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Logística Reversa no Concreto Sustentável

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ANAIS DO 56º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2014 – 56CBC 1 
LOGÍSTICA REVERSA APLICADA NO CONCRETO SUSTENTÁVEL: 
MAPEAMENTO EM UMA USINA DE RECICLAGEM DE RCD 
 
REVERSE LOGISTICS APLIEED IN SUSTAINABLE CONCRETE: MAPPING 
IN A RECYCLING PLANT RCD 
 
Andreza Geovana Faustino de Medeiros1; Dilana Mota Queiroz2; Fabilayne Lima da Silva3; Kelly 
Silva dos Santos4; Júlio Cesar Cavalcante Damasceno5; Marcus Vinícius Dantas Assunção6. 
 
1,2,3,4 
Discentes do curso técnico em Edificações, IFRN/SGA 
5 
Professor Mestre em engenharia civil, IFRN/SGA 
6 
Professor Mestre em engenharia da produção, IFRN/SGA 
julio.damasceno@ifrn.edu.br 
 
 Resumo 
 
O presente artigo baseia-se na revisão bibliográfica de pesquisas referentes à logística reversa no setor da 
Construção Civil para a produção de um concreto sustentável, através da substituição parcial do agregado 
natural pelo reciclado e do cimento pelos rejeitos cerâmicos, favorecendo assim a redução de energia gasta 
no processo de produção do cimento como também as emissões de CO2. Foi verificada a aplicação da 
logística reversa por meio do mapeamento derivado do processo do resíduo da classe A, de acordo com a 
Resolução 307 do CONAMA (cerâmica, argamassa e alvenaria) em uma usina de reciclagem localizada na 
região metropolitana de Natal/RN. O processo de logística reversa possui estratégias sustentáveis, 
econômicas e sociais, no qual além de beneficiar o desempenho de materiais alternativos, faz da 
tecnologia do concreto um setor cada vez mais sustentável e que possui princípios da atuação do modelo 
de produtos construtivos do futuro. O objetivo geral é realizar um mapeamento de como é aplicada a 
logística reversa em uma usina de reciclagem do resíduo da classe A na cidade de São Gonçalo do 
Amarante, para a produção de um concreto sustentável. Os resultados mostram que a usina estudada está 
em consonância com as regras do CONAMA e de outras usinas localizadas em outras cidades no 
Brasil, cujo processamento analisado já foi implementado. 
 
Palavra-Chave: Sustentabilidade, Concreto, Logística, Agregados reciclados, Material Alternativo. 
 
Abstract 
 
This article is based on literature review of researches on the reverse logistics in the Construction industry in 
order to produce sustainable concrete through the partial replacement of natural aggregate for recycled 
ceramic and of cement for tailings , thus favoring the reduction of the energy spent in the cement production 
process as well as CO2 emissions: The application of reverse logistics was verified by mapping derived from 
the processing of class A residues, according to CONAMA 307 Resolution ( ceramic , mortar and masonry) 
in a recycling plant located in the metropolitan region of Natal / RN. The reverse logistics process has 
sustainable , economic and social strategies which besides benefiting the performance of alternative 
materials , makes concrete technology increasingly sustainable and has principles of action of the moldel of 
future construction products. The overall goal is to perform a mapping of how reverse logistics are applied in 
a recycling plant of class A residues in São Gonçalo do Amarante for producing sustainable concrete. The 
results showed that this plant is in line with the rules of CONAMA and other plants located in other cities in 
Brazil, whose analyzed processing has been implemented. 
 
Keywords: Sustainability, Concrete, Logistics, recycled aggregates, Alternative Material. 
 
 
ANAIS DO 56º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2014 – 56CBC 2 
1. Introdução 
A Construção Civil é a área conhecida por todos pela sua forte influência no setor sócio 
econômico de um país, geração de empregos, acessibilidade de moradias para o conforto 
da população, entre outros. De todas essas intervenções surge a necessidade de 
modificar o meio físico em que vive, em que o ser humano está necessitando cada vez 
mais do setor construtivo, fazendo com que o mesmo seja a atividade industrial que mais 
depreda o meio ambiente através da extração de recursos naturais para a fabricação de 
seus produtos, e, consequentemente o concreto é o material industrial mais consumido 
pelo homem e seus constituintes, o cimento e os agregados, são matérias-primas não 
renováveis ÂNGULO E FIGUEIREDO (2011). 
Segundo o IBGE cerca de 50% dos resíduos gerados no Brasil são decorrentes do setor 
construtivo. Por meio de perdas como por superprodução, espera, transporte, 
processamento em si e estoques, a qualquer momento de execução da obra. Para a 
minimização do atual problema da Construção civil é preciso o investimento em uma 
política de gerenciamento dos resíduos da Construção Civil a ser elaborado entre o setor 
produtivo e os agentes públicos, destacando-se a aplicação da principal fase, que tem 
como metodologia a logística reversa que é o processo de reuso, reutilização ou 
reciclagem de algum material, neste caso o agregado reciclado. 
De acordo com o CREA-PR cerca de 90% dos resíduos da Construção Civil são 
recicláveis, ou seja, quando o plano de gerenciamento de RCC (Resíduos da construção 
civil) é realmente posto em prática, esse deixa de ser o setor que mais agride ao meio 
ambiente e torna-se o que mais se apropria de práticas sustentáveis por meio de 
conceitos da logística reversa. 
O objetivo deste trabalho é realizar um mapeamento de como é aplicada a logística 
reversa em uma usina de reciclagem do resíduo da classe A (cerâmica, argamassa, 
alvenaria) na cidade de São Gonçalo do Amarante, já que atualmente existem empresas 
especializadas em não só destinar esses resíduos, mas aplicar a logística reversa, para 
que este volte ao setor construtivo como um material alternativo mais econômico e com a 
mesma qualidade do convencional, em que o concreto sustentável se insere. Para está 
etapa da pesquisa foi realizado o mapeamento da logística reversa em uma usina de 
reciclagem de RCD, com o objetivo de conhecer o processo de formação dos agregados 
reciclados, que é o principal componente deste tipo de concreto, em que a próxima fase é 
a realização de ensaios para a sua caracterização e aplicação no concreto. 
Diante do contexto apresentado, a problemática de pesquisa parte da importância da 
logística reversa nos processos de retorno de entulhos da construção civil para usinas de 
reprocessamento de resíduos, tendo como pergunta problema: Como se apresenta o 
processo de logística reversa dos resíduos oriundos da construção civil? 
 
 
 
 
 
 
 
ANAIS DO 56º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2014 – 56CBC 3 
2. Perspectivas Teóricas 
2.1 RCC e RCD 
O RCC é o resíduo da Construção civil gerado por qualquer atividade do setor construtivo, 
na qual se tem um percentual relativo devido ao desperdício na armazenagem do insumo, 
execução da obra e no seu transporte de reabastecimento da obra. Ressaltando-se que o 
RCC deve ser separado de acordo com as classes da resolução do Conama 
anteriormente apresentadas. 
O RCD (resíduo de construções e demolições) compõe parte de uma das classificações 
do RCC que é gerado a partir de novas construções, reformas, manutenções e 
demolições prediais de infraestrutura, tais como: telhas, tijolos, alvenaria, blocos 
cerâmicos e argamassas (basicamente o resíduo da classe A). Estes apresentam 
características peculiares por estarem em contato com outros materiais, como rejeitos, 
possui uma constituição bastante diversa e bem heterogênea, o que dificulta o seu 
reaproveitamento. 
Pode-se observar nesse material seu alto índice de reciclagem que é de grande 
relevância para a minimização dos impactos ambientais, como afirma ângulo, ZORDAN E 
JOHN (2011): 
“Na Construção civil, onde o consumo de matéria – prima é altamente 
impactante na natureza, a reciclagem se insere nesse contexto para a 
minimizaçãodos impactos ambientais, causados pela extração dos recursos 
naturais não renováveis, uma vez que a construção civil pode reaproveitar 
grande percentual de materiais de construção que foi descartado.” 
 
O reaproveitamento desse material é 50% mais barato e o consumo de energia 80% 
menor.” Segundo estudos realizados pela escola politécnica da USP, corroborando assim 
com a afirmação de BICCA (2000), LEITE (2001), LEVY (2001), LIMA (1999), dentre 
outros, que “utilizaram esses resíduos e constataram a necessidade de investigações 
para serem empregados nos diversos ramos da Construção Civil.” 
 
2.2 Legislação do CONAMA 
A logística reversa está inserida no plano de gerenciamento do RCC, esse é regido 
pelo conjunto de leis como; a LEI FEDERAL DE Nº 12.305 - DE 2 DE AGOSTO DE 2010, 
a LEI MUNICIPAL DE N°6.298 - de 30 DE SETEMBRO DE 2011, o DECRETO DE Nº 
7.404, DE 23 DE DEZEMBRO DE 2010. Como também políticas públicas, Normas 
Técnicas como 15.115/04 – Agregados reciclados de resíduos sólidos da construção. 
Procedimentos; NBR 15113/04 Resíduos sólidos da construção civil e resíduos inertes - 
Aterros - Diretrizes para projeto, implantação e operação; NBR 13463/95 Coleta de 
resíduos sólidos - Classificação: Normas Técnicas da Superintendência de Limpeza 
Urbana; entre outras. E a mais consultada que é a Resolução CONAMA (Conselho 
Nacional do Meio ambiente) de N° 307, de 05 de Julho de 2002. Na qual é 
responsável por classificar os resíduos de acordo com suas classes: 
 Classe A – Derivados de cerâmicas, argamassas ou alvenarias; 
 Classe B – Metais, plásticos, papelão, madeira, etc.; 
 Classe C - Gesso; 
 Classes D – Solventes, tintas, óleos, etc. 
 
ANAIS DO 56º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2014 – 56CBC 4 
 
2.3 Logística reversa 
Estudos anteriores na área atestam que a logística reversa trata do processo de 
planejamento, implantação e controle da eficiência, do custo efetivo do fluxo de matérias-
primas, estoques de processo, produtos acabados e as respectivas informações, 
desde o ponto de consumo até o ponto de origem, com o propósito de recapturar valor 
ou adequar o seu destino. Depreende-se que logística reversa pode ser entendida como 
um termo utilizado para referir-se à logística na reciclagem, descarte e gerenciamento 
de materiais contaminantes que, numa perspectiva mais ampla, inclui atividades 
logísticas de redução de emissão, reciclagem, substituição, reutilização de materiais e 
descarte. 
Observa-se que habilidades também estão relacionadas à aplicação do gerenciamento, 
na qual a logística reversa faz parte. Segundo o Council of Logistics Management – 
CLM (1993), “Logística reversa é um amplo termo relacionado às habilidades e 
atividades envolvidas no gerenciamento de redução, movimentação e disposição de 
resíduos de produtos e embalagens”. Corroborando-se também que o controle da 
eficiência e do custo é necessário na produção do processo da logística reversa. 
A aplicabilidade da logística reversa é apontada por meios como a sustentabilidade, que é 
um assunto em voga nos dias atuais, decorrido da preocupação com o futuro do ambiente 
em que se vive. De acordo com RODRIGUES et al. (2002): 
 
 “Volume de resíduos sólidos que vem aumentando significativamente, as 
matérias-primas que se tornam menos abundante e a crescente 
conscientização da população quanto à preservação do meio ambiente e o 
desperdício, são alguns desses fatores que impulsionam a Logística Reversa.” 
(RODRIGUES et al. (2002)). 
 
A presença da legislação que rege todo o procedimento legal da logística reversa, sendo 
da responsabilidade do gerador do resíduo buscar medidas de reciclagem e reutilização 
do material, que antes não tinha um destino correto. “A ideia de que a cadeia industrial 
de produtos que, de certa forma, agridem o ambiente, deva se responsabilizar pelo que 
acontece com os mesmos após o seu uso original” (LEITE (1998), apud CAMPOS E 
MACEDO (2013)). 
Pode-se destacar a presença da logística reversa predominantemente nos planos 
de gerenciamento de RCC, que é indispensável, em três cidades brasileiras, a saber: 
Belém/PA, São Carlos/SP e Passo Fundo/RS. Ressaltando-se que, apesar de ser o 
mesmo tema de avaliação para as três cidades analisadas, obtiveram-se resultados 
diferentes. Em Belém foi coletado que a valorização da logística reversa é mínima. 
FARIAS E NEVES (2010) afirmam que, apesar de constar no Plano Diretor da cidade de 
Belém a necessidade de desenvolvimento de planos de Gestão de RCC, observa-se que 
ainda é incipiente a preocupação do poder público, das empresas e da população no 
que se refere às problemáticas sociais e ambientais resultantes da gestão 
inadequada destes resíduos. 
O oposto da realidade de Belém é a cidade de São Carlos/SP, na qual a 
valorização da logística reversa é favorável à criação de materiais alternativos derivados 
da reciclagem do RCD, por meio da elaboração e implantação de projetos 
 
ANAIS DO 56º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2014 – 56CBC 5 
desenvolvidos pelo processo da própria logística reversa. Segundo FAGURY E 
GRANDE (2007), a realização de projetos que objetivam à otimização dos custos de 
determinados produtos (blocos, canaletas, sub- base para pavimentação, etc.) por meio 
da utilização do RCD se tornou uma realidade a partir da implementação da usina de 
reciclagem da cidade de São Carlos/SP. 
Foi realizado, em Passo Fundo/RS, um estudo aprofundado para fazer um levantamento 
do modo e local onde são depositados os RCD’s, verificando-se a falta de controle no 
gerenciamento. De acordo com a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul 
– PUCRS (2009), observou-se, a partir do diagnóstico realizado, que há uma 
preocupação do poder público, como também dos proprietários das empresas 
coletoras, para se adequar à legislação vigente. Por outro lado, verificou-se a falta 
de controle das destinações finais por parte dos geradores, coletores e 
administradores municipais. 
 
3. Metodologia 
A metodologia adotada pela pesquisa é exploratória no sentido de buscar conhecer com 
maior profundidade o assunto. Inicialmente foi utilizada pesquisa bibliográfica que permite 
ao investigador se utilizar de informações necessárias à condução da pesquisa de 
origem secundária, seguido de análise de conteúdo. O estudo caracteriza-se ainda 
como sendo de abordagem qualitativa e estudo de caso. 
Foi alvo de estudos por parte do presente artigo, uma usina de processamento de 
resíduos, situada na cidade de São Gonçalo do Amarante, estado do Rio Grande do 
Norte, cujo objetivo é processar o material “classe A” do setor construtivo. Para este 
estudo, a usina será chamada de “usina alfa”. 
 
4. Análises e Discussões 
4.1 Caracterização da Usina 
A usina alfa, selecionada para o estudo do mapeamento da logística reversa, é uma 
empresa de reciclagem com especialidade em atender o material da classe A do setor 
construtivo. Localizada no município de São Gonçalo do Amarante. Além disso, a usina 
presta outros serviços como aluguel de máquinas retroescavadeiras e encarregadeiras, 
andaimes, aterro e venda da madeira (classe B) para as indústrias cerâmicas. Já 
que essas utilizam matas nativas para a produção do fogo que atuam na queima 
da cerâmica, a madeira é adquirida por meio da separação do entulho. A usina alfa 
adentra no mercado especializado quando se trabalhava apenas com as de entulho 
responsável por transportar os resíduos até os aterros sanitários. Como a preocupação 
é dar a destinação correta aesse resíduo, junto com novas tecnologias, criou-se a 
primeira usina de reciclagem do Rio Grande do Norte, hoje com capacidade de processar 
até 80 toneladas por hora. 
 
 
 
 
 
ANAIS DO 56º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2014 – 56CBC 6 
4.2 Mapeamento 
O processo da logística reversa tem início no transporte do resíduo até a usina, no qual 
é feito a separação pelos catadores dividindo-os de acordo com as classificações 
da resolução 307 do CONAMA. O mapeamento da logística reversa percebida pela 
usina alfa está demonstrado na Figura 1. 
 
Figura 1 – Mapeamento da logística reversa da empresa alfa 
Os resíduos da classe A, que é sua especialidade, é separado da classe B que é 
acondicionado e levado para a sua respectiva usina; separado da classe C que é 
acondicionado e transportado até as fábricas de cimento do RN; e por fim separado da 
classe D que é transportado para a usina especializada em atender suas restrições. 
Ficando apenas com a classe A, que através de uma pá encarregadeira é levado para o 
alimentador vibratório, uma espécie de esteira, logo em seguida é posto no britador, no 
qual sua granulometria (medida dos grãos) é controlada de acordo com o material que se 
quer obter ( Bica corrida, pedra rachão, brita, areia reciclada, etc). 
A partir disso é produzido o que se pode conceituar de material alternativo, que possui a 
proposta de reduzir a extração de recursos naturais e energia para a fabricação 
do material convencional, como também por meio da logística reversa, um novo 
destino nos resíduos que iriam para aterros sanitários. Os resultados coadunam 
com o que fora observado por FAGURY E GRANDE (2007) e FARIAS E NEVES 
(2010) em seus estudos sobre a temática nas cidades de São Carlos/SP e 
Belém/PA, respectivamente. 
 
 
 
 
 
ANAIS DO 56º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2014 – 56CBC 7 
5. Considerações Finais 
Diante do exposto observou-se que a logística reversa é um meio de serviço que exerce 
uma pratica sustentável promovendo, consequentemente, desenvolvimento social, já que 
permite produzirem materiais alternativos que substituem o convencional. No caso 
desta pesquisa, o resíduo é proveniente do setor construtivo, que por meio da logística 
reversa, esse resíduo pode voltar para o mesmo setor como um novo material. Agregados 
reciclados são uma boa sugestão, pois reduz a extração da matéria prima oriunda 
das rochas que formam os agregados naturais processados nas jazidas, como 
também reduz a energia gasta em todo processo de preparação da matéria prima. 
Qualquer outro material em que seja aplicada a logística reversa será relevante 
para o desenvolvimento sustentável, social, econômico e político de uma nação. 
Objetivando o levantamento de dados da logística reversa nas usinas de 
reciclagem, a pesquisa verificou o processo e as diversas fases dessa implantação, com 
isso selecionou-se uma usina alfa, na qual se realizou um mapeamento com a função 
de identificar e discutir cada fase que constituí todo o ciclo da logística reversa. 
Pode-se concluir que a aplicação da logística reversa em empresas que geram resíduos 
do setor construtivo são formas alternativas de sustentabilidade como a redução da 
extração de recursos naturais, diminuição de gastos energéticos, redução das emissões 
de gás carbônico, dentre outros. 
É oportuno dizer que a pesquisa tem continuidade, pois consiste em propostas futuras e 
viáveis, tendo-se em vista como próximos passos, a realização de ensaios com os 
agregados provenientes do processo da logística reversa e em seguida a produção de 
corpos de provas de concretos com esse material, analisando-se assim sua resistência, 
durabilidade e plasticidade em relação ao concreto convencional. 
 
6. Referências 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR: 15.115/04: Agregados 
reciclados de resíduos sólidos da construção civil: Execução de camadas de 
pavimentação: Procedimentos. Rio de Janeiro, 2004. 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13463/95: Coleta de 
resíduos sólidos: Classificação. Rio de Janeiro, 1995. 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15.113/04: Resíduos 
sólidos da construção civil e resíduos inertes: Aterros: Diretrizes para projeto, 
implantação e operação. Rio de Janeiro, 2004. 
 
BRASIL. LEI FEDERAL DE Nº 12.305, de 2 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional 
de Resíduos Sólidos. Disponível em: < 
http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=636 >. Acesso em: 14 nov. 
2013. 
 
 
ANAIS DO 56º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2014 – 56CBC 8 
BRASIL. DECRETO FEDERAL de Nº 7.404, de 23 de dezembro de 2010. Regulamenta a 
Lei 12.305 que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Disponível em: < 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/Decreto/D7404.htm>. Acesso 
em: 14 nov. 2013. 
 
CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE. Resolução de n° 307: Estabelece 
diretrizes, critérios e procedimentos para gestão de resíduos na construção civil. 
Brasil, 2002. 
 
FAGURY, Samir Costa; GRANDE, Fernando Mazzeo. Gestão de Resíduos de 
Construção e Demolição (RCD) - aspectos gerais da gestão pública São Carlos/SP. 
Exacta, São Paulo, v.5, n.1, p. 35-45, jan./jun. 2007. 
 
FARIAS, Glorgia Barbosa De lima; NEVES, Leonardi Araújo. Análise Preliminar da 
Gestão dos Resíduos de Construção Civil em duas empresas Contrutoras. In: Anais 
do Congresso Brasileiro do Concreto, 52. , 2010, Belém. 
 
Gestão diferenciada de resíduos da construção civil: uma abordagem ambiental 
[recurso eletrônico] / Luisete Andreis Karpinsk... [et al.]. – Dados eletrônicos. – 
Porto Alegre: Edipucrs, 2009.p. 163. 
 
LEITE, Paulo Roberto. Logística reversa: Nova área da logística empresarial in: 
Revista Tecnologística, São Paulo: Publicare, 2002. 
 
RAMOS,Rogério.Definições de Logística Reversa. Disponível mem:< 
http://www.infoescola.com/administracao_/definicoes-de-logistica-reversa/> .Acesso em : 
12 nov. 2013. 
 
RODRIGUES, Déborah Francisco et al. Logística Reversa: Conceitos e componentes 
do sistema. In: XXII Encontro Nacional de Engenharia de Produção. 2002, 
Curitiba/PR. Disponível em: < 
http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2002_Tr11_0543.pdf> . Acesso em: 12 nov. 
2013. 
 
SUZUKI, Rosimeire; REINALDO,Ruy. Série de Publicações Temáticas do CREA-
PR: Guia para Elaboração de Projeto de Gerenciamento de Resíduos da Construção 
Civil. Paraná: CREA-PR.

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