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Processo penal - Jurisprudências

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APS - DIREITO PROCESSUAL PENAL – 6° SEMESTRE 2020.1
PRINCÍPIOS dO PROCESSO PENAL
Nome: Juliana De Lima Silva – RA 8590669 – Turma 003206B02
1 – Princípio: Princípio do Juiz natural
2 – Leitura do acórdão: Supremo Tribunal Federal STF - AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO : AgR ARE 0123059-07.2009.8.26.0100 SP. Órgão Julgador: Primeira Turma; Julgamento: 28 de Junho de 2019; Publicação: DJe-170 06-08-2019. 
3 – Ementa: DIREITO TRIBUTÁRIO. AGRAVO INTERNO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. RELATOR SUBSTITUÍDO POR JUIZ CONVOCADO. SUPOSTA VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DO JUIZ NATURAL. INOCORRÊNCIA. 1. O Supremo Tribunal Federal tem reiterados precedentes afirmando a possibilidade de juízes convocados virem a integrar Tribunais na condição de substitutos de Desembargadores, sem que isso implique violação ao princípio do Juiz natural. 2. Nos termos no art. 85, §11, do CPC/2015, fica majorado em 25% o valor da verba do art.85, §2° e 3°, do CPC/2015. 3. Agravo interno a que se nega provimento, com aplicação da multa prevista no art. 1.021, §4°, do CPC/2015. 
4 – Texto Descritivo: No caso fora discutido acerca do princípio do Juiz Natural, previsto no artigo 5°, LIII e XXXVII, da Constituição Federal. O princípio tem a finalidade de que é necessário regras objetivas de competência jurisdicional para garantir independência e a imparcialidade do órgão julgador. Em outras palavras, que ele tenha uma boa conduta e sempre haja de boa-fé. 
‘’ A competência, como se sabe, é a medida da jurisdição, pronta a ser exercitada dentro de determinado território, conforme matéria especificamente delineada, cumprindo os padrões de respeitabilidade dasprerrogativas de funções’’ – Guilherme de Souza Nucci.
O caso narrado acima, trata-se de agravo cujo objeto é decisão que negou seguimento ao recurso extraordinário interposto contra o acórdão ementado. Foi alegado que não houve um sorteio para a substituta para a escolha de novo Relator, mas designação de uma magistrada substituta em segundo grau, violando, com o devido acatamento, o direito da Embargante ao Juiz Natural. 
A decisão agravada negou seguimento ao recurso, sob os fundamentos de que as ofensas a dispositivos da lei federal não servem de suporte à interpretação de recurso extraordinário, e também não foi demonstrada a alegada violação ao dispositivo constitucional, uma vez que as exigências constitucionais para a solução da lide eram apenas atendidas pelo acórdão. 
5 – Conclusão: A decisão tomada para negar provimento está de acordo, tento como base na convocação de um juiz não afronta o princípio do Juiz Natural, além de que a matéria foi apreciada pelo órgão competente para o julgamento da causa. Nesse sentido, acredito que existem sim possibilidades de serem convocados Juízes para integrar Tribunais sem a violação ao Princípio do Juiz Natural. 
1 – Príncipio: Princípio da presunção da inocência. 
2 – Leitura do acórdão: Tribunal de Justiça de Minas Gerais TJ-MG - Habeas Corpus Criminal : HC 10000180222309000 MG; Publicação: 25/04/2018; Julgado: 17 de Abril de 2018. 
3 – Ementa: EMENTA: HABEAS CORPUS – FURTO QUALIFICADO – PRISÃO EM FLAGRANTE CONVERTIDA EM PREVENTIVA – PRESENÇA DE FUNDAMENTOS IDÔNEOS CAPAZES DE JUSTIFICAR A CUSTÓDIA CAUTELAR PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA – NÃO VIOLAÇÃO – PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA – NÃO VIOLAÇÃO – CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO VERIFICADO – MEDIDA CAUTELAR DIVERSA DA PRISÃO – IMPOSSIBILIDADE. Atendido ao menos um dos pressupostos do art. 312 do CPP. Qual seja a garantia da ordem pública, bem como um dos requisitos instrumentais do art. 313 do CPP, deve ser a prisão preventiva mantida. Não havendo que se falar em sua revogação, ou mesmo em substituição pelas medidas cautelares diversas da prisão prevista no art. 319 do CPP. O princípio da insignificância não tem aplicabilidade em casos de reiteração da conduta delitiva, salvo excepcionalmente, quando as instâncias ordinárias entenderem ser tal medida recomendável diante das circunstâncias concretas, situação que não se apresenta na hipótese. Considerando que a prisão preventiva não se ancora em certeza de culpa, mas sim em indícios. Não se verifica a violação ao princípio da presunção da inocência. Precedentes do STF e STJ. 
4 – Texto Descritivo: O Princípio da Presunção de Inocência está previsto na Constituição Federal, e tem como objetivo respeitar o estado de inocência em que todo acusado se encontra até que sua sentença transite em julgado definitivamente, um direito humano e fundamental de liberdade e dignidade, que apesar de insistentemente ameaçado por prisões arbitrárias, vem sendo reafirmado e protegido pelo Supremo Tribunal Federal. no Art. 5, inciso LVII da CF, é muito claro: “Ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado da sentença penal condenatória”. 
O caso em análise trata-se de um furto qualificado de prisão em flagrante, na ementa consta que não houve violação ao princípio da presunção de inocência, visto que a prisão preventiva não se ancora em certeza de culpa porém há indícios concretos
- “Em atenção ao princípio da presunção da inocência, não podem ser considerados como maus antecedentes os processos instaurados em virtude de fatos posteriores ao delito objeto da ação penal, tanto para majoração da pena-base quanto para fixação do regime prisional mais gravoso” (HC 182.248/SP 2010/0150228-5, 5.ª T., rel. Gilson Dipp, DJ 02.12.2010).
5 – Conclusão: Diante das circunstâncias do caso, pude analisar que realmente não houve violação ao princípio da presunção da inocência, visto que o furto qualificado por prisão em flagrante pois concretizam os indícios. Entretanto não se ancora em certeza de culpa, dessa forma entendo que como a condenação ocorreu após o trânsito julgado da sentença penal condenatória, não a de se falar em violação ao princípio.
1 – Princípio: Princípio acusatório
2 – Leitura do acórdão: Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro TJ-RJ - APELAÇÃO : APL 0106021-52.2008.8.19.0054 RIO DE JANEIRO SÃO JOÃO DE MERITI 2 VARA CRIMINAL; Órgão Julgador: Quinta câmara Criminal; Publicação: 27/11/2013; Julgado: 24 de Outubro de 2013. 
3 – Ementa: ROUBO (ART, 157,§2°, ll, DUAS VEZES, NA FORMA DO ARTIGO 70, C.P). CONDENAÇÃO. PROVA SEGURA DA ALTURA. TENTATIVA. PRINCÍPIO DA CORRELAÇÃO. PRINCÍPIO ACUSATÓRIO. A materialidade e a autoria do delito estão devidamente comprovados, sobretudo pelas declarações da vítima. Os acusados foram abordados e detidos por desconhecido logo após a subtração. Trata-se de um crime tentado. O apelante não conseguiu estabelecer uma nova relação de posse, tranquila e imperturbável, com os bens subtraídos. O roubo não se consumou em razão da abordagem feita perto do local do crime. A hipótese constitui um exemplo didático de roubo tentado. Se o M.P., em alegações finais, pede a condenação na modalidade tentada, dilui-se a pretensão persecutória do Estado pelo crime consumado, não podendo o juiz condenar desta forma. Violando-se o princípio acusatório. Previamente parcial. 
4 – Texto Descritivo: À luz do princípio acusatório, delineado no artigo 129, I, da Constituição, que estabelece que o Ministério Público “é o titular da ação penal”; nesse processo, além de existir um Juiz imparcial, há também um sistema no qual as partes possuem funções de defesa e acusação bem delineadas. O único interesse do Juiz é a solução do conflito de acordo com os princípios constitucionais e leis processuais. 
No que tange o caso em questão, trata-se de um crime tentado. Ou seja, o Ministério Público, em alegações finais, pede a condenação na modalidade tentada, o que violaria o princípio acusatório.
“não existir nenhuma verdade judicial que não seja uma verdade processual” (PACELLI, 2017, 20).
5 – Conclusão: Tendo em vista os aspectos observados, a materialidade e a autoria do delito estão devidamente comprovadas, sobretudo pelas declarações da vítima, que se tratando de crimes patrimoniais, são de relevante importância. Toda vida, o MP em suas contrarrazões apresentouforma tentada para ambos os crimes, dissolvendo-se a pretensão persecutória do Estado pelo crime consumado, não podendo o juiz condenar desta forma, que consequentemente torna o princípio acusatório violado.
1 – Princípio: Princípio da ampla desefa
2 – Leitura do acórdão: Tribunal Regional Federal da 1ª Região TRF-1 - AGRAVO DE INSTRUMENTO : AG 25285 BA 93.01.25285-6; Órgão Julgador: QUARTA TURMA; Publicação: 26/11/1998 DJ p.134; Julgamento: 16 de Outubro de 1998
3 – Ementa: PROCESSO CIVIL – PRINCÍPIO DA AMPLA DEFESA. 1Viola o princípio da ampla defesa a decisão que indefere pedido do réu para produção de provas sobre fatos controversos. 2. Nego provimento ao agravo. 
4 – Texto Descritivo: O caso acima nos trás uma grave violação da ampla defesa, tendo em vista as normas que norteiam esse princípio, como temos o artigo 5° LV da constituição que o titular em seu texto, descreve: ‘Aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes’’ Abrange a autodefesa, realizada pelo acusado em seu interrogatório, e a defesa técnica, que exige a representação do réu por um defensor, que pode ser constituído, públio, dativo ou ad hoc. E assistências jurídicas e integral aos necessitados aos ‘’ Artigo 5° LXXIV, CF. 
‘’Em interpretação sistêmica dos dispositivos do estatuto processual penal e princípios que regem o devido processo penal, aplica-se na fase recursal a mesma regra que permite ao réu o direito de amplamente se defender, com a nomeação de defensor dativo” (HC 94.020-AP, 5.ª T., rel. Arnaldo EstevesLima, 04.02.2010, v.u.)
5 – Conclusão: Pode-se dizer que o caso foi julgado de forma errada, ferindo não só apenas o princípio, como também a constituição no art 5° da CF:’’ Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade’’ que mesmo tentando assegurar todos de uma ampla defesa, acabou sendo drasticamente ofendida sem ao menos o acusado expor todas as suas provas. 
1 – Princípio: Principio da obrigatoriedade
2 – Leitura do acórdão: Tribunal de Justiça do Paraná TJ-PR - Recurso em Sentido Estrito : RSE 17290723 PR 1729072-3; Órgão Julgador: 4ª Câmara Criminal; Publicação: DJ: 2173 19/12/2017; Julgamento 30 de Novembro de 2017.
3 – Ementa: RECURSO CRIME EM SENTIDO ESTRITO. CRIME DE FURTO. REJEIÇÃO DA DENÚNCIA POR FALTA DE JUSTA CAUSA. APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA COM BASE NO VALOR E DEVOLUÇÃO DA RES FURTIVA. RECURSO DO MINISTÉRIO PÚBLICO. LASTRO PROBATÓRIO SUFICIENTE ACERCA DA MATERIALIDADE E INDÍCIOS DE AUTORIA QUE JUSTIFICAM A PERSECUÇÃO PENAL. PRINCÍPIO DA OBRIGATORIEDADE DA AÇÃO PENAL. RECEBIMENTO DA DENÚNCIA QUE SE IMPÕE. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. 
4 – Texto Descritivo: No processo penal vigora o princípio da obrigatoriedade da ação penal, também nomeado como princípio da legalidade, da oficialidade, da necessidade ou indisponibilidade, a teor dos artigos 5°, 6° 24, 28 e 29, todos do Código de Processo Penal, sendo defeso, via de regra, ao acusador, avaliar a conveniência e oportunidade da ação penal, não lhe sendo permitido, perquirir a utilidade da medida proposta ou, ainda, por “motivos de política criminal”, pautando-se na eventual insignificância do resultado para deixar de exercer o seu poder-dever de instaurar a ação penal.
Cabe mencionar que o artigo 129, inciso I, CF: ‘’I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei’’ apenas estabelece que a ação pública é de titularidade do Ministério Público, determinando-lhe a função institucional, mas não impõem a obrigação de exercê-la.
O acórdão acima aborda sobre a rejeição por falta de denúncia, onde foi alegado que houve o princípio da insignificância sobre os dados que foi inseridos como provas do crime. Deve-se ter em mente que nem toda afetação ao bem juridicamente tutelado representa afetação mínima para desencadear a aplicação da lei penal. 
Toda vida, mesmo que os produtos alimentícios tiveram sido roubados pegos, em seguida foram imediatamente recuperados, razão pela qual não é necessário seguir com um processo desgastante e demorado para ambas as partes. 
‘’Para Badaró (2018), por exemplo, só há que se falar em justa causa quando existir certeza da materialidade do fato e indícios mínimos de autoria.’’
5 – Conclusão: No tocante caso referido ao furto de alimentos, acredito que o certo de fato foi ter usado o princípio da insignificância, pois de acordo com o acórdão e a minha opinião, acredito que quando se trata de alimentos pode-se levar o processo um pouco mais para outro lado, principalmente quando o fato narrado têm a devolução da coisa imediatamente. O próprio artigo 395, inc. III do CPP é bem claro ao dizer que ” a denúncia ou queixa será rejeitada quando faltar justa causa para o exercício da ação penal“. Logo, entende-se que quando inexistirem elementos mínimos para denúncia o parquet deve obrigatoriamente opinar pelo arquivamento do IP. 
1 – Princípio: Principio do duplo grau de jurisdição
2 – Leitura do acórdão: Supremo Tribunal Federal STF; AG.REG. NO RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 146.320 RIO DE JANEIRO; Órgão Julgador: Segunda Turma; Julgamento: 18/12/2017; Publicação: 06/02/2018.
3 – Ementa: AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. PROCESSO PENAL. DECISÃO MONOCRÁTICA CONSONANTE COM A JURISPRUDÊNCIA DA CORTE. AUSÊNCIA DE AFRONTA AOS PRINCÍPIOS DA COLEGIALIDADE E DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO. RECORRENTE QUE POSSUÍA DOMICÍLIO NECESSÁRIO E RESPONDEU À AÇÃO PENAL EM LIBERDADE. AUSÊNCIA DE INTIMAÇÃO PESSOAL DA SENTENÇA CONDENATÓRIA. POSSIBILIDADE. DISPOSIÇÃO EXPRESSA DO ART. 392, II, DO CPP. ACUSADO QUE OCUPAVA, AO TEMPO DA SENTENÇA, O CARGO DE BOMBEIRO MILITAR. IRRELEVÂNCIA. MANUTENÇÃO DO DECISUM. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO. 1. A inexistência de argumentação apta a infirmar o julgamento monocrático conduz à manutenção da decisão recorrida. 2. O art. 21, §1º, do RISTF respalda a prolação de decisão monocrática consonante com a jurisprudência dominante desta Corte, não se antevendo ilegalidade em tal proceder. 3. Em se tratando de acusado que respondeu em liberdade à ação penal originária, é dispensável intimação pessoal quando da prolação de sentença condenatória, pois o art. 392, II, do CPP expressamente permite a intimação do réu ou de seu patrono constituído. 4. Não havendo o dispositivo legal excepcionado o possuidor de domicílio necessário, não há constrangimento ilegal na ausência de intimação pessoal de acusado solto que, ao tempo da sentença, ocupava o cargo de bombeiro militar. 5. Agravo regimental desprovido.
4 – Texto Descritivo: No princípio de duplo grau de jurisdição, trata-se do direito que as partes têm de verem seus recursos sendo julgados por um órgão diferente daquele que proferiu a decisão, O princípio do duplo grau de jurisdição objetiva garantir ao recorrente o direito de submeter a matéria decidida a uma nova apreciação jurisdicional, seja total ou parcial, desde que atendidos determinados pressupostos específicos, previstos em lei.
O princípio está linkado ao art. 5° LV e o art. 102 da CF. É correto afirmar que ele não está devidamente expresso em lei, tendo em vista que a própria Constituição Federal reconhece a existência de hipóteses em que não há o chamado duplo grau de jurisdição por inexistência de instâncias superiores no julgamento de ações de competência originária. 
No caso narrado acima, refere-se ao desprovimento de recurso em sede de habeas corpus, pois o mesmo feriu ao exercício da democracia e consequentemente o duplo grau de jurisdição quando o mesmo não conseguiu apresentar seus recursos oponíveis na sentença de 1° grau porque não houve uma intimação do réu em seu domicílio. 
Aury Lopes Jr: Além de garantir a revisão da decisão de primeiro grau, também compreende a proibição de que o tribunal ad quem conheça além daquilo que foi discutidoem primeiro grau, ou seja, é um impedimento à supressão de instância.
Guilherme de Sousa Nucci (2013, p. 868): ‘’Trata-se de garantia individual do duplo grau de jurisdição, prevista implicitamente na Constituição Federal, voltada a assegurar que as decisões proferidas pelos órgãos de primeiro grau do Poder Judiciário não sejam únicas, mas submetidas a um juízo de reavaliação por instância superior’’.
5 – Conclusão: Dado ao fato de que o acusado alega que não houve uma intimação em seu domicílicio, concordo em dizer que com base no julgado, acredito que o melhor foi usar o não provimento ao agravo regimental. Pois se é irrelevante o fato de possuir domicílio necessário. O art. 392, II, do CPP não faz qualquer restrição quanto a tal hipótese, sendo, por isso, aplicável a acusado que, ao tempo da condenação, ocupava o cargo de bombeiro militar.
1 – Princípio: Princípio da identidade fisica do juiz 
2 – Leitura do acórdão: Supremo Tribunal Federal STF; AG.REG. NO HABEAS CORPUS; Órgão Julgador: Primeira Turma; Julgamento: 10/08/2019; Divulgado: 11/09/2019. 
3 – Ementa: AGRAVO REGIMENTAL EM HABEAS CORPUS. CRIME DE ESTUPRO DE VULNERÁVEL. NULIDADE PROCESSUAL. VIOLAÇÃO DO PRINCÍPIO DA IDENTIDADE FÍSICA DO JUIZ. INOCORRÊNCIA. MATERIALIDADE DELITIVA. AUSÊNCIA DE VESTÍGIOS. DECLARAÇÃO DA VÍTIMA. SUPRIMENTO. REEXAME DO ACERVO FÁTICO-PROBATÓRIO. INVIABILIDADE EM SEDE DE WRIT. 1. O princípio da identidade física do juiz não tem caráter absoluto, comportando as exceções do artigo 132 do Código de Processo Civil, aplicado analogicamente ao processo penal. Precedentes. 2. No caso, a alegação de que a situação processual dos autos não se enquadraria nas hipóteses do artigo 132 do Código de Processo Civil veio destituída de elementos que a corroboram ictu oculi, não sendo viável a presunção da ocorrência de nulidade ou mesmo a dilação probatória pela via estreita do writ. 3. A jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal é no sentido de que ‘nos delitos materiais, de conduta e resultado, desde que desaparecidos os vestígios, a prova testemunhal pode suprir o auto de corpo de delito’. Precedentes. 4. A via estreita do habeas corpus não admite revolvimento aprofundado do conjunto fático-probatório originário, a fim que aferir a suficiência do acervo que deu causa à condenação. Precedentes. 5. Agravo regimental conhecido e não provido.
4 – Texto Descritivo: Conforme dispoto, o caso tratou do princípio da identidade física do juiz, onde alega que não sendo algo de caráter absoluto, existem exceções no próprio código penal aplicando analogia sobre o caso. Entretanto, o processo não se enquadra ao que está inserido no CPP, e dentre outros meios negar-lhe provimento. 
O princípio em tela, trata-se da veiculação obrigatória do juiz aos processos cuja instrução tenha iniciado, o processo ser não pode ser sentenciado por magistrado diferente. Em reforma recente no processo penal de 2008, foi posto no artigo 399 §2°do CPP o princípio da identidade física do juiz, que diz que ‘’ o Juiz que presidiu a sentença deverá proferir a sentença.’’. A regra está elencada ao art 5° da Constituição Federal, incisos LII1I e XXXVII. 
‘’O princípio da identidade física do juiz atende ao interesse público, pois destinado a conferir maior eficiência ao julgamento, possibilitando seja a sentença proferida por quem, em tese, reúne melhores condições para fazê-lo. Em razão disso, sua violação implica nulidade absoluta. Nem mesmo se verifica a possibilidade de incidência do princípio da instrumentalidade das formas, pois não há como considerar inexistente o prejuízo. A vinculação decorre do contato com prova oral relevante, produzida em audiência de instrução e julgamento (MARCATO, p. 389-390).’’
5 – Conclusão: Ao ler o caso, entendi que faltou aferir a suficiência do acervo que deu causa à condenação, pois via estreita do habeas corpus não admite revolvimento aprofundado do conjunto fático-probatório originário. O fato foi sentenciado de forma correta e sem erros, alegando todas as jurisprudências usadas no SFT e mostrar o conhecimento do agravo e negar ao provimento. 
1 – Princípio: Princípio do promotor natural
2 – Leitura do acórdão: Supremo Tribunal Federal STF; AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO; AI 868282 AgR / RJ - RIO DE JANEIRO; Órgão Julgador: Primeira Turma; Julgamento: 11/11/2019; Publicação: 22/11/2019.
3 – Ementa: EMENTA: AGRAVO INTERNO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PENAL E PROCESSUAL PENAL. CRIME CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA. ARTIGO 3º, II, DA LEI 8.137/1990. ALEGADA OFENSA AO ARTIGO 5º, LIV, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. PRINCÍPIO DO DEVIDO PROCESSO LEGAL. OFENSA REFLEXA AO TEXTO CONSTITUCIONAL. ALEGADA OFENSA AO PRINCÍPIO DO PROMOTOR NATURAL. NECESSIDADE DE REVOLVIMENTO DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO DOS AUTOS. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 279 DO STF. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. PRECEDENTES. ALEGADA OFENSA AOS ARTIGOS 5º, LVI, 129, I E VIII, E 144, § 4º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. PODER DE INVESTIGAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO. MATÉRIA SUBMETIDA AO REGIME DA REPERCUSSÃO GERAL. TEMA 184. RECURSO EXTRAORDINÁRIO 593.727. ACÓRDÃO RECORRIDO EM CONFORMIDADE COM A JURISPRUDÊNCIA DA CORTE. AGRAVO INTERNO DESPROVIDO
4 – Texto Descritivo: O princípio do promotor natural, tem como decorrência do juiz natural previsto no artigo 5°, inciso LIII. Com base na referência da seguinte frase: "ninguém será processado nem sentenciado senão por autoridade competente", ou seja, a fixação do Promotor com atribuições para atuar num processo deve ser anterior ao fato. 
“A doutrina situa o princípio do promotor natural como corolário das garantias dos membros do Ministério Público (notadamente, as da independência funcional e da inamovibilidade) e, em última análise, do próprio devido processo legal. Há, inclusive, quem lhe atribua a mesma envergadura do princípio do juiz natural. 3. O princípio do promotor natural consiste em garantia constitucional de toda e qualquer pessoa (física ou jurídica) de ter um órgão de atuação do Ministério Público com suas atribuições previamente estabelecidas em lei, a fim de se evitar o chamado promotor de encomenda para um determinado caso” - (ACR 2002.51.01.506424-0, 1.ª T., rel. Guilherme Calmon Nogueira da Gama, 12.12.2007,
m.v.).
O caso em análise trata-se de um embargo de declaração, onde a relatora alega, em síntese, nulidade do acórdão proferido. Que também foi violado o princípio do promotor natural, do devido processo legal, da impessoalidade, da imparcialidade e da legalidade. Todavia em análise dos fatos.
 No que diz com a alegada nulidade do acórdão embargado ante a ausência de prévia manifestação do Ministério Público Federal, a menção à existência de precedentes divergentes não revela vício na fundamentação do acórdão embargado, tendo em vista exteriorizada a tese adotada de forma precisa e clara, inclusive com esteio em julgados contemporâneos, a corroborar o entendimento nele expendidas.
O embargo de declaração foi rejeitado.
5 – Conclusão: A frente de circunstâncias relacionadas, concordo com a decisão tomada pelo Supremo Tribunal, pois o mesmo segue no sentido de que se faz necessária a demonstração de efetivo prejuízo para a decretação de nulidade, seja ela absoluta ou relativa. 
Em conclusão, não pode fazer os embargos de declaração em qualquer hipótese, ou seja, não obstante a vocação igualitária que denota a finalidade essencial de aperfeiçoamento da prestação jurisdicional, para o reexame das questões de fato e de direito já apreciadas. Portanto, todos os pressupostos inseridos no artigo 619 do CPP, vislumbra-se tão somente com o inconformismo da parte com a decisão que a desfavorece. 
1 – Princípio: Princípio do favor Rei
2 – Leitura do acórdão: Superior Tribunal de Justiça STJ - HABEAS CORPUS : HC 45952 SP 2005/0119109-2; Órgão Julgador: T5 - QUINTA TURMA; Publicação: DJ 01/08/2006 p. 467; Julgamento: 12 de Junho de 2006
3 – Ementa: CRIMINAL. HC.COMUTAÇÃO DE PENA. DECRETO N° 4.495/02. PENA REMANESCENTE. INTERPRETAÇÃO EXTENSIVA. IMPOSSIBILIDADE. VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO. CÁLCULO DO BENEFÍCIO COM BASENA PENA TOTAL APLICADA NA SENTENÇA. ORDEM CONCEDIDA. l. Ao dispor do decreto n° 4.495/02 que o condenado que cumprice as condições contidas no caput do referido art. 2° teoria ‘’comutada sua pena de 1/4’’, não fez constar a expressão ‘’pena remanescente’’, mas tão somente ‘’pena’’, de modo que a interpretação extensiva dada pela Corte Estadual ao referido dispositivo legal. limitando a incidência do benefício ao restante da pena a ser cumprido, revela-se prejudicial ao paciente. ll. Se os requisitos para a concessão do benefício pretendido estão exaustivamente elencadas no Decreto n° 4.495/02, não pode, o julgador restringir a sua aplicação com base na sua analogia ou na interpretação extensiva. lll. O posicionamento Tribunal a quo fere os princípios norteadores do Direito Penal, dentre eles o do favor rei, expressão de um Estado Constitucionalmente Democrático, o qual impõe que o aplicador do direito, diante de uma norma que traga interpretações opostas e incompatíveis, deve optar pela que atenda ao jus libertatis do acusado. Procedentes. IV. A comutação deve ser calculada com base no total da pena aplicada ao paciente na sentença penal condenatória. Procedentes. V. Deve ser cassado o acórdão recorrido, para estabelecer a decisão democrática, reconhecendo-se o direito do paciente ao benefício da comutação da pena. VI. Ordem concedida, nos termos do voto do relator.
4 – Texto Descritivo: Entende-se nesse princípio que na dúvida, sempre é beneficiado o acusado (in dubio pro reo), ou seja, se houver duas interpretações possíveis, deve-se escolher a mais benéfica ao réu. Esse princípio é conexo com o princípio da presunção da inocência, seguido pelo artigo 5°, LVll, da Constituição Federal e art. 386, Vl, CPP. 
Em análise do acórdão relatado acima, é visto que o princípio do favor rei foi violado, e os requisitos para a concessão do benefício pretendido estão exaustivamente elencados no Decreto n°4.495/02, ou seja, não podendo o julgador, restringir-se a sua aplicação com base na analogia ou na interpretação extensiva.
5 – Conclusão: Em virtude da violação dada, acredito a decisão para que o acórdão seja cassado para dar a decisão democrática para o melhor ser feito, tendo em vista que é necessário o reconhecimento o direito do paciente ao benefício da pena. O acórdão teve uma decisão correta. 
1 – Príncipio: Princípio da Publicidade
2 – Leitura do acórdão: Supremo Tribunal Federal STF - AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO : AgR ARE 939551 RJ - RIO DE JANEIRO; Órgão Julgador: Primeira Turma; Publicação: DJe-258 14-11-2017; Julgamento: 27 de Outubro de 2017.
3 – Ementa: DIREITO CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO INTERNO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. REPRESENTAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE. LEI MUNICIPAL. SUBSÍDIO DO PREFEITO. VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE. 1. O Supremo Tribunal Federal firmou entendimento no sentido de ser garantido o direito de acesso à informação de interesse coletivo, salvo àquelas que forem protegidas por sigilo imprescindível à segurança da sociedade e do Estado. 2. Inaplicável o art. 85, §11, do CPC/2015, uma vez que não é cabível condenação em honorários advocatícios. 3. Agravo interno a que se nega provimento. 
4 – Texto Descritivo: Este princípio está previsto no art. 5º LX da Constituição Federal: “ A lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem”. Todo processo é público, ou seja, é um requisito de democracia e de segurança das partes, exceto aqueles que tramitarem em segredo de justiça. É estipulado com o escopo de garantir a transparência da justiça, a imparcialidade e a responsabilidade do juiz.
“Deve ser garantido à defesa o acesso ao material investigatório até então produzido, em respeito ao princípio da publicidade e da ampla defesa.” - (HC 78107-GO, 5.ª T., rel. Arnaldo Esteves Lima, 15.05.2008, v.u.).
O caso em análise trata-se de Direito Constitucional e administrativo, sobre subsídio do Prefeito, na ementa diz que não houve violação o princípio da Publicidade, visto que no caso narrado sustenta sobre técnica da interpretação com outras normas do ordenamento, e não de forma isolada. Portanto, identificam-se os exatos valores dos subsídios dos agentes políticos do Município, razão pela qual não subsiste qualquer violação ao princípio da publicidade. 
5 – Conclusão: Ao meu entendimento, o caso foi julgado de forma correta, tendo em vista que ele usou o artigo 85, § 11 do CPC, onde descreve: ‘’ Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade.’’, como justificativa para provar que não é cabível o agravo interno, e assim negando o seu provimento. 
 Referências bibliográficas: 
- Princípios Constitucionais Penais e Processuais Penais, 4.ª edição
-https://ambitojuridico.com.br/edicoes/revista-40/principios-norteadores-do-direito-processual-penal/
-https://www.trilhante.com.br/trilha/oab-1-fase/curso/plano-de-estudos-30-dias/aula/principios-processuais-penais
- https://portal.stf.jus.br/jurisprudencia/
-http://www.stj.jus.br/sites/portalp/Sob-medida/Advogado/Jurisprudencia/Pesquisa-de-Jurisprudencia
- https://esaj.tjsp.jus.br/esaj/portal.do?servico=780000
- https://evinistalon.com/stj-a-aplicacao-do-principio-do-favor-rei-veda-a-revisao-criminal-pro-societate/ 
- https://jus.com.br/artigos/50458/principios-norteadores-do-processo-penal

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