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Contabilidade de Custos Profº Francisco Lorentz 4 - administrativas 300,00 - financeiras 500,00 (1.000,00) Lucro líquido 3.000,00 As mercadorias vendidas e entregues aos clientes tê m o valor de aquisição registrado como custo das mercadorias vendidas: Mercadorias em Estoques CMV Ciclo de negociação das Empresas Comerciais: Estoque de Mercadorias – são as mercadorias compradas que ainda não foram vendidas. Ao serem vendidas, as mercadorias são baixadas dos estoques pelo valor que foram adquiridas – Custo das Mercadorias Vendidas (CMV). A forma mais simples de se calcular o CMV é através da seguinte equação: CMV = EI + Compras – EF Na atividade comercial permanecem em estoque apenas os valores de aquisição das mercadorias ainda não vendidas. Os valores corresponde ntes a aluguéis, depreciação, juros, comissões de vendas, honorários, salários etc. são apropriados ao r esultado imediatamente quando incorridos. Em regra, são estocados apenas os gastos necessários à aquisição das mercadorias, tais como o preço pago pela merc adoria, o frete, o seguro do frete, os impostos não recupe ráveis. Os gastos não relacionados à comp ra das mercadorias não fazem parte do seu valor de aquisição. A despesa de salários de uma empresa comercial, por exemplo, não é incorporada ao estoque, sendo apropriada ao resultado dent ro do período de competência da despesa, mesmo que nesse período não tenham sido realizadas vendas de mercadorias. Estoques na atividade industrial O industrial fabrica os produtos que destina à venda , agregando à matéria-prima uma série de insumos. Na empresa industrial é necessário controlar os fatores que são aplicados à produção (material direto, mão-de- obra direta e gastos gerais de fabricação), para se determ inar o valor dos estoques de produtos em elaboração, dos estoques de produtos acabados e do custo dos produtos vendidos. De forma simplificada, a apuração do resultado na empresa industrial é feita do seguinte modo: Vendas líquidas 20.000,00 ( - ) CPV (14.000,00) Lucro bruto 6.000,00 ( - ) Despesas operacionais: - de vendas 2.000,00 - administrativas 1.000,00 - financeiras 1.200,00 (4.200,00) Lucro líquido 1.800,00 O CPV, Custo dos Produtos Vendidos, corresponde às matérias-primas utilizadas, embalagens e outros materiais diretos, mão-de-obra direta e gastos gera is de fabricação (ou custos indiretos de fabricação), necessários à fabricação dos produtos vendidos. Ou seja, corresponde ao valor dos fatores de produção aplicados aos produtos comercializados em determinado período. O CPV representa o custo dos produtos que foram transferidos para os client es, em virtude das vendas. Compra Mercadorias Estoca Mercadorias Vende Mercadorias www.cliqueapostilas.com.br Contabilidade de Custos Profº Francisco Lorentz 5 Matérias-primas Produtos em Elaboração Produtos Acabados CPV Ciclo de negociação das Empresas Industriais - Estoque de Matérias-primas – são matérias-primas em estoques aguardando para serem utilizadas no processo produtivo; - Estoque de Produtos em Processo/Elaboração – são produtos que foram iniciados, mas ainda não estão totalmente acabados; - Estoque de Produtos Acabados – são produtos que foram terminados seu ciclo de produção, mas ainda não foram vendidos. Cálculo do Custo dos Produtos Vendidos : Estoque Inicial de Produtos Industriais (em elaboração e acabados) + Custo de Produção do Período (Matéria-Prima c onsumida, Salários dos Operários, Energia Elétrica, Combustíveis e demais custos) – Estoque final de Produtos Industriais (em elaboração e acabados). CPV = EIPE + EIPA + CPP –EFPE – EFPA Demonstração do Resultado do Exercício (com as alterações da Lei nº 11.638/07 e MP nº 449/08) Empresa Comercial Receita Bruta de Vendas e Serviços (-) Deduções (devoluções de vendas, abatimentos e impostos) = Receita Líquida de Vendas e Serviços (-) CMV (EI + Compras – EF) = Lucro Bruto Operacional (-) Despesas Operacionais * Com Vendas * Financeiras Líquidas * Administrativas Outras receitas e despesas operacionais = Lucro/Prejuízo Líquido Operacional Outras Receitas e outras Despesas = Resultado do Exercício antes da CSSL e IR (-) Provisão para CSSL (-) Provisão para IR = Lucro Líquido antes das participações (-) Participações de Debêntures, Empregados, Administradores e partes beneficiárias. = Lucro Líquido do Exercício ESTOCA PRODUTOS ACABADOS COMPRA MATÉRIAS- PRIMAS ESTOCA MATÉRIAS-PRIMAS PRODUZ VENDE PRODUTOS ACABADOS www.cliqueapostilas.com.br Contabilidade de Custos Profº Francisco Lorentz 6 Empresa Industrial Faturamento Bruto (-) IPI s/ Faturamento = Receita Bruta de Vendas (-) Deduções = Receita Líquida de Vendas (-) Custo dos Produtos Vendidos = Lucro Bruto Operacional É a Contabilidade de Custos quem apura o CPV, por meio do controle dos custos de produção. As receitas e as despesas de vendas, admi nistrativas, financeiras etc. são cont roladas pela Contabilidade Financeira (Comercial) da empresa. Na atividade industrial perman ecem em estoque os valores de aquisição das matérias- primas e demais fatores de produção aplicados na fabri cação dos produtos mantidos em estoque. São apropriados ao resultado, como custo dos produtos vendidos, apen as os valores aplicados na fabricação dos produtos vendidos. Assim, integram os estoques de produtos os salár ios, a depreciação, o aluguel, o seguro e demais gastos aplicados à produção, enquanto os produtos não forem ve ndidos; vale dizer, durante o período em que os produtos forem mantidos em estoque. Se um produto fabricado permanecer em es toque, o seu valor corresponderá aos seguintes custos, necessários à sua produção: Matéria-prima consumida + Embalagem e outros materiais diretos utilizados + Mão-de-obra direta aplicada + Gastos gerais de fabricação (demais gas tos envolvidos no processo produtivo) TERMINOLOGIA UTILIZADA EM CONTABILIDADE DE CUSTOS A área de custos possui terminologia própria qu e, entretanto, muitas vezes é utilizada de forma equivocada. Gasto - s acrifício financeiro com que a entidade arca para a obtenção de um produto ou serviço qualquer, sacrifício esse representado por entrega ou promessa de entrega de ativos (normalmente dinheiro). Pode ser um investimento, custo ou despesa. Conceito extremamente amplo e que se aplica a todos os bens e serviços recebidos/prestados. Exemplos: 9 Gasto com Mão-de-obra 9 Aquisição de Mercadorias para revenda 9 Aquisição de Matéria-prima 9 Aquisição de Máquinas e equipamentos 9 Energia Elétrica 9 Aluguel Só existe gasto no ato da passagem para a propr iedade da empresa do bem ou serviço, ou seja, no momento em que existe o reconhecimento contábil da dívida assumida ou da redução do ativo dado em pagamento. Não estão aqui incluídos todos os sacrifíc ios com que a entidade acaba por arcar, já que não são incluídos o custo de oportunidade ou os juros sobre o capital próprio, uma vez que estes não implicam a entrega de ativos. Note que o gasto implica, às vezes, em desembolso, mas são conceitos distintos. Desembolso - pagamento resultante de aquisiçãodo bem ou serviço . Caracteriza-se pela entrega de numerário. Investimento - gasto ativado em função de sua vida útil ou de be nefícios atribuíveis a períodos futuros. Pode se transformar em custo, despesa ou perda. Todos os sacrifíci os havidos pela aquisição de bens ou serviços (gastos) que são "estocados" nos Ativos da empresa para baixa ou amortização quando de sua ve nda, de seu consumo, de seu desaparecimento ou de sua desvalorização são especificamente chamados de investimentos . Podem ser de diversas naturezas e de períodos de ativação variados: a matéria-prima é um gasto contabilizado temporariamente como investimento circulante; a máquina é um gasto que se transforma num investimento permanente; as ações adquiridas de outras empresas são gastos classificados como investimentos circulantes ou permanentes, dependendo da intenção que levou a sociedade à aquisição. www.cliqueapostilas.com.br Contabilidade de Custos Profº Francisco Lorentz 7 Custo - gasto relativo ao bem ou serviço utilizado na produ ção de outros bens ou serviços. Este gasto só é reconhecido como custo no momento de utilização dos fato res de produção, para fabricação de um produto ou execução de um serviço. O Custo é também um gasto, só que reconhecido como ta l, isto é, como custo, no momento da utilização dos fatores de produção (bens e serviços), para a fabricação de um produto ou execução de um serviço. Exemplos: a matéria-prima foi um gasto em sua aquisição que imed iatamente se tornou investimento (Ativo Circulante), e assim ficou durante o tempo de sua Estocagem, sem que aparecesse nenhum custo associado a ela; no momento de sua utilização na fabricação de um bem, surge o Custo da matéria-prima como parte integrante do bem elaborado. Este, por sua vez, é de novo um investimento , já que fica ativado até sua venda. A energia elétrica utilizada na fabricação de um item qualquer é gasto (n a hora de seu consumo) que passa imediatamente para custo, sem transitar pela fase de investimento. A máquina provocou um gasto em sua entrada, tornado investimento e parceladamente transformado em cu sto à medida que é utilizada no processo de produção. Exemplos: 9 Matéria-Prima: foi um gasto na aquisição, que imediatamente se tornou um investimento durante sua estocagem, e quando consumido se tornou Custo. 9 A Energia Elétrica é um gasto que quando consumido, passa imediatamente para Custo. 9 Salários do pessoal da produção. 9 Manutenção das Máquinas e Equipamentos de produção. 9 Depreciação das Máquinas e Equipamentos de produção. Despesa - Gasto com bens e serviços não utilizados nas ativ idades produtivas e consumidos com a finalidade de obtenção de receitas. Em termos práticos, nem se mpre é fácil distinguir CUSTOS e DESPESAS. Pode-se, entretanto, propor uma regra simples do ponto de vista didático : todos os gastos realizados com o produto até que este esteja pronto são CUSTOS; a partir daí, são despesas . Por exemplo: gastos com embalagem individual de sabonetes, são custos (realizados no âmbito do processo produtivo – este é vendido somente embalado); se a empresa resolve vende r em embalagens com 4, 6 ou 8 sabonetes, esse gasto adicional com essas embalagens extras são DESPESAS (são realizadas após o ciclo de produção do produto). As despesas representam saídas de recurs os, causando redução no patrimônio líquido. Exemplos: salários e encargos do pessoal de vendas e administrativo, energia elétrica do escritório, aluguéis e seguros do prédio da administração, depreci ação dos equipamentos do escritório etc. Observações : todo o produto vendido e todo o serviço ou utili dade transferidos provocam despesas. Costuma-se chamar de Custo dos Produtos Vendidos/Custo dos Serv iços Prestados/Custo das Mercadorias Vendidas e assim faz–se aparecer na Demonstração de Resultados; o significado mais correto seria Despesa. Cada componente que fora custo no processo de produção a gora, na baixa, torna-se despesa. Exemplo: a mercadoria adquirida pela loja comercia l provoca um gasto (genericamente), um investimento (especificamente), que se transforma numa despesa no momento do reconhecimento da receita quando trazida pela venda, sem passar pela fase de custo. Logo, segundo Eliseu Martins, o nome Custo das Mercadorias Vendidas não é, em termos genéricos, rigorosamente correto. Logo, todas as despesas são ou foram gastos. Porém, alguns gastos muitas vezes não se transforma m em despesas (por exemplo, terrenos que não são depreciados) ou se transformam quando ve ndidos. Todos os Custos que são ou foram gastos se transformam em despesas quando da entrega dos bens ou serviços a que se referem. Muitos gastos são automaticamente transformados em despesas, outros passam primeiro pela fase de custos e outros ainda fazem a “via sacra” completa passando por investimento, custo e despesa. Custo e Despesa não são a mesma coisa ! Usaremos o termo “custo”, re ferindo-se à produção de bens. Perda - é um gasto não intencional decorrente de fatores externos fortu itos ou da atividade normal da empresa. No primeiro caso, são considerados da mesma natur eza que as DESPESAS são jogadas diretamente contra o resultado do período. Exemplo: enchentes, desabamentos, obsoletismo de estoques, sinistros etc. No segundo caso, onde se enquadram, por exemplo, as perdas normais de matérias-primas na produção industrial, integram o Custo de Produção do Período. Exemplo: aparas de chapas de aço. Definição de Preço - valor estabelecido e aceito pelo vendedor para tr ansferir a propriedade de um bem ou para prestar um serviço. Custo ou despesa para o adqui rente é o preço para o vendedor. Gerencialmente não se faz www.cliqueapostilas.com.br Contabilidade de Custos Profº Francisco Lorentz 8 distinção entre custo e despesa. O preço e o custo podem se r iguais, o preço sob a ótica do vendedor e o custo sob a ótica do comprador. Considerando-se apenas o vendedor, o custo é menor e o preço é a maior porque contém o lucro. Definição de Receita - a receita de um bem é o seu preço de ve nda multiplicado pela quantidade vendida e a receita de vários bens é o somatório das multiplicaçõ es dos diferentes preços de venda pelas respectivas quantidades vendidas. Exemplo: A matéria prima, que é uma receita pa ra o vendedor, é para o comprador um gasto com investimento no ato da compra, um de sembolso no ato do pagamento que pode ser a vista ou a prazo, um custo no ato de sua aplicação na produção e uma despesa no ato da venda do produto que ela integra. ELEMENTOS DE CUSTOS OU FATORES DE PRODUÇÃO Basicamente, os componentes de custo industria l podem ser resumidos em três elementos: - Materiais (matéria prima, material secundário, embalagens) - Mão-de-obra (MOD / MOI - Mão de obra Direta e Indireta) - Gastos Gerais de Fabricação (GGF) ou Custos Indiretos de Fabricação (CIF) (energia elétrica, aluguéis, seguros, telefone, manutenção, lubrificantes etc). Materiais Os materiais utilizados na fabricação podem ser classificados em: Matérias-primas : são os materiais principais e essen ciais que entram em maior quantidade na fabricação do produto. A matéria-prima para uma indústria de móveis de madeira é a madeira; para uma indústria de confecções é o tecido; para uma indústria de massas alimentícias é a farinha etc; Materiais Secundários : são os materiais que entram em menor quantidade na fabricação do produto. Esses materiais são aplicados juntamente com a matéria-pr ima, complementando-a ou até mesmo dando o acabamento necessário ao produto. Os materiais secundários para um a indústria de móveis de madeira são: pregos, cola, verniz, dobradiças, fechos etc; para um a indústria de confecções são: botões, zí peres, linha etc; para uma indústria de massas alimentícias são: ovos, manteiga,fermento, açúcar etc. Materiais de Embalagem : são os materiais destinados a acondicionar ou embalar os produtos, antes que eles saiam da área de produção. Os materi ais de embalagem, em uma indústria de móveis de madeira podem ser caixas de papelão, que embalam os móveis desmonta dos; em uma indústria de confecções caixas ou sacos plásticos; em uma indústria de massas al imentícias caixas ou sacos plásticos etc. Podemos encontrar, ainda, outras nomenclaturas a resp eito dos materiais secundários como: materiais auxiliares, materiais acessórios, mate riais complementares, materiais de a cabamento etc. Dependendo do interesse da empresa, essas subdivisões poderão ser utilizadas. Para efeito didático, consideraremos todos esses materiais como secundários. Mão-de-obra Compreende os gastos com o pessoal envolvidos na produção da empresa industrial, englobando salários, encargos sociais, 13º Salário, Férias, refeições e estadas, seguros etc. Gastos Gerais de Fabricação ou Cu stos Indiretos de Fabricação. Compreendem os demais gastos necessários para a fabricação dos produtos , como por exemplo: aluguéis, energia elétrica, serviços de terceiros, manutenção da fábr ica, depreciação, seguros diversos, material de limpeza, óleos e lubrificantes para as máquinas, pequenas peças para reposição, telefones e comunicações etc. Definição de objeto de custo ou objeto de custeio Como já tivemos oportunidade de mencionar, Custo se define como um recurso sacrificado ou de que se abre mão para um determinado fim (s empre voltado para a área de produção). Para guiar decisões, os gestores sempre desejam saber quanto custa uma determinada coisa, como por exemplo, um novo produto, uma nova máquina, um serviço etc. Chamamos essa coisa de OBJETO DE CUSTO. Isto significa dizer que objeto de custo é qualquer coisa para a qual se deseja uma mensuração de custo; é o nome técnico que designa a finalidade para a qual os custos estão sendo apurados. Exemplos: OBJETO DE CUSTO ILUSTRAÇÃO PRODUTO Uma bicicleta de 21 marchas www.cliqueapostilas.com.br Contabilidade de Custos Profº Francisco Lorentz 9 SERVIÇO Um vôo Rio-SP PROJETO Um avião montado pela embraer para a FAB ATIVIDADE Um teste para determinar o nível de qualidade de um lote de televisores DEPARTAMENTO Um departamento (manutenção) Controle de estoques Os estoques representam um dos ativos mais important es do capital circulante e da posição financeira da maioria das companhias industriais e comerciais. Sua co rreta determinação no início e no fim do período contábil é essencial para uma apuração adequada do lucro líquido do exercício. Todos os itens são registrados através de código de produto, sendo o cr itério mais utilizado, o custo médio. Todas entradas são feitas quando da chegada do material ao almoxarifado, através da NF e as saídas são feitas através de Requisição de material. As Fases (contas) do Estoque (Ativo) são: 9 Matéria-Prima 9 Produtos em Elaboração 9 Produtos Acabados 9 Material de Consumo 9 Mercadoria para Revenda 9 Material para Embalagem 9 Importação em andamento 9 Provisão de estoque obsoleto (redutora) 9 Provisão para ajuste ao valor de mercado (redutora) Devem ser programados Inventários Periódicos e Anua is, sendo que as diferenças verificadas devem ser analisadas e justificadas através de relatórios gerenciais. Estoque de Materiais : os estoques de materiais podem ser classificados em: Materiais Diretos : compreendem a matéria prima e outros que possam ser perfeitamente identificados ao objeto de custo. Materiais Indiretos : são os materiais empregados na fabricação do produto, mas, devido à dificuldade de cálculo, quanto à quantidade utilizada em cada produto fabricado, são considerados materiais indiretos. Estoques de Produtos em Elaboração: o saldo da conta estoque de produ tos em elaboração ou estoque de produtos em processo representam o valor dos produtos em processo, em fabricação, os produtos que ainda não estão acabados para serem vendidos. Estoques de Produtos Acabados: essa conta representa o saldo dos produt os disponíveis para venda em estoque, no depósito de produtos acabados da empresa. Fases do Produto até Custo: 9 Estoque de Matéria -Prima 9 Produto em Elaboração (incluiu demais custos de produção) 9 Produto Acabado (matéria-prima + demais custos de produção) 9 Custo de Produtos Vendidos Custos de Produção – Podem ser separados em: Material Direto (MD), Mão-de-Obra Direta (MOD) e Custos Indiretos de Fabricação (CIF) ou Gastos Gerais de Fabricação (GGF). Corresponde ao Custo de Produção do Período ou Custo Fabril: é a soma dos custos incorridos no período de ntro da fábrica em determinado período. CPP = MD (EI + C – EF) + MOD + CIF Custo da Produção Acabada ou Custos dos Produtos Fabricados : nem sempre o total de custos aplicados na produção durante o período é totalmente transformado em produtos acabados. Pode permanecer alguma parcela ainda em elaboração no final do período. O Custo dos Produtos Fabricados ou Cust o dos Produtos Acabados é resultante do custo fabril somado à parcela do Custo Fa bril do período anterior ainda não transformado (no período atual chama-se EIPE) diminuído da parcela d esse mesmo Custo Fabril que não se transformou (EFPE). Resumindo, o Custo dos Produtos Fabricados é o custo que efetivamente ocorreu sobre as unidades que foram totalmente acabadas naquele período. CPA = EIPE + CPP - EFPE www.cliqueapostilas.com.br Contabilidade de Custos Profº Francisco Lorentz 10 Custo dos Produtos Vendidos – é a soma dos custos incorridos na fabr icação dos bens que só agora estão sendo vendidos. Pode conter Custos de Produção também de períodos anteriores existentes em unidades que só foram acabadas no presente período. CPV = EIPA + CPA - EFPA Outros conceitos utilizados na contabilidade de custos Custos Primários – são os custos principais do produto em si, ou seja, a matéria-prima e a mão-de-obra Direta. Representam os primeiros custos a ocorrerem no processo produtivo. Custos de transformação: corresponde a soma de todos os custos de produção, exceto os relativos a matérias- primas e outros eventuais adquiridos e empregados sem nenhuma modificação pela empresa (componentes adquiridos prontos, embalagens compradas etc.). Representa m esses Custos de Transformação o valor do esforço da própria empresa no processo de elaboração de um de terminado item. Ou seja, constitui-se da mão-de-obra apropriada e dos custos indiretos de fabricação. Fluxograma da Apuração do Resultado Industrial + (-) + (-) Separação entre custos e despesas O professor Eliseu Martins cita em seu livro que, teoricamente, a separação en tre custos e despesas é fácil. Como nós já citamos: os gastos relativos ao processo de produção são CUSTOS ; e os relativos à administração, às vendas e aos financiamentos são DESPESAS . Na prática, entretanto, uma série de problemas aparece pelo fato de não ser possível a separação de forma clara e objetiva. Somente devem ser “separados” e/ou “diferenciados” entre custos e despes as valores que sejam significativos e que vão influencia r sobremaneira o processo. Por exemplo, é comum encontrarmos uma única administração, sem a separação da que realmente pertence à fabrica; surge daí a prática de se ratear o gasto geral da administração, parte para despesa e parte para custo, rateio esse sempre arbitrário, pela dificuldade prá tica de uma divisão científica. Normalmente, a divisão é Materiais diretos consumidos (MD, MP etc) EI + C - EF Mão de obra direta (MOD) GGF ou CIF Custo de Produção do Período ouCusto Fabril EIPE EFPE EIPA EFPA Custos dos Produtos Acabados ou Custo dos Produtos Fabricados Custos dos Produtos Vendidos www.cliqueapostilas.com.br Contabilidade de Custos Profº Francisco Lorentz 11 feita em função da proporcionalidade entre número de pessoas na fábrica e fora dela, ou com base nos demais gastos, ou simplesmente em por centagens fixadas pela Diretoria. Outros exemplos mais específicos: gasto com o Departamento de Recursos Humanos ou Pessoal; por have r comumente um único departamento que cuida tanto do pessoal da fábrica como do pessoal da administração, f az-se a divisão de seu gasto total em custo e despesa. Ou também o Departamento de Contab ilidade, que engloba a Contabilidade Fi nanceira e a de Custos, e por essa razão tem, às vezes, seu gasto total de funcionamento dividido parte para despesa (Contabilidade Financeira) e parte para custo (Contabilidade de Custos). Os mesmos problemas existem para outros setores, tais como Departamento de Compras, que efetua aquisições tanto para a área de produção quanto para a administração, vendas, etc.; ou Almoxarifado, que presta serviços à produção e também ao resto da empresa; Manutenção, idem, etc. Como tentativa de solução ou pelo menos de si mplificação, algumas regras básicas podem ser seguidas: a) valores irrelevantes dentro dos gastos to tais da empresa não devem ser rateados. Se, exemplificativamente, o gasto com o Departamento de Pesso al for de 0,3% dos gastos totais, dever-se-á tratá-lo como despesa integralmente, sem rateio para a fábrica (Conservadorismo e Materialidade); b) valores relevantes, porém repetitivos a cada período, que numa eventual divisão teriam sua parte maior considerada como despesas, não devem também ser ra teados, tornando-se despesa por seu montante integral (Conservadorismo também). Por exemplo, a administração é centralizada, incluindo a da produção, que representa 67% dos gastos totais da empresa; numa ev entual distribuição, 2/3 destes gastos ficariam como despesas. Logo, o melhor critério é tratá-los totalmente como despesa; c) valores cujo rateio é extremamente arbitrário de vem ser evitados para apropriação aos custos (idem). Por exemplo, a apropriação dos hono rários da diretoria só seria re lativamente adequada se houvesse um apontamento do tempo e esforço que cada diretor devot asse ao processo de administração e vendas e ao de produção. Como isso é praticamente impossível e já que é extremamente arbitrário qualquer critério de rateio (porcentagem prefixada, proporcionalidade com a folha de pagamento, etc), o mais indicado é seu tratamento como despesa no período em que foram ocorridos. Em suma, só devem ser ratea dos e ter uma parte atribuída aos custos de produção e outra às despesas do período, os valores relevantes que visivelmente contêm ambos os elementos e podem, por critérios não excessivamente arbitrários, ser divididos nos dois grupos. Onde terminam os custos de produção? É bastante fácil a visualização de onde começam os custos de produção; mas nem sempre é da mesma maneira simples a verificação de onde eles terminam. É relativamente comum a existência de problemas de separação entre custos e despesas de venda. A regra é simples, bastando definir-se o momento em que o produto está pronto para a venda. Até aí, todos os gastos são cu stos. A partir desse momento, todos os gastos serão tratados como despesas necessárias para a realização da venda. Por exemplo, os gastos com embalagens podem tanto estar numa categoria como noutra, dependendo de sua aplicação; quando um produto é colocado para venda tanto a granel quanto em pequenas quantidades, seu custo terminou quando do término de sua produção. Como a embalagem só é aplicada após as vendas, deve ser tratada como despesa. Isso implica a contabilização do estoque de produtos acabados sem a embalagem e esta é ativada num estoque à parte. Se, por outro lado, os produtos já são colocados à venda embalados de forma diferente, então seu custo total inclui o de seu acondicionamento, ficando ativados por esse montante. EXERCÍCIOS 1) Indique se as afirmações estão certas ou erradas. a) A Contabilidade de Custos é a área da Contabilidade que trata dos gastos incorridos na produção de bens e serviços. b) A Contabilidade Industrial é a área da Contabilidade de Custos que trata dos gastos incorridos nos setores d
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