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MONTAGEM A PARTIR DE DIVERSAS FONTES ADMINISTRAÇÃO/ CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA DE ECONOMIA E NEGÓCIOS / 1º PERÍODO PROFº Vinícius Bernardes Roberto Sumário MACROECONOMIA. ............................................................................................................... 2 1. - DIVISAO DA TEORIA ECONÔMICA: ......................................................................... 4 MICROECONOMIA ................................................................................................................. 4 MACROECONOMIA: ............................................................................................................... 4 2. INTRODUÇÃO A MACROECONOMIA ......................................................................... 4 2.1- METAS/OBJETIVOS DE POLÍTICA MACROECONÔMICA ...................................... 5 • Alto nível de emprego ..................................................................................................... 5 • Estabilidade de preços (inflação) .................................................................................... 5 • Distribuição socialmente justa da renda .......................................................................... 5 • Crescimento econômico (diz respeito à elevação da renda ou produto per capita do país) .................................................................................................................................... 5 3. AS PRINCIPAIS FUNÇÕES DO SETOR PÚBLICO .................................................. 6 Provedora:. ................................................................................................................... 6 Reguladora:. ................................................................................................................. 6 Redistribuidora:. .......................................................................................................... 6 Estabilizadora: ........................................................................................................... 6 4. INSTRUMENTOS DA POLÍTICA MACROECONÔMICA ......................................... 7 Política Fiscal ............................................................................................................................. 7 Política Monetária ...................................................................................................................... 8 • Políticas Cambial e Comercial ................................................................................................ 9 • Política de Rendas ................................................................................................................... 9 5. O LADO MONETÁRIO .................................................................................................... 9 FUNÇÕES DA MOEDA ......................................................................................................... 10 MEIOS DE PAGAMENTOS ................................................................................................... 10 6. IDENTIDADES MACROECONÔMICAS ..................................................................... 11 Consumo, investimento e crescimento ..................................................................................... 12 7. O CRESCIMENTO ECONÔMICO E A DISTRIBUIÇÃO DA RENDA ....................... 14 8. PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB) E PRODUTO NACIONAL BRUTO (PNB) ..... 14 9. INFLAÇÃO ...................................................................................................................... 17 TIPOS DE INFLAÇÃO ........................................................................................................... 17 10. DESEMPREGO ............................................................................................................ 19 Referências: .............................................................................................................................. 20 2 MACROECONOMIA. A Macroeconomia é o ramo da teoria econômica que trata da evolução da economia como um todo, analisando a determinação e o comportamento dos grandes agregados, como renda e produto nacionais, investimento, poupança e consumo agregados, nível geral de preços, emprego e desemprego, estoque de moeda e taxas de juros, balanço de pagamentos e taxa de câmbio. Ao estudar e procurar relacionar os grandes agregados, a Macroeconomia não analisa em profundidade o comportamento das unidades econômicas individuais, tais como famílias e firmas, a fixação de preços nos mercados específicos, os efeitos de oligopólios em mercados individuais etc. Essas são preocupações da Microeconomia. A Macroeconomia trata os mercados de forma global. Por exemplo, no mercado de bens e serviços, o conceito de Produto Nacional é um agregado de mercados agrícolas, industriais e de serviços; no mercado de trabalho, a Macroeconomia preocupa-se com a oferta e a demanda de mão-de obra e com a determinação dos salários e nível de emprego, mas não considera diferenças em qualificação, sexo, idade, origem da força de trabalho etc. Quando considera apenas o nível da taxa de juros, não são destacadas devidamente as diferenças entre os vários tipos de aplicações financeiras. A teoria macroeconômica, propriamente dita, preocupa-se mais com questões conjunturais, de curto prazo. São considerados como questões de curto prazo o desemprego (entendido como a diferença entre a produção efetivamente realizada e a produção potencial da economia, quando todos os recursos estejam totalmente empregados) e a inflação (aumento contínuo do nível geral de preços). São consideradas questões estruturais problemas como desenvolvimento econômico, distribuição de renda, globalização, progresso tecnológico, as quais, em geral, extrapolam a análise meramente econômica, envolvendo questões políticas, históricas etc., que não são equacionadas no curto prazo. A parte da teoria econômica que estuda o comportamento dos grandes agregados ao longo do tempo (longo prazo), é denominada teoria do crescimento e desenvolvimento econômico. Preocupa-se com questões estruturais como progresso tecnológico, política industrial, que envolvem planejamento de longo prazo. A abordagem macroeconômica tem a vantagem de permitir uma melhor compreensão dos fatos mais relevantes da economia, representada assim um importante instrumento para a política e programação econômica. 3 Definição: trata da evolução da economia como um todo, analisando a determinação e o comportamento dos agregados econômicos. Os principais agregados são: • Renda • Emprego • Produto Nacional • Desemprego • Investimento • Poupança • Taxa de Juros • Consumo • Balanço de Pagamentos • Nível Geral de Preços • Taxa de Câmbio • Estoque de Moeda Negligencia o comportamento das unidades econômicas individuais, porém permite estabelecer relações entre os agregados e melhor compreensão das interações entre estes. Conceitos básicos: o valor adicionado, renda e dispêndio. A multiplicidade de transações que compõe a vida econômica, a diversidades agentes e envolvidos e as diferentes categorias de fluxos resultantes foram, entre outras, as dificuldades que exigiriam esforços de classificação e de sistematização, bem como de uniformização de bases conceituais. A classificação dos agentes econômicos em unidades familiares, empresas e governo resultaram destes trabalhos de sistematização. Também resultou deles a compreensão da interdependência dos fluxos de produção, de geração de renda e de dispêndio, a diferenciação entre consumo e a acumulação, a identificação dos setores e subsetores em que as atividades econômicas podem ser classificadase a tipificação dos seus resultados. Dos conceitos básicos que resultam desse trabalho sistematizador um dos mais importantes é o de valor adicionado. Esse conceito é um ponto de partida para a descrição e compreensão dos sistemas de cálculo agregativo. Ele tem a ver com uma diferenciação essencial entre os fluxos de produção e o conceito macroeconômico de produto. E é fundamental para contornar um dos problemas cruciais do cálculo macroeconômico, o da dupla contagem dos bens e serviços intermediários, que são utilizados no processo de outros bens e serviços, que por sua vez podem não ter, ainda, a destinação final do consumo e da acumulação. A produção é um fluxo de processamento, em cujas extremidades se encontram suprimentos e saídas. As empresas são os agentes econômicos que realizam esse processamento. Na complexa teia das relações de produção que se estabelece nas modernas economias, não há uma só empresa auto-suficiente. Independentemente das estruturas de mercado de que participa ou das atividades a que se dedica, toda empresa depende de alguma forma de suprimentos, procedente de outras empresas. A empresa k recebe suprimentos de a, b,...,n, sob a forma de bens e serviços de utilização intermediária. Processa insumos recebidos e da saída a produção resultante. 4 Entre os valores das saída e dos suprimentos há, sob condições normais, uma diferença positiva, que se define como valor adicionado pela empresa. Este valor é que se considera para o cálculo do produto agregado. Valor adicionado e produtos são, assim, sob óptica macroeconômica, conceitos equivalentes. O produto nacional, depurada das transações múltiplas, resulta da soma dos produtos ou dos valores acionados por cada uma das empresas que compõem o aparelho de produção da economia nacional. 1. - DIVISAO DA TEORIA ECONÔMICA: A teoria econômica é dividida em duas partes principais: microeconomia e macroeconomia. MICROECONOMIA Microeconomia deriva da palavra grega mikros, que significa “pequeno”. Analisa o comportamento da economia em detalhes, ou seja, o comportamento dos agentes econômicos individuais (famílias, empresas e governos) e mercados específicos. EXEMPLOS: “O emprego na indústria de fast food” “Por que os cartões de crédito cobram juros mais altos do que os de financiamento da casa própria? “A produção automobilística no Brasil” MACROECONOMIA: Macroeconomia deriva da palavra grega makros, que significa “grande”. Analisa o comportamento geral da economia, ou seja, se concentra no panorama geral e desconsidera os pequenos detalhes. EXEMPLOS: “O emprego total na economia” “Por que os juros no país são tão elevados?” ”A produção total do país” 2. INTRODUÇÃO A MACROECONOMIA A macroeconomia estuda o comportamento dos grandes agregados, tais como PIB, renda, nível geral de preços, taxa de juros, taxa de câmbio, emprego/desemprego, balanço de pagamentos, moeda, etc. Ao estudar esses agregados, a macroeconomia deixa para um segundo plano o comportamento das unidades e constituições individuais e dos mercados específicos, que são estudados pela microeconomia. 5 A macroeconomia trata o mercado de bens s serviços em um todo (agregando produtos agrícolas, industriais, serviços, transportes) bem como o mercado de trabalho, não se preocupando com as diferenças de qualificação (sexo, origem, etc). A abordagem macroeconômica tem a vantagem de permitir uma melhor compreensão dos fatos mais relevantes da economia, representada assim um importante instrumento para a política e programação econômica. 2.1- METAS/OBJETIVOS DE POLÍTICA MACROECONÔMICA • Alto nível de emprego A questão do emprego/desemprego não preocupava os economistas até 1930. Eles acreditavam que o mercado conduziria automaticamente ao pleno emprego. A preocupação com o emprego como meta de governo surgiu com Keynes, que forneceu a teoria para se recuperar o nível do emprego no longo prazo. Keynes defendeu a necessidade da intervenção do Estado na economia, pela qual o Estado deveria garantir a demanda agregada e através do gasto público, manter o equilíbrio econômico. • Estabilidade de preços (inflação) A busca da estabilidade dos preços se dá em função do processo inflacionário que é um aumento generalizado do preço das mercadorias. A inflação é um fenômeno inerente ao capitalismo e existe em todos os países, No entanto, nas economias em desenvolvimento os aumentos da inflação são constantes, em função dos desequilíbrios da economia. Portanto, a estabilidade dos preços é uma meta de governo, uma vez que a inflação, a partir de um determinado patamar, desestabiliza a economia. • Distribuição socialmente justa da renda É um tema que está ligado ao perfil da participação dos trabalhadores na riqueza social. Nas economias desenvolvidas, a participação dos salários no produto é de cerca de 2/3, enquanto no Brasil é de cerca de 1/3. O perfil salarial tem influência direta nos processos de distribuição da renda. Nas economias de baixos salários, a renda é mais concentrada enquanto nas economias desenvolvidas a renda é menos concentrada. • Crescimento econômico (diz respeito à elevação da renda ou produto per capita do país) Pode ser induzido pelo investimento e pela ação governamental. O investimento empresarial aumenta a produção, o emprego e a renda. 6 O investimento governamental induz não só o investimento empresarial como também estimula a economia e reverte a estagnação econômica Uma política de estímulo ao capital financeiro, com estabilidade a qualquer custo, leva a economia à recessão e ao desemprego. Uma política de estímulo a produção aumenta o emprego e a renda. Os objetivos da política econômica não são independentes um do outro. Há uma inter-relação entre eles. É importante que a política econômica seja realidade de maneira coordenada para que se obtenha os objetivos desejados. (observação: desenvolvimento econômico = melhoria do padrão de vida da população) 3. AS PRINCIPAIS FUNÇÕES DO SETOR PÚBLICO Do ponto de vista econômico, a ação governamental atende a certas funções básicas. Estas tendem, por sua vez, a afetar os rumos do crescimento e os parâmetros do desenvolvimento econômico. A literatura aponta para as funções básicas: função provedora, função reguladora, função redistribuidora e a função estabilizadora. Provedora: mediante as empresas públicas, facilitar acesso a bens e serviços, tais como, transporte, segurança e educação, água e energia. Assim o Estado pode pagar pensões, seguros sociais e promover o investimento em setores atrasados. A provisão de bens públicos, ou processo pelo qual o uso de recursos totais da economia é dividido entre bens públicos e privados, e pelo qual a composição dos bens públicos é escolhida. No Brasil pudemos observar a partir dos anos 1990 a promoção do sistema misto de oferta dos serviços como educação e saúde, quando o papel do setor privado configurado na forma de mercado passou a ser maior para o acesso da população a estes serviços. Reguladora: regular a atividade econômica mediante leis e disposições administrativas. Ex: controle de preços, regular monopólios, proteger consumidores em relação à publicidade e saúde. Redistribuidora: modificar a distribuição da renda ou da riqueza entre as pessoas, regiões ou grupos, procurando torná-la mais igualitária. Para isso, utiliza normas e também receitas e gastos públicos. Ao considerarmos os impostos diante desta função do Estado temos no Brasil a sua progressividade. Ao efetuar o imposto de renda pessoa física o indivíduo depara-se com as alíquotascorrespondentes ao tamanho da sua receita, ou seja, quanto mais o indivíduo ganha, mais paga impostos. Esta é a maneira pela qual o Estado assegura a possibilidade de gastos em consumo à população menos favorecida. Estabilizadora: controlar os grandes agregados econômicos, evitando excessivas flutuações e procurando diminuir os efeitos das quedas da atividade produtiva. A função estabilizadora relaciona-se ao uso da política orçamentária com o objetivo de manter o pleno emprego, um grau razoável de estabilidade no nível de preços e da balança de pagamentos, e uma taxa adequada de crescimento 7 econômico. Isto é, adontam-se políticas com o objetivo de estabilizar oscilações de preços, emprego, câmbio, etc. Diante desta descrição das funções do Estado temos como observar a grande importância que ele tem para uma economia e uma sociedade, principalmente se tratando de um país em desenvolvimento como o nosso, onde há um grande caminho a se percorrer para atingirmos um mercado concorrencial cujo funcionamento traga grandes resultados para a economia, e também para atingirmos condições mais justas e igualdade para a sociedade. Neste sentido é importante sabermos se a atuação dos governantes de fato segue a direção do crescimento e do desenvolvimento econômico. 4. INSTRUMENTOS DA POLÍTICA MACROECONÔMICA A política macroeconômica envolve atuação do governo no conjunto da economia. Para que a política seja efetivada, o governo lança mão de uma serie de instrumentos para atingir as metas macroeconômicas. - POLÍTICA MACROECONÔMICA A política macroeconômica é formada por um conjunto de medidas tomadas pelo governo de um país com o objetivo de atuar e influir nos rumos da economia no seu conjunto. Política Fiscal Instrumentos que o governo dispõe para a arrecadação de tributos (política tributária) e o controle de suas despesas (política de gastos). 8 - Tributos a impostos em geral - Controle de despesas a funcionalismo - Estimulo / desestimulo do consumo - Gastos gerais - Se o governo pretende reduzir a inflação diminui os gastos públicos e aumenta a carga tributaria. Se o governo quer aumentar o emprego, aumenta os gastos governamentais. Se o governo quer atuar na distribuição de renda ou na desigualdade regional, impõe imposto sobre a natureza ou incentivos para as regiões mais pobres. A política fiscal obedece ao principio da autoridade segundo o qual a implementação de uma medida fiscal só pode ocorrer a partir do ano seguinte ao de sua aprovação no congresso. Política Monetária Atuação do governo (Banco Central) sobre a quantidade de moeda em circulação. Esta relacionada ao estoque monetário do país. Envolve emissão de moeda, renda e compra de títulos públicos, bem como a regulação do sistema bancário. Emissão de moedas: mecanismo pelo qual o governo pode aumentar ou diminuir o volume de moeda na economia, de acordo com os interesses de estimular ou desestimular o consumo. 1. - Reservas compulsórias: mecanismo pelo qual o governo impõe aos bancos comerciais a retenção de uma parcela dois depósitos. É a parcela dos depósitos a vista que um banco deve manter obrigatoriamente depositada no Bacen, sem remuneração.; • Aumento do compulsório diminui a disponibilidade de recursos para empréstimos e, assim, diminui a oferta de moeda. 2. Redesconto ou Empréstimo de Liquidez: é uma linha de empréstimos do BC aos bancos comerciais em situações de falta temporária de liquidez (geralmente esta linha é punitiva); 9 • Aumento da taxa de redesconto leva os bancos diminuirem a oferta de moeda 3. - Mercado aberto: estrutura a partir da compra e venda de títulos públicos; 1. são compras ou vendas de títulos públicos realizadas pelo Bacen junto ao sistema bancário. É o instrumento de maior eficência no mercado financeiro para ajustar a liquidez do mercado monetário . • Quando o Bacen compra títulos públicos do mercado ele injeta reais, elevando a liquidez da economia devido ao aumento da oferta de moeda. • Quando o Bacen vende títulos públicos do mercado ele retira reais, diminuindo a liquidez da economia devido à redução da oferta de moeda 4. Controle do Crédito: a Autoridade Monetária pode afetar a disposição dos bancos em conceder crédito ou tomar posições no mercado de títulos, de câmbio ou futuros de acordo com: • Regulação do crédito; • Persuasão moral; • Supervisão e Fiscalização bancária - Taxa de juros: instrumento pelo qual o governo pode incentivar ou desacelerar o crescimento econômico; • Políticas Cambial e Comercial Atuação do governo sobre as variáveis relacionadas ao setor externo da economia. - Política Cambial: Atuação do governo sobre a taxa de câmbio. - Política Comercial: Instrumentos governamentais de incentivos às exportações e/ou estímulo e desestímulo às importações • Política de Rendas Intervenção direta do governo na formação de renda (salários e aluguéis), através do controle e congelamentos de preços. Esta ligada à capacidade do governo de atuar na formação e apropriação da riqueza, mediante a fixação dos salários e o controle dos preços. No Brasil não existe uma estratégia para a política de rendas, no sentido de sua distribuição mais justa. As políticas governamentais nessa área atendem muito mais os interesses do capital do que do trabalho. 5. O LADO MONETÁRIO O uso da moeda é tão generalizado que fica difícil imaginar o sistema econômico funcionando sem a intervenção da moeda. No entanto, há milhares de anos, seres 10 humanos trocavam suas mercadorias sem a necessidade do dinheiro. Era a troca direta. Com o desenvolvimento das forças produtivas criou-se o excedente entre os diversos produtores, o que possibilitou o desenvolvimento das trocas e, posteriormente, a introdução do dinheiro como intermediário. O dinheiro possuiu várias formas até chegar ao formato atual. Nos primórdios da troca foi a concha, peles, sal e depois apareceu o dinheiro metálico e o dinheiro de papel. FUNÇÕES DA MOEDA A medida que as economias foram se especializando, as transações dos excedentes por outros bens de que necessitavam foi exigindo um consenso geral sobre as funções que a moeda deveria desempenhar. A moeda desempenha três funções primordiais, como: a) Intermediação de troca, é a função principal da moeda. O dinheiro é um meio de troca geralmente aceito pela coletividade para a realização de transações e de cancelamento de dívidas e que evita a troca direta em espécie. b) Unidade de conta ou medida de valor, serve para calcular quanto valem bens e serviços, para comparar o valor de mercadorias. Além disso, a moeda resolve o problema de se somar coisas distintas. Tendo uma única referência. c) Reserva de valor, o dinheiro pode ser um ativo, é uma maneira de manter riquezas e de fato, tanto as famílias como as empresas podem manter parte do seu patrimônio em forma de dinheiro. Isso ocorre porque o dinheiro pode ser trocado facilmente por bens, a qualquer momento. Se a economia estiver em processo inflacionário, o valor do dinheiro se deteriora, fazendo com que esta função não se cumpra. MEIOS DE PAGAMENTOS O dinheiro e as moedas representam uma parte do total da oferta monetária. Os depósitos em bancos representam, hoje, no Brasil 4/5 da oferta monetária. A maior parte dos gastos é feita mediante transferências de depósitos, emprego de cartões de crédito e cheques. Seus depósitos e saques não são uma forma tangível de dinheiro. A quantidade de dinheiro (oferta monetária) é igual à soma do efetivo nas mãos do público mais os depósitos à vista, e pode ser representada pela letra Ml. O total dos meios de pagamentosna economia corresponde ao total de papel- moeda emitido pelo governo em poder do público, mais o total de depósitos à vista nos bancos comerciais. Com liquidez imediata. M2= Ml + aplicações em fundos de investimentos + títulos públicos federais, estaduais e municipais em poder do público. M3= M2 + Depósito em poupança. M4= M3 + depósito a prazo + títulos privados. Essa classificação dos haveres financeiros em Ml, M2, M3, M4 é suficiente para que as autoridades monetárias formulem a Política Econômica promovendo os ajustes necessários na liquidez da economia. 11 Considerando a história inflacionaria brasileira, vale ressaltar que, em períodos de inflação alta, ocorre uma migração dos ativos financeiros Ml em direção aos outros ativos. A esse processo dá-se o nome de desmonetização da economia. O caso inverso é a monetização. A base monetária é dada pela soma entre os haveres papel-moeda emitido e o total das reservas bancárias, que é o passivo do Banco central. Quando o Banco Central emite moeda, parte é retida pelo público para compra de bens e serviços, e parte é retida pêlos bancos, na forma de reservas técnicas, que visam atender as demandas dos clientes em saques diários. E outra parte é o recolhimento compulsório feito ao Banco central. A base monetária é a soma da moeda corrente e das reservas bancárias. Se os bancos não criassem moeda, o total de meios de pagamento seria igual a base monetária. Mas como os bancos criam moeda por meio da multiplicação dos depósitos à vista, para se apurar a Base Monetária é necessário que se deduza do Ml a moeda criada pêlos bancos comerciais. A moeda desempenha papel importante na Política Econômica do país, que é um conjunto de medidas que o governo adota, visando adequar os meios de pagamentos disponíveis às necessidades da economia. Os intermediários Financeiros designam uma categoria diferenciada de serviços prestados por um conjunto de agentes econômicos. Neste setor realizam-se operações com ativos financeiros, monetários e não monetários. Monetários, são os meios de pagamento empregados na liquidação de transações e Não monetários -são instrumentos de captação para financiamento de operações de crédito. 6. IDENTIDADES MACROECONÔMICAS Função consumo (C): O consumo agregado é função crescente do nível de renda nacional. As decisões de consumo da coletividade são influenciadas pela renda disponível. Função poupança (S): É a parcela da renda nacional não consumida, em dado período de tempo. Função investimento (I): ACRÉSCIMO AO ESTOQUE DE CAPITAL QUE LEVA CRESCIMENTO DA CAPACIDADE PRODUTIVA. 12 Existe uma relação direta entre: Consumo e investimento: Investimento e crescimento econômico Consumo, investimento e crescimento Existe uma relação direta entre consumo e investimento, assim como existe entre investimento e crescimento econômico. Se a sociedade decide consumir mais hoje, diminui sua poupança e a capacidade de investimento. A taxa de juros relevante para a determinação do nível de investimento não é a nominal e sim a real, ou seja, a taxa nominal descontada da inflação esperada. A função investimento mostra porque o investimento depende da taxa de juros real. Um aumento na taxa de juros real aumenta o custo do capital. Portanto, reduz tanto o lucro decorrente da posse do capital como o incentivo para acumular mais capital. De forma análoga, uma redução na taxa de juros real reduz o custo do capital e incentiva o investimento. Assim, a curva de investimento, que relaciona o investimento à taxa de juros, tem inclinação negativa. Um aumento na taxa de juros de r1 para r2 reduz o investimento planejado de I(r1) para I(r2). A relação entre taxa de juros e renda: quanto mais alta a taxa de juros, menor o nível de renda. De forma análoga, uma redução na taxa de juros real reduz o custo do capital e incentiva o investimento. Assim, a curva de investimento, que relaciona o investimento à taxa de juros, tem inclinação negativa. Uma redução no investimento planejado de I(r1) para I(r2) reduz a renda de Y1 para Y2 13 A relação entre taxa de juros e renda: quanto mais alta a taxa de juros, menor o nível de renda. Sabe-se que o nível de investimentos é determinante para a consolidação do crescimento econômico sustentado de um país. Em economias com baixa capacidade de investimento observa-se problemas de infra-estrutura como baixa capacidade de escoamento da produção, atraso tecnológico e baixa capacidade das empresas em ampliar a produção principalmente em cenários de aquecimento da demanda. O que determina o nível de INVESTIMENTOS em uma economia é sua capacidade de gerar POUPANÇA, ou seja: A Poupança Agregada é formada por: a) Poupança Privada (Sp) b) Poupança do Governo ou Setor Público (Sg) c) Poupança Externa (Se) A) Expansão da atividade econômica (também chamado de crescimento econômico ou crescimento do PIB). Este cenário é mais atrativo para novos investimentos nas atividades produtivas pois sinaliza um aumento do nível de emprego, do consumo em geral, ou seja, a empresa pode obter maior êxito ao desejar ampliar sua produção e seu faturamento. B) Retração da atividade econômica (ou queda do PIB). Este cenário já não é tão atrativo para novos investimentos, pois sinaliza uma retração (queda) do 14 consumo em geral, gerando problemas como dificuldade na obtenção de crédito, aumento de desemprego e outros fatores. Um novo investimento por parte da empresa neste cenário pode não corresponder as expectativas de aumento de seu faturamento. 7. O CRESCIMENTO ECONÔMICO E A DISTRIBUIÇÃO DA RENDA Não há uma correlação nítida entre crescimento econômico e distribuição da renda. A sensação imediata é de que um maior crescimento econômico traz melhorias na distribuição da renda. Isto, no entanto, não é tão claro, havendo algumas forças que atuam nesta direção e outras em sentido contrário. a) Aumento do emprego e do salário: possibilita melhorias na distribuição da renda porque mais pessoas participam do processo produtivo e o “bolo” a ser distribuído é maior. b) Aumento da arrecadação de tributos: abre maiores possibilidades para que o governo faça gastos sociais. c) Aumento da inflação: atinge mais fortemente as pessoas que não podem proteger seus recursos no sistema financeiro e que gastam boa parte da renda em consumo. É sabido que em um processo inflacionário, primeiro sobem os preços e depois os salários, reduzindo o poder de compra dos trabalhadores. d) Aumento das importações e redução das exportações: ambos provocam uma redução do emprego dentro do país. No caso brasileiro, a redução das exportações tem um alto impacto sobre o emprego porque o país exporta, principalmente, produtos intensivos em trabalho. e) Aumento da participação do lucro na renda: muitos estudos comprovam que a participação dos lucros na renda aumenta com o crescimento econômico. Este aspecto afeta direta e indiretamente a distribuição da renda. O efeito direto é uma piora na distribuição, já que o lucro é a fonte de renda das pessoas que tem mais dinheiro. O efeito indireto é favorável pois o lucro tende a estimular novos investimentos. Desenvolvimento Econômico: economicamente é caracterizado pelo crescimento econômico acompanhado pela melhoria do padrão de vida da coletividade e por alterações fundamentais na estrutura da economia. É quantificado pela ONU – Organização das Nações Unidas, através do IDH, Índice de Desenvolvimento Humano. Esse indicador leva em consideração os dados sócios culturais, como índice de analfabetismo, expectativade vida, mortalidade infantil, etc. 8. PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB) E PRODUTO NACIONAL BRUTO (PNB) O Produto Interno Bruto (PIB) 15 O produto interno bruto corresponde ao valor agregado de todos os bens finais produzidos no país, independentemente da nacionalidade do capital. Na soma do PIB entra a contribuição produtiva de todas as atividades formais da economia. Com essa observação percebe-se a primeira limitação desse indicador: ele não capta as informações do setor informal da economia. O Produto Nacional Bruto (PNB) O produto nacional bruto corresponde ao valor de mercado de toda a produção realizada pela mobilização do capital nacional. Com essa observação podemos perceber que há uma diferença fundamental entre o PNB de países como os EUA, o Japão e a Alemanha e países como o Brasil, a Argentina e o Paraguai. E quais seriam essas diferenças? Na aferição do PNB, para que se possa totalizar a contribuição do capital nacional, realiza-se a seguinte operação: PNB = PIB – Renda enviada ao exterior (RE) + Renda recebida (RR) Esse processo é realizado com a finalidade de apurar a contribuição das empresas nacionais. Assim, para conhecer o PNB do Brasil, seria necessário somar toda a produção nacional e, dessa produção, descontar os valores que são remetidos ao exterior a título de pagamento de lucros, remuneração de marcas e patentes e juros. Depois, precisaríamos somar os valores que o país recebe no que se refere a esses mesmos itens. Esse saldo líquido seria o valor do PNB. Contudo, países como o Brasil possuem poucas empresas espalhadas pelo mundo e, em contrapartida, têm instaladas em seu território muitas empresas de capital estrangeiro. Desse modo, o saldo entre a renda enviada ao exterior e a renda recebida será sempre negativo, o que faz com que o PNB seja menor do que o valor do PIB. PIB ou PNB? Uma das confusões em torno do PIB é a que mistura taxas trimestrais de crescimento, divulgadas periodicamente pelo IBGE com taxas anuais. A taxa trimestral mede o crescimento do PIB num trimestre em relação ao trimestre anterior e se constitui na medida mais aproximada de velocidade corrente de crescimento do PIB. Essa taxa é anualizada, ou seja, indica o quanto o PIB cresceria no ano todo se sua velocidade de expansão continuasse a mesma. Para se evitar confusões no tratamento das variações do PIB deve-se sempre tomar a base inicial da medida como 100, e aplicar sobre ela os índices de crescimento divulgados. Isso permite visualizar corretamente o fenômeno em curso. Outra confusão se dá entre os conceitos de Produto Interno Bruto - PIB e Produto Nacional Bruto - PNB. Nos Estados Unidos, o conceito preferido é o de PNB, e por isso ele aparece nos principais livros de macroeconomia. Na Grã Bretanha e no Brasil , é mais usado o PIB. O PIB é o valor de toda a produção de bens e serviços ocorrida dentro das fronteiras do país, sem considerar a nacionalidade dos que se apropriaram dessas rendas, sem descontar rendas eventualmente enviadas ao exterior e sem considerar as recebidas do exterior, daí o qualificativo de "interno." 16 O PNB considera as rendas recebidas do exterior por nacionais do país e desconta as que foram apropriadas por nacionais de outros países, daí o qualificativo "nacional." No caso do Brasil, o PNB é menor do que o PIB porque uma parcela da ordem de 3% do PIB brasileiro não é usufruída por brasileiros e sim enviada ao exterior na forma de lucros, dividendos e juros do capital estrangeiro. Assim, a renda interna bruta é de fato menor do que PIB. Nos Estados Unidos, ao contrário, o PNB é maior do que PIB porque as rendas obtidas pelas empresas americanas no exterior e enviadas aos Estados Unidos na forma de remessa de lucros e dividendos, são consideradas parte do PNB americano. Portanto: O PIB, descontado dessa renda enviada ao exterior, ou somado à renda recebida do exterior é chamado PNB. O conceito de PNB, por esse motivo, está mais próximo ao conceito de Renda Nacional. Quando a RLEE for negativa (característica de países em desenvolvimento) o valor dos bens e serviços produzidos com fatores de produção nacionais (PNB) será menor que a produção interna (PIB). Ao contrário, quando a RLEE for positiva (característica de países desenvolvidos) o produto derivado do uso dos fatores nacionais (PNB) será superior ao produto interno (PIB). Dessas observações, podemos deduzir o seguinte: 1) países que importam capital: PNB > PIB; 2) países que exportam capital: PNB < PIB. No primeiro grupo, podem-se considerar os principais países industrializados (Japão, EUA, países integrantes da União Européia, Tigres asiáticos etc.) No segundo grupo, podem-se considerar as economias emergentes de países como Brasil, Argentina, México, Chile, Índia, além de um grande número de países pobres. Em outras palavras, a sociedade que consome mais hoje compromete a capacidade de crescimento futuro. Além da poupança pessoal, o governo tem importante papel no financiamento da produção. A poupança pessoal é canalizada para as empresas, em geral, de duas formas: Através da compra de títulos de dividas ou como aporte de capital nas empresas. Nos dois casos o mercado de capitais é o ―lugar‖ onde são realizadas estas transações. O governo atua por meio, principalmente, do BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social e da Caixa Econômica Federal - CEF, fornecendo recursos de longo prazo para projetos que contribuam com o desenvolvimento do país. Suas linhas de apoio do BNDES contemplam financiamentos de longo prazo a custos competitivos para projetos de investimentos e para a comercialização de máquinas e equipamentos novos, fabricados no país, bem como para o incremento das exportações brasileiras. Contribui, também, para o fortalecimento da estrutura de capital das empresas privadas de qualquer porte e setor, bem como para o desenvolvimento do mercado de capitais. 17 9. INFLAÇÃO De acordo com Paulo Sandroni: Inflação é um aumento persistente dos preços em geral, de que resulta uma contínua perda do poder aquisitivo da moeda. Também pode ser definida como um inchaço nos preços em uma economia. Os movimentos inflacionários representam elevações em todos os bens produzidos pela economia e não o aumento de um determinado preço. O fenômeno inflação exige a elevação contínua dos preços durante um determinado período de tempo. A inflação é medida pela variação dos índices de preços. Estes permitem calcular a média da variação relativa dos preços de um conjunto de bens e serviços em uma seqüência de períodos de tempo. Dessa forma quanto maior for a proporção da renda gasta com um produto ou serviço maior será o impacto no índice. Estes índices de preços expressam o custo atual de uma cesta de bens com uma porcentagem do custo dessa cesta no período base. Taxa de Inflação é a variação percentual no nível geral de preços ao longo de um ano. Os custos econômicos da inflação: a) Gerenciamento excessivo de encaixes. b) Remarcação de preços mais freqüente. c) Compensação pela incerteza. d) Perda de informação. e) Aumento na alíquota de imposto. Aumento da concentração de renda. Distorções no Balanço de Pagamentos. TIPOS DE INFLAÇÃO Inflação de DEMANDA Em economias emergentes, os governos investem muito em infra-estrutura. Esses altos investimentos, geralmente maiores que as receitas provocam constantes déficits públicos, desequilibrando o orçamento público. Muito dinheiro e poucos bens. Inflação de CUSTOS: Vários são os fatores que podem gerar inflação, tais como: a) aumento nos preços de insumos importantes na economia, como petróleo e energia elétrica. b) Aumento expressivo dos salários de determinadacategoria, não compensados por aumento na produtividade. c) Ação dos oligopólios que, mesmo em um ambiente de crise econômica com redução da demanda agregada e conseqüente queda de produção, procuram aumentar a margem de lucro para manter suas receitas. Dessa forma ocorre o processo inflacionário acompanhado da queda de produção e do nível de emprego. A inflação com estagnação econômica é a Estagflação. Inflação ESTRUTURAL; os setores que produzem bens com baixa elastícidade- renda têm dificuldade em aumentar a produção como resposta às variações da 18 demanda. Ex setor agrícola, que não consegue produzir os bens necessários para acompanhar o crescimento da demanda nas economias em desenvolvimento, alimentado pela industrialização, pelo crescimento demográfico e pelo êxodo rural - Inflação INERCIAL, esta inflação surge das expectativas inflacionárias. Os agentes econômicos acreditam que o processo inflacionário continuará no futuro apenas pelo fato de ter existido no passado. Isto é a chamada cultura inflacionária. Efeitos da inflação Em uma situação de elevados e crescentes níveis de inflação, os assalariados que vivem de rendas fixas acabam sendo mais atingidos, pois não têm como proteger seus rendimentos. A minoria de trabalhadores, com salários mais elevados, ainda têm a possibilidade de proteger parte de seus rendimentos, com aplicações no mercado financeiro ou com a aquisição de ativos (dólar, ouro etc.). Além disso, como exemplificamos acima, os produtos industrializados são mais inflexíveis, ou seja, podem aumentar, dificilmente reduzindo seus preços. Desse modo, os consumidores que residem nas regiões metropolitanas sentem de forma mais aguda os efeitos da inflação do que os trabalhadores rurais, que consomem alimentos in natura. Assim, podemos dizer que a elevação da inflação tende a aumentar os níveis de concentração de renda à medida que o trabalhador tem uma redução em salário real. IMPORTANTE Salário nominal: Corresponde ao salário medido a preços correntes, por exemplo, o trabalhador recebe R$100,00 em janeiro; se não receber nenhum reajuste até dezembro, seu salário nominal continuará em R$ 100,00. Salário real: Corresponde ao salário medido em termos de poder de compra, ou seja, é o salário nominal descontando-se os efeitos da inflação. Por exemplo: se o trabalhador receber os mesmos R$ 100,00 de janeiro a dezembro e se verificar-se, nesse período, uma inflação de 20%, seu salário real será de R$ 80,00, 20% menor do que seu salário nominal. Se o trabalhador comprava uma cesta básica em janeiro, em dezembro só poderá comprar 80% dos produtos. Efeitos sobre as contas públicas - Em um processo de inflação elevada pode ocorrer uma corrosão nas contas públicas em razão da diferença entre o período em que foi estabelecido o imposto e o momento de arrecadação. Essa defasagem entre o fato gerador (momento de criação do tributo) e a arrecadação é chamado de Efeito Tanzi, nome do economista que percebeu esse fenômeno. No Brasil, esse fenômeno foi minimizado com a introdução da correção monetária em 1966, que tendia a corrigir os valores dos tributos. Efeitos sobre a atividade empresarial - Em um quadro de inflação elevada as empresas ficam impossibilitadas de realizar planejamento econômico e inibidas em fazer novos investimentos. Dessa maneira, preferem aplicar seus recursos em mercados especulativos a investir na produção. Ocorre uma fuga da moeda local e as pessoas passam a procurar dólar, ouro e outros ativos. Causas da inflação Há várias correntes teóricas que buscam explicar o fenômeno da inflação, apontando causas diversas. Entre elas, poderíamos sintetizar as principais: 19 a) Quantidade excessiva de moeda que circula na economia. Essa causa normalmente é indicada pelos economistas chamados monetaristas. Segundo eles, os desequilíbrios no orçamento do Estado, decorrentes de gastos superiores à arrecadação, fazem com que o governo se veja obrigado a ampliar os meios de pagamento na economia, sem o respectivo aumento no nível da produção. b) Aumento dos salários em níveis superiores ao nível da produtividade da economia. No Brasil, principalmente durante a fase final do regime militar (1979- 1984), o governo manteve os reajustes salariais em níveis inferiores aos índices de inflação, não obtendo êxito nessa política. c) Restrições externas, provocando aumento dos custos de matérias-primas importadas (principalmente petróleo). d) Grande participação de oligopólios na economia. Dado o controle do mercado, essas empresas podem tomar a decisão de aumentar os preços apenas com o objetivo de aumentar suas margens de lucros. 10. DESEMPREGO Todo mês o IBGE entrevista por meio de uma amostra, 38.500 domicílios, em diversas capitais para representar a população total brasileira. Com base nas suas respostas, as pessoas são incluídas em uma das três categorias que segue: a) População Ocupada; uma pessoa está empregada se ela trabalhou na semana anterior a entrevista e/ou está ausente por doença, greve ou férias. b) População Desocupada; uma pessoa está desempregada se ela não tinha trabalho num determinado período de referência, mas estava disposta a trabalhar. c) População não economicamente ativa; a força de trabalho é composta por todos que estão empregados ou desempregados, os demais é fora da força de trabalho. Isso inclui estudantes, cônjuges que não trabalham fora de casa e aposentados. Inclui também pessoas que desistiram de procurar trabalho. Taxa de desemprego é a porcentagem da força de trabalho que está desempregada. Efeito da recessão: Uma economia está em uma recessão quando o produto total cai. Uma recessão aumenta a taxa de desemprego de duas maneiras, quando perdem seus empregos e quando há menos oferta de trabalho. Tipos e custos do desemprego: a) Desemprego sazonal: considerado como o tipo de desemprego que é limitado a certas épocas do ano, por não haver oferta homogênea de emprego durante o ano todo. b) Desemprego disfarçado ou subemprego: consiste na definição de um tipo de emprego que possui remuneração muito abaixo dos padrões aceitáveis, consideradas como um tipo de desemprego. c) Desemprego cíclico: é o desemprego que acompanha as flutuações dos níveis de produção. Este tipo de desemprego aumenta nos períodos recessivos e cai nos períodos expansivos. 20 d) Desemprego estrutural ou tecnológico: é o tipo de desemprego decorrente da incompatibilidade entre as ofertas de empregos disponíveis na economia e a qualificação dos trabalhadores que estão demandando mão-de-obra. e) Desemprego Friccional: é o tipo de desemprego que ocorre naturalmente durante o funcionamento da economia. É caracterizado pelo fato das pessoas estarem sempre procurando novas e melhores oportunidades de trabalho. Referências: MANKIW, N. G.. Introdução à economia: princípios de micro e macroeconomia. Rio de Janeiro: Campus, 2001. VASCONCELLO, S. M. A. S.. Economia micro e macro. 4ª Ed. São Paulo: atlas, 2006.
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