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ANALÍTICA V – 2S 2011 Aulas 3 e 4Aulas 3 e 4 Espectrofotometria no Espectrofotometria no UVUV--VisVis Prof. Rafael Sousa Departamento de Química Departamento de Química -- ICEICE rafael.arromba@ufjf.edu.brrafael.arromba@ufjf.edu.br Notas de aula: www.ufjf.br/baccan ESPECTROFOTOMETRIA no UV-Vis Plano de aulaPlano de aula:: -- Definição de “espectrofotometria”Definição de “espectrofotometria” -- Aspectos conceituais da ABSORÇÃO MOLECULARAspectos conceituais da ABSORÇÃO MOLECULAR ABSORÇÃO molecularABSORÇÃO molecular FLUORESCÊNCIA molecular FLUORESCÊNCIA molecular Aula 3Aula 3-- Aspectos conceituais da ABSORÇÃO MOLECULARAspectos conceituais da ABSORÇÃO MOLECULAR -- Medidas de absorção e análises quantitativasMedidas de absorção e análises quantitativas -- Instrumentos para análises espectrofotométricasInstrumentos para análises espectrofotométricas -- Aspectos práticosAspectos práticos -- A A quimioluminescênciaquimioluminescência -- EspectrofluorimentriaEspectrofluorimentria (princípios e aplicações)(princípios e aplicações) -- Instrumentação para Instrumentação para espectrofluorimetriaespectrofluorimetria Aula 3Aula 3 Bibliografia �� “Análise Instrumental”“Análise Instrumental” F Cienfuegos, D Vaitsman; 2000 �� ““VogelVogel -- Análise Química Quantitativa” Análise Química Quantitativa” GH Jeffrey e col., 6a ed., Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2002 �� “Análise Química Quantitativa”“Análise Química Quantitativa”�� “Análise Química Quantitativa”“Análise Química Quantitativa” D. Harris; 7a ed., 2008 �� ““PrinciplesPrinciples ofof Instrumental Instrumental AnalysisAnalysis”” DA Skoog, FL Holler, TA Nieman; 5th ed., 1998 �� Tutoriais dos fabricantes de espectrofotômetrosTutoriais dos fabricantes de espectrofotômetros �� Fundamentals Fundamentals ofof AnalyticalAnalytical ChemistryChemistry DA Skoog, DM West, FL Holler; 5th ed., 1998 Espectrofotometria Espectrofotometria -- IntroduçãoIntrodução EspectroEspectrofotofotometriametria: : Medida da luz que é Medida da luz que é absorvidaabsorvida ou ou emitidaemitida por uma espécie químicapor uma espécie química Espectro obtido para o Espectro obtido para o ΒΒ--carotenocaroteno Espectro obtido para Espectro obtido para AgAg coloidalcoloidal Espectrofotometria Espectrofotometria -- IntroduçãoIntrodução LUZLUZ Análise químicaAnálise química (métodos espectroscópios) MATÉRIAMATÉRIA (métodos espectroscópios) Diferentes substâncias interagem de forma diferente com a RADIAÇÃO ELETROMAGNÉTICA Espectrofotometria Espectrofotometria -- IntroduçãoIntrodução AplicaçõesAplicações:: �� ANALITOS ANALITOS ORGÂNICOSORGÂNICOS Alguns exemplos:Alguns exemplos: -- Compostos nitrogenadosCompostos nitrogenados -- Fármacos (Fármacos (àcàc. . acetilacetil salicílicosalicílico)) -- FenóisFenóis-- FenóisFenóis -- Gorduras (colesterol)Gorduras (colesterol) �� ANALITOS ANALITOS INORGÂNICOSINORGÂNICOS Alguns exemplos: Alguns exemplos: -- Íon cloreto, fosfato, nitrato e sulfatoÍon cloreto, fosfato, nitrato e sulfato -- AmôniaAmônia -- Elementos metálicos em geral, As e BElementos metálicos em geral, As e B Entendendo o contexto Entendendo o contexto –– O O espectro eletromagnético espectro eletromagnético (nm) LUZ LUZ ÉÉ RADIAÇÃO ?RADIAÇÃO ? �������� luz visível + outras luz visível + outras frequenciasfrequencias�������� FORMAS DE ENERGIAFORMAS DE ENERGIA Aspecto ondulatório da radiação eletromagnéticaAspecto ondulatório da radiação eletromagnética ���� Ondas com dif. “comprimentos de onda” (λ) ���� dif. cores (Vis) � Análises instrumentais: medidas de “frações” específicas de luz (visível ou não) ����MÁXIMOS DE ABSORÇÃO �������� Relação entre comprimentos de onda e energiaRelação entre comprimentos de onda e energia Aspecto ondulatório da radiação eletromagnéticaAspecto ondulatório da radiação eletromagnética Relação entre comprimentos de onda (λ) e energia (E) Modelo matemáticoModelo matemático hh= constante de Planck (6,63 10-34 Js) h c E = h ν = cc= veloc. luz no vácuo (2,99 108ms-1) E = h ν = λ �������� EE é inversamente proporcional ao é inversamente proporcional ao λλ Na espectrofotometria os “máximos de absorção” são a principal Na espectrofotometria os “máximos de absorção” são a principal diferença que se observa no espectro de substâncias diferentes:diferença que se observa no espectro de substâncias diferentes: fenômeno “menos energético”fenômeno “menos energético” Espectro obtido para o Espectro obtido para o ΒΒ--carotenocaroteno Espectro obtido para Espectro obtido para AgAg coloidalcoloidal O que faz a absorção da luzO que faz a absorção da luz ser diferente ?ser diferente ? As substâncias absorverem radiação por causa dosAs substâncias absorverem radiação por causa dos Grupos CromóforosGrupos Cromóforos Grupos cromóforos Grupos cromóforos ?? São grupos funcionais com absorção característicaSão grupos funcionais com absorção característica na região do na região do ultraultra--violetavioleta ou do ou do visívelvisível ExEx: Carboxila (: Carboxila (-- COOH): COOH): 200 – 210 nm �Absorve em váriosvários comprimentos de onda comprimentos de onda diferentes (vários grupos funcionais) As substâncias absorverem radiação por causa dosAs substâncias absorverem radiação por causa dos Grupos CromóforosGrupos Cromóforos Outros grupos cromóforos:Outros grupos cromóforos: Carboxila (Carboxila (-- COOH): 200 COOH): 200 –– 210 210 nmnm Aldeído (Aldeído (--CHO): 210; 280 CHO): 210; 280 –– 300300 AminoAmino ((--NHNH22): 195): 195 HaletosHaletos ((--BrBr: 208): 208) DissulfetoDissulfeto ((--SS--SS--): 194; 255): 194; 255 � Substâncias diferentesDissulfetoDissulfeto ((--SS--SS--): 194; 255): 194; 255 Ester (Ester (--COOR): 205COOR): 205 Éter (Éter (--OO--): 185): 185 Nitro (Nitro (--NONO22): 210): 210 Nitroso (Nitroso (--NO): 302NO): 302 TiocarbonilaTiocarbonila (=C=S(=C=S--): 205): 205 TioeterTioeter ((--SS--): 194; 215): 194; 215 Tiol (Tiol (--SH): 195SH): 195 � Substâncias diferentes � Diferentes grupos funcionais As substâncias absorverem radiação por causa dosAs substâncias absorverem radiação por causa dos Grupos CromóforosGrupos Cromóforos Processo de absorção da radiação: Processo de absorção da radiação: diferentes tipos de transições eletrônicas As substâncias absorverem radiação por causa dosAs substâncias absorverem radiação por causa dos Grupos CromóforosGrupos Cromóforos Cada transição eletrônica vem “acompanhada” de uma transição rotacional e Cada transição eletrônica vem “acompanhada” de uma transição rotacional e vibracional vibracional �� Espectros na forma de bandaEspectros na forma de banda Níveis de energia eletrônicos Níveis de energia vibracional As substâncias absorverem radiação por causa dosAs substâncias absorverem radiação por causa dos Grupos CromóforosGrupos Cromóforos �������� Processo de absorção da radiação envolvemProcesso de absorção da radiação envolvem: : �������� Transições eletrônicas (Transições eletrônicas (UVUV--VisVis)) �������� Transições vibracionais (Transições vibracionais (Infravermelho médio e próximoInfravermelho médio e próximo)) Envolvem diferenças Envolvem diferenças energéticas menoresenergéticas menores Cada nível de Cada nível de ENERGIA VIBRACIONAL:ENERGIA VIBRACIONAL: SubníveisSubníveis de de ENERGIA ROTACIONAL ENERGIA ROTACIONAL Envolvem diferenças Envolvem diferenças energéticas ainda menoresenergéticas ainda menores ENTRETANTO átomos no estado gasoso também podem absorver ENTRETANTO átomos no estado gasoso também podem absorver radiçãoradição no no UVUV--VisVis Exemplos de medidas ESPECTROSCÓPICASExemplos de medidas ESPECTROSCÓPICAS EspectroMETRIAEspectroMETRIA ATÔMICAATÔMICA (vapor) EspectroFOTOMETRIAEspectroFOTOMETRIA MOLECULARMOLECULAR (vapore solução) ENTRETANTO átomos no estado gasoso também podem absorver ENTRETANTO átomos no estado gasoso também podem absorver radiçãoradição no no UVUV--VisVis Representação das transições eletrônicas que podem ocorrer no Representação das transições eletrônicas que podem ocorrer no átomo de sódioátomo de sódio Que geram o fenômeno daQue geram o fenômeno da “absorção atômica”“absorção atômica” PARA “CASA”PARA “CASA” CC11 -- ExplicarExplicar porqueporque osos espectrosespectros abaixoabaixo apresentamapresentam perfisperfis diferentes,diferentes, considerandoconsiderando queque osos espectrosespectros dede absorçãoabsorção molecularesmoleculares sãosão geralmentegeralmente bandasbandas ee nãonão picospicos estreitosestreitos.. Absorção da luz Absorção da luz no laboratóriono laboratório ?? Uso de “faixas” específicas do espectro !Uso de “faixas” específicas do espectro ! O processo de O processo de absorção da luz absorção da luz no laboratóriono laboratório 1ª etapa1ª etapa: : excitação eletrônica da molécula “M”excitação eletrônica da molécula “M” M + M + hvhv��M*M* 2ª etapa2ª etapa: : relaxação relaxação M* M* ��M + M + calorcalor M* M* ��MM´´ + + MM´´´´ ((fotodecomposiçãofotodecomposição)) M* M* ��M + M + hvhv´´ (luminescência)(luminescência) Medida de absorção e análise quantitativaMedida de absorção e análise quantitativa Medidas de absorção (Medidas de absorção (AA)):: - Obtidas a partir de medidas de transmitância (T) - Quanto maior a transmitância, menor a absorbânciamenor a absorbância A absorbância aumenta com a conc. da espécie absorvedoraA absorbância aumenta com a conc. da espécie absorvedora -- depende da substância (absortividade molar)depende da substância (absortividade molar) -- depende do espaço físico ocupado pela amostra (caminho óptico)depende do espaço físico ocupado pela amostra (caminho óptico) AA= = -- loglog T= T= loglog PP00/P /P Característica dos processos de absorção na região do Característica dos processos de absorção na região do visívelvisível Solução Solução verdeverde--amareladaamarelada absorve absorve violetavioleta amarela violetaamarela violeta--azulazul laranjalaranja azulazul vermelhavermelha azulazul--verdeverde �������� A cor de uma espécie é complementar àquela que absorve:A cor de uma espécie é complementar àquela que absorve: vermelhavermelha azulazul--verdeverde púrpurapúrpura verdeverde violetavioleta verdeverde--amareloamarelo violetavioleta--azuladoazulado amareloamarelo azulazul laranjalaranja azulazul--esverdeadoesverdeado vermelhovermelho verdeverde púrpurapúrpura �������� A região que contem A região que contem o o λλ de máxima absorção de máxima absorção de uma espécie de uma espécie de interesse pode ser prevista se a solução da amostra for colorida... de interesse pode ser prevista se a solução da amostra for colorida... Representação gráfica para soluções de Representação gráfica para soluções de KMnOKMnO44 em em λλ = 545 = 545 nmnm e um caminho e um caminho óptico de 1 cm.óptico de 1 cm. a)a) Em Em %Transmitância %Transmitância versusversus cc Medida de absorção e análise quantitativaMedida de absorção e análise quantitativa b) Em b) Em AbsorbânciaAbsorbância versusversus cc Relação entre absorção e concentração = ANÁLISE QUÍMICARelação entre absorção e concentração = ANÁLISE QUÍMICA (Lei de (Lei de LambertLambert--BeerBeer)) JohannJohann HeinrichHeinrich LambertLambert ((17281728 –– 17771777)) observou que a intensidade da luz transmitida por um meio absorvedor era proporcional à espessura do meio pelo qual a luz passava AugustAugust BeerBeer ((18251825 –– 18631863)) observou que a intensidade da luz transmitida por um meio absorvedor era proporcional à concentração da espécie absorvedora Relação entre absorção e concentração = ANÁLISE QUÍMICARelação entre absorção e concentração = ANÁLISE QUÍMICA (Lei de (Lei de LambertLambert--BeerBeer)) �������� A =A = a b a b CC aa= absortividade molar (= absortividade molar (εε: L mol : L mol --11cmcm--11)) bb= caminho óptico (= caminho óptico (cmcm)) CC= concentração em (= concentração em (mol Lmol L--11)) A A α = α = a ba b Relação linear Relação linear entre entre AA e e Conc. Conc. sese as medidas são feitas em as medidas são feitas em condição de caminho óptico constante condição de caminho óptico constante �������� �� APLICAÇÕES DA equação da reta: A = α C APLICAÇÕES DA equação da reta: A = α C -- Concentrações desconhecidasConcentrações desconhecidas -- OU determinar o valor de OU determinar o valor de aa para se obter o de para se obter o de εε Concentração Concentração α = α = a ba b 1)1) PREPARAR PADRÕES DE CALIBRAÇÃO PREPARAR PADRÕES DE CALIBRAÇÃO �������� TÉCNICA INSTRUMENTALTÉCNICA INSTRUMENTAL PADRÕESPADRÕES: Soluções semelhante à solução de amostra : Soluções semelhante à solução de amostra com concentração conhecida da espécie de interesse (com concentração conhecida da espécie de interesse (ANALITOANALITO)) AMOSTRAAMOSTRA ou ou SOLUÇÃO DE AMOSTRA SOLUÇÃO DE AMOSTRA ?? GeralmenteGeralmente a amostra é analisada na forma de uma solução aquosaa amostra é analisada na forma de uma solução aquosa Determinação da Concentração GeralmenteGeralmente a amostra é analisada na forma de uma solução aquosaa amostra é analisada na forma de uma solução aquosa ExEx: Determinação de Fe: Determinação de Fe3+3+ em tecido animalem tecido animal amostra laboratorial preparo (ou tratamento) da amostra solução de amostra 2)2) Calcular o limite de detecção (LD): Calcular o limite de detecção (LD): Menor quantidade que pode ser detectada com razoável certeza para um dado Menor quantidade que pode ser detectada com razoável certeza para um dado procedimento analítico (IUPAC)procedimento analítico (IUPAC) Determinação da Concentração y = y = yybcobco + + 3xS3xSbco bco ⇒⇒ em termos de sinalem termos de sinal LD = (LD = (CCbcobco + + 3xS3xSbcobco)/S )/S ⇒⇒⇒⇒⇒⇒⇒⇒ em termos concentraçãoem termos concentração ⇒⇒⇒⇒LQ = (LQ = (CCbcobco + + 10xS10xSbcobco)/S )/S ⇒⇒⇒⇒⇒⇒⇒⇒ em termos concentraçãoem termos concentração LDLD = limite de detecção= limite de detecção LQLQ = limite de quantificação (o INMETRO recomenda usar o primeiro ponto da curva analítica de calibração)= limite de quantificação (o INMETRO recomenda usar o primeiro ponto da curva analítica de calibração) yy = menor sinal medido= menor sinal medido yybcobco = sinal do branco= sinal do branco CCbcobco = concentração do branco (considerado = zero)= concentração do branco (considerado = zero) SSbcobco= desvio padrão do branco (n= 10 no mínimo)= desvio padrão do branco (n= 10 no mínimo) S S = Sensibilidade do método (= Sensibilidade do método (coefcoef. angular da curva analítica (. angular da curva analítica (αα)))) Bibliografia utilizada �� ““PrinciplesPrinciples ofof Instrumental Instrumental AnalysisAnalysis”” DA Skoog, FL Holler, TA Nieman; 5th ed., 1998 �� “Análise Instrumental”“Análise Instrumental” F Cienfuegos, D Vaitsman; 2000 �� ““VogelVogel -- Análise Química Quantitativa” Análise Química Quantitativa” GH Jeffrey e col., 6a ed., Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2002GH Jeffrey e col., 6a ed., Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2002 �� “Análise Química Quantitativa”“Análise Química Quantitativa” D. Harris; 7a ed., 2008 �� Tutoriais de fabricantes de espectrofotômetrosTutoriais de fabricantes de espectrofotômetros �� Slides didáticos fornecidos pelo Prof. Dr. Júlio C. J. Silva (UFJF)Slides didáticos fornecidos pelo Prof. Dr. Júlio C. J. Silva (UFJF) �� Figuras da Apostila didática da disciplina QA 581 do IQ Figuras da Apostila didática da disciplina QA 581 do IQ -- UnicampUnicamp