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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE RIO GRANDE - FURG ESCOLA DE QUÍMICA E ALIMENTOS ENGENHARIA DE ALIMENTOS QUÍMICA EXPERIMENTAL II RELATÓRIO DE PRÁTICA EXPERIMENTAL Nº3 Caroline Borges – 80977 Ruth Gaudêncio – 85277 William Cruz – 85282 Professor Dr. Marcos Gelesky Rio Grande - RS, agosto, 2016 2 Sumário Sumário ................................................................................................................................... 2 Introdução .............................................................................................................................. 3 Equilíbrio Químico ............................................................................................................... 3 Princípio de Le Chatelier .................................................................................................... 4 Objetivo ................................................................................................................................... 5 Materiais e Reagentes ......................................................................................................... 5 Metodologia ........................................................................................................................... 6 Procedimento A .................................................................................................................... 6 Procedimento B .................................................................................................................... 6 Procedimento C .................................................................................................................... 6 Resultados e Discussões ................................................................................................... 7 Procedimento B .................................................................................................................... 7 Procedimento C .................................................................................................................... 8 Conclusão .............................................................................................................................. 9 Referências .......................................................................................................................... 10 3 Introdução Equilíbrio Químico O equilíbrio químico acontece quando uma reação química ocorre em ambos os sentidos com a mesma velocidade e concentração constante (constante, mas diferentes). Sendo que a seta indica equilíbrio entre reagente e produto. A constante de equilíbrio química indicamos A e B como reagentes, C e D como produtos, iniciamos a reação juntando os reagentes A+B. A reação da esquerda para direita vai ser denominada por reação direta, sendo Vd a sua velocidade, que será máxima no começo da reação, e perdendo sua velocidade ao decorrer, pois demonstrasse que vd=k1[A]a[B]b. A reação da direita para esquerda vai ser denominada por reação inversa, sendo Vi a sua velocidade, que ao começar a reação será nula e aumentará com o decorrer, pois Vi=k2[C]c[D]d. Como vd diminui enquanto vi aumenta, as duas velocidades em algum momento, torna-se iguais uma à outra, neste as concentrações dos reagentes e produtos não se alteram mais, pois a velocidade de formação de qualquer uma das quatro reações é idêntica à velocidade de consumo dessa mesma 4 substancia, e assim podemos dizer que estabeleceu um equilíbrio químico. Quando se estabelece um equilíbrio, as reações não cessam, mas processam-se com velocidade igual nos dois sentidos. O equilíbrio, nessa condição é chamado de equilíbrio dinâmico. Princípio de Le Chatelier Com a observação das reações de equilíbrio químico é possível notar que caso algum fator (como temperatura, pressão ou concentração) interfira no equilíbrio este é rapidamente destruído, dando início a um novo processo de reação dentro do mesmo sistema, para que o equilíbrio volte a acontecer, neutralizando o distúrbio ocorrido. Para casos de variação de concentração, ao se adicionar uma quantidade maior de alguns dos componentes da reação, o equilíbrio ocorrerá para que parte deste seja consumido, deslocando a reação para o lado oposto. Na variação de temperatura se um sistema em equilíbrio for aquecido, a reação será favorecida na tentativa de consumir o calor adicionado, podendo ser um processo endotérmico ou exotérmico. E na variação de pressão, para sistemas gasosos, o aumento da mesma favorece uma reação em que se queira diminuir a quantidade de mols no sistema, para neutralizar o aumento da pressão, sendo que com sua redução haja aumento da quantidade de mols. 5 Objetivo Estudar fatores que modificam o estado de equilíbrio de uma reação química, por meio de um experimento para estudo da influência da concentração dos reagentes, produtos, e da temperatura no sistema de equilíbrio da seguinte reação entre o Cobalto-hexaidratado e o Cloro, para formação da Cloreto de Cobalto e água. Materiais e Reagentes 3 pipetas graduadas de 10 mL Pipetador Frasco lavador Bastão de vidro 2 béquers de 100 mL 6 tubos de ensaio Estante para tubos de ensaio Espátula Banho com gelo Banho maria em chapa de aquecimento HCl concentrado Solução de AgNO3 (mol.L-1) Solução de CoCl2.6H2O (0,25 mol.L-1) CoSO4.7H2O(S) NaCl(s) CoSO4.7H2O(S) 6 Metodologia Para o estudo do equilíbrio químico nas reações foram realizados três procedimentos. Procedimento A Preparar 4 tubos de ensaio com as quantidades descritas de reagentes segundo a tabela. Tubo CoCl2.6H2O (0,25 mol.L-1) HCl conc. (12 mol.L-1) H2O destilada Volume total 1 2,5 mL 0 5,0 mL 7,5 mL 2 2,5 mL 3,0 mL 2,0 mL 7,5 mL 3 2,5 mL 3,5 mL 1,5 mL 7,5 mL 4 2,5 mL 5,0 mL 0 7,5 mL Procedimento B O conteúdo do tubo três foi divido em três porções aproximadamente iguais, sendo a primeira parte aquecida em um béquer que estava sobre chapa de aquecimento. A segunda parte foi resfriada em um béquer contendo a água com gelo, e a terceira parte foi mantida a temperatura como padrão de comparação. Após realizadas as observações a primeira amostra foi resfriada no banho de gelo e a segunda foi aquecida no banho maria. Procedimento C As três porções foram misturadas novamente em um tubo de ensaio e então divididas em quatro porções aproximadamente iguais. Na primeira porção foram adicionados e agitados até dissolução, cristais de CoSO4.7H2O, na segunda porção foram adicionados e agitados cristais de NaCl, e na terceira porção foram adicionadas e agitadas gotas de AgNO3, sendo a quarta porção utilizada como padrão de comparação, e em seguida tendo seu volume triplicado com água durante agitação. 7 Resultados e Discussões Procedimento B Por meio da observação de mudança de cores da mistura (entre salmão, rosa, violeta e azul) foi possível observar a influência da temperatura, da adição de íons Cl-, e da adição de H2O, para que o deslocamento da reação tenda para os reagentes ou para os produtos, em relação a sua cor, conforme mostra a tabela e a figura 1. Tabela 1. Observações realizadas durante os procedimentos B. Tubo T < 0ºC T > 100ºC Temperatura Ambiente 1 Rosa Azul - 2 Rosa Azul - 3 - - Violeta T- Temperatura em ºC.Figura 1. Relação entre a cor e o deslocamento do equilíbrio na reação Fonte: Química, a ciência central Pela mudança de coloração da reação apresentada na tabela 1 é possível observar quando o deslocamento da reação está tendendo para os produtos ou reagentes. 8 Em temperaturas mais elevadas foi observado que a porção do tubo passou da cor violeta para a azul, devido ao aquecimento deslocar a reação para a direita, no sentido dos produtos, para a formação do CoCl42- , esse aumento da temperatura faz com que a reação absorva calor, assim a formação do produto é endotérmica. O contrário aconteceu com o tubo resfriado onde a cor passou de violeta para rosa. Sendo o equilíbrio deslocado para a esquerda, no sentido nos reagentes, tornando a reação exotérmica. Procedimento C Ao se adicionar os cristais de CoSO4.7H2O, a porção do tubo que estava violeta, passou a ficar de cor roxa, pois o equilíbrio se deslocou para a esquerda, no sentido dos reagentes pois foram adicionados íons Co2+ a reação. Ao se adicionar NaCl: a cor do sistema mudou de violeta para rosa, pois o cloreto de sódio fornece íons Cl- ao sistema, de forma que este desloca o equilíbrio para a direita, no sentido dos produtos, para que se consuma os íons em excesso. Ao se adicionar o nitrato de prata ocorreu uma mudança de coloração do lilás para o rosa, pois os íons de Cl- foram consumidos, deslocando a reação para o lado esquerdo, dos reagentes, em paralelo ocorreu a formação de um precipitado branco, que é o cloreto de prata, ambas modificações aconteceram devido a reação: Ag+ (aq) + Cl– (aq) AgCl(s). A porção em que foi adicionada o triplo de volume de água, passou da cor azul para rosa, deslocando o equilíbrio para o lado dos reagentes, pois ocorreu um aumento da concentração de um dos produtos da reação. Assim com o experimento foi possível observar, por meio das diferentes colorações, que todas as perturbações provocadas no sistema tiveram uma reação para que esta voltasse ao equilíbrio, conforme estudado no Princípio de Le Chatelier. 9 Conclusão O experimento permitiu concluir o proposto pelo Princípio de Le Chatelier estava correto, para o equilíbrio entre o íon cobalto II e o tetraclorocobalto hexaidratado, pois todas as perturbações provocadas no sistema resultaram em alguma resposta, para que o equilíbrio fosse reestabelecido, sendo que essas respostas puderam ser preditas, para melhor análise do experimento. 10 Referências 1.CONSTANTINO, Mauricio Gomes. Fundamentos de Química Experimental. 2. ed. – São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2011. 2. RUSSELL, John B. Química geral - volume 2. São Paulo: Makron Books, 1994 3. BROWN, T., LEMAY, H.E., Química: A ciência central, 9ª ed, Pearson PrenticeHall, 2005.
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