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Relatório Titulação e Acidez do Leite

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INSTITUTO FEDERAL DE 
EDUCAÇÃO CIÊNCIA E 
TECNOLOGIA DE SÃO PAULO 
 
 
 
PREPARO E PADRONIZAÇÃO DE 
SOLUÇÕES E DETERMINAÇÃO DA 
ACIDEZ DO LEITE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO PAULO 
2016 
 
 
RESUMO 
O estudo que segue apresenta o preparo de soluções de 0,1 mol.L- de 
hidróxido de sódio (NaOH) e ácido clorídrico (HCl) e as padronizações direta e 
indireta destes. Apresenta também a determinação da acidez de amostras A, B 
e C de leite a partir da solução padronizada de NaOH. Os procedimentos foram 
realizados pelo método de titulação volumétrica de neutralização. Pelos 
procedimentos de padronização obtiveram-se NaOH 0,1052 mol.L- e HCl 
0,0986 mol.L-. Nos testes do leite, considerando a acidez, somente o leite C 
estava próprio para consumo (14,86 °D). 
1. INTRODUÇÃO 
A química analítica propõe diversas técnicas e instrumentos para 
analisar substâncias e amostras. Uma técnica muito utilizada é a titulometria, 
que é utilizada para determinar espécies químicas por meio de uma reação 
entre o analito e um reagente padrão, denominado titulante. (SKOOG, 2006) 
Há vários métodos titulométricos, entre eles a titulação volumétrica 
de neutralização, em que espécies alcalinas e ácidas reagem, neutralizando a 
solução, sendo que a quantidade de número de mols que reagem é 
proporcional ao volume de titulante consumido pelo analito. (SKOOG, 2006) 
A neutralização é uma reação entre um ácido e uma base, que gera 
como produto sal (composto iônico) e água. A solução se torna neutra quando 
a titulação é realizada entre ácido forte e base forte, sendo este o momento em 
que a quantidade de mol do titulante é suficiente para neutralizar a mesma 
quantidade de mol do analito – estequiometria da reação e ponto de 
equivalência. (VOGEL, 2002) 
Um método simples de identificar o ponto de equivalência, é pelo 
uso de indicadores de pH ácido-base, que mudam de cor em meio ácido ou 
alcalino. (ATKINS, 2006) Os indicadores são ácidos ou bases orgânicas muito 
fracas e, aplicando tal afirmação à teoria de Brønsted, estes indicadores 
diferem da cor de sua base ou ácido conjugados quando não estão 
dissociados, como representados na Equação 1. (SKOOG, 2006) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Equação 1 
No trabalho em questão utiliza uma solução de hidróxido de sódio 
como titulante, então o indicador escolhido foi a fenolftaleína, que apresenta 
faixa de pH de viragem de 8,3 a 10,0, é incolor em solução ácida e vermelho 
(ou carmim) em solução básica. (VOGEL, 2002) 
Além das substâncias para padronizações, o trabalho também 
evidencia a acidez do leite por meio da titulação de neutralização. O leite é um 
dos alimentos mais consumidos no Brasil e é constituído por água, lactose, 
gordura, proteínas, substâncias minerais, ácidos orgânicos e outros. (SILVA, 
1997) 
A acidez natural do leite se dá, principalmente, pela presença do 
ácido lático, formado pela ação de enzimas microbianas na lactose. Desta 
forma, o leite apresenta reação ácida com o indicador fenolftaleína. (SILVA, 
1997) 
1.1. OBJETIVOS 
Preparar uma solução 0,1 mol.L- de NaOH partindo de um soluto 
sólido e padronizá-la diretamente. Preparar uma solução 0,1 mol.L- de HCl 
partindo de um soluto líquido e padronizá-la indiretamente. Determinar a acidez 
de amostras de leite por meio da titulação de neutralização, para pensar nas 
questões de adulteração deste alimento. 
 
2. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 
 2.1. Materiais e Reagentes 
A Tabela 1 apresenta os materiais e reagentes necessários para 
realizar os procedimentos experimentais. 
 
 
 
 
 
Tabela 1 – Materiais e Reagentes 
Materiais e Reagentes 
Bureta 25,00 mL Hidróxido de sódio (NaOH) 
2 balões volumétricos 100 mL Ácido clorídrico 1,0 mol.L- (HCl) 
2 Erlenmeyer 150 mL Indicador fenolftaleína 
Bastão de vidro Água destilada (H2O) 
Balança analítica Biftalato de potássio (C8H5O4K) 
Funil de colo curto Pipeta 10 mL 
 
A figura 1 ilustra a aparelhagem utilizada nos procedimentos. 
 
Figura 1 Aparelhagem, com instrumentos utilizados nas titulações. 
 
2.2. Preparo de solução HCl 0,1 mol.L- 
No balão volumétrico 10 mL, adicionaram-se cerca de 50 mL de 
água destilada. Coletou-se uma alíquota de 10 mL da solução de HCl 1,0 
mol.L- e transferiu-se para balão volumétrico. Completou-se o volume com 
água destilada e aferiu-se o menisco. Agitou-se a solução e reservou-a. A 
Figura 2 exibe o fluxograma do procedimento: 
 
 
 
Figura 2 – Representação do fluxograma do preparo da solução de HCl 
0,1 mol.L
-
 e o Diamante de Hommel desta substância. 
2.3. Preparo de solução NaOH 0,1 mol.L- 
Pesou-se, em um béquer, aproximadamente 0,44 g de NaOH em 
balança analítica. Anotou-se a massa real. Adicionaram-se cerca de 30 mL de 
água destilada ao béquer e dissolveu-se o sal. Observou-se se houve 
desprendimento de calor. 
Com a solução em temperatura ambiente, transferiu-se a solução 
para o balão volumétrico 100 mL, com auxílio do funil. Completou-se o volume 
com água destilada e aferiu-se o menisco. Agitou-se a solução e reservou-a. A 
Figura 3 representa o procedimento em fluxograma: 
 
 
 
Figura 3 – Representação do fluxograma do preparo da 
solução de NaOH 0,1 mol.L
-
 e Diamante de Hommel desta substância. 
2.4. Padronização da solução de NaOH 0,1 mol.L- 
Primeiramente, lavou-se a bureta com água destilada e, em seguida, 
ambientou-a duas vezes com a solução de NaOH preparada. Prendeu-se a 
bureta n suporte universal e encheu-a, evitando a formação de bolhas (e 
tirando bolhas eventuais) e, deixou-se escoar até atingir o zero. 
Pesou-se, no Erlenmeyer, aproximadamente 0,31 g de C8H5O4K e 
anotou-se a massa real. Dissolveu-se o sal em 50 mL de água (atentando para 
que a dissolução fosse completa). Adicionaram-se 3 gotas do indicador 
fenolftaleína e agitou-se. 
 
 
Iniciou-se a titulação deixando NaOH escoar no Erlenmeyer até 
atingir o ponto de viragem (coloração levemente rósea). Anotou-se o volume 
gasto. Realizou-se o procedimento em duplicata. A Figura 4 apresenta o 
fluxograma deste procedimento. 
 
Figura 4 - Representação do fluxograma da padronização da solução de 
NaOH 0,111 mol.L
-
. 
 
 
2.5. Padronização da solução de HCl 0,1 mol.L- 
Ainda com a solução de NaOH na bureta (já padronizada), aferiu-se 
seu volume até o zero. 
Coletou-se uma alíquota de 10 mL da solução preparada de HCl 0,1 
mol.L- e transferiu-a para o Erlenmeyer. Adicionaram-se 3 gotas de indicador 
fenolftaleína no Erlenmeyer, agitou-o e iniciou-se a titulação até ponto de 
viragem (coloração levemente rósea). Anotou-se o volume gasto de NaOH. 
Realizou-se o procedimento em duplicata. 
Este procedimento pode ser realizado seguindo as instruções do 
fluxograma, expresso na Figura 5. 
 
Figura 5 - Representação do fluxograma da padronização da solução de 
HCl 0,1 mol.L
-
. 
 
 
2.6. Determinação da acidez do leite 
Separaram-se amostras de leite Elegê Integral e testaram-nas com 
indicador fenolftaleína. 
Do sistema de titulação simples, retirou-se a bureta, lavou-a com 
água e em seguida com a solução de NaOH 0,1 mol.L- padronizada. Prendeu-
se a bureta ao suporte, encheu-a e escoou o volume de solução até o zero. 
Coletou-se uma alíquota de 10 mL de leite e transferiu-se para o 
Erlenmeyer. Adicionaram-se 3 gotas de fenolftaleína e agitou-se o Erlenmeyer. 
Deixou-se o volume de NaOH escoar até a obtenção do ponto de 
viragem. Realizou-se o procedimento e anotou-se o volume gasto. O 
procedimento em questão pode ser realizado seguindo as instruções do 
fluxograma, expresso naFigura 6: 
 
Figura 6 – Representação do fluxograma do procedimento titulométrico para 
determinar a acidez das amostras de leite. 
 
 
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
3.1. Preparo de solução NaOH 0,1 mol.L- e padronização direta 
Para preparar a solução de NaOH, calculou-se a massa necessária para 
se obter uma concentração de 0,111 mol. L-1 em 100 mL de solução, com a Equação 
2: 
 
 
 
 
 
 
 
Onde (M) é a concentração em mol.L-1, (n) é o numero de mols, (V) é o 
volume em L, (m) massa em gramas e (MM) massa molar em g.mol-1. 
Substituindo as variáveis na Equação 1, obteve-se a massa 0,444 g 
necessária. No entanto, a massa medida foi 0,4478 g de NaOH. 
Padronizou-se esta solução, uma vez que o NaOH é uma substância 
higroscópica, logo, não tem alto grau de pureza ou confiabilidade para a 
concentração seja exatamente 0,111 mol.L-. Os dados obtidos da titulação estão 
expressos na Tabela 2: 
Tabela 2 – Resultados da padronização do NaOH em duplicata 
 
Massa de C8H5O4K (g) 
Volume de NaOH 
consumido (mL) 
Titulação 1 0,3200 14,80 
Titulação 2 0,3308 15,50 
 
Segundo Vogel (cap. 10, p. 186, 2002), “o objetivo da titulação de uma 
solução básica com uma solução padronizada de um ácido é a determinação da 
quantidade exata de ácido que é equivalente à quantidade de base presente”. 
Assim, com base na reação que ocorre entre as espécies mencionadas e sabendo 
que a proporção estequiométrica é de 1:1 (Eq. 3), pode-se considerar a Figura 1, 
empregada por substituições das variáveis conhecidas da base e do padrão-
primário. 
 
 Eq. 3 
 
 
Logo, 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 7 – Série de equações para obter a concentração molar do 
NaOH. Onde é número de mols; é massa em gramas; é massa 
molecular; é concentração em mol.L-1; e é volume em litros. 
 
Desta forma, obtiveram-se as concentrações de NaOH através das 
equações da Figura 7: 
 
Titulação 1: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Titulação 2: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Calculou-se a média entre as concentrações obtidas nas titulações 1 e 2: 
 
 
 
 
 
 
 (Eq. 4) 
 
Padronizar uma solução significa identificar a quantidade de mols da 
espécie utilizada que contém na solução com maior precisão. Isso porque nem todas 
as substâncias são puras e totalmente estáveis, podendo sofrer alterações com sua 
manipulação, como no caso do NaOH, e o preparo da solução envolve diversas 
variáveis, tais como a absorção da umidade do ar na pesagem do sólido, perda de 
 
 
volume de solução na transferência para balão volumétrico ou padrão das vidrarias 
utilizadas. Ainda assim, o resultado médio obtido está consideravelmente próximo do 
valor desejado. 
 
3.2. Preparo de solução HCl 0,1 mol.L- e padronização indireta 
A padronização da solução de HCl 0,1 mol.L-1 através da solução recém 
padronizada de NaOH 1,052 mol.L-1 foi realizada utilizando fenolftaleína como 
indicador. Este indicador tem como ponto de equivalência a viragem da coloração da 
solução no erlenmeyer de incolor para levemente rósea prevalecente. 
Realizaram-se as titulações de padronização da solução do HCl utilizando 
a solução recém padronizada de NaOH como padrão secundário em triplicata e a 
tabela 3 mostra os dados obtidos: 
 
Tabela 3 – Resultados da padronização do HCl em triplicata 
 
Volume de solução de 
HCl (mL) 
Volume de NaOH 
consumido (mL) 
Titulação 1 10,00 9,40 
Titulação 2 10,00 9,30 
Titulação 3 10,00 9,40 
 
Calculando-se a média dos volumes de NaOH consumido temos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Análoga à padronização do NaOH, a proporção estequiométrica é de 1:1, 
sendo necessário 1 mol de NaOH para reagir com 1 mol de HCl, conforme a 
representação simbólica da reação: 
 
 
 
 
 
 
Substituindo: 
 
 
 
 
 
 (Eq. 7) 
 
Para o cálculo da concentração molar utilizou-se a média dos volumes de 
NaOH consumido, a concentração molar da solução recém padronizada de NaOH e 
o volume fixo de HCl, conforme expresso na equação 8: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A concentração molar da solução esperada era de 0,1 mol. L-1 e o 
resultado obtido na análise (0,0986 mol. L-1) atende a expectativa, considerando os 
possíveis erros envolvidos na instrumentação e na técnica do operador. 
Sobre a técnica, tem-se que a titulação envolve duas espécies fortes de 
base e ácido. Tanto Vogel (2002) como Skoog (2006) dizem que a reação entre 
ácido forte e base forte resulta na formação de um sal correspondente e a solução 
será neutra em seu ponto de equivalência, com pH (potencial hidrogeniônico) igual a 
7. 
Observou-se que a escolha do NaOH como solução padrão para a 
padronização do HCl baseou-se no fator de que a titulação por neutralização com 
ácidos ou bases fortes fornecem pontos finais mais nítidos, pois essas substâncias 
reagem de forma completa com os analítos quando comparado aquelas mais fracas. 
(SKOOG, 2006, p. 350 – 351) 
Os reagentes padrão utilizados nas titulações ácido/base 
são sempre ácidos ou bases fortes, mais comumente HCl, HClO4, 
H2SO4, NaOH e KOH. Os ácidos e bases fracos nunca são 
empregados como reagentes padrão porque reagem de forma 
incompleta com os analitos. (SKOOG, 2006; Cap. 14 A, p. 351) 
 
 
 
 
 
3.3. Determinação da acidez no leite 
 
 Na verificação da acidez do leite pelo método de titulação por 
neutralização como representada pela reação: 
 
Equação 9: Neutralização do leite com NaOH 
 
Obtiveram-se para as amostras A, B e C de leite Elegê integral os 
resultados expressos na Tabela 4: 
 
Tabela 4 – Volume de leite e volume de NaOH consumido para neutralização do leite 
Amostra A B C 
Volume de leite 10 mL 10 mL 10 mL 
Volume de NaOH consumido (mL) 2,50 4,00 1,70 
 
Com os dados obtidos em análise foi possível determinar a 
concentração de acido lático em cada uma das amostras. Como a acidez do 
leite deve ser expressa em graus Dornic (BRITO et al., 2016), considera-se a 
relação que esta unidade estabelece, sendo que para cada 1 Grau Dornic (1°D) 
tem-se 0,01% de ácido lático (NALGON, 2016). Além disso, para cada 0,1 mL 
de NaOH N/9 adicionado à amostra de leite durante a titulação corresponde a 
1°D, pois também há relação com o volume de titulante consumido. (BRITO et 
al., 1995) 
Para converter os resultados em Grau Dornic considerou-se que 
concentração de NaOH padronizado era 0,0970 mol.L-, então foi necessário 
relacionar com a informação de que cada 1 mL de NaOH de concentração 1/9 
representa 1°D. Se a concentração do titulante é maior que a do titulado, então 
o volume gasto para a neutralização será pequeno, e vice-versa. Desta forma, 
há uma relação indiretamente proporcional entre volume e concentração, como 
mostra a Equação 10: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Considerando que 1°D está para V0,0970 mol.L
- e que este é 
proporcionalao °D do leite pelo volume consumido na análise do leite, tem-se a 
Equação 11: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Substituindo a igualdade da Equação 10 na Equação 11: 
 
 
 
 
 
 
 
Sabendo que os volumes gastos foram A = 2,50 mL; B = 4,00 mL; C 
= 1,70 mL e aplicando na Equação 12, os resultados foram obtidos conforme a 
Figura 8: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 8 – Aplicação da Equação 12 para obter a acidez do leite nas amostras A, B e 
C, substituindo os volumes de NaOH consumidos. 
 
 
 
A Tabela 5 expõe a acidez titulada para cada uma das amostras: 
 
Tabela 5 - Acidez obtida experimentalmente em ºD 
Amostra A B C 
Acidez ºD 21,85 34,95 14,86 
 
O nível de acidez previsto como padrão para o consumo humano é 
entre 15 a 18 °D, de acordo com a Embrapa. Das amostras analisadas, a C é a 
única que atende os padrões aceitos para o consumo humano. 
Percebeu-se que nas amostras A e B, os níveis de acidez estão 
muito acima do recomendado e, por se tratar de amostras de leite da mesma 
marca, subtende-se que houve uma possível adulteração do leite A e B ou que 
a fermentação da lactose (fonte do ácido lático) foi muito intensa para estas 
amostras. 
4. CONCLUSÃO 
Com base nos resultados das padronizações, pode-se considerar 
que o método utilizado é confiável e que as medidas foram obtidas com 
precisão, pois a molaridade das padronizações de NaOH e d HCl foram 
relativamente próximas às concentrações esperadas. 
Analisando as amostras de leite Elegê Integral A, B e C, foi possível 
identificar que somente a amostra C está dentro do parâmetro adequado para 
consumo (15 a 18 °D – Embrapa), pois o resultado obtido foi de 14,86°D. Como 
todas as amostras eram da mesma marca, presume-se que houve adulteração ácida 
nas amostras A e B. 
5. REFERÊNCIAS 
ATKINS, P. JONES, L. Princípios de Química – Questionando a Vida 
Moderna e o Meio Ambiente. Editora Bookman, 3ª Ed. e 5º Ed. Porto Alegre, 
2006 e 2012. 
BRITO, M. A., BRITO, J. R., ARCURI, E., LANGE, C., SILVA, M.; 
SOUZA, G.. Acidez Titulável. Embrapa – Agencia de Informação Embrapa: 
 
 
Agronegócio do Leite. Disponível em: < 
http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/Agencia8/AG01/arvore/AG01_194_2172
0039246.html>. Acesso em: 4 set. 2016. 
FELTRE, R. Química. Físico-Química. Vol. 2. Ed. 6; Editora 
Moderna, São Paulo, 2004. 
NALGON. Acidímetro de Dornic – Equipamentos Científicos. 
Disponível em: < 
http://www.nalgon.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=106:
acidimetro-de-dornic-ref2270&catid=44:diversos&Itemid=220>. Acesso em: 4 
set. 2016. 
SILVA, P. H. F. Leite: Aspectos de Composição e Propriedades. 
Química e Sociedade. Química Nova na Escola, nº 6; Novembro, 1997. 
Disponível em: <http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc06/quimsoc.pdf>. Acesso 
em: 05 set. 2016. 
SKOOG, WEST, HOLLER, CROUCH. Fundamentos de Química 
Analítica, Tradução da 8ª Edição norte-americana, Editora Thomson, São 
Paulo-SP, 2006. 
VOGEL, A. I. MENDHAM, J. DENNEY, R. C. BARNES, J. D. 
THOMAS, M. J. K. Análise Química Quantitativa. Editora LTC, 6º Ed. Rio de 
Janeiro, 2002. 
 
6. QUESTIONÁRIO 
6.1. Preparo e Padronização de Soluções 
 
1. O que é padrão primário? 
R: Padrão primário é um composto de alta pureza, usado como 
referencia para métodos titulométricos, volumétricos ou de 
massa. (Skoog) 
 
 
2. Quais são as exigências requeridas para ter-se um padrão 
primário? 
R: Os requisitos para que o composto seja classificado como 
padrão-primário são: Alta pureza, estabilidade à atmosfera, 
ausência de água de hidratação para não alterar a composição 
do sólido com a variação da umidade, custo baixo, solubilidade 
razoável no meio de titulação, massa molar grande para que o 
erro relativo associado com a pesagem do padrão seja 
diminuído. (SKOOG, 2006) 
 
3. Quais os cuidados que devem ser tomados na preparação de 
solução do hidróxido de sódio padrão? 
R: O hidróxido de sódio é uma substancia higroscópica, por isso 
sua pesagem, ou seja, seu contato com o ar deve ser rápido. O 
NaOH é também uma base forte do tipo exotérmica, por esta 
razão deve sempre ser diluída em água, e nunca o contrario. 
Após a diluição deve-se aguardar a solução resfriar no béquer 
antes de transferi-la para um material volumétrico, além de 
cuidados com a manipulação da solução por ser corrosiva como 
indica o diamante de Hommel: 
 
Figura 1 – Diamante de Hommel do NaOH 
 
4. Calcular a massa de NaOH e o volume de HCl conc., na 
preparação de soluções 0,1 mol/L pedidas. 
R: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5. Apresente as equações da reações ácido-base na padronização 
das soluções. 
R: Padronização do HCl com NaOH: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Padronização do NaOH com Biftalato de Potássio: 
 
Figura 2 – Reação de neutralização entre padrão-primário biftalato de potássio e a solução 
de hidróxido de sódio 0,111 mol.L
-
. 
 
6. Apresente os cálculos na padronização das soluções. 
R: Cálculo da massa de NaOH para o preparo de uma solução 0,111mol.L-1 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cálculo da concentração da solução de NaOH: 
 
 
 
 
 
 
Titulação 1: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Titulação 2: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Média entre as concentrações obtidas nas titulações 1 e 2: 
 
 
 
 
 
 
 
 
(concentração da solução de NaOH) 
 
 
Cálculos da concentração de HCl: 
 
 
 
 
 
 
 
Média dos volumes de NaOH consumido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Concentração de HCl na solução. 
 
7. O que se entende por dissolução endotérmica e exotérmica? Se a 
dissolução do cloreto de amônio em água é endotérmica, então a solução 
preparada deste sal fica mais fria que a água usada, por que? 
R: Dissolução endotérmica é aquela que dissolve com a 
absorção de calor, já a dissolução exotérmica é aquela que 
libera calor durante a dissolução. (Feltre) 
A solução do cloreto de amônio fica mais fria que a água 
usada, por que a dissolução do sal é endotérmica, por isso 
absorve calor da água usada. 
 
 
 
8. Por que não se deve completar o volume de solução, em um 
balão volumétrico, antes de a solução ser resfriada? 
R: Por que uma solução quente possuium volume 
expandido, e em materiais volumétricos, como o balão 
volumétrico, não se deve colocar soluções quentes, pois a 
variação de temperatura pode dilatar o material alterando 
assim o seu padrão. 
 
9. Apresentes os resultados obtidos com os testes dos indicadores 
nas soluções preparadas. 
R: Indicador Fenolftaleína: Na amostra de HCl a solução 
permaneceu com sua cor original, somente com adição de NaOH 
que ficaram róseas. 
 
10. Quais são as massas de hidróxido de potássio que devem se 
pesadas para preparar as seguintes soluções? 
a) 250 mL de solução 0,1 mol/L 
R: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
b) 500 mL de solução 25 g/L. 
R: 
 
 
 
 
11. Dissolveram-se 56,8 g de sulfato de sódio em água e completou-
se o volume para 1000 mL. Qual a molaridade da solução preparada? 
R: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12. 250 mL de uma solução de ácido sulfúrico foram preparados a 
partir de 20 mL de ácido concentrado de densidade 1,85 g/mL e contendo 96% 
de H2SO4 em peso. Calcular com duas casas decimais a molaridade dessa 
solução. 
R: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6.2. Determinação da Acidez do Leite 
 
1. Escreva a equação da reação de neutralização considerando que 
o ácido lático como o principal componente responsável pela acidez natural do 
leite. 
 
Figura 3 – Reação de neutralização entre o ácido lático presente no leite e a solução de 
hidróxido de sódio 0,0970 mol.L
-
, previamente padronizada. 
 
 
2. A Acidez do leite pode ser indicada com graus Dornic (oD). 
Explique essa unidade. Converta o resultado obtido no experimento para esta 
unidade. 
R: A unidade graus Dornic expressa a acidez do leite titulável, sendo 
equivalente a porcentagem de ácido lático no leite. (BRITO et al., 1995) 
Cada 1 Gau Dornic (1°D) corresponde a 0,01% de ácido lático (NALGON, 
2016) e, além disso, a cada 0,1 mL de NaOH N/9 adicionado à amostra de 
leite durante a titulação corresponde a 1°D. (BRITO et al., 1995) 
Os resultados para cada amostra pôde ser representado em Grau Dornic 
pela seguinte forma, sabendo que a concentração de NaOH padronizado é 
0,0970 mol.L- , os volumes gatos são A = 2,50 mL; B = 4,00 mL; C = 1,70 
mL e que 0,1 mL de NaOH 0,111 mol.L-: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
**Vale ressaltar que a relação que há entre 0,1 mL de NaOH e a 
concentração de 0,111 mol.L- é, quando variada, inversamente 
proporcional. Desta forma, quanto maior a concentração da base, menor 
será o volume consumido pelo leite. 
 
3. Caso a amostra esteja com um grau de acidez alto (acima de 
20ºD), o que isso pode significar? Se num lote de leite, a acidez total for 
superior a 20°D, a correção desta acidez com hidróxido de sódio seria 
suficiente para tornar este leite próprio para consumo? 
R: Considerando que, segundo a Embrapa (BRITO, 2016), a acidez do 
leite próprio para o consumo pode variar de 15 a 18 °D, acima disso o leite 
já começa a fermentar, não resistir aquecimentos e, muito acima disso, 
começa a flocular à temperatura ambiente. A correção deste leite com 
NaOH somente diminuiria a quantidade de ácido latido, por meio de uma 
reação de neutralização, mas, em contrapartida, contaminaria o alimento e 
este não seria próprio para o uso. A soda caustica (NaOH) é corrosiva e 
não deve ser ingerida. 
 
4. Calcule a massa de ácido lático presente em 1 litro de cada 
amostra de leite analisada. 
Sabendo que a massa molar do ácido lático é 90 g.mol-: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5. Faça uma pesquisa sobre adulteração do leite. 
R: A Revista Veja.com publicou uma série de matérias sobre a adulteração 
do leite, dentre elas a matéria “Leite com formol, soda cáustica e água 
oxigenada foi vendido em SP”, que teve como princípio informar a ação de 
fiscalização do Ministério Público e expor que “(...) cerca de 300 mil litros 
de leite adulterado das marcas Parmalat e Líder chegaram a ser vendidos 
aos estados de São Paulo e do Paraná (...)”. Além disso, informou que “(...) 
as empresas transportadoras – Italac, Mumu, Líder e Latvida – 
acrescentavam formol nos lotes durante o processo de transporte do leite 
cru, antes mesmo de ele ser envasado. (...) Em um dos casos mais graves 
dos últimos anos, cooperados da Parmalat informaram que todo o leite 
UHT da empresa continha soda cáustica e água oxigenada.”. 
Referência: REDAÇÃO; Leite com formol, soda cáustica e água 
oxigenada foi vendido em SP. Revista Veja.com; 14 mar. 2014. Disponível 
em: <http://veja.abril.com.br/economia/leite-com-formol-soda-caustica-e-
agua-oxigenada-foi-vendido-em-sp/>. Acesso em: 4 mar. 2016. 
 
6. Após leitura, faça um resumo do artigo indicado no link: 
http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc06/quimsoc.pdf 
 
Para uma boa qualidade de vida, é necessário o uso de alimentos 
com alto valor nutricional, e um dos alimentos que mais se encaixa nesse 
padrão é o leite, que contém nutrientes e gorduras importantes para o 
desenvolvimento de um ser humano saudável. 
 
 
Com o aumento da população mundial no decorrer do tempo, foi 
necessário aperfeiçoar o sistema de produção, processamento e distribuição 
do leite, porém, certos processos podem afetar as composições e comprometer 
a qualidade do produto final. 
Por essas razões, existe um estudo do leite na área da química que 
garante a qualidade e desenvolvimento de produtos latrocínios. 
A produção do leite começa na glândula mamária e tem como 
principal controle a situação hormonal do animal, que será determinante para a 
qualidade do leite. Estima-se que tenha em torno de 100 mil constituintes 
(podem ser sintetizados no próprio sangue, em células secretoras ou no 
epitélio glandular), onde os mais citados são: a água, a lactose, o glucídeo 
característico do leite, formado a partir da galactose, podendo ser alterado pelo 
tempo de aquecimento; as enzimas, facilmente alteradas por processos 
tecnológicos – como o método de Maillard, que usa tratamento térmico no 
processamento para obter produtos com boas propriedades sensoriais e menor 
perda nutricional; a gordura, composta por tricligiceróis envoltos por uma 
membrana proteicas à base de 440 ésteres de ácido graxo (como o ácido 
palmítico e o ácido oleico); os sais minerais: principalmente cloro, potássio, 
cálcio, sódio, magnésio e apresentam baixos teores de ferro, alumínio, bromo 
e zinco (formando sais orgânicos e inorgânicos); e, para uma boa coleta de 
leite, depende de fatores como a espécie, raça, alimentação, período de 
lactação, fraudes e adulterações. 
Além da composição direta do leite, são alteradas propriedades 
físico-químicas para melhorar aspectos e condiçõesdo leite, como o sabor, 
apresentadas como doce e salgado (ou não ácido e não amargo) que pode ser 
afetado pela ocorrência de infecções do úbere; a cor branca característica do 
leite, que resulta na dispersão da luz refletida pelos glóbulos de gordura, e 
quando apresenta outras cores, como o amarelo, vermelho ou azul, está 
presente uma bactéria específica que altera essa propriedade; como a acidez, 
que apresenta caráter ácido logo após a ordenha , presente não somente pela 
ação fermentadora do ácido láctico, mas também pela presença de caseína, 
dióxido de carbono e citratos; sua densidade varia entre 1,023 à 1,040 g/mL e 
depende do teor de gordura presente no meio; os seus pontos de 
congelamento e ebulição são próximos ao da água ; e sua viscosidade é maior 
 
 
do que a água decorrente da maior presença de lipídeos e proteínas, podendo 
sofrer alterações por processos industriais. 
Portanto, a interação com o estudo do leite é de extrema importância 
para obter produtos de bom valor nutricional, de bons aspectos e de boa 
qualidade e, assim, satisfazer a necessidade desse alimento em nossa 
sociedade.

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