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LINGUAGEM E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO Ficha Catalográfica DIRETORIA DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Linguagem e Interpretação de Textos São Paulo 2018 FICHA TÉCNICA Prof. José Fernando Pinto da Costa Presidência da Mantenedora Prof. José Fernando Pinto da Costa Reitoria Sthefano Bruno Pinto da Costa CEO Profa. Me. Patrícia Paiva Goncalves Bispo Diretoria de EaD Prof. Me. Fernando Henrique Ferreira Coordenador Pedagógico Profa. Dra. Léa Dolores Reganhan de Oliveira Coordenadora de Área Felipe Galesi Raimo Coordenador AVA Priscila Corrêa Dias Analista de Conteúdo EaD Rogério Batista Furtado Web Designer Dtcom Autoria APRESENTAÇÃO Car@ Alun@, No processo de comunicação, é essencial entendermos a relação que se estabelece entre a comunicação e as linguagens oral e escrita, compreendendo como formas mais utilizadas para transmissão de mensagens. Na primeira, cujo caráter de interação é de imediato, com possibilidades de estratégias para usufruirmos a maior habilidade que nos foi legada: a linguagem, a segunda, escrita, criou a possibilidade de registrar a nossa história. Esperamos por meio desse enfoque, propiciar a você, mecanismos que não apenas desenvolvam essas habilidades essenciais, como também a reflexão de uma das maiores habilidades que possibilitou ao homem o domínio sobre o planeta: a fala articulada no processo comunicativo. Bons estudos! O PROCESSO DA COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA 1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 10 2. O PROCESSO DE COMUNICAÇÃO.......................................................................... 10 3. ELEMENTOS QUE COMPÕEM O PROCESSO DA COMUNICAÇÃO ..................... 11 4. O PROCESSO DE COMUNICAÇÃO POR MEIO DA LINGUAGEM ORAL............... 13 5. CRIANDO ESTRATÉGIAS DE COMUNICAÇÃO ORAL ........................................... 14 6. O PROCESSO DE COMUNICAÇÃO: A LINGUAGEM ESCRITA ............................. 16 A linguagem escrita ......................................................................................... 16 7. O SIGNO LINGUÍSTICO E A REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DA LÍNGUA ............... 18 8. A IMPORTÂNCIA SOCIAL DA LINGUAGEM ESCRITA .......................................... 20 9. REVISÃO DA AULA ................................................................................................... 21 10. REFERÊNCIAS......................................................................................................... 22 1 8 9 AULA 1 O PROCESSO DA COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA Reconhecer a importância do domínio da oralidade; Avaliar estratégias de comunicação oral; Entender que a escrita é a representação gráfica da fala; Compreender a escrita como função social. 10 1. INTRODUÇÃO A humanidade aprendeu a falar há mais de 100 mil anos e, graças a esta habilidade, somos capazes de estabelecer comunicação, transmitindo mensagens por diferentes canais. Neste contexto, precisamos entender que este processo, especialmente a comunicação oral, cujo propósito de interação é imediato, possui estratégias que possibilitam usufruirmos da maior habilidade que nos foi legada: a linguagem (NICOLA, 2014, p. 117). Ao final desta aula, você deverá reconhecer a importância do domínio da oralidade e criar estratégias de comunicação oral. 2. O PROCESSO DE COMUNICAÇÃO “Quem não se comunica se trumbica”. Certamente, você já ouviu esta frase eternizada pelo grande apresentador José Abelardo Barbosa de Medeiros, mais conhecido como Chacrinha. Abelardo Barbosa, como um bom comunicador de rádio e TV, tinha a noção real da importância da comunicação para a vida. A palavra comunicação é oriunda do latim communicare, que tinha um caráter semântico de partilhar conhecimento. Porém, de acordo com o dicionário da Academia Brasileira de Letras (ABL, 2008), a palavra comunicação tem sentido mais amplo, sendo o ato de transmitir e receber mensagens e a capacidade de dialogar, a partir de um entendimento recíproco. Desta forma, podemos dizer que a comunicação é interação social, cultural, ideológica e psicológica, e que envolve compartilhamento de mensagens, independentemente de seu conteúdo (AZEREDO, 2008, p. 53). 11 Imagem 1: Compartilhamento de informações1. Agora que entendemos o que é comunicação, conheceremos, no item a seguir, os elementos que compõem o seu processo. 3. ELEMENTOS QUE COMPÕEM O PROCESSO DA COMUNICAÇÃO O processo de comunicação humana é amplo. Saber quais são as suas principais características é importante, uma vez que quem não se comunica com eficiência pode enfrentar dificuldades nas suas relações sociais e no mercado de trabalho. FIQUE ATENTO Ao distinguir a oralidade da escrita, verificaremos a importância da oralidade na comunicação. Assim, é fundamental conhecermos como se estabelece o ato comunicativo, quando na fala e/ou na escrita. De acordo com Nicola (2014), os elementos que seguem são essenciais no ato comunicativo: • emissor (ou falante): cria e codifica a mensagem. O emissor é quem manipula o código; • receptor (ou interlocutor): é o participante da comunicação, ou seja, quem recebe a mensagem e/ou a quem se destina a mensagem; 1 Fonte: © Deepadesigns // Shutterstock 12 • mensagem: conteúdo que está sendo transmitido ou que se deseja transmitir. É a parte mais importante do ato comunicativo; • canal: meio pelo qual a mensagem é transmitida; • código: sistema no qual a mensagem será transmitida; • referente: tema que se transmite na mensagem. Dentre estes recursos há, ainda, o contexto situacional, ou seja, o ambiente externo aos participantes do ato comunicativo, no qual se desenvolve o processo e a intenção do falante, que é o que se deseja, de fato, com a mensagem transmitida (NICOLA, 2014). Quando um professor opta por dar uma aula expositiva para crianças de 5 anos com linguagem erudita, não há uma adequação da comunicação oral ao contexto situacional. Veja que, no mínimo, a situação comunicativa não se estabelecerá, já que os receptores da mensagem não estão preparados para receber informações em uma linguagem própria para adultos. Imagem 2: O ato comunicativo2. Vimos que os elementos que compõem o processo da comunicação são indispensáveis ao nosso estudo, uma vez que sem eles não há o ato comunicativo. No item a seguir, trataremos da comunicação por meio da linguagem oral, compreendendo que ela está diretamente ligada a estes elementos. 2 Fonte: © Monkey Business Images // Shutterstock. 13 4. O PROCESSO DE COMUNICAÇÃO POR MEIO DA LINGUAGEM ORAL Conhecer os recursos da linguagem, em especial os que envolvem a linguagem oral, é fundamental para que a comunicação entre emissor e receptor seja eficaz e eficiente, e esteja adequada ao contexto em que está inserida (NICOLA, 2014). Lembre-se de que comunicar é também ouvir o outro – respeitando o seu conhecimento prévio de entendimento para que a mensagem suscite, ainda, a resposta esperada dentrodo contexto situacional. A linguagem é a capacidade do homem de articular significados coletivos e compartilhá-los (TERRA, 1997). A linguagem se adequa à situação comunicativa e permite a socialização das pessoas porque se não houver uma interação entre o falante e o receptor, não haverá possibilidade de compreensão da mensagem, objetivo da comunicação. Assim, podemos dizer que linguagem é uma forma de transmissão de conhecimento (AZEREDO, 2008), que pode ser tanto na forma verbal quanto não verbal. FIQUE ATENTO A linguagem verbal é aquela que é falada ou escrita; e a linguagem não verbal é aquela que acontece por meio de símbolos, sinais, tanto os visuais quanto os sonoros. No ambiente escolar, de maneira geral, a ênfase é dada à escrita, pois, tradicionalmente, não é costume ressaltar a aprendizagem e aplicação da fala aos diferentes contextos, dado que a gramática normativa é, ainda, a variante de maior prestígio da língua. Porém, há, neste sentido, um equívoco, visto que a primeira manifestação da linguagem é a fala e não a escrita (MARCUSCHI, 2003). Assim, é fundamental reconhecer a importância da oralidade e, mais do que isso, dominar os recursos que são intrínsecos a ela, para que a comunicação atinja os objetivos desejados pelo emissor da mensagem. SAIBA MAIS A oralidade tem o mesmo valor de outras formas de comunicação (ou até mais) nos fins comunicativos, já que ela é impactante, acontece de modo imediato e realiza desde a comunicação informal até a formal. 14 Na comunicação oral, existem recursos que não são passíveis de utilização na linguagem verbal escrita. Não é possível, por exemplo, reproduzir com exatidão o sentimento, ou seja, o contexto psicológico em que se desenvolve uma conversação. Quando a linguagem oral é utilizada como meio de comunicação, ela tem um propósito bem definido: manter relações sociais. Imagem 3: A comunicação oral3. Deste modo, recorremos comumente às conversações na forma de expressão oral, uma vez que é nesta manifestação que somos mais espontâneos e utilizamos expressões mais rápidas e diretas. Além disso, as trocas de temas também costumam ser frequentes e nem sempre ocasionam problemas de entendimento (na linguagem verbal escrita, certamente, ocasionaria). Nesta modalidade, costumamos enunciar frases inacabadas, ou até mesmo soltas. Porém, contamos com o apoio de expressões gestuais, de efeito, que complementam a comunicação, permitindo um entendimento claro por parte do interlocutor. Vimos, então, a importância da comunicação oral para a manutenção das nossas relações sociais. A seguir, serão salientadas algumas estratégias as quais devem ser adotadas para que a comunicação oral se faça de modo eficaz. 5. CRIANDO ESTRATÉGIAS DE COMUNICAÇÃO ORAL Já entendemos a importância de empregar, em cada contexto, a linguagem oral adequada. Este conhecimento se aplica, por exemplo, em uma reunião de negócios, em que 3 Fonte: © Ollyy // Shutterstock. 15 utilizamos uma linguagem oral mais formal, e em uma conversação familiar, ou entre amigos, em que usamos uma linguagem informal, que nos permite liberdade no uso de expressões (NICOLA, 2014). EXEMPLIFICANDO Entrevistas para vaga de trabalho são consideradas situações formais. Logo, é adequado usar linguagem leve, polida, clara e objetiva, permitindo ao interlocutor conhecer a personalidade do falante e, assim, entender que ele sabe adequar a sua linguagem ao contexto situacional. Note que, na comunicação oral, o receptor recebe a mensagem ao mesmo tempo em que o emissor a transmite. Isso faz com que ela seja efêmera, ou seja, não se conserva; mesmo nos dias atuais, em que gravações com gadgets e/ou aplicativos permitem tamanha interação. Imagem 4: Estratégias na comunicação oral4. Entretanto, a mensagem oral, muitas vezes, precisa ser repetida para chegar no receptor. Neste caso, ela requer estratégias para que as intencionalidades comunicativas sejam cumpridas. Cada mensagem possui uma intenção, seja ela dar uma ordem, emitir um recado ou dar uma instrução. De acordo com Moraes (2008), toda a prática comunicativa oral requer estratégias, a saber: • evitar interferências de sons externos; • evitar ruídos fisiológicos: uma simples dor de cabeça pode interferir na propagação da mensagem, já que gestos também interferem em como o receptor receberá a mensagem; 4 Fonte: © Dean Drobot // Shutterstock. 16 • evitar divagar ao longo da enunciação: refletir demais, pausar durante a transmissão da mensagem; • evitar termos técnicos ou terminologias que o receptor desconhece. Estas estratégias mostram que, além de compreender a oralidade, deve-se criar técnicas de uso nas mais diferentes situações. Na linguagem oral, apesar de ser rápida e direta, há repetições de frases e, por vezes, de ideias, por isso é preciso utilizar as ferramentas necessárias para que ela se torne eficaz, com a mensagem entendida em sua plenitude. 6. O PROCESSO DE COMUNICAÇÃO: A LINGUAGEM ESCRITA Entenderemos por meio deste tópico a relação que se estabelece entre a comunicação e a linguagem escrita, compreendendo a sua necessidade como uma das formas utilizadas para expressar e transmitir mensagens duradouras (MORAES, 2008). Você sabia que é por meio da escrita que conseguimos registrar a nossa história? E que a primeira grande utilidade da escrita foi gravar informações de interesses governamentais entre as cidades? No decorrer deste texto, faremos um trajeto para compreender a escrita como um legado e veremos que nem todas as línguas que existem no mundo apresentam esta modalidade como meio de comunicação. A linguagem escrita A linguagem é composta por elementos distintos, sendo que o mais marcante, e imediato, é a fala. Porém, devemos nos atentar a outro elemento, que está igualmente presente em nossa comunicação: a escrita. FIQUE ATENTO A primeira questão que devemos entender sobre a escrita é que ela é uma modalidade arbitrária, ou seja, é uma criação humana, um sistema que foi convencionado a partir da fala; logo, a sua representação é gráfica. Não confunda língua com escrita. 17 Em certo momento da história da humanidade, houve a necessidade da criação de um sistema que representasse as ideias e as palavras e, deste modo, permitisse a preservação das informações trocadas, de modo não tão aleatório (TERRA, 1997). Imagem 5: Dos símbolos à representação gráfica dos sons das palavras5. EXEMPLIFICANDO Imagine uma sociedade que comercializa seus produtos apenas de forma verbal, de uma pessoa para outra. Como fazer valer os acordos se eles não forem escritos? A escrita possibilita um registro permanente, tanto para quem se compromete a vender quanto a pagar. Evolutivamente, os primeiros a criarem um sistema gráfico de representação da fala foram os mesopotâmicos, há mais de cinco mil anos. Em seguida, vieram os famosos hieróglifos egípcios e, na sequência, os fenícios, que desenvolveram o que há de mais próximo ao nosso alfabeto. 5 Fonte: In Green, Shutterstock, 2017. 18 Imagem 6: A escrita é a representação gráfica da fala6. Como você pôde observar até aqui, a escrita se consolidou aos poucos, atendendo às necessidades de cada povo, em diferentes contextos e tempos. A escrita foi sendo adaptada conforme a “fala” local, por isso, os idiomascostumam possuir influências de diferentes ramificações – como o português, que tem influências notórias do idioma árabe, posto que este povo circulava pela região do Lácio, onde era falado o Latim, precursor das línguas românicas. Esse processo era realizado a partir das necessidades linguísticas e, por consequência, passou por certas normatizações. Dessa forma, ao passo que as primeiras representações gráficas da língua foram surgindo, apareciam também as primeiras gramáticas. No próximo item, vamos entender como se desenvolve a representação gráfica da língua e a sua relação com o signo linguístico. 7. O SIGNO LINGUÍSTICO E A REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DA LÍNGUA Ao utilizarmos a linguagem, percebemos que um dos elementos fundamentais para a efetivação do propósito comunicativo é a palavra, cuja representação se dá por meio do signo linguístico (TERRA, 1997). 6 Fonte: Kalomirael, Shutterstock, 2017. 19 EXEMPLIFICANDO Imagine um quadro contendo a imagem de um gato, animal quadrúpede, pertencente à família dos felinos. O que se vê é um signo e não um gato, ou seja, olhamos a imagem. Assim, o signo passa a ter duas unidades distintas, ligadas de maneira arbitrária pelo seu significado e significante. O signo linguístico, conceito que irá auxiliar em nossa compreensão sobre a linguagem escrita, é a representação gráfica e sonora, concretizada com a ajuda de fonemas e letras do alfabeto, ou seja, realizada a partir dos principais elementos da escrita (TERRA, 1997). Temos, então, que distinguir que a língua falada se faz por meio de uma representação sonora que, de maneira convencionada, concretizou-se por meio da escrita dos símbolos organizados a que chamamos de letras do alfabeto. Observe: GATO= Significado - imagem / representação psíquica Significante - G-A-T-O / sonoro e gráfico FIQUE ATENTO Os signos linguísticos são visuais, isto é, possibilitam a expressão de uma ideia. Além de serem componentes básicos dos códigos, eles são arbitrários, convencionados, como já vimos. Da composição do signo linguístico, o nosso maior interesse é o significante, ou seja, a representação gráfica da palavra. Imagem 7: Signo - representação sonora e gráfica7. 7 Fonte: Undrey, Shutterstock, 2017. 20 Como vimos, há uma relação de sentido entre o significado e o significante. Não podemos escrever “banana” quando queremos expressar a ideia de um meio de transporte, por exemplo. O mesmo se dá quando pensamos no significado da palavra “cadeira”, que, convencionada pelo homem, mantém relação significativa direta com a sua função, que é, a princípio, a de “acomodar as cadeiras; a região dos quadris”. Alguns signos são universais. Veja que ao fazermos um aceno de mão, ele será entendido universalmente. O que muda é o significante, de acordo com a língua pelo qual ele é representado. Os signos ainda podem ser classificados como ícone (guardam semelhança com o que representam, como as fotografias), índice (mantém relação contínua com o que representam, como as marcas de pegadas, ou as nuvens negras sinalizando tempestades) e símbolo (marcas, logotipos, símbolos matemáticos, por exemplo). O símbolo é o que se fundamenta de maneira social, ou seja, há uma relação de sentido entre significante e significado (TERRA, 1997). Aqui, ainda, é importante reforçar que os aspectos não verbais (ou paralinguísticos) que constituem os signos, acompanhando a comunicação verbal, também devem ser diferenciados da linguagem escrita. 8. A IMPORTÂNCIA SOCIAL DA LINGUAGEM ESCRITA A escrita é a modalidade que representa a fala, mas, diferentemente desta, ela é rígida e não conta com os recursos e elementos que auxiliam na comunicação oral. Em geral, ambas são confundidas em seus respectivos usos pelos falantes, o que acaba sempre comprometendo a comunicação. Em outros termos, oralidade e escrita não se misturam, pois não escrevemos como falamos, uma vez que a linguagem escrita possui regras rígidas e definidas (MORAES, 2008). Assim, fala e escrita se distinguem justamente no momento em que fazemos o uso das duas modalidades linguísticas. FIQUE ATENTO A escrita necessita de regras as quais devem ser seguidas – sujeito, verbo e complementos, ou, em termos textuais, introdução, desenvolvimento e conclusão – para que o leitor da mensagem, não ouvinte, consiga identificar com exatidão e clareza o que se pretende com aquele ato comunicativo (MORAES, 2008). 21 Sem dominar as articulações da linguagem escrita é muito difícil expressarmos com clareza, objetividade, eficiência e, principalmente, conseguirmos alcançar as intencionalidades que são propostas e planejadas durante a produção da comunicação escrita. Deste modo, devemos compreender que a escrita apresenta uma função social. Adequar a linguagem escrita a contextos, como em uma proposta de trabalho, carta de amor, e-mail, entre outros, é fundamental para a comunicação humana. Sem esta adequação, as mensagens transmitidas e a relação entre emissor e receptor ficam comprometidas. Vale lembrar que não há certo ou errado em linguagem, mas o que está adequado ou inadequado ao contexto (TERRA, 1997). No processo comunicativo escrito, há outro fator que promove interferência, tanto na clareza das mensagens emitidas quanto na recepção e entendimento delas: a intertextualidade. Nesse contexto, ao dominar as articulações da escrita, podemos “colocar um texto dentro do outro”, reescrevendo-os, reinventando-os, de modo que a própria escrita começa a incorporar novos contornos e significações. Vimos, então, que a escrita é objetiva, possui articulações arbitrárias, mas que convém dominá-las, uma vez que este é o meio de linguagem que possui maior prestígio social. 9. REVISÃO DA AULA • Com a compreensão do que é a linguagem escrita, concluímos o estudo relativo ao processo de comunicação. Agora, você já entende que a escrita é a representação gráfica da fala e, certamente, compreende que a escrita possui uma função social. • Nesta aula, compreendemos o processo de comunicação, especialmente no que se refere à linguagem oral. • Além disso, reconhecemos a importância do falante ter o domínio da oralidade durante os processos comunicativos. • Vimos, também, que algumas estratégias podem ser criadas para que a comunicação oral aconteça de maneira eficaz, objetiva e clara. 22 10. REFERÊNCIAS ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS. Dicionário Escolar da Língua Portuguesa. 2. ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2008. AZEREDO, José Carlos de. Gramática Houaiss da Língua Portuguesa. São Paulo: Publifolha, 2008. BAGNO, Marcos. A Língua de Eulália: Uma Novela Sociolinguística. 15. ed. São Paulo: Editora Contexto, 2001. MARCUSCHI, Luiz Antônio. Da fala para a escrita: atividades de retextualização. 4. ed. São Paulo: Cortez, 2003. MORAES, Augusta Magalhães Carvalho et al. Enciclopédia do Estudante: redação e comunicação; técnicas de pesquisa, expressão oral, e escrita. São Paulo: Moderna, 2008. NICOLA, José de. Gramática e texto. Volume único 1,2,3. São Paulo: Scipione, 2014. SAUSSURE, Ferdinand. Curso de Linguística Geral. 28. ed. São Paulo: Cultrix, 2012. SILVA, Deonísio. De onde vêm as palavras: origens e curiosidades da língua portuguesa. 5. ed. São Paulo: Mandarim, 1997. TERRA, Ernani. Linguagem, Língua e Fala. São Paulo: Scipione, 1997. VIANA, Neilane de Souza. A linguagem escrita na era da tecnologia: Investigando a informalidade nasc omunicaçõeson line. Revistas Vozes dos Vales: Universidade Federal dos Vales dos Jequitinhonha e Mucuri. n. 2. v. 1, out. 2012. Disponível em: <site.ufvjm.edu.br/revistamultidisciplinar/files/2011/09/A-LINGUAGEM- ESCRITA-NA-ERA- DA-TECNOLOGIA-neilane.pdf>. Acesso em: 19 jul. 2016. 23
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