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PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO- RESUMO UNIDADE 1

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PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO- RESUMO UNIDADE 1
Grande desenvolvimento da ciência durante o século 19 tendo como base os pensamentos extremamente racionalistas de Descartes. 
O Avanço da ciência da época - necessidade capitalista de respostas e soluções técnicas para diversos problemas.
Neste mesmo período se desenvolveu estudos relacionados:
a neuroanatomia e fisiologia que aos poucos se encaminhava para os estudos da mente humana.
Neste mesmo período a Alemanha era um grande centro de pesquisas científicas e liberdade de ensino. Sendo assim foi grande a procura por novas áreas de conhecimento, principalmente o da psicologia após seu surgimento.
Por meio de Phineas Gage iniciou-se os estudos na área da psicobiologia, uma vez que se tornou possível associar o comportamento ao funcionamento cerebral.
Outro personagem importante na história da psicologia foi Wilhelm Wundt, “fundador” da Psicologia como disciplina acadêmica formal. O mesmo fundou, em 1879, o Laboratório de Psicologia da Universidade de Leipzig, onde permaneceu até meados de 1917, quando, então, se aposentou.
Foi em Leipzig que estudantes de múltiplas nacionalidades se formaram e vieram a fundar diversos laboratórios de psicologia pelo mundo.
A partir daí, a Psicologia foi institucionalizada e reconhecida pela Universidade de Leipzi. 
É interessante observar que, embora a Psicologia tenha ganhado o status de Ciência, ainda permaneceu subordinada à Faculdade de Filosofia nas universidades alemãs.
Wundt foi de extrema importância para a psicologia, além de ter fundado um laboratório que ganhou importância acadêmica na época, lutou para que a psicologia se fixasse com ciência.
Realizava experimentos para levantar dados sistemáticos e objetivos que poderiam ser replicados por outros pesquisadores. Para poder permanecer fiel a seu ideal científico, Wundt se dedicou principalmente ao estudo de reações simples a estímulos realizados sob condições controladas.
As ideias de Wundt acabou por fundamentar as bases do Estruturalismo que foram amplamente divulgadas por um de seus discípulos, Edward Titchener.
ESCOLAS DA PSICOLOGIA
Estruturalismo
Estuda a consciência e sua estrutura utilizando a introspecção e experimentos em laboratório.
O psicólogo deveria analisar a mente humana com base nas unidades elementares que a compõem. Essas unidades elementares correspondem aos elementos básicos da consciência, subdivididos em: estados de sensação, imagens e estados afetivos.
O estado de sensação (vinculado à percepção) inclui as ações da visão, do olfato, do tato e da audição. Já as imagens relacionam-se às idéias, isto é, torna-se possível recorrer às lembranças. O terceiro elemento, por fim, representa os estados afetivos experimentados em situações de tristeza, amor e ódio.
O Estruturalismo foi de grande importância para que a Psicologia se tornasse uma Ciência.
Para Titchener a Psicologia pode ser entendida como o estudo dos elementos da consciência por meio da introspecção. Por meio da desta o indivíduo explora sistematicamente seus próprios pensamentos e sensações a fim de ganhar informações sobre determinadas experiências sensoriais. A tônica do trabalho era compreender o que é a mente, e os porquês de seu funcionamento. Seu objeto de estudo era a estrutura consciente da mente e do comportamento, sobretudo as sensações.
O Estruturalismo compreendia uma tradição, na qual se perguntava: o que é a consciência?
Titchener levou o Estruturalismo da Alemanha para os Estados Unidos, conforme sua concepção de Psicologia e fora dos moldes wundtianos, permanecendo em evidência por 20 anos até ser superado por outros movimentos.
O pesquisador também foi defensor do Associacionismo, razão do distanciamento de Wundt, que fazia críticas voltadas à incapacidade de os associacionistas explicarem a dimensão dos sentimentos e da vontade na vida mental. Ainda segundo Titchener, a análise das estruturas fundamentais (processos psíquicos conscientes) e a descoberta de seus mecanismos associativos eram objetivos da Psicologia estruturalista.
Em meados do século 19, nos Estados Unidos, igual aos países europeus, houve um processo de urbanização e avanço industrial, decorrendo daí um estímulo à expansão do sistema escolar.
É nesse contexto que a Psicologia passou a ter um papel relevante no ajuste, classificando e selecionando os indivíduos necessários à nova demanda nas fábricas e escolas.
Desse modo, diante de toda a modernidade, houve um estímulo, também, ao desenvolvimento das universidades norte-americanas e uma influência acentuada do evolucionismo darwinista, que contribuiu com novos conceitos, tais como adaptação, função e equilíbrio, para a Ciência da época.
Assim, com o que estudamos, Titchener mantinha uma visão da Psicologia direcionada para uma Ciência adulta generalizada; assim, ele não se interessava pelas diferenças individuais, isto é, pela singularidade entre mentes diferentes, e pelos aspectos que diferenciam um ser humano de outro.
Além disso, foram excluídos de suas pesquisas as crianças, os animais, os deficientes mentais e as pessoas incapazes, uma vez que estes jamais poderiam fazer uma introspecção.
É relevante mencionar, ainda, a exclusão da Psicologia industrial e da Psicologia da Educação de suas pesquisas.
Em 1892, Titchener levou para a Universidade de Cornell (EUA) a Psicologia estruturalista. Em 1898, tornou-se o precursor da Psicologia funcionalista ao tentar diferenciá-la de sua Psicologia estruturalista. Dessa forma, o Estruturalismo acabou evoluindo para o funcionalismo.
A época refletia a necessidade de uma Psicologia que funcionasse e, tendo em vista que o pensamento de Wundt não era adequado a ela, a Psicologia voltou-se, assim, para a aplicação.
O uso da Psicologia em diversos campos
O rápido crescimento urbano e econômico americano solicitou uma psicologia mais pragmática. Sendo assim houve um desenvolvimento de uma psicologia funcional que fosse aplicada em várias instituições como meio de “seleção” e “adaptação” dos indivíduos.
Então, a Psicologia funcional foi divulgada em todas as instâncias e passou a servir em todos os campos da sociedade, tais como as escolas, as fábricas, as pequenas e grandes instituições, entre outros. Por meio dela, os psicólogos utilizam-se de testes, o que implica a seleção de indivíduos mais adaptativos em termos mentais, e, assim, recriam a lei do mais apto à determinada função dentro da sociedade.
Funcionalismo
Estudava a consciência como sendo um constante fluxo fruto da interação com o meio em que o ser estivesse inserido.
 Procurava saber pra que serve a mente, seu funcionamento e uso.
A partir da evolução das idéias do estruturalismo iniciada pelo próprio Titchener. Temos a “fundação” do Funcionalismo por William James.
Este movimento estava voltado para o pragmatismo, que foi exigido também dos cientistas. Por isso, houve a importante busca pelas respostas para as perguntas:  o que fazem os homens? Por que o fazem? Para isso, James apontava a necessidade da compreensão da consciência e seu funcionamento, em função de usá-la para adaptar-se ao meio.
A ideia do funcionalismo era responder "para que é" a mente e não "o que é" a mente.
Sob a influência da teoria da evolução de Darwin, que foi um estímulo para o surgimento da Psicologia animal e, consequentemente, para a evolução dessa corrente, os funcionalistas, nessa escola, iam mais além e questionavam: para que é a consciência?
 A psicologia funcional enfatiza os atos ou processos mentais como objeto de estudo da psicologia. Sustenta que a mente deve ser estudada em função de sua utilidade para o organismo, tendo em conta a adaptação ao seu meio.
Willian James, também desenvolveu o conceito de que o “eu” só existe mediante suas ações no ambiente e defendeu o conceito de habito para o aperfeiçoamento e aprendizagem do indivíduo.
De acordo com James, a ideia de adaptação do ser humano caminha entre uma adaptação vital e uma adaptação psicológica ao meio ambiente. Esta última implica o fatode que a consciência, diante de um impulso à sobrevivência, conheceria, rapidamente, o que teria de ser feito em situações-problema, na busca de soluções possíveis, e não agiria dessa maneira ao acaso. Esse modelo de adaptação está presente na teoria da inteligência de John Dewey.
Dewey foi responsável por estruturar os ideais da Escola Nova, da qual teve suas bases fundamentadas no modelo de James.  O mesmo ainda enfatizou a cooperação entre os indivíduos.  Para ele, somente por meio dessa aprendizagem inteligente, poderíamos criar hábitos sólidos, formar indivíduos autônomos, ativos e capazes de atuar no coletivo de forma democrática.
Associacionismo
O Associacionismo compreendia a mente como um complexo de ideias que se relacionavam entre si. Portanto, a aprendizagem, também, ocorria pela associação das ideias, das mais simples para as mais complexas.
O maior representante dessa escola da psicologia foi Thorndike, que formulou a primeira teoria de aprendizagem da Psicologia.
Ao investigar a aprendizagem, Thorndike não admitia nenhuma referência à consciência ou aos processos mentais. Ele interpretava a aprendizagem em termos de estímulo – resposta (E-R), ou seja, a aprendizagem ocorria porque as respostas seriam selecionadas pelos seus efeitos.
Associacionismo, fruto da escola empirista britânica. Consideravam que as ideias das pessoas eram formadas por associações.
A associação de ideias era vista como uma força que controlava os eventos mentais, embora ainda não levasse esse nome.  A aprendizagem se dava por associação de ideias, das mais simples às mais complexas. Assim, para aprender um conteúdo complexo, seria necessário que a pessoa aprendesse ideias mais simples associadas àquele conteúdo.
Nessa concepção, se as ideias são associadas em nossa mente em decorrência da nossa experiência de mundo, então, podemos afirmar que o conexionismo se baseia no empirismo.
A Psicologia conexionista interessou-se pelo estudo da adaptação do ser humano em seu ambiente, e, além de promovê-la, essa influência foi herdada do pragmatismo, que está baseado nas consequências práticas.
Dessa forma, o ambiente social passa a ser um importante regulador, apresentando a finalidade de adaptação.
Um de seus principais representantes foram Edward Lee Thorndike.
Edward estudou sob orientação de William James em Harvard, e interessou-se em investigar sobre a aprendizagem. Fez diversos experimentos com animais e logo iniciou os estudos nos problemas de aprendizagem nos seres humanos adaptando técnicas de pesquisa em crianças e jovens. Passou a dedicar-se à psicologia educacional e aos testes mentais.
Thorndike é conhecido pela Lei do Efeito, que seria de grande utilidade para a Psicologia Comportamentalista. De acordo com essa lei, todo comportamento de um organismo vivo, tende a se repetir, se for recompensado(efeito) assim que este emitir o comportamento. Por outro lado, o comportamento tenderá a não acontecer, se o organismo for castigado(efeito) após sua ocorrência.
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO
Psicologia da Educação é uma área do saber que procura se situar entre a Psicologia e a Pedagogia, de forma a construir uma gama de conhecimentos sobre a atuação e a articulação do conhecimento da Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem e as práticas educativas, em situações reais de sala de aula. Um de seus princípios fundamentais o fato de que a educação e o ensino podem ser melhorados quando utilizamos corretamente os conhecimentos psicológicos, nas atividades de ensino.
Psicologia da Educação como disciplina-ponte: possui um objeto de estudo que lhe é próprio e busca gerar um novo conhecimento acerca do fenômeno da aprendizagem.
Hunt e Sullivan fizeram as primeiras formulações da Psicologia da Educação como disciplina-ponte, criticando o reducionismo da visão da Psicologia aplicada à Educação. Ambos propuseram a adoção do paradigma B-P-E, proposto inicialmente por Kurt Lewin:
B-P-E significam: B – behavior (comportamento); P – person (pessoa) e E – environment (ambiente). Entende-se, então, o comportamento humano decorrente da inter-relação pessoa-ambiente.

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