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1 Curso: Engenharia de Produção Disciplina: Introdução à Engenharia de Produção Autor: Eliane da Silva Christo Aula 3 – A Engenharia Meta Apresentar como é feita a integração da Engenharia com a Sociedade através conhecimento do processo de formação de cada modalidade. Objetivos Após esta aula você será capaz de: 1. reconhecer a diferença do processo de formação de cada modalidade da Engenharia; 2. reconhecer as entidades que atuam para o bom desenvolvimento da Engenharia. 1- Introdução: A Engenharia As civilizações desenvolvidas são notadas, principalmente, através de suas conquistas no ramo da Engenharia. Ao se começar o estudo acadêmico de qualquer ramo da Engenharia, certamente, surgirá uma questão básica: Afinal, o que é Engenharia? Além da definição técnica de Engenharia, vamos vislumbrar no próximo tópico o que disseram da Engenharia algumas personalidades. Ao final, contemplaremos os processos de formação de cada modalidade e as entidades da classe. 2 1.1- Definição A Engenharia é uma ciência bastante abrangente que engloba uma série de ramos mais especializados. Nos processos de criação, aperfeiçoamento e implementação, a Engenharia conjuga os vários conhecimentos com ênfases mais específicas em determinados campos de aplicação e em determinados tipos de tecnologia no sentido de viabilizar as utilidades. A Engenharia tem por objetivo trabalhar em prol da sociedade, se preocupando sempre com a técnica, a economia e o meio ambiente. Fonte: http://unieducar.org.br/sites/default/files/imagecache/product_full/cursos/i magens/preparatoriobndes-profissionalbasico-engenharia- espanholedital2012001.jpg Início de verbete A Engenharia é a ciência, a arte e a profissão de adquirir e de aplicar os conhecimentos matemáticos, técnicos e científicos na criação, aperfeiçoamento e implementação de utilidades, tais como materiais, estruturas, máquinas, aparelhos, sistemas ou processos, que realizem uma determinada função ou objetivo. Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Engenharia Fim de verbete 3 A Engenharia possui diversas definições. A seguir, está um apanhado que reflete a amplitude deste campo e nos ajudam a enxergar seus diversos pontos de vista. Com qual deles você se identifica mais? “Engenharia, num sentido amplo, é a aplicação da ciência de maneira econômica para as necessidades da humanidade.” Vanevar Bush (1939) “Engenharia é a aplicação profissional e sistemática da ciência para a utilização eficiente dos recursos naturais a fim de produzir riqueza.” T. J. Hoover e J. C. L. Fish (1941) “Engenharia é a prática da aplicação segura e econômica das leis científicas que governam as forças e materiais da Natureza, através da organização, design e construção, para o benefício da humanidade.” S. E. Lindsay (1920) “Engenharia é a profissão na qual o conhecimento das ciências matemáticas e naturais, obtido através do estudo, experiência e prática, é aplicado com julgamento no desenvolvimento de novos meios de utilizar, economicamente, os materiais e forças da Natureza para o benefício da humanidade.” Comitê de Certificação de Engenharia e Tecnologia dos Estados Unidos (1982) “É responsabilidade do engenheiro estar atento às necessidades sociais e decidir como as leis da ciência podem ser melhor adaptadas através da Engenharia a fim de cumprir essas necessidades.” John C. Calhoun, Jr. (1963) São diversas definições sobre a Engenharia, porém todas apresentam o mesmo contexto. Os objetivos específicos para um Engenheiro atingir e conseguir solucionar problemas da sociedade são: Reunir conhecimento cientifico; Desenvolvimento técnico; Preocupação com a segurança humana e ambiental; Consciência dos recursos materiais e econômicos. 4 1.2 – Engenharia e Sociedade A Engenharia possui um papel importante na sociedade. Os conhecimentos científicos e técnicos e a experiência prática adquirida são aplicados para atender as demandas da sociedade em geral. Isto é, para exploração dos recursos naturais, para o projeto, construção e operação de objetos úteis e para o planejamento urbano e ambiental. O Ministério da Educação, por meio do Conselho Nacional de Educação (CNE), Câmara de Educação Superior (CES) estabelece, através da Resolução CNE/CES 11/2002, as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino de Graduação em Engenharia, que referem-se exclusivamente à formação acadêmica não abrangendo os aspectos relativos ao registro para o exercício da profissão. 1.3 – Processo de Formação 5 O aluno recém chegado, também conhecido como calouro, no curso de Engenharia requer algumas competências e habilidades. Os Artigos 3 e 4º da Resolução do CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO e da CÂMARA DE EDUCAÇÃO SUPERIOR (CNE/CES, 11/2002) do Ministério da Educação, tratam do perfil, competências e habilidades gerais do egresso de um Curso de Engenharia. O Artigo 3º coloca qual deve ser o perfil que um Curso de Graduação em Engenharia deve proporcionar ao formado, egresso e profissional. Neste artigo pode ser visto que, o Engenheiro deve ter uma formação “generalista, humanista, crítica e reflexiva, capacitado a absorver e desenvolver novas tecnologias, estimulando a sua atuação crítica e criativa na identificação e resolução de problemas, considerando seus aspectos políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais, com visão ética e humanística, em atendimento às demandas da sociedade.” Conforme o Artigo 3º é possível constatar que a principal característica da profissão de engenharia é o atendimento às demandas da sociedade. O Artigo 4º coloca quais devem ser as competências e habilidades gerais que um Curso de Graduação em Engenharia deve proporcionar ao seu egresso. Os Artigos 5º ao 7º da Resolução CNE/CES 11/2002 estabelecem como deve ser o processo de formação em Curso de Graduação em Engenharia. Especificamente, no Artigo 6º, pode ser visto que todo curso de Engenharia, independente da área, deve ter na sua grade curricular os três núcleos de conteúdos considerados essenciais para uma boa formação de um Engenheiro. São eles: Núcleo de conteúdos básicos; Núcleo de conteúdos profissionalizantes; e Núcleo de conteúdo específicos que caracterizem a modalidade. 6 É importante enfatizar que, os tópicos de estudo, que pertencem aos núcleos de conteúdos profissionalizantes e aos de conteúdos específicos possuem, de acordo com o artigo 6º, variação conforme a modalidade da Engenharia a que diz respeito e conforme o enfoque e a intensidade adotados pela instituição de ensino superior para o curso. Além do mais, o sequenciamento dos conteúdos não representa uma ordem imposta na estruturação do currículo, nem os tópicos correspondem essencialmente a disciplinas individuais. Os estágios curriculares obrigatórios para um estudante de Engenharia, de qualquer área, são tratados no Artigo 7º da Resolução CNE/CES 11/2002. Eles fazem parte da etapa integrante da graduação e, devem ser desenvolvidos sob supervisão direta da instituição de ensino. Um professor institucional terá a responsabilidade de avaliar os relatórios técnicos individualizados durante o período de realização do estágio que tem carga horária mínima de 160 (cento e sessenta) horas. No Artigo 7º da Resolução, pode ser visto também sobre o trabalho final de curso, que é considerado uma atividade decomposição e conexão de conhecimento, além de ser obrigatório para todas as modalidades de Engenharia e demais cursos credenciados no sistema CONFEA/CREA. Algumas considerações sobre a formação do profissional, cuja profissão pertence ao sistema CONFEA/CREA (entidades da classe de Engenheiros que serão explicada nos próximos itens), são citadas no Capítulo 1, Artigo 3º e 4º da Resolução do CONFEA nº 1.010, de 22 de agosto de 2005. Elas colocam de forma ordinal os níveis de escolaridade de cada profissional. Segundo o artigo, que aborda os profissionais de acordo com a escolaridade, os níveis são: I - técnico; II – graduação superior tecnológica; III – graduação superior plena; IV - pós-graduação no senso lato (especialização); V - pós-graduação no senso estrito (mestrado ou doutorado). 7 Atividade 1 – Atende ao objetivo 1 1) Leia os Artigos 5º ao 7º e escreva o que caracteriza e quais as cargas horárias mínimas de cada núcleo de conteúdos que devem existir em todo curso de Graduação em Engenharia? 2) Verifique, na grade curricular de seu curso de Engenharia de Produção, quais disciplinas caracterizam cada núcleo de conteúdos descritos no artigo 6º. Resposta item 1 1) No Artigo 6º da Resolução CNE/CES 11/2002 vocês podem encontrar os núcleos de conteúdos obrigatórios em todo curso de Graduação em Engenharia e também suas respectivas cargas horárias: “Art. 6º Todo o curso de Engenharia, independentemente de sua modalidade, deve possuir em seu currículo um núcleo de conteúdos básicos, um núcleo de conteúdos profissionalizantes e um núcleo de conteúdo específicos que caracterizem a modalidade. § 1º O núcleo de conteúdos básicos, cerca de 30% da carga horária mínima. § 2º Nos conteúdos de Física, Química e Informática, é obrigatória a existência de atividades de laboratório. Nos demais conteúdos básicos, deverão ser previstas atividades práticas e de laboratórios, com enfoques e intensidade compatíveis com a modalidade pleiteada. § 3º O núcleo de conteúdos profissionalizantes, cerca de 15% de carga horária mínima, versará sobre um subconjunto coerente dos tópicos, a ser definido pela IES. 8 § 4º O núcleo de conteúdos específicos se constitui em extensões e aprofundamentos dos conteúdos do núcleo de conteúdos profissionalizantes, bem como de outros conteúdos destinados a caracterizar modalidades. Estes conteúdos, consubstanciando o restante da carga horária total, serão propostos exclusivamente pela IES. Constituem-se em conhecimentos científicos, tecnológicos e instrumentais necessários para a definição das modalidades de engenharia e devem garantir o desenvolvimento das competências e habilidades estabelecidas nestas diretrizes.” Fim da Atividade 1 1.4 – Modalidades de Engenharia Desde o século 19, com o desenvolvimento técnico, que os campos da Engenharia ampliaram para uma série de especialidades. Este crescimento ficou ainda mais evidente a partir do século 20, pois houve um crescimento rápido de demandas do ambiente socioeconômico. Hoje em dia, há várias modalidades de Engenharia e cada qual está ligada a uma área de trabalho. Cada uma dessas modalidades possui características próprias e se ocupa de atividades de um ramo específico de atuação. É muito difícil para um profissional dominar todos os assuntos das Engenharias, numa profundidade tal que o permita trabalhar com desenvoltura em todos eles. Por isso, nesta profissão existem várias modalidades, para que os Engenheiros formados em cada uma delas possam dominar adequadamente os conhecimentos de cada área. A Figura 1 espelha adequadamente as atuações variadas dos profissionais de Engenharia. 9 Figura 1 – Várias modalidades da Engenharia O que se observa geralmente é que a maioria dos engenheiros acaba atuando em diferentes áreas da Engenharia, apesar de inicialmente se formar normalmente numa especialidade específica. Esta característica o torna um profissional polivalente facilitando ainda mais seu ingresso no mercado de trabalho. O Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CONFEA), através da Resolução nº 218, de 29 jun 1973, discriminou genericamente as atividades das diferentes modalidades profissionais da Engenharia, Arquitetura e Agronomia. Algumas das diferentes modalidades da Engenharia estão descritas a seguir: Engenharia de Aeronáutica Engenharia de Agrimensura 10 Na área de ciências agrárias são oferecidos três cursos de engenharia: agrícola, florestal e de pesca, além do curso de agronomia, cujo profissional nele formado recebe o diploma de engenheiro agrônomo. Engenharia de Agronomia Engenharia Agrícola Engenharia Florestal Engenharia de Pesca Engenharia de Alimentos Engenharia Cartográfica Engenharia Civil Engenharia Elétrica A engenharia civil molda a sociedade em que vivemos. Na foto, a cidade canadense de Toronto, com destaque para a Torre CN, uma das mais altas estruturas do mundo. A Figura 2 apresenta uma obra de um Engenheiro Civil. Figura 2 - Cidade canadense de Toronto, com destaque para a Torre CN. Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/d/df/Pulsefront.jpg/300px -Pulsefront.jpg As Figuras 3a e 3b mostram exemplos de aplicações de um Engenheiro Eletricista. 11 Figura 3 – a) Exemplo: sistemas elétricos de potência. b) Exemplo: gerador de clock. Fonte: a) http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/e/e0/Power_plant.jpg/25 0px-Power_plant.jpg. b) http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/e/ec/Silego_clock_gener ator.JPG/250px-Silego_clock_generator.JPG. Engenharia de Produção - A engenharia de produção é uma habilitação específica que surgiu da associação das engenharias tradicionais. Existem, consequentemente, cursos de engenharia de produção elétrica, de produção civil, de produção mecânica etc. O Engenheiro de Produção é responsável por alcançar, numa empresa, uma produção otimizada e racionalizada dentro dos controles de qualidades exigidos. Ele realiza isto cuidando de um balanceamento apropriado da linha de produção através de métodos e tempos de montagem, alocação de pessoal, taxas de velocidade de trabalho, taxas de qualidade do produto, ferramentas, etc.... O planejamento, o controle da produção, o projeto do produto, a organização da escala de produção, a elaboração de programas de trabalho e prazos e execução da produção, tudo isso também fazem parte das responsabilidades do Engenheiro de Produção. De forma geral, ele se dedica a gerenciar sistemas que envolvem pessoas, materiais, equipamentos e ambiente. E, pelo fato desse profissional agrupar conhecimentos e 12 habilidades maiores, ele consegue ter uma visão mais global dos problemas. Dentre os encargos de um Engenheiro de Produção, destacam também: Determinar o arranjo físico ideal de indústrias, encontrar o equipamento e o processo de manufatura, alterando hábitos não recomendáveis de trabalho; Avaliar as operações e introduzir modificações que possam racionalizar o trabalho; Calcular custos operacionais através da análise de tempos e métodos; Agir como um elo entre o setor técnico e o setor administrativo de uma empresa; Se preocupar com a segurança do processo produtivo, com a avaliação econômico-financeira da empresa e com o layout das instalações industriais; Fazer o planejamento das compras, produçãoe distribuição dos produtos; Determinar as estratégias de controle de estoques. Um aluno de Engenharia de Produção tem, durante sua graduação, um ensino interdisciplinar além dos conhecimentos básicos das Engenharias. Algumas matérias pertencentes aos núcleos de conteúdos profissionalizantes de conteúdo específicos são: estatística, administração da produção, controle de qualidade, engenharia dos materiais, sistemas e processos produtivos, métodos e tempos, gerência de produção, organização do trabalho, ergonomia e segurança do trabalho, pesquisa operacional, avaliação de mercado, sistema da tecnologia, planejamento e controle de produção, projeto do produto e projeto de fábrica. Boxe Multimídia 13 Se você quiser conhecer um pouco mais sobre o que a Engenharia de Produção representa para a sociedade, acesse esse endereço https://www.youtube.com/watch?v=3SVW1L2Mk5E e veja o que faz um engenheiro de produção através de seus depoimentos no documentário “Para entender melhor”. Fim do boxe multimídia Engenharia Química Engenharia Sanitária Engenharia Mecânica Engenharia Metalúrgica Engenharia de Minas Engenharia Naval As Figuras 4a e 4b apresentam uma indústria siderúrgica e um forno elétrico a arco que é inclinado para o vazamento do aço. Locais onde podem trabalhar os Engenheiros de Produção, Mecânicos ou Metalúrgicos, por exemplo. A temperatura de vazamento é em torno de 1620º C, respectivamente. 14 Figura 4 – a) Visão interna de indústria siderúrgica. b) Forno elétrico a arco. Fonte: a)http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/1/1e/Vista_interna_de_ ind%C3%BAstria_sider%C3%BArgica.jpg/300px- Vista_interna_de_ind%C3%BAstria_sider%C3%BArgica.jpg b)http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/1/10/Allegheny_Ludlu m_Steele_Corp%2C_Brackenridge%2C_Pa.jpg/300px- Allegheny_Ludlum_Steele_Corp%2C_Brackenridge%2C_Pa.jpg Atividade 2 (Atende ao objetivo 1) Nos últimos tempos, novos cursos e novas modalidades de Engenharia vem surgindo. Faça um levantamento de novas modalidades de Engenharia que surgiram e não foram citadas nessa aula. Consultar os materiais: OLIVEIRA, V. F. de. Crescimento do número de cursos e de modalidades de engenharia: principais causas e consequências. In: COBENGE 2005: Congresso Brasileiro de Ensino de Engenharia, XXXIII, 2005, Campina Grande/Pb. http://guiadoestudante.abril.com.br/blogs/melhores- faculdades/category/engenharia/ http://pt.wikipedia.org/wiki/Anexo:Lista_de_escolas_de_engenharia_do_ Brasil Resposta comentada A resposta desta atividade é pessoal, pois depende da pesquisa que você fará. No entanto, independente do caminho que resolver trilhar, o essencial desta tarefa é conhecer um pouco dos cursos em Engenharia existentes e suas vertentes e localidades. Sem dúvida, é uma importante tarefa para quem tem curiosidade em conhecer outras opções de profissionais que atuam na grande área da Engenharia no país. 15 Fim de Atividade 2 1.5 – Entidades de Classe Existem algumas entidades que possuem a responsabilidade de se preocuparem com os interesses da classe de engenheiros. São elas: I. Sistema CONFEA/CREA O Confea e os Creas, conforme Batista (2007), são pessoas jurídicas de direito público criados por lei. Eles executam atividades típicas da administração pública com gestão administrativa e financeira descentralizadas. Possuem também poder de policiar que se dá por meio da aplicação de sanções: multas; censuras; advertências; suspensão e limitação de direitos profissionais (suspensão e cancelamento de registros). I.1 CONFEA O Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CONFEA) representa a máxima instância à qual um profissional pode recorrer no que se refere ao regulamento do exercício profissional. O CONFEA representa os profissionais da Engenharia, Arquitetura, Agronomia e os da Geografia, Geologia, Meteorologia, os tecnólogos dessas modalidades, técnicos industriais e agrícolas e suas especializações, num total de centenas de títulos profissionais. O CONFEA é o órgão que, na sua Resolução nº 1.010, de 22 de agosto de 2005, regulamenta a atribuição de títulos profissionais, atividades, competências e o âmbito de atuação dos profissionais inseridos no sistema dos órgãos regulamentadores - CONFEA/CREA – para efeito de fiscalização do exercício profissional. 16 O CONFEA, com foro em Brasília/DF, tem jurisdição em todo o território nacional e exerce o papel institucional em última instância do Sistema CONFEA/CREA. O CONFEA foi criado oficialmente com este nome em 11 de dezembro de 1933, por meio do Decreto nº 23.569, promulgado por Getúlio Vargas, então Presidente da República. A criação desse conselho é considerada um marco histórico na regulamentação profissional e técnica no Brasil. Atualmente, o ele é regido pela Lei 5.194 de 1966. I.2 CREA Os Conselhos Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA), conforme o CREA-RJ, são órgãos de fiscalização, orientação e aprimoramento profissional, instituídos com a finalidade de defender a sociedade da prática do exercício ilegal das profissões abrangidas pelo Sistema CONFEA/CREA. Têm jurisdição estadual. O objetivo do Sistema CONFEA/CREA, conforme Batista (2007), é preservar o cumprimento ético e garantir a efetiva participação do profissional habilitado nas obras e serviços, visando a defesa da sociedade. O sistema CONFEA/CREA tem competências de natureza normativa, recursal e administrativa. Dentre estas está estabelecer as normas que regulamentam ou disciplinam a aplicação das leis e decretos pertinentes ao exercício profissional da Engenharia, da Arquitetura e da Agronomia, da Geologia, da Geografia, da Meteorologia, dos Tecnólogos e dos Técnicos Agrícolas e Industriais, de responsabilidade do CONFEA. Dentre as competências de Natureza Recursal estão apreciar e decidir em terceira e última instância, de responsabilidade do CONFEA, sobre os recursos relativos à regulamentação profissional e às penalidades impostas pelos CREAS e por eles julgados em primeira e segunda instância. 17 E, dentre as competências de Natureza Administrativa, está fiscalizar o exercício profissional, sob a responsabilidade dos CREAS, no âmbito de suas respectivas jurisdições. II. SENGE O Sindicato dos Engenheiros (SENGE) são divididos por estados e, de maneira geral, estes sindicados têm por objetivos: - representar a categoria dos engenheiros perante os três poderes (Legislativo, Executivo e Judiciário), defendendo-lhes direitos no Judiciário, nos Ministérios, nas Secretárias de Estado e outras instituições da sociedade civil organizada; - representar politicamente a categoria dos engenheiros perante outras organizações sindicais; - organizar a participação dos engenheiros nas questões de grande interesse social. Atividade 3 (Atende ao objetivo 1) Faça uma lista de personalidades públicas, artistas, políticos ou escritores que tenham formação em engenharia. Procure identificar quais as suas respectivas áreas de formação e em que setor se encontram trabalhando hoje. Escreva pelo menos 3 pessoas públicas. Resposta Comentada Certamente saber de pessoas que se destacaram positivamente na sua área de Engenharia ou mesmo em outra modalidade ainda na Engenharia, servirá de incentivo para a continuidade do curso com entusiasmo e determinação.Fim de Atividade 3 18 Atividade Final (Atende ao objetivo 2) Acesse no site do CREA da região de seu curso de Engenharia e destaque algumas atividades organizadas por eles. Escreva pelo menos 2 atividades. Resposta Comentada Conhecer as atividades desenvolvidas pelo CREA de sua região, mostrará como interagem as entidades com os profissionais da área. Fim de Atividade Final Resumo Nesta aula, você conheceu a maioria das modalidades da Engenharia que existem no Brasil. Puderam ver o que é desempenhado em cada modalidade, como é feita cada formação e aonde os profissionais podem atuar depois de formados. Conheceram também as entidades da classe dos Engenheiros, qual a responsabilidade de cada uma e como elas atuam na vida trabalhista de cada profissional pertencente ao sistema CONFEA/CREA. Informações sobre a próxima aula Na próxima aula (Aula 4), você saberá quais serão suas responsabilidades e deveres com a sociedade e no mercado de trabalho assim que se tornarem engenheiros. Saberá quais a diferenças entre você, Engenheiro de Produção, e o técnico de níveis médio e superior. E, conhecerá ainda as qualidades e habilidades necessárias para ser um bom profissional. Referências Bibliográficas 19 BAZZO, W. A.; PEREIRA, L. T. do V. Introdução à Engenharia. Florianópolis: Editora da UFSC, 2006. BOIKO, T. J. P. Introdução à Engenharia de Produção – Apostila. Disciplina de Introdução à Engenharia de Produção. Curso de Engenharia de Produção Agroindustrial. Departamento de Engenharia de Produção. Universidade Estadual do Paraná – Campus de Campo Mourão. Campo Mourão. 2011. BATISTA, O. E. O Sistema Confea/Crea. In: Congresso Nacional de Profissionais (CEP), 6º, 2007, Porto Velho/RO. Palestras. Disponível em: < http://www.crearo.org.br/cep/Paletra_SistemaRO_otaviano.ppt>. Acesso em 01 de Agosto de 2014. BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes Curriculares para os Cursos de Engenharia: Versão do dia 05.05.1999. Disponível em: <http://www.dimap.ufrn.br/~cccc/reforma/engenharia.doc>. Acesso em 01 de Agosto de 2014. CNE. Resolução CNE/CES 11/2002. Diário Oficial da União, Brasília, 9 de abril de 2002. Seção 1, p. 32. Disponível em: < http://portal.mec.gov.br/sesu/arquivos/pdf/1102Engenharia.pdf >. Acesso em 01 de Agosto de 2014. CONFEA (a) O Confea: Histórico: Um puco de história. Disponível em: < http://normativos.confea.org.br/apresentacao/apresentacao.asp>. Acesso em 01 de Agosto de 2014. _____ (b). Legislação: Apresentação. Disponível em: < http://normativos.confea.org.br/apresentacao/apresentacao.asp>. Acesso em 01 de Agosto de 2014. _____. Resolução nº 218, de 29 jun 1973. Disponível em: <http://www.confea.org.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=1561&pa i=8&sid=193>. Acesso em 01 de Agosto de 2014. _____. Resolução nº 1010, de 22 ago 2005. Disponível em: <http://normativos.confea.org.br/downloads/1010-05.pdf>. Acesso em 01 de Agosto de 2014. 20 CREA-RJ. Confea & Creas. Disponível em:< http://app.crea- rj.org.br/portalcreav2/CMS?idSecao=8ACFFE94-2533-C67C-9918- 16CAE934FFB0>. Acesso em 01 de Agosto de 2014. OLIVEIRA, V. F. de. Crescimento do número de cursos e de modalidades de engenharia: principais causas e conseqüências. In: COBENGE 2005: Congresso Brasileiro de Ensino de Engenharia, XXXIII, 2005, Campina Grande/Pb. Anais... Disponível em:< http://www.proengprod.ufjf.br/SiteEducengMg/CrescEng.pdf>. Acesso em 01 de Agosto de 2014.