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FACULDADE LEONARDO DA VINCI ESTUDO DE COORDENAÇÃO E SELETIVIDADE CONTRA SOBRECORRENTE Trabalho de Conclusão de Curso submetida a banca examinadora, como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharelado em Engenharia Elétrica. TIAGO SCHELL ORIENTADOR: THIAGO AZEVEDO ARNHOLD TIMBÓ 2018 TIAGO SCHELL ESTUDO DE COORDENAÇÃO E SELETIVIDADE CONTRA SOBRECORRENTE Trabalho de Conclusão de Curso submetida a banca examinadora, como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharelado em Engenharia Elétrica. ______________________________ Prof. Thiago Azevedo Arnhod Orientador BANCA EXAMINADORA __________________________________ Prof. .. ________________________________ Prof. ... AGRADECIMENTOS Com a conclusão deste Trabalho de Conclusão de Curso não posso deixar de agradecer a diversas pessoas que, direta ou indiretamente, me ajudaram nesta caminhada tão importante da minha vida pessoal e profissional. Agradeço a Deus em primeiro lugar, pois sem a sua ajuda, a sua direção e o seu agir eu não teria capacidade para estar aqui, por se fazer presente em todos os momentos, por ter me dado saúde, sabedoria, paciência e disposição para alcançar cada desafio disposto em minha trajetória. Agradeço aos meus pais que com toda humildade e simplicidade me ensinaram a ser uma pessoa decente a respeitar e buscar meus objetivos de forma honesta. Agradeço também a minha família por estar sempre ao meu lado durante esta trajetória me dando força, apoio e confiança suficiente para almejar e concluir meus objetivos. A minha esposa Daiane e minhas filhas Amanda e Gabrielly que me compreenderam e me apoiaram durante todos os momentos difíceis, me incentivaram sempre a continuar seguindo em frente, erguer a cabeça nos momentos difíceis, mesmo diante da falta de tempo e de presença em suas vidas durante os horários de aula e estudos. Agradeço a todos meus amigos e colegas por confiarem em mim, cedendo as oportunidades de realizar novas perspectivas e compartilhando seus conhecimentos. RESUMO O trabalho apresentado tem como objetivo a elaboração de um estudo de coordenação e seletividade da proteção contra sobrecorrente que será realizado em uma indústria já existente, onde será estudado a correta aplicação do Disjuntor de Média Tensão, Relé de sobrecorrente, Transformador de Potencial, Corrente de Média Tensão e os Fusíveis de proteção dos Transformadores em Média Tensão. Este estudo visa verificar se os equipamentos de proteção já instalados estão devidamente calculados para operarem sob as condições impostas no circuito, e em caso de algum componente estiver divergente com os aplicados neste estudo, será solicitado a alteração do componente por um com características técnicas equivalentes aos deste estudo de proteção e seletividade. O estudo é realizado a partir dos dados de placa e relatórios de ensaios dos equipamentos a serem protegidos, analisando as curvas de atuação dos Fusíveis de proteção dos Transformadores de Média Tensão, junto as correntes de curto-circuito do sistema para definição dos Transformadores de corrente e demais equipamentos de proteção. Palavras-Chaves: proteção; sobrecorrente; seletividade; curto-circuito. ABSTRACT The present work has the objective of elaborating a study of coordination and selectivity of the overcurrent protection that will be carried out in an existing industry, where the correct application of the Medium Voltage Circuit Breaker, Overcurrent Relay, Potential Transformer, Current Medium Voltage and the Medium Voltage Transformers Protection Fuses. This study aims to verify if the protective equipment already installed is properly calculated to operate under the conditions imposed in the circuit, and if any component is different from those applied in this study, it will be requested to change the component to one with technical characteristics equivalent to the ones of this study of protection and selectivity. The study is carried out from the plate data and test reports of the equipment to be protected, analysing the curves of operation of the Protection Fuses of the Medium Voltage Transformers, together with the short-circuit currents of the system for the definition of Current Transformers and other protective equipment. Keywords: protection; overcurrent; selectivity; short circuit. LISTA DE FIGURAS FIGURA 1 – DISJUNTOR MÉDIA TENSÃO ........................................................................ 14 FIGURA 2 – RELÉ DE PROTEÇÃO ...................................................................................... 20 FIGURA 3 – TRANSFORMADORE DE POTENCIAL MÉDIA TENSÃO .......................... 21 FIGURA 4 – TRANSFORMADOR DE CORRENTE MÉDIA TENSÃO ............................. 24 FIGURA 5 – FUSÍVEL MÉDIA TENSÃO ............................................................................. 24 FIGURA 6 – CURVA DE FUSÃO DE FUSÍVEIS HH .......................................................... 25 FIGURA 7 – ARQUITETURA RADIAL SIMPLES .............................................................. 27 FIGURA 8 – ARQUITETURA RADIAL DUPLA ................................................................. 27 FIGURA 9- ARQUITETURA RADIAL EM MALHA ABERTA .......................................... 28 FIGURA 10 – ARQUITETURA RADIAL EM MALHA FECHADA ................................... 29 FIGURA 11 – CURTO-CIRCUITO TRÁFASICO FASE-FASE ........................................... 32 FIGURA 12 – CABOS DE MÉDIA TENSÃO ........................................................................ 33 FIGURA 13 – TRANSFORMADOR DE MÉDIA TENSÃO A SECO .................................. 34 FIGURA 14 – TRANSFORMADOR DE MÉDIA TENSÃO A ÓLEO .................................. 35 LISTA DE TABELAS TABELA 1 - TABELA ANSI .................................................................................................. 15 TABELA 2 – TABELA DE CARACTERÍSTICAS DE TP'S ................................................. 22 TABELA 3 – TRANSFORMADOR DE CORRENTE MÉDIA TENSÃO ............................ 23 TABELA 4 – DADOS PARA ESTUDA DAS PROTEÇÕES ................................................ 36 TABELA 5 – PONTO ANSI DO TRANSFORMADOR ........................................................ 38 TABELA 6 – ESPECIFICAÇÃO PARA ESCOLHA DO TP ................................................. 40 TABELA 7 – CLASSE DO TRANSFORMADOR DE POTENCIAL ................................... 40 LISTA DE EQUAÇÕES Equação 1 - Lei de Ohm cálculo de corrente............................................................................ 29 Equação 2 - Curto-circuito Trifásico fase-fase ......................................................................... 30 Equação 3 - Calculo da Zcc...................................................................................................... 30 Equação 4 - Za equivalente a montante do ponto de curto-circuito ......................................... 31 Equação 5 - Corrente de Curto-circuito Trifásica .................................................................... 31 Equação 6 - Corrente Máxima de In-rush ................................................................................ 37 Equação 7 - Corrente de partida de fase ................................................................................... 38 Equação 8 - Correte de partida de neutro ................................................................................. 38 Equação 9 - Corrente de partida temporizada de fase .............................................................. 39 Equação 10 - Corrente de partida temporizada de neutro ........................................................ 39 Equação 11 - Corrente primária de Transformador de Corrente ............................................. 40 Equação 12 - Corrente dos Fusíveis de Média Tensão ............................................................. 41 LISTA DE SÍMBOLOS TP Transformador de potencial TC Transformador de corrente Zcc Impedância de Curto-circuito R Resistência X Reatância IN Corrente Nominal Inrush Corrente de energização de Transformadores Icc Corrente de Curto-circuito U ou V Tensão SF6 Gás Hexafluoreto de enxofre I Corrente elétrica IK3 Curto-circuito trifásico fase-fase Za Impedância equivalente a montante do ponto de curto-circuito VAP Válvula de alívio de pressão INO Indicador de nível do óleo ITO Indicador de temperatura do óleo Imax Corrente máxima de curto-circuito Ir Corrente de Inrush P Potência Inf Corrente nominal de partida de fase FTF Fator de multiplicação de fase FP Fator de potência INN Corrente nominal de partida de neutro Inft Corrente nominal de partida de fase temporizada Ind Corrente nominal de demanda Innt Corrente nominal de partida de neutro temporizada Fs Fator de sobrecarga SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO....................................................................................................................11 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA COORDENAÇÃO PROTEÇÃO E SELETIVIDADE .................................................................................................................... 12 2.1 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO ................................................................................. 12 2.1.1 Disjuntores de média tensão ............................................................................................ 13 2.1.2 Relé de sobrecorrente ...................................................................................................... 14 2.1.3 Transformador de potencial de média tensão ( TP ) ........................................................ 20 2.1.4 Transformadores de corrente de média tensão ( TC ) ..................................................... 22 2.1.5 Fusíveis de proteção para transformadores de média tensão ........................................... 24 2.2 ARQUITETURA EM REDES ELÉTRICAS .................................................................... 25 2.2.1 Arquitetura radial simples ............................................................................................... 26 2.2.2 Arquitetura radial dupla ................................................................................................... 27 2.2.3 Arquitetura radial em malha aberta ................................................................................. 28 2.2.4 Arquitetura radial em malha fechada............................................................................... 28 2.3 INTRODUÇÃO AO CURTO-CIRCUITO ........................................................................ 29 2.3.1 Efeitos das correntes de curto-curcuito ........................................................................... 29 2.3.2 Curto circuito trifásico, fase-fase..................................................................................... 30 2.4 EQUIPAMENTOS PROTEGIDOS ................................................................................... 32 2.4.1 Cabos de média tensão.....................................................................................................34 2.4.2 Transformadores de média tensão ................................................................................... 33 2.5 CÁLCULO DOS COMPONENTES DE COORDENAÇÃO E PROTEÇÃO .................. 35 2.5.1 Disjuntor de média tensão ............................................................................................... 37 2.5.2 Relé de sobrecorrente ...................................................................................................... 37 2.5.3 Transformadores de potencial de média tensão ............................................................... 39 2.5.4 Transformadores de corrente de média tensão ................................................................ 40 3 DESCRIÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO DA INDÚSTRIA E CÁLCULOS .............. 42 4 RESULTADOS .................................................................................................................... 42 5 CONCLUSÕES .................................................................................................................... 42 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS .............................................................................. 43 1 INTRODUÇÃO 12 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA COORDENAÇÃO PROTEÇÃO E SELETIVIDADE O estudo de coordenação proteção e seletividade de um empreendimento é um procedimento que deve ser executado com cautela e responsabilidade, tratando-se de um estudo que irá definir os valores e equipamentos de proteção a serem utilizados para a proteção e para a seletividade deste empreendimento. Este estudo pode ser dividido em duas etapas, como primeiro item de aplicação a definição do sistema, aplicado junto com o plano de proteção. E o segundo item a ser aplicado são as definições, onde pode ser considerado os valores de proteção para cada equipamento de proteção ou ajustes dos mesmos, também nesta etapa deve ser analisada os valores de proteção de todos os equipamentos em conjunto, isto para garantir a seletividade, com objetivo de desligar somente o setor que apresentou falha, sem que os demais setores sejam afetados por este evento (FELIPE MOLINARI DE MATTOS, 2010, p.15). A definição correta dos dispositivos ou equipamentos de proteção não está diretamente ligado somente a proteção contra sobrecorrentes mas como também a todo o sistema que o comporta, assim para definir os equipamentos de proteção é preciso estudar todo percurso que deve percorrer a circulação de corrente elétrica. Para este fim este capitulo apresentara os diversos estudos a serem analisados antes da definição final da proteção e seletividade. Somente após a definição destes parâmetros e cálculos será possível apresentar os componentes a serem utilizados para proteção, atendendo as características elétricas e construtivas deste estudo (FELIPE MOLINARI DE MATTOS, 2010, p.15). 2.1 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO Os equipamentos de proteção que serão utilizados neste estudopara proteção e seletividade serão o disjuntor de média tensão, relé de sobrecorrente, transformadores de potencial em média tensão, transformadores de corrente em média tensão e fusíveis de proteção para transformadores em média tensão. Com a definição dos estudos de proteção e seletividade será possível definirmos estes equipamentos, porém é preciso ter uma noção básica de aplicação de cada equipamento antes de aplicarmos os mesmos, cada um destes itens citados apresenta algumas características, tanto construtivas como operativas, que os diferenciam, (FELIPE MOLINARI DE MATTOS, 2010, p.16). Na sequência há uma descrição prévia de cada um desses equipamentos de proteção. 13 2.1.1 Disjuntores de média tensão Os disjuntores de média tensão são equipamentos de proteção capazes de abrir e fechar um determinado circuito sob carga, por isso são utilizados como um dispositivo de proteção quando acompanhados por um relé de proteção, o qual envia um sinal da falha ao disjuntor. O disjuntor, ao receber o sinal de falha em sua bobina de abertura, é capaz de interromper o circuito mesmo diante de um nível de curto muito elevado. Esse equipamento tem a capacidade de abrir diversas vezes, sob um curto circuito, sem que o mesmo seja danificado devido a esta sobrecorrente, porém, ele deve estar dentro dos parâmetros do estudo de proteção e seletividade. O relé de proteção deve ser corretamente parametrizado em função do tempo de atuação da sobrecorrente a fim de garantir que o curto circuito não ultrapasse os valores aceitos pelo sistema. Segundo (W SERVICE, DISJUNTORES - PARTE 2, 2006, p.01) ‘‘O disjuntor é basicamente uma chave elétrica, constituída de contatos e dispositivos mecânicos, formada por molas e alavancas, ficando a proteção sob responsabilidade de relés e disparadores.’’ Os disjuntores mais utilizados em média tensão são os disjuntores a vácuo e a gás SF6 equipados com carregamento de mola automático, bobina de abertura, bobina de fechamento e contatos auxiliares conforme descrito função de cada um destes acessórios. O motor de carregamento de mola automático, serve para dar compressão a mola interna do disjuntor, onde está mola tem o objetivo de realizar a manobra de abertura e fechamento do disjuntor com muita velocidade sem que gere um arco elétrico nos polos internos do Disjuntor, devido a diferença de potencial gerada durante o ato do chaveamento. Um dos fatores que auxilia a extinção do arco é o fato de que o disjuntor possui suas câmaras internas a vácuo ou gás SF6, o vácuo e o gás SF6 possui propriedades químicas e físicas que dificultam a extinção do arco (W SERVICE, DISJUNTORES - PARTE 2, 2006, p.02) A bobina de abertura em um Disjuntor de média tensão tem a função de realizar a abertura do disjuntor em condições normais de operação ou sobre curto circuito. Geralmente são solenoides que quando energizadas atuam mecanicamente sobre a mola do disjuntor já explicada no item acima, fazendo com que o disjuntor realiza sua abertura forma rápida e segura. A bobina de abertura é considerada o componente mais crítico de um disjuntor. A bobina de fechamento tem a função de realizar o fechamento do disjuntor sob carga mesmo em condições normais, geralmente também é um solenoide que atua sobre a mola do 14 disjuntor assim realizando o fechamento mecânico do disjuntor através da mola de forma rápida e segura. Contatos auxiliares: Os contatos auxiliares são utilizados para sinalizar o estado do disjuntor, geralmente através de leds luminosos no frontal de cubículos ou subestações. Geralmente os contatos sinalizam sinais de disjuntor aberto, fechado e mola de carregamento carregada ou descarregada. A figura 1 mostra o modelo de um disjuntor de média tensão de fabricação da Schneider Electric. FIGURA 1 – DISJUNTOR MÉDIA TENSÃO Fonte: SCHNEIDER, Disponível em (http://www.2a.com.br/download/Schneider/Disjuntores.pdf) acessado em: 01/05/2018. 2.1.2 Relé de sobrecorrente Os relés de proteção têm como sua principal aplicação a abertura de um equipamento de chaveamento em um circuito que esteja operando com sobrecarga, curto circuito ou quaisquer anomalias parametrizada em sua configuração de proteção, geralmente são utilizados para abrir disjuntores conforme descrito no subitem anterior. Para realizar o monitoramento do sistema a ser protegido o relé precisa de informações deste circuito, que são geralmente a tensão, frequência e corrente do mesmo. Com estes valores o relé é capaz de calcular internamente as potências consumidas pelo sistema, fator de potência dentro das mais diversas medidas de grandezas possíveis (FELIPE MOLINARI DE MATTOS, 2010, pag. 24). Geralmente quem envia estas informações para o relé de proteção são os transformadores de correente (TC’s) e os transformadores de potencias (TPs), que serão 15 descritos no próximo subitem.. As vantagens e desvantagens dessa substituição são citadas a seguir: • Autodiagnóstico: o relé executa rotinas de verificação de suas funções e no caso de encontrar algum defeito ele se coloca fora de operação e avisar o gerenciador do sistema sobre o defeito. • Flexibilidade: o relé pode ser programado para executar diversas funções tais como localização de faltas, medição de grandezas elétricas entre outras. • Modularidade: o relé digital pode ser complementado com módulos que possuem funções adicionais que são incorporadas no relé digital já existente. Apesar das claras vantagens que os relés microprocessados têm sobre os outros relés, eles têm algumas desvantagens: • Vida útil: a vida útil dos circuitos integrados, cerca de 15 anos, é baixa em comparação aos outros tipos de relés. • Interferências eletromagnéticas: que podem interferir no diagnóstico de faltas. Rápida evolução dos dispositivos: em função dos crescentes avanços da tecnologia, eles podem se tornar obsoletos rapidamente. (FELIPE MOLINARI DE MATTOS, 2010, p. 21). Os relés de proteção possuem diversas funções de proteção definidas pela tabela ANSI. A tabela ANSI foi criada com o intuito de padronizar a linguagem de proteção, desta forma sendo indicado o tipo de cada proteção por formato numérico, assim para que a mesma não seja alterada mesmo com a troca do idioma de um país para outro. A tabela ANSI mostra as denominações utilizadas para proteção em subestações e com sua numeração. TABELA 1 - TABELA ANSI Nr Denominação 1 Elemento Principal 2 Relé de partida ou fechamento temporizado 3 Relé de verificação ou interbloqueio 4 Contator principal 5 Dispositivo de interrupção 6 Disjuntor de partida 7 Relé de taxa de variação 8 Dispositivo de desligamento da energia de controle 9 Dispositivo de reversão 16 10 Chave comutadora de sequência das unidades 11 Dispositivo multifunção 12 Dispositivo de sobrevelocidade 13 Dispositivo de rotação síncrona 14 Dispositivo de subvelocidade 15 Dispositivo de ajuste ou comparação de velocidade e/ou frequência 16 Dispositivo de comunicação de dados 17 Chave de derivação ou descarga 18 Dispositivo de aceleração ou desaceleração 19 Contator de transição partida-marcha 20 Válvula operada eletricamente 21 Relé de distância 22 Disjuntor equalizador 23 Dispositivo de controle de temperatura 24 Relé de sobreexcitação ou Volts por Hertz 25 Relé de verificação de Sincronismo ou Sincronização 26 Dispositivo térmico do equipamento 27 Relé de subtensão 28 Detector de chama 29 Contator de isolamento 30 Relé anunciador 31 Dispositivo de excitação 32 Relé direcional de potência33 Chave de posicionamento 34 Dispositivo master de sequência 17 35 Dispositivo para operação das escovas ou curto-circuitar anéis coletores 36 Dispositivo de polaridade ou polarização 37 Relé de subcorrente ou subpotência 38 Dispositivo de proteção de mancal 39 Monitor de condições mecânicas 40 Relé de perda de excitação ou relé de perda de campo 41 Disjuntor ou chave de campo 42 Disjuntor / chave de operação normal 43 Dispositivo de transferência ou seleção manual 44 Relé de sequência de partida 45 Monitor de condições atmosféricas 46 Relé de reversão ou desbalanceamento de corrente 47 Relé de reversão ou desbalanceamento de tensão 48 Relé de sequência incompleta / partida longa 49 Relé térmico 50 Relé de sobrecorrente instantâneo 51 Relé de sobrecorrente temporizado 52 Disjuntor de corrente alternada 53 Relé para excitatriz ou gerador CC 54 Dispositivo de acoplamento 55 Relé de fator de potência 56 Relé de aplicação de campo 57 Dispositivo de aterramento ou curto-circuito 58 Relé de falha de retificação 59 Relé de sobretensão 18 60 Relé de balanço de corrente ou tensão 61 Sensor de densidade 62 Relé temporizador 63 Relé de pressão de gás (Buchholz) 64 Relé detetor de terra 65 Regulador 66 Relé de supervisão do número de partidas 67 Relé direcional de sobrecorrente 68 Relé de bloqueio por oscilação de potência 69 Dispositivo de controle permissivo 70 Reostato 71 Dispositivo de detecção de nível 72 Disjuntor de corrente contínua 73 Contator de resistência de carga 74 Relé de alarme 75 Mecanismo de mudança de posição 76 Relé de sobrecorrente CC 77 Dispositivo de telemedição 78 Relé de medição de ângulo de fase / proteção contra falta de sincronismo 79 Relé de religamento 80 Chave de fluxo 81 Relé de frequência (sub ou sobre) 82 Relé de religamento de carga de CC 83 Relé de seleção / transferência automática 84 Mecanismo de operação 19 85 Relé receptor de sinal de telecomunicação (teleproteção) 86 Relé auxiliar de bloqueio 87 Relé de proteção diferencial 88 Motor auxiliar ou motor gerador 89 Chave seccionadora 90 Dispositivo de regulação (regulador de tensão) 91 Relé direcional de tensão 92 Relé direcional de tensão e potência 93 Contator de variação de campo 94 Relé de desligamento 95 Usado para aplicações específicas 96 Relé auxiliar de bloqueio de barra 97 à 99 Usado para aplicações específicas Fonte: SELINC, Disponível em (http://www1.selinc.com.br/tab_ansi.aspx) acessado em: 02/05/2018. Foi apresentado, ainda na Figura 2 um relé de proteção com suas principais características elétricas definidas. Este modelo é utilizado para proteção de subestações com transformadores e geradores ou, também como religador de sistemas elétricos em casos nos quais aplica-se o religamento automático do sistema dentro dos parâmetros do relé de proteção. 20 FIGURA 2 – RELÉ DE PROTEÇÃO Fonte: PEXTRON, Disponível em ( https://www.pextron.com ) acessado em: 01/05/2018. 2.1.3 Transformador de potencial de média tensão ( TP ) O transformador de potencial de média tensão tem como característica principal a transformação de um sinal de tensão muito elevado para um valor menor, pois trabalhando com nível de tensão inferior é capaz de realizar a leitura de tensão no sistema no qual o mesmo está instalado, isto com auxílio de um relé de proteção, multimedidor de grandezas ou quaisquer outros dispositivos de medição, (IEE Std 242, 2011). Na Figura 3 a seguir é apresentado a imagem de um transformador de potencial: 21 FIGURA 3 – TRANSFORMADORE DE POTENCIAL MÉDIA TENSÃO Fonte: INSTRUMENTI, Disponível em (http://www.instrumenti.com.br/index.php/pt/133-destaque/241- transformadores-de-potencial) acessado em: 03/05/2018. Os transformadores de potencial de média tensão podem ser divididos entre dois grupos de aplicação que são os modelos para proteção e os modelos para medição. Mesmo possuindo suas características similares que é de reduzir os níveis de tensão, porem apresentam algumas diferenças nas quais são descritas a seguir: Os TP’s de proteção são utilizados exclusivamente para sistemas de proteção, sua precisão não necessita ser tão exata quanto os de medição, porém devem estar de acordo com a curva de saturação do sistema para garantir seu correto funcionamento no ato de uma falha onde ele é o principal componente a enviar a informação correta para o relé de proteção ou outro dispositivo de proteção conectado a ele. Esta curva de saturação deve ser cuidadosamente dimensionada uma vez que é a partir desta curva que será determinado o tempo de sobretenção ou subtensão que a rede pode suportar, desta forma a partir da curva de saturação pode ser definido a exatidão deste componente (IEE Std 242, 2011). Os TP´s de medição são utilizados exclusivamente para medição de sistemas, como por exemplo em medições de concessionárias e em caso de leituras de demanda interna pelo consumidor, este caso é exigido um alto grau de confiabilidade da precisão de forma a garantir uma leitura correta do sistema (IEE Std 242, 2011). A Tabela 2 mostra as principais características elétricas de um transformador de potencial. 22 TABELA 2 – TABELA DE CARACTERÍSTICAS DE TP'S Fonte: INSTRUMENTI, Disponível em ( http://www.instrumenti.com.br/index.php/pt/133- destaque/241-transformadores-de-potencial ) acessado em: 03/05/2018. 2.1.4 Transformadores de corrente de média tensão ( TC ) Os transformadores de corrente de média tensão possuem características de reduzir níveis elevados de corrente para níveis mais baixos capazes de ser realizado sua leitura através de relés de proteção ou multimedidores de grandezas. Assim como os TPs de média tensão os TCs também são subdivididos em dois grupos que são os de proteção e de medição conforme citado a seguir: Os TC´s de proteção são projetados para reproduzir a corrente de falta que tipicamente chega a 20In, com a sua carga nominal. A carga significa a impedância total do circuito secundário incluindo-se neste cálculo a resistência secundária do RC, a impedância da fiação de ida e volta e a impedância do relé. As normas de TC, como IEC, ABNT etc, definem essa carga (impedância) através da tensão que o TC pode trabalhar sem que sature. Tipicamente poderíamos mencionar tensões de 100, 200, 400 e 800 Volts. Na aquisição do TC, o Técnico / Engenheiro deve definir qual a tensão que o TC deve suportar. Esse valor de tensão está ligado a área do núcleo do TC que o fabricante irá fabricar. Assim o foco é reproduzir altas correntes com uma precisão de 5 a 10% atendendo as necessidades de proteção. No caso de TC´s para medição a exigência de sua está na exatidão está ligada a sua utilização para faturamento. Tendo uma exatidão de 0,3%, com a corrente nominal. A norma define inclusive que a precisão é maior com a corrente nominal e 23 pior com 10% do valor nominal. As correntes de falta não são as preocupações de fabricante e tipicamente com as correntes elevadas o TC deverá saturar e isto implica em reduzir as correntes no secundário protegendo o instrumento de sobrecargas que afetam a sua precisão. (http://www.conprove.com.br/forum/viewtopic.php?f=5&t= 22) acessado em acessado em: 11/04/2018. Os transformadores de corrente em geral são equipamentos ligados em série ao circuito de forma que a corrente elétrica que circula na carga seja obrigatoriamente a passar pelo TC, desta forma em seu circuito primáriocircula a corrente nominal do circuito assim gerando uma indução por corrente para o circuito secundário, no qual emite um sinal de corrente de acordo com a relação de transformação do TC. A corrente secundária padronizada no Brasil é com corrente de 5A, porém existem estudos de nos próximos 10 anos padronizarem para corrente de 1A (VIEIRA E VARELA, 2013, pag.1). A seguir na tabela 3 temos as principais características elétricas a serem definidas em um Transformador de Corrente: TABELA 3 – TRANSFORMADOR DE CORRENTE MÉDIA TENSÃO Fonte: INSTRUMENTI, Disponível em ( http://www.instrumenti.com.br/index.php/pt/2012-02-03-18-07- 35/epoxi-15kv-242kv-362kv/183-im15b1 ) acessado em: 03/05/2018. Em sistemas de com classe de tensão classificados em média tensão normalmente são aplicados Transformadores de Corrente do tipo barra conforme Figura 4 a seguir. 24 FIGURA 4 – TRANSFORMADOR DE CORRENTE MÉDIA TENSÃO Fonte: INSTRUMENTI, Disponível em (http://www.instrumenti.com.br/index.php/pt/2012-02-03-18-07- 35/epoxi-15kv-242kv-362kv/183-im15b1 ) acessado em: 03/05/2018 2.1.5 Fusíveis de proteção para transformadores de média tensão Os fusíveis de média tensão são utilizados geralmente para proteção de transformadores com potência inferior a 500kVA, possuem objetivo de interromperem o circuito em caso de um curto circuito não sendo indicados para atuarem por sobrecarga. Existem diversos tipos de fusíveis no mercado dentre o mais utilizado são os modelos HH e AR. A seguir na Figura 5 é apresentado um Fusível de Média Tensão HH de fabricação da Sarel. FIGURA 5 – FUSÍVEL MÉDIA TENSÃO Fonte: SAREL, Disponível em ( http://www.sarel.com.br/produtos/fusiveis/ ) acessado em: 03/05/2018 Todos os fusíveis possuem uma curva de atuação, está curva indica o instante que o fusível vai atuar, ou seja o momento em que o fusível deverá abrir o circuito (IEE Std 242, 2011). Está curva deve ser analisada criticamente pois um transformador durante sua energização pode chegar a ter uma corrente de Inrush de aproximadamente 10x IN ou até mesmo superior, ou seja, a corrente nominal do transformador pode chegar a 10 vezes a sua 25 corrente nominal durante um período de aproximadamente 200ms, estes valores oscilam de transformador para transformador dependendo de suas características construtivas. Então com base nestes valores podemos calcular a corrente nominal para proteção do equipamento conforme será apresentado no decorrer do trabalho assim como também deve ser observado os dados da curva de atuação dos fusíveis para garantir que sua atuação esteja dentro dos parâmetros desejados (FELIPE MOLINARI DE MATTOS, 2010, pag.17). Na Figura 6 a seguir representa a curva de atuação dos fusíveis em diversos níveis de correntes, lembrando que os valores desta curva alteram de fabricante para fabricante. FIGURA 6 – CURVA DE FUSÃO DE FUSÍVEIS HH Fonte: DREYFFUS, Disponível em ( http://www.dreyffus.com.br ) acessado em: 11/04/2018 2.2 ARQUITETURA EM REDES ELÉTRICAS A arquitetura de redes elétricas pode ser formada por diversos tipos de estruturas, nas quais se aplicam de acordo com as necessidades e complexidade do local de instalação, em 26 locas com mais complexidade e com exigências que determinem que não possa existir falta de energia o sistema deve ser formado por uma rede com diversas disponibilidades de alimentação. Um exemplo destes locais são os Hospitais, os mesmos são obrigados a ter disponibilidade de energia elétrica em caso de falta da rede principal, isto pois as unidades de terapia intensiva não podem ter essa falta, uma vez que isto pode pôr em risco a vida do paciente, esta exigência e feita em um projeto é de autoria da deputada Sueli Vidigal na proposta de número 6627/2009. A seguir será apresentado os principais tipos de arquiteturas e suas principais características, assim como suas aplicações. 2.2.1 Arquitetura radial simples A arquitetura de barras simples ou radial simples é o modelo mais básico que temos, onde os métodos de proteção são mais simples e com mais facilidade de conseguir sua proteção, este tipo de estrutura também possui um custo muito baixo se levado em consideração aos demais modelos. Este tipo de aplicação conta com apenas uma linha de alimentação, desta forma possui uma baixa confiabilidade pois uma falha na rede refletira em uma falta de energia elétrica para o empreendimento (GUIA DE PROTEÇÕES SCHNEIDER ELECTRIC, 2008, pag.4). Utilizado em locais com de baixa utilização de carga, como por exemplo pequenas indústrias e estabelecimentos comerciais. A Figura 7 a seguir mostra uma arquitetura de modelo radial simples: 27 FIGURA 7 – ARQUITETURA RADIAL SIMPLES Fonte: Schneider Electric, Guia de Proteção de redes elétricas (2008) 2.2.2 Arquitetura radial dupla A arquitetura com derivação dupla ou radial dupla é um modelo também considerado básico de aplicação, porém com maiores recursos para manutenção se comparado ao modelo de radial simples, isto pois em caso de falta de uma rede ou de um dos equipamentos de proteção, secionamento ou interrupção de energia a outra derivação é capaz de alimentar as cargas essenciais do determinado empreendimento, enquanto é realizado a manutenção ou verificação do motivo da falta. Porém esta solução caba se tornando com um custo mais elevado, este modelo de arquitetura é muito aplicado em indústrias metalúrgicas e em siderurgia (GUIA DE PROTEÇÕES SCHNEIDER ELECTRIC, 2008, p.4). A seguir na Figura 8 o modelo de uma arquitetura radial dupla: FIGURA 8 – ARQUITETURA RADIAL DUPLA Fonte: Schneider Eletric, Guia de Proteção de redes elétricas (2008) 28 2.2.3 Arquitetura radial em malha aberta A estrutura radial em malha aberta é utilizada em ‘‘ redes muito estendidas, Expansões futuras importantes, Cargas concentradas em diferentes áreas de um local. Com Vantagens de ser menos custosas que a malha fechada com simplicidade das proteções’’ (GUIA DE PROTEÇÕES SCHNEIDER ELECTRIC, 2008, p.4). A arquitetura radial em malha aberta também é considerada um sistema complexo em sua aplicação, uma vez que requer certa automação para que tenha sua correta funcionalidade, porém é possível realizar manutenções com mais facilidades em diversos pontos da rede e tem certa facilidade para que seja aplicado os conceitos de proteção. A seguir na Figura 9 é apresentado o sistema facilitando a visualização deste conceito: FIGURA 9- ARQUITETURA RADIAL EM MALHA ABERTA Fonte: Schneider Eletric, Guia de Proteção de redes elétricas (2008) 2.2.4 Arquitetura radial em malha fechada A estrutura radial em malha fechada é utilizada em ‘‘redes com grande continuidade de serviço, redes muito estendidas, cargas concentradas em diferentes áreas de um local. Com vantagens de boa continuidade de alimentação sem necessidade de funções de automação’’ (GUIA DE PROTEÇÕES SCHNEIDER ELECTRIC, 2008, p.4). A arquitetura radial em malha fechada também é considerada um sistema complexo em sua aplicação, porém não requer automação para que tenha sua correta funcionalidade, neste sistema também é possível realizar manutenções em diversos pontos da rede. A seguir na Figura 10 é apresentado o diagrama facilitando a visualização deste conceito: 29 FIGURA 10 – ARQUITETURA RADIAL EM MALHA FECHADA Fonte: Schneider Eletric, Guia de Proteção de redes elétricas (2008) 2.3 INTRODUÇÃO AO CURTO-CIRCUITO O curto-circuito é considerado um dos grandes e mais importantes fatoresdo estudo para definição das proteções de um sistema elétrico, por isso antes de especificar quaisquer equipamentos de proteção de um determinado circuito é de extrema importância o estudo de cálculo do nível de curto-circuito da instalação e demais fatores associados, assim como também a corrente nominal de todo o sistema. Somente após este estudo é possível informar as características técnicas dos equipamentos que devem realizar a proteção do sistema. 2.3.1 Efeitos das correntes de curto-curcuito O curto-circuito é considerado um dos fatores que mais causa danos em uma instalação elétrica se o mesmo não for extinguido de forma muito rápida, tendo em vista que um sistema em curto-circuito com uma baixa impedância a corrente tende ao infinito, isto é possível observar e afirmar pela lei de ohm apresentada pela equação (1) a seguir: (1) Onde: I Corrente Elétrica; V Tensão Elétrica; 30 R Resistência Elétrica. Os efeitos das correntes de curto-circuito também podem ser verificados conforme é citado a seguir: As consequências dos curtos-circuitos são frequentemente graves, quando não são dramáticas: O curto-circuito perturba o ambiente da rede nas proximidades do ponto de falha, ocasionando uma queda de tensão brusca, Requer a desconexão, pelos dispositivos de proteção apropriados, de uma parte frequentemente importante da rede, Todos os equipamentos e conexões (cabos, linhas) sujeitos a curto-circuito são submetidos a um forte esforço mecânico (forças eletrodinâmicas) que pode causar rupturas, e a um esforço térmico, que pode provocar a queima dos condutores e a destruição dos isolantes, No ponto da falha, onde frequentemente ocorre arco elétrico de forte energia, cujos efeitos destruidores são muito grandes e podem ser propagados muito rapidamente. Embora seja cada vez menor a probabilidade de aparecimento de curtos-circuitos nas instalações modernas, projetadas e operadas eficientemente, as consequências graves que poderiam resultar, fazem com que seja incentivada a instalação de dispositivos para detecção e eliminação rápidas de qualquer curto-circuito. O conhecimento do valor da corrente de curto-circuito em diferentes pontos da rede é um dado indispensável para definir os cabos, barramentos e todos os dispositivos de interrupção e de proteção, como também suas regulagens. Caracterização dos curtos-circuitos Diversos tipos de curtos-circuitos podem ocorrer em uma rede elétrica: Curto-circuito trifásico: corresponde a uma falha entre as três fases. Este tipo geralmente provoca as correntes mais elevadas. Curto-circuito monofásico à terra: corresponde a uma falha fase-terra. Este tipo é o mais frequente. Curto-circuito bifásico isolado: corresponde a uma falha entre duas fases em tensão fase-fase. A corrente resultante é menor do que no caso do curto-circuito trifásico, exceto quando a falta se situar nas proximidades de um gerador. Curto-circuito bifásico à terra: corresponde a uma falha entre duas fases e a terra. (SCHNEIDER ELETRIC, GUIA DE PROTEÇÃO DE REDES ELÉTRICAS, 2008, p. 12). 2.3.2 Curto circuito trifásico, fase-fase O curto circuito trifásico entre fases é considerado um dos que gera maior deterioração dos componentes em caso de uma falha de proteção (GUIA DE PROTEÇÕES SCHNEIDER ELECTRIC, 2008, p.14). O cálculo da corrente de curto-circuito em um determinado ponto da rede elétrica pode ser calculado pela equação apresentada na equação (2) a seguir: (2) Onde: 31 IK3 Curto-circuito trifásico fase-fase; U Tensão de fase no ponto do curto-circuito; Zcc Impedância equivalente de todas as impedâncias unitárias em série e paralelo dos componentes a montante da falha. Porém para encontrarmos o valor de curto circuito trifásico é preciso encontrar o valor da Icc apresentada na equação 2 descrita acima, para isto é preciso realizar a soma quadrática de reatâncias e resistências conforme mostra a equação (3). (3) Onde: Zcc Impedância de Curto-circuito; R Resistências equivalentes a montante do ponto de curto-circuito; X Reatâncias equivalentes a montante do ponto de curto-circuito. Com os valores já apresentados é possível descobrir o valor da corrente de curto-circuito através da Zcc. Porém existe uma forma mais simples de chegarmos aos valores de corrente de curto circuito conforme descrito em (GUIA DE PROTEÇÕES SCHNEIDER ELECTRIC, 2008, p.14) “Os cálculos podem ser feitos de modo muito simples ao conhecer a potência de curto-circuito Scc no ponto de conexão da rede do distribuidor. É possível deduzir a impedância Za equivalente a montante deste ponto’’, desta forma os cálculos podem ser apresentados conforme apresentado nas equações 4 e 5. (4) (5) Onde: Za Impedância equivalente a montante do Curto-circuito; Scc Potência de curto-circuito; Icc Corrente de curto-circuito. 32 Após a resolução dos cálculos apresentados acima é possível descobri a corrente de Curto-circuito no ponto do curto, desta forma facilitando os cálculos que encontraremos a seguir para realizar a proteção dos equipamentos a jusante dos dispositivos de proteção e também para definirmos corretamente os dispositivos de proteção (GUIA DE PROTEÇÕES SCHNEIDER ELECTRIC, 2008, pag.14). Na figura 11 a seguir é apresentado através de um raio ponto onde ocorre um curto-circuito trifásico entre fases, apresentando também cada uma das componentes que acabaram de ser descritas nas equações anteriores. FIGURA 11 – CURTO-CIRCUITO TRÁFASICO FASE-FASE Fonte: Schneider Eletric, Guia de Proteção de redes elétricas (2008) 2.4 EQUIPAMENTOS PROTEGIDOS Em uma instalação elétrica é de suma importância o correto dimensionamento das proteções para que seja protegido todo o sistema, principalmente os primeiros componentes que podem sofrer os danos desta falta. Os principais componentes que sentem o impacto desta falta são em geral os cabos de média tensão que alimentam todo o sistema elétrico de qualquer subestação, este junto ao transformador que sob qualquer falta pode correr o risco de entrar em curto-circuito podendo até explodir ou pegar fogo em casos mais críticos onde a proteção não atua de forma correta e seletiva (FELIPE MOLINARI DE MATTOS, 2010, p.30). 2.4.1 Cabos de média tensão Os cabos de média tensão são responsáveis pelo transporte de corrente elétrica. 33 Os cabos em geral sejam para baixa ou média tensão são constituídos por um material de boa condução elétrica, ou seja, o material dos cabos deve possuir uma baixa resistência a passagem de corrente elétrica, os materiais mais utilizados são os de cobre e de alumínio. Em geral são cobertos por uma camada isolante de acordo com a classe de tensão que o mesmo será empregado, nos casos onde existe uma grande magnetização o mesmo é coberto também por uma camada de blindagem, uma espécie de condutor sobre a última camada de isolação (FELIPE MOLINARI DE MATTOS, 2010, pag.33). A seguir na Figura 12 podemos observar estas camadas. FIGURA 12 – CABOS DE MÉDIA TENSÃO Fonte: INDUSCABOS, Disponível em ( http://www.induscabos.com.br/ ) acessado em: 05/05/2018 2.4.2 Transformadores de média tensão Conforme é descrito na ABNT NBR 5356-1/2007, (p.09), “Um transformado de potência é definido como um equipamento elétrico estático, e que funciona por indução eletromagnética transformando a tensão e corrente alternada entre dois ou mais enrolamentos, sem a mudança na frequência.” A principal função de um transformador de média tensão é dealterar os níveis de tensão de uma rede, seja com objetivo de elevar a tensão, geralmente em subestações para transmissão de energia elétrica ou de rebaixar o nível de tensão, utilizados em subestações de alimentação de industrias ou cargas de grande potencial elétrico. Na classe de média tensão podem ser empregados transformadores com isolação em material epóxi os chamados transformadores a seco, este modelo de transformador deve ser empregado apenas em subestações em alvenaria não sendo permitido seu uso em subestações 34 de uso ao tempo, salvo quando o mesmo for instalado em caixa de proteção para uso ao tempo com grau de proteção IP-54 (IEC 60529, 2017). Os transformadores a seco não requerem praticamente nenhum tipo de manutenção preventiva, sendo apenas necessário o reaperto de suas conexões, limpeza e verificação visual. A seguir na Figura 13 é apresentado uma imagem de um transformador a seco de média tensão. FIGURA 13 – TRANSFORMADOR DE MÉDIA TENSÃO A SECO Fonte: WEG, Disponível em: (https://www.weg.net/catalog/weg/Transformadores-a-Seco/Transformador- aSeco/p/MKT_WTD_SMALL_DRY_TYPE_TRANSFORMER_UP_TO_30 0KVA) acessado em: 06/05/2018 Outro tipo de transformador muito comum em subestações são os Transformadores com isolação por meio de óleo isolante os chamados de Transformadores a óleo. Estes por sua vez possibilitam sua instalação tanto em subestações de uso ao tempo quanto em subestações abrigadas. Este tipo de Transformadores por sua vez possui um sistema de manutenção preventiva muito eficaz, sendo necessário a realização de testes em todos seus sistemas de proteção como na VAP (Válvulas de Alivio de Pressão), INO (Indicador de Nível do Óleo) e a ITO (Indicação de Temperatura do Óleo), sendo necessário também anualmente a coleta de uma pequena amostra de óleo para análise, esta análise tem o objetivo de garantir que o óleo do transformador não possui umidade, ou gases acima dos níveis normais no qual podem ocasionar em uma falha da isolação, gerando um curto-circuito interno entre os enrolamentos do transformador. Caso nesse ensaio seja detectado quaisquer anomalias, deve ser realizado o procedimento de filtragem e tratamento do óleo isolante, após o procedimento é novamente realizado a coleta e análise do óleo (CATALOGO BLUTRAFOS, 2015, pag.11). A seguir é apresentado na Figura 14 um de média tensão a óleo. 35 FIGURA 14 – TRANSFORMADOR DE MÉDIA TENSÃO A ÓLEO Fonte: WEG, Disponível em: (https://www.weg.net/catalog/weg/BR/Transformadores-e-Reatores-a-oleo/ Transformadores-de-Distribui%oleo-225-0kVA) acessado em: 06/05/2018 2.5 CÁLCULO DOS COMPONENTES DE COORDENAÇÃO E PROTEÇÃO O cálculo da coordenação das proteções de um sistema elétrico tem por como sua principal função interromper toda e qualquer corrente fora dos padrões pré-estabelecidos que esteja circulando pelo circuito. Como visto nos tópicos anteriores, existem diversos tipos e modelos de equipamentos que fazem a proteção das instalações elétricas. Tendo isso em vista a norma IEC 947- 4-1 define ensaios com diferentes níveis de corrente aplicados aos equipamentos de proteção. Esses testes têm por objetivo submeter os equipamentos a situações extremas, e de acordo com o estado dos equipamentos após os testes, os mesmos serão classificados dentre três tipos de coordenação. (JORGE ANDRÉ SLOMP, 2017, p.24) Sendo a coordenação do tipo 1 como uma coordenação que se aplica a conceder que determinados equipamentos possam ser danificados, isto apenas com o conceito de ter certeza que os danos neste equipamento possam causar danos a quem esteja operando o sistema. Já no tipo de coordenação 2 aplicado em baixa tensão permite que os contatos do componente de proteção se colem, porém, os mesmos devem ser soltos com facilidade. Existe também a coordenação total onde a mesma não permite danos aos componentes de proteção, conforme citado em (GUIA DE PROTEÇÕES SCHNEIDER ELECTRIC, 2003, p.07) “ocasionando assim o retorno imediato das atividades após uma falha elétrica, em contrapartida os investimentos iniciais para instalação dos equipamentos que atendam essa coordenação são mais elevados”. 36 Para elaborar os cálculos da proteção o primeiro procedimento a ser tomado é a solicitação dos dados de entrada de energia da concessionaria, este procedimento deve ser realizado para qualquer concessionária, pois é a partir destes dados que pode ser realizada a seletividade de atuação do disjuntor de média tensão junto ao relé de proteção. Esta seletividade deve garantir que em caso de uma falha em qualquer ponto do circuito interno da indústria sua proteção atue antes das proteções da concessionária, no que poderia acarretar em um grande número de unidades sem energia elétrica, assim com a seletividade correta apena a unidade com defeito terá seu circuito elétrico interrompido. A seguir na Tabela 4 é apresentado os dados que devem ser solicitados a concessionária de energia elétrica. TABELA 4 – DADOS PARA ESTUDA DAS PROTEÇÕES DESCRICÃO VALOR DADOS DE FORNECIMENTO DEMANDA CONTRATADA TENSÃO NO PONTO DE ENTREGA DADOS DA CONCESSIONÁRIA CURVA PARA FUNSÕES DE FASE DIAL DE TEMPO DE FASE CURVA PARA FUNSÕES DE NEUTRO DIAL DE TEMPO DE NEUTRO ICC NO PONTO DE ENTREGA - FASE\TERRA MINÍMO ICC NO PONTO DE ENTREGA - FASE\TERRA ICC NO PONTO DE ENTREGA - FASE\TERRA ASSIMÉTRICO ICC NO PONTO DE ENTREGA – TRIFÁSICO ICC NO PONTO DE ENTREGA - TRIFÁSICO ASSIMÉTRICO DADOS DO TRANSFORMADOR POTENCIA SOMADA DOS TRANSFORMADORES IN RUSH DO TRAFO DE MAIOR POTÊNCIA Fonte: O autor, 2018 37 2.5.1 Disjuntor de média tensão O dimensionamento do disjuntor de média tensão é uma das etapas mais simples na determinação das proteções, porém muito importante. Sendo para este dimensionamento basta saber a corrente de curto circuito assimétrico máxima no ponto de entrega de energia da concessionária local, a tensão nominal e a corrente máxima do sistema. Para determinação desta corrente máxima deve ser calculado a corrente nominal do transformador de maior potência e multiplicado pelo valor de Inrush do transformador, O valor da corrente de Inrush do transformador de maior potência deve ser obtido através da folha de dados elétricos e construtivos do transformador, na equação (6) a seguir e apresentado o cálculo para a corrente máxima do circuito. (6) Onde: Ir: Valor do Inrush do Transformador; P: Potência nominal do Transformador de maior potência; V: Tensão nominal do circuito. Com estes valores definidos deve ser aplicado ao sistema de média tensão um Disjuntor com características superiores aos apresentados nos cálculos, assim garantindo que o equipamento suporte todas as constantes elétricas do sistema. 2.5.2 Relé de sobrecorrente Os principais valores a serem calculados para parametrização do relé de proteção são as proteções para as funções de sobrecorrente temporizada e instantânea de fase e de neutro, mais conhecidas como ANSI 50/50N e 51/51N. Para iniciarmos o estudo dos cálculos para ajuste do relé de sobrecorrente é necessário conhecermos algumas considerações conforme citado a seguir: Corrente para atuar as proteções de neutro é levantada como base em 30% da corrente de fase. A corrente de Pick-up também deve ser considerada para elaboração dos cálculos a partir da demanda contratada, aplicando-se um fator de potência mínimo de 92%. 38 Podendo ter como Pick-up máximo 30% acima da nominal. O ponto ANSI é o máximo valorde corrente que um transformador pode suportar durante um período definido de tempo sem se danificar. É importante notar que a curva de atuação do relé deverá ficar “abaixo” do ponto ANSI do transformador, tanto para a proteção de fase, quanto para a de neutro. (JORGE ANDRÉ SLOMP, 2017, p.30) A seguir é apresentado na Tabela 5 o ponto ANSI, tempo de duração e impedância percentual de transformadores. TABELA 5 – PONTO ANSI DO TRANSFORMADOR Z% PONTO ANSI (A) TEMPO DE DURAÇÃO (s) 4 25 x In 2 5 20 x In 3 6 16,6 x In 4 7 14,3 x In 5 FONTE: IEC 61850, 2011 Para determinar a corrente de partida de fase ANSI 51 deve ser executado os cálculos apresentados na equação (7). (7) Onde: Inf: Corrente nominal de partida de fase; FTF: Fator de multiplicação de Fase; P: Potência do sistema; V: Tensão do sistema; FP: Fator de potência mínimo. Para determina a corrente de partida de Neutro ANSI 51N basta aplicarmos 30% da corrente nominal de fase, conforme equação (8) a seguir: (8) Onde: Inn: Corrente nominal de partida de neutro; FTF: Fator de multiplicação de neutro; 39 Inf: Corrente nominal de partida de fase. Para definirmos a corrente de partida de fase temporizada ANSI 50 basta aplicarmos 30% excedente a corrente nominal de demanda, conforme equação (9). (9) Onde: Inft: Corrente de partida de fase temporizada; FT: Fator de multiplicação de fase temporizada; Ind: Corrente nominal de demanda. Para definirmos a corrente de partida de neutro temporizada ANSI 50N basta aplicarmos 30% da corrente nominal de neutro, conforme equação (10). (10) Onde: Innt: Corrente de partida de neutro temporizada; FT: Fator de multiplicação de neutro temporizada; Ind: Corrente de partida de fase temporizada . 2.5.3 Transformadores de potencial de média tensão Para definir e especificar as características técnicas do transformador de potencial em média tensão, devemos obter as características da rede e as funções de proteção que será exigida pela obra. Dependendo das proteções exigidas pelo sistema deve ser utilizado 2 ou 3 transformadores de potencial. Na Tabela 6 é apresentada as especificações básicas para definir a tensão primária e secundária do TP de acordo com a norma - N3210002. 40 TABELA 6 – ESPECIFICAÇÃO PARA ESCOLHA DO TP TRANSFORMADORES DE POTENCIAL TENSÃO NOMINAL (V) RELAÇÃO DE TRANSFORMAÇÃO LIGAÇÃO COM 2 TP LIGAÇÃO COM 3 TP 13.200 13.200/120 N\A 13.800 138000/115 13.800R3/115R3 23.100 230000/115 23.000R3/115R3 Fonte: O autor, 2018 Outro fator que é determinante para a escolha do TP é sua classe, este valor deve ser escolhido de acordo com a Tabela 7 a seguir: TABELA 7 – CLASSE DO TRANSFORMADOR DE POTENCIAL CLASSE APLICAÇÃO 0,3 medidas de precisão, laboratório e faturamento (medida de energia). 0,6 faturamento (medida de energia), instrumentação operacional. 1,2 instrumentação operacional, serviços de medição em geral Fonte: Disponível em (http://www.academia.edu/8012106/TP_e_TC_Introdu%C3%A7%C3%A3o) acessado em: 06/05/2018 Após definidos os valores descritos acima deve ser dimensionado a carga do TP, e com a junção destas informações pode ser definido relação de transformação do TP e classe de exatidão. A classe é representada conforma abaixo: 2.5.4 Transformadores de corrente de média tensão Para determinas as características do transformador de corrente deve ser seguido os procedimentos abaixo. Deve ser calculada a corrente nominal do circuito através da potência de demanda solicitada, abaixo é apresentado a equação (11). (11) 41 Onde: In: Corrente primária do TC; ft: Fator de multiplicação em geral 1,3; P: Potência do sistema; V: Tensão do sistema; FP: Fator de potência mínimo; Inr: Corrente de Inrush do Trafonsformador. 2.5.5 Fusíveis de média tensão de proteção do transformador O cálculo para o dimensionamento adequado da corrente do fusível de média tensão deve ser elaborado através dos mesmos valores mencionados nos itens anteriores, porém, deve ser considerado, agora a potência nominal do transformador para elaborar o cálculo conforme Equação (12). (12) Onde: In: Corrente do Fusível; fs: Fator de sobrecarga do transformador; P: Potência do sistema; V: Tensão do sistema; FP: Fator de potência do transformador. Após obter os o resultado da Equação 12, ainda deve ser tomado o cuidado de observar a curva de atuação dos Fusíveis conforme mostra a Figura 6. Esta curva deve ser analisada para garantir que o fusível está dimensionado de forma correta considerando os valores e tempo de Inrush do transformador. Salienta-se que essas curvas sofrem alteração de fabricante para fabricante. 42 3 DESCRIÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO DA INDÚSTRIA E CÁLCULOS 4 RESULTADOS 5 CONCLUSÕES 43 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS SCHNEIDER ELETRIC, Guia de Proteção de Redes Elétricas, 2008. W SERVICE, Dispositivos de manobra – Disjuntores – Parte 2, 1ª edição, 2006. AMADEU CASAL CAMINHA, Introdução à proteção dos sistemas elétricos, 10ª reimpressão, São Paulo, 2006. HÉLIO CREDER, Instalações elétricas, 15ª edição, São Paulo, 2013. SCHNEIDER, “Disjuntores de média tensão”. 2018. Disponível em: (http://www.2a.com.br/download/Schneider/Disjuntores%20%20V%C3%A1cuo%20e%20G %C3%A1s%20SF6.pdf) acessado em: 01/05/2018. SELINC, “Tabela ANSI”. 2018. Disponível em: (http://www1.selinc.com.br/tab_ansi.aspx) acessado em: 02/05/2018 INSTRUMENTI, “Transformadores de potencial e corrente”. 2018. Disponível em: (http://www.instrumenti.com.br) acessado em: 03/05/2018 SAREL “Fusíveis de média tensão”. 2018. Disponível em (http://www.sarel.com.br/produtos/fusiveis/) acessado em: 03/05/2018 DREYFFUS, “Seccionadoras e fusíveis MT”. 2018. Disponível em (http://www.dreyffus.com.br) acessado em: 11/04/2018 INDUSCABOS, “Cabos de média e baixa tensão”. 2018. Disponível em: (http://www.induscabos.com.br) acessado em: 05/05/2018 WEG, “Transformadores de média tensão”. 2018. Disponível em: (https://www.weg.net/catalog) acessado em: 06/05/2018 44 IEC 61850, Protocolos de comunicação para dispositivos eletrônicos inteligentes em subestações elétricas, 2011. ACADEMIA.EDU “Transformadores de potencial e de corrente”. 2018. Disponível em: (http://www.academia.edu/8012106/TP_e_TC_Introdu%C 3%A7%C3%A3o) acessado em: 06/05/2018 INESC “Redes elétricas com integradores”. 2018. Disponível em: (http://inescbrasil.org.br/projetos/redes-eletricas-inteligentes-com-integracao-de-geracao- distribuida/) acessado em: 10/04/2018 ABRAMAN “ Componentes de proteção em média tensão”.2018. Disponível em (http://www.abraman.org.br/Arquivos/32/32.pdf ) acessado em: 11/04/2018 CONPROVE “Componentes de medição e proteção”. 2018. Disponível em: (http://www.conprove.com.br/forum/viewtopic.php?f=5&t=22) acessado em: 11/04/2018
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