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APOSTILA DE ORIENTAÇÃO II Sumário Traumatologia ................................................................................................................................. 6 FRATURAS .................................................................................................................................... 6 HÉRNIA DE DISCO ...................................................................................................................... 15 ESPONDILÓLISE E ESPONDILOLISTESE .................................................................................. 19 ESPONDILOARTROSE ................................................................................................................ 26 SÍNDROME DO DESFILADEIRO TORÁCICO .............................................................................. 27 LESÕES TRAUMÁTICAS EM OMBRO ........................................................................................ 28 Reabilitação do Ombro ................................................................................................................. 35 COTOVELO: AFECÇÕES E TRATAMENTO ................................................................................ 40 Luxação de cotovelo ..................................................................................................................... 40 Fratura em crianças ...................................................................................................................... 42 Fratura Supracondiliana ................................................................................................................ 42 Lesões de Nervos Periféricos ....................................................................................................... 44 Epicondilites .................................................................................................................................. 46 PATOLOGIAS DO PUNHO E MÃO .............................................................................................. 47 Contratura de Dupuytren ............................................................................................................... 47 Síndrome do Nervo Interósseo Anterior ........................................................................................ 47 Síndrome do Túnel do Carpo ........................................................................................................ 48 Fraturas do Punho e Mão ............................................................................................................. 51 QUADRIL E FÊMUR ..................................................................................................................... 56 FRATURAS DO FÊMUR ............................................................................................................... 57 Fraturas do colo do Fêmur ............................................................................................................ 57 Fraturas Transtrocanterianas ........................................................................................................ 59 Fraturas da Diáfise do Fêmur........................................................................................................ 60 PUBALGIA .................................................................................................................................... 61 SÍNDROME DO PIRIFORME........................................................................................................ 63 SÍNDROME PATELOFEMORAL .................................................................................................. 67 LESÃO MENISCAL ....................................................................................................................... 71 Sem uso de órtese e ADM livre ..................................................................................................... 72 ENTORSE DE TORNOZELO ........................................................................................................ 82 Pneumologia .................................................................................................................................. 88 ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO ........................................................ 88 AVALIAÇÃO EM FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA ....................................................................... 99 GASOMETRIA ARTERIAL .......................................................................................................... 104 RADIOGRAFIA DE TÓRAX ........................................................................................................ 108 TÉCNICAS E RECURSOS EM FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA .............................................. 116 INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA .............................................................................................. 125 OXIGENOTERAPIA .................................................................................................................... 127 DOENÇAS PLEURAIS................................................................................................................ 130 DERRAME PLEURAL .......................................................................................................... 131 PNEUMOTÓRAX ................................................................................................................. 132 HEMOTÓRAX ...................................................................................................................... 135 Doença pulmonar obstrutiva crônica – DPOC ............................................................................. 136 ASMA ......................................................................................................................................... 142 Pneumonia.................................................................................................................................. 144 SARA .......................................................................................................................................... 150 VENTILAÇÃO MECÂNICA ......................................................................................................... 152 Ventilação Mecânica aplicada ao TCE ........................................................................................ 157 Ventilação mecânica na DPOC descompensada ........................................................................ 160 Anexos ........................................................................................................................................ 163 Cardiologia .................................................................................................................................. 168 ANATOMIA E FISIOLOGIA CARDÍACA ..................................................................................... 168 PROPEDÊUTICA CARDIOLÓGICA............................................................................................ 176 INTERPRETAÇÃO BÁSICA DO ELETROCARDIOGRAMA ....................................................... 182 INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO (IAM) ................................................................................. 192 VALVOPATIAS ........................................................................................................................... 199 MIOCARDIOPATIA ..................................................................................................................... 202 Miocardiopatia Dilatada Idiopática .............................................................................................. 203 Miocardiopatia Alcoólica .............................................................................................................205 Miocardiopatia Hipertrófica ......................................................................................................... 205 Miocardiopatia Restritiva ............................................................................................................. 206 INSUFICIÊNCIA CARDIACA ...................................................................................................... 207 Insuficiência Cardíaca Esquerda ................................................................................................. 209 Insuficiência Cardíaca Direita...................................................................................................... 210 Fisioterapia na IC ........................................................................................................................ 215 REABILITAÇÃO CARDIACA....................................................................................................... 216 Reabilitação cardíaca – Fase I .................................................................................................... 223 Reabilitação cardíaca – Fase II ................................................................................................... 223 Reabilitação cardíaca – Fase III .................................................................................................. 224 Reabilitação cardíaca – Fase IV ................................................................................................. 224 FISIOLOGIA DO EXERCICIO ..................................................................................................... 226 TESTE DE CAMINHADA DE 6 MINUTOS .................................................................................. 236 Prescição de exercícios aeróbicos .............................................................................................. 239 Neurologia adulto ........................................................................................................................ 241 ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO ...................................................................................... 241 TCE- TRAUMATISMO CRANIO ENCEFÁLICO .......................................................................... 248 TRATAMENTO AVE E TCE ........................................................................................................ 252 TRUMA RAQUIMEDULAR - TRM ............................................................................................... 256 PARKINSON ............................................................................................................................... 259 Esclerose Múltipla ....................................................................................................................... 262 ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA .................................................................................... 264 NEUROPATIAS PERIFÉRICAS .................................................................................................. 265 PARALISIA FACIAL PERIFÉRICA .............................................................................................. 272 FACILITAÇÃO NEUROMUSCULAR PROPRIOCEPTIVA – FNP ............................................... 274 6 Traumatologia FRATURAS “É a perda total ou parcial da continuidade de um osso com ou sem lesão de partes moles” (Adams, 1976; Gould, 1993). Etiologias: Sobrecarga (inclinação) Trauma (direto ou indireto) Fadiga ou estresse Patológica Fratura quanto ao estado da pele: Fechada: quando não há rompimento da pele Aberta (exposta): há rompimento da pele e tecidos Localização das fraturas: Proximal Distal Médio Cólo Supracondiliana e Subtrocantérica: Direção do Traço de Fratura 7 Transversa: Cominutiva: Oblíqua: Espiral: Impactada ou Compressão: Galho verde: Sinais Clínicos: Subjetivos: Dor (posição antálgica) Incapacidade funcional Objetivos: Edema 8 Deformidade Mobilidade local Crepitação Investigações Adicionais: Ferimento externo (c/ ou s/ comunicação) Lesão circulatória e/ou nervosa Lesão muscular e/ou tendínea Estágios de Consolidação da Fratura (Conforme descrição de Cruess e Dumont) são: (1) Fase inflamatória, (2) Fase reparativa, (3) Fase de remodelamento. 1- Fase da Indução: Hemorragia Fatores químicos 1- Fase Inflamatória: Hematoma e coágulo Necrose celular 2- Proliferação periosteal e endosteal: Alta atividade fibroblástica Diferenciação em osteoblastos e condroblastos 2- Estágio de Calo ósseo (calo mole): Invasão vascular Tecido Fibrocartilaginoso Calcificação progressiva Estágio de Consolidação (calo duro): Alta atividade Osteoblástica Mineralização 9 Consolidação clínica e radiográfica 3- Estágio de Remodelação: Atividade osteoclástica Remoção óssea Tempo de Consolidação (Não há regras rígidas): Fatores de influência: aspecto mecânico = estabilidade aspecto biológico = vascularização Clavícula em recém-nascido = consolidada em 2 a 3 semanas, Tíbia tratada com gesso = de 2 a 3 meses para consolidar; Fêmur exposta com múltiplos fragmentos = 6 a 8 meses para consolidar, mesmo sob tratamento cirúrgico. Variáveis locais: Intensidade do trauma, Grau de perda óssea e tec. Moles, Tipo de osso comprometido, Tipo de imobilização, Fratura intra-articular e Malignidade local. Variáveis sistêmicas: Idade, Estado geral, Exercícios físicos, Solicitação mecânica e Influência hormonal. Complicações: Infecção Osteomielite Necrose avascular Pseudoartrose Consolidação viciosa Desvios angulares do membro/ Deformidades Tratamento Ortopédico Fratura fechada Fratura exposta Com desvio Sem desvio Estável Instável Redução anatômica Estabilidade Preservação do suprimento sanguíneo 10 Mobilização precoce ativa e carga no membro indolor Redução: fechada ( incruenta) ou aberta (cirúrgica) Imobilização das fraturas: Redução por manipulação: Utilizado nas fraturas comuns, Traço de fratura; Evitar o deslocamento dos fragmentos em todos os seus ângulos; Evitar movimentos indesejáveis durante a consolidação óssea; Alívio de dor Imobilização de fraturas fechadas: Redução cirúrgica: Falha da redução por manipulação e por tração mecânica; Necessidade de incisão cirúrgica; Reparo dos fragmentos ósseos; Métodos de imobilização: ●Gesso; ● Baixo custo; ● talas gessadas; ● Possui menor peso; ●Suportes; ● Realização de radiografias; ●tala de Thomas; ● Possibilita conforto ● Colares cervicais Imobilizações por tração contínua: Entalação com suporte; Férula de Thomas; Férula de Braun; Tração de Bryant utilizada em crianças e fraturas devertebras cervicais Trações: Cutâneas ou Esqueléticas: 11 Aplicação de uma força sobre parte do corpo para: Minimizar espasmos musculares; Reduzir, alinhar e imobilizar fraturas; Reduzir deformidades; Aumentar os espaços entre as superfícies da fratura Imobilização por Fixação Interna: Impossibilidade em manter uma posição aceitável somente com imobilizações gessadas ; Garantia de uma redução adequada dos frgmentos da fratura; Interrupção do tratamento com outras lesões graves na cabeça, abdome, tórax; Metais Resistentes para Fixação Interna – Osteosínteses: Aço inoxidável: Cromo, níquel e molibidênio: baixo custo, maior resistência; Maior rigidez em relação a elasticidade do osso cortical; Liga não ferrosa: Cromo, cobalto e molibidênio, utilizada em todas aplicações exceto fios circunferenciais; Titânio: Flexivel, menos rígidos, resistentes à fadiga mas possui custo alto Internas: - interfragmentar, - de suporte, - tutores Externas: - fixadores externos Osteossínteses Internas: Interfragmentares: 12 De suporte: Tutores: Métodos de fixação interna: Enxerto ósseo com parafusos: Placa com parafusos: Haste intramedular Placas de compressão com parafusos 13 Fios metálicos circunferenciais Parafusos de transfixação Imobilização por fixação externa Trata-se de ancoragem rígida dos fragmentos ósseos com incisão de metais e pinos fixados nos fragmentos proximais e distais do osso fraturado. Método Ilizarov: - Fixador externo: Reabilitação Consolidação da Fratura (Lei de Wolff -1892): “Ossos respondem dinamicamente a presença ou ausência de tensão com mudanças de tamanho, forma e densidade”. Efeito Piezoelétrico: Energia mecânica → Atividade elétrica Consequências da Doença de Fratura e do Imobilismo: 14 Inflamação (edema e dor) Atrofia e encurtamentos musculares Contraturas teciduais e rigidez articular Perda da função local Cuidados: Sobrecarga na parte distal ao local de fratura Tempo para carga no membro Presença de osteossínteses. Objetivos e Condutas: Analgesia Ganho de Flexibilidade e ADM Ganho de FM Reeducação funcional e proprioceptiva Recondicionamento cardiovascular e respiratório Resultados Finais: Remodelação Óssea Cicatrização Sintomatologia Funcionalidade 15 HÉRNIA DE DISCO Processo de protusão do núcleo pulposo do disco intervertebral através de rupturas em suas fibras cartilaginosas, podendo causar compressão das raízes nervosas no canal vertebral ou gerar processos inflamatórios das estruturas nervosas. Incidência: Entre 30 e 50 anos de idade Predomínio do sexo masculino Região lombar, 90% dos casos Bigos (1995), L4-L5 e L5-S1 Região cervical (C5-C6 e C6-C7) Causas: Traumatismos Degeneração discal Obesidade Flacidez muscular A hérnia lombar ocorre devido ao excesso de carga que a coluna suporta. O disco lombar suporta cargas acima de 250 Kg num homem de 70kg sentado, perdendo, com o passar do tempo, seu poder de hidrofilia, tornando-se menos hidratado e vulnerável à ruptura do seu anel fibroso. Etiopatogenia: Disco Intervertebral → jovem 88% de H2O e adulto = 66% → Ruptura das fibras concêntricas do anel / deslocamento do núcleo → Protrusão ou extrusão → Agressão química ou mecânica nas raizes nervosas → Dor, contratura e limitação das adm. Estágios da Lesão: Protusão: abaulamento ou saliência do disco Prolapso: anéis sofrem fissuras, o núcleo se desloca e o LLP continua íntegro 16 Extrusão: anéis se rompem, o núcleo extravasa e ocorre ruptura do LLP Sequestro: conteúdo do núcleo pulposo migra para dentro do canal vertebral. Sinais Clínicos: Lombalgia, lombociatalgia Contratura Parestesia Alteração de reflexos (mais comum hiporreflexia) Paresia Sd. da cauda eqüina (urgência cirúrgica) Sentado > Pé > Decúbito Movimentos: Testes Neurológicos: Nível Neurológico S1: Hipoestesia lateral, Hiporeflexia Aquileu, Hipotonia flexão 17 Testes Especiais: Lasègue à 30º Teste da perna retificada Valsalva Milgram Exames de imagem: RX em PA – perfil e oblíquas Ressonância nuclear magnética ou CT Mielografia (radiografia contrastada) ENM Tratamento Conservador: Insistir por 6 a 8 semanas, antes de pensar em tratamento cirúrgico, Na fase aguda recomenda-se repouso, que deve ser absoluto apenas nos dois primeiros dias, pois após esse período, passa a levar a perda de massa óssea e muscular, Ainh + Analgésico Bloqueio anestésico Posicionamento Fisioterapia Reeducação e mudanças de hábitos 18 Fisioterapia / Objetivos de Tratamento: Analgesia Relaxamento muscular e Descompressão vertebral Ganho de flexibilidade Ganho de força muscular (estabilidade) Educação do paciente Recuperação ou adaptação funcional Condutas / ETFterapia Controlar inflamação: U.S. Pulsado - 1Mhz 100hz – 20% - 1,0 w/cm2 Contínuo - 1Mhz LASER – ArGa – 3-4J/cm2 OCP - Coplanar - 125-400 Hz – 20 min. Analgesia: Tens convencional : F: 50 – 150Hz, T: 40 - 75 µseg / Estimulação sensorial T: 35 min. CIV – 4KHz, AMF:120-150, 90-120, 30-90 ΔF: 60% da AMF Slope: 6/6 1/5/1 1/1 Bi ou Tetrapolar T: 25 – 30 min. Condutas / Estabilidade Recuperar estabilidade - treino proprioceptivo: paciente sentado, realizar deslocamentos: evolução: bipodal → unipodal, base estável → instável olhos abertos → vendados Condutas / Ganho de ADM Mobilização lombar (pompage); Deslizamento vertebral antero-posterior; Dedilhamento muscular na região 19 Alongamento passivo de Paravertebrais, I.T., Glúteo, Tríceps Sural – técnica de “contrair-relaxar” em 5s, 3x 30s – decúbito ventral ou sentado Evolução: alongamento ativo de Paravertebrais, I.T., Glúteo, Tríceps Sural, 3 a 5x 30s – em pé, com auxílio do espaldar. Método Mackenzie Orientações Gerais: Orientação quanto a continuidade dos exercícios, Retorno em 15, 30 e 60 dias, Orientações ergonômicas, Orientações quanto aos hábitos de sono, Orientações quanto às AVD e sexo. ESPONDILÓLISE E ESPONDILOLISTESE Espondilólise: Fratura do “pars articularis” 2 a 10 % população 25 % casos são assintomáticos 90 % L5 e em homens ativos e atletas Etiologia: Má formação, Estresse, Espondilolistese 20 Espondilolistese Deslizamento anterior de uma vértebra sobre a outra, sendo mais comum da 5ª vértebra lombar sobre o sacro. Incidência: 3-6% na população em geral A prevalência é maior nos adolescentes com doença de Scheuermann, atletas e ginastas (até 12%), e jovens do sexo feminino O risco da espondilólise progredir para uma espondilolistese é de cerca de 4-5%, e esta é mais comum entre as vértebras L4-L5 e L5-S1. Classificação das Espondilolisteses - Wiltse, Newman e Macnab: 1) Displásica: Malformação congênita do sacro ou do arco vertebral de L5. 2) Istmica: Em queocorre fratura por stress (pode ser aguda) e/ou alongamento da “pars interarticularis”. 3) Degenerativa: Sem fratura da pars, ocorre listese com arco vertebral integro. 4) Traumática: Fratura do arco vertebral (excluindo a fratura da “pars” que caracteriza a espondilolistese istmica). 5) Patologica: Metastases, tumores ou Doenças ósseas- Paget's, Osteopetrosis. 6) Iatrogênica:produzida por instabilidade criada após cirurgia. Wiltse LL, Newman PH, Macnab I. "Classification of spondylolysis and spondylolisthesis." Clin Orthop Relat Res. 1976 Jun;(117):23-9 Exame Físico: Lordose lombar excessiva Isquiotibiais tensos e espásticos Movimento de elevação da perna reta é limitado Musc. Paravertebrais apresentam espasmo Teste Goldthwaite positivo 21 Sensibilidade a palpação L5-S1 Marcha com caminhar oscilante e passos curtos (Phalen-Dickson) Reflexos e sensibilidade Espondilolistese grave cifose aumentada e inclinação da pelve para frente Sinal de Goldthwait: Avaliação para entorse da Art. SI x patologia da coluna LS. Decúbito dorsal. Elevar perna afetada Uma das mãos do examinador está embaixo da parte lombar da coluna vertebral. Repete do outro lado. Positivo: se a perna não afetada puder ser elevada mais alto do que a perna afetada: SI. Sintomas: Dor Lombar, nas coxas e nádegas Dores nas pernas ao caminhar Espasmo muscular com encurtamento dos músculos posteriores Danos neurológicos podem ocorrer como resultado da pressão nas raízes nervosas, com possível ciatalgia e parestesia Perda de força e coordenação dos movimentos Incapacidade parcial ou total para andar Diagnóstico por Imagem: Radiografias AP, Perfil e Oblíquas Espondilólise unilateral 20 a 25% Defeito da pars interarticularis – terrier escocês 22 Graduação da Listese: Sistema de Meyerding (Grau de escorregamento): de acordo com a posição da vert. sup. em relação à vert. inf. (p/ avaliar a evolução do escorregamento) I – 0 a 25% II – 25 a 50% III – 50 a 75% IV – 75 a 100% Ângulo da Listese: Representa o grau de inclinação anterior do Vº corpo lombar em relação ao Iº do sacro.Traçar uma linha perpendicular à superfície posterior do corpo da 1a vértebra sacral e uma outra linha paralela à superfície inferior do corpo da quinta vértebra lombar.Quanto maior o ângulo formado, maior é o potencial de progressão para o deslizamento. Tratamento da Espondilolistese Identificar se é uma espondilólise ou uma espondilolistese Tipo e o grau de deslizamento Deslocamento estático e estável ou progressivo e instável Se é assintomático ou não Tratamento Conservador: Medicações (Antiinflamatórios, relaxantes musculares, analgésicos, etc) Fisioterapia Acupuntura Reabilitação Muscular 23 Colete Estabilizador Tratamento até grau 2: Repouso, evitando movimentos como o de, flexão do tronco com os joelhos estendidos e todos os esportes, Medicamentos anti-inflamatórios para controlar a infecção e diminuir a dor, Uma infiltração com córtico-esteróides pode ser aplicada por um ortopedista, sobretudo se o paciente apresentar dor pela perna ou dormência. Poderá ser usada uma cinta de suporte lombar para evitar o movimento excessivo entre as vértebras. Devendo ser retirada como alívio da dor, Exercícios de correção postural, e fortalecimento dos músculos abdominais profundos para promover a estabilização da coluna vertebral e a redução da dor, Exercício na bicicleta ergométrica pode ser benéfico, pois promove a flexão da coluna, evitando uma lordose exagerada, e não implica impactos sobre a coluna, como a corrida ou desportos de contato. Exercícios Terapêuticos: Ventral, apoiar-se nos cotovelos. Manter-se por 30’ a 90’. Retorne lentamente à posição inicial. Repetir 2 a 4 vezes. Dorsal, joelhos fletidos e os braços ao longo do corpo. Rode ambas as pernas para os lados.Repita entre 8 a 12 vezes. 24 Fortalecimento do transverso do abdómen: Dorsal, elástico à volta da cintura. Pressionar o fundo das costas contra o chão e tentar diminuir o diâmetro da cintura. Manter a contração por 8’. Retorne lentamente à posição inicial. Repita entre 8 e 12 vezes. Enriste Pélvico: Deitar sobre as costas, com os joelhos dobrados e os pés apoiados no chão. Contrair os músculos abdominais e encostar a coluna no chão. Manter a posição por 5 segundos e relaxar. Repetir 10 vezes e fazer 3 séries. Bicho Morto: Contrair os músculos abdominais e pressionar a lombar contra o solo. Levantar uma perna, a alguns centímetros do solo. Manter por 5 segundos e então relaxar. Fazer com a outra perna. Alternar as pernas e fazer 5 repetições com cada uma e depois relaxar os músculos abdominais. Fazer 3 séries. Enrolamento Parcial: Deitar em DD, joelhos fletidos e pés apoiados no chão. Colocar as mãos atrás da cabeça, mantendo os cotovelos para cima. Lentamente levantar os ombros e cabeça do chão, contraindo os abdominais. Manter a posição por 3 segundos, repetindo 10 vezes. Progressivamente, fazer 3 séries. 25 De Quatro e Sentar no Calcanhar: Ficar em posição de quatro apoios e a CV ereta. Colocar o peso na parte de trás do corpo e sentar sobre os calcanhares. Manter a posição por 6 segundos e retornar à posição inicial. Fazer 10 vezes. Rotação do Quadril de Bruços: Deitado no solo sobre o abdômen, dobrar os joelhos para que as coxas apóiem no chão e a canela fique perpendicular ao solo. Manter os joelhos e os ombros separados pela mesma distância. Cruzar as pernas uma sobre a outra o máximo que puder. Manter os joelhos no solo, descruzar as canelas e separá- las o máximo que puder também. Manter por 2 segundos e repetir de 10 a 20 vezes. Quando esse exercício estiver fácil, adicione pesos aos calcanhares. Estudo de Caso: Diatermia por ondas curtas e corrente interferencial, Alongamento de isquiotibiais, MAP para melhorar a mobilidade pélvica a anteroversão, Exercícios de fortalecimento de tronco. Foram realizadas 12 sessões, diárias de 50 minutos: 1) Analgesia com OCC durante 10 minutos; 26 2) Alongamento passivo de IQT, paravertebrais e tríceps sural; 3) Três séries de 20 repetições de exercícios abdominais; 4) FM de tronco e paravertebral em pé, gatas e bola suíça, com contração posterior e abdominal em retroversão da pelve, realizadas em 3 séries de 20 segundos; 5) Corrente Interferencial para dor aguda: AMF de 120Hz e (f de 60Hz por 15 min no modo Auto-tetra. Redução da dor em nível 7 inicial para 0 na última sessão, de acordo com a Escala Analógica da Dor (O'Sullivan, 1993), Com relação a força muscular a paciente, após a última sessão apresentou Grau 5 na musculatura abdominal e Grau 5 na musculatura paravertebral. Tabela 1: Valores da distância dedo-solo nas ADMs do tronco 1a. Sessão 12a. Sessão Diferença Flexão do Tronco 21cm 9cm 12cm Incl. D 36,5cm 33cm 2,5cm Incl. E 39cm 33cm 6cm Tratamento dos graus 3 e 4: Quando o deslizamento é maior que 50% e os sintomas neurológicos afetam a qualidade de vida, a cirurgia será o tratamento mais adequado. Indicação: Dor e déficit neurológico que leva a incapacidade, apesar do tto conservador Deslizamento maior 50% - com marcha anormal, espasmos dos isquiotibiais e deformidade postural Sintomas de caudaeqüina (urgência) ESPONDILOARTROSE É uma Degeneração da cartilagem articular: Art. Interapofisárias, estenose Idade: > 60 anos (85%) Sinais clínicos:Dor, Rigidez matinal, ↓ ADM, crepitação 27 Comprometimento nervoso: Dor, Parestesias, Fraqueza muscular Comprometimento vascular: A. vertebral Espasmos musculares Cefaléia cervicogênica Sinais Radiológicos: Reação osteofitária, Diminuição do espaço intervertebral, Diminuição do forame intervertebral, Alteração da curvatura vertebral. Diagnóstico ≠: Artrite reumatoide, Espondilite anquilosante Exames laboratoriais Testes especiais: Spurling (cervical) e Laségue SÍNDROME DO DESFILADEIRO TORÁCICO 3 a 80 / 1000 habitantes - ♀ 20 a 50 anos Espaço anatômico: ETIOLOGIA: Costela cervical no segmento C7 28 Alterações no primeiro arco costal Músculo subclavicular Músculos escalenos anterior e médio MANOBRA DE ADSON Exames Complementares – RX e Angiografia: LESÕES TRAUMÁTICAS EM OMBRO Luxações em ombro: “É a perda da relação anatômica entre a glenóide e a cabeça do úmero”. Incidência: 45% de todas as luxações 84% glenoumerais anteriores 12% acromioclaviculares 2,5% esternoclaviculares 1,5% glenoumerais posteriores(falso negativo 60%) Classificação: Grau: Luxação; Subluxação Cronologia: Congênita; Aguda; Crônica; Fator ocasional: Traumática X Atraumática Direção: Anterior ; Posterior ; Inferior ; Superior Tipos de luxação: 29 Mecanismo de lesão anterior: Abdução, extensão e rotação externa. Luxação anterior típica: Mecanismo de lesão posterior: Trauma direto na região anterior, convulsão e choque elétrico. Luxação posterior: Mecanismo de lesão inferior: Hiperabdução 30 Recorrência das luxações: 60 a 95% em indíviduos abaixo dos 20 anos 15 a 40% em idivíduos entre 20 e 40 anos 10 a 15% em indíviduos acima dos 40 anos A maioria ocorre dentro de 2 anos após o 1° episódio Diagnóstico Diferencial: Fraturas, Rupturas maciças do manguito, Contusão. Estruturas em risco: Neurológicas (8 a 35%): Nervo axilar / Plexo braquial Vasculares: Veia axilar / Artéria axilar e seus ramos Exame Físico: Sinal da dragona Proeminência do acrômio e um “vazio” logo abaixo Exame vascular (ppl a. radial e teste de Allen) Exame neurológico (n. axilar, mct, radial, med., ulnar) Avaliação Radiológica: Incidência AP: Incidência plano Escapular (Y): 31 Lesões Anatômicas associadas: Lesão de Bankart: É a desinserção da porção anterior da cápsula articular e do labrum junto ao rebordo da glenóide. Luxações anteriores Em 85% das recidivantes Bankart invertido Lesão de Hill Sachs: É o afundamento do osso cortical da porção póstero-lateral da cabeça umeral. Luxação anterior Relação direta com recidiva Harold Hill;Maurice Sachs Slap Lesion: É a lesão anterior ou posterior do labrum superior acompanhado ou não do cabo longo do bíceps na sua origem. Dor mal localizada 32 Instabilidade RNM/Artroscopia Bankart Fraturas: Rebordo anterior/ posterior glenóide Na grande tuberosidade Lesão do manguito rotador: (principalmente acima de 40 anos) Lesão Neurovascular: Anteriores ou Posteriores, A. Axilar, N. Axilar (Neuropraxia; axonotmese; neurotmese). Tratamento Ortopédico: ‘As luxações agudas do ombro devem ser reduzidas tão rápida e delicadamente quanto possível’ (Charles A. Rockwood). 33 I. Exame ortopédico, neurológico e vascular II. Radiografias pré-redução III. Medicações IV. Redução V. Imobilização VI. Radiografias pós redução Manobras de Redução: Hipocrates Stimson Milchv Imobilizações: Indicação de Redução Aberta: Luxação irredutível 34 Interposição de tecidos moles Fratura desviada da tuberosidade maior Fratura do rebordo glenoideo Tratamento pós redução: Imobilização Extensão do cotovelo várias vezes ao dia Até 30 anos nas 3 semanas iniciais -RE 30 °/ flexão 90 ° Após RE 40 ° e flexão 90 °: Reabilitar a força muscular: subescapular e infra espinhal, usando theraband, pesos e natação. Lesões de Escápula e Úmero: Fraturas de clávicula: Fraturas do Úmero Proximal: 35 Reabilitação do Ombro Objetivos: Aliviar os sinais inflamatórios (dor, edema e sinovite) Readquirir a ADM normal Melhorar a força muscular Recuperar a função do manguito rotador Recuperar a Propriocepção (paciente imobilizado) Fase Inflamatória: Repouso com tipóia (2 no máximo 3 semanas) Crioterapia Eletroterapia: Corrente Interferencial Vetorial, Ondas Curtas Pulsado e LASER AsGa Corrente Interferencial Vetorial: Redução da dor Redução da liberação de mediadores químicos Redução do edema Relaxamento muscular Melhora da circulação Freq.: 4 KHz AMF: 120-150 Hz Delta F: 60-80 Hz Slope: 6:6 Modo tetrapolar Ondas Curtas Pulsado: Freq. de pulso: 95-125 Hz Melhora da circulação Drenagem de edema e hematoma 36 Alívio da dor Normalização do Ph Aumento da atividade proprioceptiva Laser AsGa: Produção de Cortisol Degradação de fosfolipídios e produção de ácido aracdônico Aumento da microcirculação Dose: 10-30 mJ 1,5 cm (1-3 J/cm2) Fases de Proliferação e Produção: Retirada da tipóia (14 – 21 dias) Mobilização intra-articular (oscilação, tração e deslizamento) Evitar abdução e flexão acima de 70º (pode comprimir estruturas) Eletroterapia Corrente Interferencial Vetorial: Freq.: 4 KHz AMF: 50-100 Hz Delta F: 30-60 Hz Slope: 1:1 - 1:5:1 Modo tetrapolar ou bipolar 37 Ondas Curtas Pulsado: Freq. de pulso: 170 - 400 Hz Melhora da circulação Drenagem de edema e hematoma Alívio da dor Normalização do Ph Aumento da atividade proprioceptiva Efeitos térmicos Aumento da elasticidade tecidual Laser AsGa: Dose:40-60 mJ a 1,5 cm(4-7 J/cm2) Aumento da produção de ATP Estímulo para síntese proteica Estímulo para mitose celular Aumento da microcirculação Ultra- som Pulsado: Agitação acústica Aumento da permeabilidade das membranas Aumenta transporte de cálcio Aumento da síntese de proteínas Aumenta poder de catálise das enzimas Normalização do Ph Freq.: 1 MHz Freq. Pulso: 100 Hz Pacote: 10-20% (1:9/2:8) Tempo 4´ Intensidade: 1.0-1.5 W/cm2 38 Fase de Reconstrução: Fortalecimento muscular: → Geral, → Específico para o manguito rotador Propriocepção Eletroterapia: Ondas curtas contínuo ou Micro-ondas (calor) e Eletroestimulação Fortalecimento: Fase II – Fortalecimento Etapa I Estabilizadores Dinâmicos (músculos: Rotador interno, trapézio médio, rombóides inferior, serrátil anterior, extensores e cabeça longa do bíceps) Fase II – Fortalecimento Etapa II –Músculos Específicos(músculos: anteriores, rotadores externos e trapézio superior) Fase II – Fortalecimento 39 Etapa III –Músculos Coaptadores (músculos: abdutores, anteriores e específicos para manguito rotador) Propriocepção e Exercício Pliométrico: Propriocepção: é a capacidade neuromotora integrada de reconhecimento da posição articular e o estímulo de força necessário para estabilizar uma ou mais articulações quando se aplica uma resistência. Gerada por mecanoceptores. Exercícios Pliométricos: ganho de elasticidade e resistência elástica, resultante de contrações concêntricas seguidas de excêntricas, visando o ganho de resistência elástica. Fase III – Propriocepção Etapa I - Sensação da posição articular e cinestesia Fase III – Propriocepção 40 Etapa II - Estabilização articular dinâmica e controle neuromuscular reativo Fase III – Propriocepção Etapa III -Atividades funcionais específicas Atividade que envolve o ciclo excêntrico - concêntrico ao músculo ativo, e que provocam sua potencialização elástica, mecânica e reflexa, resultando uma maior produção de trabalho positivo (Moura, 1897). COTOVELO: AFECÇÕES E TRATAMENTO Luxação de cotovelo A luxação, é a “perda do contato articular” entre o úmero e ulna e/ou rádio. A articulação do cotovelo tem um formato que dificulta a luxação, ou seja, é uma articulação estável. Mecanismo de lesão: O tipo de trauma mais comum é aquele em que o indivíduo sofre uma queda com o cotovelo estendido e apoiado no chão. 41 Condutas Pós Luxação: A luxação do cotovelo com muita frequência tem fraturas associadas e uma radiografia sempre deve ser feita antes da redução. O paciente deve manter seu cotovelo em repouso, imobilizado e procurar um serviço médico. Após a avaliação clínica e radiográfica, o médico realizará a redução. Após a redução, novas radiografias serão realizadas para assegurar da redução e ausência de fraturas. Tipos de Luxação: Nos casos isolados, o tratamento após a redução é, conservador. Com fraturas associadas o tratamento pode ser cirúrgico. As fraturas mais comuns são: da cabeça do rádio e/ou do coronóide. Nos casos em que há luxação + fratura da cabeça do rádio + fratura do coronóide, o tratamento é mais complexo e a lesão recebe o nome de "tríade terrível" do cotovelo. Tratamento: Sem fraturas e instabilidades: Conservador. A imobilização não deve ser mais de 2 semanas, pois aumenta o risco de rigidez e o tempo de recuperação pode ser prolongado. Fraturas associadas: Cirúrgico, exceto nos casos de fraturas incompletas ou sem desvio. 42 FIXAÇÃO DOS LIGAMENTOS E COLOCAÇÃO DE UMA PRÓTESE NA CABEÇA DO RÁDIO Complicações: Neurovasculares: A. Braquial e N. Mediano e ulnar (imediata e tardia) Síndrome compartimental Limitação da ADM: Extensão: -10 a 20° e Flexão: 10° Fratura em crianças Consolidação rápida e grande capacidade de remodelação. Predomina o tratamento conservador pelo aparelho gessado. Trauma esquelético corresponde a 10% - 15% de todas as lesões na criança. Região anatômica: as fraturas predominam no rádio e, de uma maneira decrescente, úmero. Traumas em ambiente domiciliar correspondem a cerca de 37% das fraturas, quedas na escola perfazem 20%. Fratura Supracondiliana Mais comum em crianças (5 – 7 anos) Conforme a posição do cotovelo: Extensão (78-95%) e Flexão Tipos: I - Mínimo deslocamento II - Integridade da cortical III - Deslocamento e interrupção da cortical Objetivos: Faixa etária: Mecanismo de Trauma das Fratura Supracondiliana: Extensão- 95% →Desvio Posterior Flexão-05%→ Desvio anterior 43 Aspectos Radiológicos: Complicações das Fraturas Supracondilianas: Lesão da Artéria Braquial Lesão do Nervo Mediano Lesão do M. Braquial Programa de Tratamento para Pacientes com Fratura Supracondiliana do Úmero Fase 1: Hidroterapia com Movimento ativo de Flexão e extensão – 20min. Massoterapia (deslizamento superficial em tendão bicipital) – 10 min. Mobilização passiva do cotovelo: flexão, extensão, pronação e supinação. (respeitando a ADM) três séries de 10 repetições Mobilização ativa (cotovelo, punho e dedos) três séries de 10 repetições. Fase 2: Hidroterapia com Movimento ativo de Flexão e extensão e resistência de 500g – 20min. Massoterapia (deslizamento superficial em tendão bicipital) – 10 min. Mobilização passiva e ativa do cotovelo: três séries de 20 repetições Exercício Isotônico de Flexão/extensão do cotovelo com theraband – três séries de 20 repetições Exercícios em frente ao espelho, com bastão, estimulando a percepção visual e postural do segmento acometido – três séries de 20 repetições Fase 3: Hidroterapia com Movimento ativo de Flexão e extensão e resistência de 500g – 20min. 44 Massoterapia (deslizamento superficial em tendão bicipital) – 10 min. Exercícios em frente ao espelho, com bastão, estimulando a percepção visual e postural do segmento acometido – três séries de 30 repetições. Exercitador de membro superior, fortalecendo flexores e extensores de cotovelo – três séries de 30 repetições. Lesões de Nervos Periféricos Distribuição Sensitiva: Nervo Ulnar: Flexão > extensão Cubitus valgus Edema e microtrauma Atrofia da região hipotenar Sinal de Froment: Para avaliar paralisia do nervo ulnar através da ação do músculo adutor do polegar (segurar uma folha de papel com o polegar). Sinal de Wartenberg: Serve para verificar Neurite ou Paralisia do Nervo Ulnar. Paciente estende a palma da mão sobre uma superfície plana e lisa, pedir para realizar a abdução e adução do Vº dedo, se ele não conseguir o teste é positivo para doença no nervo ulnar. 45 Sinal de Tinel: Teste da Flexão do Cotovelo: Nervo Mediano: Ligamento de Struthers Dor, parestesias (do 1º,2º e 3º e metade do 4º dedo) e alterações vasculares (a. braquial) e atrofia tenar SÍNDROME DO PRONADOR SÍNDROME DO INTERÓSSEO ANTERIOR Nervo Radial: Fratura de diáfise do úmero SÍNDROME DO INTERÓSSEO POSTERIOR Arcada de Frohse Mão caída 46 Epicondilites Lateral “Cotovelo de tenista” ↓ Tênis - ↑ AVD’s Tendinose (processo degenerativo) Extensor radial curto do carpo Compressão nervosa? Medial “Cotovelo de golfista” AVD’s Menos comum que a lateral Origem comum dos flexores Diagnóstico: Palpação Teste de Cozen Teste de Mill Teste do 3º dedo Teste do cotovelo de golfista Tratamento: Fase inicial (aguda): Repouso, gelo, eletro e órtese Fase intermediária: Alongamentos, exercícios isométricos, massagem transversa profunda e manipulação de Mill Fase final: Exercícios resistidos Orientações 47 PATOLOGIAS DO PUNHO E MÃO Contratura de Dupuytren É uma fibrose progressiva da aponeurose palmar, que aumenta de tamanho e espessura, causando contratura em flexão da aa. MCF do 4º e 5º dedos). Pode ser limitada pela formação de nódulo na área da prega palmar proximal ou pode produzir uma contratura fixa em flexão. Etiologia: ♂ 10:1 - 40 anos Etiologia desconhecida Alcoolismo e tabagismo Diabéticos e epiléticos Tratamento:Tratamento Conservador: Antiinflamatórios não hormonais Fisioterapia Banho de parafina 15 a 20 minutos (fazer 4 camadas com a mão relaxada e envolve uma toalha) Deslizamento superficial nos tendões Alongamento dos flex. Superficiais e profundo dos dedos Tala de posicionamento com extensão dos dedos Tração de cada dedo Tratamento Cirúrgico: Excisão cirúrgica do tecido anormal – Fasciotomia Síndrome do Nervo Interósseo Anterior O nervo interósseo anterior é um ramo puramente motor do nervo mediano, inervando os músculos: Flexor longo do polegar, Flexor profundo do indicador e Pronador Quadrado. 48 Embora freqüentemente espontânea e idiopática, essa síndrome pode ter inúmeras causas, incluindo fraturas do rádio e fraturas supracondilianas. Quadro Clínico: O início pode ser gradativo mas é com frequência aguda, dor eventual no antebraço é a queixa mais comum, Impossibilidade de flexionar a falange do polegar Fraqueza na pronação Não há déficit sensitivo A pinça entre o polegar e o indicador é “anormal” Diagnóstico: ENMG Tratamento Conservador: Antiinflamatórios não hormonais Repouso e uso de Tipóia Fisioterapia: al. Neural , flex. Fl. Punho/dedos e corrente analgésica. Tratamento Cirúrgico: É realizado a descompressão do nervo Síndrome do Túnel do Carpo O túnel do carpo é uma estrutura fibro-óssea, circundada por oito ossos carpianos e o retináculo flexor. Através dele passam o nervo mediano, os nove tendões flexores e a artéria mediana quando presente. Fisiopatologia: 49 A STC é causada em geral por qualquer processo patológico que reduza o diâmetro do canal do carpo ou ocasione aumento do volume das estruturas que por ele transitem: Espessamento do ligamento transverso do carpo e Edema sinovial do tendão e da articulação do punho. É a compressão do nervo mediano na face anterior do punho, tendo como possíveis fatores causais: ♀ 5:1 – 40 a 50 anos Inflamação dos tendões flexores Fraturas/Traumas (Consolidação Viciosa das fraturas de Colles) Queimaduras Alterações hormonais Diabetes descontrolada Gestação Diagnóstico: História Clínica Dor face anterior Choque Parestesia no trajeto do nervo mediano Redução da FM de preensão Hiporreflexia Testes de Phalen e Tínel Nervo Mediano: 50 Tratamento: Conservador: AINE’s Infiltração com corticóides Fisioterapia Cirúrgico: Riscos de sequelas Fisioterapia: Fase aguda: Objetivo → reduzir o edema: Eletroterapia: Dor sem edema → Corrente analgésica; Dor com edema → CDB com polo positivo sobre o punho Repouso: órtese Alongamentos Turbilhão / parafina Fase sub-aguda: Eletroterapia Manutenção da ADM: tração e deslizamento Manutenção da força muscular MOBILIZAÇÃO NEURAL: alongamento neural: paciente em DD, realizar tração e extensão de punho com braço abduzido. Proximal → distal Fase crônica: Exercícios para todo o membro superior Fortalecimento Alongamentos Exercícios para punho e mão → Avd’s 51 Mobilização neural Orientações: não torcer roupa, qualquer atividade que envolva preensão e flexão, passar roupa. Fraturas do Punho e Mão Fraturas do Escafóide: 60 a 70% - adultos jovens 15% dos traumas do punho Cerca de 4/5 do osso está coberto por cartilagem, resultando apenas uma pequena área para penetração vascular. Diagnóstico: Mecanismo de Trauma: dorsiflexão e desvio radial (queda com a mão espalmada em extensão e desvio radial) Dor na região da tabaqueira anatômica “Apagamento” da tabaqueira anatômica Exame Radiográfico: (nem todas as fraturas são visualizadas ao RX) Incidências: Perfil Póstero-anterior + desvio ulnar + dedos flexão Oblíquas (pronação e supinação) É comum a dificuldade em visualizar a fratura no exame radiológico inicial. Porém na presença de suspeita clínica deve-se tratar como fratura Aspectos Radiológicos: 52 Classificação das Fraturas do Escafóide: As fraturas do escafóide são classificadas pelo nível anatômico em: fraturas do terço proximal, médio e distal. Complicações das Fraturas do Escafóide: Necrose do pólo proximal Consolidação viciosa Pseudo-artrose (5 a 10%) Tratamento: Conservador X Cirúrgico Fraturas sem desvio: gesso braquiopalmares por 40 dias, e após, luvas gessadas englobando o polegar até a consolidação, geralmente 2 meses e meio. Fraturas com desvios maiores do que 1mm ou associadas às luxações, indica-se redução imediata e fixação da fratura com parafusos e estabilização do carpo com fios de Kirschner. Fraturas com fragmentos pequenos no pólo proximal serão tratadas com parafusos de Herbert & Fisher Doença de Kienböck: 53 Necrose avascular do semilunar Idiopática (associadas à forças de carga repetidas ou a variação negativa da ulna) e trauma ♂ - 30 anos Fratura de Galeazzi: Fratura da metáfise distal do rádio aproximadamente 8 cm da articulação radiocárpica + luxação da articulação radioulnar distal Mecanismo de trauma: queda com punho em hiperextensão e o antebraço em pronação Os fragmentos se angulam em direção a ulna: Aspectos Radiológicos: Fratura de Colles: É a fratura da extremidade distal do rádio associada a distal da ulna. 1/3 distal do rádio (proc. estilóide ulna) Deslocamento posterior do fragmento distal Idosos Dorso em garfo Mecanismo de lesão: 54 RX: Complicações: Pseudoartrose Consolidação viciosa Ruptura do tendão longo extensor do polegar Distrofia simpático reflexa (Distúrbio vasomotor provocando edema e alterações sensitivas e motoras → difícil de acontecer) Síndrome do túnel do carpo Tratamento: Redução fechada sob anestesia local no foco da fratura com manipulação em direção volar e distal Imobilização axilo-palmar com leve flexão, desvio ulnar e antebraço em leve pronação. A imobilização é mantida por 3 semanas e depois trocada por uma luva gessada. Cirúrgico: Técnica de Ulson: Fisioterapia: Fase I (com o fixador): Analgesia: TENS Prevenir distúrbios circulatórios Mobilidade dos tendões dos dedos sobre a fratura 55 Manutenção da força muscular Fase II (sem imobilização): Ganho da ADM: calor profundo (OCC, Microondas ou turbilhão) mais mobilização articular (tração e deslizamento graus II e III e alongamento. Ganho de força muscular: exercícios resistidos (thera-band, halteres, digiflex, power web) Treinamento das AVD’s Fratura de Smith: Também conhecida com “colles reverso” é causada por queda com o punho em flexão Tratamento: redução incruenta com imobilização gessada do punho em leve extensão, por aprox. 6 semanas O fragmento distal se desloca no sentido volar A mão esta desviada para o lado radial Deformidade em Jardineira Fratura de Barton: Fratura da superfície articular dorsal ou volar do rádio distal Ocorre com maior freqüência em adultos jovens e expostos a traumatismo de alto impacto Mecanismo de trauma: Com o punho em extensão, ocorre a fratura da porção volar da superfície articular distal Com o punho em hiperflexão, ocorre a fratura da porção dorsal da superfície articulardistal Tratamento: O tratamento das fraturas da porção volar é cirúrgico. Nas fraturas da porção dorsal pode ser, em princípio incruenta. 56 QUADRIL E FÊMUR É uma articulação sinovial esferóde com batante estabilidade por causa das estrutura que permitem maior coaptação,porém é a que mais corre risco de danos degenerativos. Seus estabilizadores passivos são a capsula articular,lábio acetabular e os ligamentos (ileofemoral,pubofemoral e isqueofemoral) e seus estabiladores ativos são os músculos Flexores - Iliopsoas,Retofemoral e Sartório Extensores - Glúteo Máximo,isquiostibiais Abdutores - Glúteo Mínimo eTensor da Fáscia Lata Adutores - Adutores e Grácil Rotadores externos - Glúteo Máximo Rotadores internos - Glúteo Mínimo Ângulo do colo-diafisário é a linha situada entre o colo e a diáfise do fêmur,traçando duas linhas formará um ângulo de 125°. Maior que 125° - coxa valga - joelho varo Menor que 125° - coxa vara - joelho valgo Principais linha imaginárias O cruzamento dessas linhas determinam o alinhamento do fêmur. Linha de Perkins linha traçada da asa do ilíaco até a diáfise do fêmur Linha de Hilgenreiner linha acima da cabeça do fêmur ou do acetábulo. Linha de Shenton 57 é o contorno do fêmur em relação a pelve,formando um U invertido. FRATURAS DO FÊMUR Proximais A região do colo e da cabeça do fêmur é bastante vascularizada pelas Art.Circunflexa Lateral e Medial e Art. Do Ligamento Redondo,que tornam a região bastante delicada e em caso de fratura com risco de necrose. Também possui muito tecido ósseo esponjoso e pouco compacto que facilitarão futuramente o acometimento por osteopenia e osteoporose. Deve ser levado em consideração que a cabeça e o colo não estão na mesma linha da diafase e que recebe todo peso da superior.É muito comum em idosos. Intermediárias É uma região com muito tecido ósseo compacto e pouco esponjoso,está relacionada a traumas,Acomete mais adulto jovem. Distais Relacinada à traumas e é mais perigosa perto do joelho por causa de lesões ligamentares.Acomete qualquer idade. Classificação Quanto estrutura Impatada - achatamento,ocausionada pela força axial Não deslocadas - completa sem desvio Deslocadas - ocorre desvio por rotação ou elevação Quantoá s causas Traumáticas (ex:acidente de carro painel bate no joelho); pós sobrecarga(pcte. Idoso roda e quebra o colo,execercício também ocausiona); patológicas(osteoporose e tumoresOsteosarcoma.) Fraturas do colo do Fêmur Classificação Geral Quanto a estrutura – Impactadas(achatamento); não deslocadas( fratura não ocausionadesvio ) ; Deslocada( vários lados e rotacional) Quanto as causas –Traumáticas(ex:acidente de carro painel bate no joelho); pós 58 sobrecarga(pcte. Idoso roda e quebra o colo,execercício também ocausiona)patológicas(osteoporose e tumoresOsteosarcoma.) Classificação de Garden – Não cai na prova Tipo I – Incompleta ou impactada (não aparece linha escura por impactada) Tipo II – Completa sem deslocamento Tipo III – Completa com pequeno desvio Tipo IV – Completa com grande desvio ( Observar o Trabeculo do Ósseo). Mecanismo do trauma Força sobrecarga axial transmitidas ao longo do eixo do fêmur, Movimento de Rotação e/ou abdução com fixo o pé . Se observar um raio x e tiver microfraturas no colo significa que a pessoa fez a rotação fraturou e caiu. Tratamento Nas fraturas impactadas e não deslocadas pode acontecer a desimpactação tornando-as instáveis. O tratamento é conservador até 2 meses, paciente fica em repouso, pode se deslocar com andador e não apoiar sobre o membro.cai na classificação I e II Nas fraturas deslocadas, a redução anatômica fechada com contato ósseo adequado é fundamental para evitar necrose avascular. A mobilização ativa deve ser iniciada 48 horas após a cirurgia e o apoio parcial após 6 semanas, salvo sob orientação médica. Iniciar o tratamento com imobilização objetivando evitar tromboembolismo – com pequeno ou grande desvio ,fixação com osteossintese de suporte,observação iniciar tratamento com mobilização passiva o mais precosse possível,objetivando evitar tromboembolismo. cai na classificação III e IV. Complicações Tromboembolismo Infecção (osteomieite – osso não tem aconsolidação,pode levar a necrose de extremidade Retardo de consolidação,pode ser por causa da infecção Necrose avascular( por ser uma região muito vascularizada) 59 Alterções RX: Quadril desalinhado ou assimétrico com elevação da pelve à direita Esclerose marginal (atrose) na cabeça do fêmur(parte esbanquiçada) ambos os lados Fratura impactada na cabeça mais elevada,que esta lenvando a osteonecrose por falta de irrigação detalhe importante. Ângulo colo diafisario aumentado. Fraturas Transtrocanterianas São fraturas em geral extracapsulares a cápsula fica colo e cabeça. Região ricamente vascularizada Osso predominantemente muito esponjoso Se pensar em fratura, irá acometer pessoas acima de 80anos,ou seja mais idade do que as com fratura de colo,por osteoporose,a maioria desses pacientes consolidam suas fraturas conservadoramente. Com estes requisitos(área bastante vascularizada), as fraturas sempre consolidam e faz supor que o tratamento deve ser sempre conservador. Entretanto, a alta incidência de: Complicações clínicas – imobilidade prolongada no leito (pneumonia) Complicações funcionais – alterações funcionais no fêmur Levam sempre para o tratamento cirúrgico Muito comum em pacientes com + de 80 anos. Tratamento Conservador Está indicado em pacientes com alto índice de risco anestésico e já confinados no leito. Pacientes jovens suportam melhor a tração transesqueletica (em geral de 6 a 10 semanas), mesmo assim, deve-se estar atento a complicações clínicas como: Pneumonia 60 Infecções urinárias Escaras Tromboembolismo Tratamento Cirúrgico Deve acontecer o mais breve possível Placas de ângulo Fixo DHS(por causa do ângulo diafisário),no trocanter maior insere o glúteo médio principal estabilizador do quadril. Hastes flexíveis, Endless Fraturas da Diáfise do Fêmur Diagnóstico Fraturas de fácil reconhecimento, seja edema ou pela deformidade angular e mobilidade anormal do foco de fratura.Os dois fragmentos proximal e distal rodam opostamente ocasionando uma aparência disforme.Nesse tipo de fratura avaliar a mobilidade e testes especiais para quadril e joelho,assim como verificar a vascularização e a sensibilidade. Primeiro avalia a ADM proximal e distal porque pode ter frouxidão ligamentar e a verificar a vascularização palpando o pulso pedioso e a sensibilidade com martelo o primeiro e quinto metatarso.Tratamento geralmente é cirúrgico,através de tutor ou placa de contenção de suporte Em geral acidentes de automóveis, por impacto contra o painel do carro, portanto é importante observar: Patela – lesão óssea Joelho – lesão ligamentar Regiões condilares – fraturas Quadril – luxações e fraturas acetabular O pulso e a sensibilidade devem ser observadas Lesão vascular – A. femoral Lesão Nervosa – N. Ciático Tratamento Depende do traço da fratura e das condições do paciente. Em primeira (se for grau II,III,IV) ser instancia o tratamento deve ser cirúrgico ,com tração transesquelética (sistema de roldana) de 6 a 10 semanas em pacientes mais jovens e fixoscom 61 osteossintese interfragmentar.Em pacientes mais jovens a opção será por tração transesquelética de 6 a 10 ou fixos com osteossintese interfragmentar. Complicações – pneumonia, escaras, tromboembolismo e infecções. É usada a haste intramedular bloqueada, que pode atingir qualquer nível da fratura. PUBALGIA Definição Expressão de sintomas localizados ao nível da sínfise púbica, com irradiações para adutores e abdominais. Outras denominações: Osteíte púbica Artropatia púbica Sinfisite púbica Etiologia Excesso de esforço físico dos adutores do quadril, abdominais e reto femural provocando tensões exacerbadas ao nível da sínfise Mais frequente em homens Futebol, Natação, atletismo etc. Quadro Clínico Dores provocadas pelas atividades físicas caracterizada por arrancadas rápidas com mudança repentina de direção Dor aos saltos e giros sobre uma perna Dor ao realizar o chute Dor à palpação da sínfise púbica, adutores e reto abdominal Manobra de Grava positiva Dor ao alongamento e/ou contração dos adutores e abdominais Avaliação Alinhamento da pelve ( EIAS) Mobilidade da pelve durante a anteversão e retroversão pélvica ( EIPS) Encurtamento da cadeia posterior, adutores e flexores do quadril. verificar encurtamento dos parabertebrais,isquiotibiais,tríceps sural. 62 Diagnóstico Diferencial Hérnia Inguinal Infecção urinária Lesões no Reto femura (apalpar a EIAS) Tendinite dos adutores ( só com RNM) Dor referida da coluna lombar Tendinite dos Adutores Dor referida da coluna lombar ou quadril Exames Radiológicos RX : degeneração óssea RNM: Presença de coleção líquida nos tecidos moles ( adutores) Cintilografia óssea: osteonecrose Tratamento Fisioterapêutico Fase inicial Repouso de 3 a 5 dias Analgesia: gelo Eletroanalgesia Laser: 3 – 4 J/cm² no máximo 3 pontos CDB + em caso de edema Isométricos 60% da força máxima,não pode haver mobilidade articular. Fase intermediária Exercícios isotônio concêntricos com resistência (cargas leves a altas repetições) - na fase concêntrica ir mais devagar. Exercícios aeróbicos ( esteira ou bicicleta) Alongamentos todos os grupos musculares dos MMII,priorizando abdominais e adutores. Propriocepção estática Fase Final Iniciar trote - esteira ou bicicleta com mais velocidade 63 propriocepção dinâmica - cama elástica,balança,prancha com desloamento. Exercícios pliométricos - saltos na cama elástica,polichinelo Atividades com mudança de direção, saltos e deslocamentos em ambiente esportivo - correr em "S" ou em zig-zag Exercícios de fortalecimento concêntrico e excêntrico com cargas altas e baixas repetições Manter alongamentos em cadeia e específicos Liberação para treinamento SÍNDROME DO PIRIFORME Inflamação do nervo ciático na sua passagem sob o músculo piriforme,causado por: Gatilhos-miofasciais Traumas (quedas na posição sentado) Encurtamentos musculares Pode estar relacionado com dor lombar Pode ocorrer por fibrose próximo ao piriforme comprimindo o ciático. Anatomia 1-Origem:-Superfície pélvica do sacro entre o primeiro e quarto forâmen sacral. Margem do grande forâmen ciático, superfície pélvica do ligamento sacrotuberal 2- Inserção: Borda superior do trocânter maior 3- Inervação: - Plexo sacral (L5, S1, S2) O n. ciático passe por baixo do piriforme, e não perfurando-o como em algumas das pessoas . Ação Muscular Músculo mais superior dos mm glúteos • Funções Rotação externa do quadril. Abdução do quadril quando este encontra-se fletido. Ligeira extensão do quadril Enquanto nos equilibramos no pé E, o piriforme afasta a perna D para o lado de tal modo que os dedos apontem para o teto. 64 Etiologia A frequência é maior em mulheres Motoristas, corredores, jogadores de tênis Anormalidades na marcha (discrepância de MII, quadril RI e overtraining hiper- solicitam o piriforme. Trauma agudo pode desencadear a síndrome já que há formação de hematomas na nádega e cicatriz entre o ciático e os rotadores externos do quadril Avaliação Fatores etiológicos, trauma ou atividades precipitantes. Dor profunda,irradiada, de localimpreciso, geralmente presente no quadril posteriormente, nádegas, cóccix, virilha ou parte distal da perna. Sintomas exacerbados durante caminhadas, corridas, ao sentar. Parestesia - alterações de sensibilidade,força e reflexos. Marcha. movimentação ativa/passiva - limitação na RI(passiva) e Resistência RE (ativa) Palpação Palpação do piriforme deve ser feita posteriormente ao quadril, próximo ao forâmen do ciático, Diferenciar sintomas da SI, inserção trocantérica, GM ou do ísquio 65 Avaliação Passiva Ativa Testes Na flexão de quadril, o piriforme torna-se um abdutor. Sinal de Pace: Abdução resistida com quadril fletido; Resistir a abdução co RE com paciente sentado ou DD ,joelhos fletidos. Manobra de Freiberg: Paciente em DV; Prono com joelho a 90 graus; Fazer rotação medial do quadril - passivamente fazer a RI que dever ser 30° Diagnóstico por Imagens: Radiografias são empregadas rotineiramente para observar outra possível condição patológica. 66 BURSITES DO QUADRIL Trocantérica: Situa-se entre o tendão do glúteo máximo e a superfície do trocanter maior Quadro Clínico - dor na região do trocanter maior, palpação dolorosa nesta região e dor a abdução resistida Isquiática: Situa-se entre tuberosidade do ísquio e o glúteo máximo Quadro Clínico - dor para deambulação e subir escadas Iliopectínia: Profundamente ao tendão do iliopsoas Quadro Clínico - dor durante a flexão ou extensão, dor a palpação na área inguinal Tratamento bursites O tratamento, no caso de ser uma lesão aguda, tem como objetivo inicial controlar os sinais inflamatórios, através de: Analgésicos e anti-inflamatórios não-esteróides: Poderão ser receitados pelo médico para controlar o processo inflamatório e aliviar as dores. Descanso: Evite caminhar e estar muito tempo de pé. Andar a pé pode significar um agravamento da sua lesão. Gelo: Use o gelo por 20 minutos e depois espere pelo menos 40 minutos antes de aplicar gelo novamente. Repita 2 a 3 vezes por dia. Assim que os sintomas diminuírem, deve ser iniciado um programa de fisioterapia. As técnicas que revelam maior eficácia nesta condição: Exercícios de alongamento progressivo, principalmente do tensor da fáscia lata. Aplicação de ultra-som e TENS poderá ser benéfica para aliviar a dor. FM: Abdutores da coxa para diminuir o risco de recidivas. A aplicação de gelo no final dos exercícios para prevenir sinais inflamatórios. Os seguintes exercícios são geralmente prescritos durante a reabilitação de uma síndrome de dor trocantérica. Deverão ser realizados 2 a 3 vezes por dia e apenas na condição de não causarem ou aumentarem os sintomas. 67 Auto massagem dos glúteos Deitado de lado, com uma bola na região glútea. Com a ajuda de braços e pernas pressione a bola em pequenos movimentos circulares. Repita o movimento durante 30 a 90 segundos, desde que não desperte nenhum sintoma. Alongamento ativo tensor da fascia lata Em pé, com a perna a alongar cruzada atrás da outra. Empurre a anca no sentido da pernaa alongar. Mantenha a posição durante 20 segundos. Repita entre 5 a 10 vezes, desde que não desperte nenhum sintoma. Fortalecimento dos Abdutores da coxa Sentado, com um elástico à volta dos joelhos e os pés bem apoiados. Faça força para afastar os joelhos. Mantenha a posição durante 8 segundos. Retorne lentamente à posição inicial. Repita entre 8 a 12 vezes, desde que não desperte nenhum sintoma. JOELHO SÍNDROME PATELOFEMORAL Alteração do alinhamento da patela em relação a tróclea do fêmur, de causas multifatoriais, podendo evoluir para dor, condromalácia e artrose. Etiologia/Fatores predisponentes Hiperpressão patelar leva à condromalácia, 68 Instabilidade Artrose Fatores causais Anteroversão Femoral Pacientes com angulação maior que 15°de anteroversação,predispõe a RI do fêmur e consequentemente ao desalinhamento. Aumento do ângulo Q Leva ao geno valgo Ponto centro da patela,apartir desse ponto traçar uma linha ao longo da diáfase do fêmur,liga a tuberosidade da Tíbia com esse ponto,o âgulo normal e de 15°,é normal ser maior em mulheres. Patela alta Avaliação Rx em incidência em perfil medir a face posterior da patela (A) Verificar a distância entre a extremidade da patela até a tub. da Tíbia.(B) Índice de Caton de Champs - I = A/B - ou seja, dividir a medida da posterior da patela pela distância da extremidade da patela.Praticamente é o comprimento do tendão patelar. Quanto mais próximo de 1 é indicativo de que a patela está alinhada adequadamente. Valor a cima de 2 = patela alta Pode ser resultante de encurtamento de reto femoral. Displasia patelar É a alteração na forma estrutural,o padrão de normalidade da patela é uma relação 2 : 1 ( medial : lateral). Toda a displasia patelar é predisponente à subluxação. pode 1:1 ou enorme 4:1 Displasia Troclear Apartir de uma imagem axial, marcar um ponto no centro da tróclea Traçar 2 retas uma na superfície lateral e outra na medial Ângulação normal 145° O côndilo mais raso ou menor é displasia e é a principal de subluxação. Desequilíbrio muscular Vasto Medial: Quanto maior sua fraqueza, mais a patela se lateraliza, ocasionando o 69 desequilíbrio entre a patela e a tróclea do fêmur. Encurtamento dos isquiostibiais: O encurtamento excessivo desse grupo muscular provoca a uma contração exacerbada do quadríceps e uma semiflexão do joelho acarretando uma hiperpressão patelar e sequentemente à condromalácia e artrose. Retração trato iliotibial: Aumenta o valgo. A debilidade dos rotadores externos leva consequentemente à RI e ao desalinhamento. Tensor da fáscia lata: Quanto maior o seu encurtamento maior será o valgo. Glúteo Máximo: Quanto maior sua fraqueza, maior a tendência do fêmur ficar em anteroversão ocorrendo assim o desalinhamento. Outros: Torção tibial; Pé plano; Recurvatum; Frouxidão ligamentar Etiologia Adulto jovem do sexo feminino são mais acometidas Atividades físicas que predispõe a síndrome Profissão - de pé ou subindo e descendo escadas. Traumas Quadro clínico Dor retropatelar – (dentro do joelho) Crepitação - erosão da cartilagem Sinal do "Cinema" - hiperpressão Edema/derrame - fase inflamatória AVDs - evitar subir escadas por que o quadriceps está em contração excêntrica gerando maior pressão patelar. Testes especiais Teste de Smillie – Apreensão Joelho em extensão, quadríceps relaxado, realizar a lateralização da patela. Positivo: deslocamento e subluxação da patela. 70 Teste de Rabot – Compressão: Pernas estendidas, relaxadas e em posição neutra. Empurrar a patela distalmente, no interior do sulco troclear e solicitar a contração do quadríceps. Positivo: condromalácia. Teste de Zohlen Testes para alterações cartilaginosas Teste de Clarke Identifica a presença de condromalácia da patela. O paciente deita-se relaxado com os joelhos estendidos enquanto o examinador pressiona proximalmente à base da patela com a mão. O paciente então solicitado a contrair o quadríceps enquanto o examinador aplica mais força. O teste é positivo se o paciente não consegue completar a contração sem dor. Afecções associadas Tendinite Plica sinovial ( membrana subpatelar existenteem 30% da popupação que pode inflamar) Lesão de LCA Osgood-Schlater Doença de Hoffa(inflamção da gordura) Tratamento Fase aguda: CDB: 4’ DF-MF-CP + - CDB em caso de edema Laser (AsGa): 3 – 4 J/cm² - joelho no semifletido e aplicar na borda medial ou 71 lateral Eletroanalgesia (espasmos)-TENSou CIV Mobilização- latero/lateral e superior/inferior Massagem-para tensão muscular Bandagens Alongamentos (passivo)- Isquiostibiais(IQT), tríceps sural, tensor da fáscia lata Fase sub-aguda: Alongamentos – manter o alongamento dos IQT,com mais intensidade. NMES (vasto medial)- estimulação transcutânea com corrente russa o 12 a 20 contrações / o Intensidade máxima suportável o 50 hz / 2000 hz (CIV) / 200 μs (TENS) / Russa Isométrico: “parafuso do pé” ,ou seja, isometria do quadriceps de média intensidade 70% CCF (0 – 30°) + adução – ex: 1 bola entre os joelhos Fase crônica: OCC, se necessário Alongamentos CCF (0 – 50°) + adução CCA (90 – 50°) + adução Propriocepção dinâmica Hidroterapia (condicionamento físico) LESÃO MENISCAL Função 72 aumentar a congruência Melhor descarga de peso Lubrificação (tem um envoltório que produz líquido sinovial) Estabilidade Mecanismos de Lesão Trauma: componente rotacional com descarga de peso Associado com lesões ligamentares (LCA e LCM)) Degeneração Menisco discoide Tipos de lesão O menisco medial é lesionado com maior frequência por que tem ligação com LCA e LCM o que lhe permite apenas uma mobilidade de 6mm, enquanto que o lateral tem ligação com LCP e uma mobilidade de 12mm. Vascularização O corpo do menisco é a parte mais vascularizada. Lesão do corno leva à retirada Lesão no corno leva a sutura com alta taxa de recuperação pela vascularização. Sutura meniscal Lesão Longitudinal de pequena extensão Mais frequente em jovens Ausência Localização em área de melhor vascularização - 1/3 periférico Pacientes de Lesões Associadas Uso de órtese com bloqueio articular até a 4º semana Reabilitação Total em 3-4 meses Descarga total após 4-6 semanas de P.O Meniscectomia Parcial Descarga Total imediata Sem uso de órtese e ADM livre Reabilitação Total em 2 meses TRATAMENTO 73 Meniscectomia parcial Pós Operatório ( até 3 dias) P.R.I.C.E.- até o 3º dia 5x/dia OCP – 125 Hz Laser – 3 a 4 J/cm² - com joelho em semiflexão Eletroanalgesia - TENS e CIV Isométricos – quadríceps de baixa intensidade. 1ª e 2ª semanas ADM: ativo- assistidos (extensão)-não ir até o final Alongamentos SLR (straight leg raising) NMES ( quadríceps) Treino proprioceptivo estático (transferência de peso) 3ª e 4ª semanas ADM: extensão completa * e flexão > 90° Alongamentos Resistidos (CCA) Bicicleta estacionária-cama elástica,disco 5ª e 6ª semanas ADM restaurada Alongamentos adm completa “Leg-press” (até 90°) Treino proprioceptivo (médio) Hiroterapia (condicionamento físico) 7ª e 8ª
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