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Introdução a Histologia • Disciplina: Histologia e Embriologia • Professor: Felipe Oliveira • Email: biomedoliveira@gmail.com O que é? Como foi feita? Para que serve? Técnica histológica A técnica histológica é o conjunto de procedimentos aplicados para se obter uma preparação microscópica que permita seu exame com um microscópio de luz. Principal objetivo: Preservar ao máximo o espécime, mantendo a mesma composição química e estrutural de quando estava vivo. Técnica histológica Obtenção de lâminas histológicas (14 eventos) 1º Etapa: obtenção da amostra Coleta da amostra: .Manuseio delicado para evitar sua deformação. .A amostra pode ser obtida de um indivíduo vivo (biópsia) ou morto (autópsia). .Armazenamento adequedo. Fixação: Normalmente é realizada com formol 10% num período de 12 – 24 hs. Objetivo: Evitar a autólise; Impedir algum tipo de contaminação; Endurecer a peça; Preservar a estrutura molecular (pontes entre as aminas – NH2) de proteínas. OBS: Além dos fixadores químicos é possível utilizar o congelamento, sobretudo para o estudo de uma biópsia durante o ato operatório. Qual a principal diferença entre a fixação química e física? Fixação química: leva a retirada de lipídeos da amostra, pois utilizará em etapas posteriores solventes lipídicos (etanol e xilol). Fixação por congelamento: utilizado no estudo de lipídeos celulares. 2º Etapa: Processamento da amostra Objetivo da desidratação (6 – 24 hs): Substituir a água do fixador por um solvente não polar como primeira etapa para a inclusão em parafina. O álcool mais utilizado é o etanol em concentrações crescentes de 70% - 80% - 95% - 100%, durante uma hora ou mais em cada um deles, conforme o tamanho da amostra. Diafanização ou clareamento (1 – 6 hs): Elimina- se o álcool do tecido e este é impregnado com o mesmo solvente da parafina ou resina (próxima etapa) que também lhe confere transparência. 5- Inclusão em parafina Inclusão em parafina ou resina: Mergulha-se as peças em parafina ou resina, geralmente a 60 oC, durante 5 a 20 horas conforme a natureza e as dimensões da amostra Devido a alta temperatura o agente clareador (xilol) evapora e a parafina ou a resina penetram nos tecidos. Logo a amostra é depositada em pequenos recipientes e deixada solidificar. Preparação do bloco: o bloco de parafina ou resina com a amostra incluída é colado em um suporte de plástico (bloco) para que possa ser fixado ao micrótomo. Corte: A fim de se obter cortes muito finos utiliza-se um Instrumento de precisão chamado micrótomo. - Parafina: 8-10 μm ; - Resina : 1-2 μm; Os tecidos fixados por congelamento são seccionados através de um micrótomo de congelamento ou com um criostato, instrumentos adequados para manter a amostra em temperatura inferior a –20 °C. v Montagem de corte sobre uma lâmina de vidro: os cortes são depositados na superfície de um recipiente com água e logo são montados sobre uma lâmina de vidro para que sequem. Como os cortes parafinizados são incolores, as amostras ainda não estão apropriadas para o exame no microscópio óptico. Dessa forma necessitam ser coradas 3º Etapa: Coloração Desparafinação: esse passo intermediário é necessário para permitir a penetração do álcool do passo seguinte e é feita com o xilol. Hidratação: para permitir a penetração dos corantes, que em sua maioria estão em solução aquosa, a amostra deve ser hidratada em soluções de etanol diluídas progressivamente (100% - 95% - 80% - 70%), até a lavagem final em água destilada. O método de coloração convencional mais utilizado em histologia e histopatologia é conhecido como hematoxilina-eosina Coloração A maiora dos corantes se comportam com ácidos ou Bases: Corantes básicos: . Hematoxilina; . Azul de toluidina; . Azul de metileno. - Corantes ácidos: . Eosina; . Orange G; . Fucsina ácida. Componentes que reagem com corantes básicos: basófilos Componentes que reagem com corantes ácidos: acidófilos Hematoxilina: É um corante nuclear que se comporta como um corante básico ao corar os componentes ácidos dos tecidos. Por exemplo, os núcleos celulares em cor azul-violácea. Eosina: É um corante citoplasmático, ácido, que cora os componentes básicos dos tecidos. Por exemplo, o citoplasma celular em diferentes tonalidades de vermelho. Desidratação: devido ao fato de o meio de montagem não ser miscível com a água, esta deve ser eliminada através de imersões das lâminas de vidro com o corte histológico em soluções de etanol de graduação crescente (70% - 80% - 95% - 100%). Diafanização com xilol: Confere transparência ao corte do tecido Montagem da lamínula: a fim de obter uma preparação permanente, o corte é coberto com um vidro fino, colado com um meio de montagem natural (Bálsamo do Canadá) ou sintético. Microscopia de luz O microscópio óptico amplia as dimensões dos objetos que são observados por meio dele e que não podem ser vistos a olho nu, permitindo assim ampliar o poder de resolução do olho humano Lentes objetivas: a qualidade de um microscópio depende em maior parte da objetiva. Tem como função formar a imagem real e aumentada do objeto e a qualidade desta imagem não pode ser melhorada pelos outros elementos. Lentes oculares: Dois sistemas de lentes (em microscópios mais simples há apenas um). As oculares geralmente tem poder de aumento de 10X e é por meio delas que observamos a imagem ampliada. Condensador com diafragma: possui a função de iluminar uniformemente a preparação, no local enfocado pela objetiva, fazendo com que haja uma iluminação uniforme dos raios luminosos, esta iluminação se faz por meio de raios convergentes que se transformam em divergentes, depois de atravessar o objeto. Tubo: Suporte das oculares. Também chamado de canhão. Revólver: Peça giratória que comporta as objetivas. Para trocar de objetiva, sempre manuseie o revólver, nunca force as objetivas. Platina: Também chamada de mesa, é o suporte onde será colocada a lâmina. A platina pode ser levantada ou baixada para regular o foco, utilizando-se os parafusos macro e micrométrico. Fonte de luz: Nos microscópios modernos é uma lâmpada, mas em microscópios mais antigos era um espelho que refletia a luz. Liga/desliga: Botão para ligar e desligar a lâmpada. Macrométrico: Parafuso que permite regular a altura da platina. Faz movimentos amplos para um ajuste grosso. Micrométrico: Parafuso que permite regular a altura da platina. Permite um ajuste fino do foco. Braço: Também chamado de coluna, é fixo na base do microscópio e serve de suporte para as demais partes. Charriot: Peça que permite movimentar a lâmina sobre a platina. Não aparece na figura pois geralmente localiza-se na lateral direita. Obrigado!
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