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[AULA 08] Diabetes Melito na Infância 5 Diagnóstico 5 Quais os valores glicêmicos (Jejum e pós-sobrecarga) que indicam DM, Tolerancia alterada a glicose e Glicemia de jejum alterada ? 5 Qual os sintomas típicos da DM? 5 Quais os valores da glicemia que indicam DM? 5 Quais os valores da glicemia que indicam Tolerancia alterada a glicose? 6 Quais os valores da glicemia que indicam Glicemia de jejum alterada? 6 De a diferença de DM 1 e 2: 6 Quadro Clínico 6 Qual o Tratamento da DM? 7 Na Insulinoterapia qual a dose inicial: 7 Na Insulinoterapia diferencia o esquema intensivo, do convencional do sistema de infusão contínua (bomba de insulina): 7 Quais as insulinas de origem humana e sintética? 7 Como se faz o acompanhamento ambulatorial da DM: 8 Aponte a urgência e critérios da Cetoacidose diabética: 9 Qual o tratamento da Cetoacidose diabética: 9 Tratamento da CAD 9 Aponte resumidamente o manejo da Cetoacidose diabética: 10 Fluxograma CAD 10 [AULA 09] Distúrbios da tireóide 11 De a Classificação do Hipotireoidismo: 11 De a Etiologia do hipotireoidismo (disgenesia, Atireose, ectopia, hipoplasia..) 11 Caracterize o HIPOTIREOIDISMO CONGÊNITO (HC): 11 Qual o quadro clínico do Hipotireoidismo no período neonatal, lactente ou criança mais velha. 12 Período neonatal 12 Lactentes 12 Mais velhas 12 Distúrbios da tireoide/ hc/cretinismo 13 Como fazer o Diagnóstico do hipotireoidismo? 13 Quais exames ajudam no diagnóstico de Hipotireoidismo? 14 PACIENTES COM TRIAGEM NEONATAL ALTERADA EXIGEM: 14 Quais exames são necessários realizar na avalaição etiológica? 15 Qual a idade ideal para início do tratamento, do hipotireoidismo: 15 Na investigação etiológica, qual a viabilidade de mensuração na 1ª avaliação por us, t4 livre sérico e tireoglobulina(tg) em rn com tsh elevado na triagem neonatal: 15 Como fazer o tratamento do Hipot. congênito? e De a avaliação etiológica aos 3 anos de idade: 16 Hipotireoidismo Adquirido 17 De a ETIOLOGIA do hipotireoidismo adquirido: 17 De a quadro clínico do hipotireoidismo adquirido: 17 De o TSH e t4 livre e anticorpos presentes na tireoidite de Hashimoto e Bócio endêmico: 17 De o TSH e T4 livre e Trh presentes no hipotiroidismo secundário e terciário: 18 Quais são os EXAMES COMPLEMENTARES que ajudam a diagnosticar a tireoidite: 18 Como fazer o TRATAMENTO da tireoidite: 19 Hipertireoidismo 19 HIPERTIREOIDISMO (TIREOTOXICOSE): 19 De a etiologia do hipertireoidismo (tireotoxicose): 19 De o quadro clínico do hipertireoidismo (tireotoxicose): 20 De o diagnóstico laboratorial do hipertireoidismo (tireotoxicose): 20 De o tratamento do hipertireoidismo (tireotoxicose): 20 Nódulos e Carcinomas da Tireoide 21 De a INCIDÊNCIA dos Nódulos e Carcinomas da Tireoide: 21 De o risco de desenvolver Nódulos e Carcinomas da Tireoide: 21 De o QUADRO CLÍNICO dos Nódulos e Carcinomas da Tireoide: 21 Quais os EXAMES COMPLEMENTARES usados no diagnóstico dos Nódulos e Carcinomas da Tireoide. aponte também o indicativo de malignidade: 21 EXAMES : 21 De o tratamento dos Nódulos e Carcinomas da Tireoide: : 22 Qual o PROGNÓSTICO dos Nódulos e Carcinomas da Tireoide: 22 [Aula 10] Infecção do trato urinário 23 Como coletar a urina para análise em suspeita de infecção do trato urinário: 23 Caracterize o PSP: 23 De a etiologia da ITU na infância: 23 Qual o tratamento da ITU na infância? 23 Qual a Conduta após tratamento antibiótico bem-sucedido da ITU na Infância? 23 Qual o Seguimento após tratamento da ITU na infância: 24 SANDRA 24 [AULA 3] HEMATÚRIA, PROTEINÚRIA, SD. NEFRÍTICA E NEFRÓTICA E LITÍASE RENAL; 25 Hematúria 25 Quais os tipos de hematúria: 25 Quais causas não patológicas podem alterar a cor da urina? 25 Como diferenciar a HEMATÚRIA da PIGMENTÚRIA? 26 Caracterize a hematúria: 26 Quais outros elementos a microscopia pode avaliar: 26 Quais fatores que interferem no exame da microscopia: 26 Hematúria macroscópica 27 Como classificar a Hematúria: 27 1. Doenças do aparelho urinário 27 2. Doenças sistêmicas: 27 1. Hematúria macroscópica 27 1. Considerar dados epidemiológicos: 28 Quais as características da Causa glomerular da hematúria? 28 Caracterize a glomerulonefrite difusa aguda pós-estreptocócica (GDAPE) 28 Epidemiologia: 29 Qual ao Quadro clínico GDAPE: 29 Quais exames complementares ajudam no diagnóstico da GDAPE: 29 Caracterize a causa Não glomerular: Litíase renal, da hematúria: 30 Epidemiologia 30 Etiopatogenia 30 Fatores predisponentes: 30 Quais os sinais e sintomas da hematúria não glomerular (litíase renal): 30 Apresentação clínica inicial: 30 Como identificar a origem do sangramento na hematúria, através das características da cor, presença na micção, dismorfismo das hemácias, presença de cilindro e proteinúria: 31 Qual o tratamento da Litíase renal: 32 Caracterize a Hematúria microscópica Assintomática Isolada: 32 O que fazer quando não há evidências clínicas ou laboratoriais de patologia da a Hematúria microscópica Assintomática Isolada 33 Caracterize a Proteinuria: 34 Quais as Causas da proteinúria? 34 Como fazer a avaliação laboratorial da proteinúria? 34 Qual a classificação da proteinúria? 35 Como afastar suspeita de proteinúria transitória? 35 Quais as causas de proteinúria: 36 Caracterize a Síndrome Nefrótica: 36 Qual o quadro clínico da síndrome nefrótica? 36 Quais os Exames Laboratoriais da síndrome nefrótica: 37 Quais as possíveis Complicações da síndrome nefrótica: 37 Quais doenças básicas devem ser pesquisadas também: 37 Como fazer o tratamento específico da síndrome nefrótica? 38 CASO CLÍNICO 38 Davi, 2 anos vem à emergência por estar inchado. Há 3 dias seu pai observou que os olhos estavam ficando progressivamente inchados e parecia estar urinando menos. Sem outras queixas. Nega uso de medicamento. HMP sem particularidades. 38 EF? 38 Labs? 38 [AULA 08] Diabetes Melito na Infância Diagnóstico Quais os valores glicêmicos (Jejum e pós-sobrecarga) que indicam DM, Tolerancia alterada a glicose e Glicemia de jejum alterada ? Baseado nos valores glicêmicos (Jejum e pós-sobrecarga) e na clínica; DM Síntomas típicos + glicemia ao acaso > 200 GJ > 126 em duas ocasiões Resposta ao TTGo com glicemia >200 2h após sobrecarga (1,75g-kg) Tolerancia alterada a glicose Glicemia de 140~200 aos 120min do TTGo Glicemia de jejum alterada Glicemia em jejum > 110 mg por dl e < 126 mg por dl Jejum para criança = 8 horas Sintomas típicos = perda de peso, poliúria, polidipsia Glicemia ao acaso = qualquer horário do dia, independente de jejum Glicemia de jejum = 8h após a última refeição TTGo = teste de tolerância à glicose Qual os sintomas típicos da DM? Sintomas típicos = perda de peso, poliúria, polidipsia Quais os valores da glicemia que indicam DM? DM Síntomas típicos + glicemia ao acaso > 200 GJ > 126 em duas ocasiões Resposta ao TTGo com glicemia >200 2h após sobrecarga (1,75g-kg) Quais os valores da glicemia que indicam Tolerancia alterada a glicose? Tolerancia alterada a glicose Glicemia de 140~200 aos 120min do TTGo Quais os valores da glicemia que indicam Glicemia de jejum alterada? Glicemia de jejum alterada Glicemia em jejum > 110 mg por dl e < 126 mg por dl De a diferença de DM 1 e 2: DM1: resultado da destruição das células beta por um processo imunológico, ou seja, pela formação de Ac pelo corpo contra as células beta, levando à deficiência de insulina. Por uma interação entre fatores genéticos e ambientais; DM2: a insulina é produzida pelas células beta pancreáticas, porém esta dificultada, caracterizando um quadro de resistência insulínica. Pode haver tambémuma dificuldade na produção de insulina. Esta frequentemente associado à obesidade De o Quadro Clínico da DM DM 1 = polidipsia + polifagia + poliúria + perda de peso ou cetoacidose diabética(CAD) DM 2 = assintomático ou oligossintomático; mais frequente em adolescentes obesos, com acantose nigricans; mais frequente no sexo feminino; pode haver perda de peso importante. Qual o Tratamento da DM? Alimentação: 6 refeições ao dia, incluir frutas, verduras, legumes e evitar alimentos gordurosos e açúcares de absorção rápida Exercícios físicos: aeróbica (40~60 min), 2~3x semana, não intensa Na Insulinoterapia qual a dose inicial: inicial = 0,5U/kg/dia Na Insulinoterapia diferencia o esquema intensivo, do convencional do sistema de infusão contínua (bomba de insulina): Esquema convencional: 1 a 2 doses de NPH (gdes refeições) associada ou não a Regular; Gl no período de lua de mel (logo após o Dx, quando as células beta mantém alguma função) ⇀ paciente consegue manter o controle com 1 dose de NPH, este esquema está associado à elevação de risco de complicações crônicas; Esquema intensivo: objetivo é ajustar a dose durante o dia, de acordo com a necessidade. A proposta é manter uma insulina basal entre refeições (NPH de ação intermediária ou Glardina ou Determir de ação prolongada) e a outra após refeições para impedir elevação da glicemia (ultrarrapidos, lispro e aspart) Sistema de infusão contínua de insulina (SICI - bomba de insulina): padrão outro no tratamento de DM1 ⇀ sistema de ejeção de insulina acoplado a um cateter subcutâneo, mantendo liberação de insulina basal durante as 24h do dia, programada em diferentes quantidades de acordo com o horário. O catéter é trocado a cada 3 a 4 dias, assim os bolos de insulina para refeição não necessitam de nova picada; Quais as insulinas de origem humana e sintética? ORIGEM HUMANA: Regular(R) Neutra Protamina Hagedorn(NPH) Ultralenta ORIGEM SINTÉTICA: Ultrarrápida (Lispro e Aspart) Prolongada (Glargina e Detemir) OBS:estes diminuem o risco de hipoglicemia e diminuem o ganho de peso. Qual o PADRÃO OURO no tratamento da DM 1: SISTEMA DE INFUSÃO CONTÍNUA DE INSULINA (SICI- BOMBA DE INFUSÃO) É um sistema de injeção de insulina acoplado a um cateter no subcutâneo, mantendo a liberação de insulina basal durante as 24 horas do dia, programada em diferentes quantidades de acordo com o horário.(Menor dose na madrugada e maior pela manhã). O cateter é trocado a cada 3 a 4 dias, assim os bolos de insulina para refeição não necessitam de nova picada. Isso proporciona um melhor controle e menor risco de hipoglicemia. No Brasil o mais comercializado é o modelo Paradigma 722 que também pode ser associado a leitura contínua da glicose subcutânea ( Guardian). Como se faz o acompanhamento ambulatorial da DM: - Inicial até compensação (1x mês) - Após compensação ⇀ 1x a cada 3~4m; - Solicitar Hemoglobina glicada, perfil lipidico, função renal, proteinuria; - Anualmente avaliar função tireoidiana e fundo de olho; - Equipe multiprofissional: Psico, enferm, nutri, ped, med da família e endócrino; - Paralelo ⇀ neuro, oftalmo, nefro e vascular; Aponte a urgência e critérios da Cetoacidose diabética: CAD = cetoacidose diabética = urgência; Necessidade de hospitalização; causa mais comum de óbito relacionado ao DM em crianças; CRITÉRIOS: Glicemia > 300mg/dl pH < 7,3 ou bicarbonato < 15mmol/l Cetonemia ou cetonúria Obs.: a glicemia pode ser menor em pacientes alcoolizados ou em jejum prolongado Comum ser a primeira manifestação da DM Qual o tratamento da Cetoacidose diabética: Tratamento da CAD O tratamento da cetoacidose diabética é classicamente feita por EV, em correções lentas para evitar edema cerebral; ////////////////////////////// Insulina após 1 h ⇉ ñ dar bicarbonato ⇉ 2ªh adm potássio até atingir >6,5 ⇉ quando glicemia 200 tomar suco ou SG5%, reduzir IR 0,05UI. ////////////////////////////// Restabelecer a perfusão: expansão inicial com SF 20ml por kg; Insulina após a 1ª hora ⇀ 0,1UI por kg por hora de regular; - 1UI por kg em 100ml de SF, 10ml por hora; NÃO dar bicarbonato, a infusão de volume e adm de insulina corrige a acidose lentamente; O paciente apresenta perda de volume em 10%, após correção ⇀ 1% do déficit por hora = 10ml/kg/hora As soluções devem correr em “Y” Depleção de potássio, mesmo com calemia normal ⇀ potássio baixo dentro da célula. A partir da 2ª hora adm potássio (20~40eq por L); se a calemia estiver >6.5, aguardar 1 hora e redosar; Quando glicemia atingir 200, iniciar VO sucor ou SG 5%, reduzir infusão de IR para 0,05UI por kg; Lembrar: os corpos cetônicos continuam a ser eliminados na urina por mais tempo após o controle da CAD. Aponte resumidamente o manejo da Cetoacidose diabética: Fluxograma CAD Paciente chegou em coma ⇀ HGT; Se HGT > 300mg/dl ou menor, mas paciente alcoolizado ou diabético em jejum prolongado, coletar exames: glicemia, potássio, gasometria arterial, EQU(corpos cetônicos); Colocar SF 20ml/kg para 1hora; Receber exames e instituir tratamento. [AULA 09] Distúrbios da tireóide De a Classificação do Hipotireoidismo: Feito pela época do surgimento e sua origem; Congênito ⇀ vida intrauterina; Adquirido ⇀ mais tardiamente; Primário ⇀ quando a má produção de hormônios tireoideanos ocorre em razão de alterações do tecido tireoideano Central (secundário e terciário): - Secundário ⇀ quando há deficiência de produção do tsh pela hipofise - Terciário ⇀ quando se deve à resistência de produção no TRh pelo hipotálamo, causando diminuição do estimulo da produção hormonal tireoidiana. De a Etiologia do hipotireoidismo (disgenesia, Atireose, ectopia, hipoplasia..) - 85% ⇀ disgenesia; - 35~40% ⇀ Atireose - 35~40% ⇀ ectopia; - 10% ⇀ hipoplasia; - 10~20% ⇀ defeito na produção; - Defeitos centrais ⇀ mais raro; Caracterize o HIPOTIREOIDISMO CONGÊNITO (HC): Causa deficiência mental ⇉ prognóstico associado a tratamento precoce ⇉ disgenesias tireoidianas (85%), Atireose (35 a 40%), Ectopia (35 a 40%) e hipoplasia (10%) ⇉ Pode ser causado por adm de agentes iodados ⇉ defeitos genéticos centrais no eixo hipotálamo-hipófise (RARO). É a principal causa evitável de deficiência mental, com incidência de 1 para cada 3.000 a 4.000 recém-nascidos. O PROGNÓSTICO INTELECTUAL: ESTÁ INTIMAMENTE RELACIONADO AO INÍCIO PRECOCE DO TRATAMENTO. Portanto, a realização de teste de triagem neonatal é fundamental para o seu diagnóstico. - 20% dos casos não apresentam sintomas no período neonatal e quando presentes são pouco expressivos (pele seca, icterícia), tornando o diagnóstico clínico improvável. ETIOLOGIA: O hipotireidismo congênito (HC ) primário tem como principal causa as disgenesias tireoidianas (85%). - Atireose (35 a 40%) - Ectopia (35 a 40%) e hipoplasia (10%). Os defeitos da síntese dos hormônios tireoideanos são responsáveis por 10 a 20% dos casos de HC. 10% dos casos de HC podem ser transitórios por uso de medicamentos antitireoidianos pela mãe, exposição materna a agentes iodados (contraste, antitussígenos). Mais raramente defeitos genéticos centrais no eixo hipotálamo-hipófise. Qual o quadro clínico do Hipotireoidismo no período neonatal, lactente ou criança mais velha. Período neonatal Vai de ausência de sintomas até quadro clássico de icterícia prolongada, obstipação, pele fria e seca, livedos reticulares, sonolência, cianose, macroglossia, choro rouco, dificuldade para mamar, fontanelas amplas, hérnia umbilical e eventualmente, bócio; Lactentes Atraso no desenvolvimento psicomotor (DNPM), diminuiçãono ritmo de crescimento, palidez decorrente de anemia, bradicardia e abafamento das bulhas cardíacas por mixedema ou derrame pericárdico, além de persistência da fontanela posterior. Mais velhas Baixa estatura ( COM DESPROPORÇÃO DE SEGMENTO SUPERIOR INFERIOR ), retardo mental, e fácies característico (cretinismo). OBS: cerca de 10% dos pacientes apresentam anomalias associadas, em contraste com uma frequência de 3% na população em geral. EX: malformações cardíacas, trissomias cromossômicas, malformações do sistema nervoso central (SNC). Distúrbios da tireoide/ hc/cretinismo Como fazer o Diagnóstico do hipotireoidismo? Geralmente sintomas clínicos são limitados; Avaliações hormonais peritem precocidade diagnóstica com elevado grau de confiança, já nos 1ºs dias de vida. A realização da triagem para hipotireoidismo congênito é obrigatória no Brasil para todos os RN; Quais exames ajudam no diagnóstico de Hipotireoidismo? Se faz uma dosagem de TSH em amostra de sangue coletado entre o 3º e o 5º dia de vida, após a diminuição do pico fisiológico do TSH, em papel filtro. Crianças com níveis de TSH superiores a 20 um/ml na triagem são encaminhadas para avaliação clínica e exames confirmatórios no soro (T4 ou T4 livre e TSH). *Cerca de 5% dos casos de hipotireoidismo congênito apresentam elevação tardia do TSH e não são identificados pela triagem neonatal. Por isso, se o paciente apresentar sintomas sugestivos, deve-se fazer dosagem sérica de TSH, T4 e T4 livre (mesmo que apresente resultados normais na triagem neonatal). Teste do pezinho PACIENTES COM TRIAGEM NEONATAL ALTERADA EXIGEM: - Boa história clínica - Exame físico - Exames laboratoriais *Crianças com valores séricos de T4 < 6,5mg/dl e/ou TSH > 9mcU/ml, no período neonatal, são provavelmente portadoras de HC. ETIOLOGIA: Quais exames são necessários realizar na avalaição etiológica? - CINTILOGRAFIA - e captação de tireoide com iodo 123 ou tecnécio-99. - ULTRASSONOGRAFIA (US) DA TIREÓIDE – dosagem de anticorpo bloqueador do receptor do TSH e de tireoglobulina. - DOSAGEM SÉRICA DE T4 LIVRE *Essa investigação não deve requerer mais do que 2 a 5 dias. Pode-se realizar a investigação etiológica na primeira avaliação médica: Caso isso não seja possível, deve-se iniciar o tratamento o mais precocemente e, aos três anos de idade, suspendê-lo por quatro semanas e proceder a investigação etiológica. Qual a idade ideal para início do tratamento, do hipotireoidismo: No máximo até 14 dias de vida. Pacientes com TSH > ou = 9mg/ml nos exames sorológicos devem iniciar tratamento. Na investigação etiológica, qual a viabilidade de mensuração na 1ª avaliação por us, t4 livre sérico e tireoglobulina(tg) em rn com tsh elevado na triagem neonatal: AGENESIA G baixa T4L baixo Glândula não visível. ECTÓPICA TG mensurável T4L mensurável Glândula não visível ou ectópica GLÂNDULA NORMAL: BÓCIO, HIPOPLASIA OU HEMITIREOIDE TG mensurável T4L baixo Glândula visível tópica Como fazer o tratamento do Hipot. congênito? e De a avaliação etiológica aos 3 anos de idade: INVESTIGAÇÃO ETIOLÓGICA DO HC AOS 3 ANOS DE IDADE Suspender levotiroxina por 3 a 4 semanas ⇓ DOSAR TSH ⇙ ⇘ TSH elevado Hipotireoidismo permanente Avaliar etiologia Reiniciar Levotiroxina SH normal Dosar TSH após 3 a 6 semanas TSH normal Hipotireoidismo transitório TRATAMENTO: Levotiroxina 10 a 15 mcg/kg/dia dose única diária, ideal até 14 dias de vida, mesmo na ausênsia de sintomas. OS COMPRIMIDOS DEVEM SER MACERADOS E DISSOLVIDOS COM PEQUENA QUANTIDADE DE LEITE EM JEJUM. MANTER 30 MINUTOS SEM ALIMENTAÇÃO. Como fazer o monitoramento do tratamento do Hipot. congênito? MONITORAMENTO: Dosagem de T4, T4 livre e TSH 2 a 4 semanas após o início de tratamento , e a cada 1 a 2 meses no primeiro ano de vida, e a cada 2 a 3 meses entre o 1 e 3 anos de vida, e a cada 3 a 12 meses a partir dos 3 anos. Os valores a serem mantidos: T4 entre 10 e 16 mcU/dl e TSH abaixo de 5 mcU/ml. Crianças com diagnóstico tardio, com atraso no DNPM, devem ser encaminhadas para tratamento fisioterápico, psicólogo, fonoaudiólogo, neurologista, assistente social, além do endocrinologista pediátrico. Hipotireoidismo Adquirido De a ETIOLOGIA do hipotireoidismo adquirido: O hipotireoidismo primário pode desenvolver-se em qualquer idade e seu início é insidioso podendo ser desencadeado por diferentes fatores: Presença de anticorpos antitireoidianos causando tireoidite autoimune ( tireoidite de Hashimoto): exposição a substâncias bociogênicas (ex: mandioca brava): medicamentos contendo lítio, pós-tireoidectomia ou radioterapia de tireoide: regiões geográficas carentes de iodo, causando bócio endêmico. Também pode ser central (hipotálamo e/ou hipofisário), como consequência de tumores da região Hipotálamo-hipófise, radioterapia do SNC, cirurgias neurológicas, traumatismo craniano, doença granulomatosa ou meningites. OBS: Crianças portadoras de diabete melito tipo 1, síndrome de Down, síndrome de Turner, insuficiência renal crônica são mais sujeitas a apresentar hipotireoidismo. A CAUSA MAIS FREQUENTE DE HIPOTEREOIDISMO ADQUIRIDO EM REGIÕES NÃO CARENTES DE IODO É A TIREOIDITE DE HASHIMOTO. De a quadro clínico do hipotireoidismo adquirido: - Bócio - Diminuição progressiva de produção hormonal - Sonolência, hipoatividade, lentidão, palidez - Pele seca, hipotermia, bradicardia, obstipação - Mixedema (principalmente em pálpebras, dorso dos pés, mãos e região pré-tibial) - Diminuição da velocidade de crescimento Obs: cerca de 10% dos pacientes , pode-se observar fase inicial com presença de sintomas sugestivos de hipertireoidismo, como, taquicardia, irritabilidade, diarréia e insônia (transitórios). Distúrbios da tireoide/ hipotireoidismo adquirido/diagnóstico laboratorial De o TSH e t4 livre e anticorpos presentes na tireoidite de Hashimoto e Bócio endêmico: HIPOTIREOIDISMO PRIMÁRIO TSH T4 E/OU T4 LIVRE ANTICORPOS ANTITIREOPEROXIDASE E ANTITIREOGLOBULINA TireoiditedDe Hashimoto Elevado Baixos ou Normais Elevados Bócio Endêmico Elevado Baixos ou Normais Dentro Dos Valores De Referência De o TSH e T4 livre e Trh presentes no hipotiroidismo secundário e terciário: HIPOTIREOIDISMO CENTRAL TSH T4 E/OU T4 LIVRE TESTE COM TRH Secundário (hipofisário) Normal Diminuídos TSH Permanece Baixo após TRH Terciário (hipotalâmico) Normal Diminuídos TSH> 30 Após 60 min de TRH Quais são os EXAMES COMPLEMENTARES que ajudam a diagnosticar a tireoidite: MAPEAMENTO E CAPTAÇÃO DE TIREOIDE(CINTILOGRAFIA) – é um exame realizado com Tecnécio ou com I 123, utilizado para diagnóstico de hipotireoidismo congênito no 2º ou 3º ano de vida, e para confirmação de deficiência de iodo. ULTRASSONOGRAFIA (US) – é utilizada para ver o volume e o aspecto do tecido tireoidiano, além da presença de nódulos. RX DE TÓRAX OU O ECOCARDIOGRAMA – são indicados nos casos de hipotireoidismo severo , verificando-se aumento da área cardíaca por causa de mixedema e derrame pericárdico. Como fazer o TRATAMENTO da tireoidite: Consiste na reposição de levotiroxina, cujos comprimidos devem ser ingeridos puros ou um pouco diluídos em água, em dose única diária. Os controles para ajustes de dosesdevem ser feitos mensalmente pela dosagem de TSH, T4 e T4 livre, até a normalização e, após, a cada 6 meses. O objetivo do tratamento é manter níveis normais de TSH ( entre 0,3 e 3mU/ml), T4 (entre 10 e 14mg/dl) ou T4 livre (entre 0,8 e 1,5 ng/dl), evitando a superdosagem de medicação, o que levaria a um quadro de hipertireoidismo iatrogênico). DISTÚRBIOS DA TIREOIDE/ HIPOTIREOIDISMO ADQUIRIDO doses de tiroxina recomendadas por idade IDADE TIROXINA(MCG/DIA) TIROXINA(MCG/KG/DIA) 0 a 6 meses 37,5 a 50 10 a 15 7 a 11 meses 50 a 75 6 a 10 1 a 5 anos 75 a 100 5 a 6 6 a 12 anos 100 a 150 4 a 5 > 12 anos 100 a 200 2 a 4 Hipertireoidismo HIPERTIREOIDISMO (TIREOTOXICOSE): É uma doença na qual o metabolismo é acelerado em todos os tecidos do organismo como consequência dos altos níveis de hormônios tireoidianos circulantes. De a etiologia do hipertireoidismo (tireotoxicose): Na faixa etária pediátrica, mais de 90% dos casos de tireotoxicose decorrem da doença de Graves ( doença autoimune caracterizada pela tríade: bócio difuso, exoftalmia e hipertireoidismo ). É rara em crianças menores de 5 anos , com um pico entre 11 e 15 anos. É mais comum no sexo feminino , com relação de 3:1 a 5:1. Outras causas, como carcinoma ou adenoma tóxico de tireoide , adenoma hipofisário produtor de TSH, ingestão excessiva de iodo e outras, são bem menos frequentes. De o quadro clínico do hipertireoidismo (tireotoxicose): Frequentemente são observados na escola e apresentam-se com: Agitação Dificuldade de concentração. Queda de rendimento escolar. A oftalmopatia infiltrativa (exoftalmia) ocorre em 50% dos casos de doença de Graves na infância. Outros sintomas são: bócio em 98% dos casos , irritabilidade, sudorese, taquicardia, diarreia, emagrecimento, aumento de apetite, sono agitado, dispneia, intolerância ao calor, labilidade emocional, mãos úmidas e quentes e tremores finos de extremidades. Na doença de Graves neonatal o mais comum é: baixo peso ao nascer, taquicardia, apetite aumentado com pouco ganho de peso, irritabilidade e bócio. De o diagnóstico laboratorial do hipertireoidismo (tireotoxicose): TSH: baixo ou suprimido T3 e T4 totais e livres elevados Aumento da idade óssea Anticorpo antirreceptor do TSH (TRAD) positivo na doença de Graves US de tireoide: aumento difuso da glândula Cintilografia da tireoide e captação de I131: bócio com captação aumentada na doença de Graves ou nódulo único hipercaptante. De o tratamento do hipertireoidismo (tireotoxicose): Com o objetivo de diminuir a velocidade de produção dos hormônios tireoidianos e seus efeitos. Para isso são usados medicamentos como: Propiluracil (não é recomendado para crianças por causa da hepatotoxicidade). Metimazol na dose de 0,25 a 1mg/kg/dia 1vez ao dia, considerando para escolha da dose inicial a gravidade clínica, alterações bioquímicas e tamanho do bócio. Dosar T4 livre e T3 após 4 a 6 semanas do início do tratamento; se níveis ainda estiverem elevados , aumentar a dose em 0,25mg/kg até função tireoidiana normal. O controle laboratorial deve ser feito a cada 4 a 6 semanas. - Os betabloqueadores, como o propranolol na dose de 1 a 3 mg/kg/dia a cada 8 horas , também são utilizados para diminuir os simtomas da hiperatividade simpática. - Antes de iniciar os medicamentos antitireoideanos , realizar leucograma, transaminases e gama GT. Se leucócitos < 1.500/mm³ , descontinuar o tratamento. Nódulos e Carcinomas da Tireoide De a INCIDÊNCIA dos Nódulos e Carcinomas da Tireoide: De nódulos de tireoide em crianças é estimada entre 1 e 1,5% . Fatores de risco para desenvolvimento de nódulos: - sexo feminino - puberdade - existência de doença tireodiana atual ou pregressa - história familiar de doença tireoidiana De o risco de desenvolver Nódulos e Carcinomas da Tireoide: O risco de desenvolvimento de doença maligna em nódulos de tireóide na infância é 4 vezes maior que no adulto por: - idade precoce - deficiência de iodo - radioterapia de cabeça e pescoço - tireoidite autoimune O CARCINOMA DE TIREOIDE É RESPONSÁVEL POR 0,5 A 3% DE TODOS OS TUMORES DE CABEÇA E PESCOÇO. De o QUADRO CLÍNICO dos Nódulos e Carcinomas da Tireoide: - Nódulo ou aumento de volume na região anterior do pescoço. - Presença de linfonodomegalia cervical em um paciente eutireoidiano. - Exame físico : palpação de um nódulo único, que pode estar fixado a estruturas adjacentes. O sítio mais comum de metástase a distância é o pulmão. Quais os EXAMES COMPLEMENTARES usados no diagnóstico dos Nódulos e Carcinomas da Tireoide. aponte também o indicativo de malignidade: - US de pescoço - Punção aspirativa com agulha fina (PAAF) - Calcitonina, dosagens hormanais (T3, T4, T4 livre e TSH) e anticorpos antitireoidianos. EXAMES : US indicativo de benignidade: textura homogênea , ausência de calcificações internas e halo translúcido. Identificação de cistos. Indicativos de malignidade: margem irregular, ecotextura hipoecogênica, calcificações no interior do nódulo e aumento na vascularização. PAAF guiada por US: auxilia na identificação do tipo histológico da lesão. *SÃO INDICAÇÕES DE PAAF EM CRIANÇAS COM NÓDULO ENTRE 0,5 E 1CM, PELO ALTO RISCO DE MALIGNIDADE. De o tratamento dos Nódulos e Carcinomas da Tireoide: : CIRÚRGICO (TIREOIDECTOMIA TOTAL) seguida de ablação de tecidos remanescentes ou de metástases diferenciadas com iodo 131. A radioterapia deve ser considerada em todas as crianças , mesmo em tumores pequenos, pois a ablação de doença residual diminui o risco de recorrência. Qual o PROGNÓSTICO dos Nódulos e Carcinomas da Tireoide: Está diretamente relacionado com diagnóstico precoce. *O carcinoma de tireóide na criança apresenta melhor sobrevida que nos adultos, mesmo na presença de recorrência ou metástases a distância. As taxas de sobrevida são de 90 a 99% em 15 a 20 anos de acompanhamento. [Aula 10] Infecção do trato urinário - O que é? - Importância Como coletar a urina para análise em suspeita de infecção do trato urinário: - Saco coletor - Jato médio (criança maior) acima de 10 à 5 - Cateterismo uretral - criança que não tenha controle de esfíncter ou acamada 10 elevado a quinta ou ao cubo Caracterize o PSP: Punção suprapúbica (PSP) - PSP (modo de coleta mais estéril, uma bactéria é igual a infecção) - Risco de perfuração muito baixo De a etiologia da ITU na infância: - ITU NA INFÂNCIA - Bactérias mais comuns: E. coli, klebsiella e pseudomonas Qual o tratamento da ITU na infância? - Tratamento 7 - 14 dias - Cefalexina abaixo de 6 meses é o ideal 50 - 100 mg por kg por dia 4 x ao dia VO - Nitrofurantoína 7 mg por kg por dia 3 - 4 x ao dia VO - Acido nalidíxico (manda manipular mas no mercado para compra não tem amis) - Gentaminica Qual a Conduta após tratamento antibiótico bem-sucedido da ITU na Infância? A- Antibiótico profilático Nitrofurantoína: 3 mg/kg/dia 1x/dia Cefalexina: 10 mg/kg/dia 1x/dia. B-Investigação por imagem Cintilografia renal com DMSA Uretrocistografia miccional: RVU Ultrassonografia de vias urinárias. Qual o Seguimento após tratamento da ITU na infância: Uroculturas mensais no 1.o semestre. bimestrais no 2.o semestre trimestrais no 2.o ano após a infecção . SANDRA [AULA 3] HEMATÚRIA, PROTEINÚRIA, SD. NEFRÍTICA E NEFRÓTICA E LITÍASE RENAL; Hematúria Presença anormal de hemácias na urina Quais os tipos de hematúria: Macroscópica (visível a olho nu) e microscópica (aspecto normal da urina a olho nu,porém com hemácias >5pc). Coloração rósea a avermelhada, chá a coca cola As little as 1 mL of blood per liter of urine can induce a visible color change. 1ml, 2ml, 3ml e 4ml Quais causas não patológicas podem alterar a cor da urina? Alguns pigmentos podem alterar a cor da urina e dar uma falsa impressão de hematúria: - Corantes - Anilina - Alimento- ex. beterraba - Medicamentos: ex. Rifampicina - Uratos- ex. recém nascido Como diferenciar a HEMATÚRIA da PIGMENTÚRIA? EQU - FITA REAGENTE E MICROSCOPIA 1- Fita reagente +(positiva) em presença de Sangue (Eritrócitos intactos ou hemoglobina livre) A hemoglobinúria pode estar relacionada à hemólise intravascular ou lise eritrocitária no interior do trato urinário... PARA CONFIRMAR A PRESENÇA DE HEMÁCIAS É NECESSÁRIO 2- Microscopia direta Caracterize a hematúria: AULA: Hematúria é a presença de > 2~5 hemácias em campo de urina centrifugada em aumento de 400x SLIDE: Hematúria é a presença de > 5 hemácias em campo de urina centrifugada em aumento de 400x Quais outros elementos a microscopia pode avaliar: Forma e tamanho das hemácias (dismorfismo) (microscopia de contraste de fase) Presença de cilindros (hemáticos e outros) Presença de outras céls (leucócitos, p ex) Afastar sangue de origem extra vias urinárias (reto, vagina e períneo) Quais fatores que interferem no exame da microscopia: Coleta, assepsia, tempo até a realização do exame. PEDIR EXAME PARA TER COM DEFINIÇÃO O QUE É, PORQUE SEM O EQU NA MACROSCOPIA TUDO FICA SEMELHANTE Hematúria macroscópica Quais as Causas da Hematúria macroscópica : - infecção do trato urinário - irritação do meato ou períneo - trauma - outras A hematúria microscópica é mais comum na infância. Como classificar a Hematúria: - Tanto a hematúria macroscópica quanto a micro podem ser sintomáticas ou assintomáticasNa forma sintomática o conjunto de sinais e sintomas associados permite, na maioria das vezes, definir a causa da hematúria; - Considerando as causas mais frequentes que perguntas fazer? Trauma, febre, dor… 1. Doenças do aparelho urinário a. Glomerular: glomerulopatia primária (ex: glomerulonefrite difusa aguda pós-estreptocócica) ou secundária a alguma doença sistêmica (lúpus eritematoso sistêmico, púrpura Henoch-Schonlein), nefropatia por IgA, outras glomerulopatias e a síndrome de Alport, etc b. Extra glomerular: exemplos: infecções urinárias, litíase, alterações metabólicas idiopáticas (especialmente hipercalciúria), anomalias do trato urinário, tumores e doenças císticas; 2. Doenças sistêmicas: - Anemia ou traço falciforme, endocardite bacteriana e, outras. 1. Hematúria macroscópica - Sintomática ou assintomática? - Que sintomas/sinais buscar? - 1. Considerar dados epidemiológicos: Quem apresenta a queixa - idade, sexo, comorbidades. - Prevalência das patologias com esta apresentação clínica Quais as características da Causa glomerular da hematúria? - Glomerulonefrites = Processos inflamatórios que comprometem glomérulo - Mais comum: GN difusa aguda pós estreptocócica (ou pós infecciosa) - Provocam, em graus variáveis a expressão a: SINDROME NEFRÍTICA EDEMA HIPERTENSÃO HEMATÚRIA Oligúria Proteinúria subnefrótica Caracterize a glomerulonefrite difusa aguda pós-estreptocócica (GDAPE) Processo inflamatório não supurativo de origem imunológica, acometendo difusamente, todos os glomérulos de ambos os rins Processo inflamatório no endotélio capilar- redução da luz com a diminuição da filtração glomerular e retenção de uréia, creatinina e K podendo levar à IRA Pela redução da filtração glomerular reduz oferta de água e eletrólitos aos túbulos, por estarem pouco comprometido, mantém reabsorção de Na e água = oligúria, aumento de volume extracelular circulante levando a congestão circulatória, edema, hipertensão arterial Pequenas lesões ou descontinuidades da integridade da parede capilar dos glomérulos provocaram a passagem de elementos circulantes, como hemácias, leucócitos e proteínas plasmáticas para a cápsula de Bowman e sua excreção na urina Epidemiologia: - Episódio anterior de estreptococcia por cepas nefritogênicas do estreptococo beta hemolítico geralmente do grupo A (piodermites, Amigdalites, rinofaringites purulentas) cerca de 1 a 2 semanas após amigdalites e 3 a 6 semanas após piodermites - Pré escolar e escolar - pico aos 7 anos, rar antes dos 2 anos. - Predomínio sexo masculino 2:1 Qual ao Quadro clínico GDAPE: glomerulonefrite difusa aguda pós-estreptocócica (GDAPE) - Estado geral geralmente pouco comprometido - Oligúria por redução de filtração glomerular - Hipervolemia (persiste a reabsorção tubular de sódio e água) - Hipertensão - 60 a 80% - Hematúria frequentemente microscópica e com proteinúria - Gravidade pode variar de hematúria microscópica assintomática até insuficiência renal aguda. - Edema geralmente leve (aumento de peso) - 85% Quais exames complementares ajudam no diagnóstico da GDAPE: glomerulonefrite difusa aguda pós-estreptocócica (GDAPE) - Exame parcial de urina: - EAS: hematúria, leucocitúria, cilindruria proteinúria geralmente leve. - Ureia e creatinina - se muito elevadas afastar doença renal prévia ou outras gloemerulopatias - complemento sérico C3 e C4 - importante para diagnóstico e diferencial - C3 diminuído em 95% dos casos das GNDAPE - se normal, afastar outras possibilidades de glomerulopatias, normaliza em 4 - 8 semanas C4 normal - ASLO (anti estreptolisina O): frequentemente aumentada na estreptococcia de orofaringe. A anti Dnase B é mais sensível e também para a estreptococcia cutânea. - Rx tórax pode ter aumento da área cardíaca e congestão pulmonar. - Rx simples de abdome (se cálculos radiopacos) - US de rins e vias urinárias. Presença de hidronefrose - TC sem contraste é o mais sensível. Verificar presença, tamanho, número e localização. Caracterize a causa Não glomerular: Litíase renal, da hematúria: Epidemiologia - Incidência não bem conhecida, menor que no adulto - Crescente - obesidade, hábitos nutricionais? + diagnóstico? - Incidência familiar Etiopatogenia - Qualquer parte do sistema coletor (no parênquima, pelve, cálices, ureteres, bexiga, uretra). Fatores predisponentes: - Metabólicos (Hipercalciúria idiopática, hiperuricosúria, outros) - Urodinâmicos (estase urinária) - Anatômicos - Infecciosos (bactérias alcalinizantes da urina), entre outros - Urina hipersaturada para um soluto (aumento da excreção e redução de ) - cristalização, aumento da excreção de cristais... Quais os sinais e sintomas da hematúria não glomerular (litíase renal): Apresentação clínica inicial: - Variável conforme localização, frequente inespecífica: - 1. Dor abdominal ou em flanco (50 - 75%, maior conforme a idade) - Causada pelo deslocamento ureteral do cálculo. Obstrução - Cálculos renais assintomáticos, frequentemente achados de exame de imagem - 2. Hematúria macroscópica 30-55% dos casos, isolada ou associada a dor. Também microscópica (traumatismo de mucosa causadopelo cálculo) Menos frequente: - 3.Disúria, polaciúria-10% dos casos- (cálculo em bexiga, uretra, com ou sem ITU associada) - 4. Náuseas, vômitos em 10% casos, como sintoma inicial - ITU associada ou assintomático - 15 à 20% Como identificar a origem do sangramento na hematúria, através das características da cor, presença na micção, dismorfismo das hemácias, presença de cilindro e proteinúria: Hematúria - localizar a origem do sangramento é um passo essencial para determinar o local CARACTERÍSTICAS DA URINA GLOMERULAR NÃO GLOMERULAR Cor (se macroscópica) Vermelha, amarronzada, sem coágulos vermelho vivo, róseo Pode ter coágulos Presença na micção (se macroscópica) Durante toda a micção Toda micção inicial (uretra) ou terminal (bexiga) Hemácias dismórficas* >70% <30% Cilindros, em especial hemáticos Podem estar presente ausente Proteinúria 2 hemácias ou mais Geral/ausente/discreta *Hematúria indeterminada ⇀ entre 30 e 70 - A. dismorfismo eritrocitário (alteração de contorno e forma das hemácias) - B: eritrócitos de tamanho e forma normais (isomórficos) Qual o tratamento da hematúria não glomerular: Medicamentoso - penicilina - eliminar estreptococo (evitar disseminação). - diuréticos, hipotensores conforme necessidade - Complicações: hospitalar - congestão circulatória - encefalopatia hipertensiva - Encefalopatia hipertensiva - IRA - Evolução benigna em 95% dos casos - Reestabelacimento da diurese e regrssão do edema e hipertensão em poucos dias e da hematúria macroscópica… - microscópica pode perdurar até 18 meses e a proteinúria discreta por ate 2 - 5 anos Acompanhamento com biópsia se evolução for atípica: - oliguria > 3 dias - Hematúria macroscópica e hipertensão > 6 semanas - Síndrome nefrótico associado, com duração > 4 sem - Complemento diminuído > 8 semanas - Uréia plasmática muito elevada e persistente Qual o tratamento da Litíase renal: - emergência - dor intensa ou infecção em via parcial ou totalmente obstruída (pielonefrite obstrutiva mortalidade 50%). Intervenção endoscópica ou cirúrgica. - tratamento: - anti inflamatórios VO ou IM - anti eméticos - anti espamodicos - hidratação especialmente em calculo em deslocamento Caracterize a Hematúria microscópica Assintomática Isolada: Achado casual Avaliação inicial: assintomatica ou isolada mesmo Hematúria Microscópica- proposta de abordagem Avaliação Inicial: Assintomática e isolada mesmo? ⇓ 1 semana ⇓ Avaliação Clínica + PA + EAS? ⇓ 1 semana ⇓ Avaliação Clinica + PA + EAS ⇓ persiste ⇓ ⇘ Se surgir: hipertensão, proteinúria macroscópica. Avançar investigação!!! ⇙ Urocultura c TSA ⇓ persiste ⇓ Acompanhar 3/3m. Se persistir assintomática e isolada* além de 1 ano, Pesquisar hipercalciúria e Testar pais e irmãos para Hematúria - O que fazer quando não há evidências clínicas ou laboratoriais de patologia da a Hematúria microscópica Assintomática Isolada Principais causas a descartar : Síndrome de Alport- Hematúria recorrente, origem genética, geralmente ligada ao X, evolução para Insuficiência Renal Crônica, associação com surdez, história familiar. EAS de familiares, audiometria. Hematúria Recorrente Familiar ( Doença da Membrana Delgada)- genética, autossômica dominante. Hematúria micro persistente ou recidivante. Algumas vezes, macro. Precipitada por exercício físico ou IVAS. Sem manifestações sistêmicas. Complemento normal. Não há perda da função renal Nefropatia por IGA (Doença de Berger)- Pré E e escolares masculinos, após IVAS Distúrbios metabólicos (Hipercalciúria) Caracterize a Proteinúria: O rim excreta um pouco Excreção tem relação com a idade e superfície corporal, sendo proporcionalmente maior no neonato e no lactente; Está aumentada quando há: - uma cruz ou mais em amostra de urina; - >150 mg em 24h; - Proteinúria acentuada - nivel nefrótico - é definida como 10 x esses valores 50% d; proteína de tamm-horsfall a proteína excretada normalmente é de origem do epitélio tubular Quais as Causas da proteinúria? - Excesso de oferta (proteínas de baixo peso molecular). Ex, mieloma múltiplo adulto. - Aumento da filtração glomerular por lesões anatômicas ou funcionais (macromoléculas - albumina). Comum na criança; Ex: glomerulopatias; também condições não patológicas (febre, exercício, postura) - Reabsorção inadequada - - podem ser associadas a outros defeitos de reabsorção tubular, p ex. glicose, bicarbonato, fosfato. Como fazer a avaliação laboratorial da proteinúria? Proteinúria avaliação laboratorial: - Exame parcial de urina: amostra isolada - fita reagente. Avaliação da albumina por método colorimétrico; Proteinúria 24h padrão ouro: - avalia a excreção total e não apenas a concentração de proteína em determinada amostra. - Dificuldades para coleta acurada em especial na criança - alternativa: relação proteína / creatinina - sa-se isoladamente a proteína e creatinina e faz-se a relação - Alterada se >0,5 de 6meses a 2 anos, - >0,2 após. - >2= proteinúria em nível nefrótico Qual a classificação da proteinúria? 1. Leve - COMUM! 10% amostras com proteinúria isolada de 1+; só 0.1 % persistem 2. Moderada 3. Nefrótica= >50 mg/kg/dia a.Transitória- mais comum, por febre, exercícios, convulsões etc. Também em ITU b. Postural - comum, aparece na posição ortostática c.Persistente- Requer avaliação para doença renal. Como afastar suspeita de proteinúria transitória? Benigna a. Repetir exame, de preferência Ptn/Cr em amostra matinal. NORMAL? Repetir EAS em amostra matinal em 1 ano PERSISTE? b. Postural- >50% das proteinúrias assintomáticas, principalmente adolescentes. Benigna. Avaliar proteína/creatinina em amostra matinal e EAS vespertino ou noturno. A proteinúria será negativa na 1ª amostra e positiva na 2a. Diagnóstico- Proteinúria Postural OU Ortostática Repetir EAS em amostra matinal em 1 ano Proteinúria nas 2 amostras? c. Persistente. Requer pesquisa de doença renal Obs- a proteinuria a nível nefrótico, deve ser conduzida imediatamente como síndrome nefrótica História e Exame Físico com PA Quantificar proteinúria, se não realizado ainda Exames complementares iniciais: Uréia , Creatinina, Colesterol, Proteinas totais e Frações, Eletrólitos (Na, K). Outros conforme o caso. Imagem: Ultrassonografia de Rins e Vias Urinárias- Outros s/n Quais as causas de proteinúria: Causas: Transitória Postural Doenças Renais primárias: Síndrome Nefrótica, glomerulopatias, doenças renais intersticiais, ou secundárias Doenças sistêmicas infecciosas, reumatológicas, imunológicas - Caracterize a Síndrome Nefrótica: Síndrome com Proteinúria maciça Hipoalbuminemia <2,5 g% Fisiopatologia Aumento da permeabilidade da Membrana Basal Glomerular Saturação da capacidade de absorção proteica pelas células epiteliais do Túbulo Contornado Proximal 2 a 7 anos, prevalência masculina - Biópsia renal: desnecessária em quadros típicos, dentro da faixa etária de 1 a 10 anos, com complemento normal, semalterações da função renal e resposta adequada ao tto em 4 a 8 semanas; - necessária em recidivas; Qual o quadro clínico da síndrome nefrótica? Edema, em geral intenso, mole, frio, sujeito à ação da gravidade, de início insidioso, Pode levar à anasarca , com derrames cavitários (pleural, ascite) Quais os Exames Laboratoriais da síndrome nefrótica: Exame Parcial de Urina (EAS) - além da proteinúria maciça, 25% tem Hematúria, geralmente microscópica, também leucocitúria. A Cilindrúria hialina e granulosa no EAS- sugere proteinúria Proteínas Totais e Frações - Hipoalbuminemia (<2,5 g%) (ou Eletroforese de proteínas plasmáticas- Aumento de alfa 2 globulina ). Também Hipercolesterolemia Lipidúria Quais as possíveis Complicações da síndrome nefrótica: Suscetibilidade a Infecções, em especial por Estreptococos e Gram Negativos (deficiência de Imunoglobinas e Complementos perdidas pelos glomerulos) as x sintomas pouco expressivos- abatimento, recidiva da SN Ex: Peritonite Pneumocócica, pneumonia, celulites, Sepse Estado de hipercoagulabilidade com tendência a fenômenos tromboembólicos (perda de antitrombina III entre outros mecanismos) Hipotensão arterial grave/choque- precipitada, as vezes, por uso intempestivo de diuréticos e/ou drenagem de ascite. Quais doenças básicas devem ser pesquisadas também: O Complemento sérico é normal. Quando alterado, deve-se pesquisar causa secundária Uréia e Creatinina alteradas Biopsia Renal: Desnecessária em quadros típicos, dentro da faixa etária 1 a 10 anos, com complemento normal, sem alteração da função renaI e resposta adequada ao tratamento em 4 a 8 semanas Necessária em recidivas além de 1 a 1 ano e meio Como fazer o Tratamento inespecífico da síndrome nefrótica: - Orientar a família sobre características da doença; - dieta hipo ou assódica no edema e HAS; - diuréticos em anasarca, eventualmente albumina EV; - tto precoce das infecções; Como fazer o tratamento específico da síndrome nefrótica? - vários esquemas de corticoterapia; - recidivas frequentes até 1 ano ou 1 ano e meio; - - - Perdeu proteína... perdeu anticorpo .. aumentando suscetibilidade a infecção… - CASO CLÍNICO Davi, 2 anos vem à emergência por estar inchado. Há 3 dias seu pai observou que os olhos estavam ficando progressivamente inchados e parecia estar urinando menos. Sem outras queixas. Nega uso de medicamento. HMP sem particularidades. - EF? - Labs? EF?: analisar ascites, edema, Labs?: ---------------------------------PROVA--------------------------------- Pedir parcial de urina, esperando ter uma proteinúria de pelo menos +/++++ Para medida exata (proporção da proteína e creatinina da primeira amostra). Para dizer que está em nível nefrótico tem que estar 10x+ para ser síndrome nefrótica tem que ter hipoalbuminemia E proteinúria; ---------------------------------PROVA--------------------------------- hipoalbuminemia sozinha pode ser falta na alimentação ou síndrome de má absorção; glomerulonefrite também dá edema. se tiver cilindros ⇀ glomerular proteinúria postural -> para identificar, exame urina de manhã e noite
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