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Direito Processual Penal

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FRANCISCO PINHEIRO DE LIMA
Questões:
A) ESTABELEÇA A RELAÇÃO ENTRE A AMPLA DEFESA, CONTRADITORIO E O PRINCÍPIO DA IGUALDADE PROCESSUAL:
	Para Eugênio Pacelli Oliveira, a ampla defesa é fundamental para todo processo, inclusive, sendo essencial no processo penal, sendo uma garantia para proteger o acusado diante das acusações que lhe forem feitas, para que a relação processual seja justa e igualitária. O processo justo deve ser realizado sob instrução contraditória, perante o juiz natural da causa, no qual seja exigida a efetiva participação da defesa técnica, como única forma de construção válida do convencimento judicial.
Faz-se consolidação de um modelo processual penal garantista: afirmação do princípio do contraditório e da ampla defesa, proibição do excesso estatal, afirmação dos Direitos fundamentais, para que se possa alcançar o princípio da igualdade processual.
B) EM UM SISTEMA ACUSATÓRIO COMO SÃO ESTABELECIDOS OS LIMITES AOS PODESRES INSTRUTÓRIOS DO JUIZ? ANALISE A QUESTÃO À LUZ DOS PRINCÍPIOS DA IMPARCIALIDADE E DA INÉRCIA DA JURISDIÇÃO E EXEMPLIFIQUE COM AS EXCEÇÕES DO CPP.
	O princípio do Juiz natural imparcial e com jurisdição fixada previamente ao cometimento do crime obrigado a motivar suas decisões, segundo o chamado livre convencimento motivado ou persuasão racional encontra-se já assentado no direito brasileiro.
A imparcialidade do juiz é pressuposto de validade do processo, devendo o juiz colocar-se entre as partes e acima delas, sendo esta a primeira condição para que possa o magistrado exercer sua função jurisdicional. A imparcialidade do juiz é uma garantia de justiça para as partes e, embora não esteja expressa, é uma garantia constitucional. Por isso, tem as partes o direito de exigir um juiz imparcial.
O principío constitucional da inércia processual ou de jurisdição é aquele que se caracteriza pela proibição do Estado-Juiz de iniciar uma lide ou demanda em nome do sujeito de Direito, direito subjetivo a que todos é dirigido e é expresso por norma cogente. É o princípio dispositivo que informa que nenhum juiz prestará a tutela jurisdicional senão quando a parte ou o interessado a requerer. Impede que o magistrado instaure ex officio o processo.
	Com isso veda-se completamente qualquer ação probatória de um juiz como a de por exemplo, ouvir testemunhas cuja a existência somente se soube (por todos) após a referência feita em audiência por outra testemunha, é limitar perigosamente a função judicante, sem qualquer justificativa racional. 
Com a reforma pontual do Código de Processo Penal trazida pela Lei 11.690/2008 surgiram diversos questionamentos no meio jurídico sobre a constitucionalidade e adequação das novas regras ao sistema penal vigente. Um dos dispositivos que gerou enorme controvérsia na doutrina foi o inciso I do artigo 156 do CPP, que, com a nova redação, permite ao juiz, antes de iniciada a ação penal e de ofício, ou seja, sem provocação de qualquer interessado, determine a produção de provas.
B1) É impossível falar de neutralidade do julgador? Justifique
	Não há neutralidade, tendo em vista que quando o juiz se depara com o processo, ele, inevitavelmente, fara uma valoração com suas experiências, ideologias e paixões. Ora, negar isso é negar o caráter humano do julgador. Impossível, pois, falar-se em neutralidade
B 2) como autor analise a norma 156, I do CPP?
	Como absolutamente inconstitucional, uma vez que o Juiz exerce jurisdição e não atividade investigatória.
C) Quais são os três princípios estruturais do devido processo legal elegidos pelo autor? 
	O Princípio ou situação de inocência, o da admissibilidade das provas obtidas ilicitamente e o do direito ao silêncio.
D) Qual a relação estabelecida pelo autor entre o princípio da inocência e do indubio pro reo? 
	O autor afirma que a concretização jurídica de inocente, de fato, impõe inúmeras consequências a começar pelo esvaziamento de uma antiquíssima regra processual penal, sobretudo relativamente às questões probatórias, a saber, a do in dubio pro reo, uma vez que reconhecida e afirmada a inocência, não como presunção, mas como verdadeira realidade ou concretização jurídica dessa realidade sendo a restrição prevista em lei.
D1) Ás folhas 142 do texto, o autor discorre acerca da prisão em execução provisória da pena ( decisões de segundo grau), pergunta-se: como se encontra o tema hoje a luz do entendimento do STF?
No ano de 2016, a Corte mudou a jurisprudência e passou a considerar que sim, que o cumprimento da pena pode começar após a condenação em segunda instância. Esse entendimento foi reafirmado em três julgamentos.
Em fevereiro de 2016, o Supremo decidiu que um réu condenado em segunda instância poderia cumprir imediatamente a pena. Foi no julgamento de um habeas corpus que, em tese, valeria apenas para aquele caso específico. Mas, com base nessa decisão, muitos juízes de todo o país passaram a expedir mandados de prisão com essa orientação.
 E) No que tange às provas ilícitas, relacione-as à necessidade de fundamentação das decisões judiciais.
	Do ponto de vista probatório, a admissibilidade das provas obtidas ilicitamente impõe-se, primeiro, como atividade cognitiva, devendo o juiz fundar sua decisão em provas materializadas nos autos, sendo-lhe vedada a construção do convencimento com base na insuficiência da atuação da defesa, isto é, com base em uma certeza formalizada, decorrente do mero estabelecimento de ônus probatório não cumprido, como ocorre, por exemplo no art. 302 do CPC, no qual se prevê reputarem-se verdadeiros os fatos articulados na inicial quando não impugnados pela defesa. E mais que isso o juiz deve fundar sua decisão em provas válidas, pois, do contrário, estaria ele atuando com excesso de poder, exacerbando seu limite de atuação estatal.
F) Relacione o princípio da presunção de inocência com as garantias decorrentes do direito ao silêncio, apontando ainda, as características deste último.
Não há margem de dúvida que o direito ao silêncio configura-se como uma exigência lógica do princípio da inocência e tem por consequência a atribuição de todos os ônus probatórios para a acusação. Implica dizer que a certeza judiciária não poderá fundamentar-se exclusivamente na atuação do acusado, ou na sua maior ou menor capacidade de responder às formulações que lhe são feitas por ocasião do interrogatório. 
Eugenio Pacelli de Oliveira, por seu turno, ressaltando a posição relevantíssima do direito ao silêncio, interpreta, contrariamente à posição dominante na doutrina, que seu alcance estaria restrito a impedir quaisquer intervenções por parte do Estado que possam afetar a capacidade de autodeterminação do acusado no plano do processo criminal, convergindo para o tratamento que vem sendo conferido pelo direito norte-americano ao tema, “que confere ao direito à não incriminação um caráter exclusivamente testemunhal.

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