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Resumo: O Monge e o Executivo - A Essência da Liderança

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RESUMO DO LIVRO:
“O MONGE E O EXECUTIVO, uma história sobre a essência da liderança”.
PRÓLOGO
As idéias que defendo não são minhas. Eu as tomei emprestadas de Sócrates, roubei-as de Chesterfield, furtei-as de Jesus. E se você não gostar das idéias deles, quais seriam as idéias que você usaria? – Dale Carnegie.
O autor coloca-se na situação de um executivo que está passando por uma fase difícil, com problemas profissionais e familiares e, em função disso, se vê obrigado a participar de um evento de formação num mosteiro beneditino, atraído mais pela fama do palestrista, um antigo e bem sucedido executivo que passara por grandes empresas, e que agora, após sua vitoriosa vida profissional tornara-se monge beneditino. 
Capítulo 1 – AS DEFINIÇÕES
Estar no poder é como ser uma dama. Se tiver que lembrar às pessoas que você é, você não é. – Margaret Thatcher.
Os personagens travam os primeiros contatos entre si. Conhecem as regras do evento e os locais agradáveis onde se realizarão.
Simeão, o monge, começa a conduzir os trabalhos.
Definição de Liderança a que o grupo chegou:
É a habilidade de influenciar pessoas para trabalharem entusiasticamente visando a atingir os objetivos identificados como sendo para o bem comum.
Habilidade = capacidade adquirida. Entretanto, como influenciar pessoas?
Como desenvolver a habilidade de influenciar pessoas? Para tanto, analisar a diferença entre poder e autoridade:
Poder: faculdade� de forçar ou coagir alguém a fazer sua vontade, por causa de sua posição ou força, mesmo que a pessoa preferisse não o fazer.
Autoridade: habilidade de levar as pessoas a fazer de boa vontade o que você quer por causa de sua influência pessoal.
O objetivo do líder seria o de ter o poder exercendo, também, autoridade sobre as pessoas. 
O poder, entretanto, corrói os relacionamentos. Podemos obter algum proveito do poder, mas com o passar do tempo ele se torna danoso para os relacionamentos.
 Numa instituição em que só haja voluntários eles só aceitarão a autoridade que satisfaça suas necessidades. Podemos alugar mãos, braços, pernas, costas de pessoas, mas não corações, compromissos, criatividade, idéias. Esses dons são voluntários. 
É solicitada ao grupo uma lista de qualidades de caráter de alguma pessoa que exerceu autoridade sobre seus integrantes. A lista ficou assim composta:
Honestidade, confiabilidade,
Bom exemplo,
Cuidado,
Compromisso,
Bom ouvinte,
Conquistava a confiança das pessoas,
Tratava as pessoas com respeito,
Encorajava as pessoas,
Atitude positiva e entusiástica,
Gostava das pessoas.
Todas as qualidades listadas são COMPORTAMENTOS. E comportamento é ESCOLHA. O desafio para o líder é escolher os traços de caráter que precisam ser trabalhados e lutar para mudar seus hábitos, seu caráter, sua natureza. Isto requer uma escolha e muito esforço.
Entretanto, o líder que só se preocupar com o comportamento pode não realizar a TAREFA. Desta forma, não terá sua LIDERANÇA assegurada.
Portanto, a chave da liderança é EXECUTAR TAREFAS ENQUANTO SE CONSTROEM OS RELACIONAMENTOS. Isto vale para todas as tarefas, sejam profissionais ou não. Relacionamentos saudáveis com os clientes, empregados, donos e fornecedores asseguram um negócio saudável. Assim, qual seria o ingrediente mais importante num relacionamento bem-sucedido? Ele é CONFIANÇA.
Capítulo 2 – O VELHO PARADIGMA
Se você não mudar a direção, terminará exatamente onde partiu. – Velho provérbio chinês.
Quando você interrompe alguém no meio de uma frase envia mensagens negativas. 1) você não estava prestando atenção ao que eu dizia. 2) você se recusa a me ouvir porque não está valorizando minha opinião e 3) o que você tem a dizer é muito mais importante do que eu tenho a dizer. 
Os princípios colocados até aqui mostram ao grupo que há grande dicotomia entre o que foi dito e o que a vida, no seu dia-a-dia, nos leva a fazer. Isto nos leva a uma posição de desafio com relação a certos paradigmas que mantemos. Mas o que	é PARADIGMA? Paradigmas são padrões psicológicos, modelos ou mapas que usamos para navegar na vida. Eles podem ser valiosos e até salvar vidas quando usados adequadamente. Mas podem ser tornar perigosos se os tomarmos como verdades absolutas, sem aceitarmos qualquer possibilidade de mudança e deixarmos que eles filtrem as novas informações e as mudanças que acontecem no correr da vida. O mundo exterior entra em nossa consciência através dos filtros de nossos paradigmas. Por outro lado, a mudança nos desinstala, nos tira de nossa zona de conforto e nos força a fazer as coisas de modo diferente.
Exemplos de velhos e novos paradigmas:
	VELHO PARADIGMA
	NOVO PARADIGMA
	Administração centralizada
	Administração descentralizada
	Gerenciamento
	Liderança
	Apego a um modelo
	Melhoria contínua
	Lucro em curto prazo
	Lucro em curto e longo prazo
	Evitar e temer mudanças
	A mudança é uma constante
	Está razoável
	Defeito zero
	Eu penso
	Causa e efeito
Quais seriam os paradigmas predominantes na administração de uma organização hoje? Estilo piramidal, com o vértice para baixo, onde os cargos que detêm mais poder estão em cima. Todavia, o que está mais próximo do cliente é o que tem menos poder, conforme podemos observar abaixo:
Presidente
Vice-presidente
Gerentes intermediários
Supervisores
Empregados
No novo paradigma passamos a ter o seguinte esquema:
Cliente
Empregados
Supervisores
Gerentes intermediários
Vice-presidente
Presidente
Líderes devem identificar e satisfazer as necessidades de seus liderados, sem, todavia, tornar-se escravos de suas vontades. Há uma diferença entre vontades e necessidades. Mas como diferenciar umas da outras? Vontade é anseio que não considera as conseqüências físicas ou psicológicas daquilo que se deseja. Uma necessidade é uma legítima exigência física ou psicológica para o bem estar do ser humano. Portanto, é função do líder perguntar-se constantemente sobre quais são as necessidades das pessoas que ele lidera. Conforme Maslow, a hierarquia das necessidades humanas tem a seguinte configuração:
Auto-realização
Auto-estima
Pertencimento e amor
Segurança e proteção
Comida, água, moradia.
É obrigação do líder incentivar e dar condições para que as pessoas se tornem o melhor que podem ser.
Capítulo 3 – O MODELO
Quem quiser ser líder deve ser o primeiro servidor. Se você quiser liderar, deve servir. – Jesus Cristo
 
O líder não se coloca acima das regras. É um cumpridor delas, também. A obediência também tem feito maravilhas para quebrar o falso ego e orgulho das pessoas. Essas duas características têm a capacidade de interpor-se no caminho de nosso crescimento, se deixarmos. 
Retomando o conceito de liderança, o grupo trabalha a idéia de que ela se firma na capacidade de levar as pessoas a realizar a sua vontade de bom grado, por causa da influência pessoal do líder. Jesus disse, com outras palavras, claro, que a influência e a liderança são construídas sobre o serviço. E outra característica da liderança é a autoridade que o líder exerce. Esta autoridade sempre se constrói sobre serviço e sacrifício. Neste ponto são lembrados alguns nomes de líderes que deram sua própria vida pelas causas que esposavam. Dentre eles, Gandhi e Martin Luther King. Em contraposição, a violência nada resolve; todo poder, sangue e sofrimento das guerras não mudaram a situação que pretendiam resolver.
A autoridade se constrói sobre o serviço e o sacrifício; o papel da liderança é identificar e satisfazer as necessidades legítimas dos liderados.
Portanto, o modelo de liderança fica assim:
Liderança
Autoridade
Serviço e sacrifício
A palavra amor é colocada na seqüência, não como um sentimento, mas como um comportamento. O amor é sempre fundamentado na vontade, informa o monge. E acrescenta a seguinte fórmula:
Intenções – ações = nada.
Todas as boas intenções domundo não significam coisa alguma se não forem acompanhadas por nossas ações. Eis porque vontade está no vértice do triângulo. Assim fica a segunda parte da fórmula:
Intenções + ações = vontade.
Só quando nossas ações estiverem de acordo com nossas intenções é que nos tornaremos pessoas harmoniosas e líderes coerentes. Eis, portanto, o modelo para liderar com autoridade. O modelo de liderança passa a ser:
Liderança
Autoridade
Serviço e sacrifício
Amor
Vontade.
Capítulo 4 – O VERBO
Não tenho necessariamente que gostar de meus jogadores e sócios, mas como líder devo amá-los. O amor é lealdade, o amor é trabalho de equipe, o amor respeita a dignidade e a individualidade. Esta é a força de qualquer organização. – Vince Lombardi
Todos os seres humanos têm um sentido religioso que os obriga a questionar se o universo é seguro ou hostil, por que eu estou aqui, há algo depois da morte, e assim por diante. Tudo na vida é relacional, tanto verticalmente, na direção de Deus, quanto horizontalmente para o próximo. Para crescer e amadurecer, os relacionamentos têm que ser cuidadosamente desenvolvidos e alimentados. Cada um de nós deve fazer suas escolhas a respeito do que acredita e do que essas crenças representam em nossas vidas. A partir do momento em que tenho sentimentos positivos a respeito de alguma coisa ou alguém posso dizer que os amo. É nesse sentido que Jesus nos mandou “amar nossos inimigos”. O Novo Testamento foi escrito originalmente em grego, e os gregos usavam várias palavras diferentes para descrever o fenômeno do amor: a primeira era Eros da qual deriva a palavra erótico. Outra palavra era storgé, isto é, afeição, especialmente com a família e seus membros. Outra palavra era philos ou fraternidade, amor recíproco, uma espécie de amor condicional, do tipo você me faz o bem e eu faço o bem a você. Finalmente, os gregos usavam o substantivo agapé	 para descrever um amor incondicional, baseado no comportamento com os outros, sem exigir nada em troca. Neste sentido Jesus Cristo queria dizer que nós devemos fazer de conta que as pessoas ruins não são ruins e que devemos nos comportar bem em relação a elas. Nem sempre posso controlar o que sinto a respeito de outra pessoa, mas posso controlar como me comporto em relação a ela. Posso ser paciente com ela, honesto e respeitoso, embora ela opte em comportar-se mal.
O tema passa a se desenvolver em relação ao binômio Amor e Liderança. O Novo Testamento nos dá uma definição de Amor agapé. É a epístola aos Coríntios, que, em seu capítulo treze, diz em essência que o amor é paciente, bom, não se gaba nem é arrogante, não se comporta inconvenientemente, suporta, agüenta tudo. São, em síntese, comportamentos e não sentimentos. Portanto, Amor agapé e liderança são sinônimos. Assim, caridade e serviço talvez definam melhor agapé do que a definição de amor que se encontra no dicionário. Segue uma lista de qualidades de um líder junto às palavras-chave correspondentes a comportamentos identificados como próprios do Amor-agapé:
	AUTORIDADE E LIDERANÇA
	AMOR AGAPÉ
	Honesto, confiável...
	Paciência
	Bom modelo
	Bondade
	Cuidadoso
	Humildade
	Comprometido
	Respeito
	Bom ouvinte
	Generosidade
	Mantém as pessoas responsáveis
	Perdão
	Trata as pessoas com respeito
	Honestidade
	Atitude positiva, entusiástica...
	
	Gosta das pessoas
	
Em seguida são analisadas pelo grupo, uma a uma, as palavras-chave acrescidas de suas definições, segundo o dicionário, para reafirmar serem condições essenciais de um líder.
Paciência = mostrar autocontrole.
O líder deve ser exemplo de bom comportamento; criar um ambiente seguro, em que as pessoas que cometem erros não sejam advertidas de forma grosseira, aos berros. Se você bate num bebê que está aprendendo a andar, toda vez que ele cai, ficará inibido e não se arriscará mais a andar. O líder tem o dever de fazer com que as pessoas se responsabilizem por suas tarefas.
Bondade = dar atenção, apreciação, incentivo.
Bondade fala a respeito da forma como agimos, e não como nos sentimos. Por atenção entenda-se, por exemplo, a relação entre melhoria nas condições de trabalho e aumento da produtividade na área onde se processou a melhoria. Não foi a troca de lâmpadas mais fracas por lâmpadas mais fortes que provocou a melhoria da produtividade, mas a atenção prestada às pessoas (efeito Hawthorne). 
Muitas pessoas acham erradamente que ouvir é um processo passivo que consiste em ficar em silêncio enquanto outra pessoa fala. A tarefa de ouvir ativamente acontece em nossa cabeça. O ouvir ativo requer esforço consciente e disciplinado para silenciar toda conversação interna enquanto ouvimos o outro. Tentar ver as coisas como quem fala e as sente. Isto chama empatia e requer muito esforço. Empatia pode ser definida como presença total junto ao outro que exige atenção. 
Um outro aspecto da bondade é a fazer as pessoas lideradas serem incentivadas, apreciadas pelo que fizeram positivamente. Elogiar alguém pelo que fez de bom é como reforçar esse comportamento específico. E o que é reforçado é repetido.
Humildade = ser autêntico, sem pretensão, orgulho ou arrogância.
Precisamos uns dos outros, desde os primeiros momentos de nossas vidas; não nos completamos senão dependendo de outras pessoas. Ser humilde é ser real e autêntico com as pessoas e descartar as máscaras falsas. 
Respeito = tratar as pessoas como se fossem importantes.
Deus não criou “lixo humano”, apenas pessoas com problemas de comportamento. Tratar as pessoas como se fossem importantes, porque, na verdade, elas são importantes. O líder deve ter um interesse especial no sucesso daqueles que lidera.
Há uma pausa aqui, em relação à análise das palavras que definem o amor, para demonstrar que o respeito aos horários fixados para nossos compromissos é importante. 
Quando não cumpro um horário fixado com alguém, mostro que o meu tempo é mais importante que o dele. Pessoas honestas cumprem a palavra e seguem os compromissos.
A próxima palavra é:
Abnegação = satisfazer as necessidades dos outros.
O oposto de abnegação é egoísmo. Abnegar-se é satisfazer as necessidades dos outros, mesmo que isso implique sacrificar as próprias necessidades.
Satisfazer as necessidades não significa satisfazer as vontades.
Perdão = desistir de ressentimento quando enganado.
Perdoar não significa desconhecer as coisas ruins nem deixar de lidar com elas à medida que surgem. Devemos ter um comportamento afirmativo com as pessoas, não um comportamento passivo, de capacho, ou agressivo, desapegando-nos de qualquer resquício de ressentimento, porque este destrói a personalidade humana.
Honestidade = ser livre de engano.
Ser livre de engano é mais amplo que simplesmente não dizer mentiras. Honestidade é a qualidade que a maioria das pessoas mais esperam de seu líder. Ela implica esclarecer as expectativas das pessoas, tornando-as responsáveis, dispondo-se a transmitir tanto as más notícias, quanto as boas, dando às pessoas um retorno. O líder passa a imagem de alguém firme, previsível e justo, dedicado à verdade a todo custo.
Compromisso = ater-se às suas escolhas.
É talvez o comportamento mais importante de todos, porque se trata de comprometer-se com os compromissos feitos na vida, que requerem um esforço enorme e, se você não estiver comprometido como líder, provavelmente desistirá de exercer autoridade e voltará a uma posição de poder. Não é palavra popular nos dias de hoje. Se não queremos o bebê, abortamos; se não queremos o cônjuge, nos divorciamos dele, se não queremos o vovô, praticamos a eutanásia. Uma linda sociedade descartável.
Todos queremos estar envolvidos, mas poucos querem estar comprometidos. Há uma grande diferença entre esses dois comportamentos: quando formos fazer ovos com bacon, lembremo-nos que, para compor esse prato, a galinha estará envolvida, mas o porco estará comprometido!Resumindo, Quando amamos os outros e nos doamos a eles precisamos servir e nos sacrificar. Quando servimos e nos sacrificamos, construímos autoridade. E esta permite que ganhemos o direito de serem chamados líderes. Em resumo:
	Paciência
	Mostrar autocontrole
	Bondade
	Dar atenção, apreciação, incentivo
	Humildade
	Ser autêntico e sem pretensão ou arrogância
	Respeito
	Tratar os outros como pessoas importantes
	Abnegação
	Satisfazer as necessidades dos outros
	Perdão
	Desistir de ressentimento quando prejudicado
	Honestidade
	Ser livre de engano
	Compromisso
	Sustentar suas escolhas
	Resultados: serviço e sacrifício
	Pôr de lado suas vontades e necessidades; buscar o maior bem para os outros.
Capítulo 5 - O AMBIENTE
Homens e mulheres desejam fazer um bom trabalho. Se lhes for dado o ambiente adequado, eles o farào. - Bill Hewlett.
O capítulo se inicia com uma recapitulação de dois ensinamentos do monge ao executivo, num momento em que estão a sós: 1) suas ações falarão mais alto e serão muito mais importantes do que suas palavras; 2) muitas vezes queremos que nossas necessidades venham antes da necessidade dos outros.
Retornando à aula é referido o assunto principal: falar sobre a importância de criar um ambiente saudável para as pessoas crescerem e terem sucesso. É usada a metáfora do jardim: a natureza nos ensina com clareza a importância de criar um ambiente saudável se quisermos que o crescimento aconteça. Se tivermos todos os cuidados de jardinagem necessários, no devido tempo, você verá o crescimento das plantas e logo virão as flores e os frutos. E assim acontecendo, será correto dizer que se não foi o jardineiro que fez o crescimento, muito contribuiu para ele ocorresse. 
Nosso Criador é o único que sabe como uma pequena semente plantada no solo se transforma em um grande e frondoso carvalho. O melhor que podemos fazer é criar as condições adequadas para que o crescimento se dê.
Nosso relacionamento com as pessoas são semelhantes a contas bancárias, por exemplo, cujo saldo é decorrência de depósitos e retiradas que fazemos ao longo da existência dessas contas. À medida que mantemos um relacionamento com pessoas fazemos depósitos e retiradas nessas contas. Quando punimos uma pessoa publicamente, é óbvio que a envergonhemos na frente de seus amigos, aí fazemos uma “retirada” e ficamos a “descoberto”, não somente em relação à pessoa punida, mas em relação a tantos quantos estejam presenciando o fato. Os procedimentos negativos são muito mais marcantes que os positivos. Há estudos que afirmam que a relação entre a ação negativa para a positiva é de 1 para 4, para que a imagem do líder volte a ficar igual! A maioria das pessoas tem de si mesmas uma alta opinião, o que obriga o líder a ser muito cuidadoso em suas ações, porque ele poderá ter que passar anos construindo sua imagem e poderá ser perdê-la em um instante por uma simples indiscrição. 
Em nossa experiência de relacionamentos conhecemos superiores orientados pelo poder e que não estão interessados em respeito, amor e outros conceitos aqui expostos e isto é real. Pessoas que se apóiam no poder em geral se sentem ameaçadas por aqueles que se apóiam na autoridade. Quando isso acontece as pessoas do poder reagem, criando situações desconfortáveis para as outras, chegando às vezes a demiti-las. No entanto, há alguns lugares onde podemos tratar as pessoas com respeito e amor, apesar da maneira como somos tratados. E se, numa oportunidade com que nos defrontemos, encontrarmos uma verdadeira ilha saudável de tranqüilidade aparente, no imenso mar de tumulto que a cerca, com certeza identificaremos um verdadeiro líder ali, responsável por tal situação positiva. 
Mas como, sendo líder, é possível criar um ambiente assim? O líder é responsável pelo ambiente que existe em sua área de influência e delegaram a ele poder para cumprir sua responsabilidade. Portanto, ele tem o poder de determinar o comportamento de seus subordinados diretos. Como? Estabelecendo políticas e procedimentos que todos devem seguir, fazendo-os usar equipamentos de segurança, estabelecendo horários e códigos de conduta no ambiente em que eles estão, normalizando (ou normatizando) o comportamento dos liderados o tempo todo.
Mas é bom que se compreenda que nenhum código muda alguém. “A única pessoa que você pode mudar é você mesmo” (Alcoólicos Anônimos). “Todos querem mudar o mundo, mas ninguém quer mudar a si mesmo” (Tolstoi).
O melhor que podemos fazer é fornecer o ambiente certo e provocar um questionamento que leve as pessoas a se analisarem para poder fazer suas escolhas, mudar e crescer. Como? Quem não se comporta de tal jeito não deve permanecer naquele ambiente! 
Capítulo 6 - A ESCOLHA
Preocupar-se com o comportamento dos líderes, normatizar sua conduta é preferível a normatizar a conduta de todos os liderados. Se o time da liderança estiver no rumo certo, o resto seguirá normalmente. Em geral os problemas que identificamos nos liderados vêm das lideranças. É como observar a má conduta dos filhos e imputar-lhes a culpa. Tais comportamentos são sintomas do problema real, que está muito mais relacionado com a mãe e o pai.
O tema colocado pelo monge é que sentimentos positivos podem vir de comportamentos positivos, enquanto que o pensamento tradicional nos ensina que os pensamentos e sentimentos dirigem nosso comportamento. Esta aparente contradição é explicada a seguir pela práxis. A práxis ensina que o oposto também é verdadeiro. Nosso comportamento também influencia nossos pensamentos e nossos sentimentos. Quando nos comprometemos a concentrar atenção, tempo, esforço e outros recursos em alguém ou algo durante um certo tempo, começamos a desenvolver sentimentos pelo objeto de nossa atenção, ou, em outras palavras, nos tornamos “ligados” a ele. Ficamos presos a quem prestamos atenção, com quem passamos tempo ou a quem servimos. Entretanto, muitas pessoas pensam ou dizem que mudarão seu comportamento quando sentirem vontade de fazê-lo. Infelizmente, muitas vezes esse sentimento e essa vontade nunca vêm.
Casais a ponto de se divorciar, quando assumem um compromisso durante um determinado período, de se tratar como faziam enquanto estavam apaixonados, retomam os antigos sentimentos. Os sentimentos virão em conseqüência do comportamento. É difícil manter tal compromisso, mas, da mesma forma que, enquanto alongamos músculos, sentimos o desconforto das dores e do cansaço, assim também, o “alongamento” de nosso compromisso faz com que nossos sentimentos fiquem mais fortes do que antes.
Ao contrário, a espera da mudança, como se ela só ocorresse por um fator externo, gera atitudes do tipo só farei quando... Vou prestar atenção nela quando ela prestar atenção em mim...Mudarei quando...etc.
Já vimos que a liderança começa com uma escolha. Algumas dessas escolhas incluem encarar as tremendas responsabilidades que nos dispomos a assumir e alinhar nossas ações com as boas intenções. Mas muitas pessoas não querem assumir a responsabilidade adequada em suas vidas e preferem ignorar essa responsabilidade. Os neuróticos assumem responsabilidades demais e acreditam que tudo o que acontece é por culpa deles. Por exemplo, “meu filho fuma maconha porque falhei como pai”. Pessoas com problemas de caráter, por outro lado, assumem muito pouco a responsabilidade por seus atos. Tudo o que sai de errado é por culpa de outra pessoa. Por exemplo, “Bebo porque meu pai bebia”. E há os que ficam no meio, isto é, às vezes assumindo demais, às vezes de menos. 
Quando observamos certos comportamentos em nossa sociedade, onde são praticados crimes bárbaros por pessoas que os imputam a fatores ou circunstâncias externas ou passadas, como, por exemplo, insanidade mental, traumas por abusos sexuais na infância, etc, nos perguntamos: o que aconteceu com a responsabilidade pessoal de nossa sociedade? Esse fenômeno em parte se explica pelo conceito freudianodo determinismo, o qual afirma que para cada efeito ou evento, físico ou mental, há uma causa. Este princípio, ligado ao conceito de causa e efeito é o mesmo que nos leva a indagar qual a causa primeira de tudo que, em nossa visão religiosa, é Deus. Freud, entretanto, resolveu dar um passo adiante, e aplicou o mesmo princípio à vontade humana. Segundo ele, os seres humanos não fazem escolhas, e que o livre-arbítrio é uma ilusão. Nossas opções e ações seriam determinadas por forças inconscientes das quais nunca nos damos conta completamente. O determinismo genético permite culpar o avô pelos genes ruins de uma pessoa, explicando por que ela é alcoólatra. Enfim, tenho toneladas de novas desculpas para meu mau comportamento. 
Todavia, através deste material exposto, estamos aprendendo que, embora os genes e o ambiente têm efeito sobre nós, ainda somos livres para fazer nossas próprias escolhas. Por exemplo, gêmeos idênticos podem ter personalidades diferentes. A predisposição ao alcoolismo pode ser anulada pela ação firme da pessoa que se afasta dele. O estímulo vem sempre a nós, mas, como seres humanos, temos a habilidade de escolher nossa resposta. Contrapondo-se a Freud, que escrevera sobre a experiência de um ser humano sujeito à fome extrema e sua reação, Frankl, um judeu ex-prisioneiro de campo de concentração durante anos, escreveu: “O homem é essencialmente autodeterminante. Ele se transforma no que fez de si mesmo. Nos campos de concentração, por exemplo, (...) testemunhamos alguns de nossos companheiros portarem-se como porcos, enquanto outros se comportavam como santos. O homem tem ambas as potencialidades dentro de si mesmo: a que se efetiva depende das suas decisões, não das condições. Nossa geração é realista porque passamos a conhecer o homem como realmente é. Além do mais, o homem é esse ser que inventou as câmaras de gás de Auschwitz; entretanto, ele também é aquele que entrou nessas câmaras de gás de pé, com a oração do Senhor ou a Shema Yisrael nos lábios”. 
O caminho para a autoridade e a liderança, portanto, começa com a vontade. A vontade são as escolhas que fazemos para aliar nossas ações às nossas intenções. Todos temos que fazer escolhas a respeito de nosso comportamento e aceitar a responsabilidade por essas escolhas.
Nem sempre é considerado natural assumir determinados comportamentos, porque frutos da escolha que fizemos. Por exemplo, fazer xixi nas calças para uma criança é um comportamento natural. Só depois de treinar a autodisciplina é que ela adquire o hábito de usar o vaso sanitário. Há uma disciplina que nos leva a fazer o que não é natural ao mudar para comportamentos que nos pareçam, em princípio, não naturais, isto é, a minha natureza desejaria fazê-los de um modo habitual, “natural” para o nosso hábito.
Assim, são propostos quatro estágios para adquirir novos hábitos ou habilidades, mas que se aplicam totalmente no aprendizado de novas habilidades de liderança:
Estágio um: Inconsciente e sem habilidade
É aquele em que você ignora o comportamento e o hábito. Por exemplo, antes de sua mãe querer que você use o vaso sanitário. Você está inconsciente e desinteressado em aprender a prática e, obviamente, despreparado.
Estágio dois: Consciente e sem habilidade
É o estágio em que você toma consciência de um novo comportamento, mas ainda não desenvolveu a prática. É quando sua mãe começa a sugerir o vaso sanitário. Tudo é muito desajeitado, antinatural e até assustador.
Consciente e habilidoso
É quando você está se tornando cada vez mais experiente e se sente confortável com o novo comportamento ou prática. É quando a criança quase sempre consegue se controlar. Você está adquirindo o “jeito da coisa”.
Inconsciente e habilidoso
É o estágio em que você já não tem que pensar. Usar o vaso sanitário é a coisa mais natural do mundo, isto é, para você não poderia haver outra forma diferente. Datilógrafos, pianistas, violonistas, todos não pensam como seus dedos agem sobre o teclado, as cordas, e assim por diante. É o estágio daqueles que “dominam totalmente o instrumento”. É o estágio em que os líderes não precisam tentar ser bons líderes, porque são bons líderes. 
Para pessoas assim a liderança não é um estilo, mas é essência, caráter.
Lembram a citação: “pensamentos tornam-se ações, ações tornam-se hábitos, hábitos tornam-se caráter e nosso caráter torna-se nosso destino”.
Capítulo 7 – A RECOMPENSA
Para cada esforço disciplinado há uma retribuição múltipla – Jim Rohn
Uma das coisas mais importantes que o personagem Executivo aprendeu no curso está ligada ao conceito de Amor. Conforme explica o Monge, o Judaísmo evoluíra durante séculos e foi gravado em milhares de velhos pergaminhos, mas quando alguém quis saber de Jesus a única coisa mais importante da religião, ele respondeu simplesmente que era amar a Deus e ao próximo. Mais importante que ir à igreja ou seguir uma série de regras. Paulo também escreveu que apenas três coisas eram importantes: fé, esperança e caridade, sendo o amor, ou caridade, era a maior delas.
Como o executivo agradecera o monge por não ter se preocupado em doutrinar alguém durante o curso, este lhe repete uma fórmula de S. Agostinho: devemos pregar o evangelho em toda parte aonde formos e usar só palavras quando necessário. 
O executivo declara que quanto mais quebrasse seu orgulho e seu ego, mais alegria sentiria em sua vida. Declara-lhe o monge (que fora um grande executivo antes de entrar para a vida religiosa) que quando chegou ao seminário para o curso, tudo lhe pareceu muito difícil, só Deus sabia quanto tinha lutado e ainda tinha que lutar para desapegar-se e doar-se aos outros. Mas agora tudo se tornara mais fácil, porque esses sacrifícios tinham se tornado mais inconscientes e ele ficara mais habilidoso. E Jesus o ajudava ao longo do caminho. O executivo revela que infelizmente ele não possuía a fé que o monge mostra ter. Este lhe responde que, apesar de não poder provar nem a existência, nem a inexistência de Deus, tudo depende da visão que temos do mundo, isto é, não vemos o mundo como ele é, mas o vemos como somos. Vemos e encontramos as coisas que procuramos.
Reiniciada o último dia de aula, é dito que a disciplina exigida para liderar com autoridade nos trará ganhos e benefícios. A missão de construir autoridade servindo aqueles pelos quais o líder é responsável poderia dar ao líder uma visão real da direção que ele ou ela vai tomar. E quando se tem essa visão a vida passa a ter um propósito e um significado. 
As declarações de missão das organizações são boas e até servem a um propósito positivo. Mas nunca devemos nos esquecer que as pessoas aderem ao líder antes de aderirem a uma qualquer declaração de missão que o líder tiver. Liderados às vezes procuram desesperadamente objetivos e o sentido do que fazem e, se essa necessidade não é satisfeita, voltam-se para as drogas, a violência, gangues, etc. para preencher o vácuo.
Arriscar-se mais, refletir mais, realizar mais coisas que permanecem são anseios daqueles que viveram muito. Tudo na vida é arriscado, principalmente quando se propõem mudanças e o líder é um agente de mudanças. 
Outra recompensa é uma vida de harmonia espiritual. A vida do líder com certeza estará em sintonia com Deus. Se o líder é paciente, dá atenção, valoriza, satisfaz as necessidades dos liderados, perdoa, é honesto, dá retorno e condições dos liderados atingirem seus objetivos, seu comprometimento está em completa sintonia com a regra de ouro de qualquer religião que é o Amor. O Pai quer que nos amemos uns aos outros.
Outra recompensa é a alegria de que se cercará o líder. Alegria, não felicidade, porque felicidade é baseada em acontecimentos. A alegria é um sentimento muito mais profundo, que não depende de circunstâncias externas. A maioria dos líderes que se apoiaram na autoridade tem falado dessa alegria: Jesus Cristo, Buda, Gandhi... Servir os outros nos livra dasalgemas do ego e da concentração em nós mesmos que destroem a alegria de viver.
Lembrando os conceitos evocados no capítulo anterior, pessoas que deixam de crescer se tornam mais egoístas e autocentradas; constroem muros emocionais em torno de si. São atitudes mais “naturais”. Doar-se aos outros não é natural. Disciplinar-se para a doação ao próximo é aprender a fazer o que não é natural. Amar os outros, doar-se e liderar com autoridade nos forçam a quebrar nossos muros de egoísmo e ir ao encontro das pessoas. Quando negamos as nossas próprias necessidades e vontades e nos doamos aos outros, crescemos. Tornamo-nos menos autocentrados e mais conscientes dos outros. A alegria é uma conseqüência dessa doação.
Síntese preparada por
Luiz Garcia
Janeiro/2006. 
� Faculdade = poder natural ou adquirido de fazer alguma coisa; capacidade; aptidão inata, disposição, tendência. (dic. Aurélio)

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