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Abordagem Comportamental A Teoria Comportamental é um desdobramento da Teoria das Relações Humanas, da qual mesmo fazendo críticas, apropriou-se de seus conceitos, utilizando-os como base para se fundamentar. A teoria comportamental fundamenta-se no comportamento individual das pessoas, para explicar o comportamento organizacional. Esta Teoria, também conhecida como Teoria Behaviorista (corrente da psicologia). Ênfase: Pessoas, mas dentro de um contexto organizacional Enfoque: Estilos de Administração; Teoria das decisões, Integração dos objetivos organizacionais e individuais 2 Oposição ferrenha às teorias anteriores; Desdobramento da Teoria das Relações Humanas; Crítica severa aos autores clássicos (Teorias Clássica e da Burocracia); Início da Teoria Comportamental da Administração. Livro: O Comportamento Administrativo, de Herbert Simon. Origem da Teoria Comportamental Robbins (2002) afirma que há três níveis de análise no estudo do comportamento organizacional: Nível do indivíduo: estuda as variáveis que afetam o comportamento dos indivíduos na organização, tais como características biográficas (idade, sexo, estado civil), personalidade, valores, atitudes, emoções, percepção, aprendizagem e motivação. Nível do grupo: estuda o comportamento dos grupos e trata de tópicos como a diferença entre grupo e equipe, formação de equipes eficazes, padrões de comunicação, estilos de liderança, poder e política e os níveis de conflitos que afetam o comportamento grupal. Nível dos sistemas organizacionais: estuda as diferentes formas de estrutura organizacional e trata de tópicos tais como desenho da organização formal, processos de trabalho, políticas e práticas de gestão de pessoas. Origem da Teoria Comportamental Produtividade no Trabalho: uma organização é produtiva quando consegue atingir seus objetivos, transformando entradas em resultados ao mais baixo custo possível. A produtividade implica em eficiência (minimização dos recursos necessários para se alcançarem os objetivos) e em eficácia (alcance dos objetivos propostos). Absenteísmo no Trabalho: é o não comparecimento do funcionário ao trabalho. Quando o funcionário falta, o fluxo de trabalho é interrompido e as decisões frequentemente importantes precisam ser postergadas. Origem da Teoria Comportamental Rotatividade no Trabalho: Rotatividade é o fluxo de saída e entrada de pessoal da organização, voluntária ou involuntária (demissão). Um índice alto de rotatividade resulta em elevação dos custos da empresa com recrutamento, seleção e treinamento de novos funcionários. Satisfação no Trabalho: A satisfação é definida como a diferença entre as recompensas recebidas de fato pelo funcionário e aquilo que ele acredita merecer, ou seja, se as recompensas recebidas estiverem além das expectativas do indivíduo, este se encontra satisfeito, mas, se as recompensas recebidas estiverem aquém das expectativas do indivíduo, este certamente se sentirá insatisfeito (ROBBINS, 2002). Origem da Teoria Comportamental Atualmente, outro fator bastante estudado em relação ao comportamento organizacional é o estresse, que está presente em todas as profissões e classes sociais. Estresse no Trabalho: O senso comum nos traz um conceito de algo negativo e nocivo a respeito da qualidade de vida do indivíduo. Estresse é um estado emocional desagradável que ocorre quando as pessoas estão inseguras de sua capacidade de enfrentar um desafio percebido em relação a um valor importante. Está relacionado à capacidade de adaptação do indivíduo, em que sempre está envolvido o equilíbrio obtido entre a exigência e a capacidade. Se o equilíbrio for atingido, obter-se-á o bem-estar; se for negativo, gerará diferentes graus de incerteza, conflitos e sensação de desamparo. Origem da Teoria Comportamental Já Robbins (2002) define o estresse de forma mais complexa, conceituando-o como uma condição dinâmica na qual um indivíduo é confrontado com uma oportunidade, limitação ou demanda em relação a alguma coisa que ele deseja e cujo resultado é percebido, simultaneamente, como importante e incerto. Origem da Teoria Comportamental O estresse no trabalho pode ser avaliado em termos de quatro variáveis: Fontes de pressão no trabalho: englobam categorias de agentes estressores, destacando entre eles os fatores intrínsecos ao trabalho, os relacionamentos interpessoais, a satisfação do trabalhador em termos de carreira e perspectivas futuras, o clima e a estrutura organizacionais. Personalidade do indivíduo: em uma mesma situação, as pessoas podem agir de formas diferenciadas devido a características peculiares de suas personalidades. A personalidade do tipo A é mais propensa ao estresse, sendo caracterizada por pessoas impacientes, ansiosas, perfeccionistas, que levam a vida em ritmo acelerado e se sentem culpadas quando descansam ou relaxam. A personalidade do tipo B é menos propensa ao estresse, por ser caracterizada por indivíduos que não sentem necessidade de impressionar terceiros que são capazes de trabalhar sem agitação. Estratégias de combate e/ou defesa contra o estresse desenvolvidas pelas pessoas: esforço cognitivo e comportamental do indivíduo na tentativa de gerenciar tanto o ambiente quanto as demandas internas e os conflitos que o possam estar afetando. Sintomas físicos e mentais manifestos no processo: dependem de diferenças individuais tanto em ajustamento de personalidade, maturidade e capacidade de respostas, como estrutura física e cultural e ambiente social. A Teoria Comportamental se fundamenta no comportamento das pessoas que compõem a organização - Administrar é fazer as coisas por meio das pessoas - buscando explicar áreas tais como: a motivação e os estilos administrativos. A Teoria Comportamental (ou Teoria Behaviorista) da Administração Para a Teoria Comportamental da Administração foi fundamental o contribuição da: Teoria das Necessidades de Maslow; Teoria dos dois fatores de Herzberg; Teoria X e Y de Mc Gregor; Teoria dos Sistemas de Decisão Herbert Simon. A Motivação Humana Os autores behavioristas verificaram que o administrador precisa conhecer as necessidades humanas para melhor compreender o comportamento humano e utilizar a motivação humana como poderoso meio para melhorar a qualidade de vida dentro das organizações. 13 Hierarquia das necessidades de Maslow 14 Teoria dos dois fatores Frederick Herzberg propôs um modelo motivacional baseado em dois fatores: Fatores higiênicos ou extrínsecos: são contextuais, relacionados com o meio ambiente onde as pessoas atuam. São de responsabilidade da organização, fora do controle das pessoas. São os salários, benefícios sociais, tipo de chefia... São chamados de higiênicos por serem considerados profiláticos e preventivos, ou seja, evitam a insatisfação, mas não levam a satisfação. Fatores motivacionais ou intrínsecos: são relacionados ao conteúdo do cargo, a natureza das tarefas inerentes a ele. Estão sob o controle da pessoa. São reconhecimento profissional, auto-realização... Quando os fatores motivacionais são ótimos provocam a satisfação. 15 1964 – Douglas McGregor insatisfeito com o modelo de relações humanas, centrou seus estudos na relação entre o sucesso da organização e sua capacidade de prever e controlar o comportamento humano. Foi um dos mais importantes estudiosos do Behaviorismo, e formulou uma teoria onde compara dois estilos de administração: X e Y. Teoria X e Teoria Y Teoria X ← O trabalho é, em si, desagradável para a maioria das pessoas. É a concepção tradicional de administração e se baseia em convicções errôneas e incorretas sobre o comportamento humano, como, por exemplo: O homem é indolente e preguiçoso por natureza, ele evita o trabalho. Falta-lhe ambição, não gosta de assumir responsabilidades. O homem é egocêntrico. A sua própria natureza o leva a resistir às mudanças. A sua dependência o torna incapaz de autocontrole e autodisciplina. TeoriaX e Teoria Y Teoria Y ← o trabalho é tão natural como o lazer se as condições forem favoráveis É a moderna concepção de administração, de acordo com a teoria comportamental. Ela se baseia em concepções e premissas atuais e sem preconceitos a respeito da natureza humana. A Teoria Y desenvolve um estilo de administração muito aberto e dinâmico, extremamente democrático, através do qual administrar é um processo de criar oportunidades, liberar potencialidades, remover obstáculos, encorajar o crescimento individual e proporcionar orientação quanto a objetivos. Está totalmente oposta à teoria X. Teoria X e Teoria Y Processo decisorial Para a Teoria Comportamental todos os níveis hierárquicos são tomadores de decisão relacionados ou não com o trabalho. Decisão é o processo de análise e escolha, entre várias alternativas disponíveis, do curso de ação que a pessoa deverá seguir. 22 23 Comportamento organizacional É o estudo do funcionamento e da dinâmica das organizações e de como os grupos e os indivíduos se comportam dentro delas. A organização espera que o empregado obedeça a sua autoridade e o empregado espera que a organização se comporte corretamente com ele e opere com justiça. Ambas as partes do contrato de interação estão orientadas por diretrizes que definem o que é correto e equitativo. DISCIPLINA TÓPICOS ABORDADOS EM C.O. Psicologia Experimental Teorias sobre aprendizagem, motivação, percepção e estresse. Psicologia Clínica Modelos de personalidade e desenvolvimento humano. Psicologia Industrial Seleção de empregados, atitudes no local de trabalho e avaliação de desempenho. Psicologia Social e Sociologia Interacionista Socialização, liderança e dinâmica de grupo. Sociologia Teorias sobre estrutura, status social e relações institucionais. Ciência Política Teorias sobre poder, conflito, negociação e controle. Antropologia Teorias sobre simbolismo, influência cultural e análise comparativa. Economia Teorias sobre competição e eficiência. Comportamento organizacional Como a organização é um sistema cooperativo racional, ela somente pode alcançar seus objetivos se as pessoas que a compõem coordenarem seus esforços a fim de alcançar algo que individualmente jamais conseguiriam. Por essa razão, a organização se caracteriza por uma racional divisão do trabalho e por uma determinada hierarquia. Conflito entre os objetivos organizacionais e os pessoais Desenvolvimento Organizacional é, de modo geral, um novo nome para um produto velho: uma teoria elaborada por um grupo de cientistas na década de 1960 com ênfase no desenvolvimento planejado das organizações. Abordagem Comportamental e o Desenvolvimento Organizacional Variáveis do Desenvolvimento Organizacional Ênfase nas pessoas. Abordagem mais descritiva e menos prescritiva. Profunda reformulação na filosofia administrativa. Dimensões bipolares da Teoria Comportamental. A relatividade das Teorias de Motivação. Influência das ciências do comportamento sobre a Administração. A organização como um sistema de decisões. Visão tendenciosa. Apreciação Crítica da Teoria Comportamental GIL, A. Gestão de Pessoas: enfoque nos papéis profissionais. São Paulo: Atlas, 2001. JOHANN, S. L. Gestão da cultura corporativa: como as organizações de alto desempenho gerenciam sua cultura organizacional. São Paulo: Saraiva, 2004. MARRAS, J. Administração de recursos humanos: do operacional ao estratégico. São Paulo: Futura, 2000. MAXIMIANO, A. Teoria geral da administração: da revolução urbana à revolução digital. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2006. RIBEIRO, A. L. Teorias da Administração. São Paulo: Saraiva, 2003. ROBBINS, S. Administração: mudanças e perspectivas. São Paulo: Saraiva, 2005. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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