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1. Dimensionamento de rebites Prof. Daniel J. Laporte Baseado em Niemann, Elementos de Máquinas 1.1 Uniões por meio de rebites Utilização: • Uniões de elevada resistência (estrutura de ponte, guindaste estruturas metálicas de edificações) • Uniões estanques (navios, caldeiras , reservatórios, chaminés, tubulações) • Uniões em chapas de revestimentos (carroceria, fuselagem) Vantagens: • Execução simples • Não exige operário qualificado • Controle de qualidade simples Desvantagens: • Não desmontável • Maior peso da união • Campo de aplicação reduzido (chapas) • Não recomendável a carregamentos dinâmicos • Redução de resistência do material rebitado – furação (13% a 40%) 1.2 Execução: Rebitagem à quente Temperatura do rebite em torno de 700°C 1.3 Execução: Rebitagem à frio Limitação: Rebites de até 12mm de diâmetro 1.4 Dimensionamento: Cisalhamento do rebite Caso simples: 1 único rebite 𝜏𝑅: Tensão de cisalhamento no rebite 𝜏𝑅 𝑎𝑑𝑚: Tensão admissível de cisalhamento no rebite. 𝑁: Força aplicada por rebite 𝑆𝑅: Seção transversal do rebite 𝑆𝑅 = 𝜋.𝑑2 4 D: Diâmetro do rebite 1.4 Dimensionamento: Cisalhamento do rebite Caso geral: z rebites, n seções transversais/rebite 𝑛: Número de seções transversais por rebite, para o exemplo acima, 2. 𝑧: Número de rebites 1.4 Dimensionamento: Esmagamento do rebite 1.4 Dimensionamento: Esmagamento do rebite 1.4 Dimensionamento: Tração ou compressão na chapa 1.4 Dimensionamento: Tração ou compressão na chapa 1.4 Dimensionamento: Flexão na chapa 1.4 Dimensionamento: Cisalhamento na chapa 1.4 Dimensionamento: Carregamento Excêntrico 1.4 Dimensionamento: Carregamento Excêntrico Passo 1: Encontrar o CR (Centro de Giro) 1.4 Dimensionamento: Carregamento Excêntrico 𝑋𝑐 = 𝑋𝑖 𝑧 𝑖=1 𝑧 𝑌𝑐 = 𝑌𝑖 𝑧 𝑖=1 𝑧 A primeira coisa é encontrar o CR (Centro de Giro) 1.4 Dimensionamento: Carregamento Excêntrico Passo 2: Calcular o parâmetro K, vejamos... 1.4 Dimensionamento: Carregamento Excêntrico Para rebites de mesmo material: 𝑁𝑓𝑖 = 𝑟𝑖 . 𝑘 (curiosidade de onde veio esta fórmula, próximo slide) 𝑁𝑓𝑖 é a componente da força que resiste o momento Q.L 1.4 Dimensionamento: Carregamento Excêntrico ∆𝑖: Deslocamento de cisalhamento (tangente à chapa, portanto) do i-ézimo rebite 𝛾𝑖: Deformação específica do i-ézimo rebite 𝜏𝑖: Tensão de cisalhamento do i-ézimo rebite 𝑁𝑓𝑖: Componente da força no i-ézimo rebite que contribui para resistir ao giro da chapa, vejam a figura no slide anterior 1.4 Dimensionamento: Carregamento Excêntrico Passo 3: De posse do CR e do K, podemos calcular os 𝑁𝑓𝑖 para cada rebite. 1.4 Dimensionamento: Carregamento Excêntrico OU 1.4 Dimensionamento: Carregamento Excêntrico Passo 4: Calcula-se a parcela de esforço em CADA rebite que resiste à força Q, denominado 𝑁𝑞𝑖 1.4 Dimensionamento: Carregamento Excêntrico 𝑁𝑓1 𝑁𝑓2 Como já foi dito, 𝑁𝑓𝑖 resiste o momento causado por Q e o braço L Q L • Mas ainda está faltando reações verticais em CADA rebite que resistem a força Q, e não o momento causado por ela e o braço..... 1.4 Dimensionamento: Carregamento Excêntrico z: Número de rebites 𝑁𝑓1 𝑁𝑓2 Q L • Esta força é denominada 𝑁𝑞𝑖 𝑁𝑞1 𝑁𝑞2 1.4 Dimensionamento: Carregamento Excêntrico Passo 5: Finalmente, deve-se somar VETORIALMENTE 𝑁𝑓𝑖 a 𝑁𝑞𝑖 1.4 Dimensionamento: Carregamento Excêntrico 𝑁𝑓1 𝑁𝑓2 Q L • 𝑁𝑖 é força que deve ser utilizada para efeitos de cálculos EM CADA rebite • Cisalhamento e esmagamento 𝑁𝑞1 𝑁𝑞2 𝑁1 𝑁2 𝑁𝑖 = 𝑁𝑓𝑖 +𝑁𝑞1 1.4 Dimensionamento: Carregamento Excêntrico 1.4 Dimensionamento: Carregamento Excêntrico 1.4 Dimensionamento: Carregamento Excêntrico 1.4 Dimensionamento: Carregamento Excêntrico LEITURA ADICIONAL: MÉTODO APROXIMADO 1.4 Dimensionamento: Carregamento Excêntrico 1.4 Dimensionamento: Carregamento Excêntrico 1.4 Dimensionamento: Carregamento Excêntrico Exercício 6 da lista 1 a ser resolvido pelo grupo e apresentado ao professor junto com outro exercício sobre parafusos.