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Plano de Aula: Contratos Empresariais DIREITO EMPRESARIAL APLICADO II - CCJ0134 Título Contratos Empresariais Número de Aulas por Semana Número de Semana de Aula 7 Tema Contratos Empresariais: características, princípios gerais e espécies. Objetivos - analisar as principais características desses tipos de contrato, bem como seus requisitos de validade. - compreender os princípios aplicáveis a esses tipos de contratos. - conhecer os contratos empresariais e identificar suas espécies e aplicabilidade. Estrutura do Conteúdo 1. Contratos Empresariais: características e princípios gerais. Basicamente, contratos empresariais são aqueles celebrados entre empresários, ressaltando que o regime jurídico que será aplicado aos contratos realizados entre empresários varia de acordo com o tipo e a natureza do negócio jurídico realizado, tendo em vista que se a relação jurídica for caracterizada como uma relação de consumo, serão aplicadas as regras do direito consumerista. Nesse aspecto, os contratos empresariais estudados na presente aula, serão analisadas sob o prisma da legislação aplicável aos contratos realizados entre empresários no exercício da atividade empresarial. Vários princípios podem ser aplicados a esses tipos de contrato, como os princípios da autonomia da vontade; princípio do consensualismo; princípio da relatividade; princípio da boa-fé, dentre outros. 2. Espécies de contratos 2,1, A Compra e Venda Mercantil: Na Compra e Venda Mercantil, comprador e vendedor devem ser empresários e o objeto da compra é comprar para revender. A partir de 2002, o regime jurídico da Compra e Venda Mercantil passou a ser basicamente o mesmo de qualquer outro contrato de Compra e Venda Civil. Os conceitos e especificidades de cada contrato foram mantidos, mesmo com a uniformização legislativa do direito privado. A única distinção repousa na delimitação dos direitos e obrigações dos contratantes, no que diz respeito às conseqüências nos casos de insolvência ou falência. Na Compra e Venda Mercantil, em casos de falência, procede-se a execução concursal do devedor. A obrigação principal do comprador é pagar o preço no prazo e no local avençados, como também receber a coisa no prazo, modo e localcontratado. Quanto ao devedor, são três suas obrigações: a) Proceder a entrega da coisa no prazo estipulado; b) responder pelos vícios da coisa; c) responder pela evicção. 2.2. Representação Comercial ou Agência ou Distribuição: Este contrato encontra-se definido no artigo 710 do Código Civil, como aquele em que uma das partes, o representante comercial, se obriga, mediante uma remuneração, a angariar negócios mercantis, como a compra e venda, dos produtos fabricados ou comercializados pelo representado. Pelo novo Código Civil, o Contrato de Representação Comercial, adotou a denominação de Contrato de Agência. Não se confunde este contrato com o Contrato de Mandato Mercantil, pois o representante não age em nome do representado (fabricante), quem conclui a compra e venda é sempre o representado. 2.3.Comissão Mercantil: O artigo 693 do Código Civil define o Contrato de Comissão, como aquele que ”tem por objeto a aquisição ou a venda de bens pelo comissário, em seu próprio nome, à conta do comitente.” Tem-se de um lado o comissário, empresário que angaria negócios em seu próprio nome, mas por conta e risco do empresário comitente, empresário, fabricante ou fornecedor. Este contrato se diferencia do mandato na medida em que o comissário atua em nome próprio, assumindo a responsabilidade pessoal perante terceiros por seus atos praticados e no mandato o mandatário atua em nome do mandante. 2.4.Concessão Mercantil: Este contrato se define como aquele em que um empresário, denominado concessionário, se obriga a comercializar os produtos fabricados por outro empresário, denominado concedente. Este contrato pode ter ou não cláusula de exclusividade ou territorialidade. Por exclusividade, entende-se que o concessionário se obriga a não comercializar com produtos diversos dos fabricados pelo concedente e por territorialidade, e a proibição do concedente em comercializar na área de atuação do concessionário, em razão da Concorrência Desleal, pois o fabricante, óbvio, venderia o produto a preço de fábrica. 2.5. Franquia: É o contrato através do qual um empresário (franqueador), concede a outro empresário (franqueado), o uso de sua marca, prestando-lhe serviços de organização empresarial, para comercializar produtos ou as marcas de sua propriedade, mediante uma remuneração, sem que os mesmos estejam ligados por qualquer vínculo de subordinação. Aplicação Prática Teórica CASO CONCRETO: (TJRJ – XLIV Concurso – Magistratura – 2ª fase – adaptada) A Representações de Papéis Ltda, com sede nesta cidade, é notificada por B Celulose S/A, dando conta da extinção do contrato firmado entre as partes, em maio de 2017, que vigorava por prazo indeterminado. Na oportunidade, foi esclarecido que a partir do recebimento da referida notificação, novos negócios em nome da notificante, não poderiam ser realizados, pois esta passaria a operar diretamente com os clientes os respectivos pedidos. Inconformada, A propõe ação em face de B, onde sustenta que fez grandes investimentos no interesse desta última, não deu causa à extinção do contrato, cujos negócios dele oriundos representavam 80% do seu faturamento, não tendo sido observado o prazo legal para que a notificação pudesse surtir o efeito pretendido. Além disso, a cessação abrupta da atividade desenvolvida acarretara danos materiais e morais que pretendia ver indenizados. Esclareça qual a disciplina legal a ser adotada, bem como explique as peculiaridades do contrato e o alegado direito à indenização. . QUESTÃO OBJETIVA: (ADVOGADO PETROBRÁS – CESGRANRIO/2011) Quando um empresário licencia o uso de sua marca a outro, prestando-lhe serviços de organização empresarial, com ou sem venda de produtos, mediante remuneração direta ou indireta, sem que fique caracterizado vínculo empregatício, tem-se um contrato de: a) compra e venda mercantil. b) comodato. c) franquia. d) corretagem. e) comissão mercantil.
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