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Origem e Evolução da Psicologia

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Psicologia da Educação
1 - ORIGEM DA PSICOLOGIA
A psicologia surge inicialmente nos movimentos filosóficos gregos que estudavam, entre outras coisas, a alma humana.
Pensadores como SÓCRATES (468-399 a. C.), PLATÃO (429-347 a. C.) e ARISTÓTELES (384-322 a. C.) discutiram questões referentes ao que eles denominavam alma.
Depois de Cristo, no mundo ocidental, mais precisamente até o século XVI, o que define o modo de funcionamento da realidade individual e social será o Paradigma Teocêntrico.
Em finais do século XVI, vemos o surgimento do que viria a ser denominado como Paradigma Mecanicista.
Com o surgimento de um modelo mecanicista, há a construção de uma nova noção de mundo.
O mundo moderno seria pensado à imagem e semelhança de uma máquina, já que esse mesmo mundo passa a ser controlado pelas regras mecânicas e objetivas das leis da física (como a FÍSICA NEWTONIANA), o que se tornaria o novo credo de uma nova religião: a ciência moderna.
No campo da psicologia, o grande nome que influenciou suas concepções científicas sobre a natureza humana foi René Descartes
2 - A PSICOLOGIA COMO CIÊNCIA
No final do século XIX, acadêmicos da época resolvem distanciar a Psicologia da Filosofia, dando origem ao que se chamou de Psicologia Moderna. Os comportamentos observáveis passam a fazer parte da investigação científica em laboratórios, com o objetivo de se controlar o comportamento humano. Nesse sentido, os teóricos objetivam suas ações na tentativa construir um corpo teórico consistente, buscando o reconhecimento, enfim, da Psicologia como ciência.
É nesse cenário investigativo que surgem três correntes teóricas: o Estruturalismo, o Funcionalismo e o Associacionismo.
O principal marco histórico da origem da Psicologia como ciência autônoma foi a inauguração do primeiro laboratório de psicologia experimental do mundo em 1879, na cidade de Leipzig, Alemanha. O seu fundador foi Wilhelm Wundt.
No final do século XIX, mais precisamente em 1892, Edward Titchener inauguraria um novo laboratório de psicologia experimental em Cornell, Estados Unidos. Ele foi o precursor do movimento conhecido como Estruturalismo. 
Estruturalismo:
Considerava que os psicólogos deveriam estudar as experiências sensoriais por meio da introspecção analítica em laboratório, analisando os processos mentais. Acreditava que, a partir disso, seria possível descobrir suas combinações e localizar, no sistema nervoso, as estruturas a eles relacionadas.
No final do século XIX, William James inaugurou o movimento conhecido como Funcionalismo.
Funcionalismo:
Os funcionalistas acreditavam que os psicólogos deveriam estudar o funcionamento de todos os processos mentais por meio da introspecção informal (auto-observação e observação do outro) e de métodos objetivos como a experimentação. Além disso, os conhecimentos psicológicos deveriam ser aplicados a questões práticas, como a educação.
John Dewey, outro grande representante do modelo funcionalista, foi fortemente influenciado pela visão de William James e interessou-se pelo modo como os processos mentais funcionavam.
O Associacionismo foi apresentado por Edward Thorndike(1874/1949). Seu ponto de vista era de que o homem aprende por um processo de associação de ideias – da mais simples para a mais complexa. Foi a primeira teoria da aprendizagem. Assim, é importante notar a importância dessa corrente para a nossa disciplina, pois a psicologia da educação tem a preocupação com o processo de aprendizagem. Thorndike queria fazer valer o conhecimento da psicologia; queria mostrar resultados com os conhecimentos, saberes e descobertas. É importante notar que esses autores queriam desvincular a psicologia da filosofia: esse era o desafio da época! 
Associacionismo
O Associacionismo demonstra que o homem aprende por um processo de associação de ideias – da mais simples para a mais complexa.
Thorndike formulou a Lei do Efeito, que seria de grande utilidade para a Psicologia Comportamentalista, que é a primeira corrente psicológica do século XX. que é para onde nós vamos agora
Partindo dessa ideia inicial e estabelecendo uma crítica radical ao modelo mentalista da psicologia, Watson fundou, no início do século XX, o Behaviorismo (ou Comportamentalismo). O termo Mentalista (do século XIX) se refere à mente, pois, até então, a Psicologia se preocupava em estudar a consciência. Já no século XX, a Psicologia começa a olhar para o comportamento.
Behaviorismo:
Para essa corrente, os psicólogos deveriam estudar o comportamento observável e adotar métodos objetivos para a obtenção de resultados sobre o comportamento humano, pois somente assim a Psicologia poderia se tornar uma ciência respeitável, alcançando o patamar somente destinado às ciências naturais.
COMPORTAMENTO
No início do século XX, surgem mais três correntes principais, que, por sua vez originaram a diversidade de correntes psicológicas que conhecemos hoje, que são:
- O Behaviorismo surgiu nos EUA com John Watson (1878/1958). Foi conhecido pela teoria S-R, ou seja, para cada resposta comportamental existe um estímulo.
- O Gestaltismo surgiu na Europa, mais precisamente na Alemanha, com Wertheimer, Köhler e Koffka, entre 1910 e 1912, e nega a fragmentação das ações e processos humanos, postulando a necessidade de se compreender o homem como uma totalidade, resgatando as relações da Psicologia com a Filosofia.
- E a Psicanálise, teoria elaborada por Sigmund Freud (1856/1939), recupera a importância da afetividade e tem como seu objeto de estudo o inconsciente.
Importante
Lembre-se de que trataremos mais detalhadamente o Estruturalismo, o Funcionalismo, o Behaviorismo e a Psicanálise nas próximas aulas. Por enquanto, é somente uma visão geral.
Hoje, século XXI, os conhecimentos produzidos pela Psicologia e a complexidade e capacidade de transformação do ser humano acabaram por ampliar em grande medida sua área de atuação.
Assim, a Psicologia hoje pode contribuir em várias áreas de conhecimento, possibilitando a cada área uma gama infinita de descobertas sobre o homem e seu comportamento, ou sobre o homem e suas relações.
Na verdade, a Psicologia é uma ciência aplicada, mas também uma ciência básica de grande importância para qualquer campo de conhecimento.
Uma maneira de entender o vasto campo da Psicologia é distinguir suas duas grandes tradições. De um lado, o interesse em saber o que é o nosso intelecto, isto é, a nossa capacidade de conhecer (via cognitiva). E, por outro lado, nosso comportamento, que também sofre influência dos nossos sentimentos.
Por ora, vamos trabalhar com a seguinte definição de Psicologia: estudo do comportamento e dos processos mentais.
3 - A PSICOLOGIA NO BRASIL 
A Psicologia como ciência autônoma, ou seja, desvinculada do campo médico, religioso ou filosófico, surgiu no Brasil a partir de finais da década de 1950, quando há o desenvolvimento das primeiras faculdades de Psicologia. O primeiro curso de Psicologia no Brasil surgiu em 1953, na Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro, instituição que, na época, era filiada à Pontifícia Universidade Católica (PUC-RJ). O segundo marco de sua autonomização definitiva seria a promulgação da profissão de psicólogo, regulamentada em todo o país em 27 de agosto de 1962.
No dia 27 de agosto, a partir da promulgação da profissão de psicólogo, comemora-se o Dia do Psicólogo.
4 - Origens Históricas da Psicologia Escolar/Educacional 
A Psicologia aplicada à Educação começou a se delinear com os estudos do comportamento humano e da cognição, em torno das primeiras décadas do século XX, que, no Brasil, teve seus principais reflexos na década de 30, principalmente a partir do movimento da Escola Nova.
Importante
ESCOLA NOVA
A Escola Nova foi um movimento de renovação voltado para o ensino e que foi especialmente importante em parte da Europa, América e também no Brasil, mais especificamente na primeira metade do século XX. Esse movimento também recebeu a denominação de "Escola Ativa" ou "Escola Progressiva”.
Mesmo antes de ser considerada umaprofissão e disciplina independente da Filosofia, a Psicologia já era utilizada, e um dos seus primeiros campos de intervenção foi a escola, por entender-se que, nesse campo, a inteligência, a motivação, o desenvolvimento, a aprendizagem, os distúrbios de comportamento, as interações sociais, entre tantos outros fenômenos, estariam sempre presentes e deveriam ser investigados com o intuito de compreender e melhor intervir sobre as ações humanas.
ESTAÇÃO 2
Psicologia Mentalista: Uma viagem ao século XIX
1 - ESTRUTURALISMO 
O Estruturalismo considerava que os psicólogos deveriam estudar as experiências sensoriais por meio da introspecção analítica (controlada) ou qualitativa em laboratório, analisando os processos mentais. Primeiramente com Wundt, depois Titchener. Vamos aos detalhes!
Wundt (difusor da psicologia estrutural) foi o fundador do 1º laboratório de psicologia experimental  do mundo em 1879, em Leipzig, na  Alemanha.
Objeto de Estudo: a consciência, nos seus elementos mais simples, que foi determinada por ele como as sensações.
Consciência pode ser decomposta em sensações.
Método de estudo (investigação): a introspecção controlada ou percepção interior, em que sujeitos descreviam as percepções resultantes das sensações visuais, auditivas e táteis (experiência imediata).
Wundt buscava respostas objetivas.
Tópicos de estudo: as sensações.
Objetivo: nova ciência.
Foi a primeira escola de pensamento no campo da psicologia moderna ou científica. Nesse momento, a Psicologia se convertia a uma ciência da experiência.
Wundt acreditava que a Psicologia deveria estudar a estrutura da consciência a partir das experiências conscientes elementares.
Wundt concebia as operações mentais como resultado da organização de sensações elementares, tendo estas uma relação com o sistema nervoso.
Para Wundt, as experiências eram constituídas de três dimensões:
→ prazer-desprazer;
→ tensão-relaxação;
→ excitação-depressão.
Conclui que a emoção era resultado das combinações complexas desses três sentimentos elementares.
O Estruturalismo considerava que os psicólogos deveriam estudar as experiências sensoriais por meio da introspecção analítica (controlada) ou qualitativa em laboratório, analisando os processos mentais. Primeiramente com Wundt, depois Titchener. Vamos aos detalhes!
Wundt (difusor da psicologia estrutural) foi o fundador do 1º laboratório de psicologia experimental  do mundo em 1879, em Leipzig, na  Alemanha.
Objeto de Estudo: a consciência, nos seus elementos mais simples, que foi determinada por ele como as sensações.
Consciência pode ser decomposta em sensações.
Método de estudo (investigação): a introspecção controlada ou percepção interior, em que sujeitos descreviam as percepções resultantes das sensações visuais, auditivas e táteis (experiência imediata).
Wundt buscava respostas objetivas.
Tópicos de estudo: as sensações.
Objetivo: nova ciência.
Foi a primeira escola de pensamento no campo da psicologia moderna ou científica. Nesse momento, a Psicologia se convertia a uma ciência da experiência.
Wundt acreditava que a Psicologia deveria estudar a estrutura da consciência a partir das experiências conscientes elementares.
Wundt concebia as operações mentais como resultado da organização de sensações elementares, tendo estas uma relação com o sistema nervoso.
Para Wundt, as experiências eram constituídas de três dimensões:
→ prazer-desprazer;
→ tensão-relaxação;
→ excitação-depressão.
Conclui que a emoção era resultado das combinações complexas desses três sentimentos elementares.
Wundt tratava principalmente de fenômenos mentais como os julgamentos conscientes acerca do tamanho, intensidade e duração de vários estímulos.
Wundt foi considerado o pai da psicologia experimental.
Titchener, aluno de Wundt, também trabalhou os aspectos da consciência, mas focou os aspectos estruturais da consciência não somente nas experiências conscientes elementares, como fez Wundt.
O rótulo do termo Estruturalismo foi estabelecido por pesquisadores da história da psicologia como sendo estritamente aplicado a partir da concepção de Titchener.
Objeto de estudo: a estrutura da consciência.
Para Titchener existiam três estados elementares da consciência: sensações, imagens e estados afetivos.
Método de estudo (investigação): a introspecção qualitativa, descrição consciente dos observadores após exposto a um dado estímulo.
A Psicologia passa a ser a ciência da experiência, abandona da psicologia como estudo da alma e elege como método de análise da natureza dos fenômenos psíquicos a observação rigorosa e a experiência laboratorial.
Titchener buscava uma resposta mais subjetiva e qualitativa, ou seja, buscava a natureza das experiências elementares.
Titchener enfatizava a qualidade do fenômeno pesquisado, pois essa era a característica que distinguia um elemento dos outros.
Titchener, ao considerar as singularidades do sujeito (por levar em conta estados afetivos), considera o objeto de estudo uma experiência sensível.
Ele criticava ainda o modelo tridimensional de sentimento de Wundt.
Para ele, os estados afetivos somente tinham uma dimensão, a do prazer-desprazer, rejeitando as outras dimensões wundtianas.
Os 3 estados elementares de consciência para Titchener eram: sensações, imagens e estados afetivos.
Definiu a consciência como uma simples soma das nossas experiências em um dado momento de tempo, sendo que a mente é o resultado da soma das nossas experiências acumuladas ao longo da vida (processo cumulativo e evolutivo).
Diferença consciência (temporal) X mente (acumulado ao longo da vida)
2 - FUNCIONALISMO 
O funcionalismo foi um movimento considerado como reflexo de uma sociedade em evidente expansão industrial e social, resultante de um modelo urbano em crescente transformação e que exigia uma ordem pragmática para o seu desenvolvimento econômico. Esse princípio acabaria por se impor aos cientistas americanos, criando um certo espírito pragmatista na percepção da função da ciência para a transformação e desenvolvimento humano.
Esse espírito da época, que caracterizou toda uma produção intelectual, fica evidente nos trabalhos de WILLIAM JAMES e JOHN DEWEY, os principais expoentes desse modelo teórico. Assim, para James importava a ciência responder questões capitais como o que fazem os homens e por que o fazem.
 William James (1842-1910 EUA)
Objeto de Estudo: o funcionamento da consciência, como o homem a utiliza para se adaptar ao meio.  
Objetivo: encontrar respostas objetivas sobre determinados aspectos do funcionamento mental. 
Foi fundador de um laboratório de psicologia experimental.
Preocupou-se com uma investigação pragmática acerca da verdade. Essa proposta rejeitava tanto a interpretação real, quanto a interpretação ideal.
O pragmatismo de James constituiu, a um só tempo, um método experimental aplicado ao discurso científico e uma teoria sobre a noção de verdade. James procurava, com esse método, permitir à filosofia se valer do mesmo instrumental empírico desenvolvido pelas ciências naturais. Para James, a verdade se constitui como algo que nos possibilita acesso e orientação a partir de uma determinada realidade.
Formulou a Teoria das Emoções, que preconizava que as perturbações viscerais originam os estados emocionais, e não o inverso, contestando o modelo da época.
Um de seus interesses era pelas relações entre os fenômenos psíquicos e a fisiologia do sistema nervoso. Para ele, as modificações psíquicas vêm acompanhadas de mudanças corporais e vice-versa.
John Dewey (1859-1952 EUA)
Dewey preocupou-se em aplicar a Psicologia aos problemas educacionais, movimento intitulado de educação progressiva.
Preocupou-se em aplicar a Psicologia aos problemas educacionais da época, apontando que o ensino deve estar voltado para o estudante, e não para o objeto de estudo. 
Dewey contribui intensamente para a divulgação dos princípios do movimento educacional que veio a se chamar Escola Nova.
Dewey deixou extensa obra sobre o processo pedagógicoe a importância do educador(a) e da escola para o desenvolvimento saudável dos indivíduos.
O modelo pedagógico pensado por John Dewey questionava a proposta da educação pela instrução, propondo a educação pela ação. 
Essa perspectiva criticava severamente o modelo educacional tradicional, principalmente no que se refere à ênfase dada ao intelectualismo e à memorização (aspectos mais voltados para o acúmulo do conhecimento).
Dentro da nova perspectiva de Dewey, era mais importante dar ênfase ao processo que ao conteúdo.  
Para Dewey, o conhecimento não pode ser pensado como uma atividade dirigida que não tem um fim em si mesma, mas deve estar dirigida para a experiência. As ideias são hipóteses de ação e se tornam verdadeiras quando funcionam com o propósito de orientar essa ação.
Para ele, a escola, dentro desse novo contexto educacional, é propiciadora de um ambiente especial.
Ao pensar o modelo educacional dessa forma, Dewey pôde formular a sua ideia de educação progressiva, que teve como eixo norteador a perspectiva de que o processo educacional está no crescimento constante da vida, na medida em que o conteúdo da experiência for gradativamente aumentado, assim como o controle que podemos exercer sobre ela.
Princípios de Dewey:
O saber é constituído por conhecimentos e experiências que se entrelaçam de forma dinâmica;
Os alunos e o professor/educador são detentores de experiências próprias, as quais devem ser aproveitadas no processo. O professor possui uma visão sintética dos conteúdos, ao passo que os alunos possuem uma visão sincrética, o que torna a experiência um ponto central na formação do conhecimento, mais que os conteúdos formais; e
A aprendizagem é essencialmente coletiva, assim como é coletiva a produção do conhecimento.
A educação passa a ter como finalidade garantir ao indivíduo condições para que resolva por si próprio os seus problemas, já que educar-se é uma permanente organização ou reconstrução das experiências vividas.
Para Dewey a vida, a experiência e a aprendizagem formam um único processo.
A obra de Dewey como projeto político e pedagógico influenciou vários educadores nas primeiras décadas do século XX. Essa influência foi sentida também no Brasil, representada pela figura de Anísio Teixeira, um dos principais representantes do movimento escolanovista brasileiro.
A escola não é preparação para a vida, é a própria vida!
Essa frase será a ponte para a próxima estação, que vai ser uma provocação para refletirmos as seguintes questões: quais foram as principais contribuições deixadas pela Psicologia do século XIX? Quais heranças podem ser identificadas na Educação do Século XXI? Que relação podemos traçar?
ESTAÇÃO 3
O Comportamentalismo
1 - Behaviorismo / Comportamentalismo 
O behaviorismo se preocupou em estudar os eventos ambientais (estímulos) e o comportamento observável (resposta).
Não estudou o cérebro, pois a visão era de que o comportamento não era restrito ao sistema nervoso.  Suas pesquisas foram voltadas para os comportamentos humanos mais complexos e suas interações com o meio ambiente.
Surgiu no início do século XX, nos EUA, com John Watson(1878/1958).
John Broadus Watson nasceu em Greenville, Carolina do Sul, nos Estados Unidos.
Foi conhecido pela teoria S-R (estímulo-reposta), ou seja, para cada resposta comportamental existe um estímulo (o ambiente).
Rompeu com os conceitos mentalistas, foi um rompimento revolucionário com os métodos e ideias da psicologia até então. O Objeto - investigar o comportamento estritamente observável, eliminando os aspectos abstratos relacionados ao campo psicológico.
O homem assume papel secundário, objeto a ser observado.
Objetivo - constituição de uma ciência do comportamento. Estudar os eventos ambientais (estímulos) e o comportamento observável (resposta), chamado de condicionamento. 
Watson afirmou que não é a herança genética que determina o comportamento do ser humano, e sim que o meio ambiente e as experiências vividas pelo ser humano que o determina. Para ele, nascemos como uma tábula rasa, nascemos “vazios”.
Você poderá assistir ao vídeo abaixo, de apenas 4 minutos, e verificar como Watson começou seus estudos com crianças americanas. 
Dentro do campo de estudo da psicologia comportamental, existem dois tipos de condicionamento:
O denominado de condicionamento clássico (ou respondente);
E o condicionamento operante.
O condicionamento clássico foi descoberto e estudado inicialmente por Ivan Petrovitch Pavlov. Vamos conhecer o condicionamento clássico primeiramente, para depois estudarmos o condicionamento operante com Skinner.
Sobre o condicionamento clássico de Pavlov, esse processo explica como um estímulo neutro pode eliciar um reflexo antes condicionado por um estímulo incondicionado, ou seja, o estímulo neutro adquire o poder de eliciar a resposta que originalmente era eliciada pelo estímulo incondicionado. Por exemplo, um cachorro faminto que, antes do condicionamento, reagia salivando ao estímulo incondicionado (carne) e não mostrava a mesma reação diante do estímulo neutro (campainha).
Depois da apresentação simultânea e repetida dos estímulos "carne e campainha", o cachorro passa a reagir à apresentação isolada do estímulo originalmente neutro, campainha, como se estivesse na presença do estímulo incondicionado, carne. Esse modelo foi inicialmente denominado de salivação psíquica ou reflexo psíquico por Pavlov, denominação que foi posteriormente abandonada.
No livro Psicologia e educação: o significado do aprender, no capitulo dois, você poderá conhecer mais sobre Pavlov e o condicionamento clássico ou respondente.
Após a leitura, podemos notar que, segundo Pavlov:
nossos comportamentos são respostas aprendidas, ou seja, respostas condicionáveis;
todo comportamento (ou seja, toda resposta) é fruto da aprendizagem;
essa aprendizagem ocorre por associação de estímulos ambientais.
A teoria de condicionamento clássico de Pavlov tenta nos mostrar que muitas de nossas reações em determinadas situações que aprarentemente não se justificariam na fase adulta ou adolescente podem ter se desenvolvido pelo processo de condicionamento respondente em nossa infância. Como não guardamos todas as lembranças, alguns comportamentos ficam sem explicação.
No contexto escolar, principalmente envolvendo crianças, os professores devem ter a ciência de que a aprendizagem se dá por meio do processo de associação de ideias e da associação de estímulos ambientais. E que o professor está incluído nesse processo, pois o comportamento do professor também é um estímulo passível de associação por parte dos alunos. Devemos, como professores, estar atentos a isso.
A teoria de Pavlov sobre condicionamento clássico não explica a complexidade das reações das pessoas, mas nos deixa um fundamento que deve ser levado em consideração.  
Curiosidade.
Na psicologia clínica de base comportamental, ou seja, na terapia psicológica, as respostas quando não desejadas podem ser extintas, desassociando os estímulos. Mas isso já não é tão importante para curso de licenciatura, e sim na formação de psicólogos! 
Vamos agora conhecer Skinner.
Skinner elaborou várias pesquisas experimentais sobre o condicionamento operante na tentativa de construir uma metodologia própria para esse novo campo da psicologia.
Seus trabalhos são voltados à aplicação prática dos conhecimentos psicológicos, o que permitiu interesse pela linguagem, considerada como comportamento verbal.
Criou a teoria do reforço e foi considerado por muitos o mais importante teórico da psicologia moderna.
A importância do reforço – baseou-se no Princípio Pavloviano, denominado por Skinner como comportamento respondente e acrescenta a este a ideia do condicionamento operante, conceito chave pra nós aqui e agora.
Condicionamento operante - conceito psicológico que trabalha sobre a ideia do reforço ou reforçamento, o que aumenta a possibilidade de uma resposta ser repetida em circunstâncias similares. Para tanto, o estímulo (negativo ou positivo) como consequênciade seu comportamento – S – R – R.
Começou estudando ratos e sofreu preconceitos por ter comparado o ser humano aos ratos. Talvez tenha sido mal interpretado, apesar de ter sido o psicólogo mais citado do século XX.
Para Skinner, o ser humano começa sua vida como um organismo e se torna um indivíduo à medida que adquire, ao longo da vida, um variado repertório de comportamentos.
Na educação, Skinner demonstrou a importância de reforços positivos, mostrando sua eficiência no processo de aprendizagem. Era contra a punição e esquemas repressivos.
Sobre reforço positivo, ele quis dizer que somos sensíveis às consequências do nosso comportamento. O reforço positivo traz a ideia de que, dependendo do que acontecer após a nossa ação (após nosso comportamento), voltaremos a agir da mesma maneira ou não.
O que nós fazemos é selecionado pelas consequências de nossa ação.
Skinner era contra a punição, pois dizia que as consequências aversivas decrescem a probabilidade futura da resposta que a antecedeu, pois a punição gera medo, ansiedade, ou seja, sentimentos emocionais que não favorecem o processo de aprendizagem. Dito de outra maneira, Skinner nos diz que somos movidos pela satisfação, pelo prazer. Se, após o algum comportamento, formos punidos, paramos de fazer tal comportamento.
Para Skinner, a aprendizagem é consequência de uma série de reforços bem planejados (positivos) e desenvolvidos por professores/educadores que também devem experimentar as situações de ensino do cotidiano escolar (avaliação).
Trouxe a ideia do ensino programado, em que sugeriu o uso das máquinas de ensinar.
O efeito do reforço é sempre aumentar a possibilidade da resposta.
A diferença entre Watson e Skinner:
Watson – teoria do S – R que é a teoria do estímulo e resposta.
Skinner -  teoria do reforço e condicionamento operante, ou seja S – R – R (reforço).
Concluindo, a teoria de Skinner não olha somente para os estimulos e respostas, mas olha para os estímulos, respostas e para as consequências dessas respostas.
Não deixe de assistir a este vídeo. É um vídeo longo (43min), mas absolutamente relevante e que ajuda a entender o comportamentalismo de Skinner, especialmente dando exemplo da teoria skinneriana voltada para a educação.
Albert Bandura – Da Aprendizagem Social à Teoria Social Cognitiva
Teoria derivada das teorias do estímulo-resposta que passa a considerar outras variáveis não observáveis (processos simbólicos) na aquisição do comportamento.
A aprendizagem ocorre por observação; os seres deixam de ser passivos e passam a ser vistos como capazes de selecionar os estímulos mais relevantes na sua autorregulação, ou seja, são indivíduos ativos.
O sujeito é o principal agente da mudança, e o comportamento humano é tido como interação contínua e recíproca entre fatores ambientais, cognitivos e comportamentais.
Para Bandura, existem três fatores que influenciam no processo de modelação de um comportamento:
→ as características do(s) modelo(s);
→ as características do(s) observador(es);
→ as consequências recompensadoras associadas ao(s) comportamento(s).
De acordo com Bandura, grande parte das respostas sociais são adquiridas por meio de indicações fornecidas por modelos. Esses modelos servem de pistas ou parâmetros para que o indivíduo reconheça quais são as respostas mais adequadas em determinado contexto social.
Para ele, todos os fenômenos que ocorrem por meio de experiência direta também podem ocorrer de forma vicariante – com a observação de outras pessoas e das consequências para elas.
Dois outros aspectos também são de extrema relevância para que ocorra o processo de modelação: o status e o prestígio do modelo. Para o autor, as crianças buscam imitar os adultos por julgarem que estes têm um status superior ao delas.
As crianças também podem não imitar observando as consequências
Segundo o modelo de Bandura, o processo de modelação é o principal objeto de pesquisa para a Psicologia, que é o processo pelo qual as pessoas aprendem novas respostas por meio de observação do modelo com o intuito de imitá-lo.
ESTAÇÃO 4
1 - A Psicanálise de Freud 
O modelo psicnalítico é uma ruptura do modelo científico da época e tem como seu objeto de estudo o inconsciente humano.
O seu principal objetivo era explicar o funcionamento de um aparelho: o aparelho psíquico. Para Freud, seguindo a mais pura tradição científica, o papel da ciência era explicar o mundo e os seus fenômenos. E os fenômenos psíquicos não podiam ser negligenciados: era necessário ir fundo, às profundezas, para aí encontrar as verdades escondidas da natureza humana.
Apresentou a sua ideia de inconsciente como sistema de funcionamento do aparelho psíquico, e não mais a consciência, até então o principal objeto de estudo de toda a psicologia e filosofia de sua época.
A psicanálise mudou a maneira de pensar o desejo e a sexualidade. Podemos afirmar que ela continua ainda hoje sendo uma fonte de inspiração e estímulo para a compreensão de vários aspectos da subjetividade humana.
Sigmund Freud nasceu em 06 de maio de 1856, na cidade de Freiberg, Moravia. Viveu a maior parte da sua vida em Viena, na Áustria.
A psicanálise foi pensada por Freud como uma nova maneira radical de compreender o sofrimento humano a partir da pesquisa de aspectos negligenciados da natureza humana: as patologias psíquicas. Para ele, essa compreensão somente podia ser viável por meio do estudo do inconsciente.
A construção do modelo teórico psicanalítico se deveu ao trabalho e à análise de uma psicopatologia bastante comum e de difícil solução do século XIX: a histeria.
Freud dedicou grande parte do seu tempo à pesquisa clínica e ao método hipnótico (abandonado posteriormente), até inventar um conceito-método fundamental para a ciência psicanalítica: a associação livre.
Vamos então a 1ª tópica, a Estrutura Psíquica.
O homem é visto possuindo consciente, pré-consciente e inconsciente.
Para entendermos e fazermos uma ligação entre a psicanálise e a educação, será necessário conhecer alguns conceitos básicos
Inconsciente, A estrutura da personalidade (Id, ego e superego), As fases psicossexuais do desenvolvimento
Sobre o Inconsciente 
Valoriza o inconsciente.
O inconsciente refere-se ao material não disponível na consciência. São conteúdos reprimidos pela censura interna. São ideias, desejos, sentimentos recalcados e todos os fatos traumáticos que a pessoa não consegue recordar, porque os esqueceu contra o sofrimento que a lembrança do fato traz. Esse conteúdo reprimido no inconsciente durante a infância continua agindo sobre o comportamento do sujeito, criando medos, resentimentos, angustias etc., podendo aparecer como neuroses, psicoses ou perversões.
Freud depois revisa essa estrutura Psíquica (do consciente, pré-consciente e inconsciente) e propõe a 2ª tópica, em que descreve a estrutura da personalidade.
Tópica significa lugares, ou seja, ele reorganiza a teoria dos lugares psíquicos, que agora passam a ser o ID, Ego e Superego. São as estruturas da personalidade.
O ID é desejo, pulsão, e é o que nos move desde sempre.
Superego é formado pela interiorização das regras morais e leis sociais.
O Ego é o Eu, é quem decide e tenta agradar o ID sem desagradar o Superego.
Organiza-se como neste gráfico.
	ID
	EGO
	SUPEREGO
	Inato ou Instintivo
	Formado a partir do ID
	Formado a partir do Ego
	Amoral
	Pragmático – toma decisão
	Hipermoral
	Princípio do prazer
	Princípio da realidade
	Princípio do dever
Sobre as Fases do desenvolvimento psicossexual do desenvolvimento humano:
Oral (0 – 6 meses)
A fase oral começa no nascimento e envolve os lábios e a língua. É a pulsão (instinto) básica do bebê de receber alimento. Assim, diminuem as tensões de fome e sede. Esse momento de alimentação também representa conforto, carinho, aconchego, atenção, o que se iguala a prazer. A boca é a primeira área do corpo que o bebê pode controlar. A maior parte de energia libidinal disponível é direcionada ou focalizada nessa área. 
Na fase oral,como o prazer está centrado na boca, o bebê quer conhecer o mundo pela boca: morder, sorrir, chorar, sugar, chupar. Mamar é a primeira forma de prazer que ele alcança com seu próprio esforço; é a inauguração de sua capacidade de se relacionar com o mundo e o primeiro vínculo de carinho que será um dos mais importantes de sua vida.
Anal (02 – 03 anos)
Com o crescimento da criança, novas áreas de tensão e gratificação são levadas à consciência. Entre 1 e 3/4 anos, as crianças aprendem a controlar os esfíncteres anais e a bexiga.
Nessa fase, então, a zona erógena está localizada no ânus, sendo que a principal tarefa dessa etapa do desenvolvimento é o controle dos esfíncteres. O prazer está centrado em produzir fezes e urina, primeiras produções da criança, como também na estimulação do reto e das partes adjacentes. Ao notar que após a evacuação há um grande alívio, a criança sente e percebe o cocô como uma coisa boa, o que a desperta para o prazer anal. Com o início do controle dos esfíncteres, a criança trocará a fralda pelo penico ou vaso sanitário, um momento importante do ponto de vista emocional.
Fálica (04 – 06 anos)
Aos 3 anos, a criança entra na fase em que focaliza as áreas genitais do corpo. Nessa fase, a criança se dá conta de seu pênis ou da falta de um, que é o caso das meninas.
É a primeira fase em que as crianças se tornam conscientes das diferenças sexuais. É durante esse período que homens e mulheres desenvolvem sérios temores sobre questões sexuais.
Nessa fase, a zona erógena localiza-se nos órgãos genitais, estando a descoberta desses órgãos vinculada à manipulação, ao prazer e à percepção das diferenças entre os órgãos genitais. Surgem ainda os namorinhos, o que é tomado por Freud como muito saudável, já que as crianças começam a reconhecer com mais clareza as diferenças entre homens e mulheres.
A criança começa a se ligar a assuntos sexuais com grande interesse; quer saber sobre os órgãos sexuais das pessoas próximas, sobre a relação sexual dos pais, e tem necessidade de saber de onde vêm os bebês. Está alerta à linguagem corporal, à reação dos adultos às cenas de televisão, ao tom de voz com que o sexo é discutido, aos olhares trocados quando o assunto aparece. Tudo entra na compreensão infantil e dá forma a suas fantasias sexuais.
Latência (07 -11 anos)
É o tempo em que os desejos sexuais não resolvidos da fase fálica são inibidos, ou seja, a repressão que é feita pelo superego tem sucesso.
Durante esse período, os anseios sexuais diminuem de vigor e são abandonados e esquecidos. Surge a vergonha, a repulsa e a moralidade.
A educação tem a ver com a construção dessas barreiras, mas, na realidade ,esse desenvolvimento é organicamente determinado pela hereditariedade e pode ocasionalmente ocorrer sem auxílio da educação.
Aqui cabe pensar que, mesmo com a energia sexual reprimida, o impulso sexual não cessa nessa fase de latência. Sendo assim, essa energia é dirigida para outras finalidades.
Ocorre um investimento no social.
Genital ( 11 – 12 anos)
É a fase final do desenvolvimento biológico e psicológico. Ocorre com o início da puberdade, em que o corpo sofrerá modificações devido ao efeito dos hormônios. É o retorno da energia libidinal aos órgãos sexuais.
Tudo o que foi reprimido na fase de latência volta, porém os desejos sexuais que retornam não são direcionados aos pais. Nesse momento, meninos e meninas estão ambos conscientes de suas identidades sexuais distintas e começam a buscar formas de satisfazer suas necessidades eróticas e interpessoais.
Resumindo
O inconsciente pensado por Freud revela que o homem não tem controle sobre si mesmo. Quando se pensava que o homem exercia controle sobre sua vida psíquica, há, na verdade, uma divisão, uma luta: de um lado a razão, e do outro os desejos e pulsões.
O núcleo do inconsciente é o desejo sexual recalcado, encoberto.
Freud ainda escandalizou ao dizer que a sexualidade infantil é o centro vida psíquica.
E que a repressão da libido (energia sexual) é a causa das doenças como as neuroses
O que a psicanálise traz de colaboração para a Educação?
Não tem respostas exatas, mas deixa reflexões.
A psicanálise não tem o que dizer de concreto, mas deixa ideias.
De um lado tem a educação com objetivo de "salvar a criança da ignorância, do fracasso escolar", enfim, tudo, inclusive já determinado por uma cultura, uma linguagem, é claro.
Por outro lado, a criança é um sujeito de desejos.
Então, temos um desejo e uma norma para se relacionar.
A palavra é a principal ferramenta da educação.
A palavra também é a principal ferramenta da psicanálise.
Então, podemos pensar no poder da palavra.
Como esse professor está usando essa palavra? Não somente como ele se expressa e o que fala, mas também estar atento ao que o aluno fala e como ele se expressa.
O professor está do lado da razão, da regra, e o aluno da emoção e do desejo.
A educação não reconhece o desejo, a educação prepara para a realidade, mas e o desejo?
Daí a dificuldade da conversa entre psicanálise e educação.
Na pedagogia, desejo é prazer, criatividade, mas não é desse desejo que Freud fala.
Freud fala do desejo que desajusta  tudo, desajusta o sujeito até com ele próprio.
É um desejo impossível de realização, mas que ele não sabe da impossibilidade da realização desse desejo, até porque não o conhece, pois não tem acesso a ele, já que este está inconsciente.
Cada um de nós quer ser alguém completo, quer ser diferente do outro, mesmo sem ter consciência disso. E a escola, por outro lado, acaba formatando as ideias. A palavra dada é única, é para todos, a palavra vem como lei, como única verdade.
A escola quer ajustar o desajustado, que é o ser que deseja, o desejante. Daí o conflito da Psicanálise e a educação.
A relação professor-aluno é um dos focos principais, e a psicanálise pode ajudar nessa reflexão.
Não é somente o que fazer na escola que deve ser pensado, mas sim como fazer é o mais importante. O professor deve conhecer a psicologia e não somente a matemática, o português, a geografia.
Podemos sinalizar que a psicanálise nunca se prestou a ser uma proposta pedagógica, ao contrário, ela se propõe a ser uma proposta antipedagógica, pelo menos no sentido negativo que o termo pode assumir, já que esse modelo tenta apontar para o funcionamento de fatores repressores que existem em nossa sociedade e como eles podem ser desencadeadores de processos patológicos. A psicanálise, em sua origem, é uma proposta clínica de auxílio para o sofrimento humano, nesse sentido se distanciando de qualquer proposta educativa ou conformativa, o que não quer dizer que determinadas ideias e propostas educacionais não possam vir a ser derivadas dela.
A reflexão da importância da psicanálise para a produção e a transmissão do conhecimento está na relação professor-aluno e no reconhecimento de pessoas desejantes, não somente os alunos, mas também os professores e todos os envolvidos no processo educacional.
ESTAÇÃO 5
1 - A Epistemologia Genética de Jean Piaget e a teoria sóciocultural de Lev Vygotsky 
Nesta Estação, vamos conhecer e compreender a teoria psicogenética de Jean Piaget e os estágios de desenvolvimento por ele formulado; assim como estudar a teoria interacionista e sociocultural de Lev Vygotsky compreendo seus conceitos e formulações.
Comecemos com Piaget.
Jean Piaget nasceu em Neuchâtel, na Suíça, no dia 9 de agosto de 1896. Cursou biologia e produziu mais de 60 livros, além de mais de 100 artigos.
Piaget ocupou várias cadeiras, entre as quais as de psicologia, sociologia e história de ciência em Neuchâtel no período de 1925 a 1929.
Foi também diretor do Centro Internacional de Educação, de 1929 a 1967. Esteve no Brasil em 1949 como professor-conferencista, dando palestras na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Em 1955, criou e dirigiu, com a ajuda financeira da Fundação Rockefeller, o Centro Internacional de Epistemologia Genética. Morreu em 1980.
Atualmente as ideias de Piaget são estudadas em todo o mundo, auxiliando na elaboraçãode métodos mais modernos em Educação. Nas escolas, professores/educadores examinam seus currículos e propostas pedagógicas, tecem planos, e buscam nas propostas formuladas por Piaget um ponto de apoio para a compreensão do desenvolvimento do conhecimento humano.
A teoria de Jean Piaget é comumente chamada de epistemologia genética ou construtivismo.
Jean Piaget defende que a construção do conhecimento, do pensamento lógico, ocorre de acordo com a interação do sujeito com a realidade.
Segundo Piaget, essa construção acontece mediante vários processos, entre os quais se destacam os denominados por ele de assimilação e de acomodação.
Conceituando
O processo de assimilação é a incorporação de um elemento exterior (objeto, acontecimento) em um esquema sensório-motor ou conceitual do sujeito.
Já o processo de acomodação é a necessidade que a assimilação encontra de considerar as particularidades próprias dos elementos a assimilar.
Esquema é a representação de uma situação concreta ou de um conceito; é uma estrutura cognitiva específica representando uma sequência de ações comportamentais estreitamente inter-relacionadas. 
Como seria isso?
Quando o sujeito se depara com algo novo, ocorre uma perturbação, um processo de desequilíbrio nos esquemas já formados pelo sujeito.
Quando ocorre esse desequilíbrio, o sujeito tende a reformular seus esquemas com o intuito de atingir novamente um estado de equilíbrio.
É na medida em que o sujeito assimila o mundo e se acomoda ao mundo que as estruturas cognitivas se transformam.
O processo cognitivo pode ser visto como uma sucessão de interações entre os processos de assimilação e acomodação com o objetivo de atingir estados de equilíbrio cada vez mais estáveis e duradouros.
Segundo Piaget, desenvolvimento cognitivo e aprendizagem não se confundem.
São coisas diferentes e que acontecem uma antes da outra. Para ele, o desenvolvimento vem antes. Portanto, o ser humano se desenvolve e aprende, e se desenvolve e volta a aprender.
O desenvolvimento cognitivo, para ele, é um processo biológico espontâneo característico da espécie. Portanto, depende do desenvolvimento fisiológico regularmente obtido por meio das fases de desenvolvimento, crescimento e maturação.
A aprendizagem seria um processo causado por situações específicas (como a frequência na escola), estando subordinada aos processos de maturação.
É aqui que o professor entra nesse processo. O professor faz parte do processo de aprendizagem, porém precisa estar ciente dos limites e potencialidades de seus alunos no que se refere à sua maturação e desenvolvimento cognitivo.
Para Piaget, o desenvolvimento humano está dividido em três períodos, sendo o último subdividido em duas, totalizando, assim, quatro etapas:
sensório-motor;
pré-operatória;
Operatório (concreto e formal).
01 - PERÍODO SENSÓRIO-MOTOR - de 0 a 2 anos 
Sensório vem dos sentidos. Motor se refere aos movimentos. A criança, quando nasce, conhece o mundo por meio dos sentidos (audição, tato, gustação, etc) e por meio dos seus movimentos, por isso o período é sensório-motor.
Essa fase se caracteriza por ter o que Piaget definiu como inteligência prática.
Pode-se perceber que parece não haver intencionalidade nos atos, pois todos os esquemas cognitivos são de ação.
Existe uma evidente predominância de reações circulares (atos motores que se repetem com diferentes objetos).
As principais características observáveis são: a exploração manual e visual do ambiente; a experiência obtida com ações, a imitação; a inteligência prática (por meio de ações); ações como agarrar, sugar, atirar bater e chutar; as ações ocorrem antes do pensamento.
02 - PERÍODO PRÉ-OPERATÓRIO OU SIMBÓLICO - de 2 a 6 anos
A criança passa a ter uma grande aquisição da linguagem oral.
Não há reversibilidade no pensamento.
As principais características observáveis são inteligência simbólica; o pensamento egocêntrico, intuitivo e mágico; é a fase do conto de fadas. A centração também é percebida (apenas um aspecto de determinada situação é considerado); existe confusão entre aparência e realidade; é evidenciado o raciocínio transdutivo (aplicação de uma mesma explicação a situações parecidas); tem como característica o animismo (que dá vida a seres inanimados). Interiorizar a palavra – socializa a ação –, brinca sozinha, mesmo com mais crianças, mas sem interação.
03 - PERÍODO OPERATÓRIO CONCRETO - de 7/8 a 11/12 anos
Têm como uma de suas características principais a capacidade de intuir operações. É o período em que ocorre o princípio da reversibilidade (pensar a ação e a anulação da ação).
A experiência, melhor dizendo, a operação do indivíduo sobre os objetos do mundo é a forma por excelência de experimentação do mundo existente.
A criança passa a se valer do conceito de conservação ou do princípio de invariância. Ela passa a perceber que as quantidades de líquidos em recipientes diferentes não mudaram simplesmente porque a forma que os continha mudou. O mesmo será percebido se a criança pegar uma mesma massa e transformá-la ora numa bola, ora numa salsicha. A quantidade de massa não varia simplesmente por ter mudado o objeto de forma.
04 - PERÍODO OPERATÓRIO FORMAL - de 12 com consolidação entre 14/15 anos.
Essa fase tem como característica principal a capacidade de realizar operações de caráter hipotético-dedutivas (formular hipóteses e deduzir acontecimentos ou respostas).
O adolescente começa a raciocinar lógica e sistematicamente. Esse estágio é definido pela habilidade de engajar-se no raciocínio abstrato.
A metodologia científica e os conceitos abstratos aparecem nessa etapa do desenvolvimento.
2 - Vygostsky - O teórico social da inteligência 
Vygotsky nasceu na Bielorrúsia (antiga União Soviética) em 17 de novembro de 1896, viveu na Rússia. Quando morreu de tuberculose, tinha 37 anos.
Formou-se na Universidade de Moscou, em Direito
A teoria psicológica de Lev Semenovich Vygotsky recebeu várias denominações, tais como sócioculturalista, sócio-histórica, sóciointeracionistas, entre outras.
A teoria tem por base o desenvolvimento do indivíduo como resultado de um processo sócio-histórico, enfatizando o papel da linguagem e da aprendizagem nesse desenvolvimento. Teoria considerada histórico-social.
Sua questão central é a aquisição de conhecimentos pela interação do sujeito com o meio.
Vygostsky  buscou resposta na Psicologia e elaborou uma teoria do desenvolvimento intelectual, sustentando que todo conhecimento é construído socialmente no âmbito das relações humanas.
Sua obra é hoje a grande inspiração do socioconstrutivismo, teoria cada vez mais debatida no cenário educacional.
Defendeu que o próprio desenvolvimento da inteligência é produto dessa convivência.
Para ele, “na ausência do outro, o homem não se constrói homem”.
SER BIOLÓGICO + SOCIEDADE = SER HUMANO.
O ser humano constitui-se como tal na sua relação com o outro.
É pela aprendizagem nas relações com os outros que construímos os conhecimentos que permitem nosso desenvolvimento mental.
O conhecimento é construído pelo sujeito (aprendiz), em interação com o meio social em que vive, ao mesmo tempo em que vai desenvolvendo sua inteligência.
É por meio da própria história de vida, do seu cotidiano, resolvendo questões, descobrindo, tentando, fazendo inferências, pensando e representando que o sujeito epistemológico (o sujeito que aprende) chega ao conhecimento.
Ou seja, a teoria de Vygotsky é considerada sociocultural porque defende a ideia da contínua e permanente interação entre as condições sociais e as bases biológicas do comportamento humano. 
Ele parte da ideia de que, a partir das estruturas orgânicas determinadas pelo processo maturacional da espécie, formar-se-iam novas e mais complexas funções mentais, funções que dependeriam da natureza das experiências sociais que as crianças viveriam.
A evolução intelectual é caracterizada por saltos qualitativos de um nível de conhecimento para outro.
Aquilo que somos capazes de, sozinhos, solucionar ou executar determinao que Vygotsky denominou desenvolvimento real.
Aquilo que ainda não dominamos, mas somos capazes de realizar com o auxílio de alguém mais experiente determina o que Vygotsky denominou desenvolvimento potencial. 
A distância entre o desenvolvimento real e o potencial, que está próximo, mas ainda não foi atingido, determina o que Vygotsky denominou zona de desenvolvimento proximal (ZDP)
Conceituando:
ZDP => distância entre o nível de desenvolvimento real, que se costuma determinar por meio da solução independente de problemas, e o nível de desenvolvimento potencial, determinado por meio da solução de problemas sob a orientação de outra pessoa ou em colaboração com companheiros mais experientes.
Segundo a visão vygotskyana, cabe ao educador o papel de interventor, desafiador, mediador e provocador de situações que levem os alunos a aprenderem a aprender.
O trabalho didático deve propiciar a (des)(re)construção do conhecimento pelo aluno.
Aprender é, de certa forma, descobrir, com seus próprios instrumentos de pensamentos, conhecimentos socialmente institucionalizados.
3 - PIAGET E VYGOTSKY FRENTE A FRENTE 
Semelhanças
→ são construtivistas em suas concepções de desenvolvimento intelectual;
→ sustentam que a inteligência é construída a partir das relações recíprocas do homem com o meio;
→ se opõem tanto à teoria behaviorista (de que o homem é exclusivamente produto do meio) quanto à concepção racionalista (de que o homem já nasce com a inteligência pré-formada).
Divergências
→ a diferença central entre os dois teóricos está na ênfase dada ao fator cultural;
→ para Vygotsky, o meio em que o homem está inserido é sempre revestido de significados culturais, que são aprendidos com a participação dos mediadores;
→ para Vygotsky, é a aprendizagem que gera o desenvolvimento mental; para Piaget, é o desenvolvimento progressivo das estruturas intelectuais que nos permite aprender (ex: fases pré-operatória ou lógico-formal).
ESTAÇÃO 6
1 - Teoria Psicogenética de Henri Wallon 
Henri Wallon nasceu em Paris, em 15 de junho de 1879. Antes de começar seus estudos em Psicologia, passou também pela filosofia e medicina e, ao longo de sua carreira, foi cada vez mais explícita a aproximação com a Educação.
Viveu em um período marcado por instabilidade social e turbulência política. As duas guerras mundiais (1914-18 e 1939-45), o avanço do fascismo no período entre guerras, as revoluções socialistas e as guerras para libertação das colônias na África atingiram boa parte da Europa e, em especial, a França.
Em 1914, atuou como médico do exército francês, permanecendo vários meses no front de combate. Até 1931, atuou como médico de instituições psiquiátricas. Trabalhou com crianças doentes (casos de epilepsia, retardo, anomalias psicomotoras) e com adultos traumatizados e/ou sequelados pela guerra deram o embasamento para suas concepções teóricas. Faleceu em 1962.
Wallon construiu um modelo teórico que foi definido como Psicologia Psicogenética.
Esse modelo teórico percebe e compreende o ser humano como organicamente social. É por meio das primeiras e primárias interações objetivas (ato motor) que o sujeito trava com a cultura que pode existir desenvolvimento de determinadas capacidades intelectuais, ou seja, o ato mental se desenvolve a partir do ato motor.
Para essa teoria, a motricidade necessita de um espaço de expressão, ou seja, a motricidade humana começa a atuar antes no meio social (e a modificá-lo) que no meio físico. O desenvolvimento do ato mental (aquisição crescente do domínio dos signos culturais) reduz a motricidade, em sua dimensão cinética, e se virtualiza em ato mental, gerando certo enfraquecimento da função cinética e um gradativo crescimento do processo ideativo e intelectual.
Wallon aponta ainda – e isso é bastante importante - que a expressividade humana, inicialmente, somente afeta o meio social e não o meio físico (um sorriso somente pode ser veículo de comunicação para um outro e nunca de contato com o meio físico).
A sequência psicogenética dos movimentos expressivos acompanha o amadurecimento das estruturas nervosas do organismo humano em seu processo constante e invariável de maturação.
A teoria do desenvolvimento cognitivo de Wallon está calcada na psicogênese da pessoa completa.
A sua pesquisa foi centrada na criança na condição de sujeito contextualizado, em que o ritmo no qual se sucedem as etapas do desenvolvimento é sempre marcado por rupturas, descontinuidades e reviravoltas.
Para Wallon, os conflitos que se efetivam nesse processo podem ser considerados de origem exógena quando são efeitos do resultado dos desencontros entre as ações da criança e o seu ambiente externo, ambiente que é estruturado pelos adultos e pela sua cultura. Por outro lado, eles podem ser considerados endógenos quando gerados pelos efeitos da maturação nervosa (Galvão, 1995). São esses conflitos os desencadeadores do desenvolvimento humano.
Wallon contribuiu com o dia a dia da sala de aula, com a prática do professor, por desenvolver um estudo que considera a criança um ser completo, para ser observada de forma global, nas suas múltiplas manifestações.
Sua pesquisa articula emoção, cognição, motricidade e a pessoa completa.
Para Wallon, a cognição está alicerçada nessas quatro categorias cognitivas especificas, que chamou de campos funcionais, que seriam movimento, afetividade, a inteligência e a pessoa.
O Movimento 
Seria um dos primeiros campos funcionais a se desenvolver. Os movimentos se apresentam de duas maneiras: instrumentais e expressivos. Esses movimentos estruturam o pensamento antes da linguagem.
A Afetividade
Como campo funcional, motiva o movimento. Ao se movimentar, a criança interage e experimenta o meio ambiente respondendo novamente com emoções. A afetividade media as relações sociais, separando a criança do meio ambiente.
As relações são, também, base do outro campo funcional, a inteligência.
A Inteligência 
Está relacionada às atividades cognitivas humanas, ao raciocínio simbólico e à linguagem. Quando a criança passa a pensar nas coisas fora de sua presença, o raciocínio simbólico e o poder de abstração já estão presentes. E a capacidade de linguagem é resultado disso.
A Pessoa
É o campo funcional que coordena os campos funcionais. E é o campo funcional responsável pelo desenvolvimento da consciência e identidade do eu.
A relação entre os campos funcionais não são harmônicas, e a pessoa, na condição de campo funcional, tem a responsabilidade de minimizar os conflitos, integrando os campos funcionais.
ESTÁGIO IMPULSIVO-EMOCIONAL (0-03 meses)
Essa fase do desenvolvimento infantil é definida por movimentos reflexos, impulsivos, globais e incoordenados do corpo.
Esse estágio ocorre no primeiro ano de vida. A afetividade orienta as primeiras reações do bebê às pessoas, às quais intermedeiam sua relação com o mundo físico. A motricidade é afetiva para Wallon. 
ESTÁGIO EXPRESSIVO-EMOCIONAL (03 meses - 01 ano)
Esse estágio é caracterizado pelo amadurecimento e desenvolvimento de certas estruturas nervosas (estruturas mesoencefálicas do cérebro humano).
Ainda nesse estágio ocorre a produção de respostas sociais ao ambiente e a interpretação inicial do significado dos movimentos (bem-estar x mal-estar).
Veja, nessa imagem, como exemplo: criança aprendendo a andar e sorrindo, sendo estimulada pela mãe.
ESTÁGIO SENSÓRIO-MOTOR E PROJETIVO (01-03 anos)
O estágio sensório-motor e projetivo ocorre até os três anos. A aquisição da marcha e da preensão daria à criança maior autonomia na manipulação de objetos e na exploração dos espaços. Também nesse estágio ocorre o desenvolvimento da função simbólica e da linguagem.
O termo projetivo refere-se ao fato de a ação do pensamento precisar dos gestos para se exteriorizar. O ato mental projeta-se em atos motores. 
ESTÁGIO DO PERSONALISMO (03-06 anos)
Esse estágio ocorre dos três aos seis anos de idade. Nesse estágio, a criança desenvolve a construção de uma consciência de si mediante o processo das interações sociais,o que possibilita a reorientação do interesse das crianças pelas pessoas que a circundam.
Processo de formação da personalidade, que somente será possível pelas relações que estabelece com outros sujeitos sociais, ou seja, com as pessoas que a cercam.
ESTÁGIO CATEGORIAL (06 anos)
Esse é o estágio dos progressos intelectuais que dirigem o interesse da criança para as coisas, para o conhecimento e conquista do mundo exterior. Nesse estágio, a criança começa a se separar mais nitidamente do meio familiar e a se perceber como independente.
Nesse período, efetivam-se a consolidação da função simbólica e da inteligência.
ESTÁGIO DA ADOLESCÊNCIA (11-12 anos)
Nesse estágio, ocorre uma predominância emocional. Surge ainda uma nova definição dos contornos da personalidade, que ainda se encontram desestruturados devido às modificações corporais resultantes da ação hormonal. Questões de ordem pessoal, moral e existencial são trazidas à tona e pensadas pelo adolescente.
Essa fase seria coroada com a crise da puberdade e com a definição da personalidade.
ATENÇÃO ÀS DIFERENÇAS
Na PUBERDADE, ocorrem transformações fisiológicas.
Na ADOLESCÊNCIA, ocorrem transformações psíquicas.
O DESENVOLVIMENTO INFANTIL, para Wallon, é um processo pontuado por conflitos de natureza EXÓGENA (Externa) e na natureza ENDÓGENA (Interna).
Na sucessão de estágios, há uma alternância entre as formas de atividades e de interesses da criança, denominada de alternância funcional.
Alternância funcional
Cada fase predominante (motricidade, afetividade, cognição) incorpora as conquistas realizadas pela outra fase, construindo-se reciprocamente, em um permanente processo de integração e diferenciação.
Além da alternância Funcional, tem a INTEGRAÇÃO FUNCIONAL:
	Motor
	Afetivo
	Cognitivo
	Estágios:
impulsivo e expressivo emocional
	Estágios:
personalismo e adolescência-puberdade
	Estágios:
sensório motor e projetivo
categorial
A Escola deve propiciar formação integral (intelectual, afetiva e social) às crianças e jovens.
Wallon foi o primeiro a levar não somente o corpo da criança e do jovem, mas também suas emoções para dentro da sala de aula.
A abordagem é sempre a de considerar a pessoa como um todo.
O corpo teórico de Wallon foi muito influente nas transformações ocorridas na prática pedagógica dos últimos anos.

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