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Este símbolo (@), 
adotado como um 
dos ícones universais 
da internet, é usado 
nesta obra por estar 
relacionado a conceitos 
ligados à informática 
e à informatização de 
processos.
sistemas de 
informações 
gerenciais 
Ficha técnica Editora Ibpex
Diretor-presidente
Wilson Picler
Editor-chefe
Lindsay Azambuja
Editores-assistentes
Adriane Ianzen 
Jerusa Piccolo
Análise de informação 
Anderson Adami
Revisão de texto 
Dorian Cristiane Gerke
Capa
Bruno Palma e Silva
Projeto gráfico 
Raphael Bernadelli
Diagramação 
Regiane de Oliveira Rosa
Iconografia
Danielle Scholtz
Conselho editorial 
Editora Ibpex 
Ivo José Both, Dr. (presidente)
Elena Godoy, Dr.a
José Raimundo Facion, Dr.
Sérgio Roberto Lopes, Dr.
Ulf Gregor Baranow, Dr.
Obra coletiva organi-
zada pela Universidade 
Luterana do Brasil (Ulbra).
Informamos que é de 
inteira respon sabilidade 
do autor a emissão de 
conceitos. 
Nenhuma parte desta 
publicação poderá ser 
reproduzida por qualquer 
meio ou forma sem a pré-
via autorização da Ulbra.
A violação dos direitos 
autorais é crime estabe-
lecido na Lei nº 9.610/98 
e punido pelo art. 184 do 
Código Penal.
s623 
Sistemas de informações gerenciais / [Obra] 
organizada pela Universidade Luterana do 
Brasil (Ulbra). – Curitiba: Ibpex, 2008.
177 p. : il.
isbn 978-85-7838-047-2
1. Sistemas de informações gerenciais. 
2. Tecnologia da informação. 3. Planejamento 
estratégico. I. Universidade Luterana do 
Brasil. II. Título.
cdd 658.4038011
20. ed.
apresentação
A finalidade do emprego dos sistemas e das tecnologias da 
informação é gerar e fornecer informações de qualidade. 
Um sistema de informação pode ser definido como o pro-
cesso de transformar dados em informações. O objetivo 
primordial é auxiliar as organizações na geração de novos 
conhecimentos e habilitá-las a alcançar suas metas pelo 
uso eficiente dos recursos disponíveis. 
A disciplina Sistemas de Informações Gerenciais tem 
como principal finalidade desenvolver habilidades para 
o emprego dos sistemas e das tecnologias da informação 
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vi
como ferramentas para capturar, armazenar e distribuir 
informações para apoio aos processos, e à tomada de deci-
sões nas organizações.
Turban, Rainer Jr. e Potter1 observam que o termo siste-
mas de informações gerenciais é “ocasionalmente emprega do 
como um conceito abrangente para todos os sistemas de 
informação empregados em uma organização”. Isso explica 
o nome dessa disciplina.
O uso das tecnologias da informação (TIs) tem con tri-
buí do para promover grandes transformações em nossa 
sociedade. Da mesma forma, cria grandes oportunidades 
para as organi zações que têm obtido sucesso com o seu 
emprego. Por outro lado, a sua adoção oferece desafios e 
particularidades quanto ao seu gerenciamento, pois, à 
medida que essas tecnologias se tornam mais complexas, 
passam a exigir maior esforço para sua implantação e seu 
uso correto. Nesse contexto, com a presente obra, buscamos 
esclarecer os alunos sobre os melhores modos de empregar 
os sistemas de informação nos meios organizacionais.
Para tanto, procuramos distribuir o conteúdo da disci-
plina em dez capítulos. No primeiro, apresentamos os con-
ceitos básicos que permitem um contato inicial com os 
elementos que compõem um sistema de informação. Pro-
pomos, no segundo, o estudo sobre os processos organiza-
cionais e as diferentes formas de representá-los graficamente. 
O terceiro delineia um roteiro de como confeccionar os ins-
trumentos documentais do fluxo e das rotinas das informa-
ções nas organizações. 
O quarto capítulo traz uma abordagem conceitual 
sobre a infra-estrutura de TI nor malmente adotada nas 
empresas. No capítulo que segue, abordamos a infra-es-
trutura de software, complementando as informações sobre 
a infra-estrutura de TI. No sexto capítulo, apresentamos 
A
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uma visão geral dos sistemas de informação computado-
rizados, analisando as suas características e, no sétimo, 
mostramos como as empresas usam os sistemas de infor-
mação para melhorar o processo de tomada de decisões. 
No capítulo oito, contemplamos o planejamento de TI e o 
seu alinhamento com a estratégia empresarial. O capítulo 
nono discorre sobre os principais métodos para a aquisi-
ção de aplicações de TI. Por último, propomos uma dis-
cussão sobre as questões éticas relacionadas à TI e sobre 
segurança da informação. 
sumário
( 1 ) Introdução aos sistemas de informação, 13
1.1 Dados, 16
1.2 Informação, 17
1.3 Conhecimento, 21
1.4 Sistema, 22
( 2 ) Processos organizacionais, 27
2.1 Organogramas, 30
2.2 Processos, 32
2.3 Fluxogramas, 35
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( 3 ) Como representar graficamente as informações, 39
3.1 Ferramentas Fluxograma e Conectores, 42
3.2 Ferramenta Organograma, 46
( 4 ) Infra-estrutura de TI, 49
4.1 , 52
4.2 Redes de computadores, 58
4.3 Tipos de processamento em rede, 61
4.4 A internet e os negócios eletrônicos, 67 
( 5 ) Infra-estrutura de TI: software, 73
5.1 Software básico e software aplicativo, 76
5.2 Gerenciamento de dados, 81
5.3 Administração dos recursos de TI, 89
( 6 ) Sistemas de informações organizacionais, 93
6.1 Sistema de processamento de transações (SPT), 96
6.2 Sistema de informações gerenciais (SIG), 99
6.3 Sistemas integrados, 102
( 7 ) Sistemas de apoio gerencial, 111 
7.1 A tomada de decisão, 114
7.2 Sistema de apoio à decisão (SAD), 115
7.3 Sistema de informação executiva (SIE), 117
7.4 Sistemas inteligentes, 119
7.5 Inteligência empresarial, 121
( 8 ) Planejamento estratégico de TI, 125
8.1 Planejamento estratégico empresarial (PEE), 128
8.2 Planejamento estratégico de TI (PETI), 129
8.3 Controle dos custos com TI, 134
( 9 ) Aquisição de aplicações de TI, 139
9.1 Métodos para aquisição de aplicações de TI, 142
9.2 Ciclo de vida do desenvolvimento de um sistema, 146
Su
m
ár
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xi
( 10 ) Ética e segurança da informação, 151
10.1 Questões éticas sobre o uso 
 da informação em organizações, 154
10.2 Segurança da informação, 161
Referências por capítulo, 169
Referências, 173
Gabarito, 177
( 1 )
introdução aos 
sistemas de informação
Adriana Teresinha Rebechi Capellão é bacharel em 
Administração de Empresas pela Universidade Luterana 
do Brasil (Ulbra) e em Matemática pela Universidade do 
Vale dos Sinos (Unisinos), especialista em Administração e 
Planejamento para Docentes pela Ulbra, mestre em Gestão 
de Negócios pela Universidad de Ciencias Empresariales y 
Sociales (Argentina) e doutoranda em Ciências de Educação 
pela Universidad de Santiago de Compostela (Espanha). Na 
área educacional, além de atuar como professora da educação 
infantil e dos ensinos fundamental e médio, trabalha na 
Ulbra na área de aplicação e utilização da informática nos 
cursos de graduação em Pedagogia, Administração, Sistemas 
de Informação, Análise e Desenvolvimento de Sistemas de 
Informação e Ciências Sociais. É também consultora de 
tecnologias educacionais em escolas municipais e privadas de 
educação infantil, de ensino fundamental e de ensino médio.
Adriana Teresinha Rebechi Capellão
( )
neste capítulo, abordamos os conceitos básicos 
relacionados aos sistemas de informação. Para isso, escla-
recemos o significado de alguns termos, como dados, infor-
mação, conhecimento e sistema, uma vez que se encontram 
diretamente ligados a esse tema.Si
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(1.1) 
dados
De acordo com Stair e Reynolds, dados “consistem em fatos 
não trabalhados, como o nome de um empregado, a quan-
tidade de horas semanais trabalhadas por ele, o número de 
peças em estoque ou de pedidos de vendas”1. 
O´Brien, por sua vez, apresenta o seguinte conceito:
Dados são fatos ou observações crus, normalmente sobre 
fenômenos físicos ou transações de negócios. O lançamento 
de uma nave espacial, por exemplo, ou a venda de um auto-
móvel gerariam muitos dados na descrição desses eventos. 
Mais especificamente, os dados são as medidas objetivas dos 
atributos (as características) de entidades (como pessoas, 
lugares, coisas e eventos).2
Segundo Stair e Reynolds3, os dados podem ser classi-
ficados em:
Alfanuméricos ▪ – São representados por números, le -
tras ou caracteres especiais.
De imagem ▪ – São representados por fotos ou imagens 
gráficas de diferentes origens.
De áudio ▪ – São todos os tipos de sons, tons ou ruídos 
que podem ser armazenados.
De vídeo ▪ – São representados por imagens em movi-
mento de diferentes origens que podem ser arma ze-
nadas.
Mas os dados devem ser organizados e, portanto, re-
lacionados para que se possa manipulá-los e compará-los, 
surgindo, assim, a informação. Se isso não ocorrer, os da-
dos para pouco servirão às organizações.
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(1.2)
informação 
Para Stair e Reynolds, informação é 
uma coleção de fatos organizados de modo que adquirem um 
valor adicional além do valor dos próprios fatos. Por exemplo, 
um gerente em particular poderia entender que o total de vendas 
mensais está mais adequado a seu objetivo, ou seja, é mais valioso 
do que o número de vendas de cada representante individual4. 
Segundo O’Brien, informação “são dados que foram 
convertidos em um contexto significativo e útil para usuá-
rios finais específicos”5.
Esses conceitos nos remetem então à seguinte lógica: 
os dados são submetidos a manipulação, ou seja, a inter-
pretação, análise, avaliação, organização e, finalmente, à 
compilação de suas características, por meio de um pro-
cesso chamado processamento de dados, que se concretiza em 
três etapas distintas: 
Entrada ▪ – Recebimento dos dados. 
Processamento ▪ – Realização de cálculos matemáticos, 
aritméticos e/ou lógicos. 
Saída ▪ – Nessa etapa, os dados recebem valor e são cha-
mados de resultados do processamento, ou melhor, de in -
formação válida para usuários específicos.
Pode-se afirmar que o processo de tomada de deci-
são empresarial dependerá da qualidade das informações 
para trazer resultados positivos para a organização, ou seja, 
quanto maior a qualidade das informações, melhores serão 
os resultados. Conseqüentemente, se as informações não 
tiverem qualidade, os resultados não serão satisfatórios. 
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Portanto, é necessário que se tenha clareza com relação às 
características que uma informação deve e pode ter para 
realmente promover a melhoria do desempenho empresa-
rial. Os quadros a seguir apresentam as características que 
aumentam o valor das informações e os atributos de infor-
mações de alta qualidade.
Quadro 1.1 – Características que agregam valor à informação 
Característica Definição
Precisão
A informação precisa não contém erro. 
Em alguns casos, geram-se informações 
equivocadas, porque dados imprecisos 
são alimentados no processo de transfor-
mação (isso normalmente é chamado de 
entra lixo e sai lixo).
Completeza
A informação completa contempla todos 
os fatos importantes. Por exemplo, um 
relatório de investimento que não inclua 
todos os custos importantes não é 
completo.
Economia
A informação também deve ser relativa-
mente econômica para ser viabilizada. 
Os tomadores de decisão sempre pre-
cisam equilibrar o valor da informação 
com o custo de produzi-la.
Flexibilidade
A informação flexível pode ser usada 
para uma variedade de propósitos. Por 
exemplo, a informação sobre o estoque 
disponível de uma peça em particular 
pode ser útil para o vendedor num fecha-
mento de venda, para o gerente de pro-
dução, a fim de determinar a necessi dade 
ou não de mais estoque, e para o execu-
tivo financeiro, para especificar o valor 
total que a empresa investiu em estoque.
(continua)
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Confiabilidade
A confiabilidade da informação pode 
ser dependente de algum outro fator. 
Em muitos casos, depende do método 
de coleta de dados. Em outros, da fonte 
da informação. Um rumor sem fonte 
conhecida sobre a elevação do preço do 
pe tróleo pode não ser confiável.
Relevância
A informação relevante é essencial para 
o tomador de decisão. Por exemplo, a 
queda no preço da madeira pode não ser 
relevante para um fabricante de chip de 
computador.
Simplicidade
A informação deve ser simples, e não 
 excessivamente complexa. Uma informa-
ção sofisticada e detalhada pode sobre-
carregar o conjunto de informações. 
Quando um tomador de decisão dispõe 
de muitas informações, tem dificuldade 
em determinar qual delas é realmente 
importante.
Pontualidade
A informação pontual é aquela obtida 
quando necessária. Por exemplo, as con-
dições do tempo para a última semana 
não interferirão na escolha do que vestir 
hoje.
Verificabilidade
A informação deve ser verificável. Isso 
significa que se pode conferi-la e assegu-
rar-se de que está correta.
Acessibilidade
A informação deve ser facilmente acessí-
vel pelos usuários autorizados. Obtê-la 
na forma correta e no tempo certo aten-
derá, certamente, às necessidades deles.
Segurança
A informação deve ser segura para possi-
bilitar seu acesso apenas por usuários 
autorizados. 
Fonte: Adaptado de STAIR; REYNOLDS, 2002, p. 6.
(Quadro 1.1 – conclusão)
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Quadro 1.2 – Informação de alta qualidade
Atributo Descrição
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Prontidão
A informação deve ser fornecida 
quando necessária.
Aceitação
A informação deve estar atualizada 
quando for fornecida.
Freqüência
A informação deve ser forne-
cida tantas vezes quantas forem 
necessárias.
Período
A informação pode ser fornecida 
sobre períodos passados, presentes 
e futuros. 
D
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Precisão
A informação deve estar isenta de 
erros.
Relevância
A informação deve estar relacio-
nada às necessi dades de informa-
ção de um receptor específico para 
uma situação específica.
Integridade
Toda a informação deve ser 
fornecida.
Concisão
Apenas a informação que for neces-
sária deve ser fornecida.
Amplitude
A informação pode ter um alcance 
amplo ou estreito e um foco interno 
ou externo. 
Desempenho
A informação pode revelar desem-
penho pela mensuração das 
atividades concluídas, do pro-
gresso realizado ou dos recursos 
acumulados. 
(continua)
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Clareza
A informação deve ser fornecida 
de uma forma que seja fácil de 
compreender.
Detalhe
A informação pode ser fornecida 
em forma detalhada ou resumida.
Ordem
A informação pode ser organizada 
em uma seqüência predeterminada.
Apresentação
A informação pode ser apresentada 
em forma narrativa, numérica, grá-
fica ou outras. 
Mídia
A informação pode ser fornecida 
na forma de documentos impres-
sos, em monitores de vídeoou em 
outras mídias.
Fonte: O’BRIEN, 2004, p. 25.
Pode-se afirmar que uma informação com alto grau 
de qualidade, ou seja, que atenda a todas as características 
necessárias para ser útil para a organização, é um instru-
mento valioso num processo de tomada de decisão acertado, 
coerente, dinâmico e que certamente gerará bons resultados. 
Com isso, então, estaremos desenvolvendo conhe cimento.
(1.3)
conhecimento
Os dados e as informações são a base do conhecimento, 
pois, sem eles, este não se estabelece. Vejamos o que nos 
trazem os autores. Para Stair e Reynolds6, “o conhecimento 
representa a percepção e a compreensão de um conjunto 
(Quadro 1.2 – conclusão)
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de informações e de como estas informações podem ser 
úteis para uma tarefa específica”. De acordo com O’Brien7, 
as “empresas geradoras de conhecimento exploram dois 
tipos de conhecimento. Um é o conhecimento explícito – 
dados, documentos, coisas escritas ou armazenadas em 
computadores. O outro é o conhecimento tácito – o ‘como 
fazer’ do conhecimento, que reside nos trabalhadores”.
Pode-se, então, perceber que, além de os dados, a infor-
mação e o conhecimento estarem diretamente interligados, 
é muito importante saber como usá-los quando se apresen-
tam em sua forma concreta (conhecimento explícito) ou em 
sua forma abstrata (conhecimento tácito), que representam, 
respectivamente, tudo o que está registrado formal e con-
cretamente e tudo o que está na mente dos colaboradores de 
uma organização. Mas, apesar de estarem interligados, são 
independentes, pois cada um tem seu momento, um será 
conseqüência do outro. Daí a necessidade de perceber mos 
que, assim como podem ser resultado, podem ser insumos 
do que passaremos a chamar de sistema de informação. Mas, 
afinal, o que é um sistema?
(1.4)
sistema
Antes de abordarmos os sistemas de informações geren-
ciais, vale lembrarmos Ludwig Von Bertalanffy, biólogo 
alemão que, no final da década de 1950, deixou obras sobre 
a Teoria Geral de Sistemas que representam um valioso 
legado para a informática e para a administração. 
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De acordo com Cavalcanti e Paulaa, “mais que uma me-
todologia, a Teoria Geral de Sistemas é um esqueleto, um 
modelo de análise do mundo empírico, um modelo de como 
analisar fenômenos complexos enquanto sistemas, um todo 
com partes inter-relacionadas”. Como os seres vivos – cuja 
existência envolve criação, evolução e decadência –, os sis-
temas são, segundo essa teoria, compos tos de subsistemas 
e todos envolvem a entrada, o processamento e a saída de 
dados, conforme é demonstrado na figura a seguir. 
Figura 1.1 – Esquema teórico de qualquer sistema
Meio Ambiente
Processamento
Entrada
Saída
Feedback
Sistema da empresa
Clientes Fornecedores
Órgãos 
reguladores Concorrentes
Fonte: Adaptado de ROSINI; PALMISANO, 2006, p. 3.
a. CAVALCANTI; PAULA citados por MARTINELLI; 
VENTURA, 2006, p. 8.
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Para Rosini e Palmisano8, “o conceito básico de siste-
mas de informações estabelece que todo sistema é um con-
junto de elementos interdependentes em interação, visando 
atingir um objetivo comum”. Segundo esses autores, “Há 
dois tipos de sistemas: aberto e fechado. O sistema aberto 
é o que sofre influências do meio e que, com suas ações, 
influencia o meio; o sistema fechado não sofre influências 
do meio nem o altera com suas ações internas”9.
As organizações enfrentam tempos de grandes mudan-
ças em todos os âmbitos, tanto tecnológico quanto político 
e social, o que acaba tornando necessário, constante e dinâ-
mico o processo de atualização e inovação. A capacidade de 
trabalhar com dados, informações e conhecimentos repre-
senta, assim, um diferencial competitivo das organizações. 
Para Bertolini e Silveira10, o pensamento sistêmico é algo 
intrínseco às pessoas, possibilitando uma visão do todo, e 
não apenas das partes, a percepção de que os sistemas em 
todos os âmbitos estão interligados e é preciso agir de acordo 
com essa inter-relação.
Surge, então, a necessidade de aprendermos um novo 
conceito: o de visão sistêmica. Entendemos como visão sis-
têmica a nossa capacidade de compreender que o todo é 
composto pelas partes e que as partes compõem o todo, e 
que tudo interage dentro da amplitude e da complexidade 
das empresas. Isso nos move a buscar compreender as for-
ças internas e externasb para entendermos a dinâmica orga-
nizacional, que novamente é representada pelo processo de 
entrada, processamento e saída. 
b. As forças internas envolvem as políticas internas, 
bem como os recursos humanos, financeiros, tecnoló-
gicos e materiais; as forças externas dizem respeito ao 
mercado, à concorrência, às normas governamentais, 
aos fornecedores, aos clientes, aos índices econômi-
cos internacionais etc.
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Ter visão sistêmica é ter consciência do universo de 
informações e processos envolvidos na tomada de decisões, 
bem como das relações entre essas informações e pro-
cessos, percebendo como interferem nos ambientes interno 
e externo da organização — considerados o meio ambiente, 
os clientes, os fornecedores, os sistemas, os órgãos regula-
dores e os concorrentes (Figura 1.1). 
Por fim, chegamos ao sistema de informações gerenciais, 
que Oliveira11 define como “o processo de transformação de 
dados em informações que são utilizadas na estrutura deci-
sória da empresa, proporcionando, ainda, a sustentação 
administrativa para otimizar os resultados esperados”.
Ou seja, transformamos dados em informações, infor-
mações em conhecimento e, com este, por meio da nossa 
visão sistêmica – ou seja, percebendo as interações e inter-
relações entre as informações de cada uma das áreas que 
compõem uma organização –, buscamos não apenas atin-
gir os resultados projetados, mas ir além deles.
atividade
Crie grupos de trabalho para discutir sobre as questões 
abaixo.
Por que o estudo dos sistemas de informações gerenciais a. 
é importante para as organizações?
Imagine que um indivíduo, ao repassar dados pessoais b. 
de uma pessoa física a uma pessoa jurídica, afirme que 
esses dados pertencem a outra pessoa. Você consegue se 
transportar para essa situação e vivenciá-la? Então, crie 
um exemplo que demonstre uma situação similar. 
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Considerando as características que agregam valor à c. 
informação (Quadro 1.1), identifique uma situação prá-
tica que sirva de exemplo para cada uma delas. 
Relate pelo menos uma situação empresarial em que foi d. 
possível identificar a visão sistêmica. 
Identifique em uma organização que você conhece todos e. 
os elementos que compõem a Figura 1.1.
( 2 )
processos organizacionais
Adriana Teresinha Rebechi Capellão
( )
apresentamos neste capítulo as particularidades 
que envolvem os processos organizacionais e sua função na 
busca do atingimento das metas e objetivos de uma organi-
zação, além das ferramentas que permitem a identificação 
dos elementos que compõem um sistema de uma empresa. 
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(2.1)
organogramas
As empresas são organizadas por meio do estabelecimento 
de padrões para as atividades que os seus colaboradores rea-
lizam, o que origina os cargos e as funções, bem como sua 
estrutura hierárquica. São também organizadas pela divi-
são do trabalho em unidades. Os organogramas são empre-
gadospara possibilitar uma visão panorâmica da empresa, 
considerados esses e outros modos de organização.
As estruturas podem se apresentar de diferentes for-
mas, cabendo lembrar que as estruturas mais clássicas 
estão sendo alteradas e substituídas por novas, como as or-
ganizações de estrutura celular, as sem centro, as em rede 
e as virtuais.
Segundo Cury1, “o organograma é conceituado como a 
representação gráfica e abreviada da estrutura da organi-
zação”. O mesmo autor aponta suas finalidades, que con-
sistem em representar:
os órgãos que compõem uma organização; ▪
as funções desenvolvidas de forma genérica; ▪
as relações de interdependência e as vinculações entre ▪
as partes; 
os níveis administrativos da organização; ▪
a organização hierárquica entre departamentos e/ou ▪
funções.
Vejamos, a seguir, um exemplo de organograma. 
Estratégia e Desem-
penho Empresarial
Novos Negócios
Recursos Humanos
Financeira
Corporativo
Planejamento 
Financeiro 
e Gestão de 
Riscos
Finanças
Contabilidade
Tributário
Relaciona -
mento com 
Investi dores
Gás e Energia
Corporativo
Marketing 
e Comercia-
lização
Logística e 
Participações 
em Gás 
Natural
Operações e 
Participações 
em Energia
Desenvol-
vimento 
Energético
Exploração 
e Produção
Corporativo
Engenharia 
de Produção
Serviços
Exploração
Pré-Sal
Norte-
Nordeste
Sul-Sudeste
Abastecimento
Corporativo
Logística
Refino
Marketing 
e Comercia-
lização
Petroquímica 
e Fertilizantes
Internacional
Corporativo
Suporte 
Técnico aos 
Negócios
Desen vol-
vimento de 
Negócios
Cone Sul
Américas, 
África e 
Eurásia
Serviços
Segurança, 
Meio Ambiente 
e Saúde
Materiais
Pesquisa e 
Desenvolvi mento 
(Cenpes)
Engenharia
Tecnologia da 
Informação e 
Telecomuni-
cações
Serviços 
Comparti lhados
Gabinete do 
Presidente
Secretaria Geral 
da Petrobras
Desenvolvimento de 
Sistemas de Gestão
Jurídico
Comunicação 
Institucional
Presidente
Comitê de 
Negócios
Diretoria Executiva
Ouvidoria Geral Auditoria Interna
Conselho de Administração
Conselho Fiscal
Figura 2.1 – 
Organograma 
da Petrobras
Fonte: 
PETROBRAS, 2008.
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Por essa figura, pode-se perceber que, de formas di-
ferenciadas, é possí vel representar graficamente nos or-
ganogramas órgãos, funções, atividades e tarefas. Esses 
elementos nos levam aos processos de trabalho, seqüên-
cias de atividades realizadas por meio do estabelecimento 
de regras, normas e procedimentos, com rotinas específi-
cas da organização.
(2.2)
processos
De acordo com Almeida, processo 
é o conjunto de recursos – humanos e materiais – dedicados 
às atividades necessárias à produção de um resultado final 
específico, independentemente do relacionamento hierárquico. 
Ou é a seqüência de atividades que transforma insumos em 
produtos finais, ou serviços, de valor muito maior para o 
cliente.2 [grifo nosso].
Aqui é importante lembrar que, segundo Rezende, 
as funções empresariais não devem ser confundidas com 
unidades departamentais ou setores da organização ou pes-
soas que realizam as tarefas, pois algumas organizações não 
necessariamente têm todas as funções organizacionais com 
departamentos equivalentes e com o mesmo nome.3 
Ou seja, os processos organizacionais ou empresariais 
são conjuntos de atividades, os quais, por sua vez, são con-
juntos de tarefas realizadas segundo uma rotina e proce-
dimentos específicos. 
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Segundo Cury4, podem ser assim classi ficados:
Processos de clientes ▪ – Relacionam-se com a confecção 
de um produto ou com a prestação de um serviço para 
um cliente externo da organização.
Processos administrativos ▪ – São invisíveis para o 
cliente externo, mas completamente necessários aos 
processos de gerenciamento do negócio.
Processos de gerenciamento ▪ – São aqueles fundamen-
tados nas decisões executivas.
A eficiência e a competitividade organizacionais são 
resultado da forma como as organizações harmonizam o 
trabalho, a informação e o conhecimento5.
Segundo Rezende6 e Oliveira7, as atividades empresa-
riais são as seguintes:
Produção ou Serviços ▪ – É a transformação das maté-
rias-primas em produtos e serviços. Exemplos: planeja-
mento e controle de produção ou serviços, engenharia 
do produto ou serviços, sistemas de qualidade e pro-
dutividade, custos de produção ou serviços, manuten-
ção de equipamentos, produtos ou serviços.
Comercial ou ▪ Marketing – Diz respeito à identificação 
das necessidades do mercado. Exemplos: planejamento e 
gestão de marketing, clientes e consumidores, pedidos de 
vendas, faturamento, administração de vendas, contra-
tos e distribuição, exportação, pesquisas e estatísticas.
Materiais e Logística ▪ – Refere-se ao suprimento de 
matéria-prima, serviços e equipamentos, bem como à 
normatização, ao armazenamento e à movimentação 
de materiais e equipamentos. Exemplos: fornecedores, 
compras ou suprimentos, estoque, recepção e expedi-
ção de materiais, importação.
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Finanças ▪ – Envolve o planejamento, a captação e a ges-
tão dos recursos financeiros. Exemplos: contas a pagar, 
contas a receber, movimento bancário, fluxo de caixa, 
orçamento, administração do capital, entre outras.
Recursos Humanos ▪ – É o planejamento e a gestão dos 
recursos humanos. Exemplos: recrutamento e seleção, 
administração de pessoal, férias, admissão e demissão, 
folha de pagamento, cargos e salários, treinamento e 
desenvolvimento, benefícios e assistência social, segu-
rança e medicina do trabalho.
Jurídico e Legal ▪ – Diz respeito à garantia do atendi-
mento às normas jurídicas que regem o funcionamento 
da organização. Exemplos: contabilidade, impostos e 
recolhimentos, ativo fixo ou patrimônio, livros fiscais 
de entrada e saída.
Administração de Serviços ▪ – Envolve atividades rela-
cionadas a serviços, como, por exemplo, transporte de 
pessoas, administração de escritórios, documentação, 
patrimônio e serviços jurídicos. 
Gestão Empresarial ▪ – Contempla planejamento empre-
sarial e desenvolvimento de sistemas, assim como 
gestão da tecnologia da informação, que se constitui 
em uma ferramenta para a integração das atividades 
empresariais. 
Os processos de trabalho – ou processos organizacio-
nais, ou ainda processos empresariais – podem ser mais 
bem organizados ou rearranjados conforme a necessidade 
da empresa. Para isso, pode-se usar o recurso da sua repre-
sentação gráfica por meio de fluxogramas.
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(2.3)
fluxogramas
Fluxograma é uma representação gráfica muito eficiente 
usada para a execução de análises administrativas. Por 
meio dele, pode-se representar as etapas necessárias para 
a realização de qualquer trabalho, atividade, tarefa, pro-
cesso, como, por exemplo, o desenvolvimento de um pro-
duto ou serviço. Ou seja, pode-se, por exemplo, representar 
a ordem de execução de determinada tarefa, criticá-la e, se 
necessário, construir um novo fluxograma, otimizando as 
informações representadas. 
Entre as vantagens de usar essa modalidade de repre-
sentação da informação, pode-se citar as se guintes:
Permite a verificação do funcionamento e da eficiência ▪
de componentes de sistemas, mecanizados ou não.
É aplicável a qualquer tipo de sistema e de empresa. ▪
Agiliza o processo de entendimento das alterações, ▪
quando se fizerem necessárias.
Facilita a documentação de processos para a verifica- ▪
ção de áreas a serem estudadas.
Propiciaa disciplina mental. ▪
Facilita a comunicação entre todas as partes de uma ▪
organização.
Pode-se usar diferentes tipos de fluxogramas. No en -
tanto, os mais adotados atualmente são o fluxograma 
verti cal e o de colunas. Vejamos a seguir um exemplo de 
fluxograma vertical.
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Figura 2.2 – Fluxograma vertical: processo de recebimento de matéria-prima
Confere com o 
pedido de compra
OK?
Recebe notas 
fiscais
Início
Aguarda 
novas entregas
Devolve lote 
ao fornecedor
OK?
Efetua testes 
de qualidade
Envia amostras 
para o laboratório
Envia lote 
ao depósito
Sim
Não
Sim
Não
Para concluir este capítulo, devemos lembrar que as 
atividades desenvolvidas nas empresas compõem um fa -
buloso recurso para maximizar o processo de organização 
das informações e, assim, trazer benefícios operacionais 
no momento da tomada de decisão.
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atividades
Reúna-se com dois ou três colegas e, juntamente com eles, 1. 
escolha determinada atividade empresarial. Depois, use 
uma das ferramentas (organograma ou fluxograma) para 
fazer a representação gráfica da atividade selecionada.
Pesquise e descreva outras ferramentas que, como as apre-2. 
sentadas, apóiam os gestores na organização de funções, 
atividades e processos.
( 3 )
como representar 
graficamente as informações 
Adriana Teresinha Rebechi Capellão
( )
no capítulo anterior, apresentamos os orga-
nogramas e os fluxogramas, que são as principais formas 
de representar graficamente o fluxo das informações que 
circulam em uma organização, bem como os processos das 
quais estas fazem parte.
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Neste capítulo, mostraremos os aplicativos que permi-
tem elaborar esses instrumentos. Quanto maior for a quali-
dade visual deles, mais fácil será a análise dos processos e 
do fluxo das informações na organização e mais bem ope-
racionalizados serão os processos de comunicação empre-
sarial, beneficiando, ao final, os processos de tomada de 
decisão.
Inicialmente, são três os aplicativos que podem ser usa-
dos: o Microsoft Word, o Microsoft PowerPoint e o Microsoft 
Excela. Esses aplicativos oferecem as ferramentas básicas 
para a representação gráfica das informações. No entanto, 
precisamos lembrar que cada uma delas tem uma finali-
dade diferente, respectivamente: editoração de textos, edi-
ção e exibição de apresentações, criação e manipulação de 
planilhas de cálculo. Ou seja, não são aplicativos específi-
cos para representação gráfica, embora possam ser facil-
mente empregados para esse fim.
(3.1)
ferramentas 
fluxograma e conectores
Como se pode visualizar na Figura 3.1, os aplicativos cita-
dos oferecem a possibilidade de trabalhar com a barra de 
ferramentas Desenho, que é exibida na parte inferior da 
janela e pode ser habilitada pelo usuário. Na ferramenta 
Desenho, existe a opção Autoformas, conforme é demons-
trado a seguir.
a. Nesta publicação foi usada a versão 2002 dos res-
pectivos aplicativos.
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Figura 3.1 – Ambiente de trabalho do Microsoft Word
Convém salientar que as ferramentas Fluxograma e Co-
nectores oferecem as mesmas facilidades nos três aplicati-
vos (Microsoft Word, Microsoft PowerPoint e Microsoft Excel). 
Vejamos, então, as possibilidades da ferramenta Fluxo-
grama.
Figura 3.2 – Ferramenta Fluxograma
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Ao selecionar a opção Fluxograma, pode-se escolher o 
tipo de representação gráfica desejada. Ao posicionar o 
ponteiro do mouse sobre uma figura, o sistema informa sua 
função, tal como demonstrado na Figura 3.2 (Fluxograma: 
Decisão), ou seja, trata-se de uma figura cuja função é 
representar ações de decisão (do tipo “Sim ou Não”).
Para inserir uma figura, deve-se primeiro selecioná-la e, 
depois, clicar no botão direito do mouse sobre algum ponto 
da área de edição – nessa etapa, o ponteiro é represen tado 
pelo símbolo “+”. Uma vez iniciada a inserção, deve-se 
manter o botão esquerdo do mouse pressionado para, desse 
modo, ser possível dimensionar a figura, conforme é ilus-
tra do a seguir. 
Figura 3.3 – A construção das figuras
Vejamos agora como trabalhar com a ferramenta Co -
nec tores. 
Figura 3.4 – Ferramenta Conectores
+
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A inserção de um conector é semelhante à de uma figura 
de fluxograma. Antes, é importante lembrar que se inclui 
um conector com a intenção de ligar duas figuras. Para 
tanto, deve-se selecionar o conector desejado (Figura 3.4) e 
posicioná-lo sobre a lateral de uma das figuras a serem liga-
das (Figura 3.5). Deve-se tomar cuidado com a escolha cor-
reta dos pontos de ligação, que são visíveis nas figuras.
Figura 3.5 – Inserção de um conector 
Também não se pode esquecer de identificar o depar-
tamento, o setor ou a atividade que cada figura representa 
(ver exemplo no tópico 2.3 do capítulo anterior). Para isso, 
deve-se pressionar o botão direito do mouse sobre a figura, 
para possibilitar a inserção do texto, conforme ilustrado na 
figura a seguir.
Figura 3.6 – Inserção de texto na figura geométrica
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Uma vez selecionada a opção Adicionar texto, basta 
di gitá-lo. Lembramos ainda que, após inserir um texto, 
pode-se usar as opções relativas à for matação da fonte, 
como tipo, tamanho, cores, linhas etc. 
(3.2)
ferramenta organograma
Como se pode visualizar a seguir (Figuras 3.7 e 3.8), o 
Microsoft Word, o Microsoft PowerPoint e o Microsoft Excel tam-
bém oferecem a possibilidade de trabalhar com organogra-
mas. Para tanto, basta selecionar as opções Inserir, Imagem 
e Organograma, conforme demonstrado na Figura 3.7, lem-
brando que essa possibilidade existe nos três aplicativos.
Figura 3.7 – Organogramas no Microsoft Word
Depois, basta seguir os comandos da tela.
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Figura 3.8 – A construção do organograma
Não se esqueça de salvar os arquivos diversas vezes, a 
fim de evitar que uma queda de luz, por exemplo, faça com 
que você perca seu trabalho.
Enfim, diversas são as ferramentas que nos possibilitam 
representar graficamente as informações e os processos 
nas organizações. É importante que você tenha contato com 
pelo menos uma delas, para agregar valor ao seu trabalho.
atividade
Escolha um dos aplicativos apresentados neste capítulo e 
elabore um organograma e um fluxograma.
( 4 )
infra-estrutura de ti
Iria Margarida Garaffa é bacharel em 
Administração, especialista em Sistema de 
Informação e Telemática, mestre em Ciência 
da Computação com ênfase em Sistemas de 
Informação pela Universidade Federal do Rio 
Grande do Sul (UFRGS). Atua como docente 
desde 1999 nos cursos de graduação e pós-
graduação em Administração da Universidade 
Luterana do Brasil (Ulbra). Além disso, trabalha 
há mais de 25 anos em empresas privadas 
como analista de sistemas, acumulando larga 
experiência em projetos e desenvolvimento de 
sistemas de informação.
Iria Margarida Garaffa
( )
neste capítulo, contemplamos uma abordagem 
conceitual sobre a infra-estrutura de TI normalmente usada 
nas empresas, tendo como objetivo permitir uma melhor 
compreensãosobre o seu emprego nas organizações. 
Os autores Laudon e Laudon1 afirmam que essa infra-
estrutura é formada por cinco componentes principais, 
coordenados entre si: hardware, software, tecnologias de 
gerenciamento de dados, tecnologias de redes e de teleco-
municações e serviços de tecnologia. 
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Genericamente, pode-se dizer, então, que a infra-estru-
tura de TI contempla a base que sustenta todos os sistemas 
de informação computadorizados de uma organização. Um 
sistema de informação baseado em computador é um sis-
tema que utiliza a infra-estrutura de TI para executar as 
funções desejadas. Pode compor-se de apenas um computa-
dor pessoal ou incluir uma rede de diversos computadores 
tamanhos, além com impressoras e outros equipamentos, 
bem como redes de comunicação e bancos de dados2. De -
talhamos, a seguir, os seus principais componentes.
(4.1)
hardware
O hardware é o equipamento físico usado para atividades 
de entrada, processamento e saída de um sistema de infor-
mação. Em um computador, é constituído pelos seguin-
tes componentes: dispositivos de entrada, dispositi vos de 
saída, unidade central de processa mento (CPU), memória 
prin cipal ou memória RAM, memória secundária e dispo-
sitivos de comunicação. 
Os dispositivos de entrada recolhem os dados e os con-
vertem para uma forma que o computador possa entender. 
O quadro a seguir apresenta um resumo dos principais 
deles.
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Quadro 4.1 – Dispositivos de entrada de dados
Dispositivo Descrição
Teclado
É o dispositivo mais amplamente usado 
para inserir dados textuais e numéricos 
nos sistemas de computação. 
Mouse
Dispositivo manual que serve para apon-
tar e clicar. Funciona com a interface grá-
fica com o usuário (GUI – Graphical User 
Interface).
Tela sensível 
ao toque*
Dispositivo pelo qual se pode inserir 
dados tocando-se a superfície sensibiliza da 
de um monitor de vídeo. Encontra-se 
freqüentemente esse tipo de tela em 
quiosques de informação instalados em 
shoppings, lojas de varejo, restaurantes etc.
Reconhe-
cimento 
óptico de 
caracteres
É um dispositivo que permite a inserção 
direta de dados no computador. O código 
óptico mais usado é o código de barras, 
comum em sistemas de pontos-de-venda 
de supermercados e lojas de varejo. 
Entrada 
por caneta 
(Stylus) 
Dispositivo que converte para formato 
digital os movimentos feitos por uma 
caneta eletrônica pressionada sobre uma 
tela sensível ao toque. 
Entrada de 
áudio
Dispositivos de entrada por voz que con-
vertem palavras faladas em formato digital 
para processamento por computador. 
Fonte: Adaptado de Laudon; Laudon, 2007, p. 108.
Nota: * A Microsoft prevê o uso desse recurso para a próxima versão do Windows, 
que sucederá o Windows Vista, com previsão de lançamento em 2010, de acordo com 
reportagem publicada na Folha Online em 28 de maio de 2008.
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Os dispositivos de saída apresentam os dados processa-
dos de uma forma que as pessoas possam entendê-los. Os 
principais são: a saída de voz (converte dados digitais em 
fala inteligível), o monitor (tela de vídeo que mostra entra-
das e saídas) e a impressora (de impacto, a laser, a jato de 
tinta, de transferência térmica e plotadora). 
A CPU manipula os dados e controla as tarefas realiza-
das pelos outros componentes. 
A memória principal ou memória RAM (armazena-
mento interno) armazena temporariamente dados, resulta-
dos e instruções de programação durante o processamento 
e caracteriza-se por ser volátil, isto é, as informações são 
perdidas com o desligamento do computador. 
A memória secundária (armazenamento externo) é 
separada da memória principal e da CPU, mas se conecta 
diretamente a elas por meio do hard disk (HD) ou disco 
rígido, do compact disc (CD), do digital video disc (DVD), do 
pendrive etc., tendo como finalidade armazenar dados e 
programas permanentemente. 
Por fim, os dispositivos ou redes de comunicação usam 
diferentes meios de transmissão física de dados, tais como 
par trançado, cabo coaxial, fibra óptica, meios de trans-
missão sem fio, que permitem compartilhar arquivos, pro-
gramas e recursos diversos entre as redes de computadores 
de uma empresa3. 
Há computadores de todos os tamanhos, com diferen-
tes recursos e capacidade para o processamento de dados. 
Eles se distinguem pela capacidade de processamento e 
são classificados conforme se mostra a seguir. 
Supercomputador
É um computador sofisticado que tem mecanismos de 
computação extremamente rápidos, permitindo executar 
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tarefas que requerem cálculos complexos. Usa a tecnologia 
de processamento paralelo, em que a maior parte do pro-
cessamento das transações é executada ao mesmo tempo 
 (paralelamente). Sua velocidade é medida em teraflopsa. 
De acordo com Turban, McLean e Wetherbe4, os super-
computadores são utilizados, geralmente, nas áreas cientí-
fica e militar. Os autores citam alguns exemplos de uso: 
fazer previsões climáticas, projetar aeronaves (o Boeing 
777, por exemplo), criar cenas e efeitos especiais em filmes 
(como o Parque dos dinossauros). Um exemplo de supercom-
putador é o IBM Blue Gene/L, composto por 131.072 pro-
cessadores PowerPC e tem 32 terabytesb de memória RAM.
Mainframe
É um computador de grande porte, com alto desempenho 
e capacidade para processar grande quantidade de dados 
com extrema velocidade. Oferece serviços de processa-
mento aos usuários por meio de milhares de terminais 
conectados diretamente ou por meio de uma rede. Com-
panhias aéreas, por exemplo, “usam mainframes para pro-
cessar mais de três mil reservas por segundo”5. 
 
a. Esse indicador é usado para medir o desempenho 
de um computador. Em informática, é o acrônimo 
de Floating Point Operations per Second (“operações 
de pontos flutuantes por segundo”). Portanto, um 
 teraflop equivale a um trilhão de pontos flutuantes por 
segundo. É um valor utilizado para indicar a taxa de 
velocidade dos microprocessadores (em computado-
res), expressando, desse modo, a performance do mi-
croprocessador.
b. Unidade de armazenamento de dados. Um terabyte 
equivale a 1.024 gigabytes.
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Estação de trabalho (workstation)
Uma workstation tem grande capacidade de processamen-
tos gráfico e matemático, possibilitando realizar cálculos 
com altíssima velocidade, tais como os relacionados ao 
desenho assistido por computador (CAD). Esses computa-
dores encontraram ampla aceitação na comunidade cientí-
fica e no setor empresarial.
Computador pessoal (PC)
Também chamado de microcomputador, é a categoria menor 
e mais barata de computadores de uso geral. Eles podem 
ser subdivididos em categorias, com base em seu tama-
nho: desktop, laptop, notebook, palmtop e assistente pessoal di-
gital (PDA – Personal Digital Assistant). A categoria desktop, 
é um tipo de microcomputador que se usa em “mesa”. 
Normalmente são modulares e seus componentes podem 
ser substituídos. 
Os laptops e os notebooks (também chamados de 
 minilaptops, pois são laptops menores) são microcomputa-
dores portáteis e, por isso, são leves e pequenos. Foram 
projetados para oferecer maior conforto e mobilidade, per-
mitindo aos usuá rios acesso a dados sem ficarem presos ao 
ambiente do escritório. 
Os palmtops são microcomputadores pequenos o bas-
tante para serem carregados na mão. Apesar de serem 
capazes de realizar atividades de computação geral, eles 
normalmente são configurados para aplicações específicas 
etêm um limite de possibilidades para entrada e saída de 
dados. 
O PDA é um computador palmtop que tem um sistema 
operacional multitarefa e entrada de dados por meio de 
caneta, em vez de teclado. Difere de outros computadores 
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pessoais pelo fato de ser especialmente configurado para 
usuários individuais, podendo ser considerado antes um 
dispositivo de computação do que um computador de uso 
geral. Alguns PDAs permitem ao usuário comunicar-se via 
fax, correio eletrônico e paging ou acessar serviços on-line, 
conforme esclarecem Turban, McLean e Wetherbe6. 
Computador de vestir (wearable computer)
É projetado para ser usado no corpo. Esse tipo de computa-
dor é empregado, por exemplo, em sistemas para automação 
de fábricas e gerenciamento de depósitos e na visualização 
de manuais técnicos ou diagramas enquanto se constrói 
ou se repara algo. A empresa United Parcel Service (UPS), 
por exemplo, emprega essa tecnologia para a entrega de 
encomendas – seus mensageiros carregam uma prancheta 
eletrônica – e os governos têm avaliado esses dispositivos 
para possível uso militar.7 
A área da saúde também está se beneficiando dessa tec-
nologia. Um exemplo é o sistema biométrico da LiveShirt®, 
um computador de vestir que “coleta, analisa, monitora e 
alerta, de forma autônoma, variáveis biomédicas de seu 
portador, como temperatura corporal (interna e ao nível da 
pele), batimento cardíaco, pressão sanguínea, CO2 no san-
gue, ritmo cerebral etc.”, segundo observado por Mandel6. 
Computador embutido
É colocado dentro de outros produtos para aumentar seus 
recursos e habilidades. Por exemplo, um automóvel de 
ta manho médio tem mais de 3 mil computadores embuti-
dos, chamados de controladores, que monitoram cada função, 
desde os freios até o desempenho do motor e os controles 
de assento com memória. Outros dispositivos desse tipo 
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são os crachás ativos e os botões de memória. Os crachás 
ativos podem ser usados como crachás de identificação. 
Eles ficam conectados aos computadores e dispositivos 
de comunicação da empresa enquanto os funcionários se 
movem pelas suas instalações. Os botões de memória são 
dispositivos pequenos, do tamanho de uma moeda, que 
armazenam um conjunto de dados, comunicando-se com 
qualquer coisa à qual estejam conectados. São semelhantes 
a um código de barras, mas têm mais conteúdo informa-
cional, o qual é sujeito a alterações, de acordo com Turban, 
Rainer Jr. e Potter9.
(4.2)
redes de computadores 
Atualmente, empresas dos mais diversos portes, ramos e 
atividades têm seus computadores interligados em rede, o 
que facilita o intercâmbio de dados e a integração de diver-
sos sistemas10. 
Turban, Rainer Jr. e Potter11 definem uma rede de com-
putadores como “um sistema que conecta computadores 
através de meios de comunicação de modo a possibilitar 
a transmissão de dados entre eles”. É a ligação entre dois 
ou mais computadores para compartilhamento de dados, 
aplicativos, recursos e periféricos. 
Independentemente do tamanho da rede ou da sua 
complexidade, o seu objetivo básico é garantir que todos 
os recursos sejam compartilhados rapidamente, com segu-
rança e de forma confiável. Para que os dados trafeguem 
em uma rede, é necessário um meio de comunicação (canal), 
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que pode ser um cabo (par trançado, cabo coaxial e cabo de 
fibra óptica, por exemplo) ou uma tecnologia sem fio (rádio, 
celular, transmissão por microondas, satélite). 
Conforme Laudon e Laudon12, a maioria das redes conta 
com um switch ou hub. Um hub é um dispositivo que tem a 
função de conectar os componentes de uma rede, enviando 
pacotes de dados de um computador para todos os outros 
dispositivos. Um switch é um aparelho semelhante ao hub, 
entretanto mais sofisticado, pois possibilita filtrar dados 
para um usuário específico e cria, assim, uma espécie de 
canal de comunicação exclusivo entre a origem e o destino, 
contribuindo para aumentar o desempenho da rede. 
Quando há uma ligação entre duas ou mais redes, é 
necessário um roteador – processador de comunicações 
inteligente que interconecta várias redes – para que um 
pacote de dados possa ser encaminhado até seu destino13. 
Há vários tipos de redes, como as redes de alcance 
local (LAN – Local Area Network), de alcance metropolitano 
(MAN – Metropolitan Area Network), de longo alcance ou 
área global (WAN – Wide Area Network), de alcance pessoal 
(PAN – Personal Area Network) e a internet.
Uma LAN conecta dois ou mais computadores entre 
si, em uma região geográfica limitada, variando de poucos 
a aproximadamente mil metros (ver Figura 4.1a). Pode-se 
também dizer que redes locais conectam computadores e 
outros dispositivos em uma área física limitada, tais como 
escritórios, salas de aula, prédios, fábricas. Em geral, a co-
municação física é feita por cabo, embora esteja em amplo 
crescimento o uso de sistemas de comunicação sem fio14.
A rede MAN é maior do que a LAN, podendo atingir 
alguns quilômetros. É geralmente usada para interligar as 
redes LAN de diferentes unidades de uma mesma orga-
nização, conforme apresentado na Figura 4.1b. Côrtes15 
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elucida que a conexão entre as redes pode ser realizada 
por meio de linhas dedicadas (fibra óptica, por exemplo) ou 
por conexão direta (rádio ou internet). 
As redes de computadores que cobrem uma ampla área 
geográfica denominam-se redes de longo alcance, redes de área 
global ou WANs. São redes de banda largac, normalmente de 
acesso público, que podem interligar diferentes LANs ou 
MANs. A comunicação geralmente é efetuada por linha dedi-
cada ou pela internet. No primeiro caso, contrata-se uma linha 
de transmissão de dados de empresas de telefonia ou de pro-
vedores globais de serviços de comunicação16. No segundo, 
conecta-se uma LAN à internet e, com softwares específicos, 
faz-se a interligação entre redes diferentes. A Figura 4.1c apre-
senta o exemplo de uma WAN insta lada em uma empresa 
que tem matriz em Porto Alegre e filial em Belém – nesse caso, 
existe uma LAN em Porto Alegre e uma em Belém. 
Quanto à rede PAN, ela é usada para conexões de 
curta distância, em geral de poucos centímetros até pou-
cos metros com o objetivo de solucionar problemas especí-
ficos, como conexão à internet, impressão ou transferência 
de arquivos. Seu uso normalmente se concentra em equipa-
mentos como PDA, desktop, laptop, notebook e palmtop ou que 
usam tecnologias do tipo wireless, como Bluetooth®, infrared 
ou mesmo Wi-Fi®, as quais serão abordadas na continuidade 
deste capítulo. 
Como destacam Turban, Mclean e Wetherbe17, existe tam-
bém a rede de valor agregado (VAN – Value Added Network), 
um tipo importante de WAN. Adotada somente para tráfego 
de dados, é uma rede privada gerenciada por terceiros que 
c. Banda larga diz respeito à tecnologia de alta velo-
cidade usada para a transmissão de dados. Designa 
também um meio de comunicação único que permite 
a transmissão simultânea de dados.
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pode diminuir os custos dos serviços e do gerenciamento da 
rede, pois é usada por diversas empresas. Os assinantes eco-
nomizam nos preços das linhas e nos custos de trans missão, 
pois estes são pulverizados entre seus inúmeros usuários. 
As VANs podem oferecer serviços de teleconferência e de ar-
mazenamento de mensagens, entre outros.
Por último, há a rede privada virtual (VPN – Virtual 
Private Network), que consiste em uma rede remota ope-
rada por terceiros e que usa a internet como sua principalestrutura. Para Turban, Rainer Jr. e Potter19, a VPN pode ser 
empregada para estabelecer uma ligação entre uma LAN 
empresarial e a internet e é uma forma de permitir acesso 
controlado ao correio eletrônico, a arquivos compartilhados 
ou à intranet por meio de uma conexão de internet. O pro-
vedor VPN gerencia a segurança (como a autenticação, por 
exemplo), permitindo, assim, o acesso seguro à intranet de 
uma empresa. Segundo O’Brien20, as VPNs permitem a uma 
empresa usar a internet para obter intranets seguras entre 
suas filiais e unidades de produção, bem como estabelecer 
extranetsd seguras com seus clientes e fornecedores. 
(4.3)
tipos de 
processamento em rede 
Em uma rede de computadores, existem sistemas centra-
lizados ou distribuídos de processamento. Na arquitetu ra 
centralizada, o processamento é realizado por um compu-
d. Intranets e extranets constituem-se em dois tipos 
de rede que se baseiam na internet, conforme é abor-
dado no tópico 4.4.
a) Exemplo de 
LAN (Local 
Area Network)
b) Exemplo de MAN 
(Metropolitan Area 
Network)
c) Exemplo de WAN 
(Wide Area Network)
BelémManaus
Rio de Janeiro
Porto Alegre
Compras
Financeiro Produção
Contabilidade Vendas
Hub
Figura 4.1 – 
Exemplo de redes 
LAN, MAN e 
WAN 
Fonte: Adaptado de 
CÔRTES, 2008, p. 156.
Linha 
dedicada
(fibra óptica, 
por exemplo)
Comunicação 
via rádio
Comunicação 
via internet
Área 
administrativa
Central de 
distribuição
Fábrica
tador central denominado de host (hospedeiro) ou servi dor , 
que tem grande capacidade de pro cessamento e armaze-
namento interno. Diversos equipamentos periféricos que 
não têm processadores internos, como os terminais basea-
dos em Windows (WBT – Windows Based Terminal)e e as im-
pressoras, podem ser conectados a um host, permitindo a 
inserção, distribuição, armazenamento ou comunicação 
de informações por meio desses equipamentos21.
O processamento distribuído divide o trabalho de pro-
cessamento entre dois ou mais computadores. Conforme 
Laudon e Laudon22, um tipo comum de processamento dis-
tribuído é baseado na arquitetura cliente/servidor. Em uma 
rede que usa essa arquitetura, os computadores são interco-
nectados por redes locais e compartilham o processa mento 
de aplicações com o servidor23. 
Para Turban, Rainer Jr. e Potter24, um servidor é um 
computador agregado a uma rede que compartilha servi-
ços de computação entre os clientes dela. Por exemplo, um 
servidor web é a máquina que faz o papel de repositório 
das informações contidas na intranet. É lá que os clientes 
vão buscar páginas HTML, mensagens de e-mail ou qual-
quer outro tipo de arquivo. 
Um cliente é um computador agregado a uma rede que 
requisita ao servidor aplicações, dados, processamento e 
outros serviços. Por exemplo, quando alguém envia um 
e-mail, está acessando um servidor que disponibiliza esse 
serviço ou, quando um servidor armazena e disponibiliza 
e. Um WBT é um subconjunto do computador de rede 
que oferece menos recursos que os microcomputado-
res, permitindo, assim, reduzir os custos de manu-
tenção e de suporte. Os usuários do WBT têm acesso a 
aplicativos Windows por meio de servidores centrais, 
mas, na prática, é como se esses aplicativos estives-
sem rodando localmente. 
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um banco de dados por meio de um software aplicativo (um 
sistema de informação), possibilita ao cliente que acesse e 
opere esse sistema por meio de uma LAN ou da internet, 
isto é, consulte, altere e exclua dados, tal como ocorre com 
os bancos, nos sistemas de internet banking.
Protocolos
A conexão de equipamentos por meio de rede (LAN, MAN, 
WAN etc.) é viabilizada pelo uso de protocolos, cuja apli-
cação é padronizar a comunicação entre equipamentos e 
redes dos mais diversos tipos. Segundo Laudon e Laudon25, 
um protocolo “é composto de um conjunto de regras e pro-
cedimentos que comanda a transmissão de informações, 
entre dois pontos de uma rede”. Ele permite a troca de 
dados entre computadores que usam diferentes platafor-
mas de hardware ou de software.
Côrtes26 esclarece que há diversos protocolos, sendo 
o mais utilizado o TCP/IP (Transmission Control Protocol/
Internet Protocol). O TCP lida com o tráfego de dados entre 
os computadores. Tem recursos para recuperação de dados 
perdidos, eliminação de dados duplicados e restabele-
cimento de comunicação interrompida. O IP fornece um 
endereço para cada máquina ligada na rede, promovendo 
a entrega dos dados entre os computadores. 
Dispositivos sem fio
O uso de dispositivos sem fio (wireless) para conexão com 
redes locais ou com a internet está se disseminando rapi-
damente, substituindo ou complementando a computação 
com fio. 
A tecnologia wireless usa ondas eletromagnéticas (em 
vez de fios ou cabos), que transportam os sinais entre dis-
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positivos de comunicação. Alguns exemplos são: ondas de 
rádio, microondas, ondas infravermelhas28. 
De acordo com Turban, Rainer Jr. e Potter23, essa tec-
nologia viabiliza a computação móvel entre um disposi-
tivo móvel (PDAs, notebooks, telefones celulares) e outros 
ambientes de computação, como a internet ou uma intranet. 
Além disso, permitiu o surgimento do comércio móvel e da 
computação ubíqua. O comércio móvel, também denomi-
nado de m-commerce, refere-se às transações de comércio 
eletrônico realizadas em um ambiente sem fio, por meio da 
internet, e a computação ubíqua, à capacidade de estabele-
cer conexões com ou sem fio a uma rede global, a qualquer 
momento, nas mais variadas situações. 
Laudon e Laudon29 destacam que são vários os bene-
fícios da computação sem fio para uma organização: faci-
lita o contato com clientes, fornecedores e colaboradores; 
a estrutura organizacional torna-se mais flexível; diminui 
os custos de instalação ou de extensão de redes de compu-
tadores e, mais importante que isso, viabiliza a criação de 
novos modelos de negócios e de novos produtos ou servi-
ços para os clientes. 
Na última década, novos padrões foram estabelecidos, 
em decorrência do surgimento das tecnologias de comuni-
cação sem fio. Entre eles, podemos citar o Bluetooth®, o Wi-Fi®, 
o Wi-MaxTM, o infrared e o RFID30, que serão examinados a 
seguir:
Bluetooth ▪ ® – Permite a troca de dados entre dispositivos 
de computação (como telefone celular, notebook, PDA, 
teclado, mouse, impressora, câmera fotográfica digital, 
entre outros) por meio de radiofreqüência. A distância 
de comunicação pode variar de 10 centímetros até 100 
metros. 
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Wi-Fi ▪ ® (Wireless Fidelity) – É adotado pela maioria dos 
fabricantes de hardware/software para redes locais sem 
fio (WLANsf). As WLANs oferecem acesso rápido à 
internet ou à intranet por banda larga, por meio de 
redes públicas instaladas em aeroportos, hotéis, cafés, 
universidades, casas, escritórios e outros. A distância 
de comunicação pode variar de 10 a 50 metros. 
WIMAX ▪ TM (Worldwide Interoperability for Microwave 
Access) – Esse padrão é similar ao Wi-Fi®, mas seu alcance 
de acesso sem fio é de até 40 quilômetros. Sua velocidade 
é maior que a dos outros padrões, além de possibilitar 
que um maior número de usuários se conecte à rede. 
Permite também interconectar diversas redes menores, 
além de viabilizar o acesso à internet em áreas rurais 
ou periferias urbanas que não têm infra-estrutura de 
linhas ADSL. 
Infrared ▪ – A radiação infravermelha (infrared) é empre-
gada para conexão sem fio de curta distância, para 
transmissão de dados e para conexão de periféricos 
(teclado, mouse e impressora). 
RFID ▪ (Radio Frequency Identification)– Também cha-
mado de identificação por radiofreqüência (por usar ondas 
de rádio), o RFID é uma tecnologia similar ao código de 
barras, sendo empregado para a identificação e a captura 
de dados automáticos. Os sistemas RFID usam minús-
culas etiquetas (tags) com microchips embutidos, os quais 
contêm dados sobre um item e sua localização. Essas eti-
quetas transmitem sinais de rádio a curta distância para 
leitores RFID, os quais, por sua vez, enviam os dados 
por rede a um computador, para processamento. Os 
f. Uma WLAN é similar a uma LAN, mas sem fio.
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dados embutidos no microchip permitem a identificação 
de um item numa linha de produção e de mercadorias 
em trânsito, assim como a localização e a identificação 
de um veículo, de um animal ou de um indivíduo. 
(4.4)
a internet e os 
negócios eletrônicos
De maneira simples, pode-se definir a internet como uma 
rede mundial de computadores, ou melhor, como uma rede 
que envolve milhares de outras. 
Internet: histórico e funcionamento
A internet teve início na década de 1970 como uma rede do 
Departamento de Defesa dos Estados Unidos. Inicialmente 
denominada de Arpanet, tinha o propósito de conectar cien-
tistas e pesquisadores ao redor do mundo. Turban, McLean 
e Wetherbe31 acentuam que, em 1993, empresas comerciais 
tiveram permissão de participar da Arpanet, que passou a 
se chamar internet.
É possível conectar-se à rede mundial de computado-
res por meio de um provedor de serviços de internet (ISP – 
Internet Service Provider), mediante o pagamento de uma 
assinatura – mas há também provedores gratuitos. Um ISP 
é uma organização comercial que tem conexão perma nente 
com a internet e vende conexões temporárias a assinan-
tes. Linhas telefônicas, linhas a cabo (NET) ou tecnologias 
wireless são alguns dos recursos disponíveis para realizar 
essas conexões32. 
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A internet está baseada no pacote de protocolo de rede 
TCP/IP e na tecnologia cliente/servidor, descritos ante rior-
mente neste capítulo. Um cliente solicita os serviços por 
meio de um software de navegação – também conhecido 
como browser –, como o Microsoft Internet Explorer ou o 
Mozilla Firefox, por exemplo. Todos os dados são arma-
zenados em um servidor, tornando-se, assim, disponíveis 
para o acesso dos clientes33. 
A world wide web (web) é um sistema com padrões uni-
versalmente aceitos para armazenar, recuperar, formatar e 
apresentar informações. As páginas da web são baseadas em 
uma linguagem padrão de hipertexto (HTML – Hypertext 
Markup Language), a qual permite formatar documentos, 
bem como criar ligações (links) entre documentos, estejam 
estes armazenados no mesmo computador ou em compu-
tadores remotos. Essas páginas são acessadas por meio do 
protocolo de transferência de hipertexto (HTTP – Hypertext 
Transfer Protocol), que é o padrão de comunicação usado para 
transferir páginas na web34. Assim, quando se digita um 
endereço web em um navegador, como http://www.ulbra.br, 
este envia uma requisição HTTP ao servidor ulbra.br para 
solicitar acesso à homepage dessa universidade. 
A intranet (ou web interna) é o uso das tecnologias e 
protocolos da internet para criar uma rede privada, em 
que o acesso é geralmente restrito aos membros de uma 
organi zação. Essas redes são projetadas para serem aber-
tas, seguras e internas, e o software de navegação usado 
possibilita que os usuários acessem informações e serviços 
usando conceitos e ferramentas da web35. Por exemplo, com 
a intranet, um gerente de Recursos Humanos, usando um 
navegador, consegue visualizar currículos de funcionários, 
acessar as normas e procedimentos da empresa, além de 
revisar qualquer documento desejado. 
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A extranet é uma extensão da intranet. Por meio dela, 
os usuários remotos podem se conectar de forma segura, 
via internet ou redes privadas, à intranet principal de uma 
organização. Segundo O’Brien36, ela ofere ce acesso limi-
tado às intranets das empresas participantes, usando as 
mesmas tecnologias da internet. Por exemplo, a Ulbra dis-
ponibiliza o seu portal corporativo para acesso de alunos 
e professores no endereço http://www.ulbra.br – essa é a 
interface da extranet. No entanto, há conteúdos e servi-
ços restritos apenas aos professores, que têm uma senha 
que lhes permite, por exemplo, acessar o banco de dados 
e alimentar as notas dos alunos e o conteúdo das discipli-
nas. Há também áreas restritas aos alunos, nas quais eles 
podem consultar suas notas, o conteúdo das disciplinas, 
seu histórico escolar, entre outros dados. Para acessá-las, 
eles devem informar sua senha.
Outro conceito importante é o de portal corporativo, 
também conhecido como portal empresarial. Baseado na 
web, é desenvolvido a partir de aplicações de intranet das 
empresas para fornecer informações de diferentes siste-
mas aos membros da empresa a partir de um único ponto 
de acesso. Tem função de apoio, uma vez que oferece infor-
mações para dar suporte às decisões da organização37. 
Negócios eletrônicos 
Mais conhecidos como e-business, os negócios eletrônicos re-
ferem-se ao uso das tecnologias da informação e da internet 
para a realização das atividades internas da empresa e para 
a integração com seus parceiros de negócio (clientes, forne-
cedores etc.). Têm como principal objetivo efetuar as transa-
ções eletrônicas de uma organização. Com eles, é possível, 
por exemplo, a compra e venda de bens e serviços, o atendi-
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mento aos consumi dores, a colaboração com parceiros co-
merciais e a realização de transações dentro da empresa38. 
Enquanto estratégia, os negócios eletrônicos contri-
buem para diminuir custos, eliminar a ineficiência, melho-
rar a qualidade do fluxo das informações, pela redução ou 
eliminação de erros, e reduzir o tempo de ciclo para a exe-
cução de transações comerciais, simplificando a coorde-
nação e a colaboração ao longo da cadeia de suprimento, 
conforme esclarecem Laudon e Laudon39. 
O comércio eletrônico, também chamado de e-commerce, 
é parte integrante do e-business e envolve especialmente 
compra e venda de produtos e serviços pela internet, ati-
vidades de marketing, suporte ao cliente, segurança, paga-
mento e logística31. É comum que os dois termos – e-business 
e e-commerce – sejam empregados indis tintamente. 
Existem vários modelos de comércio eletrônico. Sob o 
ponto de vista de Turban e King32, os principais são: 
Empresa-a-empresa (B2B ▪ – business to business) – São 
transações em que tanto compradores quanto vende-
dores são organizações. Um exemplo é uma empresa 
que usa a rede para fazer solicitações aos seus fornece-
dores, receber pedidos e fazer pagamentos. 
Empresa-a-consumidor (B2C ▪ – business to con sumers) – 
Nesse caso, os vendedores são organizações e os com-
pradores, indivíduos. É a categoria de varejo eletrônico. 
Existem shoppings eletrônicos por toda a internet, ofe-
recendo de tudo, desde bolos e vinhos a computado res 
e carros. 
Consumidor-a-consumidor (C2C ▪ – consumer to con sumer) – 
São transações em que os indivíduos vendem produtos 
ou serviços a outras pessoas. Um exemplo são os classi-
ficados eletrônicos.
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Governo eletrônico ( ▪ e-government) – Nesse caso, o go -
verno fornece serviços aos seus cidadãos, empregando 
as tecnologias da internet. Um exemplo é o site da 
receita federal: http://www.receita.fazenda.gov.br.
Comércio móvel ( ▪ m-commerce) – É o comércio eletrônico 
que envolve o uso de um dispositivo portátil e sem fio, 
como o telefonecelular, por exemplo.
O e-business melhora o resultado das empresas, pois 
emprega tecnologias eletrônicas e padrões universais e 
abertos para a interligação de seus clientes e parceiros de 
negócios. Contribui também para o fortalecimento das 
relações entre empresas parceiras e entre as empresas e o 
consumidor final. 
atividade
Marque V para as proposições verdadeiras e F para as falsas.
Os dispositivos de entrada de um sistema de compu-( ) 
tação fornecem dados aos seus usuários.
Uma rede de alcance local (LAN) conecta computa-( ) 
dores e outros dispositivos dentro de uma área física 
limitada.
Uma rede de área global (WAN) cobre grandes áreas ( ) 
geográficas.
A extranet é uma extensão da intranet. Por meio dela, ( ) 
os usuários remotos se conectam de forma segura, 
via internet ou redes privadas, à intranet principal de 
uma organização.
Uma rede de valor agregado (VAN) é considerada um ( ) 
tipo importante de LAN. 
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Uma rede de valor agregado (VAN) é uma rede pri-( ) 
vada usada somente para tráfego de dados. 
Uma rede privada virtual (VPN) pode ser empregada ( ) 
para estabelecer uma ligação entre uma LAN empre-
sarial e a internet. 
Os supercomputadores e os ( ) mainframes são usados 
por pequenas empresas. 
Em uma rede cliente/servidor, o servidor é o compu-( ) 
tador principal, tendo como função fornecer serviços 
aos clientes dessa rede. 
Em uma rede cliente/servidor, um cliente é um com-( ) 
putador agregado a uma rede que usa os recursos por 
ela disponibilizados. 
( 5 )
infra-estrutura de ti: 
software
Iria Margarida Garaffa
( )
neste capítulo, abordaremos aspectos relaciona-
dos ao software e ao gerenciamento de dados, complemen-
tando as informações sobre a infra-estrutura de TI vistas 
no capítulo anterior. Salientamos que esse estudo se torna 
relevante, na medida em que é preciso ter uma compreen-
são cada vez melhor sobre a complexidade das tecnologias 
e dos softwares empregados nas organizações. 
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(5.1) 
software básico e 
software aplicativo
Como vimos no capítulo anterior, a infra-estrutura de TI é 
formada por hardware, software e tecnologias de gerencia-
mento de dados. Para usar o hardware, é necessário o soft ware, 
pois o computador não consegue executar nenhuma ação 
sem receber instruções. Essas instruções são codificadas 
pelo que chamamos de linguagens de programação, usadas 
para o desenvolvimento de softwares ou programas.
Existem dois tipos principais de software: o básico e o apli-
cativo1. O software básico, também denominado de soft ware 
de sistema, atua como intermediário entre o hardware e o 
 software aplicativo, por meio de um conjunto de instruções. 
Já o software aplicativo visa atender às necessidades 
específicas de uma pessoa ou organização, como é o caso, 
por exemplo, de um programa desenvolvido para o Depar-
tamento de Recursos Humanos de uma empresa. Segundo 
Turban, Rainer Jr. e Potter2, é projetado para realizar uma 
tarefa ou processamento específico. É interessante obser-
var que o termo sistema de informação é normalmente usado 
como sinônimo de software aplicativo. 
Pela Figura 5.1, pode-se perceber que o software básico é 
um intermediário entre o hardware e o software aplicativo e, 
portanto, este não pode ser executado sem aquele.
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Figura 5.1 – Software básico e software aplicativo
Software
aplicativo
Software
básico
Hardware
Fonte: Turban, McLean e Wetherbe, 2004c, p. 2.
Segundo Turban, McLean e Wetherbe3, o software básico 
pode ser agrupado em três modalidades: suporte do sis-
tema, desenvolvimento do sistema e controle do sistema.
Os programas de suporte do sistema oferecem suporte 
às operações e aos usuários, servindo para executar tarefas 
comuns, como verificar a integridade de discos magnéticos, 
criar diretórios e subdiretórios, restaurar arquivos apaga-
dos por engano, localizar arquivos em diretórios, geren-
ciar o uso da memória, entre outras.
Os programas de desenvolvimento do sistema são tec-
nologias empregadas pelos especialistas de TI para desenvol-
ver os programas que compõem um sistema de informação. 
Entre eles, os principais são os tradutores e editores de lin-
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guagens de programação e os pacotes de ferramenta Casea 
(Computer-Aided Software Engineering – Engenharia de Soft ware 
Assistida por Computador).
Os programas de controle do sistema são aqueles que 
controlam o uso do hardware, do software e dos recursos de 
dados. O mais importante programa dessa categoria é o 
sistema operacional (SO), que gerencia, controla e super-
visiona as atividades e a operação geral do computador. O 
SO executa várias funções. As principais são4: 
Gerenciamento de tarefas ▪ – Envolve o preparo, o agen-
damento e o monitoramento de tarefas em um sistema 
com putacional. 
Gerenciamento de recursos ▪ – Abrange o controle sobre 
o uso dos recursos do sistema computacional tanto pelo 
software básico quanto pelos softwares aplicativos. O SO 
gerencia, por exemplo, as memórias principal e secun-
dária, os dispositivos de entrada e saída e o tempo de 
processamento da CPU.
Gerenciamento de dados ▪ – Refere-se ao controle sobre 
a entrada e saída dos dados, bem como sobre sua loca-
lização, armazenamento e recuperação. O SO controla 
a alocação dos dispositivos de armazenamento secun-
dário, o formato físico e a catalogação do armazena-
mento de dados, bem como a movimentação dos dados 
entre as memórias principal e secundária.
Interface com o usuário ▪ – Compreende um conjunto 
de funções que permite ao usuário executar tarefas e 
se comunicar com o computador. 
Há diferentes tipos de SO, classificados de acordo com 
a. Software aplicativo que auxilia os profissionais de 
TI envolvidos na tarefa de desenvolver sistemas de 
informação. 
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a sua aplicação: podem ser projetados para aceitar um único 
usuário, em dispositivos móveis de mão (como os PDAs, por 
exemplo) e em computadores de pequeno porte (desktops e 
estações de trabalho), ou para aceitar dezenas ou milhares de 
usuários, em computadores de grande porte, conforme desta-
cam Turban, Rainer Jr. e Potter5. O quadro a seguir apresenta 
um resumo dos principais sistemas existentes no mercado.
Quadro 5.1 – Principais sistemas operacionais
Sistema 
Operacional
Características
Windows 
Vista
É o mais recente sistema operacional 
Windows, com aperfeiçoamentos na segu-
rança, na busca interna e na sincronização 
com dispositivos móveis, câmeras e ser-
viços de internet, além de melhor suporte 
para vídeo e TV.
Windows XP
É um sistema operacional para PCs, vol-
tado para usuários domésticos e corpora-
tivos. Tem suporte para internet, recursos 
multimídia e para trabalhos em grupo, 
além de avançados recursos de rede, de 
segurança e de gerenciamento corporativo.
Windows 
Server 2003
É o sistema operacional Windows para 
servidores.
Windows CE 
Plataforma
É voltado para dispositivos com pouca 
capacidade de armazenamento, como 
pequenos computadores de mão, PDAs, dis-
positivos de comunicação sem fio e outros.
(continua)
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Unix
É usado em PCs de grande capacidade, em 
estações de trabalho e em servidores de 
rede. Trata-se de um sistema operacional 
multitarefa (que executa vários processos 
ao mesmo tempo)

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