AS TEORIAS DO BRINCAR2018

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25/03/18
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FECAF
Educação Física 
Jogos e Brincadeiras na Escola
As Teorias do Brincar
Professor Vilmar Rodrigues dos Santos
2018 
25/03/18
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	Para entendermos os percursos que a brincadeira e o jogo percorre, é importante recorrer a pesquisadores que em seus estudos demonstraram a presença do comportamento lúdico no ser humano.
	
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	Johan Huizinga:
Historiador holandês, foi um dos primeiros a estudar o jogo e suas abordagens. Publicou em 1938 o livro Homo Ludens ( referência na área nos dia de hoje). Refere-se ao jogo como um elemento da cultura. Observa que a atitude dos participantes pode ser desinteressada, livre, voluntária e imaginária, ou seja, a atividade lúdica de divertimento e a competição considera o prazer do jogador.
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	Froebel:
Filósofo alemão do século XIX, foi um dos primeiros a enfatizar a importância do brinquedo e da atividade lúdica para o desenvolvimento da criança. Idealizou recursos para as crianças expressarem-se criativamente e utilizou em sua pedagogia materiais diversos. Valorizava também a utilização de histórias, lendas e mitos, contos de fadas e fábulas além de excursões para contato com a natureza.
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	Jean Piaget:
Psicólogo suíço, foi um grande estudioso do desenvolvimento infantil, também interessado na contribuição da atividade lúdica para o desenvolvimento da criança. Para ele, o jogo, é fundamental para se desenvolver cognitivamente o ser humano.
É por meio do jogo simbólico que a criança passa a assimilar o que é real a ela, de forma a permanecer centrada sobre si mesma.
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	Wallon:
Filósofo e psicólogo francês , considera a imitação do real, comportamento comum nas crianças pequenas, como fonte do aparecimento da representação e, por consequência, das brincadeiras. Para ele, o que caracteriza uma atividade lúdica é a sua finalidade em si mesma, se a atividade é destinada a um fim, perde suas características lúdicas.
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	Vygotsky:
Professor e pesquisador soviético, acredita que o jogo é o elemento que impulsiona o desenvolvimento. Ele pontua dois elementos importantes na brincadeira infantil: a situação imaginária e as regras. A interação social da criança, ao brincar com seus parceiros, permite a ampliação gradual do conhecimento infantil.
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	Jerome Bruner:
Psicólogo americano, também oferece sua contribuição na investigação da brincadeira. Para ele, a mediação do adulto durante o jogo permite à criança importantes meios para sua inserção social e resolução de problemas. Desde cedo isso acontece quando por exemplo, a mãe brinca com o bebê de esconder seu rosto, criando situações comunicativas entre ela e seu filho.
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	Gilles Brougère:
Professor francês, percebe no jogo um produto das relações sociais, onde há necessidade de decisão e sua existência se caracteriza por regras. Apresenta caráter fútil, sem interesse, não tem consequência sobre a vida, é incerto e não se sabe como e quando terminará.
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O direito de Brincar
	O processo de construção e formulação dos Direitos Naturais do Homem e do Cidadão, elaborados nos séculos XVII e XVIII, possibilitou a conquista de um novo patamar de desenvolvimento para a humanidade. Podemos citar a Revolução Industrial, o desenvolvimento das ciências médicas e a urbanização entre outros, foram modificando a vida em sociedade, e por consequência, a maneira de tratar as crianças.
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	Porém, somente no século XX, com um contingente enorme de crianças em situação de abandono, resultado das Grandes Guerras, além do alto índice de mortalidade infantil é que a ONU passou a desenvolver projetos de auxílio à melhoria da qualidade de vida das crianças, em especial dos países pobres.
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	Em 1959, as Nações Unidas proclamam sua Declaração Universal dos Direitos da Criança. Essa nova concepção de criança – um ser sujeito de direitos – implica a adoção de medidas legais e implementação de ações que garantam seu desenvolvimento pleno.
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	No âmbito nacional, movimentos sociais influenciam na elaboração da Constituição (1988), o Estatuto da Criança e do adolescente (Lei 8069 – 1990) e a LDB (1996).
O Estatuto da Criança e do Adolescente ressalta em seu 1º artigo a proteção integral à criança e ao adolescente. No artigo 16º a liberdade que compreende... Brincar, praticar esportes e divertir-se.
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	Algumas situações, como a hospitalização, também podem privar a criança do direito de brincar. Para alterar esse cenário o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) emitiu uma resolução em 1995:
“Direito de desfrutar de alguma forma de recreação, programa de educação para a saúde, acompanhamento do currículo escolar, durante sua permanência hospitalar.
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	Em 1999 há uma mobilização para a obrigatoriedade da existência de brinquedotecas vinculadas aos serviços de saúde. Esse esforço culmina em Lei de Março de 2005 que obriga a existência de brinquedotecas nos hospitais que ofereçam serviço pediátrico, em especial onde há regime de internação.
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Referências:
CREPALDI, Roselane – Jogos, Brinquedos e Brincadeiras – ISEDE, Curitiba – PR – 2010.
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Teóricos brasileiros do Brincar:
Adriana Friedmann. 
	Educadora, Antropóloga e Escritora.
 
"O brincar traz de volta a alma da nossa criança: no ato de brincar, o ser humano se mostra na sua essência, sem sabê-lo, de forma inconsciente. O brincante troca, socializa, coopera e compete, ganha e perde. Emociona-se, grita, chora, ri, perda a paciência, fica ansioso, aliviado. Erra, acerta. Põe em jogo seu corpo inteiro: suas habilidade motoras e de movimento vêem-se desafiadas. No brincar, o ser humano imita, medita, sonha, imagina. Seus desejos e seus medos transformam-se, naquele segundo, em realidade. 
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	O brincar descortina um mundo possível e imaginário para os brincantes. O brincar convida a ser eu mesmo." (Friedmann, 1998)
Obras:
A arte de Brincar: Brincaderias e Jogos Tradicionais
O Brincar no Cotidiano da Criança
O desenvolvimento da Criança através do Brincar 
25/03/18
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Lino de Macedo:
	Pedagogo, Mestre e doutor em Psicologia. Estudioso de Piaget.
"...Para o adulto o brincar é saudade ou a recuperação daquela criança que fomos um dia... O brincar é um jogar com idéias, sentimentos, pessoas, situações e objetos... O jogo é uma brincadeira que evoluiu. A brincadeira é o que será do jogo, é sua antecipação, sua condição primordial. A brincadeira é uma necessidade da criança; o jogo, uma de suas possibilidades à medida que nos tornamos mais velhos." (Lino de Macedo, 2005).
Obras:
Os Jogos e o Lúdico na Aprendizagem Escolar
Ensaios Pedagógicos
25/03/18
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João Batista Freire:
	Formado em Educação Física, Livre Docente na UNICAMP. Para João Batista freire, não só a cabeça do aluno deve ser matriculada na escola e receber educação, mas também seu corpo. Ela estabelece um elo entre o movimento e o desenvolvimento mental da criança. A pedagogia do movimento na primeira infância e na segunda infância, cognição, motricidade, competição, socialização, afetividade, a Educação Física e as outras disciplinas são temas discutidos por ele.
Obras:
O jogo: entre o riso e o choro 
Educação de Corpo Inteiro
Educação como Prática corporal
25/03/18
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Tizuko Morchida Kishimoto:
	Pedagoga com doutorado e pós doutorado em educação. Para ela não há um conceito universal sobre tais termos (brinquedo, brincadeira, jogo) uma vez que o brincar é visto como polissêmico, tendo várias significações. O brincar é importante para a criança expressar significações simbólicas. Pelo brincar a criança aprende a simbolizar. 
Obras:
Jogos Tradicionais Infantis: Jogo, Criança, Educação 
A Pré-Escola em São Paulo: (1877 a 1940) 
Jogo, Brinquedo, Brincadeira e a Educação 
O Brincar e suas Teorias