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Direito processual Penal I - RESUMO

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DA AÇÃO PENAL
 É direito público subjetivo de se pedir aos
Estado-Juiz a aplicação do direito penal
objetivo ao caso concreto.
 Características do direito de ação:
autônomo, abstrato, subjetivo, público e
instrumental.
 Autônomo: não se confunde com o
direito material – preexistente à
pretensão punitiva do Estado.
 Abstrato: não depende do resultado do
processo.
 Subjetivo: o titular do direito de ação é
especificado na própria lei – em regra o MP
(257, I CPP) e excepcionalmente a vítima ou
seu representante.
 Público: a atividade provocada é de
natureza pública, sendo a ação exercida
contra o próprio Estado.
 Instrumental: é meio para se alcançar a
efetividade do direito material.
CONDIÇÕES DA AÇÃO
 São requisitos necessários e que
condicionam o exercício do direito de
ação.
 Art. 395, II CPP –
 Gerais: legitimidade, interesse processual
e possibilidade jurídica do pedido.
 Específicas: (condições de
procedibilidade) – representação e
requisição do Ministro da Justiça.
 Possibilidade Jurídica do Pedido: a
providência requerida pelo demandante deve
ser admitida no direito objetivo. Tem
respaldo legal.
 Interesse de Agir: trinômio necessidade,
adequação e utilidade. Necessidade (de se
levar a lide ao judiciário – é presumido na
seara criminal). Adequação: o
mecanismo utilizado para se levara
pretensão ao Estado-Juiz deve ser hábil. Ex:
súmula 693, STF.
 Utilidade: somente existe quando houver esperança
na possibilidade do exercício do direito de punir pelo
Estado.
 Legitimidade: (legitimatio ad causam) – pertinência
subjetiva da ação.
 Condições específicas: representação da vítima,
requisição do Ministro da justiça, a entrada do autor
da infração no território nacional (art. 7º, §§2º e 3º
CP), autorização da Câmara dos Deputados para
instauração de processo criminal contra o Presidente,
vice ou ministros de estado perante o STF. (51, I da
CF).
CLASSIFICAÇÃO DA AÇÃO 
PENAL
 Ação Penal Pública: incondicionada,
condicionada.
 Incondicionada é regra no processo penal –
no silêncio da lei é incondicionada.
 Condicionada: a lei estabelece no próprio
tipo penal que tal infração de procede
mediante representação ou requisição do
Ministro da Justiça.
 Ação Penal Privada: a iniciativa da
propositura caberá à vítima, mediante
queixa-crime.
 Subdivide-se em: exclusiva, personalíssima e
subsidiária da pública.
 Exclusiva: a iniciativa cabe à vítima, mas se
menor ou incapaz pode ser proposta pelo
representante legal. Em caso de morte da
vítima a ação pode ser proposta pelos seus
sucessores ou já estando em andamento
poderão prosseguir na ação.
 A lei prevê expressamente: somente se
procede mediante queixa.
 Personalíssima: a ação só pode ser
proposta pela vítima. Se menor, deve-se
aguardar os 18 anos e se incapaz deve-se
aguardar o restabelecimento.
 Não pode ser proposta pelos sucessores e
estes não podem prosseguir na ação em
caso de morte da vítima.
 A lei prevê: somente se procede mediante
queixa do ofendido. 236 CP
 Subsidiária da Pública: é proposta pela
vítima nos casos de ação penal pública nas
situações em que o MP não se manifesta no
prazo legal.
 Princípios Constitucionais da Ação
Penal:
 1- Juiz Natural: ART. 5º, LIII CF – ninguém
será processado nem sentenciado senão pela
autoridade competente. O julgamento por
autoridade incompetente gera nulidade
absoluta (564, I CPP)
 Criação de vara especializada: STF – não fere
o princípio do juiz natural o deslocamento da
ação em andamento para a vara especializada
criada ou criação de nova Comarca.
 Desloca-se também a competência nos casos de
foro especial – o réu assume cargo ou função que
dá a ele direito a foro especial, mas pode ocorrer
o inverso.
 No rito do Júri – o desaforamento não fere o
princípio do juiz natural – 427 e 428 CPP.
 Princípio do Promotor natural:
mesmo art. 5º, LIII.
 Princípio do devido processo legal:
art. 5º, LIV – para todo crime cometido
existe um procedimento previsto em lei
para a sua apuração – matéria de ordem
pública. A não observância do
procedimento pode ensejar nulidade do
processo que pode ser absoluta ou
relativa.
 Princípio da Vedação da prova ilícita:
art. 5º, LVI. Art. 157 do CPP
 Princípio da presunção de inocência:
art. 5º, LVII – somente quando não mais
couber recurso contra a decisão o réu
poderá ser considerado culpado. Não é
absoluto, pois, a prisão provisória é
possível. (art. 5º, LXI)
 Princípio do Contraditório e da ampla
defesa. (art. 5º, LV)-
 Princípio do privilégio contra a
autoincriminação: nemo tenetur se detegere. –
art. 5º, LXIII / art. 186,§ú CPP
 Princípio da Publicidade: art. 5º, LX e 93, IX .
 Princípio da razoável duração do processo:
art. 5º, LXXVIII – provas (400,§1º)
 Princípio da motivação das decisões judiciais:
art. 93, IX
 Princípio da imparcialidade do juiz: não é
expresso na CF – encontra-se na CF
garantias e vedações ao juiz. (95)
 Princípio do Duplo Grau de Jurisdição:
decorre da previsão da competência recursal
dos Tribunais.
 Princípio da Iniciativa das partes: a jurisdição
é inerte.
 Princípio da Intranscendência: art.5º,
XLV – a pena não pode passar da pessoa
do condenado.
 Outros Princípios da Ação Penal:
 Verdade real: busca-se a realidade dos
fatos, não basta a verdade formal. Provas
– 156 CPP. – limitações ao princípio da
verdade real- provas ilícitas e revisão
criminal pro societate.
 Princípio do Impulso Oficial:
 Princípio da Correlação: impede que o
juiz ao proferir sentença extrapole os
limites da acusação. (extra petita) – deve
haver correlação entre o fato imputado e
a sentença proferida.
 Princípio da identidade física do juiz:
aquele que colheu a prova deve ser o
mesmo a julgar. (399,§2º)
 Princípio do favor rei: havendo dúvida, o juiz
deve optar pela solução mais favorável ao
réu. (in dubio pro reo). Isso não ocorre na
fase de pronúncia.
 AÇÃO PENAL PÚBLICA: é aquela cuja
titularidade é exclusiva do MP – art. 129, I
CF, para os delitos que a lei defina como de
ação pública.
 Princípios da APP: obrigatoriedade,
indisponibilidade e oficialidade.
 Obrigatoriedade: O MP não pode
transigir ou perdoar o autor do crime de
ação pública. Entendendo que existem
indícios suficientes de autoria e
materialidade é obrigado a denunciar.
 Infrações de menor potencial ofensivo: o
MP pode deixar de oferecer denúncia
quando ocorra a transação penal (98, I,
CF)
 Indisponibilidade: art. 42 CPP – não pode
ocorrer desistência da ação penal proposta,
bem como do recurso interposto. (576,
CPP).
 Suspensão condicional do processo: atenuou
tal princípio – 89 lei 9.099. crime com pena
mínima de 1 ano. Mas não é caso de ser
exceção efetiva ao princípio.
 Oficialidade: titular da ação é órgão oficial
– MP – atenuado pela CF. art 5º, LIX
AÇÃO PENAL PÚBLICA 
INCONDICIONADA
 A denominação decorre da desnecessidade de
qualquer condição especial para que seja iniciada
a ação penal pelo MP.
 Basta a existência das condições da ação (gerais).
 Quando o tipo penal nada menciona a respeito da
espécie de ação penal é considerado de ação
penal pública incondicionada.
 Art. 24, §2 CPP – impõe a ação penal pública
incondicionada quando o crime é praticado
contra patrimônio ou interesse da união, estados
e municípios.
A. P CONDICIONADA À 
REPRESENTAÇÃO
 Representação é a manifestação de vontade
da vítima ou de seu representante no
sentido de solicitar providências ao Estado
para a apuração do crime e, ao mesmo
tempo, autorizar o MP a ingressar com a
ação penal.
 Condição de procedibilidade
 Alguns autores denominação a
representação como delatio criminispostulatória.
 O IP só se inicia com a representação da
vítima, salvo nas infrações de menor
potencial ofensivo (TC pode ser lavrado sem
a representação que só será colhida na
audiência preliminar).
 A lei menciona junto ao tipo penal que
“somente se procede mediante
representação”. Ex: 147 CP, 156 CP, §1º)
 Pode encontrar-se em outra lei como no
caso de lesão corporal leve e culposa (88 da
lei 9.099)
 Não vinculação do MP à representação- poderá o
MP promover o arquivamento, bem como
denunciar somente um ou alguns dos
investigados.
 Não pode o autor da representação se valer do
art. 28 do CPP.
 Conteúdo da representação: não é adequado que
da representação conste o nome daquele contra
quem se faz a representação, mas mesmo que
houver tal indicação o MP pode denunciar outros
que não estejam nomeados na mesma.
 Não há renúncia em relação àquele que não teve
o nome veiculado na representação.
 Retratação da representação – art. 25 do CPP –
possibilidade antes do oferecimento da denúncia.
 Aspectos formais da representação: art. 39
 Mais importantes: endereçamento ao juiz, MP ou
DELPOL; oferecida pessoalmente ou por
procurador com poderes especiais; escrita ou
oral (reduzida a termo).
 Prazo para a representação: art. 38
do CPP – 6 meses a contar do
conhecimento da autoria.
 Prazo é decadencial – se inicia com o
descobrimento da autoria pela vítima ou
representante.
 Prescrição pode ocorrer antes de se
conhecer a autoria, pois, se inicia a partir
da data do fato.
 Titularidade do direito de representação:
Vítima ou representante legal – art. 38
 Representante: quando a vítima for menor de
18 anos ou incapaz em razão de doença ou
retardamento mental.
 Vítima menor de 18 anos sem representante legal
– nomeação de curador especial pelo juiz, para a
verificação da conveniência da representação (33
do CPP – interpretação extensiva)
 Curador deve ser pessoa de confiança do juiz e
não está obrigado à representar.
 Colidência de interesses entre a vítima
e o representante: hipótese de nomeação
de curador especial.
 Vítima menor de 18 anos – nomeação de
curador pelo juízo da infância. (148,§ú, f
ECA)
 Doente mental: nomeação pelo próprio
juízo criminal.
 Vítima menor de 18 anos que conhece a
autoria, mas não comunica ao representante
– prazo de representação se inicia com a
maioridade da vítima.
 Morte da vítima maior: o direito de
representação passa ao cônjuge, companheiro,
ascendente, descendente ou irmão. (CCADI)
 Pluralidade de vítimas e representação por
uma delas: a denúncia deve se ater ao fato
relacionado àquele que representou, despreza-se
concurso formal de crimes.
 Retratação: art. 25 – pode ocorrer até o
oferecimento da denúncia.
 Admite-se retratação da retratação – se
dentro do prazo decadencial de 6 meses.
 Representação e Lei Maria da Penha: é a regra
na lei – Não se aplica a lei 9.099/95- havendo
representação lavra-se IP.
 Exceção: lesão corporal leve e culposa – pública
incondicionada. STF – ADI 4424
 Retratação na Maria da Penha: deve ser elaborada
uma certidão de comparecimento e da intenção
de retratação.
 O Juiz, caso não tenha recebido a denúncia,
designará audiência nos termos do art. 16 da lei
11.340/06.
 Não cabe retratação da retratação.
 Ação Penal Pública Condicionada à
requisição do Ministro da Justiça:
condição de procedibilidade.
 Decorre da necessidade de verificação da
conveniência política de ser iniciada a ação
penal pelo MP.
 Situações: art. 7º, §3º, b do CP e 145,§ú –
somente se procede mediante requisição do
Ministro da Justiça.
 A requisição não vincula o MP – independência
funcional: art. 127,§1º da CF.
 Prazo: não segue a regra da representação, não
há prazo, podendo ser oferecida a qualquer
tempo antes da prescrição.
 Retratação: duas correntes – NÃO: o art. 25 só
a prevê para representação: Tourinho, Capez e
outros. SIM: apesar do art 25, pode ser aplicado
por analogia, já que todo ato adm. pode ser
revogado. Damásio e outros.
Opções do MP ao receber o IP concluído
(APP condicionada ou incondicionada)
 Requerimento de novas diligências:
imprescindíveis ao esclarecimento dos fatos.
 Indeferimento pelo juiz pode ocorrer caso
entenda que é dispensável nova diligência.
 Insistência do MP na diligência: aplica-se
analogicamente o art. 28 do CPP.
 MP pode requerer diligências diretamente
nos termos dos arts. 13 do CPP e 129, VIII
da CF.
 MP promovendo o arquivamento, não cabe
determinação de novas diligências pelo
juiz – caberá interposição de correição
parcial.
 Requerimento de remessa a outro
juízo: entendendo que o réu cometeu crime
diverso do qual tenha sido indiciado e em
razão disso, o juízo para o qual foi
encaminhado não seja competente, poderá
se manifestar de modo fundamentado
rogando pela remessa ao juízo competente.
 O Juiz não poderá simplesmente indeferir
– caso discorde deve se utilizar do art. 28
do CPP.
 Não aplicando-se o art. 28 – cabe
correição parcial.
 Do conflito negativa de atribuição que
surge com a negativa do promotor que
recebeu no novo juízo, caberá decisão por
parte do PGJ.
 Promoção de arquivamento: situações: fato
atípico, presença de excludente de ilicitude,
extinção da punibilidade ou inexistência de
indícios suficientes de autoria ou de
materialidade.
 Hipóteses: concordância do juiz com a
promoção do arquivamento – ver art. 18 CPP
e súmula 524 do STF.
 Da decisão que determina o arquivamento em
regra não cabe recurso. Exceção: art. 7º da lei
1521/51 – recurso de ofício por parte do juiz –
crime contra economia popular e saúde pública.
 Arquivamento pelo DELPOL (art. 17) ou
pelo juiz de ofício: impossibilidade .
 Discordância do juiz: aplicação do art. 28
do CPP.
 Promotor designado – não pode recusar-se
em denunciar, pois, age por ordem do PGJ.
 PGJ – pode determinar novas diligências e
após o IP retornará para ele se manifestar.
 Aplica-se o art. 28 do CPP quando se tratar
de peças de informação.
OFERECIMENTO DA DENÚNCIA
 Havendo indícios de autoria e de materialidade de
crime de ação pública, constantes do IP ou das
peças de informações, o MP está obrigado a
oferecer denúncia.
 Desde que não estejam presentes causas
impeditivas do exercício da ação penal.
 Prazo de oferecimento: regra geral – 5 dias
com indiciado preso e 15 se solto (art. 46).
 Início do prazo: recebimento dos autos com
vistas ao MP.
 Retorno à delegacia para diligências:
quando retornar ao MP, após as
diligências, o prazo será computado
novamente desde o início.
 Prazos em leis especiais: na lei de drogas
o prazo é de 10 dias (art. 54, caput, lei
11.343/06)
 Trata-se de prazo impróprio – o MP pode
denunciar após transcorrido o prazo
legal.
 Consequências do não atendimento do
prazo pelo MP: possibilidade de o indiciado
preso pleitear a sua liberdade, bem como a
possibilidade de oferecimento de queixa-crime
subsidiária.
 Não obrigatoriedade do IP – art. 27 e 40 do CPP.
MP pode se valer de peças de informações.
 Início do prazo para a denúncia quando da
dispensa de IP – art. 46, §1º - data do
recebimento das peças ou da representação
(39,§5º).
REQUISITOS DA DENÚNCIA
 Na denúncia não há lugar para a análise de
provas.
 O MP imputa a prática de determinado
crime a alguém, descrevendo dia e local do
fato, que se enquadra em determinado tipo
penal.
 Deve ser sucinta, mas deve trazer todas
elementares que compõem o tipo penal.
 Não é mero resumo das fases do IP, deve o
MP reproduzir na peça em que consistiu o
fato criminoso.
 Requisitos: art. 41 do CPP
 1- exposição do fato criminoso com
todas as suas circunstâncias:
 A) todas as elementares do tipo e amaneira
como ocorreram no caso concreto;
 B) todas as circunstâncias agregadas que
possam implicar em alteração da pena – as
qualificadoras e causas de aumento não
podem ser reconhecidas pela juiz sem que
constem da denúncia.
 Qualificadoras: alteram a pena em
abstrato. Ex: homicídio simples de 6 a 20
anos e o qualificado de 12 a 30 anos.
 Causas de aumento de pena: são
índices de aumento: a pena será aumentada
de 1/3; aumentada de ½.
 As agravantes genéricas (61 e 62 do CP)
podem ser reconhecidas mesmo que não
constem da denúncia (385 CPP).
 C) todas as circunstâncias de tempo, local e
modo de execução.
 II – qualificação do acusado ou elementos pelos quais
se possa identificá-lo.
 III – classificação do crime: indicação do artigo de lei
infringido.
 A classificação pode posteriormente ser alterada –
384 e 383 do CPP.
 A classificação é importante, pois, com base nela é
que se verifica a possibilidade de suspensão
condicional do processo (pena mínima não superior a
1 ano), ou cabimento de prisão preventiva.
 O juiz não pode ao receber a denúncia dar outra
classificação ao crime, somente ao final. Súmula 337
STJ.
 Caso o MP classifique o fato como crime
que admita a suspensão condicional do
processo e o juiz não concorde, basta que
não a homologue, devendo o feito
prosseguir.
 IV – Rol de testemunhas: na denúncia é o
momento de se arrolar testemunhas de
acusação.A omissão leva à preclusão.
 Poderá o MP neste caso requerer a oitiva
como testemunhas do juízo (209, CPP)
 Forma da Denúncia: tem forma de
petição, devendo ter endereçamento,
exposição dos fatos e do direito e os
requerimentos.
 Deve conter todos os elementos da
ação: partes, pedido e causa de pedir.
 Cota de oferecimento da denúncia:
escreverá o MP que oferece denúncia em
apartado.
 Deve o MP fazer constar no termo de vistas,
eventuais requerimento necessário naquele
momento. Ex: prisão preventiva, liberdade
provisória, suspensão condicional do
processo.
 Recebimento da denúncia: trata-se de
cisão interlocutória simples, devendo ser
proferida em 05 dias (800, II, CPP).
 Recomenda-se ao juiz que não se
limite a despachar “recebo a
denúncia”.
 É mero juízo de admissibilidade, não exigindo-se
fundamentação do art. 93, IX CF. - STF HC
101.971
 Recurso contra a decisão que recebe a
denúncia: não existe recurso específico previsto
em lei.
 Admite-se, assim, que se impetre HC quando o
crime constante da denúncia seja passível a
cominação de pena de prisão.
 HC – para trancar a ação penal nos casos de
atipicidade ou extinção da punibilidade.
 Com o recebimento da denúncia
interrompe-se o prazo prescricional, nos
termos do art. 117, I do CP.
 Aditamento da denúncia: 569 CPP –
omissões podem ser sanadas a qualquer
tempo antes da sentença final, mediante
aditamento.
 Também se pode aditar para fins de
correções, como nome do réu, data ou
local do crime.
 Aditamento para inclusão de corréu
ou fato novo: art. 569 e 82 do CPP.
 Caso o juiz entenda que a inclusão do
corréu seja possível determinará a citação
e demais providências, proferindo-se uma
sentença ao final.
 Do contrário, entendendo que haverá
prejuízo para a tramitação, receberá o
aditamento, mas determinará o
desmembramento do feito.
 O MP ao perceber que o aditamento pode
atrapalhar a tramitação em razão do estado
do processo, poderá optar por nova
denúncia, para o início de novo processo.
 Hipóteses de rejeição da denúncia: art.
395 do CPP
 São: inépcia manifesta, falta de pressuposto
processual, falta de condição da ação e falta
de justa causa.
 Inépcia manifesta: 395,I – decorre da narrativa
incompreensível dos fatos, da insuficiente
identificação do réu ou inobservância do
requisitos mínimos (41).
 Pode ser reapresentada após as correções.
 Falta de Pressuposto Processual: 395, II, 1ª
parte – decorre da ausência de capacidade de ser
parte, falta de capacidade postulatória,
ilegitimidade de parte, etc.
 Falta de condição da Ação: 395, II, 2ª parte -
 Falta de Justa Causa para o exercício
da ação penal – 395, III – ausência de
lastro probatório mínimo para início da ação
quanto a autoria e materialidade, atipicidade
da conduta narrada ou ainda a ocorrência de
prescrição ou outra causa de extinção da
punibilidade.
 Recurso contra a decisão que rejeita a
denúncia: RESE (581,I) – uma vez
interposto, deve-se intimar o denunciado
para oferecer contrarrazões, sob pena de
nulidade.
 Súmula: 707 STF – nulidade pela falta de
intimação.
 Súmula 709 STF – acórdão que provê o
recurso contra a rejeição da denúncia vale,
desde logo, pelo recebimento dela, salvo se
nula a decisão de 1º grau.
 AÇÃO PENAL PRIVADA: forma de
ação penal cuja iniciativa é do ofendido ou
seu representante legal (quando menor ou
incapaz).
Princípios Específicos 
 Oportunidade: o ofendido decide de acordo
com o seu livre-arbítrio se promove ou não a
ação.
 Disponibilidade: pode o ofendido desistir da
ação penal por meio do perdão ou perempção
(51 e 60 CPP), bem como desistir do recurso
interposto (567)
 Indivisibilidade: art. 48 – a queixa contra
qualquer dos autores do crime obrigará ao
processo de todos. A não inclusão intencional de
autor do crime, gera a renúncia em favor de
todos os demais. (49)
 Intranscendência: a ação somente atinge os
autores da infração, não atingindo 3º.
 Titularidade de AP Privada: art. 30 CPP e 100, §2º
do CP – ofendido ou seu representante legal.
 Ofendido menor de 18 anos sem representante –
nomeação de curador pelo juiz.
 Morte ou ausência do ofendido: ação ainda não
proposta – art 31 CPP. Caso já tenha sido
proposta, poderá haver continuidade pelos
titulares alternativos.
 Mulher casada pode exercer o direito de
queixa ou representação? Não há mais
restrições – art. 35 do CPP perdeu razão de ser.
 Pessoas Jurídicas: art. 37 – fundações,
sociedades e associações devidamente
constituídas – deve ser representadas por
aqueles que constam do ato constitutivo e no
silêncio, por seus diretores ou sócios-gerentes.
 Não podem ser sujeitos passivos da pretensão
punitiva, salvo em crimes ambientais.
 Prazo para o exercício da queixa-
crime: art. 38 CPP – seis meses a contar
do conhecimento da autoria ou com o
fim do esgotamento do prazo para
oferecimento da denúncia, nos termos do
art. 29.
 Prazo na hipótese do art. 31 – morte
ou declaração de ausência – 6 meses a
contar da ciência da autoria pelo
sucessor.
 Divisão da Ação Penal Privada: divide-se em 3
espécies:
 1- propriamente dita ou exclusivamente
privada: exercício compete ao ofendido ou
representante.
 2- Subsidiária da pública: decorre da inércia do
MP (29) seja pública condicionada ou incondicionada.
 3- personalíssima: exercício compete única e
exclusivamente ao ofendido. (236, CP)
 Morte do ofendido na ação personalíssima:
ocorre a extinção da punibilidade, pois, não se aplica
o art. 31 CPP.
 Despesas processuais: art. 806 CPP
 Início da Ação Penal Privada: ato inaugural –
queixa-crime.
 Procuração outorgada ao advogado – art 44 –
poderes especiais.
 Oitiva do MP: antes do recebimento da peça
acusatória, o juiz abrirá vista ao MP para
manifestação como fiscal da lei.
 O MP pode aditar para correções formais - 45
 Oferecimento da queixa diretamente pelo
ofendido- desde que tenha capacidade
postulatória.
 Destino do IP após a sua conclusão nos
crimes de ação penal privada: - art. 19
CPP – será remetido ao juízo competente
e ficará à disposição do ofendido.
 Não sendo proposta a ação penal no
prazo decadencial o juiz declarará a
extinção da punibilidade e determinará o
arquivamento do IP.
Causas extintivas da punibilidadeda 
ação penal privada no CPP
 Incidem na ação penal privada exclusiva e
personalíssima – decadência, perempção,
renúncia e perdão.
 Decadência: perda do direito de propor a
ação penal em face do decurso do prazo.
 Prazo: 6 meses do conhecimento da autoria
pelo ofendido – 103 do CP.
 O prazo é peremptório – não se suspende
ou prorroga. Terminando o prazo em
feriado ou fim de semana não se prorroga
para o próximo dia útil.
 Perempção: sanção imposta ao querelante
e consiste na perda do direito de prosseguir
na ação penal.
 Decorre da inércia ou omissão durante a
ação.
 Os efeitos estendem-se a todos os
querelados.
 Não ocorre nos casos de ação penal privada
subsidiária da pública, pois, em caso de
inércia o MP reassume a ação.
 Hipóteses de perempção – art. 60 CPP
 RENÚNCIA: é ato unilateral e ocorre
quando o ofendido abre mão do direito de
queixa.
 Ocorre antes do início da ação penal (antes
do recebimento da queixa)
 Formas de renúncia: expressa (50) ou
tácita (57) – prática de ato incompatível.
 Renúncia de estende a todos os autores do
crime.
 Renúncia e a lei 9.099/95 – art.74 –
composição de danos civis implica em
renúncia ao direito de queixa e de
representação.
 Excepcionalmente não se estende a todos os
autores do crime.
 PERDÃO: ato pelo qual o querelante
desiste do prosseguimento da ação penal
privada.
 Cabível após o recebimento da queixa e
antes do trânsito em julgado da sentença
condenatória.
 É ato bilateral, pois, depende de aceitação do
querelado.
 É instituto exclusivo da ação penal privada.
 Se concedido a um dos querelados, a todos
se estende, mas só extingue a punibilidade
daqueles que aceitarem o perdão. (51)
 Pode ser concedido pessoalmente ou por
procurador com poderes especiais.
 Pode ser: processual ou extraprocessual.
 Processual – mediante declaração expressa
nos autos – será o querelado notificado para
no prazo de 3 dias se manifestar se aceita ou
não, devendo constar do mandado que o
silêncio importará em aceitação.
 Extraprocessual: pode ser expresso ou
tácito: expresso é concedido mediante
declaração assinada pelo ofendido ou
procurador com poderes especiais.
 Tácito: quando o querelante pratica ato
incompatível com a intenção de prosseguir
na ação.
 Admite-se qualquer meio de prova. É
extraprocessual na origem, mas só será
reconhecido pelo juiz em caso de prova feita
em juízo a seu respeito.
 Aceitação do perdão extraprocessual deve
se dar por declaração assinada pelo
querelado, representante ou procurador
com poderes especiais.
AÇÃO PENAL PRIVADA 
SUBSIDIÁRIA DA PÚBLICA
 CF – art. 5º, LIX.
 A exclusividade do MP para a ação penal pública
não é absoluta.
 Prazo para atuação da vítima – inicia-se com o fim
do prazo para o MP oferecer denúncia.
 Lapso temporal: 6 meses – decadencial para a
vítima.
 O prazo para o MP oferecer denúncia não é
peremptório – poderá apresentar denúncia após
o prazo legal que possui caso a vítima não tenha
apresentado a ação subsidiária.
 Após o prazo legal de denúncia pelo MP
(art.46) surge uma titularidade
concorrente.
 Arquivamento pelo promotor ou
determinação de retorno à delegacia –
não gera direito de propor a queixa
subsidiária.
 Caso venha a ser apresentada deverá ser
rejeitada por ilegitimidade de parte – 395,
II
 Atuação do MP – custos legis: poderes
especiais de acordo com o art. 29 do CPP.
 1- vistas ao MP antes do recebimento da queixa
subsidiária: o MP poderá repudiá-la caso não
preencha os requisitos do art. 41 e oferecerá
denúncia substitutiva – retoma a titularidade da ação.
 2- poderá aditá-la se apesar de entender como sendo
viável a queixa, encontre falhas. Neste caso não
retoma a titularidade da ação penal. Pode ainda incluir
corréu ou crime conexo, e ainda qualificadoras ou
causas de aumento de pena. Prazo para aditamento: 3
dias.
 3- pode apresentar recurso qualquer que
seja a natureza da decisão. (absolvição,
condenação, extinção da punibilidade,
montante de pena) – na ação exclusiva
privada ou personalíssima – somente pode
recorrer me favor do réu.
 4- pode fornecer elementos de provas e
participar da produção das mesmas.
 5- pode retomar a titularidade da ação em
caso de negligência do querelante, não
ocorrendo perempção.
 Pluralidade de partes da ação penal –
LITISCONSÓRCIO.
 PASSIVO: é comum nos casos de concurso de
pessoas que praticam o mesmo crime ou em
casos de cometimento de crimes conexos.
 ATIVO: decorre do cometimento de crimes
conexos (devem ser apurados em conjunto), mas
não coincide a titularidade da ação.
 Hipóteses: cometimento de crimes conexos,
sendo um de ação pública e outro de ação
privada ou ainda em crimes conexos de ação
privada com vítimas distintas.
 LEGITIMIDADE CONCORRENTE:
neste caso a ação penal pode ser
proposta pelo MP ou pelo particular.
 Hipóteses: 1- durante o prazo de 6
meses para a propositura da queixa
subsidiária. 2- crimes contra a honra de
funcionário público – art. 145, §ú do CP.
Súmula 714 do STF – fala em titularidade
concorrente.

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