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Universidade de Brasília Instituto de Física Física 2 Experimental - 118036 2º Semestre 2018 Relatório 2: Dilatação Coeficientes de dilatação linear Turma J - Prof° Marco Antônio Amato Grupo 7 Danilo Rangel de Sousa Resende - 18/0118684 Gabriel Correia da Silva - 16/0120772 Samuel Odebaran Pereira da Silva - 17/0155994 INTRODUÇÃO Um sólido é dito dilatado, quando há o aumento do seu comprimento, através do aumento da temperatura, afetando também sua dureza, condutividade elétrica. Essa particularidade se dar, pois no estado sólido, os átomos estão muito próximos e se agitando rapidamente, por conta da energia cinética. E ao aumentar a temperatura, os átomos aumentam sua agitação, aumentando consequentemente o espaço entre eles, dilatando assim o material. Tal processo é chamado de dilatação térmica. Para melhor compreensão, vamos dar o exemplo da porta, que tem um comprimento L0 e uma temperatura inicial T0, quando submetida à alta temperatura ΔT do verão, terá seu comprimento alterado para ΔL, ocasionando aquele horrível barulho de porta rangendo. Sendo assim, é possível ver o quando o sólido aumentou através da equação: L α . Lo . ΔTΔ = Tendo em vista que é o coeficiente de dilatação linear. Uma constante que varia de α sólido para sólido. Assim se colocarmos 2 sólidos com o mesmo comprimento inicial, submetidos à mesma temperatura, mas feitos de materiais diferentes, no final do aquecimento, eles teriam comprimentos diferentes. No decorrer do relatório, é mostrado mais detalhadamente os processos de dilatação térmica feitos no laboratório. OBJETIVO Determinar a partir do experimento e de gráficos feitos coletando-se dados o coeficiente de dilatação térmica linear dos metais (aço, alumínio e latão ), para com o fim de verificar se o resultado experimental bate com os resultados teóricos existentes. MATERIAIS ● 3 Dilatômetro lineares, com tubos de Latão, Aço e Alumínio; ● Circulador de água com aquecedor e controle de temperatura; ● Termômetro de álcool; ● Trena; ● Gelo. PROCEDIMENTOS: Foi verificado o relógio comparador para se ter certeza do seu bom funcionamento, depois de verificado pegou-se o termômetro para que fosse medido a temperatura da água que se encontrava dentro do recipiente , o circulador de água com controlador de temperatura, nas condições do ambiente. Com ajuda de uma trena mediu-se o comprimento da barra metálica e foi anotado o seu valor, depois o circulador de água com controlador de temperatura foi ligado e foi estabilizado como temperatura inicial 20 graus celsius, depois foi-se variando a temperatura de 5 em 5 graus celsius até que se atingisse a temperatura de 70 graus celsius e com a ajuda do relógio que mede a dilatação do metal foram anotados as dilatações existentes em cada variação feita na temperatura. E para que se tivesse uma medida mais exata da temperatura variada o termômetro foi utilizado no processo, e o gelo foi utilizado caso a temperatura variada passasse de 5 graus celsius a fim de diminuir a mesma. Ao fim do processo os dados colhidos foram utilizados para no ajudar a encontrar o coeficiente de dilatação linear dos metais dados e para que façamos gráficos para com fim de análise. RESULTADOS Os dados deste documento foram coletados no dia 31/08 no Laboratório de Física 2 Experimental da Universidade de Brasília. Dados referentes ao Aço foram obtidos pelo próprio grupo 8, e os demais metais foram recolhidos a partir da atividade experimental de outros grupos. Aferições para aço (Grupo 7): ● Laço = 0,639 0,0005 m (Comprimento do tubo de aço)± ● T0 = 20 0,5 °C (Temperatura inicial da água no controlador)± A partir daqui coletamos as informações a partir do procedimento experimental e o colocamos na tabela 1 abaixo: Tabela 1 - Deformação medida experimentalmente Temperatura Absoluta - T (°C) Variação de temperatura - ΔT (°C) Deformação - ΔL (m) 20 0 0 25 5 4 x 10-5 30 10 8 x 10-5 35 15 13 x 10-5 40 20 17 x 10-5 45 25 21 x 10-5 50 30 25,5 x 10-5 55 35 30 x 10-5 60 40 34 x 10-5 65 45 39 x 10-5 70 50 43 x 10-5 A partir da tabela, e dos dados aferidos no início do procedimento calculamos partir da fórmula e da teoria de propagação de erro, encontramos que o coeficienteL L α ΔT Δ = de dilatação linear teórico do aço (αTeórico) = 1,346 x 10-5 1,126 x 10 -6.± Usando o programa QtiPlot plotamos o Gráfico 1 , referente à Tabela 1, mostrado a seguir: Gráfico 1 - Aço Ainda usando o QtiPlot, encontramos o coeficiente angular (A) do gráfico, em que A = α L, e então encontramos o valor de αExperimental dividindo o A por L. O resultado encontrado foi αExperimental = 1,352 x 10-5 2,425 x 10-6.± Analisando o experimental e o teórico, chegamos a um resultado bem condizente de um erro percentual na casa de 0,5%. Analisando com valores tabelados no laboratório que nos dá αaço = 1,2 x 10-5 vemos que o valor está dentro da margem de erro de 0,2425 x 10-5 que foi estabelecida. Agora, mostraremos os dados colhidos pelos demais grupos para cada material analisado. Os resultados de cada material foram resumidos em tabelas e usando o QtiPlot obtivemos os resultados experimentais. Aferições para o Latão: ● LLatão = 0,6375 m 0,0005 m (Comprimento do tubo de Latão)± A deformação para o latão está na Tabela 2 a seguir: Tabela 2 - deformação do latão Variação de temperatura - ΔT (°C) Deformação - ΔL (m) 0 0 2,6 0,000032 10,4 0,000125 17,2 0,000184 22 0,000237 18,45 0.000304 33,73 0,000358 39,19 0,000418 45,78 0,000489 51,25 0,000548 55,95 0,000595 O QtiPlot a partir do dados da tabela 2, nos deu um valor coeficiente de dilatação do latão de αExperimental = 16,56 x 10-6 1,045 x 10-8. Esse valor está ligeiramente diferente do ± tabelado α = 19 x 10-6, e podemos assumir que esse erro se propagou a partir de erros experimentais e talvez também por erros humanos. Aferições para o Alumínio: ● LAlumínio = 0,64 m 0,0005 m (Comprimento do tubo de Alumínio)± A deformação para o Alumínio está na Tabela 3 abaixo: Tabela 3 - deformação do Alumínio Variação de temperatura - ΔT (°C) Deformação - ΔL (m) 0 0 7 0,00003 13,5 0,000115 19,5 0,00019 24,9 0,0002575 30,5 0.00033 36,0 0,0003909 41,0 0,000465 45,0 0,0005499 51,5 0,00061 57,4 0,00068 O QtiPlot a partir do dados da tabela 3, nos deu um valor coeficiente de dilatação do alumínio de αExperimental = 19,375 x 10-6 6,031 x 10-9. Esse valor está ligeiramente diferente ± do tabelado α = 22 x 10-6, e podemos assumir que esse erro se propagou a partir de erros experimentais e talvez também por erros humanos. O Gráfico 2, sintetiza graficamente os valores das 3 tabelas e com ele podemos ver nitidamente a diferença entre os coeficientes angulares e por conseguinte do coeficiente de dilatação do respectivo material: Gráfico 2 - Comparativo entre materiais.Este último Gráfico mostra nitidamente a diferença entre os a dilatação em relação a variação de temperatura, e podemos notar assim a diferença entre o coeficiente de dilatação de cada material e como cada material possui essa propriedade intrínseca a sua natureza. Resumindo essa informações temos experimentalmente: ● αAço = 13,52 x 10 -6 2,425 x 10-6 (1/ºC)± ● αLatão = 16,56 x 10-6 1,045 x 10-8 (1/ºC)± ● αalumínio = 19,375 x 10-6 6,031 x 10-9 (1/ºC)± ANÁLISE Baseado no conteúdo desse relatório, vimos que os coeficientes diferem consideravelmente para cada material, o que na prática dá a eles funções diferentes no cotidiano, como por exemplo: o uso de alumínio, de baixo coeficiente de dilatação térmica (além de outros motivos) usado para fabricação de cabos de energia elétrica de alta tensão, proporcionando uma perda baixa devido efeito joule. No experimento, conversões de unidade, assim como a precisão e sensibilidade do dilatômetro colocaram uma dificuldade agregada na realização do experimento. Essa dificuldades podem ser notadas ao analisar os valores encontrados com os valores tabelados reais. QUESTÕES EXTRAS: 1. O que é dilatação anisotrópica e isotrópica? Nos materiais isotrópicos podemos calcular a variação do comprimento unidimensional assim como as variações bi e tridimensionais (área e volume) tendo essa variação em função da temperatura. Já nos anisotrópicos o coeficiente de dilatação varia conforme a direção e a dilatação nesses materiais necessita que use um tensor simétrico de 2ª ordem para ser calculada. 2. Existe algum material com coeficiente de dilatação negativo? Sim, alguns polímeros sintéticos emborrachados possuem essa característica, algumas borrachas escolares são exemplo desse fenômeno. Porém, o mais famoso caso de dilatação é o da água, que por se agrupar em formato hexagonal sofre redução de volume em uma determinada faixa de aumento de temperatura. 3. Quais são os materiais de maior e menor coeficiente de dilatação? Cite algumas aplicações tecnológicas desses materiais. O Gálio é o material com maior coeficiente, 120 x 10-6 (1/ºC). Utilizado em termômetros para altas temperaturas. Já o menor coeficiente é o do Quartzo fundido e é 0,55 x 10-6 (1/ºC). Esse material é usado para fabricação de compostos eletrônicos submetidos a mudanças grandes de temperatura, para que a dilatação quase não significativa não atrapalhe o funcionamento do composto. 4. O que é histerese? Há algum material que apresenta histerese de dilatação? Histerese é quando o material tem a propriedade de conservar sua dilatação após a variação de temperatura. Existem materiais ferromagnéticos que podem sofrer dessa característica. CONCLUSÃO Logo abaixo, sobre o coeficiente de dilatação, é possível observar uma tabela que compara claramente os resultados esperados e os obtidos no laboratório. E levando em consideração o resultado, junto com os erros calculados de cada medição, inferimos que o experimento se deu com êxito. Portanto é notória a importância deste experimento, para nos mostrar que cada material possui um comportamento específico, quando o assunto é dilatação térmica. MATERIAL VALORES REAIS DE DILATAÇÃO (1/°C) VALORES EXPERIMENTAIS (1/°C) Alumínio 23 x 10-6 19,375 x 10-6 6,031 x 10-9± Latão 19 x 10-6 16,56 x 10 -6 1,045 x 10-8± Aço 11 x 10-6 13,52 x 10-6 2,425 x 10-6± BIBLIOGRAFIA [1]Halliday, Walker e Resnick, Fundamentos de Física - 2, Editora LTC. [2]Site: https://pt.wikipedia.org/wiki/Histerese , consultado dia 04/09/2018. [3]Site:http://www.sofisica.com.br/conteudos/Termologia/Dilatacao/linear.php, consultado dia 04/09/2018. [4]Site:https://pt.wikipedia.org/wiki/Dilata%C3%A7%C3%A3o_t%C3%A9rmica, consultado dia 04/09/2018. [5]Site:http://www.fisica.ufpb.br/~romero/pdf/19_temperaturaprimeiralei.pdf, consultado dia 13/03/2018.