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ATUALIZAÇÃO EM PROCESSO DE CONHECIMENTO 
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Prof. Jacobson Sant’Ana Trovão 
Fone: (62) 8537-8454 – jacobson@ucg.br; jacobson.advogado@gmail.com; 
jacobsonsantanatrovao@hotmail.com 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O PROCESSO DE CONHECIMENTO 
 
 
CURSO DE EXTENSÃO 
 
 
 
Prof. Jacobson Sant’Ana Trovão. 
OUTUBRO, 2012. 
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jacobsonsantanatrovao@hotmail.com 
 
 
Breve curriculum vitae 
 
Professor Jacobson Sant’Ana Trovão. 
 
- Docente: Pontifícia Universidade Católica de Goiás-UCG, em cursos 
de graduação em direito e pós-graduação em direito. 
 
-Professor convidado da FUNDACE/USP - Fundação para a Pesquisa e 
o Desenvolvimento da Administração, Contabilidade e Economia da 
USP, em cursos de MBA. 
 
-Matérias ministradas: Direito Processual Civil, Direito Administrativo 
Direito Tributário e Prática Jurídica. 
 
-Ex-Coordenador dos cursos de pós-graduação em direito, lato sensu, 
em nível de especialização, da Pontifícia Universidade Católica de 
Goiás: Direito Civil e Processo Civil; Direito do Trabalho e Processo do 
Trabalho; Direito: Prática Jurídica; Direito Tributário e Direito 
Eleitoral. 
 
- Coordenador e Professor do curso de extensão universitária: 
Atualização em direito, pela PUC-GO. 
 
-Cursos de pós-graduação: especialista em direito processual civil e 
em direito tributário. 
 
-Membro de bancas de concurso para professores. 
 
-Orientador de monografia e artigos científicos em cursos de 
graduação e de pós-graduação. 
 
-Procurador do Município de Goiânia-Go. 
 
-Advogado – OAB-GO. 
 
-Conferencista. 
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PROCESSO DE CONHECIMENTO 
 
 
 
PROCESSO E PROCEDIMENTO DE COGNIÇÃO 
 
 
 
A ESTRUTURA DO CPC 
 
O CPC, no que toca ao processo de conhecimento, 
estabelece: procedimento ordinário – Livro I, Título VIII; 
procedimento sumário – Livro I, Titulo VII; e diversos procedimentos 
especiais, Livro IV, Título I. 
 
Os vários procedimentos da ação de execução estão no 
Livro II, e as ações cautelares no Livro III. 
 
 
PROCESSO DE CONHECIMENTO 
 
 
 
1- PROCEDIMENTO COMUM 
 
– RITO ORDINÁRIO 
 
- RITO SUMÁRIO 
 
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2- PROCEDIMENTOS ESPECIAIS 
 
2.1- JURISDIÇÃO 
 
A– CONTENCIOSA 
 
B- VOLUNTÁRIA 
PROCESSO 
 
– “Método científico de compor ‘litígios’, por meio da soberania 
estatal”. 
 
- “Método jurídico utilizado pelo estado para desempenhar a função 
jurisdicional”. 
 
- Consiste numa relação jurídica de direito público, formada entre 
autor, réu e juiz. 
 
 
PROCEDIMENTO 
 
- Maneira de estipular os atos necessários e de concatená-los, de 
forma a estabelecer o ‘iter’ a ser percorrido pelos litigantes e pelo juiz 
ao longo do desenrolar da relação processual. 
 
 
RITO 
 
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- Para Moacyr Amaral Santos procedimento ou rito é o ‘modo e a 
forma por que se movem os atos do processo’. 
 
Os ritos no CPC: 
 
- Sumário 
 
- Ordinário – ordo solemnis iudiciarius 
 
 
 
PROCEDIMENTOS ESPECIAIS DE JURISDIÇÃO: 
 
A-VOLUNTÁRIA 
 
- Coordenação de atos não-processuais; administração estatal de 
interesses particulares. 
 
B-CONTENCIOSA 
 
- Simbiose ente cognição e execução. Ações executivas ‘lato sensu’. 
Ex. ações possessórias, de despejo, de consignação em pagamento. 
 
 
LEIS EXTRAVAGANTES 
 
Leis que afastam a lei geral. Ex. Lei 9.099/95 (Juizados Especiais 
Cíveis) 
 
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Obs.: onde não se aplicar o procedimento especial, aplica-se o 
comum ordinário (subsidiário de todos os outros). O procedimento 
sumário é também especial. Aplica-se a certas causas em razão do 
valor ou da matéria. 
 
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ESQUEMA DO PROCEDIMENTO ORDINÁRIO 
 
1. PETIÇÃO INICIAL (282, CPC) 
 
2. EMENDA (284, CPC) 
 
3. RECEBIMENTO (285, CPC) 
 
4. SENTENÇA (285,a, CPC) 
 
5. REJEIÇÃO (296, CPC) 
 
6. CITAÇÃO (213, CPC) 
 
7. RESPOSTA DO RÉU (261, 300, 304, 315, 319 CPC) 
 
8. PROVIDÊNCIAS PRELIMINARES (324, 325, 326, 327, CPC) 
 
9. JULGAMENTO CONFORME O ESTADO DO PROCESSO (329, 330, 
CPC) 
 
10. AUDIÊNCIA PRELIMINAR (331, CPC) 
 
11. SANEAMENTO (331, §2º., CPC) 
 
12. INSTRUÇÃO E JULGAMENTO (450, CPC) 
 
13. ALEGAÇÕES FINAIS (454, §3º, CPC) 
 
14. SENTENÇA (456, CPC) 
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15. CUMPRIMENTO DE SENTENÇA (475-A, CPC) 
 
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FASES DO PROCEDIMENTO ORDINÁRIO 
 
Procedimento ordinário é o mais completo para se chegar à perfeita 
cognição, ou seja pesquisar a verdade real e a justa composição da 
lide. 
 
Está coordenado em fases lógicas e fundamentadas nos princípios: 
 
- dispositivo; 
 
- contraditório; 
 
- ampla defesa; 
 
- livre convencimento do julgador. 
 
Estruturado em 5 fases: 
 
- Postulatória; 
 
- Saneadora; 
 
- Instrutória; 
 
- Decisória; 
 
- Cumprimento da sentença. 
 
 
 
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1. FASE POSTULATÓRIA 
 
- Da propositura da ação até a resposta do réu. 
 
- Compreende: 
 
- a petição inicial; 
 
- a citação do réu; 
 
- a eventual resposta. 
 
 
2. FASE SANEADORA 
 
- Verificação da regularidade do processo, mediante a decretação de 
nulidades: 
 
- sanáveis 
 
- insanáveis 
 
- Compreende: 
 
- emenda ou complementação da inicial (284); 
 
- providências preliminares (323 a 328); 
 
- saneamento do processo (331). 
 
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3. FASE INSTRUTÓRIA 
 
- Coleta de material probatório, suporte para a decisão de mérito. 
 
- As provas podem acompanhar a inicial e a contestação (396) 
 
- Compreende: 
 
- perícias; 
- depoimentos: 
 
- partes; 
 
- testemunhas. 
 
Obs.: A fase instrutória é eliminada, ocorrendo o 
julgamento antecipado da lide, nos casos de: 
 
 - revelia (319); 
 
- suficiência de prova documental; 
 
 - questões meramente de direito (330); 
 
4. FASE DECISÓRIA 
 
- é a prolação da sentença de mérito; 
 
- ordinariamente: 
- na própria audiência (454), 
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- nos dez dias seguintes à audiência (456), 
 
- dez dias após a apresentação dos memoriais 
(456). 
 
-A sentença só se torna ato processual com sua publicação: leitura na 
audiência; ou integração ao processo, por meio do escrivão. 
 
5. FASE DE CUMPRIMENTO DE SENTENÇA (art. 475, ‘a’ – ‘r’, 
CPC, lei n. 11.232/05) 
 
- É a fase de efetivação da sentença. 
 
- Compreende: 
 
- liquidação da sentença (cálculos, arbitramento ou artigo), se 
necessário 
 
- execução forçada da sentença. 
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ADEQUAÇÃO DO PROCEDIMENTO (280) 
 
- Incumbe ao juiz ordenar a adaptação da causa ao procedimento 
adequado (sobre adequação do procedimento, ver: 277, § 4º.). 
 
- O erro na forma, nesse caso, não conduz à nulidade do processo. 
 
- A adequação do rito pode ocorrer em qualquer fase do processo, 
aproveitando-se os atos já praticados, desde que não tenha ocorrido 
prejuízo para as partes (contraditório, ampla defesa). 
 
- O que importa é o rito e o pedido, não é o nome da ação. 
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FASE DE POSTULAÇÃO 
 
1. PETIÇÃO INICIAL 
 
“Nenhum juiz prestará a tutela jurisdicional senão quando a 
parte ou o interessado a requerer, nos prazos e forma legais” 
(art. 2º.). 
 
- Princípio da disponibilidade: 
 
- É a liberdade que as pessoas têm de exercer ou não os seus 
direitos (direito subjetivo público). 
 
- Princípio do impulso oficial: 
 
- Compete ao juiz, uma vez instaurada a relação processual, 
mover o procedimento de fase em fase, até exaurir a função 
jurisdicional. 
 
- Definição: 
 
- Petição inicial é a peça inaugural do processo, pela qual o autor 
provoca a atividade jurisdicional, que é inerte (262). 
 
- Demanda: 
 
- Ato pelo qual alguém pede ao Estado a prestação jurisdicional i. 
e. exerce o direito subjetivo público da ação, causando a 
instauração da relação jurídica processual que há de dar solução 
ao litígio em que a parte está envolvida. 
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- A petição inicial é o veículo de manifestação formal da demanda: 
 
a) revela a lide ao juiz; 
 
b) contém o pedido da providência jurisdicional. 
 
Obs.: a petição inicial e a sentença são atos extremos do processo. 
Aquela determina a conduta desta. 
 
- A petição inicial contém um requerimento (282, VII) e um pedido 
(282, IV). No sistema das ordenações, eram duas peças. Foram 
unificadas pelo CPC de 1939. 
 
1.1. Requisitos da petição inicial 
 
- Requisitos externos: 
 
 - forma escrita; 
 
 - assinada pelo procurador do autor ou pelo autor, nos 
termos do art. 36, CPC; 
 
 - exceções: até 20 salários mínimos (Juizado Especial de 
Pequenas Causas), Habeas Corpus. 
 
- Requisitos internos (art. 282, CPC): 
 
 - referentes ao processo: incisos I, II, V, VI e VII, do art. 
282. 
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 - referentes ao mérito: incisos III e IV, do art. 282. 
 
 
I) Juiz (arts. 86 ao 124, CPC) 
 
- indicação do órgão jurisdicional competente (cabeçalho ou 
endereço da petição) 
 
II) Partes 
 
- pré-nome (ex.: João), nome (de família), estado civil, profissão, 
domicílio e residência; do autor e do réu. (Art. 16, CC/02) 
 
Obs.: domicílio é o local em que se reside com animus de ficar; é o 
local em que a pessoa responde por seus negócios e atos jurídicos 
(arts. 70 a 78, CC/02). 
 
III) O Fato e os Fundamentos Jurídicos dos Pedidos 
 
- refere-se ao mérito da causa; 
 
- fato e fundamento jurídico constituem a causa pretendi; 
 
- o pedido é o objeto; 
 
- a causa pretendi deve transparecer as condições da ação (art. 
267, VI): 
 
a) possibilidade jurídica do pedido; 
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b) legitimidade de partes (ad causum); 
 
c) interesse de agir. 
 
- deve ter clareza e precisão para facilitar a defesa; 
 
- O CPC, quanto à fundamentação do pedido, adota a teoria da 
substanciação. 
 
- A teoria da substanciação difere da teoria da 
individuação. Nesta, bastaria a exposição da natureza do 
direito controvertido. Por exemplo: ser proprietário, ser 
locatário, ser credor. 
 
- Na teoria da substanciação, deve-se informar: 
 
a) a origem dodireito (fato), que é a causa remota, (fato 
gerado do direito pretendido); 
 
b) o fundamento jurídico (norma jurídica), que é a causa 
próxima, o direito subjetivo. Não é obrigatório. 
 
- cabe também demonstrar o nexo jurídico entre ambos. 
 
IV) O pedido, com suas especificações (art. 286 a 294) 
 
- pedido é o objeto da demanda, da ação, do processo. 
 
- deve conter pedido: 
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a) imediato: da provisão jurisdicional: 
 
 - que declare, 
 - que condene, 
 
 - que constitua. 
 
b) mediato: da tutela a um bem jurídico 
 
- Por exemplo: em uma ação de indenização, pede-
se que seja proferida uma sentença que dê solução 
à lide (pedido imediato) e condene o réu à 
indenização (pedido mediato). 
 
V) Valor da causa 
 
- A toda causa deve ser atribuído um valor certo (art. 258 e 259). 
 
- Define 
- o rito; 
 
- honorários de sucumbência; 
 
- custas. 
 
VI) As provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos 
fatos alegados (arts. 332 a 453) 
 
- ônus da prova é do autor; 
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- prova 
 
 a) documental (deve acompanhar a inicial) 
 
 b) testemunhal 
 
 c) depoimento pessoal 
 
 d) perícias 
 
- Por exemplo: ação reivindicatória de imóvel deve ser instruída 
com o título do domínio. Não é suficiente o mero “protesto” por 
provas. 
 
VII) Requerimento para a citação do réu 
 
- a falta de citação gera nulidade do processo. 
(art. 213 a 242, CPC – no art. 219, § 2., o CPC impõe ao autor a 
promoção da citação). 
 
1.2. Documentos que acompanham a petição inicial (art. 283) 
 
- A inicial deverá ser instruída com documentos que, pela natureza da 
ação, comprovem o direito. 
 
- Por exemplo: para anulação de casamento e divórcio, a certidão de 
casamento. Para uma rescisão contratual, o contrato. 
 
- A procuração é indispensável. 
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1.3. Despacho da petição inicial 
 
- A inicial deve ser apresentada diretamente ao juiz ou submetida à 
distribuição, considerando-se proposta a ação. 
 
- Chegando às mãos do juiz, este examina os requisitos (intrínsecos e 
extrínsecos). 
 
- Proferirá, então, uma decisão, que poderá ser de quatro naturezas: 
 
1ª) defere a citação; 
 
2ª) sanea a petição, determinando emenda no prazo de dez 
dias (284); 
 
3ª) indefere a inicial, o que ensejará apelação e juízo de 
retratação em 48h. 
 
4ª) Profere sentença, quando a matéria for de direito, e houver 
sido proferida sentença de total improcedência, em casos ‘identicos’, 
reproduzindo-se o teor desta. Dessa decisão cabe apelação e nasce o 
juízo de retratação em 5 (cinco) dias. (art. 285-a) 
 
- Nas decisões in limine litis: 
 
- Em geral não discute o mérito, mas há casos em que sim: 
 
Por exemplo: 
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- Ação anulatória de casamento fora do prazo decadencial (02 
anos); 
- Pedido de partilha de bem herdado por cônjuge após 
divórcio. 
 
1.4. Causas de indeferimento da inicial (295): 
 
1.4.1. Por inépcia (295, § único): 
 
a)Falta de pedido ou de causa de pedir; 
 
b) Falta de nexo entre a narração dos fatos e a conclusão a que 
se chegou; 
 
c) Formulação de pedido juridicamente impossível; 
 
d) Formulação de pedidos incompatíveis. 
 
1.4.2.Por ilegitimidade de partes; 
 
1.4.3.Por carência de interesse processual por parte do autor; 
 
1.4.4.Por decadência ou prescrição 
 
1.4.5.Por incompatibilidade do procedimento com a ação 
 
1.4.6.Quando o autor não sanar os vícios da inicial 
 
 
1.5. DO PEDIDO 
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“O pedido deve ser concludente: estar de acordo com o que se 
expõe, com a causa de pedir”. (Pontes de Miranda apud Humberto T 
Júnior) 
 
O pedido é a dedução da pretensão em juízo. (Moacyr Amaral Santos 
apud Humberto T Júnior). 
 
Pedido = res petitum 
 
 
1.5.1. Requisitos do pedido (art. 286) 
 
A) PEDIDO DETERMINADO 
 
- “o pedido deve ser certo ou (e) determinado”... 
 
Certo, quer dizer: expresso. Não pode ser implícito. 
 
Determinado, quer dizer, definitivo, delimitado em sua qualidade e 
quantidade. 
 
Por exemplo: não se pode pedir um imóvel, mas um imóvel certo e 
determinado. 
 
B) PEDIDO GENÉRICO (286) 
 
- o pedido imediato deve ser sempre determinado: 
 
 uma declaração; 
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 uma condenação; 
 
 uma constituição; 
 
uma execução; 
 
uma medida cautelar. 
 
- o pedido mediato deve refletir a utilidade prática visada pelo autor 
pode ser prévia nos termos dos incisos do 286 do CPC. 
 
Exemplo: 
 
I – Petição de herança – ‘os bens que me couberem’ 
 
II – dano ( lucro cessante e dano emergente) 
 
III – pedido ou prestação de contas – condenação ao pagamento do 
saldo devedor. 
 
C) PEDIDO COMINATÓRIO (287) 
 
Cominar: ameaçar com pena ou castigo. 
 
Sanção jurídica em duas circunstâncias: 
 
- sub-rogação (obrigação de dar coisa ou credor de quantia certa) 
 
-coação (obrigação de fazer e não fazer) 
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Nas obrigações: 
 
a) infungíveis (fazer ou não fazer) 
 
- deve haver o pedido de cominação de multa 
 
b) infungíveis (obrigação de dar ou credor de quantia certa) – não 
é obrigatório o pedido de multa. 
 
c) nas infungíveis com pedido alternativo de perdas e danos, não 
há necessidade do pedido de multa. 
 
(Multa diária=astreintes) 
 
D) PEDIDOSALTERNATIVOS (288) 
 
- escolha cabe ao devedor 
 
- quando se oferece mais de um meio para se cumprir a obrigação 
 
Ex.: 
 
- na ação de depósito, pede-se o bem ou o dinheiro 
 
- nas ações imobiliárias, pede-se o complemento do imóvel ou o 
abatimento no preço. 
 
E) PEDIDOS SUCESSIVOS (289) 
 
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Substituição de um pedido principal por um ou vários subsidiários. 
 
Ex.: a rescisão do contrato com perdas e danos; em não havendo 
razão para tanto, o pagamento das parcelas vencidas; 
 
Ou 
 
- a anulação do casamento ou a decretação do divórcio litigioso. 
 
 
 
F) PEDIDO DE PRESTAÇÕES PERIÓDICAS (290) 
 
 
No caso de obrigações “obrigações de trato sucessivo”, prestações 
periódicas (aluguéis, alimentos) , cabe pedido do pagamento de 
prestações vencidas e vincendas. 
 
Caso não haja pedido futuro, considera-se “pedido implícito” (exceção 
ao art. 293) 
 
G) PEDIDO DE PRESTAÇÃO INDIVISÍVEL (291) 
 
Prestações indivisíveis – pode qualquer credor intentar o todo 
(legitimidade ativa). Aquele que não promoveu a ação receberá, 
indenizando o autor nas despesas. 
 
 
H) PEDIDO CUMULADOS (292) 
 
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- É a soma de várias pretensões a serem satisfeitas 
cumulativamente, num só processo. 
 
- Requisitos: 
 - compatibilidade dos pedidos 
 
 - juízo competente para os pedidos 
 
 - tipo de procedimento adequado para todos os pedidos. Exceto 
o ordinário que abrange o rito especial. 
 
 
- Espécies: 
 
a- simples 
 
-cobrança de duas dívidas entre as partes 
 
b- sucessiva 
 
- revisão de contrato acrescido de perdas e danos 
 
- investigação de paternidade mais a petição de 
herança 
 
c- incidental 
 
- após a propositura da ação, via declaração 
incidental 
 
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1.5.2. Interpretação do pedido (293) 
 
- restritiva 
 
- exceto: 
 
 1) o próprio 293, parte final 
 
 2) art. 20 = honorários advocatícios 
 
 3) art. 290 = prestações vincendas 
 
 4) Correção monetária incide sobre qualquer débito resultante 
de decisão judicial (Lei nº 6.899/81, art. 1º) 
 
5) Cumprimento de sentença, com base no art. 461-a, CPC 
(multa, interdição de atividade, etc.) 
 
 
1.5.3. Aditamento do pedido (294) 
 
- Antes da citação, faculdade do autor 
 
MODIFICAÇÃO DO PEDIDO (264) 
 
- Após a citação, só com consentimento do réu, tendo como limite a 
decisão saneadora. Após, não é permitido. 
 
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- Se o réu for revel, com a modificação do pedido, deve haver nova 
citação 
 
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2. ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA 
 NO PROCESSO DE CONHECIMENTO (273) 
 
 
- Lei nº 8.752/94, determinou a redação atual do art. 273, instituindo 
a antecipação dos efeitos da tutela: 
 
- Requisitos: 
 
 1) requerimento da parte; 
 
 2) produção de prova inequívoca dos fatos arrolados na inicial 
 - periculum in mora 
 
3) convencimento do juiz 
 
4) fundado receio de dano de irreparável ou de difícil reparação 
 
5) caracterização de abuso de direito de defesa ou manifesto 
propósito protelatório do réu 
 
6) possibilidade de reverter a medida antecipada 
 
- Medidas cautelares – caráter não satisfativo 
 
- Medidas liminares de antecipação de tutela – caráter satisfativo 
 
Medida = inaudita altera pars 
 
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- Pode ser concedida em qualquer fase da ação, inclusive na 
sentença. 
 
- Em fase recursal 
 
- Princípios da instrumentalidade e efetividade 
 
- § 7º - instituiu a fungibilidade dos pedidos. Isto é, se o autor fizer 
pedido de antecipatório, mas se o juiz entender que deve ser 
acautelatório, deve conceder dessa forma. 
 
 
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3. RESPOSTA DO RÉU 
 
 
3.1. A defesa do réu 
 
- Princípio do contraditório = o direito que as partes têm de ser 
ouvidas nos autos, sobre todos os atos praticados, antes de qualquer 
decisão (dialética processual). 
 
- Resposta do réu = faculdade, em face aos direitos disponíveis. Ante 
aos direitos indisponíveis, o MP age como custos legis. 
 
- Réu pode 
 
 - permanecer inerte 
 
 - responder 
 
3.2. Tipos de respostas 
 
- Reconhecimento da procedência do pedido (art. 297) 
- Exceção 
- Contestação 
- Reconvenção 
- Impugnação ao valor da causa 
 
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3.3- RECONHECIMENTO DA PROCEDÊNCIA DO PEDIDO (ART. 
297) 
 
 - prazo 
 
- de 15 dias, comum a todos os réus - litisconsórcio 
passivo (art. 298); 
 
- em dobro (30 dias), para litisconsortes com 
procuradores diferentes (art. 191); 
 
- em quádruplo (60 dias), para o MP e a Fazenda Pública 
(art. 188). 
 
- endereçamento 
 
 - ao juiz da causa (art. 297) 
 
- litisconsórcio: 
 
- inicio do prazo (dies a quo): após a citação do último 
(art. 241, I a V) 
 
- Se houver desistência do autor quanto a algum dos réus, o 
prazo passa a fluir da intimação dessa decisão. 
 
3.4- ESPÉCIES DE DEFESA 
 
a) Relação processual 
 
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 - de ordem pública 
 
- nasce com a citação 
 
- autor, réu, juiz 
 
b) Relação de direito material 
 
 - é a lide - objeto da controvérsia 
 
- comumente de natureza privada 
 
- expressa na causa pretendi e no objeto - questões de mérito 
 
3.5- DEFESA PROCESSUAL 
 
- De conteúdo apenas formal 
 
- Chamada de defesa de rito ou preliminares 
 
- É defesa “indireta”, visa inutilizar o processo, sem apreciação do 
mérito 
 
- Nem todas as defesas visam a inutilização total ou imediata do 
processo 
 
3.6- DOIS TIPOS DE DEFESA PROCESSUAL 
 
 a) Peremptória 
 
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-visam à extinção do processo, por: 
 
 - inépcia da inicial 
 
 - ilegitimidade de partes 
 
 - litispendência 
 
 - coisa julgada 
 
 - perempção (art. 267) 
 
b) Dilatória 
 
-visam ampliar ou dilatar o curso do procedimento 
 
- art. 301, I, II, VII, VIII e XI 
 
- invocam a paralisação temporária no curso normal do 
procedimento 
 
3.7- NATUREZA DA DECISÃO DA DEFESA PROCESSUAL 
 
a) Interlocutória 
 
- que rejeita a exceção dilatória; ou 
 
- que julga sanada a falha que a motivou. 
 
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b) Sentença – a que extingue a relação processual, acolhendo a 
defesa processual. 
3.8- DEFESA DE MÉRITO 
 
Quando o réu ataca o fato jurídico que constitui o mérito da causa – 
causa petendi. 
 
A) DEFESA DE MÉRITO DIRETA – Ataca o fato e suas 
conseqüências jurídicas. 
 
B) DEFESA DE MÉRITO INDIRETA – Reconhece a existência e a 
eficácia do fato jurídico, mas invoca fato novo impeditivo, 
modificativo ou extintivo do direito do autor (326, CPC). Aqui se 
incluem a novação, a prescrição e a exceção de contrato não 
cumprido. 
 
 
 
C) DEFESA DE MÉRITO DILATÓRIA – direito de retenção de 
benfeitorias. 
 
D) DEFESA DE MÉRITO PEREMPTÓRIA – exclusão do direito do 
autor. 
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4- CONTESTAÇÃO (ART. 300) 
 
 - Cumpre ao réu alegar toda a matéria de defesa, em sua 
manifestação, atendendo ao princípio da eventualidade ou da 
concentração – o que não for argüido sofrerá preclusão. 
 
- A defesa poderá será formal e/ou material 
 
- Exceções ao princípio da eventualidade (303, CPC) 
 
- Relativas ao direito superveniente (Ex.: venda do bem 
em ação possessória) 
 
- matéria que o juiz deva conhecer de ofício (Ex.: questão 
de ordem pública) 
 
- quando a matéria puder ser levantada a qualquer tempo 
e por expressa autorização legal (Ex.: prescrição) 
 
 
* Ônus da defesa especificada (302, cpc) 
 
- Ônus de impugnar especificamente todos os fatos 
arrolados pelo autor - se não, haverá a presunção de 
veracidade. 
 
- Exceções à regra da impugnação especificada 
(302,cpc) 
 
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- direitos indisponíveis (estado e capacidade das 
pessoas) 
 
- falta de documento instruindo a inicial 
 
- litisconsórcio (a defesa de um aproveita aos 
demais) 
 
- quando a defesa vier de advogado dativo, 
Ministério Público, curador especial (302, § único). 
 
* Preliminares da contestação, classificadas em peremptórias e 
dilatórias (301, CPC): 
 
I – defesa dilatória 
 
II - defesa dilatória – incidente específico 
 
III – defesa peremptória (295, § único) 
IV – defesa peremptória - quando o autor der ensejo a três 
extinções do processo, sobre a mesma lide, para o 
saneamento da causa (268, § único) 
 
V – defesa peremptória – duas causas, com as mesmas 
partes, mesma causa de pedir e mesmo pedido = ações 
idênticas 
 
VI – defesa peremptória 
 
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VII – defesa dilatória – comunhão de objeto ou de causa de 
pedir (103) permite a união das ações. Ex.: ação revisional 
de pai/filho e filho/pai. 
 
Ocorre o mesmo com a continência (104). Ex.: divórcio e 
alimentos 
 
VIII – defesa dilatória 
 
IX – defesa peremptória – Lei nº. 9307/96 
 
X – defesa peremptória 
 
 - legitimidade de partes 
 
 - interesse processual 
 
 - possibilidade jurídica do pedido 
 
XI – defesa dilatória, só não comporta perempção. 
 
* Todas são de conhecimento ex officio pelo juiz, exceto o 
inciso IX 
 
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5. RÉPLICA OU IMPUGNAÇÃO DO AUTOR (326) 
 
a) em caso de defesa indireta do mérito – 10 dias 
 
 - fato impeditivo do direito 
 
- fato modificativo do direito 
 
- fato extintivo do direito 
 
b) preliminares do 301 
 
c) pode o autor produzir prova documental 
 
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6. EXCEÇÃO 
 
 - em apenso 
 
- Exceção – defesa – indireta contradição do réu à ação do 
autor. 
 
- É incidente processual, argüi-se: 
 
I) Incompetência relativa do juízo (a absoluta deve ser de 
ofício - 301, § 4º, ou argüida na contestação) 
 
II) Suspeição 
 
III) Impedimento 
 
- qualquer das partes pode argüir. 
 
 - Exceção: matéria de defesa dilatória contra o órgão 
jurisdicional. 
 
- Dois procedimentos: 
 
- Incompetência (307 a 311) 
 
- Suspeição – 135 (312 – 314) 
 
- Impedimento – 134 (312 a 314) 
 
- Partes: 
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- Autor: excipiente 
 
- Réu: excepto 
 
- Prazo 
 
- A qualquer tempo ou grau de jurisdição. 
 
- Quinze dias do fato que ocasionou (305). 
 
Ex.1: Fato anterior ao ajuizamento da causa: 
 
- réu – 15 dias a partir da citação 
 
- autor – ao saber da distribuição 
 
Ex.2: Fato posterior ao ajuizamento da causa 
 
- 15 dias do fato 
O dies a quo é determinado pelo momento em que 
a parte tiver ciência desse fato. 
 
- Efeitos da exceção 
 
- Suspensão do processo até que seja definitivamente 
julgado - julgamento de primeira instância. 
 
Em caso de agravo, não terá efeito suspensivo, só 
devolutivo. 
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- Impedimento e suspeição no Tribunal Superior – efeito 
suspensivo. Em caso de não ser acolhida a exceção (20, 
§ 1º.), caberá cobrança de custas. 
 
- É decisão interlocutória – agravo de instrumento (522) 
 
- Após o julgamento da exceção, volta a correr o prazo 
para a defesa. Esse tempo é igual ao que faltava para 
sua complementação (art. 180) – suspensão. 
 
Interrupção (anula o tempo anterior à citação válida - 
art. 219) – tempo anterior à citação válida. 
 
 
- Procedimento da exceção de incompetência relativa (112) 
 
- Petição (distinta da inicial ou contestação) – autuada 
em apenso 
 
 - Dez dias- ouvirá o excepto 
 
- Julgamento em 10 dias 
 
- cabe produção de prova testemunhal 
 
* Designa-se audiência de instrução 
 
- Julgamento em 10 dias, cabe agravo de instrumento 
 
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- Não acolhida a exceção, o processo principal volta a 
correr (estava suspenso)- diante da negativa da 
exceção. 
 
- Acolhida a exceção, os autos (processo e incidente) 
serão remetidos para o juízo competente. 
 
 
PROCEDIMENTO DA EXCEÇÃO DE INCOMPETÊNCIA 
 
 
 
 
 
 
Inicial 
Indeferimento 
liminar 
Resposta do 
excepto (10 dias) 
 
Segue o processo 
Julgamento em 10 
dias 
Audiência de 
instrução 
Se acolher, 
remete ao juízo 
competente 
Se não acolher, 
seguem os feitos 
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- Procedimento da exceção de impedimento e suspeição (134/ 
135) 
 
- ataque à pessoa do juiz 
 
- O processo não se desloca do juízo 
 
- Deve ser reconhecido ex officio (137), se não, a parte 
argüi 
 
- A inicial é remetida ao órgão superior (dirigida ao juiz) 
 
- Se acolhida, haverá condenação do juiz (excepto) nas 
custas (314) 
 
- Não cabe rejeição, nem ouve-se a parte contrária, 
salvo se for interposta fora do prazo ou invocado fato 
fora dos autos (134 e 135) 
 
- Pode o juiz excepto retratar- se 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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PROCEDIMENTO DA EXCEÇÃO DE IMPEDIMENTO 
OU SUSPEIÇÃO 
 
 
 
 
Inicial 
Reconhece 10 dias para defesa 
Substituto Tribunal 
Acolhe Não acolhe 
Substituto Arquiva 
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7- RECONVENÇÃO (art. 299) 
 
 - peça autônoma, porém juntada ao processo 
 
- Contra ataque do réu ao autor. 
 
Autor/réu – reconvinte 
 
Réu/autor – reconvindo 
 
- “Ação do réu contra o autor” 
 
- Partes 
 
 - réu = reconvinte (autor) 
 
 - autor = reconvindo (réu) 
 
- Visa à economia processual 
 
- É uma faculdade 
 
- Subordina-se aos pressupostos processuais e às condições da 
ação 
 
- Exemplo: O autor visa a rescisão contratual por 
inadimplemento do réu. O reconvinte visa rescisão por 
inadimplemento do reconvindo. 
 
- Juízo competente para ambas causas 
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- Rito 
 
- O mesmo procedimento da ação principal. 
 
- Não cabe nas ações de procedimento sumário (já é ação 
dúplice e procedimento simplificado) 
 
- Não importa se é ação especial 
 
- Não cabe nas ações de alimentos 
 
- Não cabe em processos de execução, nem nos 
embargos (compensação de créditos é feita nos 
embargos) 
 
- Não cabe nas ações dúplices 
 
 - possessórias 
 
 - prestação de contas 
 
- Procedimento da reconvenção 
 
- Petição autônoma (299) 
 
- Intima-se na pessoa do advogado para contestá-la em 
15 dias (316) 
 
- Requisitos do 300 ao 303 
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- Decidida na sentença (318) 
 
- Do despacho que nega a reconvenção, cabe agravo de 
instrumento’ 
 
- Cabe sucumbência 
 
- A desistência da ação principal não implica na 
reconvenção (317) 
 
 
 
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8. REVELIA 
 
- Sinônimo: contumácia 
 
- Conceito 
 
 - quando o réu não se manifesta após citação válida. 
 
- Todos os atos passam a ser praticados sem a intimação ou ciência 
do réu (322 – obedece ao contraditório) 
 
- Se não comparece ou não contesta 
 
- Pode voltar ao processo na fase em que se encontra 
 
7.1. Efeitos da revelia 
 
- Presunção de veracidade dos fatos alegados na inicial (319) 
 
- Não há instrução e julgamento 
 
- Provoca o julgamento antecipado da lide, não é automático o 
julgamento da procedência do pedido 
 
- Pode haverirregularidade quanto aos pressupostos e condições da 
ação 
 
 
7.2. Não ocorrem os efeitos da revelia (320) 
 
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- Pluralidade de réus e um contesta 
 
- Direitos Indisponíveis 
 
- Se a inicial não estiver acompanhada de documento publico que a 
lei considere indispensável à prova do ato 
 
7.3. Não há revelia 
 
- Na citação por hora certa ou edital (nomeação de curador), mesmo 
com defesa genérica. 
 
- alteração do pedido, somente com nova citação. 
 
- reconhecimento da procedência do pedido: sentença reconhecendo 
que a lide se extinguiu por eliminação da resistência do réu (269,II) 
 
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FASE DE SANEAMENTO 
 
 
8. Providências preliminares 
 
- Medidas entre o término da fase postulatória e o início da fase 
saneadora, preparando-a. 
 
- Representa a consagração do contraditório 
 
- Devem ser tomadas em 10 dias, após conclusão dos autos ao juízo 
 
 
- São elas: 
 
 - especificação de provas (324) 
 
 - admissão do pedido de declaração incidental de questão 
prejudicial (325) 
 
- na réplica: ouvir o autor, em 10 dias, sobre fato impeditivo, 
modificativo ou extintivo de direito, levantado na contestação 
(326) 
 
- na réplica: ouvir o autor, em 10 dias, sobre preliminares do 
301; ou mandar suprir nulidades ou irregularidades em até 30 
dias (327) 
 
8.1. Nem sempre há providências preliminares 
 
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- Por exemplo: réplica – contestação sem preliminares; ou 326 – 
fatos impeditivos, extintivos ou modificativos. 
 
- O juiz julga antecipadamente a lide 
 
- Julga conforme o estado do processo 
 
- Se as nulidades forem insanáveis não haverá determinação de 
providências preliminares - o juiz extingue o processo 
 
- No caso do 320, o autor não se desobriga de provar o que alegou. O 
juiz manda que se especifique, em 5 dias, as provas que pretende 
produzir. Isso também ocorre genericamente face à imprecisão das 
provas. 
 
MINISTÉRIO PÚBLICO 
 
- Nesta fase o juiz ouve o representante do M.P. 
 
8.2. Ação declaratória incidental 
 
- Quando certa questão importar no julgamento da lide 
 
- Por exemplo: na cobrança o réu alega novação. O autor entra com 
uma ação declaratória incidental alegando vício de consentimento. Tal 
matéria fará coisa julgada e não poderá ser discutida em outro 
processo. 
 
- Prazo: 10 dias seguintes da intimação da contestação – para o 
autor (325) 
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- Na sentença o juiz decide a questão prejudicial e após profere a 
sentença. 
 
- Não cabe nas ações: 
 
a) sumárias 
 
b) execução 
 
c) cautelar 
 
 
8.3. Outras questões preliminares: 
 
- Citações de litisconsortes 
 
- Intervenção de terceiros: 
 
- Nomeação à autoria 
 
- Denunciação da lide 
 
- Chamamento ao processo 
 
Após as medidas 323 a 329, suspende-se o processo. 
 
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JULGAMENTO CONFORME O ESTADO DO PROCESSO 
 
- Depois de cumpridas as providências preliminares, ou não tendo 
necessidade delas, ocorrerá o julgamento conforme o estado do 
processo. 
 
- Não há necessidade de providências preliminares quando: 
 
- Não há resposta do réu; 
 
- Não incidir o 320; 
 
- Não argüir preliminares; 
 
- Não houver irregularidades a sanar; 
 
- Não produzir documentos com a contestação. 
 
- O julgamento conforme o estado do processo constitui-se numa 
destas decisões: 
 
- Extinção do processo (329); 
 
- Julgamento antecipado da lide (330); 
 
- Saneamento do processo(331). 
 
 
1- A extinção do processo (329): 
 
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- Extingue-se o processo sem resolução de mérito, conforme o art. 
267 
 
- Inciso XI – arts. 135 e 47, § único 
 
 
2- Julgamento antecipado da lide (330): 
 
- Quando a matéria for de direito; 
 
- Quando não for necessário produzir prova em audiência; 
 
- Quando ocorrer revelia (319). 
 
Obs.: Questão incontroversa = não se está discutindo no processo. 
 
 
3- Audiência preliminar (331): 
 
- Em 30 dias – não haverá se o processo se esgotou nas fases 
anteriores; 
 
- Não alcançada a conciliação, cabe ao juiz: 
 
- Fixar os pontos controvertidos entre as partes; 
 
- Julgar as questões processuais pendentes; 
 
- Determinar as provas a produzir; 
 
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- Designar audiência de instrução e julgamento, se 
necessário (331, §2º). 
 
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PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS 
 
- É o que primeiro se verifica no processo, antes mesmo das 
condições da ação; se ausentes os pressupostos, o processo é 
inválido e o direito de ação nem é apreciado. 
 
- Condições mínimas de constituição do processo e de seu 
desenvolvimento válido e regular; 
 
- A ausência de algum pressuposto resulta na extinção do processo 
sem resolução do mérito; 
 
- Tema de ordem pública, de interesse do Estado; 
 
- A matéria pode ser conhecida de ofício, a qualquer momento e grau 
de jurisdição, não se sujeita à preclusão; 
 
- Subdividem-se em: 
 
 a) pressupostos de constituição; 
 
b) pressupostos de desenvolvimentoválido e regular. 
 
 
1. Pressupostos de constituição: 
 
 - Petição inicial: 
 
 - elementos 
 
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- objetivos: o que se pede 
 
- subjetivos: em face de quem se pede 
 
 - forma 
 
- escrita 
 
- oral (JEC) 
 
 - subscrita e redigida por advogado; 
 
- acompanhada do instrumento de mandato 
 
 
- Jurisdição e competência: 
 
 - proposição perante o órgão competente 
 
 Obs.: a incompetência do juízo não constitui 
ausência de pressuposto de constituição, o que resultaria na extinção 
do processo. Caracteriza a ausência pressuposto de desenvolvimento, 
ensejando a remessa dos autos para o juízo competente. 
 
 
 - Citação 
 
 - angulariza e aperfeiçoa a relação processual; 
 
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- estende a relação jurídica existente entre autor e 
autoridade judicial, também ao réu. 
 
 
 - Capacidade postulatória 
 
- capacidade de ser parte: 
 
- pessoa física, jurídica, ou entes 
despersonalizados que vêm a juízo; 
 
- capacidade processual: 
 
- possibilidade da parte de se apresentar em 
juízo sem assistência ou representação; 
 
 
- capacidade postulatória: 
 
- exclusiva do advogado regularmente inscrito 
nos quadros da OAB. 
 
 - regra não absoluta: habeas corpus e JEC 
 
2. Pressupostos de desenvolvimento válido e regular do processo 
 
- o preenchimento dos requisitos da petição inicial, que assim 
apresenta-se como apta (art. 282); 
 
- a citação válida; 
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 - a competência do juízo, afastadas as suspeitas de 
impedimento ou suspeição. 
 
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CONDIÇÕES DA AÇÃO 
 
- Questão de ordem pública, de interesse do Estado; 
 
- Sua ausência implica em carência de ação; 
 
- A carência de ação pode: 
 
- ser alegada a qualquer momento na instância ordinária; 
 
- ser reconhecida de ofício em qualquer tempo e grau de 
jurisdição; 
 
- ocasionar a extinção do feito sem resolução de mérito (após a 
citação); 
 
- ocasionar o indeferimento da inicial por inépcia (antes da 
citação). 
 
1. Legitimidade de partes (arts. 3º e 6º, CPC): 
 
- “Legitimatio ad causam” 
 
- A legitimidade pode ser: 
 
a) ativa: pertencente a quem detém a titularidade do direito 
material; 
 
b) passiva: pertencente a quem, por força de ordem jurídica 
material, deve suportar as conseqüências da demanda. 
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- A legitimação pode ser: 
 
a) ordinária 
 
b) extraordinária (substituição processual): 
 
- decorre da lei; 
 
- remete à figura do substituto processual, que vai litigar 
em nome próprio, como autor ou réu, na defesa do 
interesse de outrem (o substituído); 
 
- ocorre nas ações coletivas, que envolvem interesses: 
 
- difusos (art. 81, I, CDC) 
 
 - coletivos (art. 81, II, CDC) 
 
 - individuais homogêneos (art. 81, III, CDC) 
 
- pode ser: 
 
- exclusiva: o legitimado ordinário é eliminado 
 
- concorrente: alternativamente à ordinária 
 
Obs.: 
Legitimação ordinária (substituição processual) 
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≠ 
Representação processual 
≠ 
Sucessão processual 
 
2. Interesse processual (art. 3º, 4º, CPC): 
 
- Atrelado à aplicação do binômio: necessidade / utilidade; 
 
- Há necessidade de demonstrar a necessidade do exercício da função 
jurisdicional como única forma de solucionar o conflito anunciado ou 
já estabelecido; 
 
- A idéia da possibilidade de ocorrência ou da já consumação do dano 
injusto não pode ser apenas fruto de imaginação; 
 
- Interesse: 
 
a) substancial (principal): 
 
- relacionado à existência do direito material ; 
 
b) processual (secundário): 
 
- via judicial indispensável; 
 
- adequação: deve haver correspondência entre a 
pretensão do autor e o meio processual escolhido para 
alcançar a resposta judicial. 
 
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- O interesse do autor pode limitar-se a uma declaração. 
 
 
3. Possibilidade jurídica do pedido 
 
- A possibilidade jurídica do pedido nos remete a duas situações: 
 
 - ausência de previsão legal da sua admissibilidade; 
 
- existência de norma proibitiva do seu deferimento. 
 
- Fundamento dessa condição: não se justifica o oneroso 
desenvolvimento de uma causa, se desde a sua propositura é sabido 
que não será possível o atendimento da pretensão, em função da 
falta de previsão ou da proibição da mesma. 
 
- Teorias concretistas da ação: subordinam o direito de ação à 
existência de um direito para o autor. 
 
- Teorias da ação como direito abstrato: desvinculam o direito de 
ação do direito subjetivo invocado, para a existência da ação basta 
que o pedido seja juridicamente possível. 
 
- Obs.: 
 
Carência de ação por impossibilidade jurídica do pedido 
(não ocorre julgamento do mérito, não faz coisa julgada material) 
 
≠ 
 
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Improcedência da ação 
(sentença que julga o mérito, faz coisa julgada material) 
 
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SANEAMENTO DO PROCESSO 
 
- Decisão saneadora (331, § 2º): 
 
- Saneamento da inicial até a audiência preliminar 
 
- Os §§ 2º e 3º, referem-se tão somente à eventual declaração de 
regularidade do processo; 
 
- Pressupostos processuais 
 
- Condições da ação 
 
- Proferido ao final das providências preliminares que o processo está 
em ordem, pode-se passar para a fase de instrução; 
 
- O despacho saneador é uma verdadeira decisão interlocutória; 
 
- Só haverá despacho saneador quando não couber extinção do 
processo (329), nem for possível o julgamento antecipado da lide. 
 
1. Conteúdo da decisão saneadora: 
 
I - Fixar os pontos controvertidos; 
 
II - Decidir as questões processuais pendentes; 
 
III - Determinar as provas a serem produzidas 
 
IV - Designar a audiência de instrução e julgamento 
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V - Perícias, assistentes. 
 
 
2. A tríplice declaração da decisão saneadora: 
 
- Admissibilidade do direito de ação; 
 
- Validade do processo; 
 
- Deferimento de prova oral ou pericial. 
 
- de despacho – não cabe recurso (504) 
 
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PRECLUSÃO 
 
- Fato processual impeditivo que acarreta a perda da faculdade da 
parte. 
 
12.1. Espécies de preclusão: 
 
- Temporal: perda do prazo 
 
- Lógica: ato já praticado que se torna incompatível como 
seguinte (503) 
 
- Consumativa: utilização de faculdade processual. 
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FASE PROBATÓRIA 
 
A PROVA 
 
- Conceito: instrumento ou meio hábil para demonstrar a existência 
de um fato (documento, testemunha ou perícia); 
 
- No sentido subjetivo: é a certeza (estado psíquico) originada quanto 
ao fato, em virtude da produção de instrumento probatório. 
 
 
1. Características da prova: 
 
- Objeto: fatos litigiosos 
 
- Finalidade: formar convicção 
 
- Destinatário: juízo 
 
Obs.: o juiz não pode eternizar a busca pela verdade 
(verdade formal). 
 
 
2. Não dependem de prova (334): 
 
- Fatos notórios: 
 
- Históricos 
 
- De gestão política 
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- Fatos admitidos por uma parte e confessados por outra 
 
- Fatos incontroversos 
 
- Exceto os referentes a Direitos Indisponíveis, quando 
devem ser provados mesmo assim. 
 
Obs.: Presunção = filho nascido na constância do 
casamento. 
 
 
3-Valor da prova: 
 
- Critério legal: superado 
 
- Critério da livre convicção: abusivo 
 
- Critério da presunção racional: adotado pelo CPC 
 
4-Poder de instrução do Juiz: 
 
- Iniciativa da busca da verdade real; 
 
- Ante os fatos incontroversos não se justifica a busca da verdade 
real; 
 
- Ocorra o mesmo na confissão. 
 
5-Ônus da prova: 
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- Fato alegado e não provado é o mesmo que fato inexistente. 
 
- Art. 333. 
 
- Em contrato, pode-se convencionar o ônus da prova. 
 
6- Procedimento probatório: 
 
1º - Proposição; 
 
2º - Deferimento; 
 
3º - Produção: 
 
- O juiz pode ouvir testemunhas fora da audiência de instrução e 
julgamento. 
 
- Instrução por carta: suspende o processo de requerida antes do 
despacho saneador. 
 
- Rogatória 
 
- Precatória 
 
- Dever de colaboração com a justiça. 
 
7-Meios de prova: 
 
- Depoimento pessoal (342/347); 
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- Confissão (348/354); 
 
- Exibição de documento ou coisa (355/363); 
 
- Documental (364/399); 
 
- Testemunhal (400/419); 
 
- Pericial (420/439); 
 
- Inspeção judicial (440/443). 
 
Obs.: prova emprestada é aquela produzida em outro processo e que 
apresenta relevância para o atual. 
 
8-Depoimento pessoal (342/347) 
 
- O interrogatório da parte; 
 
- Iniciativa: 
 
- Da parte contrária; 
 
- Do juiz. 
 
- Não comparecimento ou falta de resposta – acarreta pena de 
confissão; 
 
- Não obrigatoriedade de depor (347): 
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- Sobre fatos que comprometam o depoente; 
 
- Dever de sigilo. 
 
- O depoimento gira sobre fatos controvertidos. 
 
- Ordem dos depoimentos: 
 
1º Autor 
 
2º Réu 
 
- O advogado contrário pode contraditar através do juiz e após o juiz; 
 
- Uma parte não pode assistir o depoimento da outra; 
 
- Não se pode ler respostas mas é permitido consultar notas (346, 
CPC) 
 
9-Confissão (348/354) 
 
- Admite a verdade de um fato; 
 
- Faz prova contra o confidente, mas não significa “reconhecimento 
da procedência do pedido”; 
 
- A confissão não pode ser cindida, salvo se alegar fato novo; 
 
- Confissão extrajudicial: 
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- Se verbal, se prova com testemunhas; 
 
- Se escrita, tem eficácia probatória. 
 
10- Exibição de documento ou coisa (355/363): 
 
- Incidente processual; 
 
- Pedido na inicial, contestação ou depois. 
 
- Pode ser pedido como medida cautelar 
 
- Exceto quandocausar constrangimento. 
 
11-Prova documental (364/399) 
 
- Documento público; 
 
- Documento particular 
 
13.7.5. Prova testemunhal (400/419) 
 
- É um dever; 
 
- O juiz pode testemunhar; 
 
 - Depoentes: 
 
- Os incapazes não podem depor; 
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- Familiares; 
 
- Inimigos; 
 
- 10 testemunhos no máximo 
 
- Na audiência de instrução e julgamento, primeiro se ouve as 
testemunhas do autor. 
 
 
12- Prova pericial (420/439) 
 
 
- É prova face o livre convencimento motivado do juiz. 
 
 
13. Inspeção judicial (440/443) 
 
- De pessoas; 
 
- De coisas; 
 
- De lugares. 
 
 
14. AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO (444) 
 
- Ato solene 
 
- Visa colher prova oral 
 
- Princípio da oralidade 
 
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- Dialética processual 
 
- Características: 
 
- Público; 
 
- Correm em segredo: 
 
- Por interesse público; 
 
- Casamento; 
 
- Filiação; 
 
- Divórcio; 
 
 - Alimentos; 
 
- Curatela, etc. 
 
14.1. Procedimento: 
 
- Atos preparatórios: 
- Pregão 
 
- Tentativa de concilição 
 
- Ouve-se 
 
- Peritos 
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- Partes 
 
- Testemunhas 
 
- Debates orais (ou memoriais); 
 
- Autor e réu 20’ + 10’ 
 
- Sentença (ou marca data); 
 
- 10 dias 
 
- Escrivão lavra o termo. 
 
- Adiamento: 
 
- Por convenção 
 
- Por ausência do juiz 
 
- Não se adia se as partes forem intimadas 
 
- As testemunhas podem ser conduzidas à força 
- Pode antecipar a audiência intimando-se os advogados. 
 
 
 
 
 
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SENTENÇA 
 
1-Definição 
 
- Sentença é o ato do juiz que implica alguma das situações do art. 
267 e 269, CPC. 
 
2-Classificação 
 
- Sentença terminativa (267) 
 
- Extingue-se o processo, sem resolução de mérito. 
 
- Sentença definitiva 
 
- Decide o mérito da causa, no todo ou em parte. 
 
- Natureza da sentença definitiva: 
 
- Prepara a execução – cumprimento da sentença 
- Desaparece definitivamente o conflito que havia 
sido provocado o surgimento do processo. 
 
- Contém um silogismo: 
 
- Premissa maior = a lei 
 
- Premissa menor = os fatos 
 
- Conclusão: acolhimento ou rejeição do pedido 
ATUALIZAÇÃO EM PROCESSO DE CONHECIMENTO 
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jacobsonsantanatrovao@hotmail.com 
 
 
 
- Contém um comando: 
 
- Afirmação da vontade da lei aplicada ao caso concreto. 
 
3. Função da sentença terminativa : 
 
- Por fim à relação processual, em função da imprestabilidade 
para o objeto do processo: 
 
- Falta de pressupostos processuais 
 
- Falta de condições da ação 
 
4-Estrutura da sentença: (458) 
 
- Conteúdo: 
 
I- Relatório (delimitação do petitum); 
II- Fundamentos de fato e de direito (motivação – especifica 
a prestação imposta) 
III- Dispositivo (conclusão – o juiz apenas reporta ao pedido 
do autor, para julgá-lo procedente ou improcedente) 
 
Obs.: a inobservância dos requisitos acima gera a nulidade da 
sentença. 
 
5-Condições formais da sentença 
 
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- clareza – a sentença não pode conter ambigüidades ou 
equívocos 
 
- precisão – certeza da decisão (art. 460) 
 
6-Publicação e intimação da sentença 
 
a) na audiência de instrução e julgamento (457, caput); 
b) nos dez dias seguintes à audiência de instrução e 
julgamento (456) 
c) dez dias após apresentados os memoriais. 
 
Obs.: não havendo audiência, leitura em cartório pelo escrivão. 
 
7-Efeitos da publicação da sentença (463) 
 
- em caso de sentença terminativa, o juiz cumpre seu ofício 
jurisdicional; 
 
- em caso de sentença definitiva, a sentença está apta a ser 
cumprida, inaugurando nova fase processual (cumprimento da 
sentença) 
 
8-Correção e integração da sentença 
 
 
- Princípio da irretratabilidade da sentença de mérito 
 
Exceções: 
 
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- correção de inexatidões materiais e erros de cálculo 
 
- correção de obscuridade ou contradição, omissão do ponto 
que deveria pronunciar-se a sentença. Deve ser argüido por 
meio de embargos declaratórios. 
 
9-Vícios da sentença 
 
a) ausência dos requisitos da sentença – relatório; 
fundamentação ou dispositivo- art. 93, IX, CF/88; A motivação 
das decisões reclama explicitação fundamentada dos temas 
suscitados. Está calcado no due process of law. O art. 165, 
CPC, estabelece que as decisões interlocutórias podem ter 
fundamentação concisa. 
 
 
b) Vedação de o juiz proferir sentença ilíquida, no caso em 
que o autor tiver formulado pedido certo. – art. 475-a, 
§3º, CPC (lei n. 11.232/05) 
 
10-Nulidade da sentença (art. 460 – princípio da congruência) 
 
- extra petita – sentença soluciona causa diversa da que foi 
pedida – nulidade total; 
 
- ultra petita – o juiz vai além do que foi pedido – nulidade 
parcial; 
 
- citra petita – o juiz não examina todas as questões propostas 
pelas partes – nulidade total. 
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Exceções ao princípio da congruência 
 
- O juiz pode conceder a tutela específica ou o chamado 
‘resultado equivalente ao do adimplemento’ – art.

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