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AO EXCELENTÍSSIMO JUÍZO DE DIREITO PERTENCENTE À VARA DO TRABALHO Nº__ DA CIDADE DE MACEIÓ/AL CONSIGNANTE: Zenga Modas Ltda CONSIGNADO: Joana Firmino A empresa Zenga Modas Ltda, pessoa jurídica de direito privado, com sede na rua Lopes Quintas, nº 10 – Maceió – Alagoas, com registro no cadastro nacional de pessoas jurídicas sob o nº: 1.1.0001/00, vem, mui respeitosamente, através de seu advogado devidamente qualificado em procuração acostada, registrado na ordem dos advogados do Brasil sob o nº xxx-xx-xx, PROPOR, com arrimo nos artigos 769 da clt, 539 e ss do código de processo civil e 334 da código civil, pelo rito espescial, AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO, em face de Joana Firmino, brasileira, casada, costureira, residente na Rua Lopes Andrade, nº 20 – Maceió – AL – CEP 10.0001-00, PELOS SEGUINTES FATOS E FUNDAMENTOS JURÍDICOS QUE SE PASSA A EXPOR: I. DAS PRELIMINARES 1.1. DA COMPETÊNCIA DO JUÍZO É competente este foro para a propositura da presente ação, tendo em vista que a prestação do serviço se deu na cidade do Maceió/Al. Conforme é exposto nos autos e assim preleciona o artigo 651 da CLT. Vejamo-lo: Art. 651 - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro. (Vide Constituição Federal de 1988) (CLT) Portanto, resta-se nítido a competência deste juízo para apreciação do caso em tela. II. DOS FATOS A empresa Zenga Modas Ltda, ora consignante, firmou contrato de trabalho com a senhora Joana Firmino, na função de costureira. A consignada teve seu contrato de trabalho rescindido sem justa causa em 11.10.2012, mediante aviso prévio indenizado. No mesmo dia em que se deu o aviso, Joana entregou sua CTPS à empresa para efetuar as atualizações de férias. A empregada fora devidamente cientificada de que no dia 15.10.2012, às 10:00 h, seria homologada a ruptura e pagas as verbas devidas no sindicato de classe de sua classe. Contudo, na data e hora designadas, a obreira não comparecera, lavrando-se no ato certidão sobre o ocorrido pelo sindicato. A empresa consignante procurou as maneiras possíveis de se entrar em contato com a trabalhadora, todas sem sucesso. Joana deixou sua CTPS sob a custódia da empresa, e em seu armário, foi encontrado um telefone celular de sua propriedade, que hoje se encontra guardado no almoxarifado da consignante. A empresa, por não mais restar atitudes possíveis para encontrar a obreira, socorre-se ao juízo a fim de que se efetive o pagamento dos valores das verbas rescisórias de Joana. Era o que se tinha de mais a relatar, passe- se agora à exposição do mérito da presente ação. III. DO MÉRITO 3.1. DA DESIGNAÇÃO DAS VERBAS Pelo exposto, a sociedade limitada Zenga modas, ora consignante, vem à presença de vossa Excelência, para que se cumpra o prazo do pagamento das verbas resilitórias da obreira. Nesse sentido, com arrimo nos artigos 769 da clt, 539 e ss do código de processo civil e 334 da código civil pátrio, a consignante recorre ao juízo para que se dê o resguardo das verbas da obreira e assim afastar a punição por descumprimento do prazo exposto no artigo 477, parágrafo 8º da CLT. Nesse sentido: Art. 769 - Nos casos omissos, o direito processual comum será fonte subsidiária do direito processual do trabalho, exceto naquilo em que for incompatível com as normas deste título. (CLT) Art. 539. Nos casos previstos em lei, poderá o devedor ou terceiro requerer, com efeito de pagamento, a consignação da quantia ou da coisa devida. (CPC) Art. 334. Considera-se pagamento, e extingue a obrigação, o depósito judicial ou em estabelecimento bancário da coisa devida, nos casos e forma legais. (CC) IV. DOS PEDIDOS Por todo o exposto, juntamente com a procedência dos pedidos e extinção da relação entre empresa e empregado, desde logo a consignante passar a requerer: I. Seja autorizada a abertura de conta judicial para a efetivação do depósito dos valores aqui expostos, nos termos do artigo 335, IV do CC; II. O Levantamento de todos os depósitos do FGTS (Art. 20 da Lei 8036/90), com acréscimo da multa de 40% sobre o saldo do fundo referente a todo período laborado (Art.18 da Lei 8036/9), bem como a disposição da chave que autorize o saque da obreira ou quem a represente legalmente; III. A entrega do celular e da carteira de trabalho de propriedade da consignada ao juízo, para que este resguarde ou os designe a competência de guarda aos referidos objetos pessoais da trabalhadora; IV. Protestar em provar o alegado por todos os meios de provas em direito admitidos, notadamente oitiva de testemunhas e depoimento pessoal, nos termos do artigo 369 do CPC/15; V. A notificação da Consignada no endereço exposto em alhures, a fim de que a mesma ou quem a legalmente a represente, levante o valor do depósito ou apresente resposta; Dar-se-á o valor da causa em R$ ... Nestes termos, pede e espera deferimento. Teresina - PI, terça-feira, 21 de Setembro de 2018. NOME DO ADVOGADO OAB/UF XX.XXX-X