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BIOMECÂNICA RESPIRATÓRIA 
Prof: Indiamara O. F. Dal Magro Silvani
BIOMECÂNICA RESPIRATÓRIA
 A musculatura 
 - mantém cargas elásticas e resistivas 
 -controle voluntário e involuntário 
 -contração a cada poucos segundos 
durante toda vida, sem período refratário.
 -se retrata conforme a ventilação, o 
número de musculatura utilizados sempre 
vai variar conforme a demanda da 
ventilação.
A AVALIAÇÃO FUNCIONAL DOS 
MÚSCULOS RESPIRATÓRIOS
 Os objetivos do exame funcional são:
 Diagnosticar o estado muscular e prognosticar o 
processo evolutivo;
 Orientar o tratamento respiratório utilizando os 
músculos adequados;
 Evitar um padrão respiratório insuficiente para 
manter uma satisfatória função pulmonar;
 Promover treinamento aos músculos fracos;
BIOMECÂNICA RESPIRATÓRIA
• Durante a respiração 
normal atuam dois padrões 
respiratórios: o 
diafragmático e o 
intercostal.
BIOMECÂNICA RESPIRATÓRIA
 Diafragma 
 Músculo motor responsável por 70% da 
inspiração, separa a cavidade abdominal e 
torácicas. 
 Formado por três grupos de fibras:
 Fibras vertebrais: três últimas vértebras 
lombares, ligamentos arqueados medial e 
lateral.
 Fibras costais: margens superiores dos seis 
últimos arcos costais de cada lado.
 Fibras esternais: face posterior do apêndice 
xifóide.
BIOMECÂNICA RESPIRATÓRIA
 Composição das fibras 
 50% oxidativas.
 25% oxidativas glicolíticas.
 25% glicolíticas.
BIOMECÂNICA RESPIRATÓRIA
 Portanto 
 50% aeróbicos
 25% mistas com predomínio aeróbico
 25% anaeróbicas 
BIOMECÂNICA RESPIRATÓRIA
 Inervação motora nervos frênicos os 
quais recebem fibras motoras de C3 
C5.
BIOMECÂNICA RESPIRATÓRIA
 Principais funções:
 -aumento da distância longitudinal
 -aumento de ângulo transverso 
 -aumento do diâmetro antero-
posterior 
BIOMECÂNICA RESPIRATÓRIA
 Pontos que alteram a função respiratória 
diafragmatica:
 -Protusão da parede abdominal 
 -Debilidade da zona de aposição.
 -Desvios de coluna vertebral
 -Esternotomias 
 -Aplainamento do músculo por patologia 
parênquimatosa 
Avaliação do diafragma
 Inspeção
Paciente em DD
Observar o tórax de maneira global, 
porém enfatizar a região inferior do 
tórax.
Avaliar durante respiração espontânea e 
tranqüila 
Avaliação do diafragma
 Palpação
 Paciente em DD
São utilizadas 3 manobras:
Avaliação do diafragma
Manobra 1: coloca-se a palma das 
mãos transversalmente sobre o 
epigástrico percebendo o 
abaulamento inspiratório;
Manobra 2: coloca-se as mãos sobre o 
abdômen com os dedos indicadores 
lateralmente ao reto abdominal e a 
extremidade dos demais dedos por 
baixo do rebordo costal
Avaliação do diafragma
 Manobra 3: indicador e polegar em 
forma de pinça ao nível da cicatriz 
umbilical, se efetua a compressão 
abdominal limitando a expansão 
durante a insp. 
Que causa um exagerado abaulamento 
supra-imbilical.
Avaliação do Diafragma
Através dos dados da inspeção e palpação 
pode-se classificar os músculos:
 Normal (grau 4): quando for 
suficientemente forte para superar a 
gravidade e expulsar a pressão manual 
exercida pelo examinador;
 Regular (grau 3): quando se percebe 
expansão, mas sem consistência suficiente 
para expulsar a mão do examinador;
Avaliação do Diafragma
 Fraco (grau 2): quando provoca um movimento
supra-umbilical, sem expulsão nem consistência,
existe diminuição da excursão ou mobilidade
diafragmática;
 Vestígio (grau 1): quando o mesmo não for capaz
de realizar nenhum movimento, no entanto com a
palpação, é possível sentir alguma contração;
 Paralisado (grau 0): o paciente supre a deficiência
aumentando a freqüência respiratória e utilizando o
padrão intercostal;
Avaliação do diafragma
Avaliação do Diafragma
Geometria do diafragma:
 Visível no raio-X
Avaliação do Diafragma
Avaliação do Diafragma
Avaliação do diafragma
Mensuração da Pdi não-invasiva
Através do manovacuômetro
 Pressão inspiratória máxima = 
 -90 à -120 cmH2O
 Pressão expiratória máxima =
 +90 à +120 cmH2O
Avaliação do diafragma
 Pressão inspiratória máxima é indicativa 
de:
 Fraqueza muscular: -70 à -45 cmH2O
 Fadiga muscular: -40 à -25 cmH2O
 Falência muscular: menor que -20 
cmH2O
BIOMECÂNICA RESPIRATÓRIA
 Intercostais 
 -Externos: bordas inferiores das onze 
primeiras costelas. Os sete músculos mais 
baixos estão em intíma relação com o 
oblíquo externo.
BIOMECÂNICA RESPIRATÓRIA
 Intercostais
 Internos: Inseridos nas bordas inferiores 
das costelas e das cartilagens costais além 
de no fundo do sulco da costela. Os mais 
inferiores estão relacionados como o 
oblíquo interno do abdômen.
 Os cinco superiores são considerados 
inspiratórios e os demais auxiliares da 
expiração.
BIOMECÂNICA RESPIRATÓRIA
 Inervação: nervos intercostais e 
tóraco-abdominais correspondentes.
BIOMECÂNICA RESPIRATÓRIA
 Presente os três tipos de fibras.
 Estudos histológicos demonstram
serem supridos por receptores
fusiformes, corpúsculos de Paccini e
receptores tendineos.
BIOMECÂNICA RESPIRATÓRIA
 Funções: 
 Intercostais externos + porção 
interóssea dos internos = elevam as 
costelas ao se encurtarem.
 Contração da porção interróssea dos 
intercostais internos = rebaixamento 
dos arcos costais.
Avaliação dos Intercostais
 Inspeção: 
 Paciente em DD, semi-reclinado
 Realiza uma INSP nasal semi-
profunda
Avaliação dos Intercostais
Palpação
- com a polpa dos dedos nos EIC o examinador 
verifica a expansão, elasticidade e mobilidade 
das costelas, o aumento dos EIC e a contração 
muscular; 
• Intercostais superiores: colocar a polpa dos 
dedos nos 4 primeiros EIC;
Avaliação dos Intercostais
• Intercostais inferiores:mãos colocadas 
na base do tórax, os outros dedos 
posicionam-se entre os EIC para 
comprovar a contração;
Avaliação dos Intercostais
 Classificação
 Normal (grau 4): as costelas adquirem 
horizontalidade, os EIC alargam durante a INSP, 
há contração e elasticidade das fibras musculares 
afastando a polpa dos dedos para fora dos EIC;
 Regular (grau 3): as costelas não adquirem 
horizontalidade, os EIC se alargam, existe 
contração mas não força muscular para expulsar 
os dedos no momento INSP;
Avaliação dos Intercostais
Fraco (grau 2): as costelas permanecem 
oblíquas, existe relativo aumento dos EIC;
Vestígio (grau 1): percebe-se apenas vestígio 
de contração muscular através da 
palpação;
Paralisado (grau 0): os músculos não 
oferecem resistência alguma a introdução 
dos dedos nos EIC;
Avaliação dos Intercostais
BIOMECÂNICA RESPIRATÓRIA
 Abdominais
 Oblíquos interno e externo transverso e reto do
abdômen. Quando se contraem, a pressão intra-
abdominal é elevada e o diafragma é
empurrado para cima.
 A massa visceral que se deixa deformar com
esta pressão promove um declive do músculo
alterando assim as zonas de ventilação de
diferentes regiões pulmonares e que são
alteradas com forme a posição do corpo.
Avaliação dos Abdominais
 Classificação
 Normal (grau 4): tônus muscular firme, 
elástico, função respiratória normal;
 Regular (grau 3): pouca consistência 
muscular, função respiratória diminuída;
Avaliação dos Abdominais
Pobre (grau 2): tônus muscular muito 
diminuído, tosse ineficaz
Vestígio (grau 1): contração de algumas 
fibras musculares
Paralisado (grau 0): contração muscular 
ausente, abdômen globoso
Avaliação do 
Esternocleidomastoídeo
 Esternocleidomastoídeo
 Elevam o esterno aumentando o 
diâmetro antero-posterior dotórax, 
usados com VC acima de 2000 ml, 
mais importantes acessórios da 
inspiração.
Avaliação do 
Esternocleidomastoídeo
 Inervação: nervos espinhais 
acessórios e C2.
 Inspeção: DD ou lateral 
observar a súbida do manúbrio 
esternal;
Avaliação do 
Esternocleidomastoídeo
Palpação: 
Contrações mínimas: palpar o 
tendão proximal ou distal;
Contrações maiores: pinçar o corpo 
muscular;
Avaliação do 
Esternocleidomastoídeo
Desaparecido (grau 0): quando não existe 
contração muscular, nem tensão no 
tendão proximal ou distal;
Vestígio (grau 1): quando se observa tensão 
do tendão proximal ou distal, sem 
elevação do esterno;
Pobre (grau 2): quando observa-se elevação 
do esterno;
Avaliação do 
Esternocleidomastoídeo
 Regular (grau 3): quando eleva o 
esterno amplamente sem fadiga;
 Normal (grau 4): quando é capaz de 
elevar o esterno vencendo resistência 
manual dada pelo examinador;
BIOMECÂNICA RESPIRATÓRIA
 Escalenos
 Elevam e fixam as duas primeiras 
costelas. Atividade importante com 
VC de 1500 mls.
BIOMECÂNICA RESPIRATÓRIA
Inervação: inervados pelos 
nervos cervicais C3-C7.
BIOMECÂNICA RESPIRATÓRIA
 Outros músculos que podem atuar 
como acessórios: trapézio, peitoral 
maior e menor, subclávio, serrátil
anterior e posterior, quadrado 
lombar, sacro espinhal e grande 
dorsal. 
AVALIAÇÃO OBJETIVA 
MUSCULATURA
 TESTE DE CAMINHADA DOS 6 MIN
- é um dos testes funcionais mais utilizados 
no mundo para avaliação do esforço 
submáximo;
- é simples e de baixo custo operacional e, 
principalmente, reflete as atividades diárias 
desenvolvidas pelos pacientes portadores de 
DPOC; 
I- AVALIAÇÃO OBJETIVA
 O teste da caminhada de seis minutos 
pode ser realizado com monitorização da 
pressão arterial, FC, FR e SpO2, distância 
total percorrida em um corredor plano, com 
distâncias previamente demarcadas 
(exemplo 25 metros).
I- AVALIAÇÃO OBJETIVA
 AVALIAÇÃO
- paciente é acompanhado por um membro da 
equipe de reabilitação e incentivado, por estímulo 
verbal constante, a andar o mais rápido possível;
- frases padronizadas de incentivo ao paciente no 
terceiro e quinto minuto, para visar o aumento do 
seu rendimento físico;
- Pode se realizar dois testes: o primeiro com o 
propósito de adaptar o paciente ao procedimento e o 
segundo a aferir os valores do estudo.Quando o 
paciente interrompe a caminhada, o cronômetro 
continua acionado.
I- AVALIAÇÃO OBJETIVA
 Utiliza-se para cálculo do valor previsto, ou de 
referência, para distância no TC6, as equações 
propostas por Enright e Sherril, determinando-
se o percentual do previsto para cada teste 
realizado pelo paciente.
 Homens: distância TC6 (m) = (7,57 x altura 
cm) – (5,02 x idade) – (1,76 x peso kg) – 309m. 
 Mulheres: distância TC6 (m) = (2,11 x altura 
cm) – (2,29 x peso kg) – (5,78 x idade) + 667m. 
BIOMECÂNICA RESPIRATÓRIA
 MOVIMENTOS DA CAIXA TORÁCICA
GRADEADO COSTAL 
+ 
ABDÔMEN 
+
 DIAFRAGMA
BIOMECÂNICA RESPIRATÓRIA
 Na posição ereta: 
 O diafragma é o único a se contrair, o 
aumento da pressão intra-abdominal 
(Pab) é que comanda o gradeado costal 
que está relaxado.
BIOMECÂNICA RESPIRATÓRIA
Contração diafragmática:
(Pdi= Pab – Ppl)
BIOMECÂNICA RESPIRATÓRIA
 Entretanto: A pressão pleural 
negativa tende a succionar o 
gradeado costal, então no 
relaxamento, ele promove 
também uma ação expiratória.
BIOMECÂNICA RESPIRATÓRIA
 MOVIMENTOS DA CAIXA TORÁCICA
 1ª costela + esterno + 1ª vértebra:
 Sem movimento, faz apoio da cintura 
escapular e visa o relaxamento
 2ª à 7ª costela 
 Movimento a-p, visa ventilação 
superior torácica
BIOMECÂNICA RESPIRATÓRIA
 MOVIMENTOS DA CAIXA TORÁCICA
 8ª à 10ª costela 
 Movimento transverso, visa ventilação 
basal (costal diafragmático)
 11ª à 12ª costela
 Apoio da musculatura abdominal, visa 
ventilação basal (abdominal 
diafragmático)
BIOMECÂNICA RESPIRATÓRIA
 Tabela de quantificação do uso da 
musculatura acessória
0 – não usa músculo acessório
1 – observado atividade somente a 
palpação
2 – atividade visível
3 – atividade claramente visível
4 – intensamente ativo
UFA ACABO!!!!

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