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Aula 3 Genética Humana

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Doenças autossômicas 
dominantes e recessivas 
m 
Alguns dos principais conceitos em genética 
Fenótipo é o conjunto de características decorrentes da ação do 
genótipo associado à ação do meio ambiente, e inclui 
características morfológicas, fisiológicas e comportamentais. 
Fenótipo: sangue AB 
Genótipo: IAIB 
Fenótipo: ervilha verde 
Genótipo: aa 
Johann Gregor Mendel 
(1822-1884) 
 
• Monge Agostiniano 
 
• Plantava ervilhas nos 
jardins do mosteiro 
Características das ervilhas estudadas por Mendel 
Ondulada 
Púrpura Lisa 
PRIMEIRA LEI DE MENDEL 
Lei da segregação dos fatores 
Com esse experimento, deduziu que: 
 
• As características hereditárias são determinadas por 
fatores herdados dos pais e das mães na mesma proporção; 
 
• Tais fatores se separam na formação dos gametas; 
 
• Indivíduos de linhagens puras possuem todos seus 
gametas iguais, ao passo que híbridos produzirão dois tipos 
distintos, também na mesma proporção. 
Cada caráter é determinado por um par de 
fatores genéticos denominados alelos. Estes, 
na formação dos gametas, são separados e, 
desta forma, pai e mãe transmitem apenas um 
para seu descendente. 
Os dois membros de um par de genes se 
segregam um do outro para formar os 
gametas, de modo que metade dos 
gametas tem um membro do par e a 
outra metade tem o outro membro do par. 
PRIMEIRA LEI DE MENDEL ou 
Lei da Segregação dos fatores 
Interpretação da 
Símbolos para Heredogramas 
Heredograma 
Os padrões demonstrados pelos distúrbios de um gene único 
nos heredogramas depende de 2 fatores: 
 
1) Se o fenótipo é dominante (expresso quando somente um 
cromossomo do par for portador do alelo mutante e o outro 
cromossomo possuir um alelo ou locus selvagem) ou 
recessivo (expresso somente quando ambos os cromossomos 
do par forem portadores dos alelos mutantes no locus) 
 
2) A localização cromossômica dos locus genético que pode ser 
em um autossomo (cromossomo 1 a 22) ou em um 
cromossomo sexual (X ou Y). 
Herança Dominante em Autossomos 
• Fenótipo expresso tanto em homozigotos como em heterozigotos 
para um alelo mutante. 
• Distúrbios dominantes ocorrem se houver ou não produto genético 
normal produzido pelo alelo normal remanescente. 
• Veremos 3 doenças com herança dominante em 
autossomos: 
- Acondroplasia 
- Neurofibromatose 
- Doença de Huntington 
 
 
Herança Dominante em Autossomos 
Acondroplasia 
• também chamada de nanismo acondroplásico, 
é uma das formas mais comuns de baixa 
estatura desproporcional, que ocorre devido 
ao impedimento do correto desenvolvimento 
dos ossos em comprimento. Popularmente, os 
indivíduos portadores dessa condição são 
conhecidos como anões (deficiência na 
ossificação endocondral). 
• A acondroplasia é de origem hereditária, 
é autossômica dominante e a maioria 
é esporádica, resultado de nova mutação, em 
outras palavras, é o primeiro caso da família. 
 
• O quadro clínico dessa condição é típico e já pode 
ser observado ao nascimento. Os achados que 
caracterizam a acondroplasia são: baixa estatura 
desproporcionada, encurtamento, macrocefalia, 
fronte ampla e proeminente, face plana, base 
nasal deprimida, nariz em botão, tronco longo e 
estreito, lordose acentuada, braquidactilia e 
dedos fusiformes. Em alguns casos pode ocorrer 
hipotonia da musculatura, resultando em um 
retardo do desenvolvimento motor. 
• Muitas vezes, a doença vem acompanhada por 
diversos problemas de desenvolvimento que leva 
à morte prematura, antes do primeiro ano de 
vida. No entanto, quando esses problemas são 
inexistentes, sendo presente apenas o defeito de 
crescimento dos ossos longos, a esperança de 
vida desses indivíduos se iguala com o a 
população em geral. 
 
Má formação, dedos curtos 
(Uel) No homem, a acondroplasia é uma anomalia determinada por 
um gene autossômico dominante. 
Qual é a probabilidade de um casal de acondroplásicos, que já tem 
um filho normal, vir a ter um bebê acondroplásico? 
 
a) 1 
b) 3/4 
c) 3/8 
d) 1/4 
e) 1/8 
No homem, a acondroplasia é uma anomalia determinada por um gene 
autossômico dominante. 
Qual é a probabilidade de um casal de acondroplásicos, que já tem um 
filho normal, vir a ter um filho (sexo masculino) acondroplásico? 
 
a) 1 
b) 3/4 
c) 3/8 
d) 1/4 
e) 1/8 
 
Neurofibromatose 
• Também conhecida como Doença de Von Recklinghausen, 
caracteriza-se por áreas de hipo ou hiperpigmentação (manchas 
café com leite) na pele, associadas a tumores benignos 
subcutâneos que ocorrem ao longo dos trajetos dos nervos 
periféricos, geralmente diminutos mas que podem se 
desenvolver na idade adulta, dando início a complicações 
neurológicas resultantes de compressão. 
 
• Fenótipo variável: casos assintomáticos até casos graves 
 
• Geralmente a neurofibromatose é benigna e pode ser dividida em 
dois grupos: 
• Neurofibromatose tipo 1: causada por mutações no cromossomo 17 
que reduzem a produção de neurofibromina, uma proteína utilizada 
pelo organismo para evitar o surgimento de tumores. Este tipo de 
neurofibromatose também pode provocar perda de visão e 
impotência sexual; 
• Neurofibromatose tipo 2: provocada por mutações no cromossomo 
22, diminuindo a produção de merlina, outra proteína que suprime o 
crescimento de tumores em indivíduos saudáveis. Este tipo de 
neurofibromatose pode causar perda de audição e/ou visão. 
 
 
Neurofibromatose 
• Sintomas 
O principal sintoma é o surgimento de tumores moles 
na pele. No entanto, dependendo do tipo de 
neurofibromatose, outros sintomas são: 
 
Neurofibromatose tipo 1 
• Manchas marrons na pele; 
• Sardas na região inguinal e axilas aos 4 ou 5 anos; 
• Pequenos nódulos debaixo da pele; 
• Problemas de desenvolvimento e deformação dos 
ossos. 
Neurofibromatose tipo 2 
• Redução gradual da visão ou da audição; 
• Dificuldades de equilíbrio; 
• Problemas na coluna, como escoliose; 
 
 
Tumores = neurofibromas 
Manchas marrons 
Neurofibromatose 
• Sintomas 
Surgem durante a infância e, por isso, é recomendado consultar um 
pediatra para fazer o diagnóstico da neurofibromatose com exame 
físico, exames de raio-x ou tomografia, assim como teste genéticos de 
sangue, por exemplo. 
 
• Tratamento 
Pode ser feito através da cirurgia para remover os tumores que estão 
provocando pressão sobre órgãos ou através da radioterapia para 
reduzir o seu tamanho. Porém, não existe um tratamento que garanta 
a cura ou que impeça o aparecimento de novos tumores. 
Nos casos mais graves, em que o paciente desenvolve câncer, pode 
ser necessário fazer o tratamento com quimioterapia ou radioterapia 
direcionada para os tumores malignos. 
 
Doença de Huntington 
• A doença de Huntington é uma doença hereditária que provoca a 
degeneração progressiva de células nervosas do cérebro que causa 
problemas motores e mentais. A principal característica é a coréia, 
movimentos involuntários que se manifestam por contrações 
musculares irregulares, espontâneas e transitórias. O sintoma está 
presente em mais de 90% dos portadores da enfermidade, que 
também apresentam emagrecimento intenso, mesmo que 
mantenham dieta adequada, e envelhecimento precoce. 
 
 
Doença de Huntington 
• O raciocínio e o comportamento também são afetados. A maior parte 
dos pacientes sofre perdas cognitivas, mas há uma relativa 
preservação da memória até as fases mais adiantadas. A capacidade 
de concentração e a memória de curto prazo diminuem com a 
evolução da doença. Sintomas psiquiátricos, como mudança de 
personalidade, irritabilidade, apatia, instabilidade emocional e 
agressividade, são freqüentes e podem precederem anos as 
disfunções motoras. Transtornos do humor, principalmente depressão, 
afetam até 60% dos portadores. As psicoses, quando ocorrem, afetam 
especialmente os indivíduos jovens. O risco de suicídio deve sempre 
ser considerado, uma vez que a incidência é de quatro a seis vezes 
maior nas famílias afetadas pela doença. 
 
Doença de Huntington 
• Crises convulsivas são raras nos adultos, mas podem ocorrer 
principalmente quando a enfermidade é precoce. Nesses 
casos, é preciso atenção, pois o mal epiléptico pode ser fatal. 
• O tempo médio de sobrevida do paciente varia de 14 a 17 
anos. As causas de morte geralmente estão relacionadas às 
complicações da doença, como por exemplo, infecções, 
asfixia e traumatismos crânio-encefálicos. 
 
Doença de Huntington 
• A doença de Huntington é causada por uma deficiência 
genética de um único gene do cromossomo 4. Esse defeito faz 
com que uma parte do DNA, chamada de sequência CAG, 
ocorra várias vezes mais do que deveria ocorrer. 
Normalmente, essa sequência se repete de 10 a 28 vezes. Em 
pessoas diagnosticadas com a doença de Huntington, no 
entanto, ela se repete de 36 a 120 vezes. 
 
Doença de Huntington 
• O diagnóstico mais apurado e definitivo é feito hoje por meio de 
testes genéticos. 
• Em casos com suspeita deste diagnóstico, deve-se investigar a 
possibilidade de enfermidades com sintomas semelhantes, como a 
coréia hereditária benigna e discinesias tardias (movimentos 
involuntários causados por medicamentos). Exames 
complementares, como eletroencefalograma ou exames de 
imagens, não indicam a presença da doença, mas ajudam a 
descartar outras patologias e acompanhar a evolução da moléstia. 
 
Herança Recessiva em Autossomos 
• Um fenótipo expresso somente em homozigotos 
• A maioria dos distúrbios recessivos é devido a mutações que reduzem 
ou eliminam a função do produto genético (mutações perda de função) 
Pais iguais 
com filho 
diferente! 
Herança Recessiva em Autossomos 
Maior 
probabilidade 
 em 
Cruzamentos 
consanguíneos 
 
Fenilcetonúria 
• Incidência: 1/10000 a 1/15000 nascimentos. 
• 1% dos pacientes com retardo mental institucionalizados são 
fenilcetonúricos. 
• Sintomas: irritabilidade, convulsões, vômitos já nas primeiras semanas 
de vida; pele seca com lesões inflamatórias e eruptivas ou eczema 
generalizado; pigmentação da pele, cabelo e olhos mais clara do que 
apresentado na família (deficiência de melanina). Deficiência de 
adrenalina. Microcefalia, tremores e reflexos aumentados, 
anormalidades de eletroencefalograma e convulsões epiléticas. 
Retardo mental já detectado por volta dos 6 meses de vida e QI 
inferior a 50. 
Fenilcetonúria 
• Causa: erro inato do metabolismo que determina deficiência 
de uma enzima hepática, a hidroxilase da fenilalanina – 
responsável pela conversão da fenilalanina em tirosina. 
 
• A fenilalanina acumulada no sangue e no líquido 
cefalorraquidiano é transformado em ácido fenilpirúvico. 
• O loco do gene se encontra no cromossomo 12 
Fenilcetonúria 
• Diagnóstico 
Fácil diagnóstico através de triagem de rotina de erros inatos de 
metabolismo em berçários – teste do pezinho. (ou testes de 
detecção de ácido fenilpirúvico na urina na primeira semana de 
vida e confirmação pela presença dos níveis séricos de fenilalanina). 
 
• Tratamento 
Dieta pobre em fenilalanina, em pacientes diagnosticados 
precocemente (antes de 3 semanas de vida), impede o retardo 
mental e outros sintomas. 
Lista de alimentos ricos em fenilalanina 
 • Os principais alimentos ricos em fenilalanina e que devem ser retirados da 
alimentação são: 
• Carnes de todos os tipos: carnes vermelhas, frango, peixes e mariscos; 
• Derivados de carne: linguiça, bacon, presunto, salsicha, salame; 
• Vísceras de animais: coração, tripas, moela, rins; 
• Leite e derivados, inclusive alimentos que contenham leite como ingrediente; 
• Adoçantes com aspartame; 
• Ovos; 
• Oleaginosas: amêndoas, amendoim, noz-pecã, castanha-de-caju, castanha do 
Pará, avelã, pistache, pinhão; 
• Farinha de trigo e alimentos que a contenham como ingrediente; 
• Leguminosas: soja e derivados, grão de bico, feijão, ervilha, lentilha; 
• Alimentos industrializados ricos em ingredientes que contêm fenilalanina, 
como achocolatado, gelatina, biscoitos, pães, sorvetes. 
 
 
Obs: os mais ricos são aqueles que contém muita proteína (fenilalanina é um aminoácido), por isso a dieta 
deve ser muito bem controlada e acompanhado por especialistas, para que o paciente consiga a ingestão 
de quantidades apropriadas de proteína sem prejudicar.

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