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FACULDADE INTEGRADA CARAJÁS DEPARTAMENTO DE FARMÁCIA SARA MATEUS DA COSTA RESUMO: EXPLICANDO A ESPECTROFOTOMETRIA E COMO ESSA TÉCNICA PODE SER UTILIZADA EM LABORATÓRIOS REDENÇÃO – PA 2018 SARA MATEUS DA COSTA Trabalho acadêmico apresentado à disciplina de Química Orgânica II, curso de Farmácia, 3º período, turma B de 2017, Prof. Edson Machado. REDENÇÃO – PA 2018 3 | P á g i n a A espectrofotometria pode ser definida como uma técnica que utiliza luz para medir as concentrações de espécies químicas.1 Este processo é realizado pelo aparelho espectrômetro, que mede a absorbância da luz, da seguinte forma: o feixe de luz que sai de um espectro contínuo passa por um monocromador e este por sua vez seleciona uma estreita faixa de comprimento de onda desse feixe. A luz monocromática passa pela amostra e por fim a energia da luz é medida. O espectrofotômetro ainda possui uma parte chamada cubeta, onde é colocada uma amostra líquida. Para entender este conceito é necessária uma breve introdução a algumas propriedades da luz, uma vez que são de extrema importância para o entendimento da espectrofotometria. A luz é constituída por pequenas partículas chamadas de fótons, e nessas mesmas partículas, em cada uma destas, existe uma quantidade de energia. Esta energia é emitida como ondas, tendo em sua frequências o comprimento e número de ondas. A relação entre energia e frequência pode ser definida como E=hv (relação energia frequência). Essa relação pode ser explicada de forma que uma frequência de luz possui um comprimento e número de ondas que varia de acordo com a energia disposta pela luz. Desta forma, através da constante de Planck e frequência da luz, podemos dizer que uma luz com um comprimento de onda maior do que o de outra luz que possui um número maior de ondas é menos energética, isso porque a energia é diretamente proporcional à quantidade de ondas geradas. Quando a luz entra em contato com moléculas, as mesmas aumentam o seu valor energético, ou seja, a mesma é excitada pelo fóton de luz. No processo de radiação dessas moléculas, as mesmas podem reagir de maneiras diferentes, dependendo do tipo de energia recebido. No caso de energias do tipo raios x, ultravioleta, visível, infravermelho e microondas, as moléculas sofrem respectivamente, quebra de ligações e ionização, excitação eletrônica, vibração e rotação – as moléculas expostas a ultravioleta e visível sofrem o mesmo processo, o de excitação eletrônica. Isso de acordo com o seu comprimento de ondas. Na realização da espectrofotometria existe a fonte luminosa, seletor de comprimentos de onda (monocromador), amostra e por fim detector de luz. Quando a luz 1 HARRIS, Daniel C., 1948. Analise química quantitativa. Livros Técnicos e Científicos Editora, Rio de Janeiro, 2008. 4 | P á g i n a emitida passa pela amostra, a mesma perde um pouco de sua energia, que fica contida na amostra, por isso, consequentemente, a energia que sai do outro lado da amostra é menor que a energia recebida de inicio. Isso ocorre pela grande influencia da espessura da amostra. A absorção da amostra pode ser definida pela absorbância, onde esta está diretamente relacionada com a concentração da espécie que permitiu a absorção da luz na amostra. Sendo assim, pode-se concluir que quanto maior a absorção de energia, maior será a concentração da espécie na amostra. Qualquer substância que absorva luz visível parece colorida quando a luz branca é transmitida através dela ou é refletida a partir dela. (A luz branca contém todas as cores presentes no espectro visível). [...] Por exemplo, o azul de bromofenol tem absorbância máxima em 591 nm e sua cor observada é azul. (HARRIS, 1948) Desta forma, conseguimos saber a concentração de determinada substância, a partir do tipo de energia absorvida pela amostra, comprimento de onda e a cor observada. Dito isto, a espectrofotometria pode ser utilizada na química e também na farmácia para análise de compostos e substâncias, visando saber quais as concentrações e quais compostos estão presentes em uma dada amostra. Além disso, pode ser amplamente utilizada em todas as áreas de saúde, uma vez que pode servir para determinar condições de concentração de um determinado composto no organismo, como por exemplo, de Co2 e O2 na respiração de um ser humano saudável. Pode também ser utilizada para determinar a quantidade de ferro presente no soro sanguíneo de um paciente, tornando então o procedimento mais fácil. E não somente na área da saúde, mas também na área da agricultura já que “a técnica da espectrofotometria de reflectância no infravermelho proximal (NIRS) tem demostrado ser uma técnica apta para predizer o valor nutritivo das forragens.” (MIRA, 1999). Por esta razão, apesar da imprecisão que a espectrofotometria pode apresentar às vezes em virtude da energia absorvida pelas moléculas presentes na amostra, essa não deixa de ser uma boa técnica, podendo ser amplamente utilizada e explorada. 5 | P á g i n a REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. HARRIS, Daniel C., 1948. Analise química quantitativa. Livros Técnicos e Científicos Editora, Rio de Janeiro, 2008. 2. PASCHOAL, Luís Roberto et al. Application of derivative spectrophotometric method in identification and simultaneous analysis of multi-component system. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas, v. 39, n. 1, p. 105-113, 2003 3. MIRA, Rodrigo Távora. Utilização da tecnica da espectrofotometria de reflectancia no infravermelho proximal na predição da composição quimica de uma pastagem consorciada de graminea+ leguminosas. 1999. 4. PARISOTTO, Graciele et al. Análise exploratória aplicada no estudo de medicamentos contendo piroxicam. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas, v. 41, n. 4, p. 499-505, 2005. ENDEREÇOS ELETRÔNICOS 5. Disponível em: http://kasvi.com.br/espectrofotometria-principios-aplicacoes/>. Acesso em 21 de Maio de 2018. 6. Disponível em: http://www.maxlabor.com.br/blog/tipos-de-cubeta-e-sua-utilizacao-na- espectrofotometria>. Acesso em 21 de Maio de 2018.
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