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ECONOMIA APOSTILA.doc N2 2018doc

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MONTAGEM A PARTIR DE DIVERSAS FONTES 
 
ADMINISTRAÇÃO/ CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
DISCIPLINA DE ECONOMIA E NEGÓCIOS / 1º PERÍODO 
PROFº Vinícius Bernardes Roberto 
 
 
Sumário 
 
MACROECONOMIA. ............................................................................................................... 2 
1. - DIVISAO DA TEORIA ECONÔMICA: ......................................................................... 4 
MICROECONOMIA ................................................................................................................. 4 
MACROECONOMIA: ............................................................................................................... 4 
2. INTRODUÇÃO A MACROECONOMIA ......................................................................... 4 
2.1- METAS/OBJETIVOS DE POLÍTICA MACROECONÔMICA ...................................... 5 
• Alto nível de emprego ..................................................................................................... 5 
• Estabilidade de preços (inflação) .................................................................................... 5 
• Distribuição socialmente justa da renda .......................................................................... 5 
• Crescimento econômico (diz respeito à elevação da renda ou produto per capita do 
país) .................................................................................................................................... 5 
3. AS PRINCIPAIS FUNÇÕES DO SETOR PÚBLICO .................................................. 6 
 Provedora:. ................................................................................................................... 6 
 Reguladora:. ................................................................................................................. 6 
 Redistribuidora:. .......................................................................................................... 6 
 Estabilizadora: ........................................................................................................... 6 
4. INSTRUMENTOS DA POLÍTICA MACROECONÔMICA ......................................... 7 
Política Fiscal ............................................................................................................................. 7 
Política Monetária ...................................................................................................................... 8 
• Políticas Cambial e Comercial ................................................................................................ 9 
• Política de Rendas ................................................................................................................... 9 
5. O LADO MONETÁRIO .................................................................................................... 9 
FUNÇÕES DA MOEDA ......................................................................................................... 10 
MEIOS DE PAGAMENTOS ................................................................................................... 10 
6. IDENTIDADES MACROECONÔMICAS ..................................................................... 11 
Consumo, investimento e crescimento ..................................................................................... 12 
7. O CRESCIMENTO ECONÔMICO E A DISTRIBUIÇÃO DA RENDA ....................... 14 
8. PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB) E PRODUTO NACIONAL BRUTO (PNB) ..... 14 
9. INFLAÇÃO ...................................................................................................................... 17 
TIPOS DE INFLAÇÃO ........................................................................................................... 17 
10. DESEMPREGO ............................................................................................................ 19 
Referências: .............................................................................................................................. 20 
 
 
 
 
 
 
 2 
MACROECONOMIA. 
 
 
A Macroeconomia é o ramo da teoria econômica que trata da evolução da 
economia como um todo, analisando a determinação e o comportamento dos 
grandes agregados, como renda e produto nacionais, investimento, poupança e 
consumo agregados, nível geral de preços, emprego e desemprego, estoque de 
moeda e taxas de juros, balanço de pagamentos e taxa de câmbio. 
 
Ao estudar e procurar relacionar os grandes agregados, a Macroeconomia 
não analisa em profundidade o comportamento das unidades econômicas 
individuais, tais como famílias e firmas, a fixação de preços nos mercados 
específicos, os efeitos de oligopólios em mercados individuais etc. Essas são 
preocupações da Microeconomia. 
 
A Macroeconomia trata os mercados de forma global. Por exemplo, no 
mercado de bens e serviços, o conceito de Produto Nacional é um agregado de 
mercados agrícolas, industriais e de serviços; no mercado de trabalho, a 
Macroeconomia preocupa-se com a oferta e a demanda de mão-de obra e com a 
determinação dos salários e nível de emprego, mas não considera diferenças em 
qualificação, sexo, idade, origem da força de trabalho etc. Quando considera apenas 
o nível da taxa de juros, não são destacadas devidamente as diferenças entre os 
vários tipos de aplicações financeiras. 
 
A teoria macroeconômica, propriamente dita, preocupa-se mais com questões 
conjunturais, de curto prazo. São considerados como questões de curto prazo o 
desemprego (entendido como a diferença entre a produção efetivamente realizada 
e a produção potencial da economia, quando todos os recursos estejam totalmente 
empregados) e a inflação (aumento contínuo do nível geral de preços). 
 
São consideradas questões estruturais problemas como desenvolvimento 
econômico, distribuição de renda, globalização, progresso tecnológico, as quais, em 
geral, extrapolam a análise meramente econômica, envolvendo questões políticas, 
históricas etc., que não são equacionadas no curto prazo. 
 
A parte da teoria econômica que estuda o comportamento dos grandes 
agregados ao longo do tempo (longo prazo), é denominada teoria do crescimento 
e desenvolvimento econômico. Preocupa-se com questões estruturais como 
progresso tecnológico, política industrial, que envolvem planejamento de longo 
prazo. 
 
 
A abordagem macroeconômica tem a vantagem de permitir uma melhor 
compreensão dos fatos mais relevantes da economia, representada assim um 
importante instrumento para a política e programação econômica. 
 
 
 
 3 
Definição: trata da evolução da economia como um todo, analisando a determinação 
e o comportamento dos agregados econômicos. Os principais agregados são: 
• Renda 
• Emprego 
• Produto Nacional 
• Desemprego 
• Investimento 
• Poupança 
• Taxa de Juros 
• Consumo 
• Balanço de Pagamentos 
• Nível Geral de Preços 
• Taxa de Câmbio 
• Estoque de Moeda 
 
Negligencia o comportamento das unidades econômicas individuais, porém permite 
estabelecer relações entre os agregados e melhor compreensão das interações 
entre estes. 
 
 
Conceitos básicos: o valor adicionado, renda e dispêndio. 
 
 A multiplicidade de transações que compõe a vida econômica, a diversidades 
agentes e envolvidos e as diferentes categorias de fluxos resultantes foram, entre 
outras, as dificuldades que exigiriam esforços de classificação e de sistematização, 
bem como de uniformização de bases conceituais. 
 A classificação dos agentes econômicos em unidades familiares, empresas e 
governo resultaram destes trabalhos de sistematização. Também resultou deles a 
compreensão da interdependência dos fluxos de produção, de geração de renda e 
de dispêndio, a diferenciação entre consumo e a acumulação, a identificação dos 
setores e subsetores em que as atividades econômicas podem ser classificadase a 
tipificação dos seus resultados. 
 Dos conceitos básicos que resultam desse trabalho sistematizador um dos 
mais importantes é o de valor adicionado. Esse conceito é um ponto de partida para 
a descrição e compreensão dos sistemas de cálculo agregativo. Ele tem a ver com 
uma diferenciação essencial entre os fluxos de produção e o conceito 
macroeconômico de produto. E é fundamental para contornar um dos problemas 
cruciais do cálculo macroeconômico, o da dupla contagem dos bens e serviços 
intermediários, que são utilizados no processo de outros bens e serviços, que por 
sua vez podem não ter, ainda, a destinação final do consumo e da acumulação. 
 A produção é um fluxo de processamento, em cujas extremidades se 
encontram suprimentos e saídas. As empresas são os agentes econômicos que 
realizam esse processamento. Na complexa teia das relações de produção que se 
estabelece nas modernas economias, não há uma só empresa auto-suficiente. 
Independentemente das estruturas de mercado de que participa ou das atividades a 
que se dedica, toda empresa depende de alguma forma de suprimentos, procedente 
de outras empresas. A empresa k recebe suprimentos de a, b,...,n, sob a forma de 
bens e serviços de utilização intermediária. Processa insumos recebidos e da saída 
a produção resultante. 
 4 
 Entre os valores das saída e dos suprimentos há, sob condições normais, 
uma diferença positiva, que se define como valor adicionado pela empresa. Este 
valor é que se considera para o cálculo do produto agregado. Valor adicionado e 
produtos são, assim, sob óptica macroeconômica, conceitos equivalentes. O produto 
nacional, depurada das transações múltiplas, resulta da soma dos produtos ou dos 
valores acionados por cada uma das empresas que compõem o aparelho de 
produção da economia nacional. 
 
 
1. - DIVISAO DA TEORIA ECONÔMICA: 
 
 A teoria econômica é dividida em duas partes principais: microeconomia e 
macroeconomia. 
 
MICROECONOMIA 
 
Microeconomia deriva da palavra grega mikros, que significa “pequeno”. Analisa o 
comportamento da economia em detalhes, ou seja, o comportamento dos agentes 
econômicos individuais (famílias, empresas e governos) e mercados específicos. 
 
 
EXEMPLOS: “O emprego na indústria de fast food” 
“Por que os cartões de crédito cobram juros mais altos do que os de financiamento 
da casa própria? 
 “A produção automobilística no Brasil” 
 
 
MACROECONOMIA: 
 
Macroeconomia deriva da palavra grega makros, que significa “grande”. Analisa o 
comportamento geral da economia, ou seja, se concentra no panorama geral e 
desconsidera os pequenos detalhes. 
 
 
EXEMPLOS: “O emprego total na economia” 
 “Por que os juros no país são tão elevados?” 
 ”A produção total do país” 
 
 
2. INTRODUÇÃO A MACROECONOMIA 
 
A macroeconomia estuda o comportamento dos grandes agregados, tais 
como PIB, renda, nível geral de preços, taxa de juros, taxa de câmbio, 
emprego/desemprego, balanço de pagamentos, moeda, etc. 
Ao estudar esses agregados, a macroeconomia deixa para um segundo plano 
o comportamento das unidades e constituições individuais e dos mercados 
específicos, que são estudados pela microeconomia. 
 5 
A macroeconomia trata o mercado de bens s serviços em um todo (agregando 
produtos agrícolas, industriais, serviços, transportes) bem como o mercado de 
trabalho, não se preocupando com as diferenças de qualificação (sexo, origem, etc). 
 
A abordagem macroeconômica tem a vantagem de permitir uma melhor 
compreensão dos fatos mais relevantes da economia, representada assim um 
importante instrumento para a política e programação econômica. 
 
2.1- METAS/OBJETIVOS DE POLÍTICA MACROECONÔMICA 
 
• Alto nível de emprego 
 
A questão do emprego/desemprego não preocupava os economistas até 1930. Eles 
acreditavam que o mercado conduziria automaticamente ao pleno emprego. A 
preocupação com o emprego como meta de governo surgiu com Keynes, que 
forneceu a teoria para se recuperar o nível do emprego no longo prazo. 
 
Keynes defendeu a necessidade da intervenção do Estado na economia, pela qual o 
Estado deveria garantir a demanda agregada e através do gasto público, manter o 
equilíbrio econômico. 
 
 
• Estabilidade de preços (inflação) 
 
A busca da estabilidade dos preços se dá em função do processo inflacionário que é 
um aumento generalizado do preço das mercadorias. 
 
A inflação é um fenômeno inerente ao capitalismo e existe em todos os países, No 
entanto, nas economias em desenvolvimento os aumentos da inflação são 
constantes, em função dos desequilíbrios da economia. Portanto, a estabilidade dos 
preços é uma meta de governo, uma vez que a inflação, a partir de um determinado 
patamar, desestabiliza a economia. 
 
• Distribuição socialmente justa da renda 
 
É um tema que está ligado ao perfil da participação dos trabalhadores na riqueza 
social. Nas economias desenvolvidas, a participação dos salários no produto é de 
cerca de 2/3, enquanto no Brasil é de cerca de 1/3. 
 
O perfil salarial tem influência direta nos processos de distribuição da renda. Nas 
economias de baixos salários, a renda é mais concentrada enquanto nas economias 
desenvolvidas a renda é menos concentrada. 
 
• Crescimento econômico (diz respeito à elevação da renda ou produto per capita do 
país) 
 
Pode ser induzido pelo investimento e pela ação governamental. O investimento 
empresarial aumenta a produção, o emprego e a renda. 
 
 6 
O investimento governamental induz não só o investimento empresarial como 
também estimula a economia e reverte a estagnação econômica 
 
Uma política de estímulo ao capital financeiro, com estabilidade a qualquer custo, 
leva a economia à recessão e ao desemprego. Uma política de estímulo a produção 
aumenta o emprego e a renda. 
 
Os objetivos da política econômica não são independentes um do outro. Há uma 
inter-relação entre eles. É importante que a política econômica seja realidade de 
maneira coordenada para que se obtenha os objetivos desejados. 
(observação: desenvolvimento econômico = melhoria do padrão de vida da 
população) 
 
3. AS PRINCIPAIS FUNÇÕES DO SETOR PÚBLICO 
 
Do ponto de vista econômico, a ação governamental atende a certas funções 
básicas. Estas tendem, por sua vez, a afetar os rumos do crescimento e os 
parâmetros do desenvolvimento econômico. A literatura aponta para as funções 
básicas: função provedora, função reguladora, função redistribuidora e a função 
estabilizadora. 
 
 Provedora: mediante as empresas públicas, facilitar acesso a bens e 
serviços, tais como, transporte, segurança e educação, água e energia. Assim o 
Estado pode pagar pensões, seguros sociais e promover o investimento em setores 
atrasados. A provisão de bens públicos, ou processo pelo qual o uso de recursos 
totais da economia é dividido entre bens públicos e privados, e pelo qual a 
composição dos bens públicos é escolhida. No Brasil pudemos observar a partir dos 
anos 1990 a promoção do sistema misto de oferta dos serviços como educação e 
saúde, quando o papel do setor privado configurado na forma de mercado passou a 
ser maior para o acesso da população a estes serviços. 
 
 Reguladora: regular a atividade econômica mediante leis e disposições 
administrativas. Ex: controle de preços, regular monopólios, proteger consumidores 
em relação à publicidade e saúde. 
 
 Redistribuidora: modificar a distribuição da renda ou da riqueza entre as 
pessoas, regiões ou grupos, procurando torná-la mais igualitária. Para isso, utiliza 
normas e também receitas e gastos públicos. Ao considerarmos os impostos diante 
desta função do Estado temos no Brasil a sua progressividade. Ao efetuar o imposto 
de renda pessoa física o indivíduo depara-se com as alíquotascorrespondentes ao 
tamanho da sua receita, ou seja, quanto mais o indivíduo ganha, mais paga 
impostos. Esta é a maneira pela qual o Estado assegura a possibilidade de gastos 
em consumo à população menos favorecida. 
 
 Estabilizadora: controlar os grandes agregados econômicos, evitando 
excessivas flutuações e procurando diminuir os efeitos das quedas da atividade 
produtiva. A função estabilizadora relaciona-se ao uso da política orçamentária com 
o objetivo de manter o pleno emprego, um grau razoável de estabilidade no nível de 
preços e da balança de pagamentos, e uma taxa adequada de crescimento 
 7 
econômico. Isto é, adontam-se políticas com o objetivo de estabilizar oscilações de 
preços, emprego, câmbio, etc. 
 
Diante desta descrição das funções do Estado temos como observar a grande 
importância que ele tem para uma economia e uma sociedade, principalmente se 
tratando de um país em desenvolvimento como o nosso, onde há um grande 
caminho a se percorrer para atingirmos um mercado concorrencial cujo 
funcionamento traga grandes resultados para a economia, e também para atingirmos 
condições mais justas e igualdade para a sociedade. Neste sentido é importante 
sabermos se a atuação dos governantes de fato segue a direção do crescimento e 
do desenvolvimento econômico. 
 
 
4. INSTRUMENTOS DA POLÍTICA MACROECONÔMICA 
 
A política macroeconômica envolve atuação do governo no conjunto da economia. 
Para que a política seja efetivada, o governo lança mão de uma serie de 
instrumentos para atingir as metas macroeconômicas. 
 
- POLÍTICA MACROECONÔMICA 
 
A política macroeconômica é formada por um conjunto de medidas tomadas pelo 
governo de um país com o objetivo de atuar e influir nos rumos da economia no seu 
conjunto. 
 
Política Fiscal 
 
 
Instrumentos que o governo dispõe para a arrecadação de tributos (política 
tributária) e o controle de suas despesas (política de gastos). 
 
 8 
- Tributos a impostos em geral 
- Controle de despesas a funcionalismo 
- Estimulo / desestimulo do consumo 
- Gastos gerais 
- 
Se o governo pretende reduzir a inflação diminui os gastos públicos e aumenta a 
carga tributaria. Se o governo quer aumentar o emprego, aumenta os gastos 
governamentais. 
Se o governo quer atuar na distribuição de renda ou na desigualdade regional, 
impõe imposto sobre a natureza ou incentivos para as regiões mais pobres. 
 
A política fiscal obedece ao principio da autoridade segundo o qual a implementação 
de uma medida fiscal só pode ocorrer a partir do ano seguinte ao de sua aprovação 
no congresso. 
 
 
Política Monetária 
 
 
Atuação do governo (Banco Central) sobre a quantidade de moeda em circulação. 
Esta relacionada ao estoque monetário do país. Envolve emissão de moeda, renda e 
compra de títulos públicos, bem como a regulação do sistema bancário. 
Emissão de moedas: mecanismo pelo qual o governo pode aumentar ou diminuir o 
volume de moeda na economia, de acordo com os interesses de estimular ou 
desestimular o consumo. 
 
1. - Reservas compulsórias: mecanismo pelo qual o governo impõe aos 
bancos comerciais a retenção de uma parcela dois depósitos. 
É a parcela dos depósitos a vista que um banco deve manter obrigatoriamente 
depositada no Bacen, sem remuneração.; 
• Aumento do compulsório diminui a disponibilidade de recursos para 
empréstimos e, assim, diminui a oferta de moeda. 
 
2. Redesconto ou Empréstimo de Liquidez: é uma linha de empréstimos do 
BC aos bancos comerciais em situações de falta temporária de liquidez 
(geralmente esta linha é punitiva); 
 9 
• Aumento da taxa de redesconto leva os bancos diminuirem a oferta de 
moeda 
 
3. - Mercado aberto: estrutura a partir da compra e venda de títulos públicos; 
 
1. são compras ou vendas de títulos públicos realizadas pelo Bacen junto ao 
sistema bancário. É o instrumento de maior eficência no mercado financeiro para 
ajustar a liquidez do mercado monetário . 
• Quando o Bacen compra títulos públicos do mercado ele injeta reais, 
elevando a liquidez da economia devido ao aumento da oferta de moeda. 
• Quando o Bacen vende títulos públicos do mercado ele retira reais, 
diminuindo a liquidez da economia devido à redução da oferta de moeda 
4. Controle do Crédito: a Autoridade Monetária pode afetar a disposição dos 
bancos em conceder crédito ou tomar posições no mercado de títulos, de câmbio 
ou futuros de acordo com: 
• Regulação do crédito; 
• Persuasão moral; 
• Supervisão e Fiscalização bancária 
- Taxa de juros: instrumento pelo qual o governo pode incentivar ou desacelerar o 
crescimento econômico; 
 
 
• Políticas Cambial e Comercial 
 
Atuação do governo sobre as variáveis relacionadas ao setor externo da economia. 
- Política Cambial: Atuação do governo sobre a taxa de câmbio. 
- Política Comercial: Instrumentos governamentais de incentivos às 
exportações e/ou estímulo e desestímulo às importações 
 
• Política de Rendas 
 
Intervenção direta do governo na formação de renda (salários e aluguéis), através 
do controle e congelamentos de preços. 
Esta ligada à capacidade do governo de atuar na formação e apropriação da 
riqueza, mediante a fixação dos salários e o controle dos preços. No Brasil não 
existe uma estratégia para a política de rendas, no sentido de sua distribuição mais 
justa. As políticas governamentais nessa área atendem muito mais os interesses do 
capital do que do trabalho. 
 
5. O LADO MONETÁRIO 
 
O uso da moeda é tão generalizado que fica difícil imaginar o sistema econômico 
funcionando sem a intervenção da moeda. No entanto, há milhares de anos, seres 
 10 
humanos trocavam suas mercadorias sem a necessidade do dinheiro. Era a troca 
direta. Com o desenvolvimento das forças produtivas criou-se o excedente entre os 
diversos produtores, o que possibilitou o desenvolvimento das trocas e, 
posteriormente, a introdução do dinheiro como intermediário. O dinheiro possuiu 
várias formas até chegar ao formato atual. Nos primórdios da troca foi a concha, 
peles, sal e depois apareceu o dinheiro metálico e o dinheiro de papel. 
 
FUNÇÕES DA MOEDA 
 
A medida que as economias foram se especializando, as transações dos excedentes 
por outros bens de que necessitavam foi exigindo um consenso geral sobre as 
funções que a moeda deveria desempenhar. A moeda desempenha três funções 
primordiais, como: 
a) Intermediação de troca, é a função principal da moeda. O dinheiro é um meio 
de troca geralmente aceito pela coletividade para a realização de transações e de 
cancelamento de dívidas e que evita a troca direta em espécie. 
b) Unidade de conta ou medida de valor, serve para calcular quanto valem bens 
e serviços, para comparar o valor de mercadorias. Além disso, a moeda resolve o 
problema de se somar coisas distintas. Tendo uma única referência. 
c) Reserva de valor, o dinheiro pode ser um ativo, é uma maneira de manter 
riquezas e de fato, tanto as famílias como as empresas podem manter parte do 
seu patrimônio em forma de dinheiro. Isso ocorre porque o dinheiro pode ser 
trocado facilmente por bens, a qualquer momento. Se a economia estiver em 
processo inflacionário, o valor do dinheiro se deteriora, fazendo com que esta 
função não se cumpra. 
 
MEIOS DE PAGAMENTOS 
 
O dinheiro e as moedas representam uma parte do total da oferta monetária. Os 
depósitos em bancos representam, hoje, no Brasil 4/5 da oferta monetária. A maior 
parte dos gastos é feita mediante transferências de depósitos, emprego de cartões 
de crédito e cheques. Seus depósitos e saques não são uma forma tangível de 
dinheiro. 
A quantidade de dinheiro (oferta monetária) é igual à soma do efetivo nas mãos do 
público mais os depósitos à vista, e pode ser representada pela letra Ml. 
O total dos meios de pagamentosna economia corresponde ao total de papel-
moeda emitido pelo governo em poder do público, mais o total de depósitos à vista 
nos bancos comerciais. Com liquidez imediata. 
 
M2= Ml + aplicações em fundos de investimentos + títulos públicos federais, 
estaduais e municipais em poder do público. 
M3= M2 + Depósito em poupança. 
M4= M3 + depósito a prazo + títulos privados. 
Essa classificação dos haveres financeiros em Ml, M2, M3, M4 é suficiente para que 
as autoridades monetárias formulem a Política Econômica promovendo os ajustes 
necessários na liquidez da economia. 
 11 
Considerando a história inflacionaria brasileira, vale ressaltar que, em períodos de 
inflação alta, ocorre uma migração dos ativos financeiros Ml em direção aos outros 
ativos. 
A esse processo dá-se o nome de desmonetização da economia. O caso inverso é a 
monetização. 
A base monetária é dada pela soma entre os haveres papel-moeda emitido e o total 
das reservas bancárias, que é o passivo do Banco central. Quando o Banco Central 
emite moeda, parte é retida pelo público para compra de bens e serviços, e parte é 
retida pêlos bancos, na forma de reservas técnicas, que visam atender as demandas 
dos clientes em saques diários. E outra parte é o recolhimento compulsório feito ao 
Banco central. 
 
A base monetária é a soma da moeda corrente e das reservas bancárias. Se os 
bancos não criassem moeda, o total de meios de pagamento seria igual a base 
monetária. Mas como os bancos criam moeda por meio da multiplicação dos 
depósitos à vista, para se apurar a Base Monetária é necessário que se deduza do 
Ml a moeda criada pêlos bancos comerciais. A moeda desempenha papel importante 
na Política Econômica do país, que é um conjunto de medidas que o governo adota, 
visando adequar os meios de pagamentos disponíveis às necessidades da 
economia. 
Os intermediários Financeiros designam uma categoria diferenciada de serviços 
prestados por um conjunto de agentes econômicos. Neste setor realizam-se 
operações com ativos financeiros, monetários e não monetários. 
 Monetários, são os meios de pagamento empregados na liquidação de 
transações e Não monetários -são instrumentos de captação para financiamento de 
operações de crédito. 
 
 
6. IDENTIDADES MACROECONÔMICAS 
 
Função consumo (C): 
 
O consumo agregado é função crescente do nível de renda nacional. 
As decisões de consumo da coletividade são influenciadas pela renda disponível. 
 
Função poupança (S): 
 
É a parcela da renda nacional não consumida, em dado período de tempo. 
Função investimento (I): 
 
ACRÉSCIMO AO ESTOQUE DE CAPITAL QUE LEVA CRESCIMENTO DA 
CAPACIDADE PRODUTIVA. 
 12 
Existe uma relação direta entre: 
Consumo e investimento: 
Investimento e crescimento econômico 
 
 
Consumo, investimento e crescimento 
 
Existe uma relação direta entre consumo e investimento, assim como existe entre 
investimento e crescimento econômico. Se a sociedade decide consumir mais hoje, 
diminui sua poupança e a capacidade de investimento. 
A taxa de juros relevante para a determinação do nível de investimento não é a 
nominal e sim a real, ou seja, a taxa nominal descontada da inflação esperada. A 
função investimento mostra porque o investimento depende da taxa de juros real. 
Um aumento na taxa de juros real aumenta o custo do capital. Portanto, reduz tanto 
o lucro decorrente da posse do capital como o incentivo para acumular mais capital. 
De forma análoga, uma redução na taxa de juros real reduz o custo do capital e 
incentiva o investimento. Assim, a curva de investimento, que relaciona o 
investimento à taxa de juros, tem inclinação negativa. 
Um aumento na taxa de juros de r1 para r2 reduz o investimento planejado de I(r1) 
para I(r2). A relação entre taxa de juros e renda: quanto mais alta a taxa de juros, 
menor o nível de renda. 
 
 
 
 
 
 
 
De forma análoga, uma redução na taxa de juros real reduz o custo do capital e 
incentiva o investimento. Assim, a curva de investimento, que relaciona o 
investimento à taxa de juros, tem inclinação negativa. 
 
Uma redução no investimento planejado de I(r1) para I(r2) reduz a renda de Y1 para 
Y2 
 13 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A relação entre taxa de juros e renda: quanto mais alta a taxa de juros, menor o nível 
de renda. 
 
 
Sabe-se que o nível de investimentos é determinante para a consolidação do 
crescimento econômico sustentado de um país. Em economias com baixa 
capacidade de investimento observa-se problemas de infra-estrutura como baixa 
capacidade de escoamento da produção, atraso tecnológico e baixa capacidade das 
empresas em ampliar a produção principalmente em cenários de aquecimento da 
demanda. 
 
 
O que determina o nível de INVESTIMENTOS em uma economia é sua capacidade 
de gerar POUPANÇA, ou seja: 
 
 
 
 
A Poupança Agregada é formada por: 
a) Poupança Privada (Sp) 
b) Poupança do Governo ou Setor Público (Sg) 
c) Poupança Externa (Se) 
 
A) Expansão da atividade econômica (também chamado de crescimento 
econômico ou crescimento do PIB). 
Este cenário é mais atrativo para novos investimentos nas atividades produtivas pois 
sinaliza um aumento do nível de emprego, do consumo em geral, ou seja, a empresa 
pode obter maior êxito ao desejar ampliar sua produção e seu faturamento. 
 
B) Retração da atividade econômica (ou queda do PIB). Este cenário já não é 
tão atrativo para novos investimentos, pois sinaliza uma retração (queda) do 
 14 
consumo em geral, gerando problemas como dificuldade na obtenção de 
crédito, aumento de desemprego e outros fatores. Um novo investimento por 
parte da empresa neste cenário pode não corresponder as expectativas de 
aumento de seu faturamento. 
 
 
7. O CRESCIMENTO ECONÔMICO E A DISTRIBUIÇÃO DA 
RENDA 
 
Não há uma correlação nítida entre crescimento econômico e distribuição da 
renda. A sensação imediata é de que um maior crescimento econômico traz 
melhorias na distribuição da renda. Isto, no entanto, não é tão claro, havendo 
algumas forças que atuam nesta direção e outras em sentido contrário. 
 
a) Aumento do emprego e do salário: possibilita melhorias na distribuição da renda 
porque mais pessoas participam do processo produtivo e o “bolo” a ser distribuído é 
maior. 
b) Aumento da arrecadação de tributos: abre maiores possibilidades para que o 
governo faça gastos sociais. 
c) Aumento da inflação: atinge mais fortemente as pessoas que não podem proteger 
seus recursos no sistema financeiro e que gastam boa parte da renda em consumo. 
É sabido que em um processo inflacionário, primeiro sobem os preços e depois os 
salários, reduzindo o poder de compra dos trabalhadores. 
d) Aumento das importações e redução das exportações: ambos provocam uma 
redução do emprego dentro do país. No caso brasileiro, a redução das exportações 
tem um alto impacto sobre o emprego porque o país exporta, principalmente, 
produtos intensivos em trabalho. 
e) Aumento da participação do lucro na renda: muitos estudos comprovam que a 
participação dos lucros na renda aumenta com o crescimento econômico. Este 
aspecto afeta direta e indiretamente a distribuição da renda. O efeito direto é uma 
piora na distribuição, já que o lucro é a fonte de renda das pessoas que tem mais 
dinheiro. O efeito indireto é favorável pois o lucro tende a estimular novos 
investimentos. 
 
Desenvolvimento Econômico: economicamente é caracterizado pelo crescimento 
econômico acompanhado pela melhoria do padrão de vida da coletividade e por 
alterações fundamentais na estrutura da economia. É quantificado pela ONU – 
Organização das Nações Unidas, através do IDH, Índice de Desenvolvimento 
Humano. Esse indicador leva em consideração os dados sócios culturais, como 
índice de analfabetismo, expectativade vida, mortalidade infantil, etc. 
 
 
 
8. PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB) E PRODUTO NACIONAL 
BRUTO (PNB) 
 
O Produto Interno Bruto (PIB) 
 15 
O produto interno bruto corresponde ao valor agregado de todos os bens 
finais produzidos no país, independentemente da nacionalidade do capital. Na soma 
do PIB entra a contribuição produtiva de todas as atividades formais da economia. 
Com essa observação percebe-se a primeira limitação desse indicador: ele não 
capta as informações do setor informal da economia. 
 
O Produto Nacional Bruto (PNB) 
O produto nacional bruto corresponde ao valor de mercado de toda a 
produção realizada pela mobilização do capital nacional. Com essa observação 
podemos perceber que há uma diferença fundamental entre o PNB de países como 
os EUA, o Japão e a Alemanha e países como o Brasil, a Argentina e o Paraguai. E 
quais seriam essas diferenças? 
Na aferição do PNB, para que se possa totalizar a contribuição do capital 
nacional, realiza-se a seguinte operação: 
 
PNB = PIB – Renda enviada ao exterior (RE) + Renda recebida (RR) 
 
Esse processo é realizado com a finalidade de apurar a contribuição das 
empresas nacionais. Assim, para conhecer o PNB do Brasil, seria necessário somar 
toda a produção nacional e, dessa produção, descontar os valores que são 
remetidos ao exterior a título de pagamento de lucros, remuneração de marcas e 
patentes e juros. Depois, precisaríamos somar os valores que o país recebe no que 
se refere a esses mesmos itens. Esse saldo líquido seria o valor do PNB. Contudo, 
países como o Brasil possuem poucas empresas espalhadas pelo mundo e, em 
contrapartida, têm instaladas em seu território muitas empresas de capital 
estrangeiro. Desse modo, o saldo entre a renda enviada ao exterior e a renda 
recebida será sempre negativo, o que faz com que o PNB seja menor do que o valor 
do PIB. 
 
 
PIB ou PNB? 
 
Uma das confusões em torno do PIB é a que mistura taxas trimestrais de 
crescimento, divulgadas periodicamente pelo IBGE com taxas anuais. A taxa 
trimestral mede o crescimento do PIB num trimestre em relação ao trimestre anterior 
e se constitui na medida mais aproximada de velocidade corrente de crescimento do 
PIB. Essa taxa é anualizada, ou seja, indica o quanto o PIB cresceria no ano todo se 
sua velocidade de expansão continuasse a mesma. Para se evitar confusões no 
tratamento das variações do PIB deve-se sempre tomar a base inicial da medida 
como 100, e aplicar sobre ela os índices de crescimento divulgados. Isso permite 
visualizar corretamente o fenômeno em curso. 
 
Outra confusão se dá entre os conceitos de Produto Interno Bruto - PIB e Produto 
Nacional Bruto - PNB. Nos Estados Unidos, o conceito preferido é o de PNB, e por 
isso ele aparece nos principais livros de macroeconomia. Na Grã Bretanha e no 
Brasil , é mais usado o PIB. 
 
O PIB é o valor de toda a produção de bens e serviços ocorrida dentro das fronteiras 
do país, sem considerar a nacionalidade dos que se apropriaram dessas rendas, 
sem descontar rendas eventualmente enviadas ao exterior e sem considerar as 
recebidas do exterior, daí o qualificativo de "interno." 
 16 
 
O PNB considera as rendas recebidas do exterior por nacionais do país e desconta 
as que foram apropriadas por nacionais de outros países, daí o qualificativo 
"nacional." 
 
No caso do Brasil, o PNB é menor do que o PIB porque uma parcela da ordem de 
3% do PIB brasileiro não é usufruída por brasileiros e sim enviada ao exterior na 
forma de lucros, dividendos e juros do capital estrangeiro. Assim, a renda interna 
bruta é de fato menor do que PIB. Nos Estados Unidos, ao contrário, o PNB é maior 
do que PIB porque as rendas obtidas pelas empresas americanas no exterior e 
enviadas aos Estados Unidos na forma de remessa de lucros e dividendos, são 
consideradas parte do PNB americano. Portanto: O PIB, descontado dessa renda 
enviada ao exterior, ou somado à renda recebida do exterior é chamado PNB. O 
conceito de PNB, por esse motivo, está mais próximo ao conceito de Renda 
Nacional. 
Quando a RLEE for negativa (característica de países em desenvolvimento) o valor 
dos bens e serviços produzidos com fatores de produção nacionais (PNB) será 
menor que a produção interna (PIB). 
Ao contrário, quando a RLEE for positiva (característica de países desenvolvidos) o 
produto derivado do uso dos fatores nacionais (PNB) será superior ao produto 
interno (PIB). 
Dessas observações, podemos deduzir o seguinte: 
 
1) países que importam capital: PNB > PIB; 
2) países que exportam capital: PNB < PIB. 
 
No primeiro grupo, podem-se considerar os principais países industrializados 
(Japão, EUA, países integrantes da União Européia, Tigres asiáticos etc.) 
 
No segundo grupo, podem-se considerar as economias emergentes de países 
como Brasil, Argentina, México, Chile, Índia, além de um grande número de países 
pobres. 
 
Em outras palavras, a sociedade que consome mais hoje compromete a capacidade 
de crescimento futuro. Além da poupança pessoal, o governo tem importante papel 
no financiamento da produção. 
A poupança pessoal é canalizada para as empresas, em geral, de duas formas: 
Através da compra de títulos de dividas ou como aporte de capital nas empresas. 
Nos dois casos o mercado de capitais é o ―lugar‖ onde são realizadas estas 
transações. 
O governo atua por meio, principalmente, do BNDES - Banco Nacional de 
Desenvolvimento Econômico e Social e da Caixa Econômica Federal - CEF, 
fornecendo recursos de longo prazo para projetos que contribuam com o 
desenvolvimento do país. Suas linhas de apoio do BNDES contemplam 
financiamentos de longo prazo a custos competitivos para projetos de investimentos 
e para a comercialização de máquinas e equipamentos novos, fabricados no país, 
bem como para o incremento das exportações brasileiras. Contribui, também, para o 
fortalecimento da estrutura de capital das empresas privadas de qualquer porte e 
setor, bem como para o desenvolvimento do mercado de capitais. 
 17 
 
9. INFLAÇÃO 
 
De acordo com Paulo Sandroni: Inflação é um aumento persistente dos preços em 
geral, de que resulta uma contínua perda do poder aquisitivo da moeda. Também 
pode ser definida como um inchaço nos preços em uma economia. Os movimentos 
inflacionários representam elevações em todos os bens produzidos pela economia e 
não o aumento de um determinado preço. O fenômeno inflação exige a elevação 
contínua dos preços durante um determinado período de tempo. 
 
A inflação é medida pela variação dos índices de preços. Estes permitem calcular a 
média da variação relativa dos preços de um conjunto de bens e serviços em uma 
seqüência de períodos de tempo. Dessa forma quanto maior for a proporção da 
renda gasta com um produto ou serviço maior será o impacto no índice. 
 
Estes índices de preços expressam o custo atual de uma cesta de bens com uma 
porcentagem do custo dessa cesta no período base. 
 
 
Taxa de Inflação é a variação percentual no nível geral de preços ao longo de 
um ano. 
 Os custos econômicos da inflação: 
 a) Gerenciamento excessivo de encaixes. 
 b) Remarcação de preços mais freqüente. 
 c) Compensação pela incerteza. 
 d) Perda de informação. 
 e) Aumento na alíquota de imposto. 
 Aumento da concentração de renda. 
 Distorções no Balanço de Pagamentos. 
 
TIPOS DE INFLAÇÃO 
 
Inflação de DEMANDA Em economias emergentes, os governos investem muito em 
infra-estrutura. Esses altos investimentos, geralmente maiores que as receitas 
provocam constantes déficits públicos, desequilibrando o orçamento público. Muito 
dinheiro e poucos bens. 
 
Inflação de CUSTOS: Vários são os fatores que podem gerar inflação, tais como: 
 a) aumento nos preços de insumos importantes na economia, como petróleo 
e energia elétrica. 
 b) Aumento expressivo dos salários de determinadacategoria, não 
compensados por aumento na produtividade. 
 c) Ação dos oligopólios que, mesmo em um ambiente de crise econômica com 
redução da demanda agregada e conseqüente queda de produção, procuram 
aumentar a margem de lucro para manter suas receitas. Dessa forma ocorre o 
processo inflacionário acompanhado da queda de produção e do nível de emprego. 
A inflação com estagnação econômica é a Estagflação. 
Inflação ESTRUTURAL; os setores que produzem bens com baixa elastícidade-
renda têm dificuldade em aumentar a produção como resposta às variações da 
 18 
demanda. Ex setor agrícola, que não consegue produzir os bens necessários para 
acompanhar o crescimento da demanda nas economias em desenvolvimento, 
alimentado pela industrialização, pelo crescimento demográfico e pelo êxodo rural - 
Inflação INERCIAL, esta inflação surge das expectativas inflacionárias. Os agentes 
econômicos acreditam que o processo inflacionário continuará no futuro apenas pelo 
fato de ter existido no passado. Isto é a chamada cultura inflacionária. 
 
Efeitos da inflação 
Em uma situação de elevados e crescentes níveis de inflação, os 
assalariados que vivem de rendas fixas acabam sendo mais atingidos, pois não têm 
como proteger seus rendimentos. A minoria de trabalhadores, com salários mais 
elevados, ainda têm a possibilidade de proteger parte de seus rendimentos, com 
aplicações no mercado financeiro ou com a aquisição de ativos (dólar, ouro etc.). 
Além disso, como exemplificamos acima, os produtos industrializados são 
mais inflexíveis, ou seja, podem aumentar, dificilmente reduzindo seus preços. 
Desse modo, os consumidores que residem nas regiões metropolitanas sentem de 
forma mais aguda os efeitos da inflação do que os trabalhadores rurais, que 
consomem alimentos in natura. 
Assim, podemos dizer que a elevação da inflação tende a aumentar os níveis 
de concentração de renda à medida que o trabalhador tem uma redução em salário 
real. 
IMPORTANTE 
Salário nominal: Corresponde ao salário medido a preços correntes, por exemplo, o 
trabalhador recebe R$100,00 em janeiro; se não receber nenhum reajuste até 
dezembro, seu salário nominal continuará em R$ 100,00. 
Salário real: Corresponde ao salário medido em termos de poder de compra, ou 
seja, é o salário nominal descontando-se os efeitos da inflação. Por exemplo: se o 
trabalhador receber os mesmos R$ 100,00 de janeiro a dezembro e se verificar-se, 
nesse período, uma inflação de 20%, seu salário real será de R$ 80,00, 20% menor 
do que seu salário nominal. Se o trabalhador comprava uma cesta básica em 
janeiro, em dezembro só poderá comprar 80% dos produtos. 
 
Efeitos sobre as contas públicas - Em um processo de inflação elevada 
pode ocorrer uma corrosão nas contas públicas em razão da diferença entre o 
período em que foi estabelecido o imposto e o momento de arrecadação. Essa 
defasagem entre o fato gerador (momento de criação do tributo) e a arrecadação é 
chamado de Efeito Tanzi, nome do economista que percebeu esse fenômeno. 
No Brasil, esse fenômeno foi minimizado com a introdução da correção 
monetária em 1966, que tendia a corrigir os valores dos tributos. 
 
Efeitos sobre a atividade empresarial - Em um quadro de inflação elevada 
as empresas ficam impossibilitadas de realizar planejamento econômico e inibidas 
em fazer novos investimentos. Dessa maneira, preferem aplicar seus recursos em 
mercados especulativos a investir na produção. Ocorre uma fuga da moeda local e 
as pessoas passam a procurar dólar, ouro e outros ativos. 
 
Causas da inflação 
Há várias correntes teóricas que buscam explicar o fenômeno da inflação, 
apontando causas diversas. Entre elas, poderíamos sintetizar as principais: 
 19 
a) Quantidade excessiva de moeda que circula na economia. Essa causa 
normalmente é indicada pelos economistas chamados monetaristas. Segundo 
eles, os desequilíbrios no orçamento do Estado, decorrentes de gastos superiores 
à arrecadação, fazem com que o governo se veja obrigado a ampliar os meios de 
pagamento na economia, sem o respectivo aumento no nível da produção. 
b) Aumento dos salários em níveis superiores ao nível da produtividade da 
economia. No Brasil, principalmente durante a fase final do regime militar (1979-
1984), o governo manteve os reajustes salariais em níveis inferiores aos índices 
de inflação, não obtendo êxito nessa política. 
c) Restrições externas, provocando aumento dos custos de matérias-primas 
importadas (principalmente petróleo). 
d) Grande participação de oligopólios na economia. Dado o controle do mercado, 
essas empresas podem tomar a decisão de aumentar os preços apenas com o 
objetivo de aumentar suas margens de lucros. 
 
 
10. DESEMPREGO 
 
 Todo mês o IBGE entrevista por meio de uma amostra, 38.500 domicílios, em 
diversas capitais para representar a população total brasileira. Com base nas suas 
respostas, as pessoas são incluídas em uma das três categorias que segue: 
a) População Ocupada; uma pessoa está empregada se ela trabalhou na 
semana anterior a entrevista e/ou está ausente por doença, greve ou férias. 
b) População Desocupada; uma pessoa está desempregada se ela não tinha 
trabalho num determinado período de referência, mas estava disposta a trabalhar. 
c) População não economicamente ativa; a força de trabalho é composta por 
todos que estão empregados ou desempregados, os demais é fora da força de 
trabalho. Isso inclui estudantes, cônjuges que não trabalham fora de casa e 
aposentados. Inclui também pessoas que desistiram de procurar trabalho. 
Taxa de desemprego é a porcentagem da força de trabalho que está 
desempregada. 
 Efeito da recessão: Uma economia está em uma recessão quando o produto 
total cai. Uma recessão aumenta a taxa de desemprego de duas maneiras, quando 
perdem seus empregos e quando há menos oferta de trabalho. 
 Tipos e custos do desemprego: 
 a) Desemprego sazonal: considerado como o tipo de desemprego que é 
limitado a certas épocas do ano, por não haver oferta homogênea de emprego 
durante o ano todo. 
 
 b) Desemprego disfarçado ou subemprego: consiste na definição de um 
tipo de emprego que possui remuneração muito abaixo dos padrões aceitáveis, 
consideradas como um tipo de desemprego. 
 c) Desemprego cíclico: é o desemprego que acompanha as flutuações dos 
níveis de produção. Este tipo de desemprego aumenta nos períodos recessivos e cai 
nos períodos expansivos. 
 
 20 
d) Desemprego estrutural ou tecnológico: é o tipo de desemprego decorrente 
da incompatibilidade entre as ofertas de empregos disponíveis na economia e 
a qualificação dos trabalhadores que estão demandando mão-de-obra. 
e) Desemprego Friccional: é o tipo de desemprego que ocorre naturalmente 
durante o funcionamento da economia. É caracterizado pelo fato das pessoas 
estarem sempre procurando novas e melhores oportunidades de trabalho. 
Referências: 
 
MANKIW, N. G.. Introdução à economia: princípios de micro e macroeconomia. Rio 
de Janeiro: Campus, 2001. 
 
VASCONCELLO, S. M. A. S.. Economia micro e macro. 4ª Ed. São Paulo: atlas, 
2006.

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