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A Ética da Alteridade de Emmanuel Lévinas


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UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI – URCA
PRÓ-REITORIA DE ENSINO DE GRADUAÇÃO – PROGRAD
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS
Aluna: Amanda Ellen Nascimento de Araújo
Professor: Carlos Alberto Tolovi
Emmanuel Lévinas
	Emmanuel Lévinas deu origem a teoria da ética na alteridade, mediante suas discussões sobre ela (a alteridade). Lévinas vivenciou o período das duas Guerras Mundiais, onde perdeu muitos dos seus familiares (menos sua esposa e sua filha) por ser judeu. É diante desse contexto de dor e sofrimento que ela irá tomar a ética como filosofia primeira para poder obter o seu conceito final de alteridade.
	“A Ética como busca do sentido do Humano a partir da Alteridade, do Rosto do Outro”. Quando ele propõe ser ético a partir do “rosto do outro”, quer dizer saber reconhecer o outro como um sujeito de possibilidades assim como nos vemos, e percebê-lo como imagem e semelhança de Deus. Para que isso possa ocorrer é preciso nos sensibilizar para com o outro (sermos humanos), pois a partir do momento em que tiramos deste os seus direitos (nos desumanizamos) somos capazes de cometer coisas horríveis (como no caso do nazismo). Por exemplo, na educação como futuros professores, é preciso reconhecer nossos estudantes como seres de possibilidades, antes de qualquer coisa. Para isso, é necessário um contato “face – a – face” (é nesse contato que vemos o outro nos olhos, é aqui que percebemos e nos sensibilizamos por ele sem esperar algo em troca), pois antes da razão precisamos nos sensibilizar. 
	Lévinas fala do “eu-individual”. Só podemos refletir sobre nós quando temos relações com o outro, porque é preciso que haja dois (ou mais) modelos parar que possa fazer uma reflexão. Em sala de aula, por exemplo, quando uma turma vai muito mau com determinado professor, (em alguns casos) a didática dele deve ser mudada para que a próxima turma venha a ter um desempenho melhor. Assim como se o professor tiver uma boa didática e a sala tira boas notas, isso quer dizer que este está fazendo um bom trabalho. 
	Um fator importante na alteridade pregada por Lévinas, é que quando nos sensibilizamos pelo outro, automaticamente temos sobre esse a responsabilidade. Ou seja, quando um aluno está com dificuldades de aprendizagem e o professor percebe isso, ele se torna responsável pelo sucesso ou fracasso daquele aluno (cabe ao professor decidir se vai ou não ajudar). Caso ele (o professor) ajude o seu aluno – sem esperar nada em troca – este terá sido, naquele momento, um sujeito de alteridade (pois ela não é discursiva e sim praticada). Nesse momento de conhecimento e sensibilidade diante do encontro face-a-face, os dois seres participantes encontram-se infinitos em sua alteridade (alteridade – responsabilidade – exterioridade).
	Durante sua carreira ele recebeu influências da fenomenologia e ontologia de Hurssel e Heidegger, a qual iria criticar. Lévinas não pensa o ser, para ele Deus (assim como o indivíduo) está para além desse conceito ontológico (somos seres infinitos, a “imagem e semelhança de Deus”). É com base nisso que ele vai falar da ética como filosofia primeira, não se pode apenas conhecer o indivíduo em seu todo, pois ele está para além disso. Mas podemos nos sensibilizar e o reconhecer como um ser infinito, assim como nós. 
	Portanto, ele diz que o problema da época (e sociedade) que vivemos, não pratica a ética, por conta dessa aglomeração de humanos desumanos é que as guerras são mais frequente. De acordo com ele, se nós tivéssemos mais sensibilidade para com o rosto do outro viveríamos de forma diferente.

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