Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
O OLHAR DE UM SOCIÓLOGO.[1] Nome do aluno* O Filme trata de um professor (Rainer) que aplica na sua classe um projeto que deveria durar uma semana, este tem como tema a autocracia, os alunos empolgados levam o projeto ao extremo e este toma um tom de monarquia absolutista, os alunos chegam a pichar os muros da cidade, espalhar adesivos, e até excluírem aqueles que não compactuam com seus ideais. O professor se percebe o sucesso do projeto da semana e a cada dia traz elementos novos para o “grupo”, uniforme, slogan, os ensina a marchar etc. O grupo toma ma certa autonomia, os alunos começam a se reunir para fazerem festas somente para quem participa, criam uma forma de comprimento, que imita uma onda, e se relacionam entre si como ma verdadeira família. Logo o professor percebendo ate onde a situação chegou tenta dar um fim ao projeto, mostra aos alunos o quão longe o projeto já foi e um deles se revolta atirando em um dos colegas e depois se suicidando, ao final de tudo o professor é preso pelo responsabilizado pelo acontecido. Aqui busco fazer uma analise a partir de um olhar sociológico partindo de Marx Weber tratando da ação individual que move o coletivo, de Émile Durkheim com o fato social e a coerssão, e Karl Marx dando enfoque na educação como alienante. Emile Durkheim falando do fato social de maneira mais especial de correntes sociais diz: Por exemplo, numa assembleia, as grandes reações de entusiasmo, indignação e piedade que se produzem não têm como ponto de origem nenhuma consciência particular. Elas advêm do exterior a cada um de nós, sendo suscetíveis de nos arrebatar à nossa revelia. Sem dúvida. É possível que, entregando-me a elas sem reservas, eu não sinta a pressão que elas exercem sobre mim. Porém, basta eu tentar lutar contra elas que ela se acusa. Caso o individuo tente se opor a uma dessas manifestações coletivas, os sentimentos que ela nega voltam-se contra ele. Ora, se esse poder de coerção externa inrrompe com tal nitidez nos casos de resistência, é porque ela existe, mesmo, inconsciente, nos casos contráios.(CASTRO, Celso. 2014 p. 28 ) No filme percebo esse movimento a partir da reação de uma das alunas chamada Karo que se recusa a usar camiseta branca, o que havia sido acordado pela turma no dia anterior, e é excluída pelo grupo, antes ela não sentia a opressão que existia sobre ela pois seguia o ritmo, mas quando rompe e tentar ser diferente ela se depara com a opressão que gera desconforto e afastamento do grupo. Se dá de tal forma essa coerção, que a aluna se volta contra o movimento e começa a ser perseguida pelos que dele fazem parte. Para àqueles que se encontram na “Onda”, o movimento é muito benéfico e os ajuda a perceberem-se parte de algo maior do que eles mesmos, muitos começam a ter mudanças de atitudes e até a se relacionarem com pessoas que habitualmente não se relacionariam. Fulana sente a coerção exercida sobre ela em relação ao movimento, percebi nitidamente como o filme se relaciona com o fato social em Durkheim, diz ele que o fato social “[...]sendo empregado, no uso corriqueiro, para designar praticamente todos os fenômenos que se dão no âmbito da sociedade, ainda que estes não ofereçam, além de certa generalidade, qualquer interesse social”. (CASTRO, Celso. 2014 p. 26 ) As influencias socias são tão grandes sobre o individuo que ele pode fazer coisas, estando em multidão ou profundamente influenciado pelo meio, que não faria se estivesse sozinho. percebemos então que sofremos uma influência muito mais que os concebido. Acontecendo inclusive de eles nos causarem horror, de tal forma contrariavam a nossa natureza. Nesse sentido, indivíduos, completamente inofensivos em sua maioria, podem, reunidos em massa, ser compelidos a atos de atrocidade. (CASTRO. IDEM, p. 27) Na última cena do filme pude observar claramente esse movimento, logo após o professor desfazer “A Onda” onde os jovens percebem até onde eles seriam capazes de ir se da o suicídio de um dos alunos, eles ficam em um estado de neutralidade, sem saber bem o que aconteceu, e muitos que seriam inofensivos em nome do movimento se deixaram envolver ao ponto de irem contra seus próprios amigos. Partindo agora do olhar de Marx Weber(1864-1920) percebo a vontade de poder, segundo weber vontade de poder é aquilo que faz com que o individuo se mova dentro da sociedade, é o desejo de fazer ou alcançar determinada coisa ou objetivo que me move no meio social, a coletividade só existe por causa da vontade individual,a sociologia deve buscar assim o significado das escolhas individuais no coletivo. Quando faço um escolha por meio da vontade de poder, esta tem um efeito social, logo o individuo por meio desta se une com outros e formam-se assim os grupos sociais, que seriam: a família, o trabalho, a escola, o bar, o jogo de futebol, etc. Sendo assim a sociedade é formada por vários micro grupos, ela é o conjunto das ações individuais do todo. Ele acredita na transformação social a partir da ação individual diferente de Marx que convocava a revolução. Verifico no filme todos estes aspectos citados acima, um grupo que por meio da ação individual de um leva a vários se unirem e formarem um micro grupo social que move-se no todo partindo de uma vontade de poder que os unifica, a ação individual do professor(Reiner) move os alunos. Weber diz que existem três tipos de dominação: Legal, tradicional e carismática. A carismática é aquela onde aquele que manda possui um “carisma” e por esse motivo os outros o seguem, as qualidades excepcionais que ele apresenta lhe dão esse “poder especial” sobre os dominados. No filme o professor Reiner (que passa a ser chamado de Sr. Wenger ao longo da semana do projeto) exerce sobre os alunos esse tipo de dominação carismática, de tal forma que um deles se dispõe a protegê-lo durante todo o tempo, chega até a dormir na rua por acreditar no ideal que é passado pela “Onda” na pessoa do Sr. Wenger. No final do filme quando este se suicida ele o faz por não conseguir atirar no professor, não quer que “A Onda” fique sem um líder e se desespera ao ponto de escolher a morte. Weber fala de valores ideias que são corrompidos, diz que existem valores que são idealizados pelo sociólogo que buscam iluminar a pesquisa do mesmo sobre a sociedade [1] Tema desenvolvido a partir do filme A Onda. Direção de Dennis Gansel. Alemanha: Constantin Film AG, 2008. 1 DVD. 147 min. *Aluno graduando no curso de filosofia na … . Disciplina de Metodologia do Trabalho Científico, aplicada pela Mr. prof. nome do professor..
Compartilhar