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anamnese em ginecologia

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Caroline Zanella ATM 2022/a 
SAÚDE DA MULHER 
Princípios básicos 
• Atender de forma cordial > assuntos relacionados à sexualidade, à intimidade mais profunda. 
o Postura diferenciada e cuidadosa > deixar a pcte à vontade. 
o Além dos aspectos ginecológicos, é importante que o ginecologista avalie de uma forma global a 
mulher, entendendo e receptando suas queixas mais diversas. 
• É importante que o médico entenda o possível receio da mulher na consulta, devido a sua situação de 
fragilidade. 
• É importante permitir questionamentos e entender a ansiedade. 
• Em casos de consultas com adolescentes, é sempre importante perguntar se deseja consultar sem a presença 
dos pais, pois eventualmente surgiriam queixas ou curiosidades que seriam retraídas caso houvesse presença 
de responsáveis. 
• Transferência e contra-transferência de sentimentos, que podem ser bons ou hostis. 
 
Anamnese 
• A consulta inicia com a identificação da pcte. > nome, idade, estado civil. 
• Realização de perguntas direcionadas, como “porque veio até a consulta hoje?” → QUEIXA PRINCIPAL → é 
preciso ter cuidado com perguntas muito abertas, pois a paciente tem a tendência a se estender muito sobre 
diversos problemas. 
o “o ginecologista acaba se tornando o clínico da mulher”. 
o HDA → evolução dos sintomas, contínuo, intermitente, alivia? 
o Antecedentes familiares → parceiro com DST ou doenças Infecto-contagiosas. → neoplasias de 
mama ou de ovário em mãe ou irmãs. 
▪ Se mãe da pcte teve Ca de mama, deve-se iniciar o rastreio na pcte com idade inferior a 10 
anos da idade de descoberta do Ca da mãe. 
o Antecedentes pessoais → doenças cardíacas, como trombose. → HAS → DM. 
o Revisão de sistemas → alterações de hábito intestinal (dor pélvica) → alterações urinárias (infecções) 
→ dificuldade para dormir ou alteração de apetite. 
• Após isso é feito a identificação do G_P_C_A_E_ 
o Gestações, partos, abortos, cesáreas, gestações ectópicas. 
• Importante questionar a idade em que ocorreu a menarca e a sexarca. 
• Sobre os ciclos menstruais é importante questionar sobre a regularidade, os intervalos, a duração, a 
quantidade de fluxo, presença de cólicas ou outros sintomas associados, como dores de cabeça... 
• DUM → data da última menstruação → em casos de atrasos menstruais, é necessário pensar em possível 
gravidez. 
• Questionar sobre aspectos da vida sexual com muita cautela e descrição → é preciso questionar a Sexarca 
(quando iniciou), se mantém um parceiro fixo, se utiliza preservativos e anticoncepcionais, se sente dor na 
relação. 
• MAC → método anticoncepcional → perguntar se pcte possui desejo de engravidar → se não, perguntar 
sobre o uso de anticoncepcionais → orientar sobre gravidez indesejada. 
• Tipos de corrimentos → se com odor ou sem, coloração, prurido. 
o Orientar sobre as normalidades e as características da leucorréia fisiológica e do muco cervical. 
• Sintomas climatéricos → fogachos, atrofia urogenital, perda de libido, alterações cutâneas. 
o Se menopausa (há pelo menos um ano sem menstruar) e sem estar usando hormônio → perguntar há 
quanto tempo está em menopausa e se houveram sangramentos pós menopausa. 
▪ Quando há sangramentos pós menopausa, é preciso realizar investigação para ver o que 
está causando o sangramento, devendo ser considerado a presença de um câncer de 
endométrio. 
• Queixas mamárias → nódulos palpáveis, mastalgia, derrame papilar. 
o No exame físico, as mamas devem passar por uma avaliação estática e outra dinâmica. 
• Queixas urinárias → incontinência de urgência, de esforço, prolapso genital, infecções de repetição. 
• Tratamentos prévios → cirurgias, cauterizações, uso de cremes vaginais. 
• Questionar sobre tabagismo. 
• Última mamografia e última coleta patológica → prevenção câncer de mama e de colo de útero. 
 Caroline Zanella ATM 2022/a 
 
2 
• É importante deixar a pcte à vontade para falar de suas queixas em preocupações SEM EMITIR QUALQUER 
JULGAMENTO ou observações constrangedoras, sempre respeitando a fragilidade do momento. 
 
Exame físico 
• Avaliação de mamas → inspeção estática e dinâmica. → deve-se avaliar a presença de retrações e 
abaulamentos. 
o É necessária a palpação de todos os quadrantes, bem como dos linfonodos supraclaviculares e 
axilares. 
• Na palpação do abdômen, procuramos por sinais de cicatrizes e realizamos a palpação superficial e 
profunda. 
• Na inspeção vulvar é importante lembrar que deve-se SEMPRE cobrir a paciente, para garantir maior 
sensação de privacidade e segurança. 
o Verificar a pilificação → distribuição e características. 
o Presença de trofismo vulvar, de lacerações no períneo. 
o Presença de secreção exteriorizada ou condilomas e outras lesões cutâneas, como erosões, ulceras 
ou dicromias. 
o Presença ou não de hímen. → se ainda 
há hímen, identificar o tipo de hímen ou 
se não há, identificar a presença do 
intoito. 
▪ Paciente de 16 anos, com fortes 
cólicas e dores de cabeça → 
questionar sobre menstruação → 
se ainda não menstruou, pode 
haver hímen cribiforme, que precisa ser rompido para que a menstruação possa sair. 
o Verificar sinais de atrofia, característicos da menopausa. → a pele fica mais ressecada e os lábios 
ficam mais apagados. 
o Hiperemia causada por infecções fúngicas, como candidíase. 
o Presença de lesões de HPV. 
 
Exame especular 
• Não é realizado em pacientes virgens!!! 
• Utilizado para avaliação do colo do útero, de paredes 
vaginais → avaliar localização de possíveis prolapsos → 
avaliar secreções vaginais. 
• Sempre avisar a pcte que está introduzindo o espéculo, mostrar o aparelho e adverti-la sobre possíveis 
desconfortos. 
• Não deve utilizar lubrificantes, pois confunde a avaliação de secreções e prejudica a coleta do 
histopatológico. 
• Introdução do espéculo em sentido longitudinal-oblíquo → cuidado para não encostar na uretra → causa dor. 
→ afasta-se os pequenos e introduzindo o espéculo ao passo que o gira e o deixa em sentido transversal. → 
após isso, as hastes do espéculo são afastadas e é necessário procurar o colo do útero. 
o Com o colo do útero em campo visual, é necessário avalias o pregueamento e o trofismo da mucosa 
vaginal, bem como a presença de secreções ou lesões, como pólipos, condilomas ou cistos. 
o Coleta do citopatológico → coleta na JEC → a espátula de aire coleta na ectocérvice e a escovinha 
coleta na endocérvice. 
▪ A escovinha deve ser inteiramente posicionada dentro do “furinho” do colo. 
o O exame especular é sempre importante para visualizar câncer de colo de útero → quando há perda 
da delimitação, rigidez e etc, pode ser câncer, mesmo que o citopatológico resulte inalterado. 
▪ Depois de coletado, o material 
deve ser imediatamente 
depositado na lâmina e fixado 
com um spray. 
▪ A lâmina deve conter as iniciais 
da pcte e a data. 
 Caroline Zanella ATM 2022/a 
 
3 
o A junção escamo-colunar é uma área de encontro entre a mucosa glandular e a escamosa e se 
torna um grande sítio de alterações histológicas. 
 
• Prolapso → o prolabso deve sempre ser avaliado.→ espéculo de 
Sims ou de Collins. 
o O exame só deve ser realizado quando há queixa → 
normalmente causa dor, então, se pct possui 
comorbidade, haverá queixa sim. 
o Em qual parede está o prolapso? Anterior, posterior? 
 
o Prolapso apical → uterino ou de cúpula 
 
o Prolapso de parede anterior ou cistocele → é realizado o 
movimento contra a parede posterior e pedido para a 
paciente fazer força, nesse momento, ocorre a “queda” 
da parede anterior. 
▪ A queixa → dificuldade de esvaziar a bexiga → pct relata que “empurra” essa bola na vagina 
para conseguir fazer xixi. 
 
o Prolapsode parede posterior ou retocele → é realizado o movimento contra a parede anterior e 
pedido para a paciente fazer força, 
nesse momento, ocorre a “queda” da 
parede posterior 
▪ A queixa é constituída por 
Constipação, dificuldade para 
evacuar. 
▪ Todo tipo de esforço pélvico 
piora o prolapso. 
➢ Sistema de graduação de Halfway 
 
Toque Vaginal 
• Exame manual bi-manual → um dedo entra pela vagina e tenta encostar no colo do útero, ao mesmo tempo 
em que, com a outra mão, é palpado a parede abdominal baixa. → tamanho e forma do útero. 
• Avaliação dos anexos com a palpação bi-manual. 
• Os dedos devem explorar a musculatura pélvica, as paredes vaginais, a cérvice, o fundo de saco anterior e 
posterior, 
• É possível palpar o ovário direito em mulheres não obesas. → o esquerdo não consegue ser palpado devido a 
presença do cólon. 
 
Principais queixas ginecológicas 
• Sangramento uterino anormal → se em idade fértil, sempre solicitar BHCG e ECO transvaginal, coagulograma, 
TSH e VER O COLO DO ÚTERO. 
• Orientação sobre o método contraceptivo e questionamento sobre a vontade de gestar. 
• Presença de secreção vaginal, dor na relação sexual e prurido. 
• Lesões em vulva → vesícula, úlceras, verrugas. 
• Prevenção de câncer de mama e colo de útero. 
• Em relação à incontinência, deve-se sempre perguntar → em relação ao “xixi e ao coco” → dor, perda de 
urina. 
o Sensação de urgência. → Frequência urinária. → como e quando perde urina. → Noctúria, 
o Sempre solicitar EQU, urocultura, GJ e TSH. 
o A principal causa da incontinência urinária de esforço é afrouxamento da musculatura pélvica. → 
peso excessivo carregado, obesidade.... 
o Incontinência de urgência → a maioria é idiopática, não se sabe porque há descontrole do detrussor 
da bexiga → pode haver isquemias neurológicas... → sempre excluir infecção urinária ou diabetes. 
o Infecção urinária de repetição → necessidade de duas ou mais uroculturas positivas em 6 meses ou 3 
ou mais em um ano. 
 Caroline Zanella ATM 2022/a 
 
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o Na consulta ginecológica, ainda entram muitas queixas, como ansiedade, depressão, alteração de 
sono, alterações gastro-intestinais, alterações cardiológicas e respiratórias. → a gineco acaba se 
tornando “o clínico” da mulher.

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