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Introdução e Referencial Teórico (em andamento)

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2. Referencial Teórico
2.1. Adeus, incandescente! 
 Não poderíamos falar das lâmpadas fluorescentes sem antes falar das suas antecessoras incandescentes.
 As lâmpadas incandescentes de uso geral, que forneciam aquela luz amarela e esquentavam o ambiente estão extintas.
 
Em 2016, elas foram banidas do mercado brasileiro de acordo com a portaria dos Ministérios de Minas e Energia, Ciência e Tecnologia, e Indústria e Comércio, de janeiro de 2011. Membros do governo e da indústria alegam que a medida tem como objetivo final a redução do consumo de energia.
 Segundo o diretor técnico da Associação Brasileira da Indústria da Iluminação (Abilux), Isac Roizenblatt, a economia foi considerável. “A portaria do governo ofereceu grandes vantagens aos consumidores que passaram a utilizar de 70 a 80% menos energia em iluminação substituindo as lâmpadas incandescentes por fluorescentes compactas ou lâmpadas a LED, e proporcionalmente economizando na conta de energia elétrica. O país estará economizando investimentos em geração e distribuição de energia” disse.
 As vantagens da troca foram muitas, como redução no consumo de energia e possibilidade de reciclagem, mas o que se deve fazer com as antigas incandescentes e com as recentes fluorescentes compactas? Ao término da vida útil, as incandescentes não têm um destino específico por não serem recicláveis. Elas vão parar em lixões e aterros sanitários. Já as fluorescentes representam um grave risco quando se quebram por conterem mercúrio, um material altamente tóxico. Se você se preocupa com o meio ambiente na hora de descartar suas lâmpadas usadas, saiba que o governo e as indústrias ainda não esquentam tanto a cabeça com isso. Poucos postos públicos e privados para o descarte de ambos os tipos de lâmpadas estão disponíveis (eCycle, Alberto,2013).
2.2. Lâmpadas fluorescentes: dos benefícios aos perigos.
 A lâmpada fluorescente é um item comum nas residências e locais de trabalho por ser uma opção eficiente e econômica. Porém, há um aspecto negativo nessa escolha, o interior das fluorescentes contém mercúrio, substância muito perigosa para nossa saúde.
 O mercúrio ainda tem a companhia do chumbo na composição das lâmpadas. Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), o valor máximo de mercúrio que pode estar concentrado em uma unidade é de 100 miligramas de mercúrio por quilo do resíduo. O contato com a substância em níveis mais altos pode gerar sérios problemas de saúde. O maior problema acontece quando a substância é inalada, ainda mais se a quantia de mercúrio elementar for grande, o que pode causar problemas neurológicos e até hidragirismo (intoxicação que causa tosse, dispnéia, dores no peito e outros problemas mais graves). No meio ambiente, quando o mercúrio é despejado de maneira irregular em rios, por exemplo, ele volatiza e passa para a atmosfera, causando prováveis chuvas contaminadas. Pode acontecer também de microorganismos absorverem o mercúrio, tornando-o orgânico em vez de metálico. Animais aquáticos e plantas podem reter o mercúrio e assim contaminar o meio ambiente sem que exista chance de descontaminação (eCycle, Alberto,2013).
2.3. Onde descartar Lâmpadas Fluorescentes?
Apesar da praticidade, durabilidade e economia da lâmpada fluorescente, no interior dela existe o mercúrio, um metal pesado e tóxico. Devido a ele, o descarte se torna muito complicado.
 
Se quebrar, antes de limpar a área, a primeira coisa a se fazer é retirar do local as crianças e os animais, além de não deixar que ninguém toque o material. Ventilar o ambiente também é importante. Por isso, janelas e portas devem ser abertas o mais rápido possível. Para retirar os cacos, use luvas e os coloque em um saco plástico que possa ser lacrado para limpar os pequenos pedaços em pó. Use fitas adesivas e papel toalha. Se a lâmpada fluorescente quebrou em cima de roupas de cama ou qualquer outro tipo de material que tenha contato direto com o corpo, esta peça não pode mais ser reutilizada, mesmo após lavagem. Ela tem que ser descartada, pois o contato com mercúrio já a inutilizou. No caso de se cortar com os cacos de vidro, procure assistência médica o mais rápido possível. Processos realizados em locais especializados são responsáveis por retirar o mercúrio das lâmpadas fluorescentes, assim elimina-se a possibilidade de contaminações ambientais e intoxicações. Até por isso, o descarte de lâmpadas fluorescentes deve ser bem feito, procurando quais os lugares certos, isolando o material em caso de quebra e avisando sobre o conteúdo entregue (eCycle matérias, 2013).
 Segundo pesquisa divulgada pelo Estadão, os brasileiros consomem por ano uma média de 200 milhões de lâmpadas florescentes. Deste total, apenas 6% é descartado corretamente. Esse é um dado preocupante, uma vez que a simples utilização não oferece perigo, com tanto que não seja quebrada ou descartada incorretamente. As lâmpadas podem ser subdividas em vários grupos segundo sua composição. Existem as fluorescentes, vapor de sódio, vapor de mercúrio, luz mista, dentre tantas outras. Todos os componentes das lâmpadas são reaproveitáveis: vidro, metal e os componentes químicos. Quando estes materiais são separados adequadamente e descontaminados, conforme determinado em legislação ambiental específica, eles podem ser reaproveitados e até mesmo ofertados com valor no mercado de resíduos, ferramenta para quem deseja comprar ou vender resíduos (VGresíduos, 2017).
2.4. Lei 12.305/10 (Política Nacional de Resíduos Sólidos). 
A Lei nº 12.305/10, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) é bastante atual e contém instrumentos importantes para permitir o avanço necessário ao País no enfrentamento dos principais problemas ambientais, sociais e econômicos decorrentes do manejo inadequado dos resíduos sólidos. Prevê a prevenção e a redução na geração de resíduos, tendo como proposta a prática de hábitos de consumo sustentável e um conjunto de instrumentos para propiciar o aumento da reciclagem e da reutilização dos resíduos sólidos (aquilo que tem valor econômico e pode ser reciclado ou reaproveitado) e a destinação ambientalmente adequada dos rejeitos (aquilo que não pode ser reciclado ou reutilizado).
 Institui a responsabilidade compartilhada dos geradores de resíduos: dos fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes, o cidadão e titulares de serviços de manejo dos resíduos sólidos urbanos na Logística Reversa dos resíduos.
 Cria metas importantes que irão contribuir para a eliminação dos lixões e institui instrumentos de planejamento nos níveis nacional, estadual, microregional, intermunicipal e metropolitano e municipal; além de impor que os particulares elaborem seus Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos. Também coloca o Brasil em patamar de igualdade aos principais países desenvolvidos no que concerne ao marco legal e inova com a inclusão de catadoras e catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis, tanto na Logística Reversa quando na Coleta Seletiva (7o simpósio internacional sobre gerenciamento de resíduos em 2017).
O que são Resíduos Sólidos?
Resíduos sólidos são todos os materiais que resultam das atividades humanas e que muitas vezes podem ser aproveitados tanto para reciclagem como para sua reutilização. A denominação “resíduo sólido” é usada para nominar o “lixo” sólido e semissólido, proveniente das residências, das indústrias, dos hospitais, do comércio, de serviços de limpeza urbana ou da agricultura (MFM soluções ambientais, 2017). 
 São exemplos de resíduos sólidos os agrotóxicos, as pilhas e baterias, os pneus, os óleos lubricantes e suas embalagens, as lâmpadas fluorescentes e os produtos eletroeletrônicos (Apliquim Brasil Recicle, 2013).
Diferenciando Resíduo e Rejeito.
Conforme a PNRS, rejeito é todo resíduo sólido que, depois de esgotadas todas as possibilidades de tratamento e recuperação por processos tecnológicos disponíveis e economicamente viáveis, não apresentem outra possibilidade que não a disposiçãofinal ambientalmente adequada. Este conceito é importante porque a Lei 12.305 determina que somente os rejeitos possam ser descartados em aterros sanitários (Apliquim Brasil Recicle, 2013).
2.5. Logística reversa.
Logística Reversa, também conhecida como logística inversa, é a área da logística com foco no retorno de materiais já utilizados para o processo produtivo, visando o reaproveitamento ou descarte apropriado de materiais e a preservação ambiental.
Quando uma empresa de logística consegue empregar um processo de logística reversa de maneira ainda lucrativa, ela está alcançando a sustentabilidade econômica e ambiental do seu negócio.
Quer aprender tudo sobre logística de transportes? Leia esse outro guia completo do nosso blog. 
E isso é muito importante para que grandes empresas não se tornem inimigas da sociedade, mas parceiras valiosas na rotina.
Fabricantes de produtos como geladeiras, pilhas, computadores, entre outros, segundo a Lei 12.305, são responsáveis pela destinação final dos resíduos industriais provenientes da fabricação seus produtos.
 Segundo o artigo 3, parágrafo 12, da Lei 12.305, de 2 de agosto de 2010: a logística reversa consiste em um instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada. Logo, a logística reversa, é um conjunto de estratégias e ações para recolher esses produtos utilizados da forma mais barata e ágil possível.
Para entregar um produto apenas dois agentes são envolvidos: a fabricante e sua transportadora. Ambos executam sua estratégia para que os produtos cheguem ao ponto de venda.
Para que a logística reversa aconteça, todos os agentes também devem ter incentivos. Os fabricantes e transportadoras devem ser incentivadas pelo Governo. As lojas devem ser incentivadas pelas empresas e as pessoas devem ser incentivadas tanto pelas empresas quanto pelas lojas. A logística reversa traz muitos benefícios às empresas, principalmente porque ela estará cumprindo a lei e beneficiando a sociedade (Blog TEXACO Stabellini 2017).
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2.6. Legislação ambiental vigente sobre as lâmpadas.
Abaixo as principais leis e normas técnicas referentes ao descarte de lâmpadas:
Lei 12.305/2010 – Plano Nacional de Resíduos Sólidos –  Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos;
Constituição Brasileira em seu Artigo 225 – Proteção ao Meio Ambiente;
Lei 6.938/81 – Política Nacional de Meio Ambiente – Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências; 
Lei 9.605/98 – Lei Federal de Crimes Ambientais – Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências; 
Decreto 8.468/75 – Dispõe sobre a Prevenção e o Controle da Poluição do Meio Ambiente; 
Decreto 47.397/02 – nova redação Título V, Anexo 5 e acrescenta Anexos 9 e 10 ao Decreto 8.468/76;
Lei n° 10.888/01 – Dispõe sobre o descarte final de produtos potencialmente perigosos do resíduo urbano que contenham metais pesados;
NBR 9735 – Conjunto de equipamentos para emergências no transporte terrestre de produtos perigosos; 
Decreto Federal nº 96.044/88 – Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos;
NBR 7500 – Símbolos de risco e manuseio para transporte e armazenamento de materiais; 
NBR 7501 – Ficha de emergência para o transporte de produtos perigosos; 
NBR 7504 – Envelope para o transporte de carga perigosa; 
NBR 13221 – Transporte de resíduos; 
Lei 6.938/81, alterada pela Lei nº 10.165, de 27 de dezembro de 2000;
Decreto Federal 97.634/89 – Dispõe sobre o controle da produção e da comercialização de substância que comporta risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente, e dá outras providências;
Portaria IBAMA nº 32, de 12 de maio de 1995;
Portaria IBAMA nº 46, de 06 de maio de 1996.
Abaixo, segue a citação da Política Nacional de Resíduos Sólidos, lei n° 12305/10:
“Art. 33.  São obrigados a estruturar e implementar sistemas de logística reversa, mediante retorno dos produtos após o uso pelo consumidor, de forma independente do serviço público de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de:
(…)
V – lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista;”
A norma ISO 14001 é uma forte aliada para ter a empresa alinhada às leis ambientais do seu ramo de atuação, atuar de maneira ecologicamente correta e ser bem estruturada no que diz respeito a questão dos resíduos sólidos, como também na gestão dos resíduos constituídos pelas lâmpadas usadas. O que facilitará muito na hora do acondicionamento, separação, destinação final.
Com o Sistema de Gestão Ambiental, implantar o PGRS fica mais fácil a gestão dos seus resíduos e também das lâmpadas,
A Verde Ghaia pode te auxiliar na implementação e manutenção dessa e de outras normas  da ISO. Recentemente atualizada, a nova versão da ISO 14001 além de possuir maior compatibilidade com as demais normas ISO, traz requisitos relacionados ao gerenciamento dos resíduos sólidos (VGresiduos, 2017).
http://www.tre-pe.jus.br/o-tre/projetos-sociais/tre-pe-ambiental/tre-pe-descarte-correto-das-lampadas-fluorescentes
12/05/18 12:31
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/5492
12/05/18 13:38
https://blog.texaco.com.br/ursa/logistica-reversa-o-que-e-como-funciona/ 
13/05/18 14:42
https://www.google.com.br/search?q=O+que+a+lei+diz+sobre+o+descarte+de+l%C3%A2mpadas&oq=O+que+a+lei+diz+sobre+o+descarte+de+l%C3%A2mpadas&aqs=chrome..69i57j69i60.1034j0j4&sourceid=chrome&ie=UTF-8
12/05/18 23:38
Site: VGRESÍDUOS
https://www.vgresiduos.com.br/blog/o-que-a-lei-diz-sobre-o-descarte-de-lampadas/
12/05/18 13:42
https://www.ecycle.com.br/component/content/article/49-lampadas/144-onde-descartar-lampadas-fluorescentes.html
12/05/18 12:10
file:///C:/Users/Sti/Downloads/saibamais37_22102012_082711.pdf
12/05/18 23:45
http://www.mma.gov.br/pol%C3%ADtica-de-res%C3%ADduos-s%C3%B3lidos
13/05/18 08:30
http://www.8isrmu.ufcg.edu.br/index.php/en/pnrs
13/05/18 08:10
http://mfmambiental.com/o-que-sao-residuos-solidos/
13/05/18 13:59
https://www.vgresiduos.com.br/blog/o-que-a-lei-diz-sobre-o-descarte-de-lampadas/ 13/05/18 14:04
https://www.ecycle.com.br/component/content/article/35-atitude/336-adeus-incandescente.html
12/05/18 12:24
https://www.ecycle.com.br/component/content/article/44-guia-da-reciclagem/591-fluorescentes-dos-beneficios-aos-perigos.html
12/05/18 13:23
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/5492
12/05/18 13:38

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