Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS DEPARTAMENTO DE FÍSICA Manual de Laboratório de Física Experimental II Profa. Hatsumi Mukai e Prof. Paulo R. G. Fernandes agosto/2018 O presente manual de Física Experimental II é uma continuação do Manual de Laboratório de Física Experimental I. Os Capítulos de 09 a 17 são conteúdos referentes às ementas das componentes curriculares de Física Experimental II e Laboratório de Física Experimental II, ofertadas pelo DFI. Nesse semestre, os pré-requisitos são: o conhecimento de confecção de relatório (Capítulo I); medidas e erros (Capítulo 2); confecção, linearização e interpretação de gráficos (Capítulos 3 e 4). Os conteúdos que serão tratados nesse manual são referentes a Oscilações, Ondas, e Termodinâmica. Inicia-se com os experimentos de Pêndulo Simples e de Pêndulo Físico, abordando o Movimento Harmônico Simples e o Movimento Harmônico Amortecido. Posteriormente, é abordada uma forma experimental de se obter o valor numérico da constante elástica de molas (caso estático - sem oscilação) e a equação da constante elástica para o caso dinâmico (com oscilação) em um sistema massa-mola. A partir daí, passa-se ao experimento de cordas vibrantes (adaptação do experimento de Melde), onde se estuda o princípio de superposição de uma onda mecânica transversal. Em seguida, é apresentado como determinar a velocidade do som no ar utilizando um tubo de Kundt. Terminando este conteúdo, iniciam-se os experimentos referentes à Termodinâmica. A lei zero da termodinâmica é explorada, juntamente com a abordagem dos conceitos de temperatura e de equilíbrio térmico no experimento realizado com um termômetro a gás a volume constante, para obter o zero absoluto pelo processo de extrapolação e a constante dos gases ideais. Aborda-se, posteriormente, o fenômeno da dilatação linear para obter experimentalmente, o coeficiente de dilatação linear de diferentes materiais. Neste experimento também é apresentado o uso de novos equipamentos, como o de um manômetro de pressão e um sensor de temperatura, o PT100. A determinação experimental do Número de Avogadro é o assunto do próximo capítulo. Sendo esta, uma grandeza importante dentro da teoria cinética dos gases. Este é obtido utilizando o método de Langmuir para o ácido oléico. A partir daí, apresenta-se o experimento de calorimetria, explorando os conceitos da Lei de conservação de energia, e o efeito Joule para obter a capacidade térmica de um calorímetro e o calor específico de um óleo vegetal. E, por fim, mas não menos importante, apresenta-se um experimento abordando máquinas térmicas para obter o rendimento real, o de Carnot, explorando a primeira e a segunda leis da termodinâmica. Os créditos aos proponentes de cada experimento estão no próprio capítulo. Os autores Manual de Laboratório – Física Experimental II - Hatsumi Mukai e Paulo Ricardo Garcia Fernandes - 2018 89 89 Movimento Periódico e Oscilação O estudo, de movimentos periódicos e oscilatórios, nos conduziu a uma evolução científica e tecnológica como a invenção dos relógios mecânicos, determinação com precisão da primeira medição da aceleração gravitacional, comprovação científica da rotação da Terra, relógio biológico (ritmo circadiano1), entre outros. O movimento periódico é caracterizado por uma grandeza denominada período. Sendo o período o tempo gasto para completar um ciclo completo quando sua posição se repete em intervalos de tempos iguais. Enquanto que, o movimento oscilatório como o próprio nome diz, é caracterizado por um corpo que oscila e, tal movimento deve ser em torno de um ponto de equilíbrio. Quando se une os dois conceitos, temos o que é denominado de movimento harmônico. Este na sua forma mais simples, é representada pela equação: )cos()( φωθ += tAt , onde A é a amplitude máxima, ω a frequência angular e fase inicial, grandezas. Quando estas se mantêm constante durante o movimento oscilatório, este é denominado Movimento Harmônico Simples (MHS). No caso em que no tempo total de oscilação, a amplitude vai diminuindo até cessar, temos o Movimento Harmônico Amortecido (MHA). E a equação do deslocamento é dada por: )cos()( 2 φωθ += − tAet tm b . Nesta equação, b é a constante relacionada à intensidade da força resistiva ( vbF −= ) e é válida quando mkb 4< (a força de resistência é pequena quando comparada a força restauradora) e a constante k está relacionada à força restauradora. Temos ainda, que a força resistiva depende da velocidade ( v ) no meio. Apresentamos a seguir alguns experimentos abrangendo movimentos com oscilação e periodicidade. Estes são: Pêndulo Simples e Pêndulo Físico, neste capítulo, e Sistema massa-mola, no próximo capítulo (Capítulo 10). Além desses experimentos, podemos incluir o MCU estudado no Capítulo 6, embora lá não se tenha explorado estes conceitos no experimento. Nos experimentos dos Pêndulos, veremos que para pequenas amplitudes ( )15o≤θ , em relação ao comprimento do fio L, vale relação θθ ≅sen , onde θ é a posição angular inicial de liberação da 1 Ritmo circadiano ou ciclo circadiano (do latim circa cerca de + diem dia) designa o período de aproximadamente 24 horas baseado no ciclo biológico de quase todos os seres vivos. É influenciado principalmente pela variação de luz, temperatura, marés e ventos entre o dia e a noite. O ritmo circadiano regula todos os ritmos materiais bem como muitos dos ritmos psicológicos do corpo humano, com influência sobre, por exemplo, a digestão ou o estado de vigília e sono, a renovação das células e o controle da temperatura do organismo. Site: [http://pt.wikipedia.org/wiki/Ritmo_circadiano]. Capítulo 9 Manual de Laboratório – Física Experimental II - Hatsumi Mukai e Paulo Ricardo Garcia Fernandes - 2018 90 90 massa pendular, e a equação de movimento é dada em termos da posição angular como )cos()( φωθ += tAt ou )()( φωθ += tAsent . Iremos explorar, no caso do pêndulo simples, ambas as situações: MHS e MHA. PARTE 1: PÊNDULO SIMPLES Um pêndulo simples se define como uma massa suspensa (m) por um fio inextensível, de comprimento L e massa desprezível em relação ao valor de m. Quando a massa é deslocada para uma posição θ (ângulo que o fio faz com a vertical) e liberada (velocidade inicial zero), o pêndulo começa a oscilar. O caminho percorrido pela massa suspensa é chamado de arco. O período de oscilação que vamos chamar de T é o tempo necessário para a massa passar duas vezes consecutivas pelo mesmo ponto, movendo-se na mesma direção, isto é, o tempo que a massa leva para sair de um ponto e voltar ao mesmo ponto percorrendo o mesmo arco. O pêndulo descreve uma trajetória circular; um arco de circunferência de raio L. Estudaremos o movimento do pêndulo segundo a direção radial e a tangencial ao arco da curva. Na ausência de forças dissipativas (ou quando estas são desprezíveis), as forças que agem sobre o corpo de massa m são apenas duas: a força peso, de módulo mg , vertical para baixo e a ação da tração no fio, de módulo T, direção radial e apontado para o centro do arco de circunferência de raio L - indicados na Figura 9.1. PARTE 1A: MOVIMENTO HARMÔNICO SIMPLES (MHS) yP r Figura 9.1 – Representação esquemática de um pêndulo simples. No diagrama as grandezasT r , P r são tração e força peso, L o comprimento até o centro de massa do corpo, θ a amplitude inicial; Figura feita pela autora. L θ P r T r xP r Manual de Laboratório – Física Experimental II - HatsumiMukai e Paulo Ricardo Garcia Fernandes - 2018 91 91 O movimento oscilatório ocorre na direção tangencial ao arco da curva, que denominamos de x. A segunda lei de Newton2 permite escrever: xx maF = , (9.2) nesta direção, temos somente a componente x da força peso (no caso, esta é uma força restauradora, em relação a posição de equilíbrio, surgindo assim um sinal negativo). Portanto, a equação (9.2) fica escrita como: xx maP =− . (9.3) Na ilustração (Fig. 9.1), as componentes da força peso segundo as direções radial e tangencial são dadas por: Direção radial : cosyP mg θ= , (9.4a) Direção tangencial : xP mg senθ= . (9.4b) Substituindo a Equação (9.4b) na Equação (9.3), ficamos com: xmamgsen =− θ . A aceleração pode ser escrita em termos da velocidade da seguinte forma: dt d aa tx |v| r == . Sendo, R v ω= , onde nesse caso R = L (comprimento do fio), obtemos: 2 2 dt dL dt dRaa tx θω === e ficamos com a seguinte equação: θθ mgsen dt d mL −=2 2 , ou: 0sen2 2 =+ θθ L g dt d . (9.5) Oscilações de pequena amplitude Desenvolvendo o θsen da Eq. (9.5) em série de Taylor temos: ........ !7!5!3 sen 753 +−+−= θθθθθ (ângulo em radianos). Quando o ângulo de oscilação (amplitude) do pêndulo é pequeno ( 015 ≤θ ), temos que θθ ≅sen , pois os outros termos serão menores ainda e podemos desprezá-los. Dessa forma, o pêndulo descreverá oscilações harmônicas descritas pela equação diferencial (Eq. 9.6): 2 Lembrando sempre que as leis de Newton são aplicáveis em referenciais inerciais. Manual de Laboratório – Física Experimental II - Hatsumi Mukai e Paulo Ricardo Garcia Fernandes - 2018 92 92 02 2 =+ θθ L g dt d , (9.6) cuja solução pode ser: ) ( cos)( max φωθθ += tt . Substituindo esta solução, e a sua derivada segunda na equação diferencial, temos que esta solução somente é válida quando: L g 2 =ω . Uma vez que a frequência angular é dada por T pi ω 2 = , temos que o período de oscilação do pêndulo será, portanto: g LT pi2= . (9.7) Uma forma alternativa de obter a Equação (9.7) é por meio dos conceitos de torque e momento de inércia. O torque é definido como: r Fτ = × rr r , seu módulo é dado por: rFsenτ θ= , (9.8) em que: r=L, e F=-P (força restauradora), e θ o ângulo entre L e P. Lembrando ainda, que a segunda lei de Newton para movimento em rotação é dada por: Iτ α= . Substituindo todas essas informações na Equação (9.8) ficamos com: I Lmgsenα θ= − . Como: 2 2 d dt θ α = e senθ θ≅ para ângulos pequenos, então: 2 2 dI Lmg dt θ θ= − ⇒ 2 2 0 d Lmg dt I θ θ+ = , (9.9) que possui como solução: ) ( cos)( max φωθθ += tt . Substituindo )(tθ e sua derivada segunda ( ) ( cos2max2 2 φωωθθ +−= t dt d ) na equação diferencial (Equação 9.9), obtém-se que: I Lmg 2 =ω . Como T pi ω 2 = , o período de oscilação do pêndulo será, Lmg IT pi2= . Como o momento de Inércia de um pêndulo simples é dado por 2I mL= . Recaímos na Equação (9.7): .2 g LT pi= Manual de Laboratório – Física Experimental II - Hatsumi Mukai e Paulo Ricardo Garcia Fernandes - 2018 93 93 Glossário L x rad =⇒= )( Raio ArcoÂngulo θ (para ângulos pequenos) =θ ângulo de oscilação, sendo também a amplitude. T pi ω 2 = = velocidade angular ou frequência angular T = período de oscilação = tempo necessário para uma oscilação completa T 1 =ν = frequência (expressa em Hz quando T é expresso em segundos) EXPERIMENTO 9.1: PÊNDULO SIMPLES - MHS OBJETIVOS: - Verificar a dependência da massa e do ângulo de liberação da massa no período. - Obter experimentalmente a equação geral para o período de oscilação de um pêndulo simples para pequenas amplitudes; - Determinar a aceleração da gravidade local; MATERIAIS UTILIZADOS: • Massa pendular; • Fio de suspensão; • Cronômetro; • Trena; • Fita adesiva; • Transferidor meia lua; • Balança; • Suporte na parede. MONTAGEM EXPERIMENTAL Adote um comprimento de fio em torno de 3 m. Amarre uma das extremidades do fio na massa pendular (m – Figura 9.2 (3)), a outra extremidade passe pelo orifício do suporte (Figura 9.2 item (2)) que se encontra na parede (Fig. 9.2 (1)). Use o sistema de deslizamento do fio (Fig. 9.2 (5)) no orifício do suporte para controlar o comprimento do fio. Fixe o comprimento do fio (L) a partir do suporte até a posição do centro de massa do corpo pendular, e fixe a Manual de Laboratório – Física Experimental II - Hatsumi Mukai e Paulo Ricardo Garcia Fernandes - 2018 94 94 extremidade livre do fio com fita adesiva na parede, tal que o fio não deslize no seu suporte. Figura 9.2 – Figura esquemática (visão lateral) da montagem experimental de um pêndulo simples na posição de equilíbrio e L o raio da trajetória. Tem-se ainda que: (1) a parede, (2) suporte pendular; (3) fio; (4) massa pendular e (5) extensão do fio para o sistema de deslizamento para controle do comprimento do fio. Figura elaborada pela autora. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL: 1. Para verificar a dependência do ângulo de liberação e da massa no período de oscilação, divida a turma em 4 equipes ou mais, dependendendo do número de alunos e suportes disponíveis, cada equipe escolhe um ângulo θ e uma massa pendular de valor diferente, bem como somente um valor de comprimento (L) igual a todas as equipes (100,00 cm), as demais medidas de comprimentos devem diferir entre as equipes; 2. Anotem esses valores pré-determinados no quadro, e sigam o seguinte procedimento: a. Ajuste o comprimento do fio do pêndulo de modo que tenha a medida pré-determinada da ponta do fio ao centro de massa da massa pendular (L indicado na Figura 9.2); b. Marque com uma fita adesiva o ângulo (θ), aferida com um transferidor, obedecendo à relação de que este ângulo não deve ser maior do que 15,0 º a partir da posição de equilíbrio; 5 3 2 1 L 4 Manual de Laboratório – Física Experimental II - Hatsumi Mukai e Paulo Ricardo Garcia Fernandes - 2018 95 95 c. Para a realização do experimento, desloca-se a massa pendular da posição de equilíbrio (mantenha o fio paralelo a parede), até o ângulo θ e libera-se a massa (v0 = 0,00 cm/s, sem impulso) e meça o tempo de 10 períodos, repetindo esta operação 3 vezes para cada comprimento L do fio; Utilize 5 diferentes comprimentos para L, sendo um dos comprimentos igual a de todas as equipes; d. Anotem os resultados nas Tabelas 9.1. DADOS OBTIDOS EXPERIMENTALMENTE: Neste item são apresentados os dados experimentais aferidos por cada equipe. A sugestão é que cada equipe transcreva no quadro os dados experimentais da sua tabela, dando acesso para todos os demais colegas. Estes resultados devem ser apresentados nas Tabelas 9.1 (a) a 9.1 (d). Tabela 9.1 (a): Dados Obtidos Experimentalmente dos tempos (ti) em segundos, para cada comprimento (L) em cm, ângulo de liberação (θ) em graus e massa pendular (m) em g – Equipe 1. L(cm) t1 (s) t2 (s) t3 (s) =θ m = Tabela 9.1 (b): Dados Obtidos Experimentalmentedos tempos (ti) em segundos, para cada comprimento (L) em cm, ângulo de liberação (θ) em graus e massa pendular (m) em g – Equipe 2 L(cm) t1 (s) t2 (s) t3 (s) =θ m = Manual de Laboratório – Física Experimental II - Hatsumi Mukai e Paulo Ricardo Garcia Fernandes - 2018 96 96 Tabela 9.1 (c): Dados Obtidos Experimentalmente dos tempos (ti) em segundos, para cada comprimento (L) em cm, ângulo de liberação (θ) em graus e massa pendular (m) em g – Equipe 3 L(cm) t1 (s) t2 (s) t3 (s) =θ m = Tabela 9.1 (d): Dados Obtidos Experimentalmente dos tempos (ti) em segundos, para cada comprimento (L) em cm, ângulo de liberação (θ) em graus e massa pendular (m) em g – Equipe 4 L(cm) t1 (s) t2 (s) t3 (s) =θ m = INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS: a) Calculem o tempo médio e o tempo de uma oscilação completa (1 período) e coloquem os resultados nas Tabelas 9.2 com seus respectivos desvios; Tabela 9.2 (a): Dados do Tempo médio e período médio, para =θ e m= L(cm) tm (s) Tm (s) Tabela 9.2 (b): Dados do Tempo médio e período médio, para =θ e m= L(cm) tm (s) Tm (s) Manual de Laboratório – Física Experimental II - Hatsumi Mukai e Paulo Ricardo Garcia Fernandes - 2018 97 97 Tabela 9.2 (c): Dados do Tempo médio e período médio, para =θ e m= L(cm) tm (s) Tm (s) Tabela 9.2 (d): Dados do Tempo médio e período médio, para =θ e m= L(cm) tm (s) Tm (s) b) Observando os dados do período para o comprimento de 100,00 cm, entre as Tabelas 9.2, o que vocês concluem em relação à dependência da massa e do ângulo de liberação da massa no período de oscilação? Justifique sua resposta. c) Escreva os dados do comprimento e do período, em ordem crescente do comprimento do fio, com seus respectivos desvios na Tabela 9.3. Para o comprimento de 100,00 cm faça a média do período entre as Tabelas 9.2. Lembrem-se de que são resultados de medidas experimentais, portanto devem ser representadas com seus respectivos desvios. Manual de Laboratório – Física Experimental II - Hatsumi Mukai e Paulo Ricardo Garcia Fernandes - 2018 98 98 Tabela 9.3 – Dados do comprimento do fio (L) em cm com seus respectivos períodos (T) em s. L(cm) T(s) d) A partir da Tabela 9.3, confeccione em papel milimetrado o gráfico T x L; e) Escreva uma relação entre o eixo das ordenadas, período (T), e o eixo das abcissas, o comprimento (L), o que é necessário se obter? f) Linearize se necessário, o gráfico T x L, determine os “termos” identificados no item (e) e escreva a equação do período com os valores encontrados; g) Obtenha a expressão geral do período para o pêndulo simples (válida para qualquer pêndulo simples); h) Considerando a equação geral do período obtida no item (g) e a equação final obtida no item (f), obtenha o valor da aceleração gravitacional, e compare com o valor existente na literatura científica em nível do mar à latitude de 45°, dada por: g = 980,6 65 cm/s² e determine o desvio percentual; i) Calcule quanto deveria ser a aceleração gravitacional em Maringá, por meio da expressão matemática apresentada pela National Physical Laboratory [9]: HBsenAseng 622 10086,3)21(7803184,9 −−−+= ϕϕ , onde: A e B são constantes adimensionais obtidos experimentalmente (A=0,0053024 e Manual de Laboratório – Física Experimental II - Hatsumi Mukai e Paulo Ricardo Garcia Fernandes - 2018 99 99 B=0,0000059), φ o valor da Latitude e H a altitude local acima do nível do mar em metros. Compare o resultado aqui obtido com ambos os resultados: a obtida experimentalmente bem como com a padrão utilizada na literatura científica citada no item (h). j) Confira o resultado do item (i) com o obtido no site3: http://www.ptb.de/cartoweb3/SISproject.php . ANÁLISE DOS RESULTADOS: CONCLUSÃO (ÕES): • PARTE 1B: MOVIMENTO HARMÔNICO AMORTECIDO (MHA) No caso do MHA, a atuação da força de atrito (força resistiva) da massa pendular com o meio por um tempo mais longo, faz com que a amplitude de oscilação do pêndulo simples diminua com o tempo. E, a sua amplitude obedeça uma função que diminui com o tempo (Figura 9.3): 3 A. Lindau, Gravity Information System of PIB, Physikalisch-Technische Bundesanstalt, Braunscheweig, Germany, 2007. Manual de Laboratório – Física Experimental II - Hatsumi Mukai e Paulo Ricardo Garcia Fernandes - 2018 100 10 Figura 9.3: Esboço de um gráfico da Amplitude (θ) versus tempo (t) para a função exponencial (em verde), senoidal (em azul) e movimento amortecido (em vermelho), Figura adaptada da referência http://ctborracha.com/?page_id=1189 Na Figura 9.3, pode se observar que quando o movimento é harmônico simples, a oscilação se apresenta de forma repetitiva com mesma amplitude, e quando esta oscilação é afetada pela função exponencial, a amplitude vai diminuindo, indicando o movimento harmônico amortecido. Obtenção da equação da amplitude em função do tempo: A força de atrito do corpo oscilante com o meio é diretamente proporcional a velocidade com que o corpo se move neste meio: vbFA −= , sendo b a constante de amortecimento (ou coeficiente de resistividade do meio) que depende das características do sistema. Como: dt dL dt Ld θθ === )( dt dS v , então: dt dbLFA θ −= . Vimos que a componente tangencial da força no pêndulo simples é dada por θmgFt −= para ângulos pequenos. Substituindo FA e Ft na segunda lei de Newton: 2 2 dt d mLmaFF tA θ ==+ , ficando com: 2 2 dt d mLmg dt dbL θθθ =−− ; Reescrevendo esta equação da seguinte forma: )10.9(,02 2 =++ θθθ L g dt d m b dt d Manual de Laboratório – Física Experimental II - Hatsumi Mukai e Paulo Ricardo Garcia Fernandes - 2018 101 10 definindo m b =γ e L g =ω , temos a seguinte equação diferencial: 022 2 =++ θωθγθ dt d dt d . A solução para esta equação envolve uma função exponencial (indicada na Figura 9.3): )cos()( 2max φωθθ γ += − tet t . Desta equação temos que a amplitude é dada por )11.9()( 2max t etA γ θ − = Caso o atrito fosse nulo, então 0=γ , e recairíamos na equação diferencial do MHS. Aplicando logaritmo neperiano na Equação (9.11), ficamos com: tA 2 lnln max γθ −= . Portanto a inclinação da reta em papel monolog4 de ln A x t, nos fornece o valor de 2/γ− . E, obtendo o valor de γ , podemos obter o valor da resistividade do meio (b). EXPERIMENTO 9.2 – PÊNDULO SIMPLES - MHA OBJETIVOS: - Obter o coeficiente de resistividade (b) entre a massa pendular e o meio (ar); - Aprender a confeccionar e interpretar um gráfico na escala monolog; MATERIAIS UTILIZADOS: • Massa pendular; • Fio de suspensão; • Cronômetro; • Trena; • Fita adesiva; • Transferidor; • Balança; • Suporte na parede. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL: 4 Se utilizar o papel monolog da sala de aula, lembre-se que este é na base 10 e não na base e, deve se realizara conversão no resultado obtido. Manual de Laboratório – Física Experimental II - Hatsumi Mukai e Paulo Ricardo Garcia Fernandes - 2018 102 10 1. Com o auxílio do transferidor e lápis ou caneta de quadro branco (para paredes com azulejos) ou fita adesiva (para paredes comuns), marque na parede ângulos de 5 em 5 graus até 20o, a partir do centro do suporte (posição de equilíbrio da massa pendular), devidamente alinhado; 2. Adote um fio de comprimento de aproximadamente 3,0 m, e amarre uma de suas extremidades na massa pendular; 3. Passe a outra extremidade do fio no furo do suporte, regule o comprimento em torno de 2,5 m e fixe esta extremidade do fio em algum objeto da parede, ou com uma fita adesiva (Figura 9.2); 4. Pegue o pincel de quadro branco e pinte parte do fio, perto da massa pendular, para dar um contraste em relação a parede que é branca; 5. Desloque a massa pendular até o ângulo de 20o marcado na parede; 6. Ao liberar a massa (sem impulso, e paralelo a parede) acione o cronômetro (t0 =0,00 s); 7. Quando a amplitude diminuir para 15o, anote o primeiro tempo. (Não trave o cronômetro no botão da direita, use a função em que trava para fazer a leitura, mas este deve continuar marcando o tempo, que é o botão a esquerda. Aperte uma vez ele trava para ler, e depois aperte outra vez para liberar); 8. Repita o procedimento do item 7, para as amplitudes de 10 e 5 graus. Afira o valor da massa pendular e anote o comprimento do fio L, do suporte até o seu centro de massa. 9. Anotem os dados na Tabela 9.4; DADOS OBTIDOS EXPERIMENTALMENTE: Os dados da amplitude em graus variando de 20,0 a 5,0 graus de cinco em cinco graus, e os respectivos tempos de oscilação. Bem como os respectivos desvios, estão apresentados na Tabela 9.4. Tabela 9.4: Dados da Amplitude em graus e do tempo para cada amplitude; A (graus) = θ(o) t (min e segundos) Anote o valor da massa m (Kg) e do comprimento do fio (L) em metros, com os respectivos desvios: m = L = INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS: Manual de Laboratório – Física Experimental II - Hatsumi Mukai e Paulo Ricardo Garcia Fernandes - 2018 103 10 Transforme o tempo da Tabela 9.4 em segundos e anote na Tabela 9.5: Tabela 9.5: Dados da Amplitude em graus e do tempo para cada amplitude. A (graus) = θ(o) t (s) a. Confeccione o gráfico da Amplitude (A) versus tempo t(s); b. Que tipo de comportamento forneceu o gráfico? c. Confeccione o gráfico em papel monolog de ln A x t; d. Obtenha a inclinação da reta, e obtenha o coeficiente de resistividade (b). ANÁLISE DOS RESULTADOS: CONCLUSÃO (ÕES): PARTE 2: PÊNDULO FÍSICO O Pêndulo Físico é um equipamento por um corpo que oscila em relação a um ponto de equilíbrio. No nosso caso adotaremos uma barra homogênea que oscila em torno de um ponto centrado em uma de suas extremidades (Figura 9.4). Figura 9.4: Desenho esquemático de um pêndulo físico em formato de uma barra. Figura elaborada pela autora. Momento de Inércia de uma barra homogênea cujo eixo de rotação encontra-se centralizado em uma das extremidades: θ P r x Manual de Laboratório – Física Experimental II - Hatsumi Mukai e Paulo Ricardo Garcia Fernandes - 2018 104 10 Considerando a densidade linear, ao longo do eixo x: L M =λ ; Então em ∫= dmrI 2 , temos que dxdm λ= , tal que: ∫= L dxxI 0 2λ , portanto: 33 23 MLL L MI teórico == [Kg m2] ou [g cm2]. (9.12) Para o experimento: Utilizando a definição de torque: Fr rrr ×=τ , onde 2 || Lr =r a distância do eixo de rotação até onde atua a força que realiza o torque. Neste caso PF rr = . Sendo θ o ângulo entre rr e P r , obtém-se: θτ sen 2 PL−= ( o sinal negativo é devido estarmos trabalhando com uma força restauradora); Como ατ I= , onde 2 2 dt d θ α = , ficamos com: θθ sen 22 2 mgL dt dI −= . Para ângulos pequenos θθθ ≈<<⇒sen , e utilizando a seguinte notação: θθ &&=2 2 dt d , ficamos com a seguinte equação diferencial: 0 2 =+ θθ I mgL&& . Cuja solução é: )cos()( ϕωθ += tAt , derivando esta relação com relação ao tempo 2 vezes teremos (θ&& ). Assim, substituindo θ e θ&& na equação diferencial, ficamos com: I mgL 2 2 =ω . Como T pi ω 2 = , sendo T o período de oscilação, obtemos que: 2 2 .exp 8pi mgLTI = [kg m2], ou [g cm2]. (9.13) Substituindo o momento de Inércia da barra (Equação 9.12) na Equação (9.13): 2 22 83 pi mgLTmL = , tal que: 2 2 3 8 T Lg pi= . (9. 14) Manual de Laboratório – Física Experimental II - Hatsumi Mukai e Paulo Ricardo Garcia Fernandes - 2018 105 10 EXPERIMENTO 9.3 - PÊNDULO FÍSICO OBJETIVO: • Determinação da aceleração gravitacional via um Pêndulo Físico. MATERIAIS UTILIZADOS: • Barra de metal com suporte (Pêndulo Físico) • Cronômetro • Trena • Balança PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL: - Retire a barra do suporte; - Afira o comprimento da barra a partir de seu eixo de rotação; - Afira o valor da massa da barra; - Recoloque a barra no suporte; - Desloque a barra em um ângulo menor ou igual a 15o ; - Anote na Tabela 9.6, o tempo de 10 períodos; DADOS OBTIDOS EXPERIMENTALMENTE: Apresenta se na Tabela 9.6 os resultados dos tempos para 10 oscilações completas, da massa da barra (m) em Kilograma, do comprimento da barra (L) em metros e o ângulo de liberação da barra (θ) em relação a sua posição de equilíbrio em graus. Tabela 9.6 : Tabela dos dados experimentais para o pêndulo físico. t1 (s) t2 (s) t3 (s) m= L= θ= INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS: - Determine o período médio T e seu desvio, usando os dados da Tabela 9.6. Represente seu resultado como uma medida experimental; - Determine a aceleração gravitacional e seu desvio, represente como uma medida experimental; Manual de Laboratório – Física Experimental II - Hatsumi Mukai e Paulo Ricardo Garcia Fernandes - 2018 106 10 - Obtenha o desvio percentual; ANÁLISE DOS RESULTADOS CONCLUSÃO (ÕES) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS [1] D. Halliday, R. Resnick, J. Walker – Fundamentos de Física – Vol.1, 3ª Edição LTC Editora - (1998); [2] D. Halliday, R. Resnick, J. Walker – Fundamentos de Física – Vol.2, LTC Editora, 6a Edição, capítulo 16, página 79 (2002). [3] H. M. Nussenzveig – Curso de Física Básica – 1 – Mecânica – 3a Edição – Edgard Blücher Ltda – (1996); [4] H. Mukai e P. R. G. Fernandes, Manual de Laboratório de Física I e II/ DFI-UEM (2008 e 2013 a 2017). [5] H. Mukai, A. A. Savi e S. M. S. Stivari, Textos de aula de laboratório DFI/UEM 2009 a 2012. [6] P.Tipler – Física para Cientistas e Engenheiros – Vol 2 – Terceira Edição – LTC – Livros Técnicos e Científicos Editora S. A., página 86 (1995) e P. Tipler – 4a Edição – Vol 1- página 242 (1995). [7] D. Halliday, R. Resnick – Física = Vol.2 – 4a Edição – Editora LTC, cap. 15 – página 16 (1996). [8] A.; D. Priore Filho, J. B. G. Canalle, J. R. Marinho, M. R. do Valle Filho, Física Básica Experimental, 2aEdição, 1990. [9] L. G. Mezzalira, G. Moscati, J. M. E. Saffar,”Determinação alternativa da aceleração da gravidade” ENQUALAB-2006- Congresso e Feira da Qualidade em Metrologia Rede Metrológica do Estado de São Paulo – REMESP, SP, 2006; Manual de Laboratório – Física Experimental II- HatsumiMukai e Paulo Ricardo Garcia Fernandes - 2018 10710 OSCILAÇÕES MECÂNICAS: CONSTANTE ELÁSTICA1 Nos experimentos de Pêndulo Simples e Físico (Experimentos 9.1 a 9.3) exploramos entre outros, os conceitos de Movimento Harmônico Simples (MHS) (desprezando o atrito com o ar) e Movimento Harmônico Amortecido (MHA) (considerando o atrito com o ar). Entre as condições iniciais adotadas consideramos: velocidade inicial nula e o ângulo de deslocamento em relação a posição de equilíbrio pequeno ( o15≤θ ). Vimos que ambos os pêndulos possuem movimento periódico, e a força restauradora é devido à atuação da força da gravidade que faz com que a massa sempre retorne à sua posição de equilíbrio. Em um sistema massa-mola, este também realiza um MHS, não mais de forma angular, mas linear, )cos()( ϕω += tAtx , e que com o decorrer do tempo a amplitude do movimento diminui, sendo um MHA para o tempo total de movimento ( )cos()cos()()( 2 ϕωϕω +=+= − texttAtx tm b M ). Neste caso m K =ω , e mKb 4< , a força restauradora é dada pela lei de Hooke ( KxF −= ). No experimento de oscilações mecânicas o foco será o estudo das distensões lineares de molas helicoidais (movimento unidimensional) quando submetida a uma determinada força externa, EXTERNAF . As distensões, x∆ , dos materiais elásticos (e as molas se inserem nesse contexto) possuem em geral, uma relação não linear com a força externa aplicada. No entanto, a linearidade é obedecida até um determinado valor da EXTERNAF . Sendo assim, dentro do limite da 1 A proposta do experimento foi feita no DFI pelo Prof. Me. Arlindo Antonio Savi. E, depois adaptada pelos autores do presente texto. Capítulo 10 Manual de Laboratório – Física Experimental II- Hatsumi Mukai e Paulo Ricardo Garcia Fernandes - 2018 10810 linearidade, a relação entre a força, EXTERNAF , aplicada numa dada direção x de um material elástico, e a respectiva distensão (elongação) produzida nessa direção é do tipo xK ∆ , onde K é a constante de proporcionalidade entre a força aplicada e a distensão, e está relacionada à constante da mola. Analisando um material elástico na condição de equilíbrio, ou seja, a força de natureza elástica que atua no material terá a mesma intensidade e a mesma direção da força aplicada externamente, porém com o sentido oposto. Assim, a força elástica é expressa como: xKFELÁSTICA ∆−= , (10.1) onde o sinal negativo indica que a força elástica é uma força restauradora, pois ELÁSTICAF possui o sentido contrário ao da distensão x∆ . A equação (10.1) expressa uma lei dos materiais elásticos conhecida como Lei de Hooke na qual K é denominada de constante elástica do material. Considerando uma mola em espiral, feita de um material homogêneo e isotrópico, a Lei de Hooke (Eq. 10.1) expressará a relação entre a força elástica da mola e sua elongação (esticada ou comprimida). A constante elástica da mola, K, está relacionada com o módulo de rigidez e com a geometria da mola por intermédio da expressão2 (Vide dedução da equação no livro José Goldemberg- Física Geral e Experimental – Volume 1 – EDUSP – Página 494): 3 4 8 Mola fio N G K Φ Φ = , (10.2) onde: fioΦ o diâmetro do fio que constitui a mola; MolaΦ o diâmetro interno da espira; N é o número de espiras e G é o módulo de rigidez do fio. Manual de Laboratório – Física Experimental II- Hatsumi Mukai e Paulo Ricardo Garcia Fernandes - 2018 10910 Equações das Constantes Elásticas – Caso estático e dinâmico: Teoricamente aplicando a segunda lei de Newton, para o sistema apresentado esquematicamente na Figura 10.1, Figura 10.1 – Esquema do arranjo experimental utilizado para o estudo de constante elástica; F r elástica = força elástica; T r = força tensora; P r = força peso. Figura elaborada pela autora. As equações para a constante elástica para cada caso (estático e dinâmico) ficam na forma (obtenham essas equações – (10.3) e (10.4)): Caso estático (a=0): x mgkestático ∆ = (10.3) Caso dinâmico (a≠ 0) : 2 24 T mkdinâmico pi = (10.4) Sendo, m a massa suspensa que provocará a distensão ( x∆ ) após ser submetida a força peso, e na Eq. (10.4) T é o período de oscilação provocada por uma pequena força externa. 2 Para maiores detalhes, veja o livro: Mechanical Vibrations, Singiresu S. Rao, Addison-Wesley Publishing Company – 3rd edition-1995. pág. 27 – Gaço= 80 x 109 N/m2. P r F r elástica T r x T r x0 Manual de Laboratório – Física Experimental II- Hatsumi Mukai e Paulo Ricardo Garcia Fernandes - 2018 11011 PARTE EXPERIMENTAL Experimento 10 – CONSTANTE ELÁSTICA OBJETIVO GERAL: Explorar conceitos de Oscilações Mecânicas no sistema massa-mola experimentalmente, reforçando os conceitos de movimento harmônico simples e amortecido. MONTAGEM EXPERIMENTAL: O sistema é constituído de uma mola helicoidal, fixa em um suporte lateral (1) no trilho da Pasco e na outra extremidade possui um fio inextensível que passa por uma roldana (2) e suspende diferentes massas com valores controlados (Figura 10.2), e em (3) o parafuso para nivelar o trilho em relação à bancada. No caso estático a massa suspensa é a massa base (m0) somente para manter o fio esticado e paralelo ao trilho, equivalente a posição inicial (x0). No caso dinâmico toda a massa suspensa faz parte do sistema, e irá oscilar em torno do ponto de equilíbrio (x0). (1) Figura 10.2 – Foto do trilho da Pasco e seus componentes (1) suporte lateral, (2) roldana, (3) base para nivelar o trilho, e esquema do arranjo experimental utilizado para o estudo de constante elástica: (4) mola, (5) fio e (6) massa suspensa; (6) (4) (5) 1 (1) (2) (3) Manual de Laboratório – Física Experimental II- Hatsumi Mukai e Paulo Ricardo Garcia Fernandes - 2018 11111 PARTE I – PARTE ESTÁTICA PARTE I A: DETERMINAÇÃO DA CONSTANTE ELÁSTICA DAS MOLAS OBJETIVO ESPECÍFICO: Obter experimentalmente o valor da constante elástica de molas de diferentes comprimentos. MATERIAIS UTILIZADOS: - 3 molas helicoidais de mesmo diâmetro e comprimentos diferentes; - 1 paquímetro; - 1 régua; - massas de diferentes valores; - 1 clips para ser usado como porta massas; - 1 trilho da Pasco com suporte lateral e roldana ou 1 trilho da Azeheb com suporte lateral, roldana, e compressor de ar; - Fio inextensível; - Balança. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL: 1) Meça o comprimento das molas com o paquímetro (considere somente a parte em espiral), anote na Tabela 10.1 em ordem crescente; 2) Enumere as massas a serem suspensas, afira seus valores e anote as na Tabela 10.1; 3) Faça a montagem experimental representada na Figura 10.1, para mola 1; 4) Coloque uma pequena massa suspensa por um “clips”, tal que a mola fique em estado de equilíbrio (o mais reto possível, sem saliência para baixo)e anote a posição x0; 5) Adicione a primeira massa que provocará o deslocamento a partir do x0; 6) Meça x∆ =x-x0 e anote na Tabela 10.1; 7) Repita o processo para mais 3 massas suspensas de forma acumulativa, utilizando à mesma mola; Manual de Laboratório – Física Experimental II- Hatsumi Mukai e Paulo Ricardo Garcia Fernandes - 2018 11211 8) Repita os ítens 2 a 5 para as demais molas. DADOS OBTIDOS EXPERIMENTALMENTE: Apresenta-se na Tabela 10.1 os dados obtidos experimentalmente variando a massa suspensa para cada comprimento de mola. Tabela 10.1 – Dados experimentais para um comprimento de mola ( l ) e massas suspensas variáveis. ms massa suspensa, x∆ variação do deslocamento, com seus respectivos desvios; INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS: A partir da Tabela 10.1, obtenha os valores com os seus desvios da força peso e transcreva as demais grandezas. Tabela 10.2 – Valores dos comprimentos das molas, da força peso, variação do deslocamento com seus respectivos desvios. =l =l =l P ( ) ∆x ( ) ∆x ( ) ∆x ( ) g=980,665cm/s2 I.1 - Confeccione em uma única figura (Figura 10.3) o gráfico de P versus x∆ para os respectivos comprimentos (teremos 3 gráficos com inclinações diferentes), faça os devidos ajustes das retas. Para quem for utilizar o módulo de escala no eixo das abcissas, adote o maior valor entre as três colunas do deslocamento (∆x) para dividir o intervalo disponível no papel milimetrado (Equação 3.1). I.2 - Qual é a dimensão da constante de proporcionalidade, o que representa fisicamente no nosso sistema? I.3 - Determine os valores das constantes de proporcionalidade, compare seus resultados com os obtidos via Equação 10.3. =l =l =l m (g) ∆x(cm) ∆x(cm) ∆x(cm) Manual de Laboratório – Física Experimental II- Hatsumi Mukai e Paulo Ricardo Garcia Fernandes - 2018 11311 I.4 - Qual a relação matemática de proporção existente entre as 3 constantes elásticas? I.5 - Qual a relação entre o comprimento da mola e as constantes elásticas? Justifique. PARTE I B: DETERMINAÇÃO DO MODO DE RIGIDEZ DA MOLA OBJETIVO ESPECÍFICO: Obter o módulo de rigidez de uma mola a partir do valor de sua constante elástica, dos diâmetros do fio e da espira, e do número de espiras; MATERIAIS UTILIZADOS: - Paquímetro; - mola; PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL: 1. Selecione uma mola e conte o número de espiras, anote na Tabela 3. 2. Utilizando um paquímetro meça o diâmetro do fio, e o diâmetro interno da espira. Anote os dados na Tabela 3; DADOS OBTIDOS EXPERIMENTALMENTE: Na Tabela 10.3 apresenta-se os dados aferidos do número de espiras, diâmetro do fio, e diâmetro interno da espira. Tabela 10.3: Dados do número de espiras (N), diâmetro do fio ( fioΦ ) e diâmetro interno da espira ( molaΦ ). N= =Φ fio =Φ mola INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS: Utilizando a Equação (10.2) e o resultado da constante elástica da mola selecionada obtida na parte Ia, obtenha o valor do módulo de rigidez desta mola, e compare seu valor com o da literatura e identifique o material da mola; Manual de Laboratório – Física Experimental II- Hatsumi Mukai e Paulo Ricardo Garcia Fernandes - 2018 11411 ANÁLISE DOS RESULTADOS CONCLUSÃO PARTE II: CONSTANTE ELÁSTICA DA MOLA – CASO DINÂMICO OBJETIVOS ESPECÍFICOS: - Obter experimentalmente a equação da constante elástica de uma mola em oscilação. MATERIAIS UTILIZADOS: - 3 molas helicoidais de mesmo diâmetro e comprimentos diferentes; - 1 régua; - massas de diferentes valores; - 1 cllips para ser usado como porta massas; - 1 trilho da Pasco com suporte lateral e roldana ou 1 trilho da Azeheb com suporte lateral, roldana,e compressor de ar; - Fio inextensível; - Balança - Cronômetro PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL: PARTE II - A : COMPRIMENTO DA MOLA (l ) FIXO E MASSAS SUSPENSAS (M) VARIÁVEIS 1) Escolha uma mola, uma massa m, e monte o sistema da Figura 10.2; OBS: Lembre-se de anotar os valores das massas a serem suspensas (m). 2) Desloque o sistema da condição de equilíbrio (pequena força externa, faça uns testes antes, para que a mola não solte do suporte, e anote qual foi esse deslocamento para liberar da mesma posição nas repetições) e coloque-o para oscilar; 3) Com o auxílio de um cronômetro meça o tempo total para realizar 3 oscilações completas (1 período – processo de ida e volta); Repita o Manual de Laboratório – Física Experimental II- Hatsumi Mukai e Paulo Ricardo Garcia Fernandes - 2018 11511 procedimento mais 2 vezes. Anote os resultados na Tabela 10.4 4) Varie a massa m e repita o processo. Faça isso para 4 massas diferentes (cuidado para não deformar a mola por excesso de massa (m), não coloque mais do que 150 g no suporte); DADOS OBTIDOS EXPERIMENTALMENTE: Na Tabela 10.4 apresenta-se os resultados obtidos experimentalmente dos tempos de 3 oscilações completas para cada massa suspensa (colocadas acumulativamente), considerando uma única mola (comprimento fixo). Tabela 10.4 – Dados experimentais: m massa do sistema em g, l o comprimento da mola e ti os tempos de 3 períodos. INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS: Com os dados da Tabela 10.4 obtenha os respectivos valores dos tempos e períodos médios com os desvios. Anote os resultados na Tabela 10.5. Tabela 10.5 – Dados Experimentais. m massa do sistema, tm tempo médio de 3 períodos e Tm período médio. II.a1 – Por meio dos dados da Tabela 10.5, confeccione no papel di-log o gráfico m x Tm ( Figura 10.4). II.a2 - Utilizando o gráfico da Figura 10.4, escreva a relação entre m e Tm ? PARTE II - B – COMPRIMENTO DA MOLA (l ) VARIÁVEL E MASSA SUSPENSA (M) =l m (g) t1 (s) t2(s) t3(s) m (g) tm(s) Tm (s) Manual de Laboratório – Física Experimental II- Hatsumi Mukai e Paulo Ricardo Garcia Fernandes - 2018 11611 FIXA PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL: Utilizando as mesmas molas da parte I (cujas constantes já conhecemos da parte estática) e uma massa fixa (a escolha fica a critério do grupo) repita o procedimento descrito nos itens 1) a 5) na parte II-a; Coloque os dados na Tabela 10.6; DADOS OBTIDOS EXPERIMENTALMENTE: Na Tabela 10.6, apresenta os dados dos tempos de 3 oscilações completas obtidos experimentalmente, para cada mola, considerando a massa suspensa fixa. Tabela 10.6 – Dados Experimentais, valor fixo da massa suspensa (m), comprimento da molal variável;e ti o tempo de 3 períodos. INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS: Complete a Tabela 10.7 com os dados do comprimento da mola, os valores da constante elástica de cada mola obtida na parte estática e o tempo e o período médio de oscilação, os resultados devem ser expressos com seus respectivos desvios. Tabela 10.7 – Dados Experimentais. l comprimento da mola; K constante elástica obtidas na parte I (estática); tm e Tm é o tempo e o período médio respectivamente. m= l ( ) K( ) tm (s) Tm (s) II. b1 - Confeccione o gráfico K x Tm (Figura 10.5) no papel di-log. II. b2 - A partir do gráfico da Figura 10.5, obtenha a relação entre essa duas m= l (cm) t1 (s) t2(s) t3(s) Manual de Laboratório – Física Experimental II- Hatsumi Mukai e Paulo Ricardo Garcia Fernandes- 2018 11711 grandezas; Parte III - União da Parte II-a e II-b: Interpretação dos Resultados III.1 -Das relações obtidas entre m e Tm como também entre K e Tm obtenha uma única relação envolvendo o período, a massa e a constante elástica; III.2 - Obtenha a constante de proporcionalidade do item III.1) (da união IIa e IIb) Por meio de um gráfico (Figura 10.5). Ajuste a reta utilizando o método dos mínimos quadrados. III.3 - Auxilie-se na análise dimensional e escreva a equação final da constante elástica para o caso dinâmico. III.4 - Compare o resultado final experimental com o resultado teórico (obtido via Eq. 10.4). Calcule o desvio percentual entre os resultados da constante elástica para cada mola. ANÁLISE DOS RESULTADOS CONCLUSÃO (ÕES) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS [1] H. Mukai e P. R. G. Fernandes, Manual de Laboratório de Física I e II – Capítulo 10 e apêndice E, (2008 a 2017); [2] J. H. Vuolo – Fundamentos da Teoria de Erros – 2ª Edição – Edgard Blücher Ltda – (1996); [3] J. Goldemberg – Física Geral e Experimental - 1o Volume - Companhia Editora Nacional - EDUSP – página 494 (1970); Manual de Laboratório – Física Experimental II- Hatsumi Mukai e Paulo Ricardo Garcia Fernandes - 2018 11811 CORDA VIBRANTE1 Em Física, ao estudarmos ondas, que são perturbações periódicas no tempo que se propagam oscilantes no espaço, consideramos as mecânicas e as eletromagnéticas. As ondas mecânicas necessitam de um meio para se propagar, já as eletromagnéticas não, estas se propagam no vácuo. Neste capítulo, realizaremos um experimento de ondas mecânicas em que iremos gerar uma onda transversal estacionária em uma corda (fio de cordonê). Ressonância – ondas estacionárias: Consideremos um fio fixo nas suas extremidades e sujeita a uma tração (Figura 11.1). Se excitarmos um ponto deste fio por meio de um alto-falante, toda a extensão do fio entrará em vibração. São as chamadas Oscilações Forçadas. Quando a frequência de vibração emitida pelo alto-falante. for igual a uma das frequências próprias do fio, dizemos que a vibração e o fio estão em ressonância. Neste caso, a amplitude de vibração do fio é máxima e formam-se ondas estacionárias. Figura 11.1: Figura esquemática de um fio (cordonê) fixo a um suporte que está acoplado a um alto-falante, sujeito a uma tração causada por uma massa suspensa que passa por um suporte em forma de um L invertido. Figura laborada pela autora. 1 Os créditos da montagem experimental e proposta de implementação do DFI são dos Professores: W. R. Weinand, E. A. Mateus e I. Hibler. Bem como ao texto original – Referência [1], cedido pelo Prof. Irineu Hibler. Capítulo 11 Manual de Laboratório – Física Experimental II- Hatsumi Mukai e Paulo Ricardo Garcia Fernandes - 2018 11911 Para que se possa colocar a frequência em relação ao número de ventres, necessitamos saber como é a equação de uma onda progressiva. Esta equação (considerando-se a propagação na direção de +x ), em termos da amplitude ( my ), número de onda ( λ pi2 =k , onde λ é o comprimento de onda), frequência angular (ω ) e tempo (t), é dada pela equação (11.1): )( tkxsenyy m ω−= . (11.1) Uma onda estacionária se forma pela superposição de duas ondas que tenham a mesma freqüência, velocidade e amplitude e que se propaguem em sentidos opostos. Assim, a equação final de duas ondas superpostas ( )(1 tkxsenyy m ω−= e )(2 tkxsenyy m ω+= ), levando em conta o princípio de superposição de uma onda, 21 yyy += , temos que2: )cos()(2 tkxsenyy m ω= . (11.2) Na onda estacionária, cada ponto (cada valor de x), tem sua amplitude dada por: ' 2 ( ) m m y y sen kx= . (11.3) Na equação (11.3) temos que a amplitude será máxima, e igual a 2 my , para: 3 5 ; ; ;..., ou 2 2 2 3 5 x= ; ; ;... . 4 4 4 kx pi pi pi λ λ λ = Esses pontos são denominados de antinodos ou ventres, estando distanciados entre si de meio comprimento de onda ( / 2λ ), Fig. (11.2). 2 Onde foi utilizada a seguinte propriedade matemática: ( ) asenbbsenabasen coscos ±=± . Manual de Laboratório – Física Experimental II- Hatsumi Mukai e Paulo Ricardo Garcia Fernandes - 2018 12012 Também pela equação (11.3), temos que a amplitude será mínima, e igual à zero, quando: , 2 , 3 , ...,ou 3 x= ; ; ; ... . 2 2 kx pi pi pi λ λλ = Tais pontos denominam-se nodos, e também estão distanciados entre si de meio comprimento de onda (Fig. 11.2). Em nosso experimento, usaremos um fio de comprimento ( L ), fixo em ambas as extremidades. Uma das extremidades é presa a um alto-falante que vibra com frequência ( f ) e amplitude pequena e a outra extremidade ligada a uma massa, após passar por uma roldana (Fig. 11.3). Este experimento é uma adaptação do experimento de Melde[6], onde no lugar do autofalante utilizava-se um diapasão. Figura 11.2 - Figura esquemática de uma onda Estacionária, onde L é o comprimento do fio, λ o comprimento de onda. (Figura confeccionada e cedida pelo Prof. Irineu Hibler). Figura 11.3 - Figura esquemática da montagem experimental. Sendo m a massa suspensa, vr a velocidade com que a onda se propaga, e L o comprimento do fio. (Figura confeccionada e cedida pelo Prof. Irineu Hibler). v r Manual de Laboratório – Física Experimental II- Hatsumi Mukai e Paulo Ricardo Garcia Fernandes - 2018 12112 As ondas provocadas pelo alto-falante percorrem o fio, são invertidas pela reflexão fixa, no suporte em L invertido, e retornam à extremidade inicial com uma variação de fase de 180o. Como a amplitude do alto-falante é pequena, ele reflete a onda como se fosse um suporte fixo, e a onda é novamente invertida voltando a percorrer o fio no sentido inicial. Como as ondas incidentes e refletidas possuem a mesma frequência e se propagam em sentidos opostos, sob condições apropriadas, elas podem combinar-se produzindo ondas estacionárias. Nesse momento, o fio e o alto- falante estão em ressonância, sendo o comprimento ( L ) do fio um múltiplo inteiro de meios comprimentos de onda, Fig. (11.2). Portanto, na ressonância 2 L n λ = (11.4) onde 1, 2, 3,...n = representa o número de ventres. Isto quer dizer que, para valores diferentes de ( n ), teremos vários modos de vibração (ou ressonância) do fio. A velocidade com a qual a onda percorre um meio é determinada pelas propriedades deste. Para o caso de um fio longo e flexível, é dada por: ρ F =v , (11.5) em que, F é a tensão aplicada no fio, e ρ a massa por unidade de comprimento m L ρ = . O comprimento de onda ( λ ) de uma onda progressiva é dado pela distância entre dois máximos sucessivos, isto é, a distância em que a forma da onda se repete, num intervalo de tempo igual ao período (T ). Dessa forma, a relação entre a frequência f , o comprimento de onda λ , e a velocidade v, de uma onda harmônica é dada pela equação: f v =λ . (11.6) Combinando as equações (11.4), (11.5) e (11.6) temos que a expressão geral para as frequências de vibração (ou ressonância) do fio, também chamados Manual de Laboratório – Física Experimental II- Hatsumi Mukai e Paulo Ricardo Garcia Fernandes - 2018 12212 de harmônicos é:ρ F L nf n 2= (11.7) A equação 11.7 é conhecida como fórmula de Lagrange. Para 1n = , tem-se o 1o harmônico ou frequência fundamental. As outras frequências chamadas de 2o harmônico, 3o harmônico, etc..., (Figura 11.4) são múltiplos da freqüência fundamental, ou seja, 1 1 1 com 2n Ff nf f L ρ = = . (11.8) Figura 11.4: Figura esquemática das ondas para as frequências de ressonância, número de ventres (n) e os harmônicos. PARTE EXPERIMENTAL Experimento 11: Corda Vibrante OBJETIVOS: Objetivo Geral: Gerar ondas estacionárias em uma corda (fio cordonê3); Objetivos específicos: Analisar a dependência da frequência de vibração do fio, com o número de ventres, com o comprimento do fio, e com a tensão aplicada. E, obter a velocidade de propagação de uma onda em estado estacionário; 3 CORDONÊ - Linha Extra Forte de Algodão, Nº 0. n=1, 1o harmônico – frequência fundamental. n=2, 2o harmônico n=3, 3o harmônico Manual de Laboratório – Física Experimental II- Hatsumi Mukai e Paulo Ricardo Garcia Fernandes - 2018 12312 MATERIAIS UTILIZADOS - Fio tipo cordonê; - 5 massas de valores diferentes; - Suporte lateral; - Trena; - Balança; - Auto-falante; - Gerador de funções; - Amplificador; - Leitor da frequência (caso não tenha no gerador de funções); - Papel de fundo escuro para contraste; MONTAGEM EXPERIMENTAL A montagem do sistema experimental está apresentada na foto da Figura 11.5. Esta é constituída por: uma massa suspensa por um fio (1), suporte em L (2), demais massas a serem utilizadas (3) e, na outra extremidade da mesa, e na foto em destaque, o alto falante, gerador de funções com leitor de frequência, e sobre ele o amplificador (4). 1 2 3 4 Figura 11.5 – (a) Foto da montagem experimental. (1) Massa suspensa por um fio, (2) suporte em L invertido e a ranhura em destaque onde apoiar o fio, (3) demais massas a serem utilizadas e (4) na outra extremidade da mesa e em destaque o alto falante, gerador de funções e sobre ele o amplificador. Manual de Laboratório – Física Experimental II- Hatsumi Mukai e Paulo Ricardo Garcia Fernandes - 2018 12412 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 01- Afira os valores das massas em ordem crescente de tamanho e anote os seus valores na Tabela (11.1); 02 - Monte o sistema, como especificado na Fig. (11.3 e 11.5), utilizando a menor massa e adequando as escalas dos instrumentos; 03 – Alinhe o sistema tal que o fio fique paralelo à mesa, e alinhado com relação a ranhura do suporte em L invertido; 04- Selecione a escala de 50 Hz no gerador, mantenha o amplificador na metade da escala, e a partir do zero, aumente lentamente a frequência do gerador até o fio entrar em ressonância, no modo de vibração fundamental ( 1n = ) – Figura 11.4. Anote o valor desta frequência na Tabela (11.1). Caso o botão do gerador já esteja no limite, aumente a escala para 500 Hz, ao ocorrer à vibração o mesmo deve ser silencioso, caso fique realizando zunidos, diminua a escala do amplificador, ou gerador; Estas escalas são para os geradores mostrados na Figura 11.5. Há outros geradores em que se deve iniciar na escala de 10 Hz e depois mudar para 100 Hz. Obs. 1: Antes de aumentar de escala no gerador de ondas, sempre diminua ou zere a amplificação e zere o botão seletor da frequência. 05- Obtenha agora as frequências de ressonância para os harmônicos 2, 3, 4 e 5n = e anote os valores na Tabela (11.1). Obs. : Procurar a máxima amplitude, em cada caso. 06 - Meça o comprimento ( L ) do fio entre o alto-falante e o suporte em L invertido, a medida deve ser tomada do primeiro nodo ao último nodo, e anote na Tabela (11.1); 07- Repita a experiência para outros 4 valores da massa ( m ) na ordem crescente. Registre os resultados obtidos, na Tabela (11.1); 08- Zere a fonte e o amplificador e desligue o sistema; Manual de Laboratório – Física Experimental II- Hatsumi Mukai e Paulo Ricardo Garcia Fernandes - 2018 12512 09 – Meça o comprimento ( fiol ) e a massa ( fiom ) de um fio de mesmo material que o utilizado no experimento (adote um comprimento maior que 2 metros, devido a precisão da balança). Anote os dados na Tabela 11.1. DADOS OBTIDOS EXPERIMENTALMENTE Na Tabela 11.1 apresenta-se os obtidos experimentamente das frequências de ressonância para os números de ventres variando de 1 a 5 formadas para cada massa suspensa. Tabela 11.1 – Medidas das freqüências (f) em função do número de ventres (n) e da tração aplicada ao fio de comprimento L sob a atuação de uma força peso de massa m. n=1 n=2 n=3 n=4 n=5 m x 10-3 (Kg) f(Hz) f(Hz) f(Hz) f(Hz) f(Hz) Lexperimento = m Para o cálculo da densidade fiom = Kg fiol = m INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS - Determine a densidade linear do fio = fio fiom l ρ : 11.1 - Dependência da frequência de ressonância com o número de ventres (modo de vibração) [1-4]. a) Para verificar a dependência da frequência de ressonância com o número de ventres (modo de vibração), utilize os dados da Tabela (11.1) e confeccione o gráfico ( f n× ) no papel milimetrado. b) Interprete o seu gráfico, obtendo a relação entre as variáveis envolvidas. Manual de Laboratório – Física Experimental II- Hatsumi Mukai e Paulo Ricardo Garcia Fernandes - 2018 12612 c) Qual o significado físico da constante de proporcionalidade? (Compare o valor dos coeficientes angulares com os dados da Tabela 11.1). 11.2 – Dependência da frequência de ressonância com o comprimento do fio: Utilizando os dados da Tabela (11.1), obtenha a dependência da frequência com o comprimento do fio, para isso considere como fio, a parte da mesma compreendida entre dois nós consecutivos. O novo comprimento ( )nL será então n LL n = . a) Com base nesta mesma linha de raciocínio, utilizando os dados da Tabela 11.1, complete a Tabela (11.2): Tabela 11.2 - Dados obtidos via dados experimentais da Tabela 11.1 - Frequência em função do comprimento. L= m N 1( )f s− ( )n LL m n = 11 ( ) n m L − 1 2 3 4 5 b) Confeccione o gráfico 1 n f L × , no papel milimetrado; Ajuste a reta. Qual equação você obteve e o que significa fisicamente o coeficiente linear e angular desta equação? c) Escreva a relação matemática entre as variáveis envolvidas; d) Qual o significado físico da constante de proporcionalidade? Reescreva sua relação considerando essa grandeza física; e) Obtenha a equação de Lagrange com o auxílio da equação (11.4). 11.3 – Dependência da frequência de ressonância com a força tensora: Manual de Laboratório – Física Experimental II- Hatsumi Mukai e Paulo Ricardo Garcia Fernandes - 2018 12712 a) Por fim, obtenha ainda com os dados da Tabela 11.1, a dependência da frequência de ressonância com a força tensora (F=T = P= ms g), para isso escolha um modo de vibração 9ª que apresentou melhor resultado no item 11.1) e complete a Tabela 11.3. Considere 29,80665 /g m s= . Tabela 11.3 – Frequência em função da força tensora.n= 1( )f s− 2 2( )f s− ( )F N b) Confeccione o gráfico 2f F× , Ajuste a reta, e escreva a equação da reta ajustada. O que significa fisicamente o coeficiente linear e angular desta equação? (Estão relacionadas com quais grandezas físicas?) c) Escreva a relação matemática entre os parâmetros envolvidos. d) Faça a análise dimensional e obtenha a equação de Lagrange. Questões: a) Utilizando a equação (11.8) obtenha as frequências dos harmônicos (fi , i = 1 - 5) e compare com os resultados experimentais (Tabela(11.1)), obtendo o desvio percentual. Coloque seus resultados em uma tabela (fT, fExp., D%). b) Desconsiderando os erros experimentais, você acha que a equação de Lagrange prevê as conclusões tiradas da experiência? c) Usando a equação de Lagrange e os valores das constantes de proporcionalidades ( 1 2 3, eK K K ) obtidas nos itens: 11.1, 11.2. e 11.3 obtenham os valores para a densidade linear ( ρ ) do fio utilizado. Ache o desvio percentual e justifique qual o melhor resultado, em relação ao valor calculado anteriormente (antes do item 11.1) com os valores medidos diretamente de m e L. Manual de Laboratório – Física Experimental II- Hatsumi Mukai e Paulo Ricardo Garcia Fernandes - 2018 12812 d) Utilizando a Eq. (11.5), calcule a velocidade (v) do trem de ondas para cada massa suspensa. Qual fornece o melhor resultado? Justifique sua resposta. e) Teste o resultado obtido no item anterior (d), por meio da Eq. (11.6). ANÁLISE DOS RESULTADOS CONCLUSÃO (ÕES) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS [1] W. R. Weinand, E. A. Mateus e I. Hibler, Óticas e Ondas, UEM, DFI, pág. 3 a 9 (2006); [2] D. Halliday.; R. Resnick, Gravitação, Ondas eTermodinâmica. 3a ed. Rio de Janeiro, Livros Técnicos e Científicos Editora Ltda, Vol. 2, Cap. 17. (1991); [3] J. Goldemberg, Física Geral e Experimental. São Paulo - SP, Companhia Editora Nacional USP, Vol. 1, (1968); [4] H. Mukai e P. R. G. Fernandes, Manual de Laboratório de Física I e II, DFI/UEM (2008 a 2017). [5] P. Tipler, Gravitação, Ondas e Termodinâmica, 3a ed. Rio de Janeiro, Editora Guanabara Koogan S.A., Vol. 2, (1991); [6] M. W. White e K. Manning, Experimental College Physics – Third Edition, McGraw=Hill Book Company, Inc., pág. 147 (1954); Manual de Laboratório – Física Experimental II- Hatsumi Mukai e Paulo Ricardo Garcia Fernandes - 2018 12912 VELOCIDADE DO SOM1 As ondas sonoras são ondas longitudinais, que podem se propagar em sólidos, líquidos e gases. As partículas do meio oscilam paralelamente à direção de propagação da onda, de modo que, quando a onda sonora se propaga em um meio material, como o ar, ou um gás qualquer, produzem neste, zonas de compressão e rarefação[2], enquanto a onda passa. As ondas sonoras se propagam em todas as direções a partir da fonte, no entanto, é mais fácil tratar da propagação em uma dimensão. A velocidade com a qual uma onda sonora percorre um meio, quando a variação da pressão não é muito grande, é dada por: v β ρ = (12.1) onde, ρ é a densidade e β , o módulo volumétrico de elasticidade do meio, que se define como a razão entre a variação de pressão (p) e a variação relativa de volume (V), ou seja: p V V β ∆= − ∆ . (12.2) A Eq. (12.1) é válida para qualquer meio, seja ele um gás, um líquido ou um sólido, entretanto, para sua dedução, é assumido que o meio esteja confinado em um tubo, de modo que a onda se mova em uma só direção. Esta condição é 1 Os créditos da montagem experimental e proposta de implementação do DFI são dos Professores: W. R. Weinand, E. A. Mateus e I. Hibler. Bem como ao texto original – Referência [1], cedido pelo Prof. Irineu Hibler. Capítulo 12 Manual de Laboratório – Física Experimental II- Hatsumi Mukai e Paulo Ricardo Garcia Fernandes - 2018 13013 geralmente satisfeita para um gás ou um líquido. Para um sólido, é necessário substituir β por Y -- módulo longitudinal de Young. Podemos modificar a Eq. (12.1), apresentando-a de uma forma, que mostra claramente, que a velocidade da onda sonora depende da temperatura absoluta T (Kelvin) do meio, onde ela se propaga. Para isso, a partir da Primeira Lei da Termodinâmica aplicada a um gás ideal, em um estado de equilíbrio termodinâmico, obtenha para a velocidade da onda sonora a equação: RT v M γ = (12.3) onde: P V c c γ = é a razão entre o calor específico do gás, a pressão constante, e o seu calor específico, a volume constante (para o ar 1, 402γ ≈ ); M - massa molecular (para o ar � = 29,0 10 ��/���); R - constante universal do gases ideais ( 8,31 / )R J mol K= e T – temperatura absoluta. Com base na Equação (12.3) encontramos que a velocidade do som no ar, a 0 oC é, aproximadamente 331,5 m/s. E, esta equação nos mostra que a velocidade do som, em qualquer gás é diretamente proporcional à raiz quadrada da temperatura absoluta. Tal que, a razão entre as velocidades a temperatura T1 e T2 fornece a equação: 1 1 2 2 v T v T = . (12.4) Neste experimento (Figura 12.1), as ondas percorrem a coluna de ar, sendo refletidas no nível da água (extremidade fechada do tubo), com uma defasagem de 180o retornando à extremidade aberta, onde são novamente refletidas, porém, sem inversão de fase. A interferência dessas ondas dá origem a ondas estacionárias, sempre que a coluna de ar, de comprimento L, satisfizer a condição de ressonância, isto é, vibrar com a mesma frequência do gerador. Manual de Laboratório – Física Experimental II Fernandes - 2018 Ondas sonoras, constituídas de compressões e ra Para um tubo com uma extremidade aberta e outra fechada, a condição é onde 1, 2,3,....n = representa o A Eq. (12.5) nos mostra que só estarão presentes os harmônicos de ordem ímpar e a configuração da onda estacionária (de deslocamento), consiste de um nodo na superfície da água e de um antinodo próximo à extremidade aberta, como mostra a Fig. (12.2). 5 Figura 12.1 – Figura esquemática do experimento por: 1 - alto-falante; 2 - tubo de vidro; 3 do amplificador e gerador de função ( conexão do reservatório para o tubo de vidro Hibler e adaptada pelos autores Figura 12.2 - Figura esquemática, dos tubos com uma extremidade fechada de deslocamento. Física Experimental II- Hatsumi Mukai e Paulo Ricardo 13 Ondas sonoras, constituídas de compressões e rarefações sucessivas, são Para um tubo com uma extremidade aberta e outra fechada, a condição é (2 1) 4n L n λ= − representa o on de ventres. 5) nos mostra que só estarão presentes os harmônicos de ordem ímpar e a configuração da onda estacionária (de deslocamento), consiste de um nodo na superfície da água e de um antinodo próximo à extremidade aberta, como 6 Figura esquemática do experimento tubo de Kundt tubo de vidro; 3 - reservatório de água, 4 ificador e gerador de função (gerador de áudio) e (6) a mangueira de conexão do reservatório para o tubo de vidro. Figura cedida pelo Prof. Irineu e adaptada pelos autores. 1 2 3 4 Figura esquemática, dos tubos com uma extremidade fechada e Paulo Ricardo Garcia 131 refações sucessivas, são Para um tubo com uma extremidade aberta e outra fechada, a condição é(12.5) 5) nos mostra que só estarão presentes os harmônicos de ordem ímpar e a configuração da onda estacionária (de deslocamento), consiste de um nodo na superfície da água e de um antinodo próximo à extremidade aberta, como tubo de Kundt. Constituído reservatório de água, 4 - suporte; (5) ) e (6) a mangueira de Figura cedida pelo Prof. Irineu Figura esquemática, dos tubos com uma extremidade fechada – Ondas Manual de Laboratório – Física Experimental II- Hatsumi Mukai e Paulo Ricardo Garcia Fernandes - 2018 13213 Na prática, os antinodos de pressão (nodos de deslocamento) são percebidos pelo aumento da intensidade do som. Assim, se medirmos a distância entre dois antinodos sucessivos, que equivale a meio comprimento de onda ( / 2λ ), e conhecendo-se a frequência ( f ) do gerador, podemos determinar a velocidade do som, à temperatura ambiente, através da Eq.(12.6), a seguir: v fλ= . (12.6) PARTE EXPERIMENTAL EXPERIMENTO 11 – VELOCIDADE DO SOM NO AR OBJETIVOS Objetivo Geral: Determinar a velocidade do som no ar. Objetivos específicos: - Gerar ondas estacionárias no ar contido em um tubo de Kundt; - Determinar a velocidade do som no ar, à temperatura ambiente, a partir de medidas do comprimento de onda, para uma dada frequência; - Determinar a velocidade do som no ar a 0 oC. MATERIAIS UTILIZADOS - 1 tubo de vidro - 1 reservatório de água; - 1 mangueira de conexão entre o reservatório e o tubo de vidro; - 1 alto-falante; - fios conectores para o amplificador (parte de trás); - 1 gerador de funções; - 1 amplificador; - recipiente com água; - Giz, ou caneta de quadro branco (3 cores) - 1 Trena - 1 Termômetro MONTAGEM EXPERIMENTAL Manual de Laboratório – Física Experimental II- Hatsumi Mukai e Paulo Ricardo Garcia Fernandes - 2018 13313 A Figura (12.3) apresenta a foto da montagem experimental. Este consta de um tubo de vidro (3) que encerra uma coluna de ar à temperatura ambiente, limitada na parte inferior por uma coluna de água que se comunica com um reservatório de água (1). Dessa forma, o comprimento “L” da coluna de ar pode ser variado pelo movimento (para cima e para baixo) do reservatório, enviadas para o interior do tubo, através de um alto-falante acoplado a um gerador de funções, de frequência conhecida. Na Figura apresentamos 2 tipos de gerador de funções (7) e (8). [Type a quote from the document or the summary PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 1 – Posicione o reservatório na sua posição mais baixa e coloque água no mesmo, observando que a água se eleva no tubo de vidro. Acrescente água até que o tubo de vidro esteja quase cheio; 1 2 4 3 5 6 7 Figura 12.3 – Fotos da montagem experimental. 1- reservatório de água; 2- mangueira de conexão entre o reservatório e o tubo de vidro; 3- tubo de vidro; 4 – alto-falante; 5 – fios conectores para o amplificador (parte de trás); 6 – amplificador; 7- gerador de funções (DOWER) ou 8 – gerador de funções (ICEL). 8 Manual de Laboratório – Física Experimental II- Hatsumi Mukai e Paulo Ricardo Garcia Fernandes - 2018 13413 2 - Ligue o gerador de funções, o amplificador e escolha uma frequência entre 700 a 1.000 Hz. 3 - Lentamente, vá elevando o reservatório, isso fará com que o nível da água vai abaixando no tubo de vidro. Conforme o nível de água vai variando, procure identificar os antinodos de pressão (nodos de deslocamento), por meio do aumento da intensidade do som nesses pontos. Com um pincel de quadro branco, marque a posição desses pontos, no tubo (utilize uma cor para cada frequência). Obs.: Procure precisar, a posição dos antinodos, elevando e abaixando o nível da água, várias vezes. 3 - Com a trena meçam a distância entre cada par de antinodos consecutivos ( / 2λ ) e anote na Tabela (12.1). Repita mais duas vezes. 04 - Repita os procedimentos (2) e (3) para mais duas frequências e anote na Tabela 12.1. 5. Anote a temperatura ambiente na Tabela 12.1. OBS: Como temos somente um equipamento por sala, sugerimos que dividam a turma em 3 grupos e cada grupo afira os dados para uma determinada faixa de frequência, e para preencher a Tabela 12.1, troquem as informações entre os grupos. DADOS OBTIDOS EXPERIMENTALMENTE Nas Tabelas 12.1, 12.2 e 12.3, apresenta-se os dados das medidas de meio comprimento de onda, λ, (distância entre dois nós consecutivos), repetidas três vezes para cada frequência (f). Onde T é a temperatura ambiente durante o processo de medida. Tabela 12.1 – Medidas do comprimento de onda ( ( ) 2 m λ ) , freqüência (f) e temperatura ambiente (T). 1 ( )f H z= ± ( ) 2 m λ T= Manual de Laboratório – Física Experimental II- Hatsumi Mukai e Paulo Ricardo Garcia Fernandes - 2018 13513 Tabela 12.2 – Medidas do comprimento de onda ( ( ) 2 m λ ), freqüência (f) e temperatura ambiente (T). 2 ( )f H z= ± ( ) 2 m λ T= Tabela 12.3 – Medidas do comprimento de onda ( ( ) 2 m λ ), freqüência (f) e temperatura ambiente (T). 3 ( )f H z= ± ( ) 2 m λ T= INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS a. Complete a Tabela (12.4), calculando, em cada caso, a frequência média para cada caso e o valor médio do comprimento de onda ( mλ ); Tabela 12.4 - Medidas do comprimento médio de onda para diferentes frequências (média). 1 ( )f Hz= ± 2 ( )f Hz= ± 3 ( )f Hz= ± mλ (m) b. Usando a Eq.(12.6), encontre a velocidade ( v ) do som, à temperatura ambiente, para cada uma das frequências apresentadas na Tabela 12.4. Anote o seu resultado na Tabela 12.5. c. Com o auxílio da Eq.(12.4), encontre também a velocidade do som a 0 oC e preencha a Tabela 12.5; Manual de Laboratório – Física Experimental II- Hatsumi Mukai e Paulo Ricardo Garcia Fernandes - 2018 13613 Tabela 12.5 – Velocidade de propagação da onda à temperatura ambiente e a zero graus centigrados (absoluta) de onda para diferentes frequências. 1 ( )f Hz= ± 2 ( )f Hz= ± 3 ( )f Hz= ± ( / )av m s 0 ( / )v m s d. Confeccione o gráfico de v (m/s) x T (oC) (para as 3 frequências usando os dados da Tabela 12.5 e suas respectivas temperaturas. Obtenha a equação das retas ajustadas. e. Comparando os resultados da questão (c) com o valor tabelado ( v=331,5 m/s), escolha a melhor determinação, para a velocidade do som à temperatura ambiente; f. Usando a Eq. (12.5), mostre que, a distância entre dois antinodos sucessivos, vale ( / 2λ ); g. Faça as figuras equivalentes às da Fig. (12.2), considerando, agora, uma onda de pressão. A Eq. (12.5) continua válida, neste caso? h. A partir da Eq. (12.4), e fazendo um desenvolvimento em série, mostre que a velocidade do som no ar, à temperatura T (oC), é dada, aproximadamente por: (331,5 0,61 ) /v T m s= + . Eq. (12.7) i. Compare com os seus resultados do item d, com a Eq. 12.7, o que você observa em entre elas? ANÁLISE DOS RESULTADOS CONCLUSÃO (ÕES) Manual de Laboratório – Física Experimental II- Hatsumi Mukai e Paulo Ricardo Garcia Fernandes - 2018 13713 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS [1] W. R. Weinand, E. A. Mateus e I. Hibler, Óticas e Ondas, UEM, DFI, pág. 3 - 9 (2006); [2] J. Goldemberg, Física Geral e Experimental. São Paulo - SP,
Compartilhar