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17 Áreas de exames periciais Química Forense Contábeis e Financeiras Engenharia Informática Meio Ambiente Biometria Forense Registros de Áudio e Imagens Eletroeletrônicas Genética Forense Medicina e Odontologia Balística Local Veículos Documentoscópicas Merceológicas Bombas e Explosivos Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural Introdução • Forense • Ciência forense: aplicação ou adaptação de técnicas científicas dentro de um processo legal. • Química forense • Ciência orientando a Justiça a tomar decisões Introdução Química Forense: aplicação da química em interesses do judiciário. Aplicações da Química Forense Identificação preliminar de drogas de abuso apreendidas, por meio de colorimetria e testes de precipitação; Aplicações da Química Forense Identificação definitiva de drogas de abuso apreendidas, por técnicas espectrais, após separação por métodos cromatográficos; Aplicações da Química Forense Extração de drogas de abuso de fios de cabelo ou fluidos corporais, com o fim de detectá-las; Útil para definir homicídio qualificado; Aplicações da Química Forense Quantificação de drogas de abuso, de adulterantes e diluentes. Projeto Pequi. Aplicações da Química Forense Comparação de tintas veiculares para a elucidação de crimes em que haja fragmentos do entintamento no local de crime. Ex: tinta vermelha em carro prata. Aplicações da Química Forense Análise comparativa de tintas de instrumentos escrituradores em documentos questionados, para elucidar se foram utilizadas uma ou mais canetas; (operação passando a limpo) Aplicações da Química Forense Análise físico-química de gemas, com o fim de determinar a sua natureza mineral e, por conseguinte, o seu valor monetário; (sequestro de bens) Aplicações da Química Forense Identificação química ou microscópica de resíduos de pólvora incombusta nas mãos de suspeitos de homicídios; Aplicações da Química Forense Análise físico-química comparativa de resíduos de solo colhidos de locais de crime ou de solas de sapato, com o fim de concluir sobre a presença de indivíduos suspeitos em locais de crime Maio de 2010. Principal suspeito :Ex-policial Mizael Bispo (ex-namorado da vítima), Primeiro julgamento com transmissão ao vivo.Outro réu: Evandro Bezerra Silva, segurança do Mizael Embora tenha reafirmado que a terra encontrada no sapato de Mizael não era compatível com a da represa, Pattoli confirmou que a alga é a mesma. “A terra não ser compatível não significa que ele não esteve na represa”. Pattoli o sapato de Mizael "esteve na represa" pelas algas encontradas na sola. Um dos advogados então questionou se as algas poderiam ser de "outra represa", no que o perito disse que sim. “Doutor, seu cliente disse que não esteve em nenhuma represa. O senhor agora está contrariando seu cliente?”, interferiu o assistente de acusação. Aplicações da Química Forense Revelação de gravações adulteradas de chassis e números de série de objetos diversos impressos em suportes metálicos, por meio de ataque ácido; Revelação de caracteres suprimidos Gravação: compactação diferenciada da estrutura cristalina do metal no local em que é impresso Identificação com gravação em baixo relevo Revelação de caracteres suprimidos Um processo de punção é utilizado para marcação por compressão. A superfície da chapa metálica onde sofreu a compressão fica afundada em relação a superfície não utilizada Revelação de caracteres suprimidos Compactação por punção Revelação de caracteres suprimidos Uma chapa metálica devidamente polida possui os átomos espaçados uniformemente em sua rede cristalina. Após a gravação dos caracteres, haverá afundamento da superfície onde foi gravada. Cria- se uma região mais densa. Revelação de caracteres suprimidos O processo de adulteração, em geral, não suprimi totalmente os caracteres originais. Isso depende do grau de raspagem e polimento aplicados na chapa metálica Revelação de caracteres suprimidos Compactação por punção Revelação de caracteres suprimidos Os átomos constituintes da rede cristalina ficarão mais compactados na região em que foi realizada a gravação dos caracteres. O processo de corrosão ocorre mais rapidamente na parte lisa, devido a menor densidade e, consequentemente, com uma área superficial maior. Aplicação em balística Aplicação em balística Aplicação em balística Aplicação em perícias de veículos Aplicação em perícias de veículos Aplicação em perícias de veículos Aplicação em perícias de veículos Aplicação em perícias de veículos Aplicações da Química Forense Identificação de adulterações em medicamentos; Aplicações da Química Forense Análise de combustíveis fósseis e de álcool, com o fim de identificar suas origens ou revelar a presença de adulterantes. Muito comum nos países do norte, principalmente Roraima. Aplicações da Química Forense Identificação de traços de explosivos em locais de pós-explosão, para embasamento de investigações policiais; Introdução Realização de análises Química Analítica aplicada para resolução de questões de interesse judiciário. Principais amostras analisadas Drogas de abuso; Agrotóxicos; Medicamentos; Combustíveis; Bebidas; Principais amostras analisadas Amostras em locais de incêndio; Amostras em locais de pós explosão; Análise toxicológica em vísceras e fluidos humanos; Resíduos biológicos; Revelação de impressões digitais Impressões latentes Reveladores: Ninidrina Nitrato de prata Cianoacrilato Primeiro caso de utilização de impressão digital na solução de crimes Argentina 1892 Assassinato de duas crianças uma de seis e outra de quatro Suspeitos: Mãe Francisca Rojas Vizinho Pedro Velazquez No local de crime foi encontrada um impressão digital impregnada em sangue próximo à porta da casa. A mãe negou tocar os corpos das crianças. Chefe Juan Vucetich comparou com os suspeitos e era da mãe. Não levou a prova para o tribunal, mas pressionou Francisca a confessar. Aplicação em outras áreas periciais Locais de crime Elucidação da dinâmica e autoria Ação do luminol Luminol Teste presuntivo (não definitivo); Nem sempre há evidências visíveis de sangue; Muito sensível; Traços superiores a 1ppb; Manchas de difícil visualização; Áreas suspeitas de terem sido lavadas na cena do crime Luminol Não interfere com exames mais sofisticados, como por exemplo a análise de DNA Hemoglobina Fe II ferroso Com ar oxidação Fe III ferríco Luminol Heme Fe II vermelho intenso Hemina Fe III castanho escuro A hemina age como catalisador, desencadeando a oxidação do luminol pelo peróxido de hidrogênio, solução alcalina. Luminol As análises preliminares são altamente sensíveis, porém não são específicas, sendo ratificadas posteriormente em laboratório. Luminol Falso positivos Superfícies metálicas, oxidantes químicos, catalíticos e sais de metais pesados como cobre, níquel, substâncias comuns como iodo, ferrugem, água sanitária, formalina e peroxidase de vegetais. Luminol Falso-positivos Sangue brilho duradouro. O local limpo com hipoclorito apresenta intermitência na luminescência. Disparo de arma de fogo Exame residuográfico Exame residuográfico Química Forense Métodos químicos clássicos: Custos baixos e maior disponibilidade (substituindo métodos instrumentais em locais onde ainda não estejam disponíveis). Química Forense Métodos instrumentais:Em qualquer análise química uma etapa clássica está sempre envolvida (preparar e diluir soluções por exemplo). Química Forense Histórico - arsênio As 2 O 3 é bastante tóxico. É um composto sólido, branco, com uma propriedade bastante útil para aqueles que desejam envenenar alguém: é solúvel em água, sem cheiro e produz soluções incolores. Caso Blandy 1752 Mary Blandy Capitão William Cranstoun Sr. Francis Blandy Servente Dr. Anthony Addington Porção do amor Introdução ao estudo das drogas Definição de droga da OMS Qualquer substância não produzida pelo organismo que tem a propriedade de atuar sobre um ou mais de seus sistemas produzindo alterações em seu funcionamento. (fonte OBID) Definição de droga da Anvisa DROGA - substância ou matéria-prima que tenha finalidade medicamentosa ou sanitária. Quando citado em inglês a palavra “drug”, esta deve ser traduzida, preferencialmente, como fármaco e não como droga. (Lei n.° 5.991/73; Decreto n.° 79.094/77; Portaria n.° 344/98) Definição de drogas da lei 11.343/2006 Substâncias ou os produtos capazes de causar dependência, assim especificados em lei ou relacionados em listas atualizadas periodicamente pelo Poder Executivo da União. Drogas Droga é toda e qualquer substância, natural ou sintética que, introduzida no organismo modifica suas funções. Substâncias químicas que influenciam processos fisiológicos ou mentais no organismo. Drogas Psicotrópicas Droga psicoativa ou substância psicotrópica é a substância química que age principalmente no sistema nervoso central, onde altera a função cerebral e temporariamente muda a percepção, o humor, o comportamento e a consciência. Drogas Psicotrópicas Essa alteração pode ser proporcionada para fins: recreacionais (alteração proposital da consciência), rituais ou espirituais (uso de enteógenos), científicos (funcionamento da mente) ou médico-farmacológicos (como medicação). Farmacologia Estudo científico das drogas, sua origem, composição química e ação esperada, os efeitos desejáveis e indesejáveis Conceitos importantes Dependência física; Dependência psicológica; Tolerância; Síndrome de abstinência; Tolerância Fenômeno responsável pela necessidade sempre presente que o viciado sente em aumentar o uso da droga. Tolerância Quando o organismo se acostuma com a droga e passa a exigir doses maiores para conseguir os mesmos efeitos Dependência Definição unânime Relação alterada entre um indivíduo e seu modo de consumir uma substância Dependência Física Crise de abstinência; Nível fisiológico; Impossível a suspensão brusca das drogas; Adaptação do organismo,independente da vontade do indivíduo; Dependência Física A dependência física e a tolerância podem se manifestar isoladamente ou associadas, somando-se à dependência psicológica. Dependência Psicológica Impulso irrefreável, tem que fazer uso das drogas a fim de evitar o mal-estar; Alterações psíquicas que favorece a aquisição do hábito; Dependência psíquica e a tolerância significam que a dose deverá ser ainda aumentada para se obter os efeitos desejados; Dependência Psicológica Em estado de dependência psíquica, o desejo de tomar outra dose ou de se aplicar, transforma-se em necessidade, que se não satisfeita leva o indivíduo a um profundo estado de angústia, (estado depressivo). Crise de abstinência Distúrbios fisiológicos claramente observáveis que obriguem à retirada gradual da droga. Reflete o grau de adaptação do organismo à droga. Fonte: Jandira Masur e E. A. Carlini Classificação das drogas (UNODC) Depressivas; Estimulantes; Alucinógenas; Drogas depressoras do sistema nervoso central Efeito - fazem com que o cérebro funcione lentamente, reduzindo a atividade motora, a ansiedade, a atenção, a concentração, a capacidade de memorização e a capacidade intelectual (fonte OBID). Drogas depressoras do sistema nervoso central Exemplos: Álcool; Barbitúricos; Benzodiazepínicos; Inalantes; Opiáceos. Drogas estimulantes do sistema nervoso central Efeito - aceleram a atividade de determinados sistemas neuronais, trazendo como consequências um estado de alerta exagerado, insônia e aceleração dos processos psíquicos (fonte OBID). Drogas estimulantes do sistema nervoso central Exemplos: Anfetaminas; Cocaína; Cafeína; Tabaco. Drogas perturbadoras do sistema nervoso central Efeito - produzem uma série de distorções qualitativas no funcionamento do cérebro, como delírios, alucinações e alteração na senso- percepção. Por essa razão, são também chamadas de alucinógenos. (fonte OBID) Drogas perturbadoras do sistema nervoso central Uma outra denominação para as drogas alucinógenas é psicotomiméticos, devido ao fato de serem conhecidas como psicoses as doenças mentais nas quais esses fenômenos ocorrem de modo espontâneo. Psicodélicas ??? Drogas perturbadoras do sistema nervoso centralExemplos: Maconha; LSD; Ecstasy; DMT; Psilocibina; Mescalina; Anticolinérgicos. Sinergismo Álcool + Benzodiazepínicos Café + tabaco Antagonismo Anfetaminas + Benzodiazepínicos Álcool + Tabaco Não se deve criminalizar todas as substâncias psicoativas Não são todas as substâncias psicoativas que têm a capacidade de provocar dependência. Muitas são usadas com a finalidade de produzir efeitos benéficos, como o tratamento de doenças, sendo consideradas, assim, medicamentos. Informações sobre drogas OBID Observatório de informações sobre drogas. SENAD Secretária Nacional anti drogas Cebrid – Centro brasileiro de informações sobre drogas (Unifesp) Uniad – Unidade de pesquisa em álcool e drogas Motivos para utilização de drogas (UNODC) Cura; Religioso (Misticismo); Recreativo; Existenciais; Formas de administração das drogas (UNODC) Ingeridas; inaladas; fumadas; injetadas; cheiradas. Dependência (ONU) Diferenças individuais em fatores genéticos, biológicos, sociais e culturais influenciam os efeitos de uma substância em uma pessoa e o resultado do seu uso, Existem maneiras menos prejudiciais de consumir drogas? Drogas lícitas e ilícitas As drogas sempre fascinaram a humanidade; A linha que separa as drogas lícitas das ilícitas é tênue e, muitas vezes, imaginária; É para a sociedade em geral? Não existe controle de qualidade para os usuários de drogas Fizemos uma apreensão em São Paulo em 2003 num laboratório caseiro e achamos veneno para rato no comprimido de ecstasy. Na cocaína, mais de 50% do pó são medicamentos esmagados e outras coisas. (Fonte Jornal do Brasil) Ação das drogas Neurotransmissores Endorfina* (modulador) Gaba Noradrenalina Serotonina Acetilcolina Existem drogas pesadas e drogas leves? Estudo de David Nutt Universidade de Bristol 2009 Estudo com 20 drogas Nível de dependência; Efeitos no organismo; Interação social; Estudo de David Nutt Universidade de Bristol 2009. Presidente do comitê assessor do governo britânico sobre abuso de drogas. E.A. Carlini, Drogas Subsídio para uma discussão Álcool – risco orgânico • Gastrite; • Aumento pressão arterial; • Pancreatite; • Miocardite; • Hepatite; • Cirrose alcoólica; • Distúrbios neurológicos; • Lesões do SNC. E.A. Carlini, Drogas Subsídio para uma discussão Síndrome de abstinência ou reflexos somáticos do grande desejo de continuar? E.A. Carlini, Drogas Subsídio para uma discussão • Dificuldades no relacionamentointerpessoal • Negligência aos cuidados consigo próprio • Atividades produtivas • Relacionamentos afetivos • E.A. Carlini, Drogas Subsídio para uma discussão • Heroína – depressão respiratória • Cocaína – convulsões hipertensão hemorragia cerebral ataque cardíaco E.A. Carlini, Drogas Subsídio para uma discussão • Drogas injetáveis O Laudo Pericial Criminal Em Química Forense Laudo pericial Relatório redigido pelos peritos a respeito dos exames realizados. (Ascendino Cavalcante) Laudo de perícia criminal Discurso narrativo do resultado do estudo e dos exames realizados sobre um crime; A redação deve primar pela impessoalidade e pela objetividade; Expressar os exames; Documentação da prova material; Estrutura do laudo pericial Identificação (numeração); Título (área pericial); Preâmbulo; Quesitos; Histórico (não é obrigatório); Estrutura do laudo pericial Descrição do material a ser examinado; Objetivo; Exames (métodos, discussão e resultados); Respostas aos quesitos ou conclusões; Fechamento com assinatura do(s) Perito(s). Identificação (numeração); SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MJ – DEPARTAMENTO DE POLÍCIA FEDERAL SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL EM GOIÁS SETOR TÉCNICO-CIENTÍFICO LAUDO Nº 999/2011 – SETEC/SR/DPF/GO Título LAUDO DE EXAME DE SUBSTÂNCIA (COCAÍNA) LAUDO DE PERÍCIA CRIMINAL FEDERAL (QUÍMICA FORENSE) Preambulo Em X de X de 2012, no SETOR TÉCNICO- CIENTÍFICO da Superintendência Regional do Departamento de Polícia Federal no Estado de X, designado pelo Chefe do Setor, Perito Criminal Federal FULANO, o Perito Criminal Federal CICLANO elaborou o presente laudo pericial, no interesse do Inquérito Policial no X/2012-SR/DPF/XX, Preambulo - continuação ..., a fim de atender a solicitação do Delegado de Polícia Federal FULANO, contida no Memorando no X/2012-SR/DPF/XX de XX/XX/2012, registrado no Sistema de Criminalística sob o no XXX/2012 em XX/XX/2012, Preambulo - continuação ..., descrevendo com verdade e com todas as circunstâncias tudo quanto possa interessar a Justiça e respondendo aos quesitos formulados, abaixo transcritos: Quesitos 1) Qual a natureza e características do material apresentado para exames? Quesitos 2) Os exames realizados no material apresentado detectaram a existência de substância(s) classificada(s) como entorpecente(s) pela legislação brasileira, ou algum sujeita(s) a algum outro tipo de controle legal? Quesitos 3) Em caso positivo, referida(s) substância(s) pode(m) já no estado em que se encontra(m) causar dependência física e/ou psíquica? Quesitos 4) Caso positivo de apreensão de cocaína, qual a forma de apresentação da substância (pasta- base; cocaína-base; crack; cloridrato de cocaína; etc). Quesitos 5) Outros dados julgados úteis.” Histórico Relatório de diligência. Exemplo: No dia X, o signatário deste laudo compareceu no local onde, na presença do Fulano retirou amostras dos itens X a Y do Auto de Apreensão nº X/2012, que acompanhava o expediente de solicitação dos exames. Após a retirada das amostras, os referidos itens foram embalados em saco plástico transparente e lacrados com a fita lacradora nº W. Descrição do material a ser examinado Ao Perito foi apresentado 01 (um) tablete de secção retangular contendo substância vegetal prensada, seca, de coloração castanho-escuro, exibindo segmentos de hastes, caules, sementes, folhas e inflorescências, com peso bruto de X g (xis gramas). Descrição do material a ser examinado O tablete, acima descrito, estava acondicionado em um plástico transparente, envolto em uma sacola plástica branca, amarrado com fita adesiva e encontrava-se no interior de uma caixa de sapatos. Objetivo Os exames têm por objetivo esclarecer ao solicitante quanto às características do material apresentado, bem como se o mesmo é de uso proscrito no Brasil e se pode causar dependência física e/ou psíquica. Exames Sistemática realizada; Descrição das análises realizadas; • Análises químicas; • Análises instrumentais; Resultados (podendo ser tabelados); Exames A Tabela a seguir mostra as substâncias identificadas em cada uma das amostras examinadas.Amostra Substância identificada 1 Benzocaína, cafeína, lidocaína e cocaína 2 Ácido bórico 3 Benzocaína Exames - resultados dos exames instrumentais Exames - resultados dos exames instrumentais Exames - resultados dos exames instrumentais REGISTRO 0573-11 AMOSTRA 06 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 % T Match:72.89 Molecular Formula: H3 B1 O3 Sample Prep: KBr pellet CAS Number: 10043-35-3 Boric acid 10 20 30 40 50 60 70 80 90 % T 1000 1500 2000 2500 3000 3500 Wavenumbers (cm-1) Respostas aos quesitos ou conclusões 1) Qual a natureza e características do material apresentado para exames? Resposta: Vide item I-DO MATERIAL EXAMINADO, sendo que as análises realizadas no material enviado a exame revelaram a presença de cocaína. Respostas aos quesitos ou conclusões 2) Os exames realizados no material apresentado detectaram a existência de substância(s) classificada(s) como entorpecente(s) pela legislação brasileira, ou algum sujeita(s) a algum outro tipo de controle legal? Respostas aos quesitos ou conclusões 2) Sim. A substância cocaína, identificada na amostra, é substância entorpecente integrante da Portaria nº 344/98-SVS/MS, republicada no DOU de 01.02.1999 e atualizada através da RDC Nº 26/2010 de 13/04/2010, em sua “LISTA F1 – Substâncias Entorpecentes”. Respostas aos quesitos ou conclusões 3) Em caso positivo, referida(s) substância(s) pode(m) já no estado em que se encontra(m) causar dependência física e/ou psíquica? Sim. A cocaína é capaz de causar dependência física e/ou psíquica se consumida no estado em que foi apresentada para exames. Respostas aos quesitos ou conclusões 4) Caso positivo de apreensão de cocaína, qual a forma de apresentação da substância (pasta- base; cocaína-base; crack; cloridrato de cocaína; etc)? Respostas aos quesitos ou conclusões Os testes de solubilidade realizados no material permitiram identificar o alcalóide cocaína na forma de cocaína-base em todas as amostras em que estava presente. Respostas aos quesitos ou conclusões 5) Outros dados julgados úteis. As substâncias Benzocaína, Cafeína e lidocaína são integrantes da Lista II do Anexo I da Portaria nº 1274/MJ de 26 de agosto de 2003 Fechamento Tendo por bem esclarecido o assunto, o Perito informa que cerca de Xg (xig decigramas) de cada amostra foram consumidos nos exames realizados. O restante é armazenado como contraprova em embalagem lacrada (envelope nº X), conforme preceitua o Art. 170 do Código de Processo Penal. Fechamento Nada mais havendo a lavrar, o Perito encerra o presente Laudo, produzido em X (xis) folhas. RICARDO BATISTA BORGES PERITO CRIMINAL FEDERAL Primeira Classe Matrícula 9530 Reino: Plantae Divisão: Magnoliophyta Classe: Magnoliopsida Ordem: Malpighiales Família: Erythroxylaceae Género: Erythroxylum Espécie: E. coca Nome binomial Erythroxylum coca Natural ou sintética A cocaína é uma substância natural ou sintética? Informações químicas Fórmula molecular C17H21NO4 Massa molar 303,353 g/mol Nome IUPAC 3-benzoiloxi-8-metil-8- azabiciclo. [3.2.1]octano-4- carboxilico ANDES 8.000 Km de extensão. É a maior cadeia de montanhasdo mundo (em comprimento). Venezuela até a Patagônia e em seus trechos mais largos chega a 160 km do extremo leste ao oeste. ANDES Sua altitude média gira em torno de 4000 m e seu ponto culminante é o pico do Aconcágua (Argentina) com 6962 m de altitude. (pico mais alto de todo o hemisfério sul e fora da Ásia) Origem e História da Cocaína Utilização da folha de coca na América do Sul a milhares de anos. Os incas a consideravam um presente dos deuses. Porque? História – Cocaína Antes da substância ser isolada Os nativos andinos não sabiam extrair das folhas o princípio ativo, mas aprenderam a conserva-lo, misturando à planta substâncias alcalinas (cal) (Johanson, 1988). História - Cocaína Levada ao conhecimento dos europeus no início do século XVI (início da colonização americana); Não obteve popularidade até o século XIX. Provavelmente pela deterioração da planta no transporte; História - Cocaína A cocaína foi isolada em1859 por Albert Niemann. História - Cocaína O interesse europeu pelas folha de coca apareceu com efusividade na virada para o século XX: "tesouro da matéria médica", "saudável e condutora da longevidade", "evocadora da potência do organismo, sem deixar sinal algum de debilidade consequente" *Já haviam opositores que a comparavam com o ópio Cocaína - História Publicações nas principais revistas dos Estados Unidos e da Europa com diversas indicações: Tratamento das farmacodependências (álcool e ópio), Cocaína - História Publicações nas principais revistas dos Estados Unidos e da Europa com diversas indicações: Estimulante incapaz de danos secundários, Exaltar o humor, espantar a depressão e "Deixar as damas plenas de vivacidade e charme" (Escohotado, 1996). Cocaína - História Propriedades anestésicas: Dores de dente; Dores de garganta; Nova fronteira nas cirurgias oftalmológicas. (Karch, 1998) Cocaína - História Primeiros produtos comerciais surgiram no início da segunda metade do século XIX: Infusões revigoradoras de folhas de coca; Pastilhas para aliviar dores dentárias; Tônicos e bebidas, alcoólicas e não-alcoólicas; Cocaína - História Duas bebidas atingiram grande notabilidade: O Vinho de Coca Mariani (1863); Coca-Cola (1886); Vinho Mariane em 1863 Coca-Cola 1886 John Pemberton (Farmaceutico), Atlanta, nos Estados Unidos Jacob's Pharmacy Frank Robinson, contador de Pemberton, batiza a bebida de Coca-Cola, escrevendo o nome em sua própria caligrafia. Coca-Cola Vendida para o combate à cefaleia e como tonificante. Uma garrafa de 6 onças da bebida continha, em média, 2 miligramas de cocaína (Spillane, 1999). Coca-Cola Freud e a Cocaína Sigmund Freud, Über Coca, em 1884 Exaltar o humor; Combater o 'morfinismo' e o 'alcoolismo'; Transtornos gástricos; Caquexia (perda de peso, apetite, fraqueza); Asma; Freud e a Cocaína Sigmund Freud, Über Coca, em 1884 Afrodisíaco; Anestésico local; Inexistência de uma dose letal (após o Uber Coca); Utilizou no tratamento da histeria e hipocondria. Fim do entusiasmo com a cocaína Até 1890, mais de 400 casos agudos ou crônicos de danos físicos e psíquicos relacionados à cocaína já haviam sido publicados na literatura médica (Grinspoon et al, 1985); Fim do entusiasmo com a cocaína “No início do século XX a Coca-Cola retirou a cocaína de sua fórmula (Karch, 1998)”; Fim do entusiasmo com a cocaína O primeiro caso de lesão da mucosa nasal, por uso de cocaína, foi publicado pela literatura médica em 1910 (Karch, 1998); Fim do entusiasmo com a cocaína As sociedades médicas, no início partidárias, e depois convertidas em ferozes opositoras da cocaína, passaram a criticar a venda da cocaína pela indústria farmacêutica (Merck (1862) e Parke Davis (1870)), afirmando que esses haviam promovido a substância de uma maneira irresponsável e não-científica (Spillane, 1999) . Fim do entusiasmo com a cocaína 1920 a 1970 consumo insignificante (Substituído por anfetaminas em 1932), Crise econômica de 1929 Retorno do consumo da cocaína nos anos 70 O aparato repressivo montado pelo Estado norte-americano concentrava seus esforços no combate à maconha e ao LSD; Retorno do consumo da cocaína nos anos 70 A partir de 1973, o consumo de anfetamina passou a ser controlado; Retorno do consumo da cocaína nos anos 70 Profissionalização do narcotráfico colombiano a partir dos anos 70 (Uprimny, 1997); Retorno do consumo da cocaína nos anos 70 Aumento da disponibilidade e redução do preço do produto (The Economist, 2001). Formas de apresentação e administração da cocaína Pó (cloridrato ou base livre) Crack Merla Pasta base Cheirada Injetada Fumada Principais formas de apresentação da cocaína Sal (cloridrato de cocaína) Crack (43,3 %) Pasta base (66,6%) Cocaína base 73,6% OXI NÃO EXISTE Crack (43,3 %) Pasta base (66,6%) C:\Users\Ricardo\Documents\Perícia Forense Multimídia\Para apresentar\gazeta e redetv oxi.avi Cocaína Sensações provocadas pelo uso Euforia; Prazer de difícil descrição; As pessoas ficam corajosas e com sensação de poder; Hiperatividade; Insônia; Falta de apetite. Sensações provocadas pelo uso Imediato – estimulante depois - depressão Doses maiores Irritação; Agressividade; Delírios; Alucinações; Psicose cocaínica. Efeitos no organismo Aumento da temperatura do corpo; Aumento da pressão arterial; Dilatação da pupila; O coração acelera, podendo ocorrer uma parada cardíaca; Efeitos agudos Em casos agudos de intoxicação, a estimulação central profunda leva a convulsões e arritmias ventriculares (o coração bate descompassadamente) e com disfunção respiratória que podem levar à morte. Tolerância Praticamente não induz tolerância. O uso compulsivo não é tolerância. O usuário quer sentir muitas vezes, repetidamente, o mesmo efeito prazeroso mas passageiro. (Carlini) Dependência física Não há descrição de síndrome de abstinência quando a pessoa para abruptamente de tomar cocaína. Dependência física A pessoa busca uma nova dose para sentir os efeitos agradáveis e não para diminuir ou abolir o sofrimento que ocorreria se realmente houvesse uma síndrome de abstinência. Síndrome de abstinência Não há descrições convincentes de síndrome de abstinência. Apenas fissura para utilização da droga. Crack Crack é cocaína Crack Qual a diferença? A forma de administração; C:\Users\Ricardo\Documents\Perícia Forense Multimídia\Para apresentar\Oxi crack pulmões carlini.avi Crack Daniel Cerqueira, pesquisador do Ipea: "o crack é uma resposta à queda de rentabilidade da cocaína." Para ele, o mercado de drogas tem uma organização empresarial, e reage racionalmente para manter o lucro. Crack O "milagre" da cocaína na forma de crack é obra dos pulmões. Quando puxa a fumaça do crack, o usuário arremessa as moléculas da cocaína para esses órgãos, que têm uma área imensa, cheia de alvéolos especializados em trocas gasosas com a corrente sanguínea. Fonte: Folha de São Paulo - ilustríssima São Paulo, domingo, 23 de maio de 2010 Crack A cocaína aspirada leva 5 minutos para fazer efeito e o "barato" dura 60 minutos, o crack "bate" em apenas 5 segundos, mas os efeitos duram magros 5 minutos. Fonte: Folha de São Paulo - ilustríssima São Paulo, domingo, 23 de maio de 2010 Crack e Saúde Pública O popular 08 de Junho de 2010 MACONHA Reino: Plantae Divisão: Magnoliophyta Classe:Magnoliopsida Ordem: Rosales Família: Cannabaceae Género: Cannabis Natural ou sintética? Características do consumo Qual a principal diferença do consumo da maconha para a cocaína? Quais as substâncias ativas presente na maconha? Compostos químicos psicoativos encontrados na maconha Canabinóides Tetrahidrocanabinol – THC Canabidiol - CBD Canabinol - CBN MACONHA Informações químicas Fórmula molecular C21H30O2 Massa molar 314,45 g/mol Nome IUPAC (−)-(6aR,10aR)-6,6,9- trimethyl- 3-pentyl-6a,7,8,10a- tetrahydro- 6H-benzo[c]chromen-1-ol Isolamento do THC O ∆9-THC (conhecido segundo uma anterior convenção de nomenclatura como ∆1-THC) foi isolado na forma pura pela primeira vez em 1964 por Raphael Mechoulam, Yechiel Gaoni e Habib Edery no Instituto Weizmann em Rehovot, Israel, através da extração a partir do haxixe com éter de petróleo, seguido de repetidas cromatografias. THC na Maconha O UNODC afirma que a maconha frequentemente contém 5 por cento de seu conteúdo composto por THC, enquanto a resina pode conter até 20% de conteúdo, e o óleo de haxixe cerca de 60%. Identificação preliminar Identificação preliminar Identificação preliminar História da maconha A canábis é consumida pela humanidade desde a descoberta da agricultura. (12.000 anos A.C) História da maconha Utilizada para a obtenção de fibras, óleo, alimento (sementes) e também por suas propriedades alucinógenas. Maconha - História Origem da planta: China ou Ásia central? 2737 a.C Shen Nung. Pen Tsao Ching, farmacopéia escrita nos primeiros anos d.C. Utilização do cânhamo No século XV, os livros impressos depois da revolução de Johannes Gutemberg, o inventor da imprensa, eram feitos de papel de cânhamo, assim como as velas e as cordas das caravelas. Importância econômica da maconha Remédios, Papel, Tecidos, Cordas, Redes de pesca, Óleo, Combustíveis. Utilização do cânhamo George Washington e Thomas Jefferson plantavam em suas fazendas; Declaração de independência dos EUA foi escrita em papel de cânhamo; Lei Seca nos Estados Unidos 1920 e 1933 Popularização da maconha principalmente entre artistas e músicos. Maconha como medicamento Fonte Unifesp Reduz náuseas e vômitos produzidos por medicamentos anticâncer; Tem efeitos benéficos em alguns casos de epilepsia (doença que se caracteriza por convulsões ou ataques); Maconha como medicamento Fonte Unifesp Pode melhorar o estado geral de doentes de AIDS (mas não cura a doença); No Brasil não é permitido o uso como medicamento. Usos médicos da maconha Fonte Gabeira Reduz náuseas e vômitos (pacientes com câncer que fazem tratamento de quimioterapia. Medicamento marinol); Aids (aumenta apetite); Glaucoma (diminui a pressão intra-ocular); Usos médicos da maconha Fonte Gabeira Estudos revelam benefícios no tratamento de esclerose múltipla. Canabidiol - Convulsões Maconha Dado a sua fácil adaptação a qualquer clima e à ação do homem, a Cannabis Sativa espalhou-se por todo o planeta. Diferente da cocaína. Sensações provocadas pelo uso (fonte UNIFESP) Tranqüilidade, calma, relax; Diversão e descontração, a pessoa ri por qualquer motivo; Busca de um maior prazer sexual (isto não ocorre, na verdade); Sensações provocadas pelo uso (fonte UNIFESP) Maior sensibilidade ao som (ficar curtindo uma música por exemplo); Maior sensibilidade ao gosto (a famosa "larica"); Ficar "morgando", que se caracteriza pela vontade de não fazer nada; Sensações provocadas pelo uso (fonte UNIFESP) Ficar "viajando" em algum objeto, pois a sensibilidade visual fica aumentada; Perda da percepção do tempo e espaço; Perda de memória. Efeitos imediatos no organismo Olhos avermelhados Boca seca (xerostomia); Coração dispara (os batimentos, de 60 a 80 por minuto, podem chegar a mais de 120). Efeitos com uso crônico (Unifesp) Diminuição da testosterona no homem, Alterações hormonais na mulher chegando até a inibição da ovulação, Afeta também os pulmões (a fumaça é muito irritante), sendo comum os problemas respiratórios, principalmente a bronquite. Efeitos com uso crônico (Unifesp) Usuários podem passar a apresentar maior incidência de câncer (teste comprovado em animais de laboratório.); Diminuição da capacidade de aprendizagem e de memorização; Diminuição da motivação; A maconha leva ao uso de outras drogas? Anfetaminas Anfetaminas - Definição Droga sintética de efeito estimulante da atividade mental. Anfetaminas - Uso Moderador de apetite; (aconselhado apenas em casos de obesidade mórbida); Pacientes com transtorno de déficit de atenção/hiperatividade; Narcolepsia (distúrbio do sono); Anfetaminas - Histórico 1887 sintetizada na Alemanha por Lazar Edeleanu; 1932 Benzedrine na França inalador (descongestionante nasal); 1937 comprimido para elevar o estado de humor; Anfetaminas - Histórico Utilizado pelos soldados alemães na 2ª Guerra mundial; No início da década de 70, nos EUA, iniciou- se o controle; Anfetaminas Anfetaminas - Exemplos Femproporex (desobesi-m); Metilfenidato (ritalina); Metanfetamina* (pervitin); Dietilpropiona (Dualid S, Hipofagin S e Inibex S). Metanfetamina Síntese a partir da fenil-2-propanona por aminação redutiva (MeNH 2 ) com catalizador. Redução da efedrina Síntese Pseudoefedrina Metanfetamina S – estimulante R – descongestionante nasal Efedrina (marax; franol – broncodilatadores (asma); vasoconstritor Síntese Síntese one pot Solução aquosa nitrato de amônia (H) Hidrocarbonetos apolares (+P) Lítio (reduz a efedrina) Solvente + metal + gases + T Síntese Obtenção do produto sem ser uma mistura racêmica? Formas de administração Comprimidos, via oral; Na forma injetável (usuários crônicos comum no oriente); Sob a forma de pó (aspiradas pelo nariz); É também comum os comprimidos serem dissolvidos em bebidas alcoólicas; A metanfetamina ("ice"), mais recentemente está sendo fumada a partir de cachimbos. Anfetaminas - Curiosidades As anfetaminas também são conhecidas como “Rebite” pelos motoristas que precisam dirigir várias horas seguidas sem descansar. Anfetaminas - Curiosidades Entre os estudantes, é conhecida por “bola”, e é também utilizada para inibição de sono com objetivo de passar a noite inteira estudando. Sensações provocadas pelo uso Aumento do alerta, da vigília, da energia, das atividades motoras, de falar, da autoconfiança e da capacidade de concentração, sensação geral de bem-estar e diminuição do apetite. (Jacobs e Fehr, 1987; Hoffman e Lefkowitz, 1990) Efeitos a curto prazo Inquietação, tontura, insônia, euforia, confusão leve, tremores e podem induzir pânico ou episódios psicóticos. Ocorre aumento geral no alerta, energia e atividade e redução na fadiga e na sonolência. Efeitos a longo prazo O uso a longo prazo de anfetaminas pode resultar em problemas para dormir, ansiedade, supressão do apetite e aumento da pressão arterial. Pessoas que usam anfetaminas, muitas vezes, tomam drogas sedativas/hipnóticas para contrabalançar esses efeitos e, portanto, a incidência de uso de múltiplas drogas é alto. (Jacobs e Fehr, 1987). Anfetamina - uso no Brasil O Brasil é um dos maiores consumidores de medicamentos anfetamínicos e a maior parte dos usuários são mulheres que os utilizam para o emagrecimento. Tolerância A tolerância se desenvolve rapidamente para muitos dos efeitos comportamentais e fisiológicosdas anfetaminas, como supressão do apetite, insônia, euforia e efeitos cardiovasculares (Jacobs e Fehr, 1987) Síndrome de abstinência Não existe; Incerto; Varia para cada indivíduo. Ecstasy O que é? O ecstasy é uma substância com estrutura semelhante a uma anfetamina. Ecstasy (MDMA) 3,4metilenodioximetanfetamina Formula molecular C 11 H 15 NO 2 Massa molecular 193.25 g/mol Nome Iupac (RS)-1-(benzo[d][1,3]dioxol-5- yl)-N-methylpropan-2-amine Ecstasy Ecstasy Natural ou sintético O ecstasy é uma substância natural ou sintética? Ecstasy - Histórico 1912: O MDMA é sintetizado pela MERCK. 1953: Exército norte-americano testa a droga para aplicações militares. Chegou a ser utilizada como "droga da verdade". Ecstasy - Histórico 1978: O primeiro artigo científico sobre o MDMA foi publicado, por Alexandre Shulgin. Inicia-se o uso terapêutico do MDMA, por psiquiatras europeus e norte-americanos. Ecstasy - Histórico 1977-1985: A "era dourada" do MDMA. Como não era ilegal, podia ser vendido livremente nas ruas, boates, bares, farmácias e danceterias. Muitos estudantes norte-americanos usavam diariamente. Em 1984 o MDMA ganhou um apelido: "empathy" que, logo depois, transformou-se em "ecstasy". Ecstasy - Historico 1980: O ecstasy chega à Europa. A droga foi logo adotada por muitos jovens, principalmente na Inglaterra. Ecstasy - Histórico 01/06/1985: O MDMA é, finalmente, banido e considerado ilegal nos EUA. O congresso americano o colocou no topo da lista de drogas proibidas: inicialmente, até mesmo a pesquisa acadêmica da droga ou derivados foi suspensa. Logo, a grande maioria dos países sul-americanos e europeus também baniram o ecstasy. Ecstasy no Brasil 06/2009 Brasil entra no RMD da OMS “D.D.G” 1993 Laboratório da UFPR; 1999 Primeiro laboratório fechado em 2000. Preso por 3 meses, não houve laudo; 07/2008 bairro pobre Pinhais/PR (R$ 60.000,00); Apreensão de 1000 comprimidos; Ecstasy no Brasil Custo de produção R$ 0,50 por comprimido; Atravessador R$ 10,00; Festas R$ 40,00 a ???? D.D.G 08/2010 Perfil na Folha de São Paulo, ainda preso. Fala da preocupação com a filha; Apoio a PF foi utilizado para redução de pena; Capacidade de produção de 160 K cps/mês; Diz ter produzido apenas 2000; D.D.G 08/2010 Perfil na Folha de São Paulo, ainda preso. Apoio a PF foi utilizado para redução de pena; Capacidade de produção de 160 K cps/mês; Diz ter produzido apenas 2000; D.D.G Fala da preocupação com a filha; Se compara a um arquiteto; Síntese orgânica; D.D.G Preso em Assunção 04/2014 Síntese do Ecstasy 1) O safrol sofre uma isomerização, resultando na mistura cis-trans do isosafrol. Síntese do Ecstasy 2) Oxidação, na presença de peróxido, para uma cetona. Síntese do Ecstasy 3) A cetona sofre uma aminação redutiva com a formamida, resultando no MDMA. Dosagem por comprimidos e composição A dosagem pode variar de poucos miligramas até 200 mg. É comum encontrar cafeína, amido, detergentes e outras drogas. R$ 3,00 R$ 40,00 Sem controle de qualidade Com controle de qualidade Forma de utilização Comprimido – ingerido Cápsulas em pó - cheirada Curiosidade do Ecstasy O Ecstasy é a droga das festas rave; Seu tráfico não acontece nos morros e subúrbio, e sim nas próprias festas e boates; Conhecido como droga limpa. PCC e o Ecstasy- Folha de São Paulo PCC e o Ecstasy Folha de São Paulo 29 de Junho de 2010 Diário da Manhã 13 de fevereiro de 2007 Sensações provocadas pelo uso Sensação de compreensão; Mudança da percepção da realidade; Aumento da atividade física e insônia; Autoconfiança; Sensações provocadas pelo uso Empatia aumentadas, junto com sensação de maior proximidade e intimidade com outras pessoas e melhora na comunicação e nas habilidades de relacionamento Efeitos "entactógenos" (aumento do desejo de se comunicar com outras pessoas). LSD Sintético ou natural O LSD é natural ou sintético? O LSD é derivado do ácido lisérgico (ergolina) O ácido lisérgico é um núcleo comum em alcaloides (ergotamina) encontrados na cravagem do centeio, esporão do centeio (fungo claviceps purpurea) Centeio O centeio é uma gramínea cultivada para colheita de grãos e pastagem na entressafra no inverno. Tem parentesco com o trigo e a cevada. O grão de centeio é utilizado para fazer farinha, ração, cerveja, alguns tipos de uísque e grande parte das vodcas. Centeio Hieronymus Bosch A ingestão desse fungo: Ergotismo ou Fogo de Santo Antônio Ergotismo ou Fogo de Santo Antônio Depressão e confusão mental, hipertensão, bradicardia, vasoespasmos (com perda de consciência e cefaleia), cianose periférica (mãos e pés pálidos) com claudicação, podendo ainda levar ao coma e morte. LSD (dietilamida do ácido lisérgico) Informação química Fórmula molecular C 20 H 25 N 3 Massa molar 323,43 g/mol Síntese do LSD-25 Sintetizado pela primeira vez em 7 de abril de 1938 pelo químico suíço Dr. Albert Hofmann. Síntese do LSD-25 Hofmann testou em si próprio uma dose (250 µg): Apavorado achando que havia sido possuído por um demônio; A sua vizinha era uma bruxa; O seus móveis estavam o ameaçando. Formas de utilização É usado habitualmente por via oral, em forma de pequenos "selos", mas também pode ser misturado com tabaco e fumado. NBOMe DOB LSD e DNA Francis Crick (coautor e prêmio Nobel em 1962) Jobs e LSD Hoffman, com 101 escreveu carta para Jobs em 2007 (This Is Your Country On Drugs: The Secret History of Getting High in America”, de Ryan Grimm) Jobs e LSD Psiquiatra suíço Peter Gasser sobre a psicoterapia assistida com LSD em pacientes com ansiedade associada a doenças potencialmente fatais. Apogeu na década de 60 Ao lado prissão de Timothy Leary Expulso de Harvard experiência psicotrópica com uma turma inteira de estudantes de psicologia John Lennon Syd Barrett C:\Users\Ricardo\Documents\Perícia Forense Multimídia\Para apresentar\Boa viagem Natgeo-LSD.avi BAD TRIP Não é comum encontrar usuários frequentes. C:\Users\Ricardo\Documents\Perícia Forense Multimídia\Para apresentar\badtrip Natgeo-LSD.avi Sensações provocadas pelo uso Excitação e atividade, outros se tornam quietos e passivos. Sentimentos de euforia e excitação (“boa viagem”) alternam-se com episódios de depressão, ilusões assustadoras e sensação de pânico (“má viagem”, “bode”). Sensações provocadas pelo uso O LSD-25 é capaz de produzir distorções na percepção do ambiente – cores, formas e contornos alterados –, além de sinestesias, ou seja, estímulos olfativos e táteis parecem visíveis e cores podem ser ouvidas. A música torna-se visível. Sensações provocadas pelo uso Os delírios causados pelo LSD geralmente são de natureza persecutória ou de grandiosidade. Dosagem Pequenas doses já produzem efeitos intensos, (microgramas) que costumam durar de 4 a 12 horas. Efeitos imediatos no organismo (baixo) Elevação na frequência cardíaca e na pressão arterial, temperatura corporal elevada, diminuição do apetite, náusea, vômitos, desconforto abdominal, reflexos rápidos, incoordenação motora e dilatação pupilar. Consequências para o organismo O perigo do LSD-25 não está tanto em sua toxicidade para o organismo, mas sim no fato de que, pela perturbação psíquica, há perda da habilidade de perceber e avaliar situaçõescomuns de perigo. Flashback O usuário pode voltar a ter alucinações semanas ou meses depois de ter consumido a droga Flashback O “flashback” é geralmente uma vivência psíquica muito dolorosa, pois a pessoa não estava procurando ou esperando ter aqueles sintomas, e assim eles acabam por aparecer em momentos bastante impróprios, sem que ela saiba porque, podendo até pensar que está ficando louca. Calmantes / Sedativos Calmantes / Sedativos Sedativo: medicamento que diminui a atividade do cérebro, sinônimo de calmante ou sedante. Calmantes / Sedativos Analgésico; Hipnótico ou sonífero; Ansiolítico: tem o poder de atuar mais sobre estados exagerados de ansiedade; Antiepilépticas: acalma o cérebro excitado dos epilépticos. São capazes de prevenir as convulsões. Barbitúricos Os barbitúricos eram largamente utilizados como drogas sedativas até meados deste século, quando foram sendo gradualmente substituídos pelos benzodiazepínicos. Atualmente, são pouco utilizados como sedativos propriamente ditos. Calmantes Formas de utilização Via oral: comprimidos, cápsulas ou xaropes; Injeção intramuscular ou intravenosa, quando apresentados em forma de ampolas. As formas injetáveis são de uso restrito hospitalar. Histórico / Barbitúricos Os barbitúricos foram descobertos em 1864 pelo pesquisador belga Adolf von Baeyer; Homenagem a Santa Bárbara ou a garçonete Bárbara. Histórico / Barbitúricos Em 1903 é lançado o primeiro medicamento barbitúrico com o nome comercial de Veronal. Esta síntese foi realizada pelos cientistas alemães Emil Hermann Fischer e Joseph von Mering. Histórico / Barbitúricos Em 1912 é lançado o fenobarbital (gardenal) com o nome comercial de Luminal, como sedativo hipnótico Barbitúricos – uso no Brasil Vários medicamentos para dor de cabeça, além da aspirina, continham também um barbitúrico qualquer. Exemplo: Cibalena®, Veramon®, Optalidom®, Fiorinal® etc. tinham o butabarbital ou secobarbital (dois tipos de barbitúricos) em suas fórmulas. Histórico / Barbitúricos Os laboratórios retiraram os barbitúricos de suas fórmulas devido ao uso abusivo em grandes quantidades. Barbitúricos Butabarbital: alguns produtos usados como sedativos hipnóticos; Fenobarbital: bastante usado , pois é um ótimo remédio para os epilépticos (Gardenal); Tiopental, é usado por via endovenosa, por anestesistas, em cirurgias. Barbitúricos A legislação brasileira exige que todos os medicamentos que contenham barbitúricos em suas fórmulas sejam vendidos nas farmácias somente com a receita do médico, para posterior controle pelas autoridades sanitárias. Barbitúricos Fenobar bital Ácido BarbitúricoButabarbital SecobarbitalTiopental Síntese Barbitúricos Úreia + Ácido malônico Sensações provocadas pelo uso Sono; Alivio da tensão; Sensação de calma e relaxamento; Capacidade de raciocínio e de concentração alterada. Sensações provocadas pelo uso Doses maiores: Sensação de embriaguez; Fala “pastosa” e dificuldade de andar direito. Barbitúricos - efeitos provocados no organismo Diminuição do metabolismo cerebral, do consumo de oxigênio, do fluxo sanguíneo cerebral, com consequente diminuição da pressão intracraniana. Ação depressora do SNC Barbitúricos Aspectos gerais A dose que começa a intoxicar está próxima da que produz os efeitos terapêuticos desejáveis. (pequena margem de segurança entre a dosagem terapêutica e a tóxica) Barbitúricos Aspectos gerais A pressão do sangue fica muito baixa e a respiração é tão lenta que pode parar. A morte ocorre exatamente por parada respiratória. Barbitúricos Aspectos gerais Efeitos tóxicos ficam muito mais intensos se o usuário ingerir álcool ou outras drogas sedativas; Potencial teratogênico (capaz de produzir dano ao embrião ou feto durante a gravidez); Barbitúricos Aspectos gerais Sinais de abstinência (como dificuldades respiratórias, irritabilidade, distúrbios do sono e dificuldade de alimentação) em recém-nascidos de mães que fizeram uso durante a gravidez. Barbituricos Dependência, tolerância e abstinência Dependência: existem muitas evidências de que os barbitúricos levam a dependência Tolerância:.Sim e se desenvolvem com maior rapidez quando doses grandes são usadas desde o início. Barbituricos – síndrome de abstinência Insônia; Irritação; Agressividade; Delírios; Ansiedade e angústia; Convulsões generalizadas. Barbituricos – síndrome de abstinência A síndrome de abstinência requer obrigatoriamente tratamento médico e hospitalização, pois há risco de a pessoa vir a falecer. Barbitúricos - efeitos no fígado Aumenta a capacidade de metabolização do fígado; Interfere no efeito de outros medicamentos; Barbitúricos Casuística no Brasil A estimativa de uso sem receita médica de Barbitúricos é de menos de 1%, sendo citados produtos, tais como: Gardenal®, Pentotal® e Comital®. Benzodiazépinicos Tranquilizantes / Ansiolíticos Medicamentos que têm a propriedade de atuar quase que exclusivamente sobre a ansiedade e tensão. Benzodiazepínicos Diminui a ansiedade das pessoas, sem afetar em demasia as funções psíquicas e motoras; Medicamentos entre os mais utilizados no mundo todo, inclusive no Brasil. Benzodiazepínicos diazepam, bromazepam, clobazam, clorazepam, estazolam, flurazepam, flunitrazepam, lorazepam, nitrazepam. Benzodiazepínicos Nomes comerciais: Noan®, Valium®, Aniolax®, Calmociteno®, Dienpax®, Psicosedin®, Frontal®, Frisium®, kiatrium®, Lexotan®, Lorax®, Urbanil®, Somalium®. Benzodiazepínicos Histórico 1957 Leo Sternbach e Earl Reeder, síntese do primeiro benzodiazepínico, o clordiaxepóxido; Comercializado em 1961; 1963 diazepam; Atualmente mais de 30 tipos de benzodiazepínicos comercializados em todo o mundo. Benzodiazepínicos Depressor do SNC que atua em receptores específicos clordiaxepóxido Diazepam Bromazepam Benzodiazepínicos Diminuição de ansiedade; Indução de sono; Relaxamento muscular; Redução do estado de alerta. Benzodiazepínicos Dificuldade nos processos de aprendizagem e memória; Substância pouco tóxica, quase não produz efeitos em outros órgãos, agindo exclusivamente no cérebro. Benzodiazepínicos O uso regular de benzodiazepínicos e de outros sedativos produz ansiedade e depressão, tolerância e dependência. Após um curto período de uso, sintomas significativos de abstinência se manifestam na retirada do seu consumo. Benzodiazepínicos Drogas Seguras: necessidade de grandes doses para produzir efeitos mais graves: Hipotonia muscular (“moleza); Dificuldade para ficar em pé e andar; Baixa pressão sanguínea; Suscetibilidade a desmaios; Coma e morte raro. Benzodiazepínicos Aspectos gerais Grande sinergismo com o álcool; Suspeita-se que essas drogas tenham um poder teratogênico produzindo lesões e defeitos físicos no bebê. Benzodiazepínicos O uso de Benzodiázepinicos é maior entre a faixa etária igual ou maior que 35 anos; Existe um predomínio nítido para o sexo feminino, quando comparado ao masculino, em todas as faixas etárias. A prevalência de mulheres dependentes na faixa etária, maior que 35 anos chega a 1,02%. Fonte: obid Solventes e Inalantes Solventes e Inalantes Solvente Inalantes Solventes e Inalantes Em geral produtos industriais, combustíveis, material de limpeza, material de escritório, cosméticos, etc; Solventes e Inalantes São altamentevoláteis Evaporam naturalmente Alta pressão de vapor* Solventes e Inalantes A maioria são compostos orgânicos que são inflamáveis. • Fogo • Reação Química • 2C8H18 + 25O2 ↔ 16CO2 + 18H2O Solventes e Inalantes Características Preço acessível; Grande disponibilidade; E uma droga muito usada por adolescentes e crianças em situação de rua; Solventes e Inalantes Cola de sapateiro (tolueno + hexano...); Solventes e Inalantes Benzina (éter de petróleo = hidrocarbonetos de baixo peso molecular); Na Segunda Guerra Mundial, em alguns campos de concentração, exterminaram-se pessoas usando injeções de benzina. (http://www.holocaust-history.org/lifton/LiftonT257.shtml) Solventes e Inalantes Anestésicos Éter; Clorofórmio; Óxido nitroso N 2 O (gás do riso, uso em odontologia) Solventes e Inalantes Gasolina; Esmalte; Acetona; Corretivo; Tíner; Solventes e Inalantes Gases Butano; Propano; Freon; Solventes e Inalantes Principais formas de utilização por adultos Lança-perfume- Cloreto de etila Como é identificado em um exame pericial? Solventes e Inalantes Histórico Por volta de 1960, os lança-perfumes, que eram feitos de Cloreto de Etila, começaram a ser aspirados para dar sensação de torpor, tontura e euforia. Solventes e Inalantes Histórico O Quelene, anestésico local, formava par com o lança-perfume e era empregado fora das épocas de carnaval, quando a disponibilidade dos lança-perfumes era menor. Solventes e Inalantes Histórico Por volta de 1965, o governo brasileiro proibiu a fabricação dos lança-perfumes e do anestésico Quelene. Contudo, começou a surgir referências ao retorno do uso de “lança-perfumes”, só que como um produto à base de clorofórmio e éter (loló). Loló (clorofórmio + éter???????); São fabricados com o intuito de serem usados para obter alterações de consciência, e sem nenhuma utilidade industrial ou combustível. Solventes e Inalantes Formas de utilizaçãoGeralmente aspirado pelo nariz ou pela boca Solventes e Inalantes Sensações A sensação experimentada pelo uso dos inalantes é muito rápida, pois dos pulmões passa para a circulação sanguínea, atingindo o cérebro e o fígado, órgãos com maior volume de sangue no corpo. Solventes e Inalantes Sensações Inicialmente, provoca euforia, caracterizada por cabeça leve, girando, fantasias que parecem reais (processo alucinatórios). Essas sensações acabam em poucos minutos e essa é a razão pela qual os usuários habituais de inalantes colocam o produto num saco plástico, e ficam cheirando durante muito tempo. Solventes e Inalantes Riscos “Morte súbita por inalação de solventes”. Após a inalação o individuo se submete a algum exercício ou stress inesperado. A morte é causada por falência cardíaca associada à arritmia cardíaca acentuada. (O coração fica mais sensível a adrenalina). Solventes e Inalantes Riscos Sufocamento: o usuário desmaia com o saco plástico na boca e nariz e morre por falta de ar. Solventes e Inalantes Efeitos tóxicos Lesões da medula óssea; Lesões dos nervos periféricos que controlam os músculos (n-hexano); Danos ao fígado e rins; Solventes e Inalantes Efeitos tóxicos Perda de peso; Ferimentos no nariz e boca; Pode causar danos irreversíveis no cérebro. Alucinógenos Plantas com substâncias alucinógenas Definição médica de alucinação: percepção sem objeto. Pode aparecer espontaneamente no ser humano em casos de psicoses, como a esquizofrenia. Ilusões (distorções perceptivas de um objeto real). Plantas com substâncias alucinógenas Drogas psicoticomiméticas por “imitar” ou “mimetizar” um dos mais evidentes sintomas das psicoses – as alucinações. Drogas psicodélicas do grego (psico = mente e delos = expansão) Cogumelos Os cogumelos capazes de produzir viagens alucinógenas são de difícil identificação. Há quatro gêneros: Psilocibe, Panaeolus, Copelandia e Amanita. Cogumelos Amanita Muscaria Psilocybe cubensis Psilocybe mexicana Ácido ibotênico Muscimol Bufotenina C:\Users\Ricardo\Documents\Perícia Forense Multimídia\Para apresentar\psilocibina fantastico e parte natgeo lsd.avi Cogumelos - princípio ativo O princípio ativo desses cogumelos é a psilocibina, um alcalóide cuja molécula é bastante semelhante ao LSD. Plantas proscritas 1. Cannabis sativa L.. 2. Claviceps paspali Stevens & Hall. 3. Datura suaveolens Willd. 4. Erythroxylum coca Lam. 5. Lophophora williamsii Coult. 6. Papaver Somniferum L.. 7. Prestonia amazonica J. F. Macbr. 8. Salvia Divinorum Cacto peyote (Lophophora Williamsii) Cacto peyote (princípio ativo) Mescalina Cacto peyote Histórico Nativa da América Central; A imagem mais velha de um peiote usado em cerimônias tem 3000 anos; Utilizada pelos índios mexicanos em rituais religiosos; Prática foi condenada pelos colonizadores espanhóis; Cacto peyote Histórico 1885, a Igreja Aborígene Americana; Professor espiritual e fazia o papel de padre na comunicação com Deus. Prestônia amazônica Prestonia amazônica Princípio ativo DMT DMT DMT (Encontrado em outras plantas além da prestônia) Chacrona + Cipo Mariri = Santo Daime = Ayauasca ( vinho da vida), Enteógeno, Droga visionária Chacrona Cipó mariri (harmina) Jurema Sensações provocadas pelo uso Induzem a alucinações e delírios. Esses efeitos são muito maleáveis, ou seja, dependem de várias condições, como sensibilidade e personalidade do indivíduo, expectativa que a pessoa tem sobre os efeitos, ambiente, presença de outras pessoas etc., como a bebida do Santo Daime. As reações psíquicas são ricas e variáveis. Sensações provocadas pelo uso Às vezes, são agradáveis O usuário se sente recompensada pelos sons incomuns, cores brilhantes e pelas alucinações. (“boa viagem”) Sensações provocadas pelo uso “Bad Trip” Em outras ocasiões, os fenômenos mentais são de natureza desagradável, visões terrificantes, sensações de deformação do próprio corpo, certeza de morte iminente etc. São as “más viagens”. Sensações provocadas pelo uso Tanto as “boas” como as “más” viagens podem ser conduzidas pelo ambiente, pelas preocupações anteriores (o usuário frequente sabe quando não está de “cabeça boa” para tomar o alucinógeno) ou por outra pessoa. Esse é o papel do “guia” ou“sacerdote” nos vários rituais religiosos folclóricos, que, no ambiente do templo, os cânticos etc., são capazes de conduzir os efeitos mentais para o fim desejado. Efeitos provocadas no organismo Os sintomas físicos são pouco salientes, pois são alucinógenos primários. Podem ocorrer dilatação das pupilas, sudorese excessiva, taquicardia, náuseas e vômitos, estes últimos mais comuns com a bebida do Santo Daime. Alucinógenos Dependência, tolerância e abstinência Como ocorre com quase todas as substâncias alucinógenas, praticamente não há desenvolvimento de tolerância; também comumente não induzem dependência e não ocorre síndrome de abstinência com o cessar do uso. Alucinógenos Dependência, tolerância e abstinência Um dos problemas preocupastes em relação ao consumo desses alucinógenos é a possibilidade, felizmente rara, de a pessoa desenvolver delírios persecutórios, de grandeza ou acessos de pânico e, em virtude disso, tomar atitudes prejudiciais a si e aos outros. Anticolinérgicos Substâncias naturais ou sintéticas que tem efeito de inibir a produção de acetilcolina. Anticolinérgicos Todas as drogas anticolinérgicas são capazes de, em doses elevadas, além dosefeitos no corpo, alterar as funções psíquicas (Alucinógenos secundários). Anticolinérgicos Possuem uso como medicamento: Antiesparmodicos (contra cólicas); Doença de Parkinson; Médicos oculistas para dilatar as pupilas dos olhos. Anticolinérgicos Comerciais Akineton (substância ativa - biperideno) Uso terapêutico: Mal de Parkinson (antiparkinsoniano) Anticolinérgicos Comerciais Artane (substância ativa - triexafenid) Nome popular: aranha, artemis, buque Uso terapêutico: Mal de Parkinson (antiparkinsoniano) Anticolinérgicos Comerciais Bentyl (substância ativa - diciclomina) Nome popular: bentinho Uso terapêutico: antiespasmódico Anticolinérgicos Comerciais Asmosterona (substância ativa - benactizina) Uso terapêutico: asma Periatin, Periavit (substância ativa - ciproheptadina) Uso terapêutico: orexígeno (produz apetite) Anticolinérgicos - Histórico Foram usados durante a Segunda Guerra Mundial por organismos militares, que viram neles um "soro da verdade", pois sob seu efeito a pessoa sente-se como que embriagada e facilmente sugestionável. Plantas proscritas 1. Cannabis sativa L.. 2. Claviceps paspali Stevens & Hall. 3. Datura suaveolens Willd. 4. Erythroxylum coca Lam. 5. Lophophora williamsii Coult. 6. Papaver Somniferum L.. 7. Prestonia amazonica J. F. Macbr. 8. Salvia Divinorum Beladona Atropa belladonna Trombeteira Trombeteira Quais são os princípios ativos? Atropina; Escopolamina; Hiosciamina; São anticolinérgicos. Moléculas Atropin Sensações provocadas pelo uso Os anticolinérgicos, tanto de origem vegetal como os sintetizados em laboratório, atuam principalmente produzindo delírios e alucinações. São comuns as descrições pelos usuários de se sentirem perseguidos, de verem pessoas e bichos etc. Sensações provocadas pelo uso Esses delírios e alucinações dependem bastante da personalidade do indivíduo e de sua condição; assim, nas descrições de usuários dessas drogas, encontram-se relatos de visões de santos, animais, estrelas, fantasmas, entre outras imagens. Sensações provocadas pelo uso Os efeitos são bastante intensos, podendo demorar de 2 a 3 dias. Apesar disso, o uso de medicamentos anticolinérgicos (com controle médico) é muito útil no tratamento de várias doenças (Parkinson, diarréia etc.). Anticolinérgicos efeitos no organismo As drogas anticolinérgicas são capazes de produzir muitos efeitos periféricos além dos provocados no sistema nervoso central. Assim, as pupilas ficam muito dilatadas, a boca seca e o coração pode disparar. Os intestinos ficam paralisados - tanto que eles são usados como antidiarreicos - e a bexiga fica“preguiçosa” ou há retenção de urina. Anticolinérgicos efeitos no organismo Os anticolinérgicos podem produzir, em doses elevadas, grande elevação da temperatura, que chega às vezes até 40 ou 41°C. A pessoa apresenta-se com a pele muito seca e quente, com vermelhidão principalmente no rosto e no pescoço. Anticolinérgicos efeitos no organismo Essa temperatura elevada pode provocar convulsões (“ataques”) e são, por isso, bastante perigosas. O número de batimentos do coração sobe exageradamente. Tolerância e Síndrome de abstinência Essas drogas não desenvolvem tolerância no organismo e não há descrição de síndrome de abstinência. Anticolinérgicos Curiosidade: O artane é a terceira droga (depois de inalantes e maconha) mais usada por meninos de rua de grandes capitais nordestinas. Ópio, opiáceos, opioides, heroína O que é? Palavra oriunda do grego que significa suco. Originado de um líquido leitoso da cápsula verde da papoula (Papaver somniferum) O que é a papoula? Papoula (Papaver somniferum) Papoula (papoila planta da alegria) I Papoula Reino: Plantae Divisão: Magnoliophyta Classe: Magnoliopsida Ordem: Ranunculales Família: Papaveracea gênero: papáver Ópio Sementes de papoula O que tem no ópio? Opiáceos. O que são os opiáceos? Morfina até 20% (palavra derivada de Morfeu “Deus dos Sonhos”) O que tem no ópio? Codeína (xarope); Outros: papaverina, noscapina, tebaína, meconina, meconisina, narceína, codamina, laudanina, protopina. Opiáceos Codeína – xarope tosse (fonte cebrid) Substâncias comerciais (muitas já estão fora do mercado ou não possuem mais codeína em sua composição) com codeína: Belacodid®; Belpar®; Codelasa®; Gotas Binelli®; Pambenyl®; Codeína – xarope tosse (fonte cebrid) Substâncias comerciais (muitas já estão fora do mercado ou não possuem mais codeína em sua composição) com codeína: Setux®; Tussaveto®; Pastilhas Veabon; Pastilhas Warton; Benzotiol. Morfina Utilizado em pacientes com câncer em estado terminal; Pós operatório e cirurgias de coluna; A Heroína não tem nenhuma utilização médica. Heroína e opiáceos 1874 Alder Wright Anidrido acético Morfina Heroína Síntese da Heroína Entrou no mercado em 1898 como anestésico e ficou apenas cinco anos. Onde é produzido o ópio? Formas de administração O ópio pode ser fumado, mascado, ingerido ou cheirado. A Heroína é cheirada ou injetada. Morfina Em 1803, a morfina foi isolada pela primeira vez por um alemão Friedrich Wilhelm Adam Sertürner. Marcou o início do processo de extração de princípios ativos de plantas. (marco para fitoquímica) História do ópio Provavelmente a droga de abuso mais antiga consumida pela humanidade. Existem relatos de todas as civilizações da antiguidade: egípcios, mesopotâmicos, persas, gregos e romanos. História do ópio – Guerra do ópio Inglaterra e china (1839 – 1842 e 1856 – 1860) deficit comercial para a Inglaterra (principal potência da época – seda, porcelana e chá) Ópio – único produto de interesse dos chineses (de forma forçada e clandestina) Guerra do ópio 1839 China proíbe comercio de ópio e queima grande quantidade da droga; Inglaterra declara guerra a China; 1842 – final da guerra indenização e ceder a ilha de HONK KONG até 1997. História do ópio Foi consumido livremente até 1920. Grande números de dependentes na 1ª Guerra mundial. Sensações provocadas pelo uso Um estado de torpor, como isolamento da realidade do mundo, calmaria na qual realidade e fantasia se misturam, sonhar acordado, estado sem sofrimento, afeto meio embotado e sem paixões Se utilizado em altas doses Grande depressão respiratória e cardíaca, levando ao estado de coma e mesmo à morte Efeitos imediatos no organismo "Semi-sono" ou "sonho acordado", acompanhado de incapacidade de concentração e diminuição da atividade física. A heroína causa apatia, contração das pupilas e diminuição dos movimentos do estômago e dos intestinos. Alivia a dor. Efeitos no organismo Contração acentuada da pupila (tamanho da cabeça de um alfinete); Paralisia do estômago (como se não fosse capaz de fazer a digestão); Os intestinos também ficam paralisados (prisão de ventre). Tolerância Sim. Após a administração de várias doses, a pessoa precisa cada vez doses maiores para obter o mesmo efeito. Dependência Extrema dependência física Síndrome de abstinência Náuseas; insônia; Intensas dores musculares; cólicas intestinais, lacrimejamento, Síndrome de abstinência Corrimento nasal; Pode durar até 12 dias; Necessidade de acompanhamento médico;
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