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Laboratório de Física II Turma 2010EC21 – 2ª Feira 10:00 horas EXPERIMENTO 1 Colisão em 1 Dimensão Grupo: Heloym B. Júnior RA: 181012774 João Pedro do C. Martins RA: 181010976 José Victor A. Ferreira RA: 181012626 Matheus de A. Souza RA: 181010283 Vinícius H. Rodrigues RA: 181010658 Data da Realização: 13/08/18 Objetivos Validar, em colisões de apenas uma dimensão, se ocorre ou não a conservação da quantidade de movimento. Introdução Nos estudos iniciais sobre colisões, a interação entre dois corpos é chamada de colisão ou choque quando a interação ocorre em um intervalo de tempo relativamente curto durante o qual o efeito das forças externas pode ser desprezado e, tanto antes quanto depois desse intervalo de tempo, a força de interação entre os corpos é nula ou desprezível. Sendo assim, existem muitos exemplos da aplicação dessa parte da física em nosso dia a dia, desde uma colisão entre uma porta de correr e uma parede, até o choque entre dois trens de brinquedo em um trilho retilíneo. Os primeiros estudos nessa área foram desenvolvidos por Newton, cujas leis criadas regem o movimento e as colisões. Se observarmos uma batida de trenzinhos de brinquedos, veremos que um trenzinho transfere seu movimento totalmente ou parcialmente para outra. A grandeza física que torna possível estudar estas transferências de movimento é a quantidade de movimento linear , também conhecida como momento linear. A quantidade de movimento relaciona a massa de um corpo com sua velocidade: Sendo: P = quantidade de movimento; m = massa; v = velocidade do corpo. Outra fórmula importante para se levar em conta é a da variação da quantidade de movimento: Onde: ΔP= variação da quantidade de movimento; = quantidade de movimento final; = quantidade de movimento inicial. Além disso, também utilizaremos a fórmula da velocidade média, a saber: Temos também a equação do Erro Relativo que, no caso desse experimento, será calculada por: Descrição do experimento Material Utilizado - Dois flutuadores Pasco (F1 e F2); - Trilho de ar Pasco (Trilho); - Compressor de ar Pasco (CA); - Massas de 10g e 50g (M); - Um paquímetro mecânico Mitutoyo de comprimento 300mm e incerteza absoluta de 0,05mm; - Balança semi-analítica; - Dois cronômetros Pasco (C1 e C2); - Dois sensores Pasco (S1 e S2); Figura 1 – Modo de preparo do experimento Procedimento Para início do experimento medimos a massa do flutuador alvo (F2) e projétil (F1), bem como a dimensão de suas respectivas bandeirolas. Montamos um sistema composto por um trilho de ar (onde seriam posicionados os carrinhos, a fim de diminuir o atrito, permitindo uma porcentagem de erro menor no experimento), e dois sensores ópticos (S1 e S2) ligados a dois consoles que possuíam um cronômetro acoplado. O flutuador alvo foi posicionado entre os sensores ópticos, enquanto o flutuador projétil se encontrava antes do S1, uma vez que quando houvesse a colisão o carrinho alvo se moveria para frente, passando pelo S2, e o projétil permaneceria em repouso ou voltaria em sua trajetória dependendo da massa do alvo. Através de um elástico acoplado na ponta do sistema do trilho realizamos vários lançamentos, contudo, como o resultado foi muito diferente entre os lançamentos, o grupo decidiu usar apenas um dado, a fim de minimizar o erro. Realizamos o primeiro lançamento sem o acréscimo de massa no projétil, ao disparar o projétil, este passou pelo S1 (onde foi medido o tempo que a bandeirola levou para passar por este, coletou-se o dado para o futuro cálculo da velocidade do projétil) e logo após colidiu com o alvo transmitindo sua energia cinética fazendo-o mover-se, passando pelo S2 e, como as massas de ambos eram muito próximas, o flutuador projétil entrou em estado de repouso. Os lançamentos seguintes foram realizados com acréscimos de massas (discos metálicos) no flutuador alvo. O grupo, em conjunto, escolheu adicionar 40 gramas a cada novo lançamento. O procedimento adotado foi o mesmo do primeiro lançamento, com a diferença que o carrinho projétil não ficava em repouso, ao invés disso, ele voltava por sua trajetória. O cronômetro C2 aferiu os tempos inicial e final do flutuador projétil. Enquanto o console C1 registrou apenas o tempo final do alvo (isto é, após a colisão), uma vez que o flutuador alvo continuaria em movimento retilíneo uniforme por não serem considerados atrito ou qualquer força externa no experimento. Resultados e Discussão Os resultados do experimento – tanto massas aferidas em balança semi-analítica, como os tempos que os sensores mostraram e também as velocidades médias encontradas a partir da equação 3 que utilizou os tempos e o tamanho do objeto que passa pelo sensor (ΔS=1,1cm) – estão expostos na tabela a seguir. Tabela I – Massas, tempos e velocidades obtidas no experimento Sendo: Mp = massa do projétil; Ma = massa do alvo; Tpi = Tempo inicial do projétil; Ta = Tempo final do alvo; Tpf = Tempo final do projétil; Vpi = Velocidade inicial do projétil; Va = Velocidade final do alvo; Vpf = Velocidade final do projétil. Calculando a variação da quantidade de energia nos cinco experimentos de acordo com a equação 2, temos o resultado apresentado na seguinte tabela. Tabela II – Valores das quantidades de movimento para cada massa. (g) (g.m/s)* (g.m/s)* Erro** 200,2 143,06 123,02 20,04 14,01% 240,2 152,99 152,57 0,42 0,27% 280,2 147,85 167,25 19,4 11,60% 320,2 160,80 181,71 20,91 11,51% 360,2 165,65 208,13 42,48 20,41% *Pf e Pi foram calculados em g.m/s de acordo com a equação 1. ** O Erro foi calculado de acordo com a equação 4. A partir dessa tabela, podemos mostrar empiricamente que a massa do flutuador e o erro relativo são grandezas diretamente proporcionais, pois à medida que a massa aumentava, na maior parte dos experimentos o erro também era ampliado. Conclusão Portanto pudemos verificar que, mesmo que de acordo com a teoria se faça necessária a conservação do movimento (ΔP=0), esta não ocorreu totalmente na prática, podendo ter como motivos principais fenômenos externos e inexistentes no plano teórico ideal tais como atrito, imprecisões humanas nos lançamentos, etc. Bibliografia https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/fisica/colisoes-unidimensionais.htm https://www.sofisica.com.br/conteudos/Mecanica/Dinamica/quantmov.php D. F. de Mello, Notas da Aula de Laboratório de Física II.
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