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Necessidades humanas básicas – Oxigenação A necessidade de oxigenação é para o organismo uma das mais fundamentais e prementes da carência ... Video Noções de anatomia e fisiologia Funções da laringe, traqueia e brônquios Laringe: Estrutura por onde passa o ar; Traqueia: Condução do ar (filtra/ umedece/ aquece); Brônquios: Levar o ar até os pulmões bronquíolos. Trocas gasosas oxigenação e remoção de gás carbônico. Inspiração: Entrada de ar; Contração dos músculos (diafragma e intercostais) Expansão da caixa torácica; Da pressão torácica; Processo ativo. Expiração: Saída de ar; Relaxamento dos músculos; Diminuição da caixa torácica; Da pressão intratorácica. Hematose: é o processo de troca de oxigênioe gás carbônico entre os alvéolos e o sangue. Os componentes da oxigenação A troca de gases respiratórios acontece entre o ar ambiente e o sangue. Existem 3 etapas no processo de oxigenação: Ventilação: entrada de O² filtrado, aquecido e umidificado; Perfusão: aporte de sangue que chega nos pulmões e alvéolos; Difusão: troca de O² e CO². Fatores que afetam a oxigenação Disturbios cardíacos e respiratórios; Exercicios físicos; Dor aguda; Fisiológico; Ansiedade; Desenvolvimento Função da hemoglobina Estilo de vida; Posição corporal; Ambiental Medicações; Lesões neurológicas; . Tabagismo; Alterações no funcionamento respiratório Hiperventilação: é um estado de ventilação acima do necessário para eliminação de dióxido de carbono arterial normal produzido pelo metabolismo celular. Hipoventilação: ocorre quando a ventilação alveolar não é suficiente para atender as demandas de oxigênio do corpo ou para eliminar dióxido de carbono adequadamente. Quando a ventilação alveolar diminui o dióxido de carbono arterial aumenta. Hipóxia: é a oxigenação inadequada dos tecidos ao nível celular, podendo resultar de uma deficiência no transporte de oxigênio ou na utilização de oxigênio ao nível celular. Semiologia da necessidade de oxigenação Exame físico do tórax: O tórax é a cavidade cercada pelas costelas e pela coluna vertebral. Projeção do pulmão – vista anterior Na face anterior do tórax, á direita e esquerda, projetam-se predominantemente os lobos superiores do pulmão e a direita, a baixo da 4ª costela, situa-se o lobo médio do pulmão direito. Vista posterior: No dorso, são os lobos inferiores que ocupam a maior parte da região, cabendo aos lobos superiores (acabam na T3) uma área restrita, que corresponde aos ápices do pulmão. Linhas e regiões do tórax Anterior: Linha esternal; Linha médio esternal; Linha hemiclavicular; Linha axilar anterior. Posterior: Linha médio-espinhal ou vertebral; Linha escapular. Face lateral: Linha axilar anterior; Linha axilar média; Linha axilar posterior. Regiões do tórax – face anterior: Região supraclavicular; Região clavicular; Região infraclavicular; Região mamária; Região inframamárias; Região supraesternal; Região esternal superior; Região esternal inferior. Face posterior: Região supra escapular; Região supra espinhosa; Região infra espinhosa; Região Inter escapular vertebral; Região infra escapular. Face lateral: Região axilar; Região infra-axilar. Coleta de dados: Dados objetivos e subjetivos (entrevista e exame físico) Investigar sinais e sintomas (dor torácica, tosse, expectoração, hemoptise, dispneia); Investigar se há fatores de risco (tabagismo, moradia, alergias ...); Avaliar o estado físico e mental do cliente; Investigar o histórico familiar. Exame físico A região do tórax deve estar despida; Posicionar o paciente em uma posição que permita a observação de toda a região (geralmente sentado); Se isso for impraticável, a face posterior do tórax deve ser examinada, colocando-se o paciente em decúbito lateral; Em primeiro lugar examina-se o hemitórax (meio do tórax) superior, e após a troca de decúbito, o lado oposto. O exame físico é, grande parte, um estudo comparativo: cada região deve ser comparada com a região correspondente do hemitórax oposto. Esse procedimento é muito útil para a detecção de pequenos desvios da normalidade. Semiotécnica: Inclui: Inspeção; Palpação; Percussão; Ausculta. Inspeção Inspeção estática: Forma do tórax; Edema; Manchas; Abaulamentos e depressões; Variações normais (dependendo do sexo, idade e biótipo). Observar as características físicas: Brevilíneo: pessoas menores; Mediolíneo: tem proporções medianas; Longilíneo: magra e cumprida. Formas anormais de tórax: Tórax chato: reduzido diâmetro anteroposterior. Comum nos longilíneos. Tórax em tonel ou barril: diâmetro anteroposterior é aumentado. Tórax infundibuliforme (escavado): tórax sapateiro. Depressão mais ou menos acentuado ao nível do terço interior do esterno. Pode ser congênito ou adquirido. Tórax cariniforme (peito de pombo): nota-se ao nível do esterno uma saliência. Pode ser congênito ou adquirido. Tórax em sino ou piriforme: a porção inferior torna-se alargada. (Barriga d’água – ascite volumosa). Tórax cifótico: a coluna faz curva em forma de C. Tórax escoliótico: a coluna faz curva em forma de S. Formas normais de tórax: Em indivíduos normais os dois hemitórax são simétricos, sendo o direito um pouco mais desenvolvido. Existem 3 formas – limites de tórax normal: Brevilíneo: tórax menor; Mediolíneo: tem proporções medianas; Longilíneo: longo e cumprido. Inspeção: coluna vertebral A coluna vertebral normal depende da coluna vertebral. Com o paciente de pé, ereto, deve-se observar o perfil da coluna vertebral. São normais as curvas cervicais, torácica e lombar. Deve-se solicitar ao paciente, inclinar-se para frente, flexionando o tronco tanto quanto possível com os joelhos estendidos. Essa posição e essa manobra permitem reconhecer com facilidade a presença de escoliose ou de cifose. Abaulamentos e depressões: Os abaulamentos e depressões podem localizar-se em qualquer região do tórax e indicam alguma lesão que aumentou ou reduziu uma das estruturas da parede ou órgão torácicos. Inspeção dinâmica: Tipo respiratório; Verificar: Tosse (seca ou produtiva) Coriza ou expectoração (quantidade, cor, odor, consistência) Tubo orotraqueal (nº, tempo) Cânula de traqueostomia (nº, tempo) Dreno de tórax (local e tempo) Oxigenoterapia (litros/min; tipo óculos ou mascara) Ritmo respiratório; Frequência; Amplitude; Tiragem; Expansibilidade. Normal: Tipo respiratório: Torácica: principalmente nas mulheres; Toracoabdominal: mais predominantes em homens e crianças de ambos os sexos. Ritmo respiratório: Observar durante um certo tempo, no mínimo 2 minutos a sequência, a forma e a amplitude das incursões respiratórias. Anormais: Ritmos respiratórios: Taquipnéia: respirações rápidas e superficial, apresentando sintomas acima dos valores normais; Hiperpnéia: respiração rápida e profunda. Pode ser causada pela pratica de exercício físico, ansiedade e acidose metabólica; Bradipnéia: frequência respiratória a baixo dos valores normais, esta pode ser observada durante o sono e é mais frequente em clientes que sofreram lesão cerebrais; Apnéia: parada de movimentos respiratórios; Dispnéia: caracteriza-se pela sucessão de movimentos respiratórios amplos e quase sempre desconfortáveis, que na maioria das vezes são observados pelo profissional e não relatado pelo paciente; Platipnéia: dificuldade de respirar em posição ereta que é avaliada na posição dorsal; Ortopnéia: o cliente se sente mais confortável para respirar na posição lateral; Respiração de Cheyne-Stokes (ou dispnéia periódica): nesta forma o cliente apresenta incursões respiratórias que vão ficando cada vez mais profundas até atingir uma amplitude máxima. Pode ser observada em idosos e recém-nascidos; Respiração de Biot: ocorre em período de apnéia que interrompem a sequência das incursões respiratórias. (Respiração com amplitude variável > período de apnéia); Respiração de Kussmaul: ocorre amplas e rápidas respirações interrompidaspor curtos períodos de apnéia após as quais ocorrem expirações profundos e ruidosas sucedida por pequenas pausas de apnéia; Respiração suspirosa: uma vez ou outra ocorre interrupção da sequência regular das incursões respiratórias normais interrompida por suspiros. Amplitude da respiração Observa-se os movimentos respiratórios para reconhecer o aumento ou redução da amplitude, classificando-a em: Respiração profunda; Respiração superficial. Presença ou não de tiragem Quando existe um obstáculo em uma via aérea, dificultando ou impedindo a penetração do ar, a parte correspondente do pulmão não se expande. A pressão atmosférica ao atuar sobre a área correspondente da parede torácica provocando uma leve depressão nos espaços intercostais. Frequência respiratória Varia principalmente em função da idade; Pode ser dividida em: Taquipnéia: frequência respiratória acima dos valores normais; Bradipnéia: frequência respiratória a baixo do normal; Apnéia: parada respiratória; Eupneia: normalidade na frequência respiratória; VALORES DE REFERENCIA DE FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA IDADE VALORES RN 30 A 60 mrpm LACTENTES (ATÉ 6 MESES) 30 Á 50 mrpm CRIANÇAS (ATÉ 2 ANOS) 25 A 32 mrpm ESCOLARES 20 A 30 mrpm ADOLESCENTES 16 A 19 mrpm ADULTO 12 A 20 mrpm Esta é avaliada tanto pela inspeção quanto pela palpação, através da simetria ou assimetria da expansão pulmonar. PALPAÇÃO Palpar a estrutura da parede torácica Sensibilidade; Observar a expansibilidade ou mobilidade Ápice; Base (latero - lateral); Frêmito torácico Divisão do tórax; Solicitar o paciente falar “33” e comparar região homologas; Pesquisa anterior, lateral e posterior. A palpação começa sempre do ápice para a base. Expansibilidade torácica: Colocar os polegares sobre o tórax, aproximadamente 5 cm de distância e observar a simetria. - Face posterior: ápices: o examinador coloca-se sentado atrás do paciente, que permanece sentado, cobrindo com a palma das mãos as regiões escapulares; as pontas dos polegares ficam unidas na altura da sétima vertebra cervical. - Face posterior / REGIÃO MÉDIA: colocar as mãos espalmadas verticalmente sobre ambas as regiões interescapularvertebrais, aproximando-se as pontas dos polegares à linha vertebral. - Face posterior / BASE: circunscrever as regiões posteriores e laterais do tórax com ambas as mãos, de tal forma que os polegares se aproximem da linha vertebral. - Face anterior / REGIÃO INFRACLAVICULAR E MAMÁRIA: pousar as mãos espalmadas e ligeiramente oblíquas sobre as regiões, de modo que a ponta do dedo médio atinja as clavículas e as pontas dos polegares se unam a linha médio esternal. Frêmitos Vibração perceptível pelo tato. Frêmito torocovocal: Técnica: paciente em pé ou sentado, pronuncia lentamente, em voz alta e com intensidade uniforme, as palavras “trinta e três”. O examinador colocando a palma da mão sobre o tórax explora de maneira simétrica e comparada, o frêmito em toda a superfície torácica. Locais específicos para a verificação do frêmito: Linha hemiclavicular; PERCUSSÃO Feito antero/lateral: paciente deitado (mãos na cabeça) Posterior: paciente sentado Ruído gerado pelo golpe: “digito-digital” Tipos de sons: Claro pulmonar: este pode ser encontrado nas demais regiões do tórax, porem as notas de percussão não são iguais em todo o tórax. Maciço: é encontrado na região do fiado e do coração; Sub-maciço: esta é encontrada na avaliação do baço, podendo ser chamada também de submacicez esplênica. Timpânico: localizada na área do estomago, esse som é semelhante ao som de um tambor; Hipertimpânico: ... Locais: Espaços intercostais Face anterior e posterior Técnicas: Duas percussões Pesquisa simétrica Macicez diafragmática. Alterações na percussão do tórax: Hipersonoridade pulmonar: as notas são mais claras e mais extensas (indica aumento de ar nos alvéolos); Submacicez ou macicez: é a diminuição ou desaparecimento da sonoridade pulmonar (diminuição de ar nos alvéolos); Som timpânico: significa aprisionamento de ar no espaço pleural ou na cavidade intrapulmonar (ar pressionado no pneumotórax); Som claro pulmonar: normal. AUSCULTA Paciente sentado de preferência; Respirar um pouco mais profundamente com os lábios entreabertos; Som normal: são criados pela movimentação do ar que entra e sai das vias aéreas, com variações em sua localização e tamanho. Traqueal: tranqueia, pescoço e esternal. O som origina-se na passagem do ar através da fenda glótica e na própria traquéia. Respiração brônquica: projeção bronquíolos principais;(fim da ramificação da traqueia). Som broncovesicular: região esternal superior; (brônquio principal). A ausculta é realizada na região esternal superior, na regição interescapular-vertebral direita e ao nível da terceira e quarta vertebras dorsais. Murmúrio vesicular: periferia dos pulmões. (Lobos, bronquíolos e brônquios de menor calibre). São produzidos pela turbulência de ar circulante ao chocar-se contra as bifurcações brônquicas, ao passar por cavidades de tamanhos diferentes, tais como bronquíolos para alvéolos. Ruídos adventícios (sons pulmonares anormais): Contínuos: obstrução da via aérea (secreção, espasmo local, corpo estranho). Roncos Sibilos Estridores (cordas roçando): Regiões superiores das vias aéreas inferiores; Etiologias: obstrução laringite e edema de glote, etc Som intenso e agudo Aparece em qualquer fase da respiração Descontínuos: Estertores finos: bases pulmonares; Abertura subta de vias aéreas de menor calibre; Som semelhante ao se friccionar os fios de cabelo Aparece do meio para o final da inspiração Edema pulmonar, etc Estertores grossos: Abertura súbita de vias aéreas de maior calibre Semelhante ao som de liquido borbulhando Pode ocorres na inspiração e ou expiração Bronquite crônica, etc Origem pleural > atrito pleural. Tecnica de avaliação da frequência respiratória: Realizar higiene das mãos; Explique o procedimento para o paciente: Certifique-se de que o paciente fique em uma posição confortável, de preferência sentado ou deitado em posição supina; Certifique-se que o tórax esteja visível, se necessário tirar a roupa e lençol; Observe o ciclo respiratório completo; Após a observação do ciclo, olhe para o relógio e comece a contar a frequência respiratória em um minuto; Observe a profundidade respiratória; Observe o ritmo ventilatórios, lembrando-se que a respiração normal e regular e ininterrupta; - cuidados de enfermagem
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