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Aula03 - A Engenharia


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Curso: Engenharia de Produção 
Disciplina: Introdução à Engenharia de Produção 
Autor: Eliane da Silva Christo 
 
 
Aula 3 – A Engenharia 
 
Meta 
 
Apresentar como é feita a integração da Engenharia com a Sociedade através 
conhecimento do processo de formação de cada modalidade. 
 
Objetivos 
 
Após esta aula você será capaz de: 
 
1. reconhecer a diferença do processo de formação de cada modalidade da 
Engenharia; 
 
2. reconhecer as entidades que atuam para o bom desenvolvimento da 
Engenharia. 
 
1- Introdução: A Engenharia 
 
As civilizações desenvolvidas são notadas, principalmente, através de suas 
conquistas no ramo da Engenharia. 
 
Ao se começar o estudo acadêmico de qualquer ramo da Engenharia, 
certamente, surgirá uma questão básica: Afinal, o que é Engenharia? 
 
Além da definição técnica de Engenharia, vamos vislumbrar no próximo tópico o 
que disseram da Engenharia algumas personalidades. Ao final, contemplaremos 
os processos de formação de cada modalidade e as entidades da classe. 
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1.1- Definição 
 
A Engenharia é uma ciência 
bastante abrangente que engloba 
uma série de ramos mais 
especializados. Nos processos de 
criação, aperfeiçoamento e 
implementação, a Engenharia 
conjuga os vários conhecimentos 
com ênfases mais específicas em 
determinados campos de 
aplicação e em determinados tipos de tecnologia no sentido de viabilizar as 
utilidades. A Engenharia tem por objetivo trabalhar em prol da sociedade, se 
preocupando sempre com a técnica, a economia e o meio ambiente. 
Fonte: 
http://unieducar.org.br/sites/default/files/imagecache/product_full/cursos/i
magens/preparatoriobndes-profissionalbasico-engenharia-
espanholedital2012001.jpg 
 
Início de verbete 
 
A Engenharia é a ciência, a arte e a profissão de adquirir e de aplicar os 
conhecimentos matemáticos, técnicos e científicos na criação, aperfeiçoamento 
e implementação de utilidades, tais como materiais, estruturas, máquinas, 
aparelhos, sistemas ou processos, que realizem uma determinada função ou 
objetivo. 
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Engenharia 
 
Fim de verbete 
 
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A Engenharia possui diversas definições. A seguir, está um apanhado que reflete 
a amplitude deste campo e nos ajudam a enxergar seus diversos pontos de vista. 
Com qual deles você se identifica mais? 
 
 “Engenharia, num sentido amplo, é a aplicação da ciência de maneira 
econômica para as necessidades da humanidade.” Vanevar Bush (1939) 
 
“Engenharia é a aplicação profissional e sistemática da ciência para a utilização 
eficiente dos recursos naturais a fim de produzir riqueza.” T. J. Hoover e J. C. L. 
Fish (1941) 
 
“Engenharia é a prática da aplicação segura e econômica das leis científicas 
que governam as forças e materiais da Natureza, através da organização, design 
e construção, para o benefício da humanidade.” S. E. Lindsay (1920) 
 
“Engenharia é a profissão na qual o conhecimento das ciências matemáticas e 
naturais, obtido através do estudo, experiência e prática, é aplicado com 
julgamento no desenvolvimento de novos meios de utilizar, economicamente, os 
materiais e forças da Natureza para o benefício da humanidade.” Comitê de 
Certificação de Engenharia e Tecnologia dos Estados Unidos (1982) 
 
 “É responsabilidade do engenheiro estar atento às necessidades sociais e 
decidir como as leis da ciência podem ser melhor adaptadas através da 
Engenharia a fim de cumprir essas necessidades.” John C. Calhoun, Jr. (1963) 
 
São diversas definições sobre a Engenharia, porém todas apresentam o mesmo 
contexto. Os objetivos específicos para um Engenheiro atingir e conseguir 
solucionar problemas da sociedade são: 
 
 Reunir conhecimento cientifico; 
 Desenvolvimento técnico; 
 Preocupação com a segurança humana e ambiental; 
 Consciência dos recursos materiais e econômicos. 
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1.2 – Engenharia e Sociedade 
 
A Engenharia possui um papel importante na sociedade. Os conhecimentos 
científicos e técnicos e a experiência prática adquirida são aplicados para 
atender as demandas da sociedade em geral. Isto é, para exploração dos 
recursos naturais, para o projeto, construção e operação de objetos úteis e para 
o planejamento urbano e ambiental. 
 
O Ministério da Educação, por meio do Conselho Nacional de Educação (CNE), 
Câmara de Educação Superior (CES) estabelece, através da Resolução 
CNE/CES 11/2002, as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino de 
Graduação em Engenharia, que referem-se exclusivamente à formação 
acadêmica não abrangendo os aspectos relativos ao registro para o exercício da 
profissão. 
 
1.3 – Processo de Formação 
 
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O aluno recém chegado, também conhecido como calouro, no curso de 
Engenharia requer algumas competências e habilidades. Os Artigos 3 e 4º da 
Resolução do CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO e da CÂMARA DE 
EDUCAÇÃO SUPERIOR (CNE/CES, 11/2002) do Ministério da Educação, 
tratam do perfil, competências e habilidades gerais do egresso de um Curso de 
Engenharia. 
 
O Artigo 3º coloca qual deve ser o perfil que um Curso de Graduação em 
Engenharia deve proporcionar ao formado, egresso e profissional. Neste artigo 
pode ser visto que, o Engenheiro deve ter uma formação “generalista, humanista, 
crítica e reflexiva, capacitado a absorver e desenvolver novas tecnologias, 
estimulando a sua atuação crítica e criativa na identificação e resolução de 
problemas, considerando seus aspectos políticos, econômicos, sociais, 
ambientais e culturais, com visão ética e humanística, em atendimento às 
demandas da sociedade.” 
 
Conforme o Artigo 3º é possível constatar que a principal característica da 
profissão de engenharia é o atendimento às demandas da sociedade. 
 
O Artigo 4º coloca quais devem ser as competências e habilidades gerais que 
um Curso de Graduação em Engenharia deve proporcionar ao seu egresso. 
 
Os Artigos 5º ao 7º da Resolução CNE/CES 11/2002 estabelecem como deve 
ser o processo de formação em Curso de Graduação em Engenharia. 
 
Especificamente, no Artigo 6º, pode ser visto que todo curso de Engenharia, 
independente da área, deve ter na sua grade curricular os três núcleos de 
conteúdos considerados essenciais para uma boa formação de um Engenheiro. 
São eles: Núcleo de conteúdos básicos; Núcleo de conteúdos 
profissionalizantes; e Núcleo de conteúdo específicos que caracterizem a 
modalidade. 
 
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É importante enfatizar que, os tópicos de estudo, que pertencem aos núcleos de 
conteúdos profissionalizantes e aos de conteúdos específicos possuem, de 
acordo com o artigo 6º, variação conforme a modalidade da Engenharia a que 
diz respeito e conforme o enfoque e a intensidade adotados pela instituição de 
ensino superior para o curso. Além do mais, o sequenciamento dos conteúdos 
não representa uma ordem imposta na estruturação do currículo, nem os tópicos 
correspondem essencialmente a disciplinas individuais. 
 
Os estágios curriculares obrigatórios para um estudante de Engenharia, de 
qualquer área, são tratados no Artigo 7º da Resolução CNE/CES 11/2002. Eles 
fazem parte da etapa integrante da graduação e, devem ser desenvolvidos sob 
supervisão direta da instituição de ensino. Um professor institucional terá a 
responsabilidade de avaliar os relatórios técnicos individualizados durante o 
período de realização do estágio que tem carga horária mínima de 160 (cento e 
sessenta) horas. 
 
No Artigo 7º da Resolução, pode ser visto também sobre o trabalho final de 
curso, que é considerado uma atividade decomposição e conexão de 
conhecimento, além de ser obrigatório para todas as modalidades de Engenharia 
e demais cursos credenciados no sistema CONFEA/CREA. 
 
Algumas considerações sobre a formação do profissional, cuja profissão 
pertence ao sistema CONFEA/CREA (entidades da classe de Engenheiros que 
serão explicada nos próximos itens), são citadas no Capítulo 1, Artigo 3º e 4º da 
Resolução do CONFEA nº 1.010, de 22 de agosto de 2005. Elas colocam de 
forma ordinal os níveis de escolaridade de cada profissional. Segundo o artigo, 
que aborda os profissionais de acordo com a escolaridade, os níveis são: 
 
I - técnico; 
II – graduação superior tecnológica; 
III – graduação superior plena; 
IV - pós-graduação no senso lato (especialização); 
V - pós-graduação no senso estrito (mestrado ou doutorado). 
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Atividade 1 – Atende ao objetivo 1 
 
1) Leia os Artigos 5º ao 7º e escreva o que caracteriza e quais as cargas 
horárias mínimas de cada núcleo de conteúdos que devem existir em todo 
curso de Graduação em Engenharia? 
 
2) Verifique, na grade curricular de seu curso de Engenharia de Produção, 
quais disciplinas caracterizam cada núcleo de conteúdos descritos no 
artigo 6º. 
 
Resposta item 1 
 
1) No Artigo 6º da Resolução CNE/CES 11/2002 vocês podem encontrar os 
núcleos de conteúdos obrigatórios em todo curso de Graduação em Engenharia 
e também suas respectivas cargas horárias: 
 
 “Art. 6º Todo o curso de Engenharia, independentemente de sua modalidade, 
deve possuir em seu currículo um núcleo de conteúdos básicos, um núcleo de 
conteúdos profissionalizantes e um núcleo de conteúdo específicos que 
caracterizem a modalidade. 
 
§ 1º O núcleo de conteúdos básicos, cerca de 30% da carga horária mínima. 
 
§ 2º Nos conteúdos de Física, Química e Informática, é obrigatória a existência 
de atividades de laboratório. Nos demais conteúdos básicos, deverão ser 
previstas atividades práticas e de laboratórios, com enfoques e intensidade 
compatíveis com a modalidade pleiteada. 
 
§ 3º O núcleo de conteúdos profissionalizantes, cerca de 15% de carga horária 
mínima, versará sobre um subconjunto coerente dos tópicos, a ser definido pela 
IES. 
 
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§ 4º O núcleo de conteúdos específicos se constitui em extensões e 
aprofundamentos dos conteúdos do núcleo de conteúdos profissionalizantes, 
bem como de outros conteúdos destinados a caracterizar modalidades. Estes 
conteúdos, consubstanciando o restante da carga horária total, serão propostos 
exclusivamente pela IES. Constituem-se em conhecimentos científicos, 
tecnológicos e instrumentais necessários para a definição das modalidades de 
engenharia e devem garantir o desenvolvimento das competências e habilidades 
estabelecidas nestas diretrizes.” 
 
 Fim da Atividade 1 
 
1.4 – Modalidades de Engenharia 
 
Desde o século 19, com o desenvolvimento técnico, que os campos da 
Engenharia ampliaram para uma série de especialidades. Este crescimento ficou 
ainda mais evidente a partir do século 20, pois houve um crescimento rápido de 
demandas do ambiente socioeconômico. 
 
Hoje em dia, há várias modalidades de Engenharia e cada qual está ligada a 
uma área de trabalho. Cada uma dessas modalidades possui características 
próprias e se ocupa de atividades de um ramo específico de atuação. 
 
É muito difícil para um profissional dominar todos os assuntos das Engenharias, 
numa profundidade tal que o permita trabalhar com desenvoltura em todos eles. 
Por isso, nesta profissão existem várias modalidades, para que os Engenheiros 
formados em cada uma delas possam dominar adequadamente os 
conhecimentos de cada área. A Figura 1 espelha adequadamente as atuações 
variadas dos profissionais de Engenharia. 
 
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Figura 1 – Várias modalidades da Engenharia 
 
O que se observa geralmente é que a maioria dos engenheiros acaba atuando 
em diferentes áreas da Engenharia, apesar de inicialmente se formar 
normalmente numa especialidade específica. Esta característica o torna um 
profissional polivalente facilitando ainda mais seu ingresso no mercado de 
trabalho. 
 
O Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CONFEA), 
através da Resolução nº 218, de 29 jun 1973, discriminou genericamente as 
atividades das diferentes modalidades profissionais da Engenharia, Arquitetura 
e Agronomia. 
 
Algumas das diferentes modalidades da Engenharia estão descritas a seguir: 
 
 Engenharia de Aeronáutica 
 Engenharia de Agrimensura 
 
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Na área de ciências agrárias são oferecidos três cursos de engenharia: agrícola, 
florestal e de pesca, além do curso de agronomia, cujo profissional nele formado 
recebe o diploma de engenheiro agrônomo. 
 
 Engenharia de Agronomia 
 Engenharia Agrícola 
 Engenharia Florestal 
 Engenharia de Pesca 
 Engenharia de Alimentos 
 Engenharia Cartográfica 
 Engenharia Civil 
 Engenharia Elétrica 
 
A engenharia civil molda a sociedade em que vivemos. Na foto, a 
cidade canadense de Toronto, com destaque para a Torre CN, uma das mais 
altas estruturas do mundo. A Figura 2 apresenta uma obra de um Engenheiro 
Civil. 
 
 
Figura 2 - Cidade canadense de Toronto, com destaque para a Torre CN. 
Fonte: 
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/d/df/Pulsefront.jpg/300px
-Pulsefront.jpg 
 
As Figuras 3a e 3b mostram exemplos de aplicações de um Engenheiro 
Eletricista. 
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Figura 3 – a) Exemplo: sistemas elétricos de potência. b) Exemplo: gerador de 
clock. 
Fonte: a) 
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/e/e0/Power_plant.jpg/25
0px-Power_plant.jpg. b) 
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/e/ec/Silego_clock_gener
ator.JPG/250px-Silego_clock_generator.JPG. 
 
 Engenharia de Produção - A engenharia de produção é uma 
habilitação específica que surgiu da associação das engenharias 
tradicionais. Existem, consequentemente, cursos de engenharia de 
produção elétrica, de produção civil, de produção mecânica etc. O 
Engenheiro de Produção é responsável por alcançar, numa 
empresa, uma produção otimizada e racionalizada dentro dos 
controles de qualidades exigidos. Ele realiza isto cuidando de um 
balanceamento apropriado da linha de produção através de 
métodos e tempos de montagem, alocação de pessoal, taxas de 
velocidade de trabalho, taxas de qualidade do produto, 
ferramentas, etc.... O planejamento, o controle da produção, o 
projeto do produto, a organização da escala de produção, a 
elaboração de programas de trabalho e prazos e execução da 
produção, tudo isso também fazem parte das responsabilidades do 
Engenheiro de Produção. De forma geral, ele se dedica a gerenciar 
sistemas que envolvem pessoas, materiais, equipamentos e 
ambiente. E, pelo fato desse profissional agrupar conhecimentos e 
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habilidades maiores, ele consegue ter uma visão mais global dos 
problemas. Dentre os encargos de um Engenheiro de Produção, 
destacam também: 
 
 Determinar o arranjo físico ideal de indústrias, encontrar o equipamento e 
o processo de manufatura, alterando hábitos não recomendáveis de 
trabalho; 
 Avaliar as operações e introduzir modificações que possam racionalizar o 
trabalho; 
 Calcular custos operacionais através da análise de tempos e métodos; 
 Agir como um elo entre o setor técnico e o setor administrativo de uma 
empresa; 
 Se preocupar com a segurança do processo produtivo, com a avaliação 
econômico-financeira da empresa e com o layout das instalações 
industriais; 
 Fazer o planejamento das compras, produçãoe distribuição dos produtos; 
 Determinar as estratégias de controle de estoques. 
 
Um aluno de Engenharia de Produção tem, durante sua graduação, um ensino 
interdisciplinar além dos conhecimentos básicos das Engenharias. Algumas 
matérias pertencentes aos núcleos de conteúdos profissionalizantes de 
conteúdo específicos são: estatística, administração da produção, controle de 
qualidade, engenharia dos materiais, sistemas e processos produtivos, métodos 
e tempos, gerência de produção, organização do trabalho, ergonomia e 
segurança do trabalho, pesquisa operacional, avaliação de mercado, sistema da 
tecnologia, planejamento e controle de produção, projeto do produto e projeto de 
fábrica. 
 
Boxe Multimídia 
 
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Se você quiser conhecer um pouco mais sobre 
o que a Engenharia de Produção representa 
para a sociedade, acesse esse endereço 
https://www.youtube.com/watch?v=3SVW1L2Mk5E e veja o que faz um 
engenheiro de produção através de seus depoimentos no documentário “Para 
entender melhor”. 
 
Fim do boxe multimídia 
 
 Engenharia Química 
 Engenharia Sanitária 
 Engenharia Mecânica 
 Engenharia Metalúrgica 
 Engenharia de Minas 
 Engenharia Naval 
 
As Figuras 4a e 4b apresentam uma indústria siderúrgica e um forno elétrico a 
arco que é inclinado para o vazamento do aço. Locais onde podem trabalhar os 
Engenheiros de Produção, Mecânicos ou Metalúrgicos, por exemplo. A 
temperatura de vazamento é em torno de 1620º C, respectivamente. 
 
 
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Figura 4 – a) Visão interna de indústria siderúrgica. b) Forno elétrico a arco. 
Fonte: 
a)http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/1/1e/Vista_interna_de_
ind%C3%BAstria_sider%C3%BArgica.jpg/300px-
Vista_interna_de_ind%C3%BAstria_sider%C3%BArgica.jpg 
b)http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/1/10/Allegheny_Ludlu
m_Steele_Corp%2C_Brackenridge%2C_Pa.jpg/300px-
Allegheny_Ludlum_Steele_Corp%2C_Brackenridge%2C_Pa.jpg 
 
 
Atividade 2 (Atende ao objetivo 1) 
 
Nos últimos tempos, novos cursos e novas modalidades de Engenharia vem 
surgindo. Faça um levantamento de novas modalidades de Engenharia que 
surgiram e não foram citadas nessa aula. 
Consultar os materiais: 
 OLIVEIRA, V. F. de. Crescimento do número de cursos e de modalidades 
de engenharia: principais causas e consequências. In: COBENGE 2005: 
Congresso Brasileiro de Ensino de Engenharia, XXXIII, 2005, Campina 
Grande/Pb. 
 http://guiadoestudante.abril.com.br/blogs/melhores-
faculdades/category/engenharia/ 
 http://pt.wikipedia.org/wiki/Anexo:Lista_de_escolas_de_engenharia_do_
Brasil 
 
Resposta comentada 
 
A resposta desta atividade é pessoal, pois depende da pesquisa que você fará. 
No entanto, independente do caminho que resolver trilhar, o essencial desta 
tarefa é conhecer um pouco dos cursos em Engenharia existentes e suas 
vertentes e localidades. Sem dúvida, é uma importante tarefa para quem tem 
curiosidade em conhecer outras opções de profissionais que atuam na grande 
área da Engenharia no país. 
15 
 
 
Fim de Atividade 2 
 
 1.5 – Entidades de Classe 
 
Existem algumas entidades que possuem a responsabilidade de se 
preocuparem com os interesses da classe de engenheiros. São elas: 
 
I. Sistema CONFEA/CREA 
 
O Confea e os Creas, conforme Batista (2007), são pessoas jurídicas de direito 
público criados por lei. Eles executam atividades típicas da administração pública 
com gestão administrativa e financeira descentralizadas. Possuem também 
poder de policiar que se dá por meio da aplicação de sanções: multas; censuras; 
advertências; suspensão e limitação de direitos profissionais (suspensão e 
cancelamento de registros). 
 
I.1 CONFEA 
 
O Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CONFEA) 
representa a máxima instância à qual um profissional pode recorrer no que se 
refere ao regulamento do exercício profissional. O CONFEA representa os 
profissionais da Engenharia, Arquitetura, Agronomia e os da Geografia, 
Geologia, Meteorologia, os tecnólogos dessas modalidades, técnicos industriais 
e agrícolas e suas especializações, num total de centenas de títulos 
profissionais. 
 
O CONFEA é o órgão que, na sua Resolução nº 1.010, de 22 de agosto de 2005, 
regulamenta a atribuição de títulos profissionais, atividades, competências e o 
âmbito de atuação dos profissionais inseridos no sistema dos órgãos 
regulamentadores - CONFEA/CREA – para efeito de fiscalização do exercício 
profissional. 
 
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O CONFEA, com foro em Brasília/DF, tem jurisdição em todo o território nacional 
e exerce o papel institucional em última instância do Sistema CONFEA/CREA. 
 
O CONFEA foi criado oficialmente com este nome em 11 de dezembro de 1933, 
por meio do Decreto nº 23.569, promulgado por Getúlio Vargas, então Presidente 
da República. A criação desse conselho é considerada um marco histórico na 
regulamentação profissional e técnica no Brasil. Atualmente, o ele é regido pela 
Lei 5.194 de 1966. 
 
I.2 CREA 
 
Os Conselhos Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA), 
conforme o CREA-RJ, são órgãos de fiscalização, orientação e aprimoramento 
profissional, instituídos com a finalidade de defender a sociedade da prática do 
exercício ilegal das profissões abrangidas pelo Sistema CONFEA/CREA. Têm 
jurisdição estadual. 
 
O objetivo do Sistema CONFEA/CREA, conforme Batista (2007), é preservar o 
cumprimento ético e garantir a efetiva participação do profissional habilitado nas 
obras e serviços, visando a defesa da sociedade. 
 
O sistema CONFEA/CREA tem competências de natureza normativa, recursal e 
administrativa. Dentre estas está estabelecer as normas que regulamentam ou 
disciplinam a aplicação das leis e decretos pertinentes ao exercício profissional 
da Engenharia, da Arquitetura e da Agronomia, da Geologia, da Geografia, da 
Meteorologia, dos Tecnólogos e dos Técnicos Agrícolas e Industriais, de 
responsabilidade do CONFEA. 
 
Dentre as competências de Natureza Recursal estão apreciar e decidir em 
terceira e última instância, de responsabilidade do CONFEA, sobre os recursos 
relativos à regulamentação profissional e às penalidades impostas pelos CREAS 
e por eles julgados em primeira e segunda instância. 
 
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E, dentre as competências de Natureza Administrativa, está fiscalizar o exercício 
profissional, sob a responsabilidade dos CREAS, no âmbito de suas respectivas 
jurisdições. 
 
II. SENGE 
 
O Sindicato dos Engenheiros (SENGE) são divididos por estados e, de maneira 
geral, estes sindicados têm por objetivos: 
 
- representar a categoria dos engenheiros perante os três poderes (Legislativo, 
Executivo e Judiciário), defendendo-lhes direitos no Judiciário, nos Ministérios, 
nas Secretárias de Estado e outras instituições da sociedade civil organizada; 
 
- representar politicamente a categoria dos engenheiros perante outras 
organizações sindicais; 
 
- organizar a participação dos engenheiros nas questões de grande interesse 
social. 
 
Atividade 3 (Atende ao objetivo 1) 
 
Faça uma lista de personalidades públicas, artistas, políticos ou escritores que 
tenham formação em engenharia. Procure identificar quais as suas respectivas 
áreas de formação e em que setor se encontram trabalhando hoje. 
Escreva pelo menos 3 pessoas públicas. 
 
Resposta Comentada 
 
Certamente saber de pessoas que se destacaram positivamente na sua área de 
Engenharia ou mesmo em outra modalidade ainda na Engenharia, servirá de 
incentivo para a continuidade do curso com entusiasmo e determinação.Fim de Atividade 3 
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Atividade Final (Atende ao objetivo 2) 
 
Acesse no site do CREA da região de seu curso de Engenharia e destaque 
algumas atividades organizadas por eles. 
Escreva pelo menos 2 atividades. 
 
Resposta Comentada 
 
Conhecer as atividades desenvolvidas pelo CREA de sua região, mostrará como 
interagem as entidades com os profissionais da área. 
 
Fim de Atividade Final 
 
Resumo 
 
Nesta aula, você conheceu a maioria das modalidades da Engenharia que 
existem no Brasil. Puderam ver o que é desempenhado em cada modalidade, 
como é feita cada formação e aonde os profissionais podem atuar depois de 
formados. Conheceram também as entidades da classe dos Engenheiros, qual 
a responsabilidade de cada uma e como elas atuam na vida trabalhista de cada 
profissional pertencente ao sistema CONFEA/CREA. 
 
Informações sobre a próxima aula 
 
Na próxima aula (Aula 4), você saberá quais serão suas responsabilidades e 
deveres com a sociedade e no mercado de trabalho assim que se tornarem 
engenheiros. Saberá quais a diferenças entre você, Engenheiro de Produção, e 
o técnico de níveis médio e superior. E, conhecerá ainda as qualidades e 
habilidades necessárias para ser um bom profissional. 
 
Referências Bibliográficas 
19 
 
BAZZO, W. A.; PEREIRA, L. T. do V. Introdução à Engenharia. Florianópolis: 
Editora da UFSC, 2006. 
BOIKO, T. J. P. Introdução à Engenharia de Produção – Apostila. Disciplina de 
Introdução à Engenharia de Produção. Curso de Engenharia de Produção 
Agroindustrial. Departamento de Engenharia de Produção. Universidade 
Estadual do Paraná – Campus de Campo Mourão. Campo Mourão. 2011. 
BATISTA, O. E. O Sistema Confea/Crea. In: Congresso Nacional de Profissionais 
(CEP), 6º, 2007, Porto Velho/RO. Palestras. Disponível em: 
< http://www.crearo.org.br/cep/Paletra_SistemaRO_otaviano.ppt>. Acesso em 
01 de Agosto de 2014. 
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Engenharia: 
Versão do dia 05.05.1999. Disponível em: 
<http://www.dimap.ufrn.br/~cccc/reforma/engenharia.doc>. Acesso em 01 de 
Agosto de 2014. 
 CNE. Resolução CNE/CES 11/2002. Diário Oficial da União, Brasília, 9 de abril 
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Seção 1, p. 32. Disponível em: 
< http://portal.mec.gov.br/sesu/arquivos/pdf/1102Engenharia.pdf >. Acesso em 
01 de Agosto de 2014. 
 CONFEA (a) O Confea: Histórico: Um puco de história. Disponível em: < 
http://normativos.confea.org.br/apresentacao/apresentacao.asp>. Acesso em 01 
de Agosto de 2014. 
_____ (b). Legislação: Apresentação. Disponível em: < 
http://normativos.confea.org.br/apresentacao/apresentacao.asp>. Acesso em 01 
de Agosto de 2014. 
_____. Resolução nº 218, de 29 jun 1973. Disponível em: 
<http://www.confea.org.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=1561&pa
i=8&sid=193>. Acesso em 01 de Agosto de 2014. 
_____. Resolução nº 1010, de 22 ago 2005. Disponível em: 
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Agosto de 2014. 
20 
 
CREA-RJ. Confea & Creas. Disponível em:< http://app.crea-
rj.org.br/portalcreav2/CMS?idSecao=8ACFFE94-2533-C67C-9918-
16CAE934FFB0>. 
Acesso em 01 de Agosto de 2014. 
OLIVEIRA, V. F. de. Crescimento do número de cursos e de modalidades de 
engenharia: 
principais causas e conseqüências. In: COBENGE 2005: Congresso Brasileiro 
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Engenharia, XXXIII, 2005, Campina Grande/Pb. Anais... Disponível em:< 
http://www.proengprod.ufjf.br/SiteEducengMg/CrescEng.pdf>. Acesso em 01 de 
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