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Resenha - Pensar é desejar

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Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” - UNESP
IBILCE - Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas 
Curso: Licenciatura em Letras - Noturno II 
Disciplina: Psicologia da Educação 
Discente: Alex Junior dos Santos Nardelli	
São José do Rio Pret0 2014
Pensar é desejar – Rinaldo Voltoni
Resenhado por: Alex Jr. dos S. Nardelli
	Freud é um dos autores que não tratam de assuntos relacionados diretamente com o conhecimento ou com a inteligência, mesmo não os ignorando e reconhecendo sua importância capital, Freud aborda outros pontos com mais audácia, tanto que teorizou vários assuntos que foram considerados verdadeiros escândalos para sua época, como por exemplo, o fato de enunciar a existência de uma sexualidade infantil. 
	Freud considerava que a psicanálise não era bem aceita, pois era mal compreendida, não por suas incorreções, mas sim, pela resistência aos escândalos que seus pressupostos poderiam causar, uma vez que, a sociedade não estava preparada para ouvir certas teorias que não estavam habituados a ouvir. Desta forma, Freud se considerado alinhas com outros dois revolucionários do conhecimento humano, Copérnico, que descentralizou o planeta terra do centro do universo, e Darwin que demonstrou que o ser humano é apenas uma criatura dentre muitas que acompanham a criação continua da natureza.
	Em vários momentos, Freud está em vias de postular que o “ato de conhecer” ocorre sobre um conflito particular do sujeito; esses conflitos de pensamentos arquitetados essencialmente nas primeiras experiências, onde o ato de conhecer terá seu papel e seu “destino”, assim, tais conflitos servem para adequarmos a realidade, não sem limitações, ao que queremos fazer dela, a dialética usada aqui, resumir-se-ia ao fato de não tendermos para o mundo e sim, fazer o mundo tender para nós que operamos. 
	Assim, o primado do Eu, considera que antes de percebemos os atributos do objeto devemos atribuir um perfil a ele, um perfil que seria, senão, reflexo de nossa própria imagem, pois, quando nos refletimos, exercemos a capacidade de abandonar a realidade concreta, e contemplamos à nossa própria idéia. 
	Outra característica humana que o autor apresenta no texto, é a capacidade de “interrogação”, o ser humano interroga a si mesmo a todo instante, ele interroga seu meio, sua existência, seus problemas, seus medos, seu passado, seu presente etc. A interrogação seria, de fato, uma característica de ordem recorrente no ser humano, pois quando ele interroga algum ponto que lhe é evidenciado, as resposta para essa interrogação, pode gerar outras interrogações, levando-o a um circulo “vicioso” de porquês, o que no texto o autor nomeia como a “fase dos porquês”. 
	Para Freud, a reflexão e a interrogação durante a fase de criança é vinculado aos objetos corporais, mais precisamente a boca, o ânus e os órgãos sexuais, assim, segundo Freud nós não pensamos apenas com o cérebro, mas também com todo corpo, pois certas partes do corpo participam da atividade de pensar, por exemplo, a criança enquanto não sabida de suas habilidades sexuais, ejaculação, penetração etc, ou então o simples fato de que ela pode gerar vida, ela não consegue compreender sua própria gestação, pois como dito anteriormente a criança focaliza suas postulações a partir de partes de seu corpo a são visíveis a ela.
	Contudo, por essa razão as condições de elaboração das teorias sexuais infantis incluem que o conhecimento pode caminhar na direção daquilo que ela não viu, por exemplo: a criança pode crer que, se as meninas não têm pênis, é porque foram vítimas de uma violência que as privou dele. Assim, o essencial na forma de Freud é o conhecimento, entretanto o selo distintivo entre a relação humana e a relação animal é o elemento simbólico. Desta forma a capacidade e interrogar e refletir parece ser os principais emblemas de uma liberdade estrutura a partir da tarefa do que podemos fazer com tudo que nos foi adquirido.

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