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Abordagem Comportamental

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 TEORIAS COMPORTAMENTAIS
 UMA ABORDAGEM
Organizado:
 Paulo César machado
Governador Valadares, Out 2014.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA – UFJF
FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E CIÊNCIAS CONTÁBEIS CAMPUS GOVERNADOR VALADARES
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Abordagem Comportamental
A Teoria Comportamental da Administração (Teoria Behaviorista) traz uma nova concepção e um novo enfoque na abordagem da teoria administrativa:
a abordagem das ciências do comportamento, o abandono das posições normativas e prescritivas das teorias anteriores e a adoção de posições explicativas e descritivas.
A ênfase permanece nas pessoas, mas dentro do contexto organizacional 
mais amplo.
Seguidores da Abordagem Comportamental
Kurt Lewin
Herbert Simon
Douglas McGregor
Cris Argyris
Abraham Maslow
Frederick
Herzberg
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Origens da Teoria Comportamental
A oposição ferrenha da Teoria das Relações Humanas à Teoria Clássica, influenciou o nascimento da Teoria Comportamental
A Teoria Comportamental representa um desdobramento da Teoria das Relações Humanas, com a qual se mostra eminentemente crítica e severa
A Teoria Comportamental critica a Teoria Clássica, havendo autores que vêem no behaviorismo a verdadeira antítese à teoria da organização formal
Com a Teoria Comportamental dá-se a incorporação da Sociologia da Burocracia, ampliando o campo da teoria administrativa.
 Também, em relação à Teoria da Burocracia, a Teoria Comportamental mostra-se muito crítica
Em 1947, surge um livro que marca o início da Teoria Comportamental na Administração: 
 “O Comportamento Administrativo” de Herbert Simon.
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Abordagem Comportamental
A Abordagem Comportamental fundamenta-se no comportamento individual das pessoas. Torna-se necessário o estudo mais aprofundado da motivação humana. Assim um dos temas fundamentais para a Teoria Comportamental da Administração é a motivação humana. Maslow apresentou uma teoria da motivação segundo a qual as necessidades humanas estão organizadas e dispostas em níveis, visualizada por meio de uma pirâmide.
Necessidades Fisiológicas
Necessidades de Segurança
Necessidades Sociais
Necessidades
de Estima
Necessidades
de
Auto realização
Necessidades
Secundárias
Necessidades
Primárias
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Abordagem Comportamental
1 – Necessidades Fisiológicas: Constituem o nível mais baixo de todas as necessidades humanas, mas de vital importância. Nesse nível estão as necessidades de alimentação, sono, repouso etc. São necessidades relacionadas à sobrevivência do indivíduo.
2 – Necessidades de Segurança: Constituem o segundo nível e são relacionadas à segurança, estabilidade, busca de proteção contra ameaças ou privação e fuga do perigo. Surgem após as necessidades fisiológicas estarem satisfeitas.
3 – Necessidades Sociais: Estão relacionadas a aceitação por parte de um grupo, participação, troca, cooperação, amizade, afeto. Surgem após as necessidades de segurança estarem satisfeitas. Quando um indivíduo não satisfaz as suas necessidades sociais, torna-se resistente, antagônico e hostil em relação às pessoas que o cercam.
4 – Necessidades de Estima: São relacionadas à maneira pela qual o indivíduo se vê e se avalia. Envolvem a auto apreciação, autoconfiança, aprovação social, respeito, status, prestígio e consideração.
5 – Necessidades de auto realização: São as necessidades humanas mais elevadas e estão relacionadas com a realização do próprio potencial e autodesenvolvimento contínuo.
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Abordagem Comportamental
Fisiológicas
Segurança
Sociais
Estima
Auto-
Realização
Não-Satisfação
Satisfação
 Insucesso na profissão
 Desprazer no trabalho
 Baixo status
 Baixo salário
 Sensação de ineqüibilidade
 Baixa interação e mal
relacionamento com colegas,
chefia e subordinados
 Tipo e ambiente de trabalho mal-estruturados
 Políticas da empresa
imprevisíveis
 Confinamento do local
de trabalho
 Remuneração
 Sucesso na profissão
 Prazer no trabalho
 Interação facilitada pelo
arranjo físico
 Prestígio na profissão
 Elevada interação e bom
relacionamento com colegas, chefia etc.
 Tipo e ambiente de trabalho bem-estruturados
 Políticas da empresa
previsíveis e estáveis
 Remuneração
adequada
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Abordagem Comportamental
Teoria dos Dois Fatores de Herzberg
1 – Fatores Higiênicos ou fatores extrínsecos: São fatores administrados e decididos pela empresa, por isso, estão fora do controle das pessoas. Os principais fatores são: salário, benefícios sociais, tipo de chefia ou supervisão, condições físicas e ambientais de trabalho, políticas e diretrizes da empresa, clima de relacionamento entre a empresa e os funcionários, regulamentos internos, etc.
2 – Fatores Motivacionais ou fatores intrínsecos: São fatores que estão sob o controle dos indivíduos, pois estão relacionados com aquilo que ele faz e desempenha. Envolvem sentimentos de crescimento individual, reconhecimento profissional e auto realização.
Os fatores higiênicos e motivacionais são independentes e não se vinculam entre si.
A satisfação no cargo depende dos fatores motivacionais a insatisfação no cargo depende dos fatores higiênicos.
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Abordagem Comportamental
Teoria X e Teoria Y
McGregor compara dois estilos opostos e antagônicos de administrar: de um lado, um estilo baseado na teoria tradicional, mecanicista e pragmática (a que deu nome de Teoria X), e, de outro, um estilo baseado nas concepções modernas a respeito do comportamento humano (a que denominou Teoria Y).
Teoria X – É a concepção tradicional de administração e baseia-se em convicções errôneas e incorretas sobre o comportamento humano. Reflete um estilo de administração rígido e autocrático e que faz as pessoas trabalharem dentro de esquemas e padrões planejados e organizados, tendo em vista o alcance dos objetivos organizacionais. As pessoas são consideradas meros recursos ou meios de produção.
Teoria Y – Baseia-se em concepções e premissas atuais e sem preconceitos da natureza humana. Mostra um estilo de administração aberto, dinâmico, participativo e democrático, por meio do qual administrar torna-se um processo de criar oportunidades, liberar potenciais, remover obstáculos, encorajar o crescimento individual e proporcionar orientação quanto a objetivos organizacionais.
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Abordagem Comportamental
Teoria X e Teoria Y
Concepções sobre a natureza humana
Pressuposições da Teoria X
As pessoas são preguiçosas e indolentes.
As pessoas evitam o trabalho.
As pessoas evitam a responsabilidade, a fim de se sentirem mais seguras.
As pessoas precisam ser controladas e dirigidas.
As pessoas são ingênuas e sem iniciativa.
Pressuposições da Teoria Y
As pessoas são esforçadas e gostam de ter o que fazer.
O trabalho é uma atividade tão natural como brincar ou descansar.
As pessoas procuram e aceitam responsabilidade e desafios.
As pessoas podem ser automotivadas e autodirigidas.
As pessoas são criativas e competentes.
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Abordagem Comportamental
Sistemas de Administração de Likert
Sistema 1 – Autoritário e Coercitivo: é um sistema autocrático e forte, coercitivo e arbitrário, que controla rigidamente tudo o que ocorre dentro da organização. É o sistema mais duro e fechado.
Sistema 2 – Autoritário e Benevolente: é um sistema administrativo autoritário que constitui uma variação atenuada do Sistema 1. No fundo é um Sistema 1 mais condescendente e menos rígido.
Sistema 3 – Consultivo: é um sistema que pende mais para o lado participativo do que para o lado autocrático e impositivo, como nos dois sistemas anteriores. Representa um gradativo abrandamento da arbitrariedade organizacional.
Sistema 4 – Participativo: é um sistema administrativo democrático por excelência. É o mais aberto de todos os sistemas. Likert acredita que quanto mais o estilo administrativo da empresa se aproximar deste sistema, maior será a probabilidade de alta produtividade.
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Abordagem Comportamental
Os Quatro Sistemas de Likert e as Teorias X e Y
Teoria Y Participativo
Teoria X Autoritário
1 2 3 4
 Sistema
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Abordagem Comportamental
Teoria das Decisões
Herbert Simon a utilizou como base para explicar o comportamento humano nas organizações. Ele concebe a organização como um sistema de decisões. Nesse sistema, cada pessoa participa racional e conscientemente, escolhendo e tomando decisões individuais a respeito de alternativas racionais de comportamento. Assim, a organização está permeada por decisões e de ações.
Decisão é o processo de análise e escolha entre as alternativas disponíveis de cursos de ação que a pessoa deverá seguir. Toda decisão envolve seis elementos:
1. Tomador de decisão – a pessoa;
2. Objetivos – que pretende alcançar;
3. Preferências – critérios para a escolha;
4. Estratégia – ação/ações para atingir os objetivos;
5. Situação – aspectos do ambiente;
6. Resultado – a conseqüência da estratégia.
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Abordagem Comportamental
Etapas do Processo Decisorial
O processo decisorial é complexo e depende das características pessoais do tomador de decisões, da situação em que está envolvido e da maneira como percebe a situação. São sete as etapas que envolvem o processo decisorial:
1. Percepção da situação que envolve algum problema;
2. Análise e definição do problema;
3. Definição dos objetivos;
4. Procura de alternativas de solução ou de cursos de ação;
5. Escolha (Seleção) da alternativa mais adequada ao alcance dos objetivos;
6. Avaliação e comparação das alternativas;
7. Implementação da alternativa escolhida.
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Abordagem Comportamental
Comparação - Processo Decisório Clássico e Comportamental
Tomada de Decisão
Clássica
Tomada de Decisão
Comportamental
Problema
claramente definido
Conhecimento de todas
as alternativas possíveis
e suas conseqüências
Escolha da
alternativa “ótima”
Ação administrativa
Problema não
claramente definido
Conhecimento limitado
das possíveis alternativas
e de suas conseqüências
Escolha da
alternativa “satisfatória”
Ação administrativa
Limitação
Cognitiva
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Abordagem Comportamental
Comportamento Organizacional
É o estudo da dinâmica das organizações e como os grupos e indivíduos se comportam no espaço corporativo.
Teoria do equilíbrio organizacional:
 Incentivos feitos pela organização aos seus participantes (salários, benefícios, prêmios, gratificações etc.);
 Utilidade dos incentivos, pois cada incentivo possui um valor de utilidade que varia de indivíduo para indivíduo, de acordo com as suas necessidades pessoais;
 Contribuições que cada participante efetua à sua organização (trabalho, dedicação, esforço, lealdade, assiduidade etc.);
 Utilidade das contribuições é o valor que cada contribuição tem para a organização.
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Abordagem Comportamental
Teoria da Aceitação de Autoridade
Barnard desenvolveu uma teoria a respeito da autoridade que se contrapõe aos ensinamentos da Teoria Clássica. Chegou a conclusão de que a autoridade não repousa no poder de quem a possui: ela não flui de cima para baixo, ao contrário, a autoridade repousa na aceitação ou consentimento dos subordinados.
Nesta visão a autoridade é um fenômeno psicológico, por meio do qual as pessoas aceitam as ordens e decisões dos superiores sob certas condições. O subordinado aceita a ordem quando quatro condições ocorrem simultaneamente:
a. entende ou compreende a ordem;
b. Julga-a compatível com os objetivos da organização;
c. julga-a compatível com os seus objetivos pessoais;
d. é mental e fisicamente capaz de cumpri-la.
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Abordagem Comportamental
Novas Proposições sobre Liderança
A liderança transformadora é a nova visão deste elemento importante para a administração, na Teoria Comportamental. Para eles as organizações precisam de líderes transformadores (liderança transacional – Burns).
Likert aborda quatro estilos de liderança:
1. Autoritário explorador: Típico da gerência baseada na punição e no medo;
2. Autoritário benevolente: Típico da gerência baseada na hierarquia, com mais ênfase na premiação do que na punição;
3. Consultivo: Baseado na comunicação vertical descendente e ascendente, com a maioria das decisões vindas do topo;
4. Participativo: baseado no processo decisório em grupos de trabalho que se comunicam entre si, por meio de indivíduos (elos de ligação), líderes de equipes ou outros que também fazem parte de um ou mais grupos.
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Abordagem Comportamental
Teoria Comportamental da ADM
Simon/ Maslow/ Likert
Ênfase
nas pessoas e no ambiente
Período: 1947
Princípios:
Conflito entre objetivos individuais e organizacionais
Diferença entre problema, dilema e conflito
Habilidades de Negociação
Habilidades de liderança
Organizações formais e informais
Organizações complexas
Homem administrativo
Críticas:
Excesso psicologização
Autoridade x obediência
Reforço (muito simplista)
Visão tendenciosa
Surgem Estudos:
 Motivação Humana
 Necessidades das Pessoas
 Estilos de Administração
 Teoria X e Y
 Escala de Likert
 Teoria das Decisões
 Comportamento 
 Organizacional
 Teoria do Desenvolvimento Organizacional (DO)
c2007, Valentim
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BIBLIOGRAFIA
CHIAVENATO, I. Introdução à teoria geral da Administração. 7.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003. 634p.
LODI, J. B. História da Administração. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2003. 217p.
MAXIMIANO, A. C. A. Teoria geral da Administração: da revolução urbana à revolução digital. 4.ed. São Paulo: Atlas, 2004. 521p.

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