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Análise crítica Filme “A Onda”
O filme “A Onda” é um filme de 2018, dirigido por Dennis Gansel, produzido na Alemanha, trata-se da história de Rainer Wenger um professor que contra a sua vontade, fica encarregado de lecionar uma aula sobre autocracia (regime no qual o governante exerce poder absoluto). Seus alunos de ensino médio pelo qual é responsável, não acreditam na volta do nazismo e então o mesmo decide provar para a sua turma através de diversos experimentos que essa realidade está bem próxima, utilizando mecanismos como sua autoridade e manipulação de massas.
O Professor Wenger então coloca novas regras para o grupo tais como chama-lo de Senhor Wenger, uniformes brancos para deixar todos os integrantes da turma parecidos, sem qualquer individualidade, mudando as carteiras de posição, formando duplas de alunos com notas parecidas e impondo permissão para falarem. 
O movimento é colocado o nome de “A onda” e em pouco tempo o grupo começa a crescer rapidamente, onde o movimento se expande para além dos muros da escola, onde um grupo cria um símbolo para o movimento e logo espalham essa marca sobre toda a cidade, criando uma saudação especifica para eles. Assim que o professor percebe que a atividade foge do controle, tenta encerrar, porém não consegue.
O inicio do filme nos mostra, que antes do projeto do professor ser aplicado o personagem Marco um aluno que possui uma família que não lhe oferece muita atenção, apesar de fazer parte do grupo da sala parece não se identificar com o mesmo até surgir o movimento “A onda” no qual demonstra identificação e entusiasmo ao participar do movimento, demonstrando sua completa adesão ao queimar suas roupas coloridas para ter apenas roupas brancas que são tidas como uniforme do grupo. 
Outro personagem que se destaca ao inicio do filme é aluno Tim, que parece a procura de um grupo e que adere a movimento “A onda” por se sentir aceito e entender que o grupo representa suas ideias e vontades.
Tanto Marco, um adolescente no qual enxerga sua família de maneira negativa quanto Tim, que briga com sua namorada por não aderir ao grupo “A onda”, trazem questões que representam nossa busca por aceitação e pertencimento a um determinado grupo social de maneira espontânea, demonstrando que somos seres sociais e como ao longo de nossas vidas fazemos partes dos mais diferentes grupos de pessoas, seja por escolhas próprias, ou seja, por circunstancias que independem de nossa vontade desde nossa infância até a vida adulta. 
Entretanto, apesar da adesão de vários membros ao movimento “A onda”, observou-se no filme que as características do grupo autocrático tais como o papel do coordenador como sua falta de empatia e liderança autoritária fez com que alguns integrantes perdessem o interesse em participar como a namorada do estudante Tim, que ao inicio demonstrou vontade em fazer parte, porém ao perceber que o grupo não acolhia suas ideias, decide sair assim como outras pessoas, resultando na falta de coesão trazendo diversos conflitos e problemas ao grupo.
Para Andaló (2006), a liderança autoritária podem apresentar dois tipos de reações grupais, a saber, uma agressiva, irritada e autocentrada, e a outra submissa, altamente dependente, apresentando comportamentos socialmente apáticos, onde apresenta nível baixo de coesão. No filme podemos perceber esses dois tipos de comportamentos grupais ocorrendo, dos alunos que aderem ao sistema de liderança apesar da ausência de liberdade e individualidade e outros que não se sentem representados e acabam que abandonando.
Outro ponto a ressaltar no filme são as falas curtas dos personagens assim como as condutas do professor Wenger que não dava chances para os integrantes em desenvolver pensamentos ou apresentar argumentos e hipóteses, induzindo os alunos ao ideal em comum, pela emoção e simpatia. Inclusive os que não concordavam com as imposições estabelecidas pelo professor, eram convidados a se retirarem, ou seja, uma tentativa de eliminar possíveis argumentos, onde observa-se que mesmo após as aula os alunos continuavam a respeitar as normas demonstrando a influência do líder.
Quanto à interrelação dos papeis dos integrantes, podemos destacar no filme dois alunos, o primeiro é o aluno Tim que se comporta como porta-voz do grupo, informando o professor sobre as ideias e comportamentos do grupo, o segundo seria o aluno Marco onde assume por diversas vezes a função de uma espécie de segundo líder no grupo, quando protege os demais numa briga ou quando conversa com o professor demonstrando querer ajuda-lo com o movimento.
Segundo Baremblitt (1982), a estrutura de funcionamento de um grupo, independente de seu campo de ação, ocorre através das interrelações de mecanismos de aceitação e distribuição de papeis, sendo que cada membro constrói seu papel em relação aos outros. Dentre esses papeis destaca-se o papel do porta-voz, considerado um dos pilares desta teoria, sendo o membro que em certo momento informa sobre as ansiedades do grupo e a necessidade da totalidade assim como o papel do líder que seria um detentor de aspectos positivos do grupo.
Referências:
Andeló, C.S.A. Mediação grupal uma leitura histórico cultural. São Paulo. Editora Ágora, 2006.
Baremblitt, Gregório. Grupos: Teoria e técnica. 1982.

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