Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Prof. Luiz Minioli Cálculo das Capacidades Preliminares Projetos de Navios I 1 Introdução No estudo da avaliação preliminar das capacidades dos navios são considerados: a) Capacidade Moldada (Moulded Capacity) – é o volume interno de um compartimento, sem considerar os reforços, suportes, vigas, longarinas, etc. b) Capacidade de Grãos (Grain Capacity) – é a capacidade moldada menos o volume ocupado pelos reforços, molduras, suportes, vigas, longarinas, etc. Estes enrijecedores estão na ordem de 1,5% da capacidade moldada. Assim: Capacidade de Grãos = 98,5% x Capacidade Moldada em m³ c) Capacidade de Fardos (Bale Capacity) – é volume do espaço interno do compartimento de carga do navio, medido entre o fundo do porão e a aresta inferior dos vaus e, lateralmente, entre as hastilhas que cobrem internamente as Cavernas, dele deduzido o volume dos Pés-de-Carneiro, tubulações e obstruções. Assim: Capacidade de Fardos = 90% x Capacidade de Grãos em m³ 2 Introdução 3 (Fonte: Papanikolaou, 2014, p. 247) Introdução d) Volume de Isolamento (Insulated volume) – é um volume que considera o isolamento na construção de um compartimento. Geralmente instalados em navios refrigerados. A espessura de isolamento pode variar de 200 a 350 mm. É de cerca de 25% da capacidade moldada. Assim: Volume de isolamento = 75% x Capacidade Moldada em m³ 4 (Fonte: Papanikolaou, 2014, p. 248) Exemplo 1 Seja um navio que a Capacidade Moldada é de 20.000 m3. Estimar as capacidades aproximadas de grão, fardo e isolamento. 5 Estimativa Detalhada da Capacidade de Grãos Deve-se considerar a capacidade total de grãos que se estende desde a antepara de colisão a vante até a antepara de colisão a ré e acima do topo do compartimento de estocagem até o convés superior. Adicione a estas capacidades, os volumes dos espaços de “não-carga”, como acesso ao cabeamento elétrico ou dutos de ventilação, espaços de máquinas, etc. Suponha que todos estes valores somados ao valor total de 𝐺𝐵 do navio básico selecionado. Para obter o valor equivalente para um novo projeto semelhante, 𝐺𝐷 usam-se as fórmulas a seguir: 6 Estimativa Detalhada da Capacidade de Grãos B 7 Estimativa Detalhada da Capacidade de Grãos D é a distância vertical (profundidade) do espaço interno do navio que contém os grãos. 8 Estimativa Detalhada da Capacidade de Grãos 9 Estimativa Detalhada da Capacidade de Grãos Quando 𝐺𝐷 for obtido, todos os espaços de “não-carga” abaixo do convés superior devem ser deduzidos e qualquer capacidade de carga adicional, acima do deck deve ser adicionado. Por exemplo, essa capacidade adicional pode estar nas bordas elevadas das escotilhas, ou no primeiro castelo de proa de decks duplos. O volume dessas bordas elevadas, na prática, será de cerca de 0,5% da Capacidade de Grão para este tipo de navio. O total final vai dar o valor final da Capacidade de Grãos para o novo navio. 10 Exemplo 2 Seguem as características de um navio base e de um novo projeto: Estime as capacidades finais de grãos e de fardo para o novo projeto. 11 Exemplo 2 12 Para o navio base e o novo projeto tem-se: Exemplo 2 13 Observação: 14 Capacidade de Óleo em Navios Tankers 15 Exemplo 3 16 Exemplo 3 17 Estimativa de Capacidade num Navio Graneleiro A capacidade de carga pode ser calculada de forma análoga a de um o navio tanker. O exemplo a seguir reforçará o método adotado. 18 Exemplo 4 19 Exemplo 4 20 Exercícios 21 Exercícios 22
Compartilhar