excesso da água. * Aplicar a compressa no recipiente, renovando de 5 em 5 minutos até completar o tempo de aplicação; * Observar a reação local da pele enxugado-a; * Deixar o cliente em posição confortável; * Retirar todo o material do quarto, lavá-lo e guardá-lo; * Registrar o tratamento na Evolução de Enfermagem. OBS.: * Atender estritamente o tempo indicado de aplicação AULA 11: OXIGENOTERAPIA: CATETER NASAL E NEBULIZAÇÃO É administração de oxigênio a uma concentração e pressão maiores que as encontradas no meio ambiente. CATETER NASAL - Material: * Saída de oxigênio; * Fluxômetro; * Umidificador; * Tubo de látex; * Cateter Nasal; * Soro fisiológico ou água esterilizada se necessário; * Xilocaína geleia (se necessário); * Esparadrapo ou micropore. - Finalidade: * Administrar oxigênio em estados hipoxêmicos que resultam de transportes inadequados de oxigênio pelo sangue. - São Procedimentos de Enfermagem: * Preparar psicologicamente o cliente sempre que possível sobre o procedimento a ser realizado; * Preparar todo o material e levar para o quarto e colocá-lo em local firme; * Lavar as mãos e iniciar o procedimento; * Colocar o fluxômetro no bico de oxigênio; * Colocar o soro fisiológico ou água esterilizada no umidificador na marca correta e fixá-la no fluxômetro; * Instalar o tubo de látex no umidificador; * Medir o cateter nasal da narina externa até a ponta do lobo da orelha e marcar o limite com esparadrapo; * Lubrificar o cateter nasal e introduzir do nariz até a orofaringe, até mais ou menos 2 cm da marca do esparadrapo; * Prender o cateter na testa com esparadrapo ou micropore, observando se há tração na asa do nariz; * Conectar o tubo de látex que deverá estar preso no umidificador; * Ligar o oxigênio e colocar a quantidade de litros/hora necessário; * Deixar o paciente tranqüilo e confortável; * Retirar todo o material e guardá-lo, fazendo as devidas anotações de enfermagem. NEBULIZAÇÃO - Material: * Fluxômetro; * Umidificador; * Nebulizador; * Solução para nebulização. - Indicação: * Afecções das vias aéreas superiores; * Complicações pós-operatórias; * Abcessos de pulmão; * Asma e bronquites; * Blastomicose pulmonar; * Em geral, facilitar a expectoração, diminui os processos inflamatórios das vias respiratórias. - São Procedimentos de Enfermagem: * Preparar todo o material e medicação; * Orientar o cliente sobre o procedimento a ser realizado; * Instalar o fluxômetro e o umidificador na fonte de oxigênio ou ar comprimido se indicado; * Instalar o nebulizador com a solução indicada junto ao fluxômetro, regulando o fluxo de oxigênio; * Solicitar a colaboração do cliente para regular o máscara (nebulizador), caso sejapossível; * Manter a nebulização durante o tempo indicado e observar o cliente, * Após o término da mesma, retirar o nebulizador e, levá-lo e colocá-lo em solução; * Retirar o fluxômetro e o umificador e guardá-los; * Deixar o cliente confortável; * Anotar o procedimento realizado. OBS.: No momento de usar o nebulizador, passá-lo em água corrente para remover o desinfetante, ou seja, a solução. ( CATETERISMO VESICAL Introdução de uma sonda vesical estéril pelo meato uretral até atingir a bexiga. ( Finalidade: * Possibilitar o controle hídrico adequado; * Tratamento de retenção de urina; * Monitorização do débito urinário no trans e pós-operatório; * Em diversas patologias ( Procedimento: * Preparo emocional, avisar o que vai ser feito; * Preparar o material e o ambiente; * Lavar as mãos e trazer o material; * Retirar o lençol e ou colcha do cliente; * Colocar o cliente em posição ginecológica; * Colocar um oleado ou compressa sobre o cliente; * Colocar a bandeja sobre uma mesa de mayo ou outra que sirva se suporte; * Colocar o coletor de urina preso no leito com tubo de conexão perto do cliente; * Abrir a bandeja sem contaminar; * Colocar solução anti-séptica na cuba; * Colocar a sonda de Folley dentro da bandeja; * Colocar a seringa e a agulha dentro da bandeja; * Colocar xilocaína sobre uma gaze estéril que deve estar dentro da bandeja desprezando a primeira porção; * Colocar luvas; * Fazer anti-sepsia no local, afastando os grandes lábios com os dedos indicador e polegar da mão esquerda com uma gaze; * Fazer a limpeza de cima para baixo num único movimento, de um lado e depois o outro; * Colocar o campo fenestrado sobre a região; * Colocar a cuba rim próximo a região vulvar; * Retirar a sonda com uma das mãos e lubrificá-la; * Afastar os pequenos lábios; * Introduzir o cateter no meato urinário, deixando a extremidade do mesmo solta na cuba; * Verificar se está saindo urina; * Quebrar a ampola e aspirar o líquido; * Pinçar a sonda na via de saída de urina e na outra via inflar o balão da sonda com 5 cm de água destilada ou ar; * Puxar a sonda suavemente para verificar se está fixa; * Retirar o campo frenestado pinçando a sonda com os dedos; * Conectar a sonda ao coletor; * Retirar as luvas; * Fixar a sonda com esparadrapo na coxa; * Retirar o oleado pela frente do cliente; * Posicionar o cliente; * Levar a bandeja para o posto, lavar as mãos e fazer anotações. ( Retirada da sonda: * Comunicar ao cliente o que será feito; * Preparar o material para a retirada; * Lavar as mãos; * Calçar luvas; * Desinsuflar o balonete, observando se o volume retirado eqüivale ao introduzido; * Tracionar vagarosamente a sonda com a mão; * Desprezar no lixo; * Limpar a região com gaze; * Colocar o cliente em posição confortável; * Levar o material e fazer as anotações. AULA 12 – BANDAGEM Faixa aplicada de modo cômodo e conveniente para envolver, prender e proteger partes lesadas, ou manter curativos e talas no lugar adequado. Ou atadura aplicada tecnicamente sobre determinadas partes do corpo. Finalidades: - Impedir movimentos; - aquecer uma articulação e membros; - exercer pressão, com o objetivo de controlar hemorragia; - promover a absorção de líquidos dos tecidos; - proporcionar conforto, ajudando a circulação venosa nos casos de edema ou varizes dos membros inferiores; - fixar curativos; Regras para aplicação: - Use material de atadura que melhor se adapte a seu propósito; - inicie a aplicação nos membros a partir da extremidade para a raiz do membro, facilitando a circulação de retorno; - use atadura que apresente um aspecto agradável, para evitar pregas e rugas; - impedir, por meio de gazes ou de algodão, que duas superfícies corporais fiquem em contato direto, para evitar irritação ou mesmo ferimentos; - deixar descoberta uma parte da extremidade do membro enfaixado, para observar a circulação; - começar, segurando o rolo da atadura para cima, sobrepondo ás voltas seguintes; Tipos de Bandagens: - Recorrente: È a do tipo capacete, aplicada na cabeça, nas pontas dos dedos e nos cotos de amputação. - Espiral lenta: É aquela em que cada volta recobre 2/3 da largura da volta anterior; - Espiral apressada ou oblíqua: É a aquela em que às voltas não tocam-se entre si; - Cruzada ou em oito: Conhecida como espiga, consiste em cruzar a atadura em forma de “8”; usada nas articulações: cotovelo, joelho, punho e tornozelo, nas ligações da mão e do pulso, na cabeça e no pescoço. - Espiral reversa: A cada passagem, ela é invertida, ou seja, a parte interna torna-se a externa, e assim sucessivamente; Aplica-se no antebraço, coxa e perna. AULA 13 - SONDAGEM GÁSTRICA E ENTERAL ( SONDAGEM GÁSTRICA Material: * Sonda de levine; * 1 seringa de 10 ml ou 20 ml; * Gaze estéril; * Luvas; * Esparadrapo; * Água; * Xilocaína. Indicações: * Retirar fluidos e os gases do trato intestinal (descompressão) * Prevenir ou aliviar náuseas e vômitos; * Determinar a quantidade de pressão e de atividade motora no trato gastrintestinal (estudos diagnósticos); * Cliente com obstrução mecânica e sangramento dentro do trato gastrintestinal superior; * Administrar medicamentos e alimentos (gavage) diretamente do trato gastrintestinal; * Obter amostra de conteúdo gástrico para estudos laboratoriais. São procedimentos de Enfermagem: * Preparar todo o material * Preparar psicologicamente o paciente sempre que possível; * Trazer o material e colocá-lo em lugar firme e perto do paciente. Colocar o biombo sempre que necessário; * Colocar o cliente na melhor posição permitida; * Calçar as luvas. * Pegar sonda e medir da ponta do nariz até o lobo da orelha e do apêndice xifóide, marcando-a; * Lubrificar e introduzir a sonda, pelo nariz, solicitando o auxílio do cliente quando possível e mantendo-o com a cabeça fletida; * Cliente se lúcido, fazer movimentos de deglutição e respirar; * Aspirar com a seringa, para saber se há retorno de secreção do estômago; * Colocar o estetoscópio e ouvir se há entrada de ar no estômago, sendo o mesmo injetado pela seringa * Após a confirmação do local exato da sonda, fixá-la na testa; * Retirar todo o material do quarto e organizá-lo; * Procurar deixar o cliente o mais confortável possível; * Anotar na Evolução de Enfermagem o procedimento realizado. ( ALIMENTAÇÃO PELA GASTROSTOMIA Consiste na introdução de alimentos líquidos no estômago por meio de um tubo de borracha inserido na parede abdominal. Material: * Seringa 50 ml; * Equipo de soro e frasco; * Pacote de curativo; * Soluções para curativo; * Luva; * Esparadrapo; Cuba rim. Indicação: Administração de alimentos. Em alguns casos, ela pode ser utilizada para nutrição prolongada, como por exemplo: no paciente idoso ou debilitado. São Procedimentos de Enfermagem: * Assegurar a privacidade do cliente e explicar o procedimento antes que a sonda da gastrostomia seja descoberta por ele; * Levar todo o material necessário para perto do paciente; * Administrar lentamente a alimentação através da seringa ou frasco de soro com equipo, conectado a extremidade da sonda, mantendo-a elevada; * Após terminar, despejar um pouco de água para lavar a sonda e fechá-la com a pinça ou ponta de borracha para evitar vazamento. ( SONDAGEM ENTERAL Material: * Sonda enteral (Doob Hoff); * Guia; * Esparadrapo; * Luvas; * Gaze; * Xilocaína geleia; * Água. Indicação: Em pacientes com disfagia (dificuldade de engolir), períodos prolongados de inconsciência ou anorexia; Em obstrução ou traumatismo bucal ou esofágico;Em pessoas debilitadas ou submetidas a cirurgia do trato gastrintestinal e que, por isso, não podem ingerir os alimentos normalmente. São procedimentos de Enfermagem: * Preparar todo o material; * Preparar psicologicamente o cliente sempre que possível; * Trazer o material e colocá-lo em local firme e perto do paciente, colocando um biombo sempre que necessário; * Colocar o paciente na melhor posição permitida; * Lavar as mãos; * Calçar luvas; * Pegar a sonda e medir da ponta do lóbulo da orelha até nariz e da ponta do nariz até o apêndice xifóide; * Lubrificar a sonda com xilocaína geleia, solicitando o auxílio do cliente sempre que possível. Se necessário, colocar um pouco de xilocaína geleia na narina onde será introduzida a sonda; * Introduzir a sonda, mantendo a cabeça do paciente fletida; * Colocar o estetoscópio na altura do estômago e injetar ar através de uma seringa pela sonda para ter certeza de sua localização; * Aguardar a solicitação do médico par que seja feito raio x para confirmação da localização da sonda; * Fixar a sonda; * Retirar todo o material do quarto e limpa-lo; * Deixar o paciente confortável; * Fazer as anotações na Evolução de Enfermagem. ( NUTRIÇÃO ENTERAL É a alimentação por sonda entérica, fornecida ao duodeno distal ou jejuno proximal. A sonda é passada pelo nariz para dentro do estômago, ultrapassando o piloro. É um método seguro e eficaz de fornecer nutrientes por longos períodos. A sonda comumente usada é a Dobb Hoff. Material: * Frasco de soro vazio ou frasco próprio * Equipo soro; * Bandeja ou cuba rim Indicações: * Desnutrição; * Cirurgia gastrointestinal; * Fístulas do aparelho digestivo; * Traumatismos; * Queimaduras; * Má digestão e má absorção de alimento; * Síndrome do intestino curto; * Coma ou semiconsciência; * Cirurgia maxilo facial. São Procedimentos de Enfermagem: * Lavar as mãos; * Pegar o frasco de nutrição enteral em temperatura ambiente; * Colocar o equipo no frasco e pôr na bandeja; * Identificar o frasco e rotular; * Levar o material para o quarto e preparar o paciente, sempre que possível; * Controlar o gotejamento, pois se a administração for rápida pode ocorrer diarréia; * Observar constantemente a administração da alimentação para detectar qualquer anormalidade; * Retirar o material do quarto, limpá-lo e guardá-lo; * Após o término, lavar a sonda; * Deixar o paciente confortável; * Anotar na Evolução de Enfermagem. AULA 14 - ASPIRAÇÃO Material : * Sonda de Aspiração; * Gaze; * Luvas; * Aspirador; * Tubo de látex; * Água esterilizada; * Seringa de 10 ml. Indicações: Manter vias aéreas superiores desobstruídas em cliente impossibilitados de eliminar as secreções. Clientes entubados e traqueostomizados. São Procedimentos de Enfermagem: * Preparar o cliente explicando o procedimento a ser realizado, sempre que possível; * Levar o material para o quarto do cliente; * Preparar o aspirador, conectar o tubo de látex, calçar a luva e conectar a sonda de aspiração; * Introduzir a sonda pinçada no TOT ou cânula de traqueostomia ou cavidade oral, soltando-a em movimentos circulares, evitando traumatismos ou lesões nas mucosas; * Umidificar a sonda para fluidificar secreções, com solução fisiológica ou água destilada, introduzindo pequenas quantidades (5 a 10ml) de cada vez e aspirando em seguida; * Aspirar várias vezes, se necessário, mantendo-se um pequeno intervalo entre cada aspiração, para que o cliente possa ventilar (espontaneamente ou com respirador) * Terminada a aspiração, mergulhar a sonda e promover a sucção, para lavar toda a extensão do aspirador. AULA 15 - CURATIVOS Consiste na limpeza e proteção das soluções de continuidade da pele ou mucosa, de causas espontâneas ou induzidas. ( ASPECTOS ÉTICOS Todas as atividades profissionais são ditadas por princípios éticos e morais. Existem “leis” genéricas e específicas que os determinam de modo a evitar erros ético-profissionais. Imperícia é execução de uma função sem a plena capacidade para tal. É cometer um erro por falta de conhecimento ou habilidade. Como exemplo, um acadêmico ou profissional não habilitado que realiza o procedimento do curativo de forma inadequada. Para evitá-la deve-se procurar uma boa formação acadêmica, onde serão ensinados preceitos que deverão aumentar o interesse, estimulando o raciocínio. Imprudência é o erro acometido com conhecimento das regras e não executado a perfeição. Tomando o exemplo anterior é como se o profissional preparado insistisse em realizar um curativo de forma inadequada. Ou ainda, caso fosse um estudante, desacompanhado de seu instrutor, executasse o curativo equivocadamente. O erro aqui está em não ter solicitado auxílio, já que ele está em treinamento. O bom senso é preponderante. Negligência é considerado o mais grave dos três. É o erro acometido conscientemente. É o equivalente de saber como deve ser feito e, sem a existência de nenhum fator de impedimento, não fazê-lo. Seria como se alguém habilitado tratasse o paciente de forma incorreta. Uma forma de evitar ou minimizar os erros de conduta é o trabalho em equipe. Dividir as tarefas e responsabilidades é uma conduta a ser tomada. É bom salientar os excelentes resultados do trabalho multidisciplinar e interdisciplinar, principalmente no tratamento das feridas. ( ASPECTOS PSICOLÓGICOS Mantendo a conduta metodológica ideal de que o atendimento do cliente deva ser de forma holística, não pensando somente na lesão, mas sim nele como um todo... Integrando corpo e alma! Sabemos que a manifestação da ferida pode ter várias origens, podendo inclusive denotar o nível de desenvolvimento de uma população. A ferida é um problema sócio-econômico e educacional, pois para a cicatrização das lesões são importantes a boa nutrição, assiduidade e higiene da área afetada, ainda mais perante a eventual necessidade de aquisição de antibióticos. Na condição de miséria e fome, que grande parte da população mundial esta sujeita, o “viver da doença” passa a ser um aspecto comum. Devemos aprender a valorizar os aspectos psicológicos do portador de feridas, isto vem salientar mais uma vez a importância da abordagem interdisciplinar, necessitando em muitos casos da intervenção do psicólogo. - CLASSIFICAÇÃO DAS FERIDAS De acordo com a maneira como foram produzidas incisas ou cirúrgicas – são aquelas produzidas por um instrumento cortante. As feridas limpas geralmente são fechadas por suturas. feridas contusas – são produzidas por objeto rombo e são caracterizadas por traumatismo das partes moles, hemorragia e edema. Laceradas – são aquelas com margens irregulares como as produzidas por vidro ou arame farpado. Perfurantes – são caracterizadas por pequenas aberturas na pele. Ex.: feridas por PAF ou por arma branca De acordo com o grau de contaminação Limpas – são aquelas que não apresentam inflamação e em que não são atingidos os tratos respiratório, digestivo, genital ou urinário. Limpas-contaminadas – são aquelas nas quais os tratos respiratório, digestivo ou urinário são atingidos, porém em condições controladas. Contaminadas – incluem feridas acidentais, recentes e abertas e cirurgias em que a técnica asséptica não foi respeitada devidamente. Infectadas ou sujas – são aquelas nas quais os microorganismos já estavam presentes antes da lesão. De acordo com o comprometimento tecidual Estágio I – caracteriza-se pelo comprometimento da epiderme apenas, com formação de eritema em pele íntegra e sem perda tecidual; Estágio II – caracteriza-se por abrasão ou úlcera, ocorre perda tecidual e comprometimento da epiderme, derme ou ambas. Estágio III – caracteriza-se por presença de úlcera profunda, com comprometimento total da pele e necrose de tecido subcutâneo, entretanto a lesãonão se estende até a fáscia muscular. Estágio IV – caracteriza-se por extensa destruição de tecido, chegando a ocorrer lesão óssea ou muscular ou necrose tissular. - FATORES QUE INFLUENCIAM A CICATRIZAÇÃO DAS FERIDAS FATORES LOCAIS: São aqueles ligados a ferida. Localização da ferida – feridas em áreas mais vascularizadas e em áreas de menor mobilidade e tensão cicatrizam mais rapidamente do que aquelas em áreas menos irrigadas ou áreas de tensão ou mobilidade (como cotovelos, nádegas, joelhos) Grau de contaminação Presença de secreção e hematomas - o acúmulo de sangue propicia o acúmulo de células mortas que precisam ser removidas, bem como o surgimento de hematomas e isquemia. Isso provoca dor e lentifica o processo de cicatrização Infecção – colonização da ferida não deve ser confundida com infecção. A colonização ocorre quando a ferida é mantida livre de tecido necrótico e/ou material estranho e é controlada pela ação de neutrófilos e macrófagos. Já a infecção ocorre quando há uma alta concentração bacteriana, tecido local comprometido (escara, necrose ou corpo estranho) e comprometimento generalizado do cliente. Corpo estranho na ferida – implantes de silicone, válvulas cardíacas artificiais, material de curativo ou qualquer outro corpo estranho podem retardar o processo de cicatrização, por serem inertes. Necrose tecidual FATORES SISTÊMICOS: São ligados ao paciente. Idade do cliente – o envelhecimento torna os tecidos menos elásticos e menos resistentes o que dificulta a cura da ferida. Perfusão de tecidos e oxigenação – Doenças que afetam o fluxo sangüíneo normal podem afetar a distribuição dos nutrientes das células, assim como os componentes do sistema imune do corpo. Essas condições prejudicam a capacidade do organismo em transportar células de defesa e antibióticos administrados, o que dificulta o processo de cicatrização. O fumo reduz a hemoglobina funcional e leva à disfunção pulmonar o que reduz o aporte de oxigênio para as células e dificulta a cura da ferida. Nutrição – uma deficiência nutricional pode dificultar a cicatrização, pois deprime o sistema imune e diminui a qualidade e a síntese de tecido de reparação. As carências de proteína e de vitamina C são as mais importantes pois afetam diretamente a síntese do colágeno. Edema e Obstrução linfática – dificultam a cicatrização pois diminuem o fluxo sangüíneo e o metabolismo do tecido, facilitam o acúmulo de catabólitos produzindo a inflamação Medicamentos – os antiinflamatórios, antibióticos, corticosteróides, os quimioterápicos, e os radioterápicos podem reduzir a cicatrização de feridas, pois diminuem a resposta imune normal à lesão. Eles podem interferir na síntese proteíca ou divisão celular, agindo , diretamente na produção de colágeno. Além disso podem tornar a cicatriz mais frágil, aumentando a atividade da colagenase. Deve-se também evitar o uso indiscriminado de antibióticos na ferida. Diabetes – um alto nível de glicose dificulta a cicatrização, levando a problemas de vascularização e susceptibilidade a infecção. Hiperatividade do cliente – a hiperatividade dificulta a aproximação de bordas da ferida. O repouso favorece a cicatrização. TRATAMENTO TÓPICO INADEQUADO Sabões tensoativos – pode Ter ação citolítica afetando a permeabilidade da membrana. Soluções anti-sépticas – também tem ação citolítica. Quanto maior concentração do produto maior será a toxicidade afetando o processo cicatricial. Esta solução em contato com exsudato e sangue da ferida tem sua ação comprometida. ( ASPECTOS NUTRICIONAIS A deficiência nutricional interfere em todas as fases da cicatrização. Num paciente caquético com feridas devemos fornecer substratos para melhorar a nutrição de paciente e, consequentemente, sua condição clínica facilitando a cicatrização de suas lesões. Sabe-se que a hipoproteinemia diminui a resposta imunológica, a síntese de colágeno e a função fagocítica. MATERIAL E TÉCNICA DE TRATAMENTO DE FERIDA - Material: * Curativo; * Pacotes de gaze; * Soluções prescritas; * Esparadrapo; * Tesoura. - Técnica: Antes de iniciar o trabalho, obter todas as informações sobre o curativo: local, tipo, soluções usadas; Explicar ao cliente o que vai ser feito; Providenciar o material necessário; Levar a bandeja com o material e colocar sobre a mesa de cabeceira ou carrinho de curativo; Lavar as mãos; Pacotes de gaze; Soluções prescritas; Esparadrapo; Tesoura; Abrir todo o material necessário sem contaminar; Descobrir a área a ser trabalhada e proteger a cama com um oleado ou impermeável; Com uma das pinças (Kocher) desprender o esparadrapo, embebendo em éter uma compressa de gaze; Retirar o curativo; Uma pinça anatômica permanece no campo estéril, deixando o cabo para fora, esta pinça servirá para as gazes e ou ajudar a prepará-la; Limpar e tratar a lesão, obedecendo ao princípio do menos contaminado para o mais contaminado, usando tantas gazes quanto forem necessárias; Iniciar a limpeza da ferida da parte mais limpa para a menos limpa; Efetuar a lavagem da ferida das bordas para o centro; Efetuar a secagem da ferida do centro para as bordas; Usar os antissépticos prescritos; Cobrir o local com gaze, fixando com esparadrapos; Colocar as pinças usadas enroladas em compressa ou em uma cuba rim; Deixar o ambiente confortável; Lavar as mãos; Fazer as anotações. OBS.: Ao retirarmos o curativo da ferida, devemos ter cautela ao manusear. O recipiente deve estar próximo para evitar disseminação; Ao fazermos um curativo, devemos evitar corrente de ar no ambiente; Ao fazermos um curativo, deve - se evitar falar, tossir ou respirar em cima da ferida ou do material do curativo. Antissépticos Anti-sepsia com PVPI tópico (Povidine®) ou Clorexidina tópica: Tem finalidade de prevenir a colonização. Podem ser neutralizados rapidamente na presença de matéria orgânica e necrose. - é indicado na anti-sepsia da pele e mucosas, de peri-cateteres, peri-introdutores e fixadores externos - contra-indicado em feridas abertas, pois é citolítico e retarda o processo de cicatrização. Anti-sepsia com a solução de clorexidina Tem ação bacteriana tanto para Gram positivas como Gram negativas, porém com maior efeito nas Gram negativas. ANEXOS Lavagem das mãos É a medida individual mais simples e menos dispendiosa para prevenir a propagação das infecções relacionadas à assistência à saúde. Recentemente, o termo “lavagem das mãos” foi substituído por “higienização das mãos” devido à maior abrangência deste procedimento. O termo engloba a higienização simples, a higienização anti-séptica, a fricção anti-séptica e a anti-sepsia cirúrgica das mãos, que serão abordadas mais adiante Como realizar? � Obs: Cada aula prática desenvolvida em laboratório, todo aluno deverá estar sempre treinando com o auxílio da instrutora, e algumas delas poderão ser realizadas em casa com atenção e responsabilidade. ANEXO: Calçamento de luvas O procedimento de calçar um par de luvas estéril requer técnica correta, para evitar a contaminação da luva, fato este que pode ocorrer com facilidade, por isso requer muita atenção. As luvas estéreis devem ser utilizadas sempre que ocorrer a necessidade de manipulação de áreas estéreis. Existem vários procedimentos que exigem a utilização de luvas estéreis, entre eles os procedimentos cirúrgicos, aspiração endotraqueal, curativos extensos, que se tornam difíceis realizar somente com o material de curativo. 3.1 Tamanhos específicos: Podem ser encontradas nos tamanhos P, M ou G, ou até mesmo em tamanhos numerados como 6.0, 6.5, 7.0 até 9.0. E pode variar de acordo com o fabricante. Após realizar a lavagem correta das mãos, abra o pacote de luvas sobre uma superfície limpa, à altura confortável para sua manipulação. � 3.2. Realizando a técnica �
Compartilhar